Atriz mirim de Capitã Marvel e Annabelle 3 vai estrelar novo Caça-Fantasmas
A atriz mirim Mckenna Grace vai voltar a enfrentar espíritos após estrelar “Annabelle 3: De Volta para Casa”. Ela foi definida como uma das protagonistas do novo “Os Caça-Fantasmas”. A estrelinha de 12 anos tem uma carreira impressionante, que inclui viver a versão infantil de Carol Danvers em “Capitã Marvel” e a pequena Sabrina no especial de Natal de “O Mundo Sombrio de Sabrina”. Ela também foi integrante das séries “Designated Survivor” e “The Haunting of Hill House”, além dos filmes “Jogador Nº 1”, “Um Laço de Amor”, “Independence Day: O Ressurgimento” e “Eu, Tonya”. Detalhes da trama não foram divulgados, mas ela deve fazer parte da família formada por Carrie Coon (“The Leftovers”) e Finn Wolfhard (“Stranger Things”), anteriormente confirmados na produção. Tudo o que vazou desse elenco é que Coon viverá uma mãe solteira. O filme está a cargo do cineasta Jason Reitman (“Tully”), filho de Ivan Reitman, diretor dos dois primeiros “Caça-Fantasmas” – e que atuou, ainda criança, em “Os Caça-Fantasmas II”, de 1989. Ao anunciar a produção, ele disse que tinha “muito respeito” pelo reboot recente do diretor Paul Feig, realizado com novo elenco feminino, mas a sua versão “seguirá a trajetória do filme original”. Ou seja, será uma continuação de “Os Caça-Fantasmas II”. A estreia está marcada para 10 de julho de 2020.
Ator de Stranger Things vai participar do novo filme dos Caça-Fantasmas
O novo filme dos “Caça-Fantasmas” vai incluir Carrie Coon (“The Leftovers”) e Finn Wolfhard (“Stranger Things”) em seu elenco, respectivamente como mãe e filho. Segundo a revista Variety, os dois atores estão em fase avançada de negociações com os produtores para participar do longa. Não há mais detalhes sobre os personagens, além do fato de Coon interpretar uma mãe solteira. O filme também não teve sua sinopse divulgada. De todo modo, uma coincidência chama atenção. Wolfhard apareceu na 2ª temporada de “Stranger Things” vestido como um Caça-Fantasmas, ao lado dos colegas do elenco mirim da série, durante uma comemoração de Halloween. O filme está a cargo do cineasta Jason Reitman (“Tully”), filho de Ivan Reitman, diretor dos dois primeiros “Caça-Fantasmas” – e que atuou, ainda criança, em “Os Caça-Fantasmas II”, de 1989. Ao anunciar a produção, ele disse que tinha “muito respeito” pelo reboot recente do diretor Paul Feig, realizado com novo elenco feminino, mas afirmou que a sua versão “seguirá a trajetória do filme original”. A estreia está marcada para 10 de julho de 2020.
