Comercial de Vingadores: Ultimato origina nova teoria de fãs confundida com notícia
Os marvetes ganharam combustível para uma nova teoria, após o lançamento do comercial de “Vingadores: Ultimato” no Super Bowl. Uma cena com espaço em branco entre os personagens atiçou a imaginação geek, levando à conclusão de que o vídeo apagou uma personagem para não revelar um segredo. É a Capitã Marvel, juram no Twitter e no Reddit. Como se a presença da personagem fosse, realmente, um segredo. Tipo a ausência de Superman no marketing de “Liga da Justiça”. Com milhares de cenas disponíveis para inclusão nos 30 segundos do comercial, é preciso mesmo um enorme esforço mental para imaginar que os produtores selecionaram um trecho específico de meio segundo apenas para “apagar a Capitã Marvel” dele. E olha que esforço mental não é exatamente o que demonstra esta e as demais teorias que saltam da boca dos fãs para a imprensa, contrabandeadas como “notícias”. Às vezes, um espaço em branco é apenas um espaço em branco, diria Freud. Outras vezes, é um personagem criado por computação gráfica que ainda não foi inserido, como o Rocket que aparece logo na cena seguinte junto aos demais personagens da cena “misteriosa”. Outras vezes, o “vazio existencial” é alguém que, por problemas de agenda, não pôde estar presente naquele dia de filmagem e será inserido posteriormente na edição. Algo muito mais comum do que a maioria imagina, nesses dias de efeitos digitais. Vale lembrar que “Vingadores: Ultimato” ainda está em fase de edição e alguns elementos ainda não foram finalizados. Quando a cena ressurgir em outro comercial, mais adiante, com a “revelação” da personagem misteriosa, provavelmente vai causar menos espanto que os geeks de plantão imaginam. Afinal, esse mistério sugere apenas um corte não finalizado, que deve se materializar na pós-produção como uma sequência trivial do filme. Felizmente, essas teorias toscas – e
Capitão América lidera super-heróis no comercial legendado de Vingadores: Ultimato
A Marvel divulgou um novo comercial legendado de “Vingadores: Ultimato”. Exibido na TV americana durante o intervalo do Super Bowl, mostra o Capitão América (Chris Evans) assumindo a liderança do grupo de super-heróis sobrevivente do massacre de Thanos, enquanto Homem de Ferro (Robert Downey Jr) e Nebula (Karen Gillan) lutam contra problemas tecnológicos de sua nave espacial, à deriva no espaço. A prévia também revela o clima desolador que tomou conto do mundo após metade da humanidade desaparecer. E apesar do discurso motivador do Capitão América, até os heróis parecem deprimidos. Com direção dos irmãos Joe e Anthony Russo, “Vingadores: Ultimato” vai chegar mais cedo nos cinemas brasileiros: em 25 de abril, uma semana antes do previsto.
