Diretor de O Traidor fará minissérie sobre o caso Moro
O cineasta italiano Marco Bellocchio, grande vencedor do David di Donatello (o Oscar italiano) deste ano por “O Traidor”, vai produzir e dirigir uma minissérie sobre o caso Moro. No caso, o Moro não é aquele que você pode estar pensando, mas o ex-primeiro-ministro italiano Aldo Moro, sequestrado e assassinado em 1978 pelo grupo terrorista Brigadas Vermelhas. Intitulada “Exterior, Night”, a minissérie analisará o trágico caso Moro sob múltiplas perspectivas, levantando todos os interesses em jogo, inclusive daqueles que torciam à distância pelo assassinato político. Para quem não tem idade para saber ou já chegou na idade de esquecer, o caso Moro dominou a mídia mundial no final da década de 1970, pela ousadia dos terroristas e a importância da vítima. Um dos políticos mais populares da Itália, Moro foi eleito cinco vezes ao cargo de primeiro-ministro, como líder da Democracia Cristã, e revolucionou a política de sua época ao atrair o partido Socialista para seu governo de centro. Na época em que foi sequestrado, era tão querido na Itália que o Papa Paulo VI chegou a se oferecer para trocar de lugar com ele, disposto a se tornar refém dos Brigadas Vermelhas se o político fosse libertado. Embora os Brigadas Vermelhas fossem um grupo de extrema esquerda, as investigações sobre o assassinato de Moro apontaram um grande complô por trás da ação, que teria participação da CIA, a agência secreta americana, com o objetivo de criar tensões capazes de desestabilizar o governo e permitir um renascimento da direita na Itália, supostamente capaz de dar uma resposta mais dura aos terroristas. A história é intrincada, cheia de nuances, muitos elementos conspiratórios e tão fascinante que já inspirou vários longas, com destaque para o primeiro, “Aldo Moro – Herói e Vítima da Democracia”, vencedor do Urso de Prata de Melhor Ator (Gian Maria Volontè) no Festival de Berlim de 1986. Hollywood também filmou o caso em “O Ano da Fúria”, dirigido por John Frankenheimer em 1991 – com Andrew McCarthy no papel principal. E Paolo Sorrentino destacou a responsabilidade do primeiro ministro Giulio Andreotti pelo desfecho trágico em “Il Divo”, vencedor do Prêmio do Júri do Festival de Cannes em 2008. Mas o mais curioso é que o próprio Bellocchio já dedicou um filme ao tema: “Bom Dia, Noite”, premiado no Festival de Veneza de 2003. A série será uma coprodução da rede pública italiana RAI e as empresas Kavac e Fremantle, e deveria ter sido oferecida ao mercado internacional durante o Festival de Cannes deste ano, que foi cancelado devido à pandemia do novo coronavírus. Ainda não há previsão para o começo da produção ou data para seu lançamento.
Chris Pratt vai voltar a estrelar uma série
Cinco anos depois de sair da sitcom “Parks and Recreation” para um bem-sucedida carreira no cinema, Chris Pratt vai voltar para o universo das séries. O astro da franquia “Guardiões da Galáxia” vai estrelar e produzir o thriller “The Terminal List”, nova série criada por David DiGilio (criador de “Traveler” e produtor-roteirista de “Strange Angel”), que tem sua história baseada no livro de mesmo nome de Jack Carr. Na trama, Pratt vai interpretar Reece, um Navy SEAL que volta para casa após uma missão traumatizante, em que seu pelotão foi surpreendido por uma emboscada inimiga. Conforme tenta se readaptar a uma vida normal, ele percebe que suas memórias sobre o incidente são conflituosas, e começa a buscar evidências de uma suposta conspiração do governo que possa estar tentando incriminá-lo. O projeto ainda marca um reencontro entre Pratt e o diretor Antoine Fuqua, após trabalharem juntos em “Sete Homens e um Destino” (2016). Fuqua é coprodutor da série e vai assinar a direção do episódio piloto. A dupla se juntou à produtora MRC Television para oferecer a série ao mercado, visando o lançamento de várias temporadas. Por conta disso, ainda não há canal ou plataforma atrelados ao projeto, muito menos previsão de estreia.