Leslie Jones chama novo Caça-Fantasmas de machista e insulta os envolvidos
A atriz Leslie Jones, que estrelou a versão feminina de “Caça-Fantasmas”, usou palavras de baixo calão para se referir ao novo filme da franquia, apresentando como uma continuação dos dois longas originais. Ela foi ao Twitter despejar uma série de ofensas aos envolvidos na produção. “Tão insultante. Tipo f*da-se nós. Nós não contamos. É algo que Trump faria. (Voz do Trump) ‘Precisamos refazer Caça-Fantasmas, melhor com homens, será grande. Essas mulheres não são Caça-Fantasmas’, tão irritante. Uma iniciativa machista. E eu não me importo com o que aconteça por falar isso”, escreveu a atriz. Vale lembrar que, quando o reboot feminino foi anunciado, os fãs do original reclamaram em tom similar contra a produção dirigida por Paul Feig e escolheram especificamente Leslie Jones, única negra do elenco, para praticar bullying virtual. Ela repete agora a mesma tática contra o novo filme. Ao anunciar o projeto, o diretor Jason Reitman (“Tully”) disse que tinha “muito respeito” pelo reboot do diretor Paul Feig com as “brilhantes atrizes” Kate McKinnon, Leslie Jones, Kristen Wiig e Melissa McCarthy, mas afirmou que a sua versão “seguirá a trajetória do filme original”. Jason é filho de Ivan Reitman, diretor dos dois primeiros “Caça-Fantasmas” e atuou, ainda criança, em “Os Caça-Fantasmas II”, de 1989. Já a versão feminina da franquia fracassou nas bilheterias e quase encerrou a franquia. O evolvimento de Jason atraiu os integrantes do elenco original e isso motivou a Sony a financiar outro longa. A estreia está marcada para o verão norte-americano de 2020. So insulting. Like fuck us. We dint count. It’s like something trump would do. (Trump voice)”Gonna redo ghostbusteeeeers, better with men, will be huge. Those women ain’t ghostbusteeeeers” ugh so annoying. Such a dick move. And I don’t give fuck I’m saying something!! — Leslie Jones ? (@Lesdoggg) January 19, 2019
Ernie Hudson diz que os Caça-Fantasmas originais querem retornar na nova continuação
O ator Ernie Hudson, que interpretou Winston Zeddemore nos dois “Caça-Fantasmas” dos anos 1980, confirmou para o jornal Daily Mail que está pronto para retomar a seu papel clássico, junto de Dan Aykroyd e Bill Murray, na nova continuação, recém-anunciada pela Sony. O ator lembrou que um dos colegas de elenco, Harold Ramis, já faleceu, mas disse que a sequência pode funcionar mesmo sem ele. “Sentimos falta de Harold, porque Harold era realmente a cola que eu acho que mantinha todo mundo junto. Ele era o cara que explicava as coisas para mim quando tudo ficava um pouco estranho. Sinto falta dele, mas seu espírito estará lá. Ivan Reitman está lá e todo mundo está dentro.” Apesar do jornal ter noticiado que a participação de todos estava garantida, não foi exatamente isso o que Hudson disse. “Se o estúdio quiser fazer isso, eu sou o cara que está ao lado do telefone aguardando a ligação. Então, se eles chamarem, eu responderei. Se não, eu tenho outras coisas que estou fazendo”. Como era mesmo aquele refrâo? “Quem você vai chamar? Caça-Fantasmas!” O diretor responsável pela continuação é Jason Reitman (“Juno”), que é filho de Ivan Reitman, cineasta que comandou o original. Jason ainda atuou quando criança em “Os Caça-Fantasmas II”. Continuação dos dois longas originais, o novo “Os Caça-Fantasmas” será lançado no verão norte-americano de 2020.
Dan Aykroyd já tinha revelado produção de Os Caça-Fantasmas 3 em novembro
O anúncio da produção de “Os Caça-Fantasmas 3” pode ter surpreendido muita gente nesta semana. Mas os mais atentos já sabiam do projeto. Isto porque Dan Aykroyd, um dos Caça-Fantasmas originais, revelou o desenvolvimento da continuação em novembro passado. Durante uma entrevista no talk show “The Big Interview with Dan Rather”, o ator afirmou que a sequência estava sendo escrita naquele momento por “ótimos cineastas”. “Eu acho que nós temos uma ótima história, que está sendo escrita por ótimos cineastas. Ainda não posso revelar quem são. Mas são um ótimo time, se esforçando para trazer de volta toda a emoção e espírito dos primeiros filmes para o século 21, com a linguagem necessária para os tempos modernos”, revelou o ator. O filme foi escrito por Jason Reitman (“Tully”) e Gil Kenan (“A Casa Monstro”). Filho do também diretor Ivan Reitman, que comandou “Os Caça-Fantasmas” (1984) e sua continuação, Jason Reitman será o diretor da nova sequência. Ele já havia participado como ator-mirim de “Os Caça-Fantasmas II” (1989). A Sony marcou a estreia da produção para o verão de 2020. Mas ainda não foi divulgado se os atores do filme original estão envolvidos. Entretanto, em novembro, Aykroyd disse a Dan Rather que acreditava que todos voltariam para o novo filme, inclusive Bill Murray, que sempre foi contra filmar uma continuação oficial. “A história é tão boa que ele virá, mesmo que seja para interpretar um fantasma”, disse o ator.