Agents of SHIELD: Personagens voltam da morte no primeiro trailer da 6ª temporada
A série “Agents of SHIELD” se antecipou a “Vingadores: Ultimato” ao trazer de volta à vida heróis que morreram no último episódio exibido. O primeiro trailer da 6ª temporada revela o milagre, ao mesmo tempo em que um dos retornos se apresenta como o novo mistério da trama. Logo no começo, o vídeo confirma o destino do agente Coulson (Clark Gregg), que foi visto pela última vez aguardando sua morte natural. Enquanto a agente May (Ming-Na Wen) diz que passou com ele as últimas horas de sua vida, Mac (Henry Simmons) assume seu papel como o novo líder da SHIELD, aparentemente dando o fato como consumado. Só que, ao final da prévia, uma versão de Coulson aparece vivinha em cena, dizendo ser outra pessoa – efeito colateral de seu acordo misterioso com o Motoqueiro Fantasma? Já a outra morte revertida tinha sido predita ao final da 5ª temporada. Trata-se do agente Fitz (Iain De Caestecker), que retorna graças a um paradoxo temporal – reflexo de uma linha narrativa com viagens no tempo. É complicado, mas ele existia em duas realidades ao mesmo tempo. É preciso lembrar que Fitz se congelou para acordar no futuro e salvar os agentes da SHIELD. Após cumprir sua missão, ele voltou ao presente com os demais colegas e acabou morrendo. Entretanto, Coulson lembrou que outra versão dele ainda estava congelada, esperando acordar num futuro que já não existiria mais – após a Terra ser salva no presente. E a prévia mostra Jemma (Elizabeth Henstridge) acordando esse Fitz paralelo de seu sono criogênico. Estes são os principais detalhes do trailer, que ainda apresenta três novos personagens superpoderosos, sem dar maiores informações sobre a trama. A 6ª temporada será menor que as anteriores, com apenas 13 episódios, e começará mais tarde, apenas em julho nos Estados Unidos. Como a série é a que mais tem relação com o universo cinematográfico da Marvel, o adiamento pode ser consequência de eventos do filme “Vingadores: Ultimato”, que estreia dois meses antes. Vale lembrar que, nos últimos episódios exibidos, “Agents of SHIELD” refletiu a chegada de Thanos na Terra, situando-se na época de “Vingadores: Guerra Infinita”. De todo modo, os fãs poderão rever o agente Coulson já em março. Ele vai aparecer no filme “Capitã Marvel” – e sua participação ainda pode ajudar a atrair público para a atração televisiva, que já se encontra renovada para seu sétimo ano. No Brasil, “Agents of SHIELD” é exibida pelo canal pago Sony.
Cartões de Natal com personagens de Agents of SHIELD dão pistas sobre 6ª temporada
Os personagens de “Agents of SHIELD” entraram no clima natalino. O perfil oficial da série no Twitter publicou um vídeo com mensagem de boas festas e uma coleção de imagens promocionais que retratam individualmente os integrantes do elenco em cartões de Natal. Veja abaixo. As imagens contém pistas do desdobramento da 6ª temporada após os eventos traumáticos dos últimos capítulos. Elas confirmam que o agente Fitz (Iain De Caestecker) está de volta depois de morrer. A solução para seu retorno já tinha sido embutida no desfecho, ao mencionar o paradoxo da existência simultânea de outro Fitz, congelado em processo de criogenia. É complicado, mas ele existia em duas realidades ao mesmo tempo, como o Fitz que voltara do futuro para morrer e o Fitz que ainda estava esperando ser acordado no futuro. Um futuro, por sinal, alterado pelas ações da SHIELD. Na prática, o Fitz que aparece na foto é um Fitz que nunca chegou ao futuro, nem precisou, já que aquele futuro foi apagado. Além dele, outra aparição sugere novo paradoxo, pois as mudanças na linha temporal deveriam ter resultado no desaparecimento de Deke (Jeff Ward), o jovem neto de Fitz e Jemma (Elizabeth Henstridge). Mas Deke continua a existir no Natal de 2018. Mas alguém está faltando nas imagens. E é uma ausência significativa: ninguém menos que o agente Coulson (Clark Gregg), visto pela última vez aguardando sua morte natural. Ainda não há informações sobre a trama da temporada, que será menor que as anteriores, com apenas 13 episódios, e começará mais tarde, apenas em julho nos Estados Unidos. Como a série é a que mais tem relação com o