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    Diretor do novo Batman vai produzir remake do terror russo “Sputnik”

    29 de março de 2021 /

    O diretor Matt Reeves (do novo “Batman”) vai produzir uma versão americana do terror russo “Sputnik”. Sua produtora, 6th & Idaho, se juntou ao estúdio Village Roadshow Pictures e à XYZ Films para realizar o remake. O filme original de Egor Abramenko, lançado em VOD no Brasil como “Estranho Passageiro – Sputnik”, causou sensação nos festivais internacionais de terror do ano passado e tem 89% de aprovação no Rotten Tomatoes, apesar de ser uma apropriação de elementos do primeiro “Alien”, de 1979. A trama se passa na União Soviética durante a Guerra Fria da década de 1980 e segue uma jovem médica (Oksana Akinshina), recrutada pelos militares para avaliar um cosmonauta que sobreviveu a um misterioso acidente espacial e voltou à Terra com um organismo perigoso vivendo em seu interior. “Acreditamos que o Sputnik será bem traduzido para o público de língua inglesa e continuará a cativar os cinéfilos em todo o mundo com sua história emocionante. Estamos ansiosos para começar a produção e acreditamos que temos alguns dos melhores parceiros da indústria para reimaginar a visão original de Egor enquanto nos mantemos fiéis à jornada do filme”, disse Jillian Apfelbaum, vice-presidente executiva de longa-metragem da Village Roadshow Pictures, em comunicado sobre o projeto. “’Sputnik’ foi o primeiro grande lançamento russo a ir direto para as plataformas digitais durante a pandemia, todos estavam em casa e uma quantidade sem precedentes de pessoas assistiram, o que fez o lançamento gerar burburinho tanto na Rússia quanto no resto do mundo. Estou muito orgulhoso de que ele agora se torne um raro filme russo a ganhar remake em inglês”, comentou o principal produtor russo de “Sputnik”, Fedor Bondarchuk, que também estrelou o filme. Veja abaixo dois trailers do filme original, em versões com legendas em inglês e dublagem em português.

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    Pinóquio italiano e alien russo são os destaques de cinema da semana

    21 de janeiro de 2021 /

    A nova e sombria versão de “Pinóquio”, dirigida pelo cineasta italiano Matteo Garrone (“Gomorra”), é o destaque desta semana, em que não há nenhum lançamento hollywoodiano nos cinemas. A seca de blockbusters, motivada pela pandemia de coronavírus, acabou virando do avesso as prioridades dos exibidores, que apostam em títulos europeus, antigamente restritos ao circuito limitado, para atrair público ao circuito cinematográfico brasileiro, ainda em funcionamento nesta quinta-feira (21/1). “Pinóquio” é um filme repleto de efeitos visuais, como os consumidores das fábulas live-action da Disney estão acostumados. A produção traz Roberto Benigni (vencedor do Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira por “A Vida É Bela”) como o marceneiro Gepeto e vários momentos icônicos do conto de fadas sobre o boneco de madeira que quer virar menino de verdade – das orelhas de burro ao nariz que cresce com mentiras. São imagens que remetem à adaptação mais famosa da obra de Carlo Collodi: a animação de 1940, que venceu o Oscar de Melhor Canção Original – pela clássica “When You Whish Upon a Star”. Só que o tom tenebroso é completamente diferente de qualquer produção da Disney. Vale lembrar que a fabulação anterior de Garrone, “O Conto dos Contos” (2015), tinha uma rainha que comia coração sangrento de monstro. A programação também traz a elogiada sci-fi russa “Estranho Passageiro”, influenciada por “Alien – O Oitavo Passageiro” (1979). Mais conhecido por seu título original, “Sputnik”, o filme de monstro alienígena agradou a crítica internacional ao circular por festivais de terror, somando 89% de críticas positivas no Rotten Tomatoes. Ou seja, teve maior aprovação que os 85% de “Pinóquio”. O terceiro lançamento europeu é o “filme de arte” do conjunto. E ironicamente o drama lésbico de época é o título mais fraquinho da semana. Passado nos anos 1950, numa cidadezinha rural britânica, a história revela como uma mãe solteira (Holliday Granger) abandonada pelo marido se envolve com uma médica recém-chegada (Anna Paquin), que se tornou amiga de seu filho pequeno. Com 53% no Rotten Tomatoes, foi considerado medíocre pela crítica. Completa a relação de filmes um documentário sobre o escritor brasileiro Antonio Callado. Veja abaixo os trailers de todas as estreias.     Pinóquio | Itália | 2020     Estranho Passageiro – Sputnik | Rússia | 2020     Fale com as Abelhas | Reino Unido, Suécia | 2020     Callado | Brasil | 2020

