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  • Música

    Melanie, cantora que marcou a geração Woodstock, morre aos 76 anos

    24 de janeiro de 2024 /

    Melanie Safka, conhecida pela geração Woodstock simplesmente como Melanie, morreu na terça-feira (23/1) aos 76 anos. A notícia foi confirmada por sua assessoria de imprensa, que não divulgou a causa da morte. Nascida em Astoria, Nova York, em 3 de fevereiro de 1947, ela foi criada no Queens e estudou na American Academy of Dramatic Arts. Contudo, foi seu interesse pelos clubes folk de Greenwich Village que definiu seu caminho artístico.   Do nada para Woodstock Ela era praticamente desconhecida antes de Woodstock, apresentando-se em pequenos cafés e trabalhando para estabelecer seu nome. Até que se viu diante do maior público já reunido em shows de rock, tornando-se uma das poucas artistas femininas a se apresentar no festival e conseguindo se destacar, apenas com seu violão, em um evento dominado por bandas masculinas. Sua performance no festival é considerada um dos pontos altos do evento, notável não apenas pela sua música, mas também pelo contexto em que ocorreu. Melanie relembrou em diversas entrevistas, incluindo para a Rolling Stone, a vivência única de Woodstock. Ela descreveu como foi transportada de helicóptero para o local do festival, uma sensação surreal para uma artista ainda no início de sua carreira. Ela também falou sobre o nervosismo que sentiu ao subir no palco, uma emoção tão intensa que ela descreveu como uma experiência fora do corpo. Durante sua apresentação, começou a chover, e seu lendário anúncio de que acender velas ajudaria a manter a chuva afastada levou a uma das imagens mais duradouras de Woodstock: uma colina iluminada por velas. Este momento inspirou a canção “Lay Down (Candles in the Rain)”, que se tornou um dos maiores sucessos da cantora e um símbolo de sua ligação com o festival. A performance de Melanie em Woodstock teve duas faixas imortalizadas num dos discos oficiais do festival, transformando a faixa “Beautiful People” num hino da geração hippie. Esta música e o lançamento subsequente de “Lay Down (Candles in the Rain)” solidificaram sua posição como uma voz significativa na música folk e na cultura popular da época. Apesar de sua carreira posterior ter sido marcada por altos e baixos, seu momento em Woodstock permanece um marco na história da música pop americana.   Os hits dos anos 1970 “Lay Down (Candles in the Rain)” foi uma colaboração de estilo gospel com os Edwin Hawkins Singers e alcançou o 6º lugar no Hot 100 em 1970. Essa música, com sua mistura de gospel e folk, ressoou profundamente com o espírito da época, capturando a essência do movimento de paz e amor. E foi seguida em 1971 por um sucesso ainda maior, “Brand New Key”, um hit inescapável que foi interpretado por alguns como uma canção infantil por seu tom brincalhão e por outros como cheia de insinuação sexual. Em meio a essa controvérsia, a faixa alcançou o 1º lugar nos EUA. Entretanto, esse começo arrasador nunca mais foi replicado pela artista, que não teve outro hit no top 10 no país. No Reino Unido, porém, ela também alcançou o top 10 com um cover de “Ruby Tuesday” dos Rolling Stones.   Independência de alto custo Melanie enfrentou desafios em ser plenamente reconhecida no cenário folk-rock, dominado por homens. Em entrevistas da época, ela expressou sua frustração sobre como era percebida na indústria musical. Comparada raramente com artistas femininas proeminentes como Joni Mitchell, Melanie se sentia frequentemente marginalizada e não completamente valorizada por seu trabalho e contribuição artística. Em uma decisão inovadora para a época, ela resolveu deixar a gravadora Buddah em 1971 para fundar sua própria gravadora, Neighborhood Records. Esse movimento pioneiro a colocou entre as primeiras artistas femininas a ter controle total sobre sua produção musical. Neste período, ela continuou a explorar diferentes estilos musicais, mantendo-se fiel à sua voz única e à sua abordagem artística. Mas perdeu o alcance comercial que seus trabalhos anteriores tinham lhe conseguido.   Legado e influência Ela continuou a gravar e se apresentar ao longo das décadas seguintes, e mesmo sem nunca repetir o apelo inicial, permaneceu uma figura respeitada no mundo da música, conhecida por sua autenticidade e dedicação à arte. Sua influência estende-se a artistas das gerações subsequentes, que reconheceram sua contribuição única para a música. De fato, em anos mais recentes, a obra de Melanie foi redescoberta por uma nova geração de ouvintes e artistas. Colaborações com cantores tão diferentes como Miley Cyrus e Jarvis Cocker (da banda britânica Pulp) destacaram sua influência duradoura e a relevância contínua de sua música.   Último disco inédito Melanie permaneceu ativa até o fim de sua vida, trabalhando em novos projetos com seu filho Beau Jarred e as filhas Leilah e Jeordie nos últimos anos. A artista estava em estúdio no início deste mês trabalhando em um novo álbum de covers, “Second Hand Smoke”, para o selo Cleopatra. Ela chegou a gravar versões de “Ouija Board Ouija Board” de Morrissey e “Hurt” de Nine Inch Nails para o álbum, que seria o 32º de sua carreira. Seus filhos agradeceram as mensagens que receberam dos fãs. “Estamos de coração partido, mas queremos agradecer a cada um de vocês pelo carinho que têm por nossa mãe, e dizer que ela amava todos vocês muito! Ela era uma das mulheres mais talentosas, fortes e apaixonadas da sua era e cada palavra que escreveu, cada nota que cantou refletia isso. Nosso mundo está muito mais sombrio, as cores de um Tennessee chuvoso e triste palidecem com sua ausência hoje, mas sabemos que ela ainda está aqui, sorrindo para todos nós, para todos vocês, das estrelas.” Lembre abaixo os grandes sucessos da cantora.