Nova continuação de Os Caça-Fantasmas ganha primeiro teaser
Poucas horas após revelar o projeto, o site da revista Entertainment Weekly liberou com exclusividade o primeiro teaser da nova continuação de “Os Caça-Fantasmas”, que revela o Ecto-1, o carro clássico do filme de 1984, guardado num galpão sinistro. A cena sugere que o diretor Jason Reitman (“Juno”) já estava trabalhando no filme em segredo antes do anúncio. E ele sabidamente trabalha rápido, tanto que lançou dois filmes em 2018, “Tully”, estrelado por Charlize Theron, e “O Favorito”, com Hugh Jackman – inédito nos cinemas no Brasil. Jason Reitman é filho do também diretor Ivan Reitman, que comandou “Os Caça-Fantasmas” (1984) e sua continuação. Ainda por cima, participou como ator-mirim de “Os Caça-Fantasmas II” (1989). Em entrevista para a revista Entertainment Weekly, o diretor fez questão de salientar que tem “muito respeito” pelo reboot do diretor Paul Feig com as “brilhantes atrizes” Kate McKinnon, Leslie Jones, Kristen Wiig e Melissa McCarthy, mas afirmou que a sua versão “seguirá a trajetória do filme original”. “Este é um novo capítulo da franquia original. Não é um ‘reboot’. O aconteceu nos anos 1980, aconteceu nos anos 1980 e esse é ambientado nos dias atuais”, disse o diretor, garantindo que o novo “Os Caça-Fantasmas” será continuação dos longas originais. “Sempre pensei em mim como o primeiro fã de ‘Os Caça-Fantasmas’, já que tinha seis anos de idade quando visitei o set. Eu queria fazer um filme para todos os outros fãs”, acrescentou o diretor, que escreveu o roteiro com Gil Kenan (“A Casa Monstro”). Como demonstra o teaser, a Sony já marcou a estreia da produção para o verão de 2020. Mas ainda não foi divulgado se os atores do filme original estão envolvidos.
Filho do diretor de Os Caça-Fantasmas vai filmar continuação da franquia original
O cineasta Jason Reitman, conhecido por comédias refinadas como “Juno” (2007), “Sem Escalas” (2009) e “Tully” (2018), vai dirigir a continuação do maior sucesso da carreira de seu pai, o também diretor Ivan Reitman. Sim, trata-se de “Os Caça-Fantasmas” (1984). Em entrevista para a revista Entertainment Weekly, que revelou a novidade, o jovem Reitman explicou que não se trata de um novo reboot, como a versão feminina “Caça-Fantasmas” (2016), que fracassou nas bilheterias. O diretor fez questão de salientar que tem “muito respeito” pelo reboot do diretor Paul Feig com as “brilhantes atrizes” Kate McKinnon, Leslie Jones, Kristen Wiig e Melissa McCarthy, mas afirmou que a sua versão “seguirá a trajetória do filme original”. “Este é um novo capítulo da franquia original. Não é um ‘reboot’. O aconteceu nos anos 1980, aconteceu nos anos 1980 e esse é ambientado nos dias atuais”, disse o diretor. “Sempre pensei em mim como o primeiro fã de ‘Os Caça-Fantasmas’, já que tinha seis anos de idade quando visitei o set. Eu queria fazer um filme para todos os outros fãs”, acrescentou o diretor, que escreveu o roteiro com Gil Kenan (“A Casa Monstro”), mantendo o projeto em segredo até agora. “Ainda é muito cedo, e eu quero que o filme seja desembrulhado aos poucos, como um presente. Temos muitas surpresas maravilhosas e novos personagens para o público conhecer”, concluiu. A Sony já marcou a estreia da produção para o verão de 2020. Isto significa que as filmagens devem começar já no começo deste ano, mas ainda não foi divulgado se os atores do filme original estão envolvidos. Vale lembrar que a continuação oficial, “Os Caça-Fantasmas II” (1989), já voltou reuniu o elenco original. Bill Murray, Dan Aykroyd, Ernie Hudson e o falecido Harold Ramis (os quatro Caça-Fantasmas), sem esquecer de Annie Potts, Sigourney Weaver e Rick Moranis. O detalhe que poucos lembram é que o filme de 1989 ainda tinha um ator-mirim que ficou mais famoso atrás das câmeras: o próprio Jason Reitman, numa pequena figuração.