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    Sputnik: Alien russo ganha trailer tenso e atmosférico

    24 de julho de 2020 /

    A elogiada sci-fi russa “Sputnik” ganhou pôsteres, fotos e trailer americanos. A prévia chama atenção por combinar elementos das histórias de “Alien: O Oitavo Passageiro” (1979) e “A Forma da Água” (2017) e mesmo assim parecer original. Como os dois filmes citados, a trama é inspirada em produções de ficção científica dos anos 1950. A partir de uma premissa clássica – um astronauta volta diferente do espaço – , a prévia constrói um suspense atmosférico envolvente. O fato de se passar numa base militar da Rússia, durante o auge da Guerra Fria, ajuda a criar um clima de desconfianças e claustrofobia. Na trama, uma cientista é forçada a trabalhar com o astronauta infectado para tentar separá-lo do parasita que se alojou em seu corpo, sem receber todas as informações sobre a situação, que são secretas. O astronauta trancafiado tampouco sabe que virou hospedeiro. Mas logicamente a criatura vai se soltar e tocar o terror na base, como já adiantam as imagens. Primeiro longa dirigido por Egor Abramenko, “Sputnik” tem roteiro de Oleg Malovichko (da sci-fi blockbuster “Attraction”) e é estrelado por Oksana Akinshina, revelada há 18 anos no papel-título do cult sueco “Para Sempre Lilya” (2002). O lançamento está marcada para 14 de agosto em locação digital (VOD) nos EUA.

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    The Iron Mask: Jackie Chan e Arnold Schwarzenegger brigam em trailer de fantasia russa

    12 de fevereiro de 2020 /

    A Signature Entertainment divulgou o trailer americano de “The Iron Mask”, filme russo que conta com Jackie Chan e Arnold Schwarzenegger em seu elenco. A prévia traz Schwarzenegger e Chan brigando no interior da Torre de Londres. E logo fica claro que todas as participações dos dois astros acontecem na mesma cena, picotada e estendida ao longo do vídeo. Isto porque o filme, na verdade, é continuação de “Império Proibido” e estrelado pelo inglês Jason Flemyng (“X-Men: Primeira Classe”), que volta ao papel do cartógrafo do século 18 Jonathan Green. Depois de mapear a Transilvânia no primeiro longa – maior bilheteria russa de 2014 – , o personagem recebe do czar Pedro, o Grande, a missão de mapear o Leste da Rússia, junto ao território chinês, onde encontra criaturas bizarras, princesas e mestres de artes marciais. Jackie Chan e Arnold Schwarzenegger fazem apenas uma pequena participação no longa, que ainda inclui no elenco Yao Xingtong (“Operação Zodíaco”), Charles Dance (série “Game of Thrones”) e o falecido Rutger Hauer (do “Blade Runner” original) num de seus últimos trabalhos. Com direção de Oleg Stepchenko (de “Império Proibido”), o filme estreou em setembro passado na Rússia e na China com o título de “Journey to China: The Mystery of Iron Mask”. O lançamento está marcado para abril nos EUA e ainda não há previsão para o Brasil.

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    Candidato russo ao Oscar, Uma Mulher Alta retrata traumas femininos de guerra