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  • Série

    “Clone High”: Max revela o primeiro trailer do revival da série animada

    8 de maio de 2023 /

    A HBO Max (futura Max) divulgou o pôster e o trailer de “Clone High”, revival da animação clássica da MTV sobre clones de personalidades históricas. A prévia traz alguns dos personagens icônicos da série e apresenta ao público alguns novatos, enquanto descobrem que ficaram duas décadas congelados e não estão vivendo mais em 2003. Tudo ao som da “What’s My Age Again?, do Blink-182. A série original foi criada por Phil Lord, Chris Miller e Bill Lawrence, hoje diretores, roteiristas e produtores consagrados. Os dois primeiros são responsáveis por sucessos como “Uma Aventura Lego” e “Homem-Aranha no Aranhaverso”, enquanto o terceiro é o criador de “Scrubs” e “Ted Lasso”. A trama se passa em uma escola secundária para clones adolescentes de figuras históricas, como Abraham Lincoln (Abe), Cleópatra (Cleo) e Joana D’Arc (Joan). Mas só durou uma temporada entre 2002 e 2003. A atualização explica que, depois que o segredo do experimento vazou, os clones precisaram ser congelados, mas agora retornam para retomar o experimento com novos colegas clones, precisando lidar com normas culturais atuais e relacionamentos adolescentes excessivamente dramáticos. Os dubladores da animação incluem Will Forte (“The Last Man on Earth”) reprisando seu papel como Abe, Nicole Sullivan (“The King of Queens”) como Joan, Mitra Jouhari (“Three Busy Debras”) como Cleo, Phil Lord como Scudworth, Chris Miller como JFK e Sr. B, Christa Miller (“The Drew Carey Show”) dublando um novo personagem, Candide Sampson, Donald Faison (“Scrubs”) de volta como George Washington Carver, Judah Miller (“American Dad!”) como Scangrade, Ayo Edebiri (“Big Mouth”) como Harriet e muitos outros. Produção da MTV Entertainment Studios, “Clone High” terá a princípio duas temporadas, com produção dos criadores Phil Lord, Chris Miller e Bill Lawrence, além de Erica Rivinoja (“Borat”) e Erik Durbin (“American Dad!”). A estreia vai acontecer com dois capítulos em 23 de maio, e a cada quinta-feira um novo par de episódios será liberado em streaming.

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  • Série

    Documentário da Netflix com Cleópatra negra gera polêmica no Egito e nas redes sociais

    20 de abril de 2023 /

    Um documentário em desenvolvimento na Netflix, “Queen Cleopatra”, com a britânica Adele James no papel principal, tem gerado polêmica nas redes sociais e também no Egito, onde Cleópatra reinou. A discussão sobre as origens da figura histórica, apresentada como negra no documentário, estimulou comentários racistas. A atriz se manifestou no Twitter contra os ataques, dizendo: “se você não gosta do elenco, não assista”. Os debates sobre como Cleópatra é representada na tela não são recentes e isso ocorre pelas dúvidas em relação às origens da monarca. Como o tema é polêmico, as discussões logo partiram para comentários racistas. Por conta disso, a Netflix optou por fechar os comentários do trailer no YouTube. Já Adele James foi ao Twitter dizer que comportamentos racistas não seriam tolerados. “Para sua informação, esse tipo de comportamento não será tolerado em minha conta. Você será bloqueado sem hesitação!!! Se você não gosta do elenco, não assista. Ou assista e aprenda com opiniões (especializadas) diferentes da sua. De qualquer maneira, estou com gás e continuarei assim!”, declarou a atriz. Com relação a escolha racial, o site promocional da Netflix citou Jada Pinkett Smith, produtora executiva, fazendo referência às origens de Cleópatra. “Não costumamos ver ou ouvir histórias sobre rainhas negras, e isso foi muito importante para mim, assim como para minha filha e para minha comunidade poder conhecer essas histórias porque existem muitas!”, observou ela. Só que a discussão foi parar na justiça egípcia. Isso porque um advogado teria apresentado uma queixa exigindo que medidas legais fossem tomadas para bloquear a Netflix no Egito e para impedir que o programa fosse ao ar. A denúncia alega que o documentário viola as leis de mídia do país. É que acadêmicos egípcios afirmam que Cleópatra nasceu em Alexandria em 69 a.C. e pertencia a uma dinastia de origem macedônica (grega), os Ptolomeus, além de ser descendente de europeus, o que explicaria porque costuma ser retratada com a pele clara. No entanto, por mais que se saiba que o pai de Cleópatra era de origem greco-macedônica, a etnia da mãe da rainha não é conhecida e poderia incluir uma herança miscigenada. Ainda assim, a tradição da dinastia era privilegiar suas origens gregas, tanto que a capital do reino se chamava Alexandria, em homenagem a Alexandre, o Grande. Ela teve um filho com Júlio César, que foi assassinado por ordem do primeiro imperador de Roma, Otaviano. O documentário integra o programa “Rainhas Africanas”, de Jada Pinkett Smith, e estreia no dia 10 de maio. Confira o trailer da produção da Netflix abaixo. Just FYI, this kind of behaviour won’t be tolerated on my account. You will be blocked without hesitation!!! If you don’t like the casting don’t watch the show. Or do & engage in (expert) opinion different to yours. Either way, I’M GASSED and will continue to be! 🕺🏽🕺🏽🕺🏽 pic.twitter.com/zhJjaUkxyc — Adele James (@Adele_JJames) April 13, 2023