Sofia Coppola vai dirigir o primeiro filme de ficção produzido para a Apple
A cineasta Sofia Coppola e o ator Bill Murray vão retomar a parceria no primeiro filme produzido pela Apple. Intitulado “On the Rocks”, o longa segue uma jovem mãe que se reconecta com seu pai playboy em uma aventura por Nova York. Murray viverá o pai e Rashida Jones (“Ritmo Cubano”) será a filha. Além de dirigir, Coppola assina o roteiro e a produção, inaugurando a era de filmes de ficção da empresa de informática. “On the Rocks” será o primeiro lançamento resultante do acordo que a Apple fechou com o estúdio indie A24 para produzir material para sua vindoura plataforma de streaming. Por enquanto, não está claro se o filme também poderá ser exibido no cinema. A diretora e Bill Murray trabalharam juntos no cultuado “Encontros e Desencontros” (2003) e, mais recentemente, num especial de Natal na Netflix, “A Very Murray Christmas” (2015).
Bill Murray é acusado de agredir fotógrafo de 71 anos, que é irmão da cantora Carly Simon
O ator Bill Murray se envolveu em uma briga com um fotógrafo em um restaurante em Martha’s Vineyard, nos Estados Unidos, e precisou prestar esclarecimentos em uma delegacia de polícia. O jornal Boston Globe apurou que foi feito um boletim de ocorrência policial contra Murray por Peter Simon, fotógrafo de 71 anos de idade e irmão da cantora Carly Simon. A acusação afirma que Simon não teria reconhecido o ator no momento do incidente. O fotógrafo disse que estava trabalhando em um restaurante chamado Lola’s, que o contratou para tirar fotos do local, quando um homem o “puxou por trás e o jogou contra uma porta”. Depois identificado como Murray, o homem teria dito para Simon que tinha o poder de expulsá-lo do restaurante se ele continuasse tirando fotos. “Ele parecia mais do que pronto para me matar estrangulado”, relembra o fotógrafo. “Eu disse para ele: ‘Você sabe quem eu sou?’. Não para ofendê-lo, mas para dizer que era um fotógrafo contratado pelo restaurante. Ele me respondeu com: ‘E você sabe quem eu sou?'”. Simon diz que Murray então o soltou e voltou para sua mesa – no entanto, mais tarde, quando estava deixando o restaurante, o ator se aproximou dele com um copo d’água na mão, com o qual encharcou o fotógrafo e sua câmera. “Ele me tratou como a pior pessoa da Terra”, relembra. Em sua defesa, o ator de 68 anos deixou registrado no boletim de ocorrência que Simon estava “tirando fotos dele sem permissão e o assediando”. Representantes de Murray e do restaurante Lola’s não quiseram comentar o caso para a imprensa norte-americana.