    15 de dezembro de 2019 /

    “Uma Mulher Alta” é um drama humano que remete a questões femininas, como a reprodução, num contexto de guerra, em que as mulheres estão mutiladas, abaladas psicologicamente, sofrendo as consequências do conflito que recém-terminou. A trama se passa em Leningrado (hoje, São Petersburgo) em 1945, ao final da 2ª Guerra Mundial, em que a cidade sofreu um dos piores cercos da história. O olhar do filme, inspirado no livro “A Guerra Não Tem Rosto de Mulher”, de Svetlana Aleksiévitch, é justamente sobre as consequências que a guerra deixa na vida e no corpo das mulheres. Um enfoque de gênero muito apropriado, já que o que conhecemos mais é o efeito bélico que destrói os homens, sempre vistos como protagonistas, os principais atores da trama. No evento abordado em “Uma Mulher Alta” reconhece-se também uma situação que envolveu mais intensamente as mulheres no contexto de guerra na resistência russa. As personagens que representam essas mulheres são Iya (Viktoria Miroshnichenko), a grandona desajeitada que inspira o título brasileiro, e Masha (Vasilisa Perelygina). Figuras heroicas pelo que fizeram e continuam fazendo pelos mutilados e mutiladas de guerra, como elas próprias. Tentam reconstruir suas vidas, como todos, mas esbarram em barreiras pessoais que remetem de forma direta à guerra que tiveram de vivenciar. E, ao tentarem se desvencilhar ou contornar suas limitações, acabam por gerar novos dramas e problemas, ao invés de superá-los ou vencê-los. Tudo isso é mostrado numa narrativa que enfatiza os sentimentos, a frustração e o desespero, em especial, numa caracterização de época feita com muito cuidado e delicadeza. A paleta de cores em que dominam o verde e o ocre dá destaque a esse drama e o calor dos sentimentos. Os veículos e os objetos de cena são em grande parte autênticos da época, cedidos por museus russos, como o dos transportes. As recriações e o figurino procuram respeitar com fidelidade os ambientes e as pessoas, sem exagerar no sentido passadista. Há uma intenção de tomar aquele momento e situação passados como fontes de reflexão para o presente, em sintonia com uma visão feminista atual. Duas ótimas jovens atrizes protagonizam o trabalho, oferecendo força e consistência psicológica a suas personagens. Os homens e as outras mulheres com quem elas contracenam complementam e valorizam esse bom desempenho das estreantes Viktoria Miroshnichenko e Vasilisa Perelygina. O diretor Kantemir Balagov em seu segundo longa, após “Tesnota”, de 2017, realiza um trabalho com a câmera que produz envolvimento e tensão, enquadramentos que nos aproximam da personalidade daquelas mulheres e nos põem dentro do forte drama que elas vivem. “Uma Mulher Alta” é a indicação russa para concorrer ao Oscar de Melhor Filme Internacional, já passou por vários festivais internacionais, tendo alcançado premiações em Cannes (Melhor Direção e Prêmio da Crítica na mostra Um Certo Olhar) e também em Genebra, Montreal e Estocolmo.

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    Entre Facas e Segredos é a principal estreia de cinema da semana