universo cinematográfico da Marvel, o adiamento pode ser consequência de eventos do filme “Vingadores: Ultimato”, que estreia dois meses antes. Vale lembrar que, nos últimos episódios exibidos, “Agents of SHIELD” refletiu a chegada de Thanos na Terra, situando-se na época de “Vingadores: Guerra Infinita”. De todo modo, os fãs poderão rever o agente Coulson já em março. Ele vai aparecer no filme “Capitã Marvel”, previsto para março – e sua participação pode ajudar a atrair público para a atração televisiva, que já se encontra renovada para seu sétimo ano. No Brasil, “Agents of SHIELD” é exibida pelo canal pago Sony. A holiday message so special you can enjoy it in two languages! #AgentsofSHIELD @YOSOYCORDOVA #HenrySimmons pic.twitter.com/EPgRwVbYDS — Agents of SHIELD (@AgentsofSHIELD) December 24, 2018
Trailer de Vingadores: Ultimato quebra recorde de visualizações
Pelo visto, a ansiedade é grande. O primeiro trailer de “Vingadores: Ultimato” (“Avengers: Endgame”, em inglês) teria sido visto cerca de 289 milhões de vezes em apenas 24 horas. O número impressionante é recorde de visualizações no período. A prévia quebrou o recorde que pertencia ao trailer do filme anterior da mesma franquia, “Vingadores: Guerra Infinita”, visto 230 milhões de vezes em 24 horas. A Marvel, claro, alardeou o feito. “Para os maiores fãs do mundo, obrigado por estarem aqui até o ultimato e fazerem desse o trailer mais visto da história com 289 milhões de visualizações em 24 horas”, proclamou o estúdio no Twitter. Nunca é demais explicar que o número total de visualizações é impossível de ser mensurado e as afirmações ficam por conta dos estúdios. Nem os números de “Vingadores: Ultimato” nem os de “Vingadores: Guerra Infinita”, ou de qualquer outro filme anteriormente proclamado como recordista, tiveram as fontes de suas visualizações compartilhadas com a imprensa. O montante seria a soma do total de exibições pelo mundo afora, incluindo publicações diferentes no YouTube em versões de cada país, Daily Motion e assemelhados, Facebook, Twitter, Instagram e outras redes sociais da Marvel, dos artistas do filme e dos fãs em todo o planeta. O canal oficial do YouTube da Marvel, em inglês, é o que registra a maior quantidade de visualizações que pode ser, de fato, aferida e chegou em cerca de 40 milhões em 24 horas. É o mesmo volume registrado pelo trailer de “Vingadores: Guerra Infinita” no YouTube em suas primeiras 24 horas. Já versão com legendas no YouTube da Marvel Brasil foi vista 1,5 milhão de vezes nesse período. Este volume é gigantesco para qualquer lançamento no YouTube, considerando que o recordista é o clipe “Thank U, Next”, de Ariana Grande, visto 50,3 milhões de vezes em 24 horas. Para ter outra comparação, o primeiro trailer em inglês de “Capitã Marvel” está atualmente com 47 milhões de visualizações no YouTube, após dois meses. Com direção dos irmãos Joe e Anthony Russo, “Vingadores: Ultimato” estreia nos cinemas brasileiros em 25 de abril, um dia antes do lançamento nos Estados Unidos.
Vingadores: Ultimato vai estrear uma semana antes em todo o mundo
Além de representar a “versão DC” (triste e sombria) de um trailer dos super-heróis da Marvel e revelar o título oficial da produção, a primeira prévia de “Vingadores: Ultimato” trouxe uma nova data de estreia do filme. A antecipação em um semana não foi exclusiva do Brasil. A ideia é fazer um lançamento praticamente simultâneo em todo o mundo, algo já experimentado com “Vingadores: Guerra Infinita” e que, naquela ocasião, conseguiu eliminar a proliferação de pirataria em países que poderiam ter que esperar mais para ver o filme. Além disso, a antecipação cria maior espaço entre “Vingadores: Ultimato” e a batalha pelo público infantil prevista para o dia 10 de maio, quando estreiam nos Estados Unidos os filmes “Pokémon: Detetive Pikachu” e “Uglydolls”. E vale lembrar que “Vingadores: Guerra Infinita” também foi lançado na última semana de abril em 2018, data em que arrebentou nas bilheterias. A coincidência pode parecer superstição. Mas é estratégia. Com direção dos irmãos Joe e Anthony Russo, “Vingadores: Ultimato” estreia nos cinemas brasileiros em 25 de abril, um dia antes do lançamento nos Estados Unidos.