Netflix cancela a série Designated Survivor
A Netflix cancelou “Designated Survivor” após a 3ª temporada, que também foi a primeira e única produzida exclusivamente para streaming, após a plataforma resgatar a atração cancelada pela TV americana. Com apenas 10 episódios, a 3ª temporada foi disponibilizada em 7 de junho e seu encerramento agora conclui a série criada por David Guggenheim (roteirista do filme de ação “Protegendo o Inimigo”), que dividiu a produção com o astro Kiefer Sutherland, Mark Gordon (produtor de “Criminal Minds”, “Grey’s Anatomy” e inúmeros filmes) e Simon Kinberg (produtor-roteirista da franquia “X-Men”). O título da série é um termo técnico utilizado para se referir a um integrante do governo americano que é levado a um local isolado e seguro, durante reuniões conjuntas do Presidente e outros líderes do país. O objetivo é que, em caso de algum acidente fatal, este “sobrevivente designado” possa assumir o comando do país. Na trama, um atentado terrorista elimina todos os representantes eleitos do pais, cabendo ao sobrevivente, o secretário de desenvolvimento urbano Tom Kirkman (papel de Sutherland), assumir o governo durante o momento de crise. Na última temporada, ele tenta permanecer no poder, desta vez na disputa de sua primeira eleição, ao mesmo tempo em que enfrenta a ameaça de um ataque biológico iminente no país. O cancelamento reflete uma tendência cada vez maior da plataforma de se desfazer de produções que atingem três temporadas. E também acontece após um prejuízo bilionário no mercado de ações, que deve impactar o desenvolvimento do modelo de negócios do streaming.
Kiefer Sutherland enfrenta eleições no trailer de Designated Survivor
A Netflix divulgou o trailer da 3ª temporada de “Designated Survivor”, a primeira que será lançada direto em streaming, após a plataforma salvar a atração cancelada pela TV americana. A prévia mostra que o presidente Kirkman, vivido por Kiefer Sutherland, vai disputar sua primeira eleição, já que não foi eleito para o cargo, mas começa fazendo tudo errado para permanecer na Casa Branca. Ao mesmo tempo, ele terá que enfrentar a ameaça de um ataque biológico iminente no país. A série dramática vai voltar com menos episódios (10), com um novo showrunner (Neal Baer, de “Under the Dome”) e sem a participação do ABC Studios. Ou seja, será uma produção original da Netflix, em parceria com o estúdio canadense Entertainment One. O título da série, “Designated Survivor”, é um termo técnico utilizado para se referir a um integrante do governo norte-americano que é levado a um local isolado e seguro, durante reuniões conjuntas do Presidente e outros líderes do país. O objetivo é que, em caso de algum acidente fatal, este “sobrevivente designado” possa assumir o comando do país. Pois, na trama, um atentado terrorista elimina todos os representantes eleitos do pais, cabendo ao sobrevivente, o secretário de desenvolvimento urbano Tom Kirkman (papel de Sutherland), assumir o governo durante o momento de crise. A série foi criada por David Guggenheim, roteirista do ótimo filme de ação “Protegendo o Inimigo” (2011), que divide a produção com Sutherland, Mark Gordon (produtor de “Criminal Minds”, “Grey’s Anatomy” e inúmeros filmes) e Simon Kinberg (produtor-roteirista da franquia “X-Men”). A estreia dos novos episódios está marcada para 7 de junho.