    12 de dezembro de 2019 /

    A programação de cinema oferece boas opções entre as estreias desta quinta (12/12), a começar pelo lançamento mais amplo, a comédia de suspense “Entre Facas e Segredos”. Escrita e dirigida por Rian Johnson (“Star Wars: Os Últimos Jedi”), a produção resta uma homenagem aos velhos filmes de mistério do gênero “whodunit”, popularizado pelos livros de Agatha Christie, Ellery Queen e outros mestres do começo do século 20, que consistem em investigar suspeitos de um assassinato até descobrir “quem matou”. Os suspeitos da vez são de dar inveja no mais recente exemplar do gênero, “Assassinato no Expresso do Oriente” (2017). A trama gira em torno do assassinato de um escritor rico e famoso, morto durante a festa de seu aniversário por um de seus parentes. Daniel Craig (o James Bond) interpreta o detetive, Lakeith Stanfield (“Atlanta”) vive seu parceiro policial, Christopher Plummer (“Todo o Dinheiro do Mundo”) é a vítima e os suspeitos são nada menos que Chris Evans (o Capitão América), Michael Shannon (“A Forma da Água”), Jamie Lee Curtis (“Halloween”), Ana de Armas (“Blade Runner 2049”), Katherine Langford (“13 Reasons Why”), Toni Colette (“Hereditário”), Jaeden Martell (“It: A Coisa”) e Don Johnson (“Do Jeito que Elas Querem”). A crítica norte-americana amou. Não bastasse ter 97% de aprovação na média do Rotten Tomatoes, foi considerado um dos 10 melhores filmes americanos do ano pelo AFI (American Film Institute) e também emplacou indicações ao Critics Choice e ao Globo de Ouro. O suspense policial “Crime sem Saída”, por outro lado, dividiu a crítica – 50% de aprovação. A estreia nos cinemas da produtora AGBO, de Joe e Anthony Russo, os diretores de “Vingadores: Ultimato”, também foi fiasco nas bilheterias da América do Norte. A direção, porém, não é dos Russo, mas de Brian Kirk, que assinou episódios de “Game of Thrones”. No filme, Chadwick Boseman (o “Pantera Negra”) interpreta um detetive que perdeu seu pai, também policial, assassinado quando ele era apenas um garoto e, por conta disso, cultiva a reputação de ser “o cara que mata assassinos de policiais”. Quando um assalto rende a morte de oito policiais, ele é chamado para assumir a investigação e organiza um cerco aos criminosos foragidos, ordenando que as 21 pontes que ligam Manhattan ao resto de Nova York sejam fechadas, enquanto inicia uma caçada por toda a ilha pelos suspeitos. Ao mesmo tempo, ele desconfia que a história do crime não bate e começa uma investigação paralela que o coloca em choque com o comando policial. O bom elenco também conta com Sienna Miller (“Sniper Americano”), J.K. Simmons (“Liga da Justiça”), Stephan James (“Se a Rua Beale Falasse”), Taylor Kitsch (“True Detective”) e Keith David (“Morte no Funeral”). Pior estreia ampla, “Brincando com Fogo” tem apenas 22% de aprovação. A comédia que traz John Cena (“Bumblebee”) como bombeiro segue a cartilha dos filmes de fortões forçados a virar babás de crianças, fórmula que já rendeu “Um Tira no Jardim de Infância” (1999) e “O Fada do Dente” (2010). Felizmente, as opções europeias do circuito limitado são bem melhores, desde o franco-israelense “Synonymes”, vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim, a “Uma Mulher Alta”, representante da Rússia no Oscar 2020, e sem subestimar a comédia francesa “Finalmente Livres”, premiada na mostra Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes e indicada a 9 prêmios César (o Oscar francês). Destes três, “Uma Mulher Alta” é a obra mais premiada, inclusive com um importante prêmio de Melhor Direção, vencido pelo jovem Kantemir Balagov (de “Tesnota”) na mostra Um Certo Olhar, de Cannes. Além disso, tem a nota mais alta no Rotten Tomatoes: 93% de aprovação. Confira abaixo mais detalhes das estreias da semana com todos os títulos, suas sinopses e trailers. Entre Facas e Segredos | EUA | Comédia de Suspense Após comemorar 85 anos de idade, o famoso escritor de histórias policiais Harlan Thrombey (Christopher Plummer) é encontrado morto dentro de sua propriedade. Logo, o detetive Benoit Blanc (Daniel Craig) é contratado para investigar o caso e descobre que, entre os funcionários misteriosos e a família conflituosa de Harlan, todos podem ser considerados suspeitos do crime. Crime sem Saída | EUA | Thriller Policial Um detetive da polícia de Nova York recebe um complexo desafio no trabalho: ele precisa achar e prender assassinos de policiais que estão à solta na cidade. Realizar a prisão dos criminosos implicaria em recuperar a honra que ele perdeu durante algumas tarefas mal-executadas nos últimos anos. No entanto, quanto mais ele avança na investigação, mais ele percebe que os assassinatos se tratam de uma conspiração assombrosa entre criminosos e membros de sua própria categoria. Brincando com Fogo | EUA | Comédia Jake Carson (John Cena) é um bombeiro extremamente dedicado e rigoroso, que não aceita que algo ocorra fora das regras impostas pela corporação. Ao resgatarem as crianças Bryan (Brianna Hildebrand), Zoey (Finley Rose Slater) e Will (Christian Convery), Jake e seus companheiros de trabalho enfrentam um enorme desafio: como não conseguem localizar os pais do trio, precisam eles mesmos cuidar das crianças, mesmo sem ter o menor jeito para esta missão. Finalmente Livres | França | Comédia Yvonne (Adèle Haenel), uma jovem inspetora de polícia, descobre que seu marido, Capitão Santi (Vincent Elbaz), não era o policial corajoso e honesto que ela acreditava, mas uma verdadeira fraude. Determinada a reparar os erros cometidos por ele, ela cruza o caminho de Antoine (Pio Marmaï), preso injustamente por Santi e condenado a oito anos. Esse encontro inesperado e louco vai mudar a vida de ambos para sempre. Synonymes | França, Israel | Drama Yoav (Quentin Dolmaire) é um adolescente israelense que foge de seu país e parte para a França, onde vive em Paris enquanto esconde a sua identidade. Determinado a extinguir suas origens, seu principal companheiro é um dicionário de francês-hebreu. Uma Mulher Alta | Rússia | Drama Na Leningrado de 1945, Iya e Masha são duas jovens mulheres em busca de esperança e significado em meios aos destroços deixados na Rússia após a 2ª Guerra Mundial. O cerco de Leningrado, um dos mais brutais da história, chegou ao fim, mas reconstruir suas vidas permanece uma situação cercada de morte e trauma. Barrabás | Rússia | Religião A história de Jesus Cristo de Nazaré, sua crucificação, morte e ressurreição é contada pelo ponto de vista de Barrabás. Um bandido preso e condenado a morte na mesma época que Cristo, Barrabás é solto por conta da tradição da soltura de um preso na Festa da Libertação e acaba escapando da cruz.