Saiu o primeiro trailer legendado de Vingadores 4… ou melhor, Vingadores: Ultimato!
A Marvel divulgou o pôster e o primeiro trailer legendado de “Vingadores 4”, que também revela o nome oficial e a nova data de estreia da produção. A prévia de “Vingadores: Ultimato” (tradução do original “Avengers: End Game”) mostra os heróis em clima de derrota, com Tony Stark/Homem de Ferro vagando no espaço, à espera da morte, Steve Rogers/Capitão América e Natasha Romanoff/Viúva Negra relutando contra a aceitação do desaparecimento de metade da população mundial, tendo como alívio apenas a constatação de que Clint Barton/Gavião Arqueiro está vivo e com novo visual, enquanto Bruce Banner/Hulk, Thor e Nebula expressam luto. Até que a esperança bate à sua porta, literalmente, na forma de Scott Lang/Homem-Formiga, um dos desaparecidos após o estalar de dedos de Thanos, vivinho e pronto para dar início à reviravolta. A narrativa transmitida pelo trailer é simplesmente empolgante. Mas o título original, “End Game”, deve preocupar os fãs, considerando que o filme marca o final de contrato da maioria dos atores enfatizados no vídeo, como Robert Downey Jr (Homem de Ferro), Chris Evans (Capitão América), Chris Hemsworth (Thor), Mark Ruffalo (Hulk), Jeremy Renner (Gavião – ou seria Ronin nesse retorno?) e Scarlett Johansson (Viúva Negra), se bem que a última renegocia sua volta num filme solo. Com direção dos irmãos Joe e Anthony Russo, “Vingadores: Ultimato” vai chegar mais cedo nos cinemas brasileiros: em 25 de abril, uma semana antes do previsto.
Chloe Bennet revela novo visual de Quake na 6ª temporada de Agents of SHIELD
A atriz Chloe Bennet revelou em seu Twitter o novo visual da sua personagem Quake na 6ª temporada de “Agents of SHIELD”. Ainda não há informações sobre a trama da temporada, que será menor que as anteriores, com apenas 13 episódios, e começará mais tarde, apenas em julho nos Estados Unidos. Como a série é a que mais tem relação com o universo cinematográfico da Marvel, o adiamento pode ser consequência de eventos do filme “Vingadores 4”, que estreia dois meses antes. Vale lembrar que, nos últimos episódios exibidos, “Agents of SHIELD” refletiu a chegada de Thanos na Terra, situando-se na época de “Vingadores: Guerra Infinita”. De todo modo, os fãs poderão rever um personagem da série, o Agente Coulson (vivido por Clark Gregg), já em março. “Agents of SHIELD” foi criada em torno de Coulson, após ele ser dado como morto no primeiro filme de “Os Vingadores” (2012). Agora, ele voltará às telas grandes em “Capitã Marvel”, previsto para março, e sua participação pode ajudar a atrair público para a atração televisiva, que já se encontra renovada para seu sétimo ano. No Brasil, a série é exibida pelo canal pago Sony. New exclusive Quake look. Come at me bad guys. @AgentsofSHIELD @Marvel pic.twitter.com/kCaXX578sw — Chloe Bennet (@chloebennet) November 17, 2018
Agents of SHIELD é renovada para a 7ª temporada com meio ano de antecipação