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  • Filme

    Incêndio atinge lendária Cinecittá, a Hollywood italiana

    2 de agosto de 2022 /

    Um incêndio destruiu uma parte do histórico estúdio Cinecittà, em Roma. O fogo começou na tarde de segunda-feira (1/8) e precisou de três equipes de bombeiros para ser apagado. A fumaça podia ser vista a quilômetros de distância. Segundo informações apuradas pelo site Deadline, o fogo começou em um set que reproduzia a Florença Renascentista. O set em questão já estava em processo de desmontagem. Ninguém saiu ferido. Mas as imagens que chegaram nas redes sociais são de destruição total. Veja os vídeos abaixo. Embora as causas do incêndio ainda não tenham sido apuradas, a ameaça de incêndios é crescente na Europa, devido às ondas de calor extremas que o continente enfrenta. “Havia muito vento e fazia muito calor, tipo 40 graus. O fogo foi apagado muito rapidamente. Mas também se desenvolveu em dois minutos. Não sabemos como”, explicou Natalia Barbosa, coordenadora de produção do filme “Devon House”, que atualmente está sendo filmado em Cinecittà. Os estúdios Cinecittà foram palco de alguns dos maiores sucessos do cinema italiano e mundial. Filmes clássicos, como “Ben-Hur” (1959), “A Doce Vida” (1960), “8 ½” (1963), “Cleópatra” (1963), “Era uma Vez na América” (1984) e, mais recentemente, “Casa Gucci”, foram apenas algumas das muitas produções rodadas por lá. Infelizmente, essa não é a primeira vez que um incêndio destrói parte do estúdio. Já houveram pelo menos dois outros incidentes, um em 2007 (que destruiu parte dos sets da série “Roma”) e outro em 2012. Desta vez, o fogo causou o atraso de várias produções, entre elas “The Old Guard 2”, estrelada por Charlize Theron, que está sendo filmada na Cinecittà e precisou ser paralisada. Não há informações sobre a data de retorno das filmagens. #BREAKING #ITALY #ITALIA 🔴 ITALY : #VIDEO HUGE FIRE AT FAMOUS CINECITTA STUDIOS IN ROME! Some pavilions have burnt to the ground.No casualties.#BreakingNews #Cinecitta #Rome #Roma #Fire #Incendio #Incendie pic.twitter.com/lJZyuTRaZq — loveworld (@LoveWorld_Peopl) August 1, 2022 Rome’s famed #Cinecittà film studios went up in flames today. There was nobody injured in the fire which destroyed the sets of ‘Firenze rinascimentale’ and ‘Assisi’ before the blaze was put out by firefighters.pic.twitter.com/pcu2lFwbNZ — Wanted in Rome (@wantedinrome) August 1, 2022 Incendio agli studi di Cinecittà: distrutta scenografia #incendio #Cinecittà #localteam pic.twitter.com/C9Lwd88Ud0 — Local Team (@localteamtv) August 1, 2022 Cecchi Paone davanti la casa del #GrandeFratello#Roma #Cinecitta #incendioroma #incendio #GFvip pic.twitter.com/EKX51mIRzK — La Scimmia (@annidicera) August 1, 2022

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  • Filme

    Patty Jenkins desiste de filmar “Cleópatra” com Gal Gadot

    7 de dezembro de 2021 /

    A cineasta Patty Jenkins, diretora de “Mulher-Maravilha”, desistiu de filmar “Cleópatra” com Gal Gadot. Em seu lugar, a Paramount Pictures já escalou Kari Skogland, que comandou a série “Falcão e o Soldado Invernal”, repleta de ação. Embora os motivos da troca não tenham rendido um anúncio oficial, Jenkins teria abandonado o comando do épico histórico para dedicar mais tempo à produção de “Mulher-Maravilha 3” na Warner. Apesar disso, ela continua ligada ao projeto como produtora-executiva. De forma curiosa, o anúncio acontece após a Disney suspender o lançamento de “Star Wars: Rogue Squadron”, que estava marcado para 2023, supostamente por conflitos criativos com a diretora. Não há outros detalhes de elenco, produção ou previsão para as filmagens de “Cleópatra”, mas no mês passado Gal Gadot confirmou que o roteiro estava pronto e que ela iria estrelar o filme, apesar da polêmica causada por sua escalação como a Rainha do Nilo. Quando veio à tona no ano passado, o projeto de mais um filme sobre Cleópatra protagonizado por atriz branca – após Claudette Colbert e Elizabeth Taylor, entre outras – gerou uma onda de protestos nas redes sociais. Para começar, houve a acusação de “whitewashing”, prática cultivada por Hollywood durante décadas para representar pessoas de diferentes etnias com intérpretes brancos. Os filmes mais recentes sobre o Egito antigo, “Êxodo: Deuses e Reis” (2014) e “Deuses do Egito” (2016), enfrentaram a mesma denúncia, mas desde então as campanhas para para que a prática seja encerrada ganharam maior repercussão, com ameaça de boicote e fracasso nas bilheterias. Só que este problema é amplificado com a escalação específica de Gadot, atriz de um país que há 50 anos travou guerra contra o Egito. Opiniões mais radicais consideraram a escolha uma afronta, com usuários muçulmanos das redes sociais lembrando o serviço militar cumprido por Gadot nas forças armadas de Israel. Em meio à polêmica, a intérprete de “Mulher-Maravilha” (2017) chegou a destacar no Twitter que o filme contaria a “história pela primeira vez através dos olhos das mulheres, tanto atrás quanto na frente das câmeras”. O roteiro é assinado por Laeta Kalogridis (criadora de “Altered Carbon”), que não gostou dos comentários e resolveu ensinar que Cleópatra não era negra nem, no limite, “africana”. Ela se manifestou após o escritor sul-africano James Hall, um branco que escreveu sete livros sobre a África, lamentar o suposto racismo da escalação de Gadot. “Hollywood sempre escala atrizes americanas brancas como a Rainha do Nilo. Pelo menos uma vez, eles não conseguem encontrar uma atriz africana?”, tuitou o autor, que não pesquisou a origem da intérprete da produção, chamando-a de americana. A roteirista retrucou os comentários dizendo apenas: “Incrivelmente animada para ter a chance de contar a história de Cleópatra, minha faraó ptolemaica favorita e indiscutivelmente a mulher greco-macedônia mais famosa da história”, ela escreveu. E a postagem foi retuitada por Gadot, sem acrescentar comentários sobre o tema. De descendência grega, Kalogridis aprendeu na escola que a governante egípcia do século 1 a.C. era descendente de Ptolomeu, general macedônico do Imperador Alexandre, o Grande. Por sinal, Kalogridis também foi roteirista do filme “Alexandre”, dirigido por Oliver Stone em 2004. Ela alega que os homens da dinastia ptolomaica eram obcecados pela Grécia e só se casavam com mulheres gregas, o que garantiu uma herança genética branca para Cleópatra, rainha que governou uma das maiores cidades helenistas do mundo antigo, Alexandria, fundada no Egito por Alexandre, e que abrigou a maior biblioteca, o maior farol e a maior comunidade urbana judaica de sua época. Judeus, gregos e egípcios conviveram simultaneamente no Egito antes e depois de Cleópatra, até a invasão Persa, que só aconteceu cerca de 600 anos após a morte da rainha. A propósito, assim que começaram os argumentos sobre Cleópatra ser grega, as redes sociais também reagiram, reclamando que, então, uma atriz grega devia interpretá-la.