25 fotos e trailer sangrento revelam trama da 2ª temporada de O Justiceiro
A Netflix divulgou um 25 fotos e o trailer sangrento da 2ª temporada de “O Justiceiro”. A prévia revela o novo arco do personagem, que traz grande mudança no elenco em relação à temporada inaugural. A trama envolve uma jovem (Giorgia Whigham) perseguida por criminosos, que, ao ser salva por Frank Castle (Jon Bernthal), também o transforma em alvo de seus misteriosos perseguidores – que alistam Billy Russo (Ben Barnes) para matar os dois. A personagem de Giorgia Whigham (da série “Scream”) se chama Amy Bendix e existe nos quadrinhos, tendo destaque em dois arcos – um que envolve o surgimento de diversos vigilantes e outro com tráfico de escravas sexuais. Mas ela aparece completamente diferente no trailer – longe da loirinha inocente que é filha de um xerife – , sugerindo uma combinação de outros elementos. Para reforçar esse fato, o líder do bando que a persegue, John Pilgrim (Josh Stewart, de “Shooter”), é criação da série. Outra novidade do elenco é Floriana Lima (de “Supergirl”) como uma psicoterapeuta que ajuda Russo a “se curar”. Os personagens que retornam da 1ª temporada são, além de Russo, a agente Dinah Madani (Amber Rose Revah), o ex-marine Curtis Hoyle (Jason R. Moore) e Karen Page (Deborah Ann Woll), apesar desta não aparecer nem nas fotos nem na prévia. A série do “Justiceiro” é uma das duas produções da Marvel remanescentes na Netflix, após os cancelamentos de “Punho de Ferro”, “Luke Cage” e “Demolidor”. A outra é “Jessica Jones”, que vai estrear sua 3ª temporada em data ainda não revelada. Os novos episódios do Justiceiro chegam em 18 de janeiro em streaming.
Netflix revive a série Designated Survivor para uma 3ª temporada
É oficial: a Netflix reviveu mais uma série cancelada pela TV americana. A plataforma anunciou que irá produzir uma 3ª temporada de “Designated Survivor”, protagonizada por Kiefer Sutherland. A série dramática vai voltar com menos episódios (10), com um novo showrunner (Neal Baer, de “Under the Dome”) e sem a participação do ABC Studios. Ou seja, será uma produção original da Netflix, em parceria com o estúdio eOne. A rede ABC anunciou o cancelamento de “Designated Survivor” em maio, mas a Netflix precisou resolver conflitos de direitos de streaming da atração antes de confirmar seu resgate. Apesar de a plataforma disponibilizar a série no mercado internacional, era a Hulu que fazia sua exibição por streaming nos Estados Unidos. Assim que o acordo para repassar a série inteiramente para a Netflix foi fechado, a produção recebeu sinal verdade para desenvolver novos episódios. “A continuação da série via Netflix é uma vitória para todos os envolvidos”, disse o produtor Howard Gordon, em comunicado. “A história do Presidente Kirkman e daqueles que o rodeiam não foi totalmente contada e estamos ansiosos para trabalhar com o nosso novo parceiro na continuação da série para um público global.” Kiefer Sutherland, intérprete do Presidente fictício da série, ainda acrescentou: “Acredito que esse formato nos permitirá continuar nos aprofundando nas histórias e questões relativas ao eleitorado americano que antes não eram possíveis”. O título da série, “Designated Survivor”, é um termo técnico utilizado para se referir a um integrante do governo norte-americano que é levado a um local isolado e seguro, durante reuniões conjuntas do Presidente e outros líderes do país. O objetivo é que, em caso de algum acidente fatal, este “sobrevivente designado” possa assumir o comando do país. Pois, na trama, um atentado terrorista elimina todos os representantes eleitos do pais, cabendo ao sobrevivente, o secretário de desenvolvimento urbano Tom Kirkman (papel de Sutherland), assumir o governo durante o momento de crise e lidar com a situação de emergência. A série foi criada por David Guggenheim, roteirista do ótimo filme de ação “Protegendo o Inimigo” (2011), que divide a produção com Sutherland, Mark Gordon (produtor de “Criminal Minds”, “Grey’s Anatomy” e inúmeros filmes) e Simon Kinberg (produtor-roteirista da franquia “X-Men”). Em sua 3ª temporada, o Presidente Kirkman vai passar pela primeira vez pelo teste de aprovação de seu mandato, ao disputar eleições. A produção terá início ainda em 2018 e deve chegar à Netflix no ano que vem. Além de “Designated Survivor”, a Netflix também resgatou “Lucifer” do cancelamento. Outros salvamentos recentes incluíram ainda “Brooklyn Nine-Nine” (salvo pela rede NBC), “The Expanse” (pela Amazon) e “Last Man Standing” (pela Fox, um ano após seu cancelamento na ABC). Com isso, os fãs de “Colony” e “Dark Matter” são os mais inconsoláveis, pois não conseguiram salvar suas séries favoritas, embora tenham reclamado com mais ênfase que o público da maioria das séries ressuscitadas – e, para piorar, ambas acabaram em cliffhanger, sem final.