A rede ABC anunciou a renovação da série “Agents of SHIELD” para a 7ª temporada com grande antecipação: nada menos que sete meses antes da estreia da 6ª temporada, prevista apenas para julho de 2019. Os fãs chegaram a temer pelo destino da atração, após o anúncio de que ela voltaria menor e bem mais tarde, após o encerramento de sua temporada mais criativa, em maio passado. Mas a série tem prestígio por ser a primeira produção televisiva da Marvel na carona do sucesso do universo cinematográfico dos heróis de quadrinhos. Ela também é a série de maior conexão com os filmes da Marvel, refletindo em sua trama eventos importantes, como a ascensão da HIDRA em “Capitão América: O Soldado Invernal” (2014) e até a destruição causada por Thanos em “Vingadores: Guerra Infinita” (2018). Apesar disso, não tem audiência de blockbuster. Muito antes pelo contrário. A 5ª temporada foi assistida em média por 2 milhões de telespectadores ao vivo, rendendo apenas 0,5 ponto na demo (a faixa demográfica de adultos entre 18 e 49 anos, mais relevante para os anunciantes). Cada ponto equivale a 1,3 milhão de adultos na medição da consultoria Nielsen. Por conta disso, a ABC decidiu diminuir o investimento, encomendando apenas 13 capítulos para o sexto ano, em vez dos 22 das temporadas anteriores. A 7ª temporada também terá 13 episódios, mas não foi revelado se sua produção encerrará a série. A renovação acontece após o anúncio de que um personagem da série, o Agente Coulson (vivido por Clark Gregg), voltará a ser visto no cinema. “Agents of SHIELD” foi criada em torno de Coulson, após ele ser dado como morto no primeiro filme de “Os Vingadores” (2012). Agora, ele voltará às telas grandes em “Capitã Marvel”, previsto para março, e sua participação pode ajudar a atrair público para a atração televisiva. No Brasil, a série é exibida pelo canal pago Sony.
Stan Lee (1922 – 2018)
Morreu Stan Lee, o lendário escritor, editor e publisher da Marvel Comics, cujas criações redefiniram os quadrinhos de super-heróis e influenciaram a indústria cultural de forma permanente, consagrando-se como blockbusters de Hollywood. Ele tinha 95 anos e morreu na manhã dessa segunda (12/11), no hospital Cedars-Sinai Medical Center, em Los Angeles, após um período conturbado em sua vida. Nascido Stanley Martin Lieber em 28 de dezembro de 1922, filho de um imigrante romeno que se estabeleceu em Nova York, o futuro escritor conseguiu seu primeiro emprego aos 17 anos na empresa do tio, a Timely Comics, que se tornaria a Marvel, e escreveu sua primeira história em quadrinhos dois anos depois. Eram duas páginas apenas, usadas para preencher a terceira edição do “Capitão América”. Ao assinar o texto, virou pela primeira vez Stan Lee. Nesta mesma época, com 19 anos, foi nomeado diretor interino pelo fundador da Timely, o tio Martin Goodman, quando o editor anterior se demitiu. O trabalho foi interrompido brevemente em 1942, devido à guerra, após Stan se alistar no exército, onde escreveu manuais e filmes como parte de um grupo criativo que incluía o cineasta Frank Capra. Mas após o conflito mundial, ele retornou ao posto na Timely, permanecendo como editor por décadas, inclusive na transição da empresa para a Marvel. Sob seu comando, a editora retomou a publicação dos super-heróis, interrompida após a guerra, com a primeira criação importante de Stan Lee no gênero, o Quarteto Fantástico, em 1961. A editora também mudou o nome para Marvel, que era o título de uma publicação de super-heróis que a Timely lançara em 1939. Stan trabalhou com o veterano Jack Kirby, desenhista do maior herói da Timely, o Capitão América, para dar vida às primeiras criações da Marvel. Depois do Quarteto Fantástico, vieram o Hulk, Thor, Homem-Formiga, Homem de Ferro, X-Men, Pantera Negra, Surfista Prateado, cada um com sua própria publicação, o que demandava mais páginas que Jack Kirby dava conta de desenhar. E, assim, novos gênios foram