Trailer | Invencível enfrenta nova batalha que termina em funeral
Prévia da parte 2 da 2ª temporada tem cenas de lutas brutais e prisão de Omni-Man por traição de sua raça alienígena. A estreia vai acontecer em março no Prime Video
Estreias | “Madame Teia” e “Bob Marley” chegam nos cinemas
Circuito cinematográfico também recebe o premiado "Zona de Interesse", que disputa cinco Oscars, e uma nova animação da série infantil "Masha e o Urso"
As 10 melhores séries do começo do ano
Lista tem "True Detective", "Mestres do Ar", "Histórico Criminal", "Cristobal Balenciaga", "Zorro" e "Eco" entre os principais lançamentos de janeiro em streaming
Bilheteria | “Argylle” mantém liderança em fim de semana de baixa arrecadação nos EUA
Comédia de espionagem mantém 1º lugar apesar de queda acentuada nas vendas, enquanto "Lisa Frankenstein" estreia em 2º lugar com desempenho desestimulante
Estreias | Nova temporada de “Halo” e “As Marvels” chegam ao streaming
Série da Paramount+ e filme da Disney+ são destaques entre as 10 novidades que merecem atenção na semana
Divertida Mente 2 | Vídeo apresenta nova emoção
Continuação traz atriz de "Stranger Things" como voz da Ansidedade
Trailer | Família Forger vive missão de férias no primeiro filme de “Spy x Family”
Derivado de um dos maiores sucessos da plataforma Crunchyroll, o lançamento será exibido nos cinemas no Brasil
Disney surpreende e anuncia “Moana 2” nos cinemas em novembro, com direito a teaser
A Disney surpreendeu com o anúncio de “Moana 2”, continuação de seu sucesso de 2016, que foi desenvolvida em segredo. A revelação do filme aconteceu com divulgação de foto inédita, teaser e data de estreia para este ano: 27 de novembro nos Estados Unidos. Por enquanto, não há muitas informações sobre a produção, que voltará a ser protagonizada pela filha do chefe da comunidade Motonui da Polinésia. Entretanto, o visual da personagem reflete a passagem do tempo, mostrando a menina como uma jovem adolescente. A primeira imagem oficial ainda confirma a volta do simideus Maui à trama. No primeiro filme, Moana e Maui foram dublados, respectivamente, por Auli’i Cravalho, em seu primeiro trabalho em Hollywood, e Dwayne “The Rock” Johnson. Até o momento, apenas o nome do diretor foi confirmado: David G. Derrick Jr., que estreia na função após participar da equipe de animação do primeiro filme e dos últimos lançamentos da Disney, incluindo “Rei Leão” (2019), “Raya e o Último Dragão” (2021), “Encanto” (2021) e “Mundo Estranho” (2023). Além dessa animação, a Disney também desenvolve uma versão em live-action do primeiro filme, que contará novamente com The Rock no papel de Maui, mas uma nova atriz como Moana, já que Auli’i se tornou uma mulher adulta desde 2016. Esta versão tem roteiro do autor da animação original, Jared Bush, em parceria com Dana Ledoux Miller (“Designated Survivor”), e direção de Thomas Kail, diretor do espetáculo da Broadway “Hamilton”. O remake live-action tem estreia prevista para 2026.