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    Sobibor recria com realismo levante histórico da 2ª Guerra Mundial

    27 de abril de 2019 /

    Sobibor foi um campo de concentração conduzido pela Alemanha nazista na Polônia, nos anos de 1942 e 1943, que chegou a exterminar cerca de 250 mil prisioneiros judeus, de diversas nacionalidades. Entre eles, os russos. Foi um prisioneiro de guerra soviético, o oficial Alexander Pechersky, que conseguiu realizar o impensável: organizar um motim de detentos que assassinou os 12 principais comandantes alemães do campo e resultou numa fuga em massa, de 300 pessoas, na única ação desse tipo bem sucedida durante toda a 2ª Guerra Mundial. Ainda que muitos dos fugitivos tenham sido mais tarde capturados e mortos, foi um feito e tanto. Os compatriotas de Pechersky que sobreviveram engrossaram as linhas defensivas russas na guerra. Não surpreende que Alexander Pechersky tenha se tornado um grande herói russo, postumamente premiado com a Ordem de Bravura, e que hoje é celebrado nos livros escolares de História, dá nome a uma Fundação, teve um busto inaugurado em 2017, uma exposição no Museu da Vitória e inspirou vários livros publicados sobre os fatos. Um poema “Luca“ dedicado à rebelião deu origem a uma campanha internacional de resgate dessa memória e dos atos corajosos, heroicos, de todo o grupo comandado por Pechersky. Uma ação que conseguiu ser realizada apesar do estrito controle de uma prisão tenebrosa, envolvendo diferentes idiomas. Neste filme russo “Sobibor”, de 2018, dedicado ao 75º aniversário da rebelião no campo de concentração nazista, o elenco representa essa diversidade de línguas – os personagens falam russo, alemão, polonês, holandês e iídiche. Um trabalho de peso, em busca da autenticidade, que exigiu bastante do diretor e também protagonista do filme, Konstantin Khabenskiy – que estreia como diretor de longas. O processo de criação e reconstrução desse episódio foi especialmente complicado, apesar da existência de objetos, fotos, informações escritas e outras. Sobibor foi inteiramente destruído, para que nada de sua estrutura física restasse, e o terreno recebeu o plantio de muitas árvores. O filme consegue recuperar essa estrutura física histórica, o que é importante para que o espectador tenha a dimensão dos fatos nos espaços correspondentes. Direção de arte, fotografia e um elenco talentoso dão à produção grande sustentação. “Sobibor” é eficiente, ao mostrar o cotidiano, a realidade do campo de extermínio, os sentimentos dos personagens, e alcança bom resultado em termos de ação e suspense, ao mostrar como a revolta se formou e se desenvolveu. A questão do heroísmo numa luta para combater o mal escapa ao clichê, na medida em que o nazismo conseguiu ser pior do que a mais cruel das ficções poderia imaginar. Assim, esse movimento político de extrema direita, variante requintada do fascismo, acabou virando a própria representação desse mal. Os que conseguiram combatê-lo e vencê-lo, ainda que parcialmente, certamente merecem a designação de heróis. O filme foi baseado no livro “Alexander Pechersky: Breakthrough to Imortality”, de Ilya Vasilyev, que inclui as memórias de Pechersky e o poema “Luca”, de Mark Geylikman. O autor é chefe da Fundação Pechersky e produtor criativo do filme. Apesar de o assunto ser pouco conhecido e difundido internacionalmente, “Sobibor” não é o primeiro filme sobre o tema. Em 1987, Rutger Hauer protagonizou o telefilme britânico–iugoslavo “Fuga de Sobibor”, que chegou ao mercado internacional em DVD. Agora, com “Sobibor” tendo representado a Rússia na disputa do Oscar de filme estrangeiro, a história conquista uma parcela do público mundial mais expressiva.