incorporados ao time, como Steve Ditko, que desenhou o Homem-Aranha e Doutor Estranho, o veterano Bill Everett, criador do Príncipe Submarino, que assumiu o Demolidor, etc. Seguindo o exemplo da Liga da Justiça da DC Comics, a maioria dos heróis foi reunida numa única publicação: os Vingadores, em 1963, que também trouxe de volta o Capitão América, novamente desenhado por Kirby. Diferente dos heróis tradicionais dos quadrinhos, os personagens de Stan Lee eram defeituosos, fosse devido a um problema no coração, como o Homem de Ferro, fosse por causa de uma deformação física como o Coisa, do Quarteto Fantástico. Eram mal-compreendidos como os X-Men. Tinham crises de identidade, como o Capitão América que não entendia o mundo dos anos 1960. Mas, principalmente, podiam ser iguais a seus leitores adolescentes, como o Homem-Aranha, que sofria de coração partido, falta de dinheiro e gripe comum. Todos os personagens fizeram sucesso. Alguns mais que outros. E geralmente muito mais que os heróis da rival DC Comics. O que levou a disputas pelos créditos de suas autorias. Lee, Ditko e Kirby tiveram brigas amargas, mas, após anos de disputas judiciais, os desenhistas passaram a ser considerados tão criadores dos personagens quanto Lee. “Eu não quero que ninguém pense que eu tratei Kirby ou Ditko injustamente”, disse ele à revista Playboy em abril de 2014. “Acho que tivemos um relacionamento maravilhoso. O talento deles era incrível. Mas as coisas que eles queriam não estavam em meu poder para dar a eles.” Não estava em seu poder, por exemplo, retornar os desenhos originais para os artistas ou lhes pagar royalties. Nem o próprio Lee jamais recebeu direitos autorais pela exploração em filmes ou séries dos super-heróis que concebeu. Entretanto, como política da Marvel, ele tinha um salário vitalício, que os demais não recebiam. A importância de Stan Lee não se “limitou” à criação da era Marvel dos quadrinhos. Ele também ajudou a criar a comunidade geek, ao passar a publicar as cartas dos leitores nas páginas dos quadrinhos, interagindo com eles de forma como nunca tinha sido feita antes, discutindo enredos e fazendo pequenas revelações sobre os rumos das tramas e futuros projetos. Esse costume gerou uma de suas principais marcas, a exclamação “Excelsior”, com que costumava pontuar suas respostas. Sua influência foi além disto, ao se posicionar factualmente contra a censura aos quadrinhos e contra o preconceito de que eram apenas para crianças. Em 1971, ele cometeu a ousadia de publicar uma história sobre o vício em drogas. Na época, as revistas eram sujeitas à inclusão do selo do Código de Ética, que atestava que não possuíam conteúdo impróprio para menores de 13 anos. Revistas que não tivessem o código tinham dificuldades de distribuição, pois costumavam ser rejeitadas pelas bancas – foi o que levou a editora especialista em terror, EC Comics, à falência após a campanha conservadora que criou o Código duas décadas antes. Pois Stan Lee escreveu, editou e comprou briga para distribuir uma revista do Homem-Aranha em que o melhor amigo do herói, Harry Osborn, aparecia se drogando. A edição chegou às bandas sem o “selo de aprovação”, mas os jornaleiros não a devolveram, porque era do Homem-Aranha, e ela vendeu horrores, dando início a um movimento para “relaxar” as regras e, finalmente, na década seguinte, abolir completamente o Código de Ética que forçava quadrinhos a permanecerem infantis. Infelizmente, todo