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    Gal Gadot diz que roteiro está pronto e vai estrelar “Cleópatra”

    11 de novembro de 2021 /

    A atriz Gal Gadot (“Mulher-Maravilha”) confirmou que a produção em que vai viver Cleópatra ainda está de pé. Em entrevista ao site Collider, ela revelou que o roteiro se encontra pronto para ser filmado. “Cleópatra definitivamente ainda está acontecendo. Temos um roteiro incrível e mal posso esperar para comemorar e levar sua história para a tela grande”, declarou. Quando foi feito no ano passado, o anúncio do novo filme sobre rainha do Egito, estrelado por uma atriz não só branca, mas israelense, gerou uma onda de protestos nas redes sociais. Para começar, houve a acusação de “whitewashing”, prática cultivada por Hollywood durante décadas para representar pessoas de diferentes etnias com intérpretes brancos. Os filmes mais recentes sobre o Egito antigo, “Êxodo: Deuses e Reis” (2014) e “Deuses do Egito” (2016), enfrentaram a mesma denúncia, mas desde então as campanhas se tornaram cada vez mais fortes para que a prática seja encerrada, sob a ameaça de boicote e fracasso nas bilheterias. Mas o problema seria amplificado com a escalação específica de Gadot, uma atriz israelense, país que há 50 anos travou guerra contra o Egito. Opiniões mais radicais consideraram a escolha uma afronta, com usuários muçulmanos das redes sociais lembrando o serviço militar cumprido por Gadot nas forças armadas de Israel. Em meio à polêmica, a intérprete de “Mulher-Maravilha” (2017) limitou-se a destacar no Twitter que o filme contaria a “história pela primeira vez através dos olhos das mulheres, tanto atrás quanto na frente das câmeras”. Escrito por Laeta Kalogridis (criadora de “Altered Carbon”), o novo filme será dirigido por Patty Jenkins, que trabalhou com Gadot em “Mulher-Maravilha”. Laeta Kalogridis, por sinal, assumiu a briga nas redes sociais ao afirmar que Cleópatra não era negra nem, no limite, “africana”. Ela se manifestou após o escritor sul-africano James Hall, um branco que escreveu sete livros sobre a África, lamentar o suposto racismo da escalação de Gadot. “Hollywood sempre escala atrizes americanas brancas como a Rainha do Nilo. Pelo menos uma vez, eles não conseguem encontrar uma atriz africana?”, tuitou o autor, que não pesquisou a origem da intérprete da produção, chamando-a de americana. A roteirista retrucou os comentários dizendo apenas: “Incrivelmente animada para ter a chance de contar a história de Cleópatra, minha faraó ptolemaica favorita e indiscutivelmente a mulher greco-macedônia mais famosa da história”, ela escreveu. E a postagem foi retuitada por Gadot, sem acrescentar comentários sobre o tema. De descendência grega, Kalogridis aprendeu na escola que a governante egípcia do século 1 a.C. era descendente de Ptolomeu, general macedônico do Imperador Alexandre, o Grande. Por sinal, Kalogridis também foi roteirista do filme “Alexandre”, dirigido por Oliver Stone em 2004. Ela alega que os homens da dinastia ptolomaica eram obcecados pela Grécia e só se casavam com mulheres gregas, o que garantiu uma herança genética branca para Cleópatra, rainha que reinava em uma das maiores cidades helenistas do mundo antigo, Alexandria, fundada no Egito por Alexandre, e que abrigou a maior biblioteca, o maior farol e a maior comunidade urbana judaica de sua época. Judeus, gregos e egípcios conviveram simultaneamente no Egito antes e depois de Cleópatra, até a invasão Persa, que só aconteceu cerca de 600 anos após a morte da rainha. A propósito, assim que começaram os argumentos sobre Cleópatra ser grega, as redes sociais também reagiram, reclamando que, então, uma atriz grega devia interpretá-la. Não há outros detalhes de elenco, produção, ou previsão de filmagens. Mas a Disney recentemente tirou de seu calendário “Star Wars: Rogue Squadron”, o filme que Jenkins faria a seguir, A produção do filme de Cleópatra está a cargo da Paramount.