Justiceiro enfrenta Retalho em fotos e vídeos das gravações da 2ª temporada
Fotos e vídeos da gravações da 2ª temporada de “O Justiceiro” (The Punisher) revelaram um detalhe importante da trama, que ainda não foi oficialmente divulgada. Os bastidores flagrados por paparazzi revelam uma luta armada entre o herói vivido pelo ator Jon Bernthal e o vilão Billy Russo, interpretado por Ben Barnes, agora completamente transformado, com a cicatriz proeminente que batiza o personagem nos quadrinhos de Retalho. Além dos dois também são esperados os retornos de Amber Rose Revah como a agente Dinah Madani e Ebon Moss-Bachrach como Micro, que se juntarão a três novos intérpretes confirmados na produção: Floriana Lima (série “Supergirl”), Josh Stewart (série “Shooter”) e Giorgia Whigham (série “Chance”). Dos três, apenas a personagem de Whigham, a golpista Amy Bendix, já foi vista nos quadrinhos da Marvel e ainda assim brevemente – por sinal nas páginas do Justiceiro. A personagem de Floriana Lima se chama Krista Dumont e é uma psicoterapeuta de militares veteranos, enquanto Josh Stewart interpreta John Pilgrim, um homem misterioso que “deixou para trás uma vida de violência”. Ainda não ha previsão para a estreia dos novos episódios na Netflix.
Para não pagar multa, Kleber Mendonça Filho se diz perseguido pelo MinC e recebe resposta
O cineasta Kleber Mendonça Filho voltou a se dizer perseguido pelo Ministério da Cultura. Em uma carta aberta publicada nas redes sociais, ele afirmou estar sofrendo “uma punição inédita no Cinema Brasileiro” com a exigência da devolução de R$ 2,2 milhões referentes a recursos captados para a realização do longa “O Som ao Redor” (2009), após descumprir regras do edital. Considerado pela crítica um dos melhores longas brasileiros desta década, “O Som ao Redor” foi feito com verba pública após vencer um edital do MinC que determinava que só seriam aceitos “projetos com orçamento de, no máximo, R$ 1,3 milhão”. Entretanto, a produtora do filme enviou para a Ancine (Agência Nacional do Cinema) um orçamento de R$ 1.494.991 — 15% superior ao limite máximo e, após vencer o edital, ainda redimensionou seus custos para R$ 1.949.690. A discrepância entre o custo do filme e o limite permitido pelo edital foi detectada pela área técnica da Ancine e informada à Secretaria do Audiovisual, do MinC, em 2010. Mas a irregularidade foi ignorada e “O Som ao Redor” obteve permissão para captar R$ 1.709.978. O filme acabou selecionado para representar o Brasil na disputa de uma indicação ao Oscar de Melhor Filme de Língua Estrangeira. O caso, no entanto, foi denunciado à ouvidoria do MinC e ao Ministério Público Federal, o que levou a uma investigação que confirmou que a obra havia recebido recursos “em desacordo com os limites previstos no edital”. Kleber Mendonça Filho afirma ter dado um jeitinho na época para enquadrar seu filme nas regras, com recursos complementares captados no âmbito estadual, via o Funcultura de Pernambuco. E que isso teria sido aprovado – o que explicaria a irregularidade ter sido ignorada durante o período em que Juca Ferreira foi ministro da Cultura do governo Lula. Após perder os prazos para recorrer à cobrança, o diretor foi às redes sociais reclamar. “No Brasil dos últimos tempos, a nossa capacidade de expressar indignação como cidadãos vem sendo diminuída, creio que por dormência. E é bem aqui onde assumo resignado uma posição habitual demais no nosso país, a de um cidadão que precisa defender-se de acusações injustas”, escreveu, numa carta aberta dirigida ao Ministro da Cultura Sérgio Sá Leitão. O diretor afirma que seu consultor jurídico chegou a procurar a Coordenação de Editais da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura para esclarecer se a captação extra seria considerada irregular. “A SAV afirmou, via e-mail oficial, que a captação de recursos não-federais (no nosso caso, o Funcultura pernambucano) NÃO VIOLARIA os limitadores dispostos no edital de Baixo Orçamento em questão. Essa resposta está documentada (‘Sim, o edital só veta recursos federais acima de R$ 300 mil.’). Nós nunca faríamos