Ilha dos Cachorros é uma fábula riquíssima e original que só a ousadia de Wes Anderson podia criar
Wes Anderson comprova com “Ilha dos Cachorros” que é uma das vozes mais autônomas do cinema norte-americano na atualidade. Como construtor de um mundo próprio, com uma lógica própria, também não há muitos outros que possamos pôr ao lado dele. David Lynch? Tim Burton? Reconhece-se instantaneamente uma cena de um filme desse texano de Houston. Há uma simetria quase obsessiva nos enquadramentos, setas com marcações entrando e saindo da tela como se tivéssemos dentro do diário de um estudante de artes plásticas, colagens criativas se desdobrando, frases soltas de filosofia pop e literatura. Bastou sete filmes para ele consolidar essa marca e arregimentar um bando de admiradores, mas foi a partir de seu oitavo longa, “O Grande Hotel Budapeste”, que realmente o estilo de Anderson alcançou a plenitude. “Ilha dos Cachorros” é o filme imediatamente posterior. Se em “O Grande Hotel Budapeste” a reverência era ao escritor Stefan Zweig, agora é claramente o George Orwell de “A Revolução dos Bichos”. A diferença é que, em vez de uma fazenda, temos um Japão imaginário feito em stop-motion, e no lugar de galinhas, cavalos e porcos, os protagonistas são cães e gatos. Dá pra levar as crianças? Não. O filme é uma fábula política arrepiante. Uma alegoria sobre corrupção, autoritarismo, num mundo de políticos perversos, que depois de um surto de gripe canina e doenças variadas decidem jogar todos os cães numa ilha. Lá, eles são deixados ao Deus dará, praticam canibalismo, comem lixo e morrem por negligência. Enfim, é a materialização de um pesadelo. Para dar o exemplo, o prefeito de Nomura (uma Tóquio retrô-futurista) nobremente faz o cão de guarda, que deu de presente para seu enteado, Atari, de 12 anos, ser o primeiro cachorro a ser exilado na “Ilha dos Cães”. Desesperado, o menino (dublado por Koyu Rankin) ruma num pequeno aeroplano pra ilha, procurando por “Spots”, seu amado animal de estimação. Atari mal pousa o avião e é recebido por um quinteto de vira-latas assustadores. Os cães vivem um dilema, estão confusos entre a liderança do razoável Rex (Edward Norton) e o implacável Chef (Bryan Cranston, perfeito). “Vamos comer o menino, ou vamos ajuda-lo no ‘resgate’?”, Boss (Bill Murray) quer saber. Trabalhando a partir de uma história que Anderson inventou com Roman Coppola, Jason Schwartzman e o ator/DJ japonês Kunichi Nomura, o filme evoca os sacrifícios do bando de animais desgastados, feridos e famintos em uma peregrinação atrás do menino. Os cinco vira-latas apoiam a empreitada, mas isso não os impedem de se questionar a todo instante, o porquê de apoiar uma criança pertencente à raça que os abandonou. Bela indagação. Ela se instala na cabeça do espectador, agarra-os com força, obriga a paisagem a se abrir em planos inesperados, dotados de ordem e carregados de ameaça. Claro, já tínhamos visto do que o diretor é capaz de realizar com a animação em stop-motion com “O Fantástico Senhor Raposo”, sua divertida adaptação do conto de Roald Dahl em 2009. A técnica e a escola se encaixam perfeitamente ao estilo de Anderson. As minúcias do quadro a quadro se adaptam às suas tendências de controle, a tentativa de afinar todos os aspectos da mise-en-scène, para a arte da própria realidade em um fac-símile simétrico. Por que tentar dobrar um mundo de ação ao vivo para se adequar ao seu plano mestre quando você pode simplesmente criar um inteiramente da sua cabeça? Reunindo-se com o diretor de fotografia do “Senhor Raposo”, Tristan Oliver, bem como com alguns integrantes dos departamentos de animação daquele antigo deleite, “Ilha dos Cachorros” encontra sua graça inesperada, novamente, na colisão entre o