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  • Filme

    Rhonda Fleming (1923 – 2020)

    17 de outubro de 2020 /

    A atriz Rhonda Fleming, uma das ruivas mais famosas da era de ouro de Hollywood, morreu na quarta-feira (14/10) em Santa Monica, na Califórnia, aos 97 anos. O cabelo cor de fogo e os olhos verdes-esmeraldas a tornaram bastante popular nos primórdios do cinema colorido, o que acabou lhe valendo o apelido de rainha do Technicolor e uma filmografia cheia de clássicos, incluindo obras assinadas pelos mestres Alfred Hitchcock, Jacques Tourneur, Robert Siodmak, Fritz Lang e John Sturges. Nascida Marilyn Louis em Los Angeles, ela estudou na Beverly Hills High e foi descoberta aos 16 anos pelo famoso agente Henry Wilson (que também descobriu Rock Hudson, Tab Hunter e Natalie Wood) a caminho da escola. Foi ele quem mudou seu nome para Rhonda Fleming e conseguiu seu primeiro contrato, com o famoso produtor David O. Selznick. Seu primeiro papel importante foi como uma ninfomaníaca no suspense “Quando Fala o Coração” (Spellbound, 1945), de Hitchcock, e ela disse que era tão ingênua que teve que procurar a palavra no dicionário quando foi escalada. Em seguida, foi parar em uma mansão assustadora no terror sombrio “Silêncio nas Trevas” (The Spiral Staircase, 1946), de Siodmak, e virou femme fatale no noir “Fuga do Passado” (Out of the Past, 1947), de Tourneur. Mas foi uma aventura de baixa qualidade, “A Ilha da Maldição” (Adventure Island, 1947), que a transformou em estrela. Tudo o que precisou foi ser filmada em cores. Até o cenário exuberante de uma ilha do Pacífico virou pano de fundo para a beleza de Fleming. Ela se destacou ainda mais na comédia musical “Na Corte do Rei Artur” (A Connecticut Yankee in King Arthur’s Court, 1948) como interesse romântico de Bing Crosby, mostrando que também sabia cantar. E Bob Hope, grande amigo de Crosby, impressionou-se tanto ao visitar as filmagens que fez questão de escalá-la em seu próximo trabalho, como seu par em “O Gostosão” (The Great Lover, 1949). Em 1951, Rhonda Fleming tinha se tornado tão cobiçada que estrelou nada menos que cinco filmes, incluindo o noir “Golpe do Destino” (Cry Danger, 1951) e o western “A Revolta dos Apaches” (The Last Outpost, 1951), em que inaugurou sua mais duradoura parceria nas telas com Ronald Reagan. Ela foi par do futuro presidente dos EUA em mais três filmes: “Hong Kong” (1952), “O Carrasco dos Trópicos” (Tropic Zone, 1953) e “A Audácia é a Minha Lei” (Tennessee’s Partner, 1955). Rhonda acabou se especializando em filmes de aventura, vivendo Cleópatra em “A Serpente do Nilo” (Serpent of the Nile, 1953), coestrelando “As Aventuras de Buffalo Bill” (Pony Express, 1953) com Charlton Heston e protagonizando alguns dos primeiros lançamentos 3D de Hollywood, como “Rastros do Inferno” (1953) e “O Tesouro Perdido do Amazonas” (1954). Mas adorava mesmo era se transformar em mulher fatal em clássicos do cinema noir, como “O Poder do Ódio” (Slightly Scarlet, 1956), adaptação de James M. Cain, e “No Silêncio de uma Cidade” (While the City Sleeps, 1956), do mestre Fritz Lang. “Eu adorei interpretar esses papéis”, disse Fleming ao historiador de cinema Rhett Bartlett em uma entrevista de 2012. “Elas eram garotas malvadas, e eu era uma menina tão doce e simpática!” Bastante ocupada até o final dos anos 1950, sua filmografia ainda destaca um dos westerns mais famosos de todos os tempos, “Sem Lei e Sem Alma” (Gunfight at the O.K. Corral, 1957), de John Sturges, ao lado de Burt Lancaster (no papel de Wyatt Earp) e Kirk Douglas (Doc Holliday). Seu último trabalho como protagonista foi na produção italiana “A Revolta dos Escravos” (1960), lançado no mesmo ano em que ela ganhou sua estrela na Calçada da Fama de Hollywood. Apesar de seguir atuando por mais 20 anos, os papéis seguintes foram pequenas participações em séries e filmes, de “O Otário” (1964), de Jerry Lewis, até “A Bomba Que Desnuda” (1980), longa derivado da série de comédia “Agente 86”. Além do cinema, Fleming participou de montagens teatrais da Broadway e fez shows musicais em Las Vegas e no Hollywood Bowl. Ao se afastar das telas e dos palcos, passou a se dedicar à filantropia, tornando-se uma destacada apoiadora de várias causas importantes, da luta contra o câncer à falta de moradia e o abuso infantil. Essa fase de sua vida começou após seu quinto casamento, com o magnata da rede de cinemas Ted Mann (dono do famoso Chinese Theatre ). Eles viram juntos de 1978 até a morte de Mann, em janeiro de 2001, e representaram um força benéfica no sul da Califórnia. Ela e Mann fundaram a Rhonda Fleming Mann Clinic for Comprehensive Care no centro médico da UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles) em 1991, oferecendo atendimento ginecológico e obstétrico a mulheres, e um centro de apoio para mulheres com câncer três anos depois. O casal também criou a bolsa Rhonda Fleming Mann Research Fellowship, para incentivar a pesquisa de câncer. Seus outros maridos incluem o ator Lang Jeffries, com quem contracenou em “A Revolta dos Escravos”, o produtor Hall Bartlett, e o médico Thomas Lane, com quem teve seu único filho, o ator Kent Lane (“As Incertezas de um Jovem”).