alteração de orçamento sem o acompanhamento das agências responsáveis, elas próprias regidas por regras internas duras”, diz, na carta aberta. Dirigindo-se ao Ministro da Cultura, o cineasta questiona: “Pergunto ao senhor se houve comunicação entre o MinC e a Ancine para tentar esclarecer essa questão institucional que não deveria ser transformada numa punição inadequada para os produtores de um filme exemplar”. E acrescenta, apontando suposta “conspiração”: “Por que a denúncia feita por um funcionário da Ancine encontrou sentido dentro do MinC, mas não na própria Ancine, onde o processo interno não foi adiante?” Logo após a publicação de seu manifesto de muitas páginas, que pode ser lido abaixo na íntegra, a situação escalou a ponto de virar um movimento em defesa da “liberdade de expressão” e “uma questão própria da luta da Cultura no Brasil”, conforme assinala um abaixo-assinado encabeçado pelo ator Wagner Moura. O texto disponibilizado no começo da semana passou a receber diversas assinaturas ilustres para defender o diretor da cobrança e denunciar “com perplexidade e democrática preocupação a conduta do Ministério da Cultura”. O manifesto teve resposta do Ministério da Cultura, que voltou a destacar que a denúncia não partiu do MinC e que o enquadramento se deu por uma questão técnica, prevista em contrato assinado por representante legal da produtora do filme. Além disso, apesar da carta aberta e do abaixo-assinado reclamarem de falta de diálogo, o MinC afirmou ter recebido o advogado de Mendonça Filho a quem informou como deveria ser o procedimento legal para recorrer à cobrança. O MinC ainda informou ter dado mais 10 dias para o diretor ou seu representante encaminhar o recurso e diz rejeitar “veementemente a insinuação irresponsável e sem base nos fatos de que haveria ‘perseguição política’ e ‘atentado à liberdade de expressão’ no caso”. “A instituição está apenas cumprido a sua obrigação legal e ética, de modo técnico e isento”, diz o texto, que lamenta que a empresa do diretor, a Cinemascópio, não tenha exercido o direito de recorrer da decisão, e “em vez do caminho legal, institucional e administrativo”, tenha optado “por pessoalizar a questão e tratá-la em redes sociais, com insinuações”. Leia abaixo todos os comunicados do caso. 1. A carta aberta publicada por Kleber Mendonça Filho: “Recife, 29 de Maio de 2018. Caro Ministro de Estado da Cultura, Sr. Sergio Sá Leitão Dirijo-me ao senhor, através da presente Carta Aberta, por acreditar que essa troca tem um sentido democrático. Esse texto também está sendo compartilhado com o público, entidades de classe, a imprensa e profissionais da cultura no Brasil e no exterior. Como cidadão brasileiro, artista e trabalhador da Cultura, ainda vejo o nosso país como uma Democracia e entendo que o Ministério da Cultura tem como missão divulgar, zelar e fomentar nossa produção cultural, além de dialogar com os trabalhadores da Cultura. De forma institucional, o senhor deve nos representar, mesmo que talvez tenhamos ideias distintas sobre temas que nos são caros, como o Cinema, a Cultura e o país. Foi como cidadão e cineasta que recebi perplexo uma comunicação do seu Ministério, e isso ocorreu por email no dia 29 de março último, durante as 14 semanas de trabalho no meu filme novo, ‘Bacurau’, co-dirigido por Juliano Dornelles. ‘Bacurau’ é uma co-produção franco-brasileira. Estávamos no Sertão do Seridó, no Rio Grande do Norte, quando a comunicação do MinC nos informou que todo o dinheiro do Edital de Baixo Orçamento utilizado na realização de ‘O Som ao Redor’, meu primeiro longa metragem, realizado em 2010, teria de ser devolvido. Desde o fim das filmagens de ‘Bacurau’, há duas semanas, e isso inclui uma pesada desprodução, que tentamos agendar uma visita com o senhor para discutir essa questão. Tentamos de várias formas, contato pessoal e marcação de uma agenda oficial, sem sucesso. Para além disso, sempre nos colocamos à disposição de dialogar. A carta por nós recebida do MinC sugere uma punição inédita no Cinema Brasileiro e que nos pareceria mais adequada a produtores que não teriam