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    Georgiy Daneliya (1930 – 2019)

    6 de abril de 2019 /

    O diretor russo Georgiy Daneliya morreu na quinta-feira (4/4) aos 88 anos, após parada cardíaca, seguindo um período de quase dois meses de internação por pneumonia em um hospital de Moscou. Considerado um dos maiores cineastas russos e premiado durante sua carreira em três dos principais festivais de cinema do mundo, Berlim, Veneza e Karlovy Vary, Daneliya era um arquiteto que virou cineasta ao lançar dois curtas no final dos anos 1950. A aclamação veio logo no primeiro longa-metragem, “O Mundo Novo de Serginho” (1960), que venceu o Globo de Cristal em Karlovy Vary, mais importante festival do Leste Europeu. O drama do menino que se vê subitamente valorizado pelo novo padrasto também foi considerado um dos melhores filmes estrangeiros do ano pela National Board of Review americana. Ele voltou a se destacar com “24 Horas em Moscou” (1964), sobre um jovem em visita à capital russa, que faz novos amigos adolescentes. O longa foi selecionado para a disputa da Palma de Ouro no Festival de Cannes. A Cortina de Ferro dificultou que sua filmografia se tornasse mais conhecida. E também houve certa resistência do Ocidente a seu trabalho, por ser alinhado à ideologia comunista. Daneliya chegou ser eleito “Artista da República Russa” em 1977 e “Artista do Povo da União Soviética” em 1989 pelo governo soviético. O cineasta também venceu o Festival de Moscou em 1977 com “Mimino”, sobre um piloto de helicóptero do interior que sonha comandar aviões e se torna amigo de um motorista de trator durante um curso na capital. A lenta e gradual abertura soviética permitiu maior circulação a seus filmes. E ele acumulou prêmios internacionais em sua obra seguinte, “Maratona de Outono” (1979), conquistando o Leão de Ouro do Festival de Veneza, a Concha de Ouro do Festival de San Sebastian e o prêmio da Mostra Fórum do Festival de Berlim com a história de um professor infiel. Foi o ponto alto de sua carreira, que, a partir daí, tornou-se menos internacional. Seus filmes seguintes foram mais celebrados no mercado doméstico, geralmente vencendo os prêmios Nika (o Oscar russo), como “Passaporte” (1990), que lhe rendeu o troféu de Melhor Roteiro. Ele também diversificou sua obra, fazendo comédias (“Nastya”, “Heads and Tails” e “Fortuna”) e até uma animação, “Ku! Kin-dza-dza”, seu último trabalho, lançado em 2013, que venceu o Nika da categoria.

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    Marlen Khutsiev (1925 – 2019)

    19 de março de 2019 /

    O cineasta Marlen Khutsiev, considerado o pai da “new wave” do cinema soviético dos anos 1960, morreu em Moscou aos 93 anos, anunciou a União de Cineastas da Rússia nesta terça (18/3). “Viveu uma vida cheia de drama e alegria”, declarou a porta-voz da organização, Tatiana Nemchinskaya. Ele nasceu em Tiflis (atualmente, parte Georgia) em 1925 logo após a Revolução Bolchevique, e seu nome Marlen era um acrônimo de Marx e Lênin. Apesar desse batismo, o regime comunista não foi benevolente com sua família. Sua mãe era uma ex-aristocrata que perdeu tudo e seu pai um dirigente do partido que acabou executado em 1937, durante os expurgos stalinistas. Sua carreira floresceu após a morte de Stalin, em 1953, representando um sopro de renovação nas artes soviéticas. “Primavera na Rua Zarechnaya”, lançado em 1956, o ano em que Nikita Khrushchev denunciou o culto à personalidade de Stalin, surpreendeu pelo realismo de sua história, ao retratar a vida de uma jovem professora que chega a uma cidade de província para dar aulas noturnas a operários. A obra chamou atenção por não seguir os enredos soviéticos: a mulher bem-educada da cidade grande não se apaixonava imediatamente por um trabalhador bruto, mas charmoso. Apesar disso, foi visto por mais de 30 milhões de espectadores nos cinemas, tornando-se cultuadíssimo na União Soviética. Seu segundo filme, “Two Fyodors” (1959), focou a reconstrução das famílias no período do pós-guerra, acompanhando um soldado que volta do front e adota um órfão com quem compartilha o nome (ambos se chamam Fyodor). Mas esse relacionamento é quase destruído quando ele se casa. Apesar das críticas sutis, seus problemas com o governo só começaram em seu filme seguinte, sobre a juventude soviética dos anos 1960. A história de “I Am Twenty” contrapunha os sonhos da idade com as limitações impostas pelo comunismo, acompanhando três jovens que ansiavam pela liberdade e não expressavam o menor fervor socialista. O filme venceu o Prêmio do Júri do Festival de Veneza em 1965, mas foi condenado por Khrushchev, que só liberou sua estreia comercial dois anos depois, após ser completamente reeditado. A versão original foi reconstituída e exibida para o público russo apenas em 1988, durante a abertura da glasnost. O diretor também chamou atenção com “July Rain”, filmado em 1967 de maneira similar a nouvelle vague francesa, usando câmera na mão, ao estilo dos documentários, atores não profissionais e um enredo que parecia inexistente. A partir de 1968, o regime o designou para trabalhar na TV estatal, sob censura ainda mais rígida, acabando com sua liberdade para filmar. Por conta disso, somente voltou ao cinema em 1984 com “Epilogue”. Khutsiev lançou apenas mais um longa de ficção depois disso, “Infinitas”, premiado no Festival de Berlim de 1992. Mas os poucos filmes que lançou durante a Guerra Fria representaram uma das principais resistências culturais da juventude russa à ditadura comunista, com enredos discretos e repletos de ambiguidades, que serviram de inspiração para gerações de cineastas que se seguiram, além de fornecerem algumas das imagens mais icônicas daquele período. Ele ainda foi premiado com um Leopardo de Ouro pela carreira no Festival de Locarno em 2015 e trabalhava num novo filme, que marcaria o seu retorno.