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  • Filme

    Escalação de Gal Gadot como Cleópatra rende polêmica nas redes sociais

    14 de outubro de 2020 /

    Como era previsível e tinha sido antecipado pela Pipoca Moderna, a notícia de que Gal Gadot será a nova Cleópatra do cinema gerou protestos nas redes sociais. As duas situações previstas aconteceram. Em primeiro lugar, a acusação de “whitewashing”, prática cultivada por Hollywood durante décadas para representar pessoas de diferentes etnias com intérpretes brancos. Os filmes mais recentes sobre o Egito antigo, “Êxodo: Deuses e Reis” (2014) e “Deuses do Egito” (2016), enfrentaram a mesma denúncia, em campanhas cada vez mais fortes para que a prática seja encerrada, sob a ameaça de fracasso nas bilheterias. A segunda polêmica girou em torno da escalação específica de Gadot, uma atriz israelense, país que há 50 anos travou guerra contra o Egito. Opiniões mais radicais consideraram a escolha uma afronta, com usuários muçulmanos das redes sociais lembrando o serviço militar obrigatório cumprido por Gadot nas forças armadas de Israel. Em meio à polêmica, a intérprete de “Mulher-Maravilha” (2017) limitou-se a destacar no Twitter que o filme contará a “história pela primeira vez através dos olhos das mulheres, tanto atrás quanto na frente das câmeras”. O longa vai voltar a reunir Gadot com a diretora Patty Jenkins, responsável por “Mulher-Maravilha” e sua continuação, “Mulher-Maravilha 1984”, prevista para dezembro, e tem seu roteiro assinado por Laeta Kalogridis (criadora de “Altered Carbon”). Laeta Kalogridis, por sinal, foi quem se arriscou a acirrar a discussão ao lembrar que Cleópatra não era negra ou, no limite, “africana”. Ela se manifestou após o escritor sul-africano James Hall, um branco que escreveu sete livros e, segundo seu Twitter, 6 mil artigos sobre a África, lamentou o suposto racismo da escalação de Gadot. “Hollywood sempre escala atrizes americanas brancas como a Rainha do Nilo. Pelo menos uma vez, eles não conseguem encontrar uma atriz africana?”, tuitou o autor, que não pesquisou a origem da intérprete da produção, chamando-a de americana. Kalogridis retrucou os comentários com uma constatação óbvia. “Incrivelmente animada para ter a chance de contar a história de Cleópatra, minha faraó ptolemaica favorita e indiscutivelmente a mulher greco-macedônia mais famosa da história”, ela escreveu. E a postagem foi retuitada por Gadot, sem acrescentar comentários sobre o tema. De descendência grega, Kalogridis aprendeu na escola que a governante egípcia do século 1 a.C. era descendente de Ptolomeu, general macedônico do Imperador Alexandre, o Grande. Mais que isso, os homens da dinastia ptolomaica eram obcecados pela Grécia e só se casavam com mulheres gregas, o que garante uma herança genética branca para Cleópatra. De fato, uma das maiores cidades helenistas do mundo antigo, Alexandria, foi fundada no Egito por Alexandre, e abrigou a maior biblioteca, o maior farol e a maior comunidade urbana judaica de sua época. Judeus, gregos e egípcios conviveram simultaneamente no Egito antes e depois de Cleópatra, até a invasão Persa, que só aconteceu cerca de 600 anos após a morte da rainha. A propósito, assim que começaram os argumentos sobre Cleópatra ser grega, as redes sociais também reagiram, reclamando que, então, uma atriz grega devia interpretá-la. Vale lembrar que boa parte dos personagens americanos de Hollywood são interpretados por atores britânicos, inclusive Martin Luther King em “Selma”. E que Chadwick Boseman não é africano, apesar de ter interpretado um rei daquele continente em “Pantera Negra”.

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    Gal Gadot será Cleópatra em filme da diretora de Mulher-Maravilha

    11 de outubro de 2020 /

    A estrela e a diretora da “Mulher Maravilha” vão se juntar novamente em outro filme focado numa mulher poderosa: Cleopatra. Gal Gadot vai estrelar a nova cinebiografia da rainha do Egito, que terá direção de Patty Jenkins. A produção é da Paramount Pictures e se baseia num roteiro original de Laeta Kalogridis (roteirista de “Alita: Anjo de Combate” e criadora da série “Altered Carbon”). A Paramount venceu ofertas de vários interessados, da Apple à Netflix, e pretende dedicar um grande orçamento para as filmagens. Ou seja, este não é projeto que se arrasta há exatamente uma década na Sony, baseado no best-seller “Cleopatra: A Life”, de Stacy Schiff, que deveria ser estrelado por Angelina Jolie (“Malévola”) e, após negociações em 2017, dirigido por Denis Villeneuve (“Blade Runner 2049”). Envolvido na franquia “Duna”, que terá continuação e um spin-off em streaming, Villeneuve não estará disponível para filmagens imediatas, fazendo com que a produção da Sony desmorone e desapareça no deserto de ideias de Hollywood sob a maldição faraônica da procrastinação. Com o filme de Cleópatra, Gadot e Jenkins vão se juntar pela terceira vez. Além do primeiro “Mulher-Maravilha” de 2017, elas filmaram “Mulher-Maravilha 1984”, que por enquanto tem previsão de lançamento para dezembro deste ano. Mas este projeto ainda pode enfrentar turbulências. Em meio à pressão cada vez maior por inclusão racial, a escalação de uma nova Elizabeth Taylor (atriz branca) na pele de uma rainha africana tem potencial para ser muito questionada, ainda que esteja historicamente correta – Cleópatra pertencia à dinastia Ptolomeu, cujos membros eram gregos macedônicos. Só que há outro complicador específico na escalação de Gal Gadot. O fato dela ser israelense não deve ser menosprezado, pois Egito e Israel têm diferenças políticas e religiosas históricas. Imaginem a recepção do filme no Egito… Logicamente, o longa nem sequer poderá ser filmado no país, sob o risco de atrair protestos e ser considerado, desde antes da estreia, uma afronta.