o esforço artístico de Stan Lee não lhe rendeu reconhecimento imediato. Quadrinhos foram considerados uma forma de expressão insignificante por muitas décadas. O que acabou proporcionando a maior surpresa da vida do escritor, como ele mesmo mencionava, quando o grande mestre do cinema italiano Federico Fellini o procurou em seu escritório, em Nova York, para elogiar suas obras e querer conversar sobre o Homem-Aranha. Em 1972, Lee foi nomeado publisher e passou as rédeas editoriais da Marvel para Roy Thomas, virando, a partir daí, uma espécie de garoto-propaganda da empresa. Ele se mudou para Los Angeles em 1980 para montar um estúdio de animação e construir relacionamentos em Hollywood para a Marvel, após a editora licenciar personagens para séries animadas e live action no passado. Lee também conseguiu sucesso nessa área, com diversas novas produções. Em 2009, a Walt Disney Company comprou a Marvel Entertainment por US$ 4 bilhões, transformando os personagens criados por Lee em blockbusters e dando ao artista uma nova atividade, como o figurante de Hollywood mais famoso de todos os tempos. Assim como fazia Alfred Hitchcock em seus filmes, Lee passou a aparecer compulsoriamente em todas as produções da Marvel, tanto no cinema quanto na TV. Os filmes da Marvel, liderados pelos bilhões arrecadados por “Os Vingadores”, finalmente deram a Stan Lee status de celebridade. Entretanto, quando deveria estar aproveitando as glórias, ele entrou no período mais confuso de sua vida. A partir de julho do ano passado, com a morte de sua esposa Joan, que foi sua companheira por 69 anos, o criador da Marvel se envolveu em vários processos contra antigos sócios e denúncias de abusos de idoso por parte das pessoas ao seu redor. Ele processou executivos da POW! Entertainment – uma empresa que fundou em 2001 para desenvolver propriedades de filmes, TV e videogames – buscando compensações de US$ 1 bilhão por fraude, apenas para desistir do processo abruptamente semanas depois. Também processou seu ex-empresário e entrou com uma ordem de restrição contra um homem que estava lidando com seus negócios, denunciou o desaparecimento misterioso de milhões de dólares de sua conta e, em junho de 2018, foi revelado que o Departamento de Polícia de Los Angeles investigava relatos de abuso de idosos a que ele teria sido submetido. “Stan Lee era tão extraordinário quanto os personagens que ele criou. Um super-herói autêntico para os fãs da Marvel ao redor do mundo, Stan tinha o poder de inspirar, entreter e conectar. A escala de sua imaginação só era superada pelo tamanho de seu coração”, disse o CEO da Disney, Bob Iger, em comunicado. Ele foi acompanhando por Kevin Feige, presidente dos estúdios de cinema da Marvel, que elogiou o legado de Lee. “Ninguém teve mais impacto na minha carreira e em tudo o que fazemos na Marvel Studios do que em Stan Lee. Stan deixa um legado extraordinário que sobreviverá a todos nós. Nossos pensamentos estão com sua filha, sua família e os milhões de fãs que foram tocados pela genialidade, carisma e coração. Excelsior!” Até o Twitter oficial da DC Comics se rendeu ao talento de Lee, evocado pela empresa de quem foi rival por muitas décadas. “Ele mudou a forma como olhamos os heróis e os quadrinhos modernos sempre terão sua marca indelével”, escreveu a DC. “Seu entusiasmo contagiante nos lembrava por que todos nós nos apaixonamos por essas histórias em primeiro lugar. Excelsior, Stan.”