adulto e o juvenil: Seus personagens podem ser governados por leis da física dos desenhos animados, desaparecendo nas nuvens de Tex Avery quando se desfazem, mas eles falam, agem e são impassíveis, autoconscientes e neuróticos. Enquanto Atari continua sua jornada na ilha, no continente, uma corajosa e sardenta estudante de intercâmbio americana (Greta Gerwig) descobre uma vasta conspiração corporativa. Ela é a única personagem humana que será claramente compreendida pelos não falantes do japonês; num mundo míope, regido pela malícia frívola dos pronunciamentos, a confusão linguística de Ilha dos Cachorros torna o filme mais engraçado. Grande parte do diálogo japonês não tem legendas, o que, para o público ocidental, gera um estranhamento, e apenas os cães tem os latidos dos cachorros “traduzidos para o inglês”. Tirando o menino e a estudante engajada, não há personagens ricamente desenvolvidos entre os bípedes. Mas entre os quadrúpedes a escala de emoções é maravilhosa. Até mesmo o mais assustador deles, Chef, projeta suas inquietações de forma tocante. Ele avisa: “Eu mordo”, mas há uma ponta de fragilidade no seu cinismo ácido. Quando o menino joga um graveto para Chef buscar, ele adverte: “Eu não vou fazer o que você quer!”. Mas logo em seguida, Chef corre atrás do graveto e o entrega para o garoto. “Ilha dos Cachorros” pode vir da mesma família biológica de “O Fantástico Senhor Raposo”, mas é de uma raça diferente: mais estranha e ambiciosa, mais escura no tom e seguindo uma paleta de cores mais requintada. Esqueça a alegria fofa dos filmes da Disney. Anderson prefere abraçar a qualidade crua da alegria, usando chumaços de algodão como fumaça e o enrugamento do plástico como água. Ele manda pro espaço a busca pelo fotorrealismo, e cria uma ode aos desesperançados. Sim, a direção de arte é limpa, simétrica, mas os bonecos são sujos, frágeis. Estão ali pra acabar com a arrumação. A invenção cosmética se estende ao seu vocabulário visual fluido, Anderson emprega quadros de estilo mangá durante o prólogo expositivo, flerta com animações 2D em estilo anime sempre que seus personagens aparecem em uma tela de televisão e impõe o estilo dos afrescos medievais em pergaminho quando retrocede para os primórdios do folclore nipônico. Pode-se argumentar que o Japão criado aqui é puro kitsch, não muito diferente da visão exótica da Índia que ele ofereceu em “Viagem a Darjeeling” (2007). Mas “Ilha dos Cachorros” não economiza nos acenos culturais, é um inventário completo de saque estético-poético da cultura japonesa em ritmo pulsante. Kurosawa amaria esse filme, principalmente nos trechos heroicos de proezas dos vagabundos (Anderson usa o tema de “Os Sete Samurais”, cada vez que os vira-latas superam uma dificuldade). A encantadora trilha de Alexandre Desplat, aliás, é magnífica. Desplast pontua a ação com tambores das festas de cerejeiras, os taikôs. De fato, há muita coisa para ver em “Ilha dos Cachorros”. Temos um tributo carinhoso e denso, a um Japão antigo e novo, real e irreal, mergulhado em pastiche e inventado a partir do zero. Um filme de esplendor humanista gostoso de ver. Apesar das crueldades que aponta, há um enorme gosto pela vida, uma entrega total aos chamados das ideias e às demandas do conflito humano. E, enfim, um brinquedos de corda meticulosamente trabalhado para golpear o queixo dos líderes corporativos. Anderson nunca tinha atacado o corporativismo capitalista com um petardo tão direto. Aqui, ele indica os cães com sua lealdade, amizade e decência como antidoto contra a natureza perversa do capital. Em “Ilha dos Cachorros”, a camaradagem canina parece se tornar mais íntima e mais terna com a percepção de que somos todos exilados numa margem inóspita da sociedade.