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    Linda Cristal (1931 – 2020)

    29 de junho de 2020 /

    A atriz Linda Cristal, que estrelou a série clássica “Chaparral”, morreu em sua casa em Beverly Hills, Los Angeles, na noite de sábado (27/6), enquanto dormia. Ela tinha 89 anos. Nascida em Buenos Aires, na Argentina, com o nome de Marta Victoria Moya Peggo Burges, ela ficou órfã aos 13 anos após o suicídio dos pais e só virou atriz por acaso, ao ser descoberta por um produtor enquanto passava as férias com o irmão no México. Ela virou Linda Cristal aos 21 anos, ao começar a carreira em pequenos papéis (metade não creditada) em seis filmes locais. Capaz de falar quatro línguas (espanhol, italiano, francês e inglês), chamou atenção de Hollywood e foi fazer sua estreia nos EUA no western “Comanche” (1956), como interesse romântico do protagonista Dana Andrews. Ela se especializou no papel de latina sedutora de westerns, aparecendo ainda em “Cavalgada para o Inferno” (1958), com Jock Mahoney, “O Terror do Oeste” (1958), com Hugh O’Brian, “O Álamo” (1960), com John Wayne, e “Terra Bruta” (1961), com James Stewart (dirigido pelo mestre do gênero, John Ford). Mas foi uma comédia que lhe deu reconhecimento. Linda foi indicada ao Globo de Ouro como coadjuvante em “De Folga para Amar” (1958), de Blake Edwards, vivendo uma estrela de cinema que aceita passar um fim de semana em Paris com um soldado sorteado (Tony Curtis) numa loteria para levantar a moral das tropas. Após as filmagens, ela ficou pela Europa e foi alçada a protagonista em produções italianas. Fez três filmes na Itália, chegando a encarnar duas rainhas do Egito: ninguém menos que Cleópatra em “As Legiões de César” (1959) e a ambiciosa Akis em “A Mulher do Faraó” (1960). O terceiro longa foi a aventura de piratas sarracenos “As Verdes Bandeiras de Allah” (1963). Ao voltar aos EUA, começou a fazer séries, como “Viagem ao Fundo do Mar” e “Cavalo de Ferro”, até ser escalada para seu papel mais lembrado em 1967, como Victoria Cannon, a latina rebelde que se torna dona do rancho Chaparral ao se casar com Big John Cannon (Leif Erickson), um ruralista disposto a prosperar com criação de gado em terras indígenas – o que rende muitos conflitos. Rendeu também a consagração para a atriz, indicada a dois Emmys e vencedora do Globo de Ouro pelo papel em 1970. A série durou quatro temporadas, até 1971, mas teve uma longa sobrevida em reprises. Seus créditos subsequentes incluem o thriller de ação “Desafiando o Assassino” (1974), com Charles Bronson, e aparições nas séries “Bonanza”, “Os Novos Centuriões”, “Barnaby Jones”, “O Barco do Amor” e “A Ilha da Fantasia”, além de um longa participação na novela “Hospital General” em 1988, seu último trabalho. Graças a bons investimentos imobiliários, ela teve uma vida próspera após se aposentar das telas.

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  • Etc,  Série,  TV

    Lúcio Mauro (1927 – 2019)