sequer apresentado um produto finalizado, e isso após algum tempo de diálogo. A carta veio, inclusive, do mesmo Ministério da Cultura que indicou ‘O Som ao Redor’ para representar o Brasil no Oscar, em 2013. É de suma importância que esse meu escrito não perca de vista a natureza dessa situação. No Brasil dos últimos tempos, a nossa capacidade de expressar indignação como cidadãos vem sendo diminuída, creio que por dormência. E é bem aqui onde assumo resignado uma posição habitual demais no nosso país, a de um cidadão que precisa defender-se de acusações injustas. O valor exigido para devolução (com boleto já emitido) na carta do Ministério da Cultura é R$ 2.162.052,68 – Dois Milhões Cento e Sessenta e Dois Mil e Cinquenta e Dois Reais Com Sessenta e Oito Centavos – já corrigidos. ‘O Som ao Redor’ custou R$ 1,700,000,00 – Um milhão e setecentos mil reais – no seu processo de produção, nos anos de 2010 e 2011. Em câmbio corrigido do dia de hoje, ‘O Som ao Redor’ custou 465 mil (quatrocentos e sessenta e cinco mil) dólares. O MinC deveria premiar produtores que fazem tanto e que vão tão longe com orçamento de cinema tão reconhecidamente enxuto. Os recursos complementares foram captados no âmbito estadual, através do Edital de Audiovisual do Funcultura de 2009 no valor de R$ 410.000,00, sendo que esse valor foi devidamente declarado e autorizado pela ANCINE, após comunicação entre as duas instituições (Ancine e Secretaria do Audiovisual). São informações públicas e declaradas, já há oito anos: MinC/Edital: Um milhão de reais. — Petrobras: 300 mil reais. (Obs: o prêmio do edital da Petrobras era de 571 mil 805 reais, mas saiba que 271 mil 805 reais foram devolvidos para respeitar o limite definido claramente no edital para verbas federais – de um milhão e 300 mil reais). — Funcultura Pernambuco: 410 mil reais, verba estadual (não federal). ‘O Som ao Redor’ é fruto do Concurso de Apoio à Produção de Longas Metragens de Baixo Orçamento 2009. Destaco aqui o trecho do Edital: “11. DAS VEDAÇÕES 11.1 É expressamente vedada: (…) C) O acúmulo do apoio previsto neste Edital com recursos captados através das leis 8.313/91 e 8.685/93, bem como com recursos provenientes de outros programas e/ou apoios concedidos por entes públicos federais, acima do limite de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais)”. Isso parecia entrar em conflito com o item 2.1d acerca da definição de obra cinematográfica de baixo orçamento: “2.1. Para fins deste Edital, entende-se que: (…) d) OBRA CINEMATOGRÁFICA DE LONGA METRAGEM DE BAIXO ORÇAMENTO é aquela obra audiovisual cuja matriz original de captação é uma película com emulsão fotossensível ou matriz de captação digital, cuja destinação e exibição seja prioritariamente e inicialmente o mercado de salas de exibição, cuja duração seja superior a setenta minutos e cujo custo de produção e cópias não ultrapasse o valor de até R$ 1.300.000,00 (um milhão trezentos mil reais);” Nosso consultor jurídico à época levou à Coordenação de Editais da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura a dúvida sobre recursos não-federais. A SAV afirmou, via email oficial, que a captação de recursos não-federais (no nosso caso, o Funcultura pernambucano) NÃO VIOLARIA os limitadores dispostos no edital de Baixo Orçamento em questão. Essa resposta está documentada (“Sim, o edital só veta recursos federais acima de R$ 300 mil.”). Nós nunca faríamos alteração de orçamento sem o acompanhamento das agências responsáveis, elas próprias regidas por regras internas duras. Pergunto ao senhor se houve comunicação entre o MinC e a Ancine para tentar esclarecer essa questão institucional que não deveria ser transformada numa punição inadequada para os produtores de um filme exemplar. Por que a denúncia feita por um funcionário da Ancine encontrou sentido dentro do MinC, mas não na própria Ancine, onde o processo interno não foi adiante? Pergunto-lhe ainda o porquê de o MinC não ter nos respondido ao nosso pedido de compartilhar o processo relativo ao filme entre o Minc e a Ancine, fruto de um email oficial por nós enviado em 