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    A Sereia: Novo terror russo do diretor de A Noiva ganha trailer legendado

    23 de dezembro de 2018 /

    A Paris Filmes divulgou o trailer de “A Sereia – Lago dos Mortos” (Rusalka: Ozero Myortvykh), novo terror trash do diretor russo Svyatoslav Podgayevskiy (“A Noiva”). O vídeo foi disponibilizado em versões legendada e dublada. Novamente recorrendo à rica tradição eslava, Podgayevskiy aborda desta vez a versão russa do mito da sereia, segundo a qual mulheres solteiras que se afogavam em rios e lagos eram condenadas a se tornarem sereias demoníacas, assombrando as águas de seus túmulos. Como sereias, as mulheres viriam à superfície à noite para atrair homens desavisados ​​a seus reinos submersos com canções e encantos para torná-los seus servos pela eternidade. A lenda não esconde sua inspiração misógina, ao retratar mulheres como criaturas malignas e ameaçadoras, que manifestam sentimento de vingança contra os homens. Eles são atraídos, seduzidos, separados de seus entes queridos e, depois, destruídos. Na prévia, Roman (Efim Petrunin) encontra uma estranha jovem em um lago no meio da floresta e, a partir deste encontro, sua vida é colocada em risco. Em meio as investigações, Roman e sua noiva Marina (Viktoriya Agalakova, que já tinha sido “A Noiva” antes) são perseguidos e assombrados pela mulher transformada em monstro. Vale observar no trailer que várias cenas se repetem de forma muito parecida, mas são momentos diferentes do filme. Ops. Outro detalhe: o filme é russo, mas na versão legendada aparece dublado em inglês. Ops 2. “A Sereia – Lago dos Mortos” foi lançado em julho na Rússia e estreia no Brasil em 31 de janeiro, meio ano depois.

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    European Awards: Guerra Fria é o grande vencedor do “Oscar europeu”