    12 de maio de 2019 /

    O ator e comediante Lúcio Mauro, que estrelou diversos programas humorísticos da rede Globo, morreu na madrugada deste domingo (12/5) aos 92 anos, no Rio de Janeiro. Ele estava internado há cerca de dois meses na Clínica São Vicente, com problemas respiratórios. Lúcio Mauro era seu nome artístico. O artista nasceu em Belém do Pará, no dia 14 de março de 1927, batizado como Lúcio de Barros Barbalho. Ele começou a carreira no teatro e só foi estrear na televisão aos 33 anos, em 1960, com a inauguração da TV Rádio Clube de Pernambuco, onde fez seu primeiro programa de humor, “Beco sem Saída”, contracenando com José Santa Cruz no quadro “Jojoca e Zé das Mulheres”. Em 1963, Lúcio e sua esposa, a atriz Arlete Salles, mudaram-se para o Rio de Janeiro, indo trabalhar na TV Rio. De lá, ele foi para a TV Tupi, onde participou do “Grande Teatro Tupi”, foi jurado de calouros de Flávio Cavalcanti, dirigiu e atuou no programa “A, E, I, O… Urca!” e o infantil “Essa Gente Inocente”, além de estrelar, junto de Arlete Salles, o humorístico “I Love Lúcio”, uma paródia da sitcom americana “I Love Lucy”. Neste mesmo ano, Lúcio Mauro estreou no cinema ao lado de Arlete em “Terra sem Deus”, de José Carlos Burle. A experiência foi seguida pelas comédias “007 1/2 no Carnaval” (1966), uma paródia de James Bond com Costinha e Chacrinha, e “O Rei da Pilantragem” (1968), escrito por Carlos Imperial. Mas a carreira cinematográfica ficou de lado quanto a televisiva estourou, após estrear na Globo em 1966. Ele começou na emissora no humorístico “TV0–TV1”, ao lado de uma constelação de humoristas que marcaram época na televisão: Jô Soares, Agildo Ribeiro, Paulo Silvino e outros. Dois anos depois, Lúcio criou e dirigiu na Globo o humorístico “Balança Mas Não Cai” (1968), com releituras de quadros de sucesso da Rádio Nacional nos anos 1950. O formato da programa de esquetes com um grande elenco, que se alternava num mesmo cenário sem mudar o contexto das piadas, fez enorme sucesso e inspirou o humor brasileiro durante décadas. Foi nesse período, inclusive, que Lúcio emplacou sua criação mais famosa, o quadro “Fernandinho e Ofélia”, em que vivia um homem rico e sofisticado, constantemente constrangido pela burrice da esposa (Sônia Mamede), que cometia grandes gafes diante de convidados ilustres, apesar de repetir o bordão “Só abro a boca quando tenho certeza!”. Quando “Balança Mas Não Cai” foi para a TV Tupi, nos anos 1970, ele acompanhou os colegas do programa e deixou a Globo por um tempo. A época também marcou o fim de seu casamento com Arlete. Mas ele ficou pouco tempo solteiro, casando-se com Ray Luiza Araujo Barbalho em 1974. Menos tempo ainda passou longe da Globo, para onde voltou pelas mãos de Chico Anysio, um de seus maiores parceiros, vindo a integrar o elenco de todos os programas humorísticos do famoso criador – de “Chico City” (1973) a “Escolinha do Professor Raimundo” (1990). Ele criou personagens marcantes ao lado de Chico Anysio, como o diretor Da Julia, que trabalhava com o ator canastrão Alberto Roberto, e o aluno Aldemar Vigário, da “Escolinha do Professor Raimundo”. Puxador de saco do professor, Vigário contava contos épicos de supostos grandes feitos do mestre com o bordão “Quem? Quem? Raimundo Nonato!”. Nos anos 1980, Lúcio Mauro emplacou uma nova versão de “Balança Mas Não Cai” (1982) na Globo, e ajudou a conceber e dirigir “A Festa é Nossa” (1983), humorístico que tinha como cenário fixo a cobertura de Fernandinho e Ofélia. O ator também participou de “Chico Anysio Show” (1982) e “Os Trapalhões” (1989), revivendo a dupla Fernandinho e Ofélia com Nádia Maria, após a intérprete original ser diagnosticada com leucemia e se afastar da TV – Sônia Mamede veio a falecer em 1990. Mas Lúcio não fez apenas comédias. Em 1983, interpretou o médium Chico Xavier no “Caso Verdade Chico Xavier, um Infinito Amor”. E, em 1988, fez uma participação na minissérie “O Pagador de Promessas”, de Dias Gomes, como Dr. Quindim. A diversificação aumentou nos anos 1990, com um episódio de “Você Decide” (1992), a novelinha teen “Malhação” (1995), atuando como Dr. Palhares, pai do Mocotó (André Marques), e a novelinha infantil “Caça-Talentos” (1996), com Angélica. Em 1998, encarnou o bicheiro mafioso Neca do Abaeté na minissérie “Dona Flor e Seus Dois Maridos”, e o advogado Nonato na segunda versão da novela “Pecado Capital”, atuou em um episódio de “Sai de Baixo” e participou da novela “Meu Bem Querer”. A partir de 1999, Lúcio Mauro retomou personagens em “Zorra Total”. Refez o quadro Fernandinho e Ofélia, desta vez com Claudia Rodrigues. E começou a contracenar com seu filho, o ator Lúcio Mauro Filho. Além disso, criou um novo personagem, Ataliba, um vovô surfista, revivendo com José Santa Cruz a parceria de sua estreia na TV em 1960. Nos últimos anos, dedicou-se a fazer mais participações em novelas – como “Paraíso Tropical” (2006), “A Favorita” (2008) e “Gabriela” (2012). E filmes. Embora sua filmografia comece nos anos 1960, foi só nos últimos anos que Lúcio realmente se dedicou ao cinema, atuando em “Redentor” (2004), de Claudio Torres, “Cleópatra” (2008), de Júlio Bressane, “Muita Calma Nessa Hora” (2010), de Felipe Joffily, e “Vai que Dá Certo” (2013), de Maurício Farias. Neste último, também contracenou com o filho. O humorista gostava de trabalhar com os filhos, tanto que estrelou a peça “Lúcio 80-30” (2008) com três deles, Lúcio Mauro Filho, Alexandre Barbalho e Luly Barbalho. E voltou a contracenar com dois deles em 2014, no penúltimo episódio de “A Grande Família”, como o pai de Luly, a irmã de Tuco, personagem de Lúcio Mauro Filho. Sua despedida das telas aconteceu em 2015, numa participação especial da releitura da “Escolinha do Professor Raimundo”, que foi exibida na TV Globo e no canal pago Viva. Desde 2016, quando sofreu um derrame, Lúcio Mauro enfrentou diversos problemas de saúde, sendo forçado a se aposentar. Relembre abaixo três dos personagens mais famosos do humorista.

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    Criador de Code Black desenvolve série sobre a juventude de Cleópatra

    18 de janeiro de 2018 /

    O canal pago americano Freeform está desenvolvendo sua primeira série de época. Trata-se de uma nova versão de “Cleopatra”, concebida por Michael Seitzman (criador de “Code Black”). A série da famosa rainha do Egito é descrita como uma aventura épica e feminina, e vai acompanhá-la em sua juventude, após ser exilada, para se defender do patriarcado e conquistar seu legítimo direito como herdeira ao trono do Egito. A série acompanhará sua ascensão para se tornar a primeira e única faraó feminina, mas também a mulher mais poderosa de sua época, ao se envolver em um triângulo amoroso que mudou o mapa do mundo para sempre. “Nosso programa é uma história de aventura que se concentra em uma jovem Cleópatra durante o período de sua vida em que ela foi exilada por seu próprio irmão e forçada a mendigar alianças instáveis ​​e adquirir inimigos poderosos, incluindo os deuses e monstros da mitologia egípcia”, disse Seitzman. “É também uma história de amor entre uma jovem e dois homens, o feroz general Julio César e seu protegido, o jovem e rebelde centurião Marco Antônio”. A produção está a cargo de Seitzman e do veterano produtor de cinema Lorenzo di Bonaventura (da franquia “Transformers”). Apesar de Cleópatra já ter rendido muitos filmes, como o clássico de 1963, estrelado por Elizabeth Taylor – e há também um projeto atualmente em desenvolvimento na Sony – , ela nunca teve sua própria série. No máximo, apareceu como personagem periférico em “Rome” (2005-2017), da HBO. Por enquanto, o projeto ainda está em fase de formação de equipe de produção e ainda não recebeu encomenda de temporada.

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