Chris Evans se despede do Capitão América em post nas redes sociais
O ator Chris Evans pendurou o escudo do Capitão América. Após oito anos interpretando o super-herói nos filmes da Marvel, ele usou seu Twitter para se despedir, após o final de sua participação nas refilmagens de “Vingadores 4”. “Oficialmente finalizei as filmagens de ‘Vingadores 4′”, escreveu o ator. “Foi um dia muito emotivo, para dizer o mínimo. Interpretar esse papel nos últimos oito anos tem sido uma honra. Para todo mundo na frente e atrás da câmera, além de todo mundo na plateia, obrigado pelas memórias! Eternamente grato”. O post repercutiu entre os fãs, fazendo as hashtags #ChrisEvans e #ThankYouChrisEvans entraram para os tópicos mais compartilhados. Desde o ano passado, o ator vem dizendo que “Vingadores 4” – até hoje sem título oficial! – marcaria sua despedida do papel. Em entrevista feita em abril de 2017 para o jornal USA Today, ele afirmou que se sentia grato e sem arrependimentos por viver o Capitão América, mas “nada dura para sempre”. “Eu estaria mentindo se dissesse que não seria difícil para mim, mas a passagem do tempo e das tochas é parte da experiência. Nada dura para sempre. Existe beleza nessa partida, mesmo que seja triste às vezes, também é alegre”, ele comentou. “Eu me diverti muito. Super-heróis são entidades reinventáveis, como o Batman, ou mesmo o James Bond. Esses filmes encontram outras formas e encarnações para contar a história. Estou bem com isso. Eles querem continuar depois de ‘Vingadores 4’ e isso é com eles. Eu vou embora sem nenhum arrependimento e infinitamente grato”. Três meses depois, em entrevista ao jornal britânico The Telegraph, ele contou que seu contrato acabaria com “Vingadores: Guerra Infinita”, mas a Marvel conseguiu convencê-lo a filmar mais um longa dos Vingadores, graças à promessa de encerrar a trajetória do seu Capitão América nessa história. “Eu tinha seis filmes no meu contrato da Marvel, então eu poderia ter dito que, depois de ‘Vingadores: Guerra Infinita’, não faria mais, mas eles queriam fazer o terceiro e quarto ‘Vingadores’ em duas partes”, explicou. “Eles disseram que tinham tantos personagens para encaixar – Guardiões da Galáxia, Pantera Negra, Capitão Marvel, Doutor Estranho, Homem-Formiga – que não conseguiriam em um único filme. Concordo, porque fazia sentido. O quarto ‘Vingadores’ vai encerrar tudo”. A despedida do Capitão América está agendada para chegar aos cinemas brasileiros em 2 de maio de 2019, um dia antes do lançamento nos Estados Unidos. Officially wrapped on Avengers 4. It was an emotional day to say the least. Playing this role over the last 8 years has been an honor. To everyone in front of the camera, behind the camera, and in the audience, thank you for the memories! Eternally grateful. — Chris Evans (@ChrisEvans) October 4, 2018
Fotos flagram refilmagens de Vingadores 4 com Chris Evans, Scarlett Johansson e Paul Rudd
As refilmagens de “Vingadores 4” já estão acontecendo, conforme revelam fotos de paparazzi, que flagraram gravações de Chris Evans (Capitão América), Scarlett Johansson (Viúva Negra) e Paul Rudd (Homem-Formiga), além dos irmãos Russo, que dirigem a produção, nas ruas de Atlanta. Esse período de refilmagens já estava previsto desde o início do ano e, em março, Chris Evans confirmou ao jornal The New York Times que ele marcaria sua despedida da Marvel. “É melhor sair do trem antes que te empurrem”, ele disse, resumindo a situação. O contrato do ator ia até “Vingadores: Guerra Infinita”, mas ele aceitou estendê-lo para levar Steve Rogers/Capitão América até a conclusão de sua trajetória cinematográfica num quarto filme dos Vingadores, até hoje sem título oficial. Por conta disso, muitos suspeitam que o herói será uma das vítimas dos roteiristas, que prometeram grandes perdas ao final dos dois lançamentos. Vale lembrar que, nos quadrinhos, Capitão América foi “assassinado” após os eventos de “Guerra Civil”, levando seu amigo Bucky Barnes a assumir o escudo do herói por um certo período. De todo modo, “Vingadores 4” vai levar aos cinemas o costume da Marvel de reviver personagens mortos como se fosse algo banal, já que o longa trará de volta a maioria dos personagens eliminados por Thanos em “Vingadores: Guerra Infinita”. A estreia está prevista para 2 de maio no Brasil, um dia antes do lançamento nos Estados Unidos.