28 de agosto de 2017? O MinC também não observou a vedação acima, nem tampouco registra nossa prova de boa fé documentada de termos nos comunicado com a SAV para esclarecer essa questão. Também não observa a maneira correta com a qual tratamos o patrocínio da Petrobras, respeitando o limite claro de um milhão e trezentos mil reais às verbas federais. A interpretação também nos parece equivocada quando analisada a praxe do processo de captação no setor; a interpretação é absurda ainda por representar verdadeiro enriquecimento injustificado da União (a devolução de todo o valor do edital e com valores corrigidos) em virtude da entrega do filme (reconhecida pela própria AGU em parecer). Na época, outros filmes dos primeiros editais de Longas Metragens de Baixo Orçamento esclareceram da mesma forma ética a vedação destacada acima, complementando seus orçamentos com recursos estaduais ou municipais. São informações públicas disponíveis também há anos. Vale observar que o edital de Longas de Baixo Orçamento de 2011 viu o seu texto passar por alteração, finalmente vetando de fato qualquer tipo de recurso extra, municipal e/ou estadual. Caro senhor ministro, preciso ainda registrar que a carta recebida do vosso MinC veio como uma surpresa, especialmente por não termos tido a chance de dialogar com o Ministério. Como artista, o mínimo que espero de um Ministério como...
Gravações da 2ª temporada de O Justiceiro já começaram
As gravações da 2ª temporada de “O Justiceiro” (The Punisher) já começaram. Figurantes da produção divulgaram nas redes sociais as primeiras fotos do ator Jon Bernthal de volta ao papel. Ele aparece ensanguentado nas imagens, tiradas nas ruas de Bellmore, no estado de Nova York. A trama da nova temporada ainda não teve detalhes revelados, mas são esperados os retornos de Amber Rose Revah como a agente Dinah Madani, Ebon Moss-Bachrach como Micro e Ben Barnes como Billy Russo, agora completamente transformado no vilão Retalho. Além deles, foram confirmados três novos personagens na produção, vividos por Floriana Lima (série “Supergirl”), Josh Stewart (série “Shooter”) e Giorgia Whigham (série “Chance”). Dos três, apenas a personagem de Whigham, a golpista Amy Bendix, já foi vista nos quadrinhos da Marvel e ainda assim brevemente – por sinal nas páginas do Justiceiro. A personagem de Floriana Lima se chama Krista Dumont e é uma psicoterapeuta de militares veteranos, enquanto Josh Stewart interpreta John Pilgrim, um homem misterioso que “deixou para trás uma vida de violência”. Ainda não ha previsão para a estreia dos novos episódios.
Atriz de Supergirl entra na 2ª temporada de O Justiceiro
As chances de reconciliação entre Alex e Maggie foram para o espaço, com a decisão de Floriana Lima trocar a DC pela Marvel. A intérprete de Maggie Sawyer em “Supergirl” entrou no elenco da 2ª temporada de “O Justiceiro” (The Punisher). Na série, ela vai interpretar Krista Dumont, uma psicoterapeuta de militares veteranos. Além de Floriana Lima, a nova temporada também terá participações de Josh Stewart (série “Shooter”) e Giorgia Whigham (série “Chance”). Ele interpretará John Pilgrim, um homem cujo exterior calmo esconde um interior implacável. Apesar de ter deixado para trás uma vida de violência, as circunstâncias o forçarão a usar suas habilidades antigas ao trazê-lo para o mundo de Frank Castle. Já Whigham interpretará Amy Bendix, um golpista com um passado misterioso. Dos três, apenas Amy Bendix já foi vista nos quadrinhos da Marvel e apenas brevemente – por sinal nas páginas do Justiceiro. “Josh, Floriana e Giorgia são todos talentos notáveis e mal podemos esperar que a audiência veja o que temos guardado para eles na 2ª temporada de ‘O Justiceiro'”, disse Jeph Loeb, chefe da Marvel Television, em comunicado. A 1ª temporada encerrou o arco de vingança do personagem, introduzido em sua participação em “Demolidor”, e os próximos episódios devem lidar com uma trama diferente. Por isso, fora Jon Bernthal, intérprete do Justiceiro, nenhum integrante da temporada inaugural está garantido no novo ano, que ainda não tem previsão de estreia.