    17 de dezembro de 2018 /

    O filme polonês “Guerra Fria” (Cold War) foi o grande vencedor dos European Film Awards 2018, premiação da Academia Europeia de Cinema, considerado o Oscar do cinema europeu. O drama em preto e branco de Pawel Pawlikowski arrecadou nada menos que cinco troféus na cerimônia, realizada na noite de sábado (15/12) em Sevilha, na Espanha. Além de Melhor Filme Europeu do ano, “Guerra Fria” conquistou as categorias de Melhor Direção, Roteiro (ambos de Pawlikoski), Atriz (Joanna Kulig) e Edição (Jaroslaw Kaminski). A quantidade de troféus é a mesma conquistada pelo filme anterior de Pawlikoski, “Ida”, em 2014. Na ocasião, após vencer como Melhor Filme Europeu, “Ida” também conquistou o Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira. Por “Guerra Fria”, Pawlikowski já tinha sido considerado o Melhor Diretor do Festival de Cannes desde ano. O longa é, obviamente, o candidato da Polônia para tentar uma vaga no Oscar 2019. Outros destaques da premiação inclui o troféu de Melhor Ator para Marcello Fonte por seu papel em “Dogman”, do italiano Matteo Garrone, também reprisando seu reconhecimento anterior em Cannes. O prêmio de Melhor Documentário ficou com “Bergman – 100 anos”, de Jane Magnusson, o de Melhor Comédia com “A Morte de Stalin”, do escocês Armando Iannucci, e o de Melhor de Animação para outra produção polonesa, “Another Day of Life”, codirigido por Raul de la Fuente e Damian Nenow. Confira abaixo a lista completa dos vencedores. Melhor Filme Europeu “Guerra Fria”, de Pawel Pawlikowski Melhor Documentário Europeu “Bergman – 100 Anos”, de Jane Magnusson Melhor Diretor Europeu Pawel Pawlikowski (“Guerra Fria”) Melhor Atriz Europeia Joanna Kulig (“Guerra Fria”) Melhor Ator Europeu Marcello Fonte (“Dogman”) Melhor Roteiro Europeu Pawel Pawlikowski (“Guerra Fria”) Melhor Fotografia Europeia Martin Otterbeck (“Utøya 22 de Julho”) Melhor Edição Europeia Jaroslaw Kamiński (“Guerra Fria”) Melhor Direção de Arte Europeia Andrey Ponkratov (“Verão”) Melhor figurino Europeu Massimo Cantini Parrini (“Dogman”) Melhores Cabelos e Maquiagem Europeus Dalia Colli, Lorenzo Tamburini e Daniela Tartari (“Dogman”) Melhor Trilha Sonora Europeia Christoph M. Kaiser e Julian Maas (“3 Days in Quiberon”) Melhor Som Europeu André Bendocchi-Alves e Martin Steyer (“The Captain”) Melhores Efeitos Visuais Europeus Peter Hjorth (“Border”) Melhor Animação Europeia “Another Day of Life”, de Raul de la Fuente & Damian Nenow Melhor Comédia Europeia “A Morte de Stalin”, de Armando Iannucci Melhor Descoberta Europeia – Prêmio FIPRESCI “Girl”, de Lukas Dhont Prêmio do Público Europeu “Me Chame Pelo Seu Nome”, de Luca Guadagnino

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    Academia de Cinema Europeu premia Guerra Fria, Dogman e Verão

    16 de novembro de 2018 /

    A Academia de Cinema Europeu revelou os primeiros oito vencedores dos European Film Awards, considerado o “Oscar europeu”, antecipando a premiação oficial, que vai acontecer em 15 de dezembro em Sevilha, na Espanha. O drama italiano “Dogman”, de Matteo Garrone (“Gomorra”), saiu na frente com dois troféus, nas categorias de Figurino e Maquiagem, mas o filme com o maior número de indicações, o polonês “Guerra Fria”, de Pawel Pawlikowski (“Ida”) também recebeu um troféu, como Melhor Edição. A lista ainda inclui o drama russo “Verão”, lançado na quinta-feira (15/11) no Brasil, que teve a Melhor Direção de Arte, e o norueguês “Utøya 22 de Julho: Terrorismo na Noruega”, que estreia por aqui em duas semanas, premiado como Melhor Fotografia Europeia de 2018. Os vencedores foram escolhidos por um comitê de oito membros da Academia, que se reuniram em Berlim durante a semana para a deliberação. Os oito premiados são: Melhor Fotografia Europeia Martin Otterbeck (“Utøya 22 de Julho: Terrorismo na Noruega”) Melhor Edição Europeia Jaroslaw Kamiński (“Guerra Fria”) Melhor Direção de Arte Europeia Andrey Ponkratov (“Verão”) Melhor figurino Europeu Massimo Cantini Parrini (“Dogman”) Melhores Cabelos e Maquiagem Europeus Dalia Colli, Lorenzo Tamburini e Daniela Tartari (“Dogman”) Melhor Trilha Sonora Europeia Christoph M. Kaiser e Julian Maas (“3 Days in Quiberon”) Melhor Som Europeu André Bendocchi-Alves e Martin Steyer (“The Captain”) Melhores Efeitos Visuais Europeus Peter Hjorth (“Border”)

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