Selena Gomez e Bill Murray surgem ensanguentados nas primeiras fotos de filme de zumbis
Depois de filmar vampiros em “Amantes Eternos” (2013), Jim Jarmusch decidiu dirigir seu primeiro filme de zumbis. Paparazzi flagraram as primeiras movimentações no set da produção, que começou a ser filmada neste fim de semana em Nova York. E não falta sangue na roupa do elenco. Veja abaixo. Intitulado “The Dead Don’t Die” (os mortos não morrem, em tradução literal), o longa voltará a reunir Jarmusch com dois de seus antigos protagonistas: Bill Murray, estrela de um dos melhores trabalhos do diretor, “Flores Partidas” (2005), e Adam Driver, astro de seu filme mais recente, “Paterson” (2016). O elenco ainda inclui Chloe Sevigny (que também apareceu em “Flores Partidas”), Austin Butler (série “The Shannara Chronicles”) e a popstar Selena Gomez (“Spring Breakers”). Por curiosidade, Butler já tinha contracenado com Selena na série “Os Feiticeiros de Waverly Place”. Todos os cinco atores aparecem nas primeiras fotos obtidas das filmagens. O próprio Jarmusch assina o roteiro, que ainda não teve sua sinopse revelada, mas que Murray chamou de “hilário” numa entrevista ao site Philly.com. “Jim Jarmusch escreveu esse roteiro hilário e temos um elenco incrível… Eu preciso te dizer: é um filme de zumbis, mas eu não interpreto um”, contou Murray, que, por sinal, já tinha feito uma comédia de zumbis antes: “Zumbilândia”, no qual interpretou a si mesmo. “The Dead Don’t Die” deve chegar aos cinemas em 2019.
Animação Ilha de Cachorros finalmente ganha primeiro trailer legendado em português
A Fox finalmente divulgou o trailer legendado em português de “Ilha de Cachorros” (Isle of Dogs), a nova animação do cineasta Wes Anderson (“O Grande Hotel Budapeste”), que abriu o Festival de Berlim em fevereiro e foi lançada há dois meses nos cinemas norte-americanos. Elogiadíssima, tem 89% de aprovação no Rotten Tomatoes e deve disputar o Oscar na categoria de Animação, mas está sendo tratada com tanto descaso pelo estúdio no Brasil, que só chegará aqui após seu lançamento em Blu-ray nos Estados Unidos. “Ilha de Cachorros” é a segunda animação da carreira de Anderson, após “O Fantástico Sr. Raposo” (2009). Bastante detalhista, a trama apresentada em stop-motion se passa num futuro distópico após uma epidemia de gripe canina levar um político corrupto a isolar todos os cachorros numa ilha do Japão, onde eles precisam lutar por restos de comida no lixo. Isto não impede um garotinho de ir até a ilha para tentar resgatar seu animalzinho de estimação. Sensibilizados, os demais cachorros resolvem ajudá-lo na busca. O problema é que, como eles falam inglês, não entendem o que diz o menino japonês. O elenco de vozes é repleto de estrelas, como de costume nos filmes de Anderson, incluindo alguns parceiros habituais do diretor, como Bill Murray, Edward Norton, Tilda Swinton, Jeff Goldlum, Frances McDormand e Bob Balaban, mas também novidades, como Bryan Cranston (da série “Breaking Bad”), Scarlett Johansson (“Os Vingadores”), Greta Gerwig (“Frances Ha”), Liev Schreiber (série “Ray Donovan”) e diversos astros japoneses, como Ken Watanabe (“A Origem”), Kunichi Nomura (“Encontros e Desencontros”), Akira Ito (“Birdman”), Akira Takayama (“Neve Sobre os Cedros”) e até a cantora Yoko Ono. Como a Fox disponibilizou o trailer legendado, o público provavelmente poderá ouvir as vozes originais nos cinemas nacionais. A estreia está marcada no país para 19 de julho.