Criador de Hard Sun revela que a série é inspirada em música de David Bowie
Lançada na noite de sábado (6/1) no Reino Unido, dois dias antes do aniversário de David Bowie, a série sci-fi “Hard Sun” surpreendeu o público ao terminar seu episódio de estreia com uma música clássica do cantor, que soava estranhamente como um resumo da atração. A escolha da trilha não foi coincidência. O criador da série, Neil Cross (criador também da série “Luther”), acabou confessando para a imprensa britânica que escreveu a história inspirado na letra de “Five Years”, música que abre o álbum sci-fi de Bowie, “The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars”, de 1972. “A canção de David Bowie, ‘Five Years’, foi mesmo a inspiração”, disse o roteirista e produtor, em entrevista para o site Radio Times.”‘Five Years’ é sobre um jovem Bowie caminhando por Londres após descobrir que a Terra tem apenas cinco anos antes de se extinguir. E agora que ele está ciente do fim do mundo, tudo se torna carregado de valor e maravilhamento”. “Mas esta música sobre o fim do mundo não é o que se poderia esperar”, ele acrescenta. “Não é um rock pesado, sombrio e niilista. É uma balada épica que, estranhamente, afirma a vida. E essa foi a inspiração para ‘Hard Sun’.”. Na trama da série, uma dupla de policiais londrinos formada por Jim Sturgess (“Tempestade: Planeta em Fúria”) e a ex-modelo Agyness Deyn (“Fúria de Titãs”) encontra um flashdrive roubado contendo informações secretas sobre um iminente “evento de nível de extinção”. De acordo com os dados, o mundo acabará em cinco anos. E ter essa informação faz a dupla ser perseguida por pessoas misteriosas e violentas, além de revelar a existência de uma conspiração. Com seis capítulos dirigidos por Brian Kirk (série “Game of Thrones”), Nick Rowland (“Ripper Street”) e Richard Senior (“Doctor Who”), a série não tem previsão de estreia no Brasil. Vale lembrar que as músicas de David Bowie inspiraram mais duas séries britânicas neste século, “Life on Mars” (2006-2007) e “Ashes to Ashes” (2008-2010) – a segunda é continuação da primeira. Além disso, a série “The Last Panthers” (2015) tinha como tema a canção “Blackstar”, um dos últimos trabalhos do cantor.
Jim Sturgess descobre conspiração apocalíptica no primeiro trailer da série Hard Sun
A BBC divulgou o pôster, as fotos e o primeiro trailer da série “Hard Sun”, mistura de thriller de ação e sci-fi apocalíptica, estrelada por Jim Sturgess (“Tempestade: Planeta em Fúria”) e a ex-modelo Agyness Deyn (“Fúria de Titãs”). Os dois vivem detetives policiais de Londres que recuperam um flashdrive roubado contendo informações secretas sobre um iminente “evento de nível de extinção”. De acordo com os dados, o mundo acabará em cinco anos. E ter essa informação faz a dupla ser perseguida por pessoas misteriosas, além de revelar a existência de uma conspiração. A série é uma criação de Neil Cross, que também criou a aclamada atração policial “Luther”, responsável por projetar Idris Elba, e os episódios são dirigidos por Brian Kirk (série “Game of Thrones”), Nick Rowland (“Ripper Street”) e Richard Senior (“Doctor Who”). Para completar, o elenco também inclui Nikki Amuka-Bird (“O Destino de Júpiter”), Derek Riddell (série “Gunpowder”), Richard Coyle (série “The Collection”) e Cameron King (“O Lar das Crianças Peculiares”). Com seis capítulos, “Hard Sun” estreia em 6 de janeiro no Reino Unido e será disponibilizado nos Estados Unidos pelo serviço de streaming Hulu.