Bilheteria | “Argylle – O Superespião” é fracasso de público e crítica
A comédia de ação “Argylle – O Superespião” implodiu nas bilheterias norte-americanas. A produção de alto orçamento dirigida por Matthew Vaughn (da franquia “Kingsman”) arrecadou apenas US$ 18 milhões em sua estreia em 3.605 cinemas. O filme, que teve um custo de produção entre US$ 200 milhões e US$ 250 milhões, também fracassou no mercado internacional, onde arrecadou US$ 17,3 milhões em 78 países, totalizando uma abertura global de US$ 35,3 milhões. Apesar dos números baixos, a superprodução conseguiu liderar as bilheterias no fim de semana devido à falta de concorrência significativa. Entretanto, foi massacrado por público e crítica, com 35% de aprovação pela imprensa, segundo o Rotten Tomatoes, e nota C+ na avaliação do CinemaScore, pesquisa feita com os espectadores na saída dos cinemas dos EUA. “Argylle” foi o terceiro lançamento cinematográfico convencional da Apple nos últimos meses, seguindo os passos de “Assassinos da Lua das Flores” de Martin Scorsese e “Napoleão” de Ridley Scott, todos com orçamentos superiores a US$ 200 milhões e todos fracassos de bilheteria. Apenas “Assassinos da Lua das Flores” agradou a crítica, obtendo 10 indicações ao Oscar – mas arrecadou apenas US$ 157,6 milhões globalmente. O resto do Top 5 Além de “Argylle”, os cinemas dos Estados Unidos registraram a estreia de uma edição especial da série “The Chosen”, que exibiu os três primeiros episódios da 4ª temporada no circuito cinematográfico. A iniciativa surpreendeu ao ocupar o 2º lugar nas bilheterias, com US$ 6,1 milhões de 2.260 telas. Em 3º lugar ficou “Beekeeper – Rede de Vingança”, que continua a apresentar um bom desempenho em sua quarta semana de projeção. O thriller de ação estrelado por Jason Statham arrecadou US$ 5,3 milhões, elevando seu total doméstico para US$ 49,4 milhões. Mas é internacionalmente que tem se saído melhor, com uma arrecadação de US$ 73,1 milhões, que totaliza US$ 122,5 milhões mundiais. “Wonka” ficou em 4º lugar, mesmo estando em sua oitava semana de exibição. O filme adicionou US$ 4,7 milhões e superou os US$ 200 milhões domésticos. Globalmente, o musical estrelado por Thimotée Chalamet já acumula impressionantes US$ 571,7 milhões, tornando-se a maior bilheteria da temporada de final de ano. Fechando o Top 5, “Patos!” arrecadou US$ 4,2 milhões em sua sétima semana em cartaz. A animação tem apresentado um desempenho consistente nas bilheterias norte-americanas, totalizando US$ 106,2 milhões. No cenário global, alcançou US$ 210 milhões, um resultado respeitável considerando seu orçamento de produção de US$ 70 milhões. O filme tem se beneficiado de uma estadia prolongada nos cinemas, garantindo rentabilidade em sua exibição teatral. Trailers Confira abaixo os trailers dos 5 filmes mais vistos nos EUA e Canadá no fim de semana. 1 | ARGYLLE – O SUPERESPIÃO 2 | THE CHOSEN 4 3 | BEEKEEPER – REDE DE VINGANÇA 4 | WONKA 5 | PATOS!
Estreias | “Aquaman 2” e série de “Sr. e Sra. Smith” chegam ao streaming
A programação de streaming da semana destaca a estreia da série baseada no filme “Sr. e Sra. Smith” e a chegada de “Aquaman 2: O Reino Perdido” em VOD para locação digital. A lista de séries também destaca dois suspenses sul-coreanos e a última temporada de “Segure a Onda” (mais conhecida pelo título em inglês “Curb Your Enthusiasm”), enquanto os filmes incluem a nova comédia de Larissa Manoela. Com cinco séries e cinco filmes, o Top 10 da semana pode ser conferido abaixo. SÉRIES SR. E SRA. SMITH | PRIME VIDEO Apesar do título, a única coisa em comum entre a série e o filme homônimo de 2005 é que a trama gira em torno de John e Jane Smith, um casal aparentemente comum que esconde um segredo. Todo o resto é diferente. Enquanto no filme Brad Pitt e Angelina Jolie eram um casal de espiões experientes que não sabia do segredo um do outro, na série os dois são agentes iniciantes que fingem um relacionamento para sua missão. Donald Glover (“Atlanta”) e Maya Erskine (“PEN15”) vivem o casal do título, que vão se conhecendo conforme compartilham cenas de ação e atividades domésticas, e enquanto mentem para todos sobre o que realmente fazem. A falta de familiaridade entre eles alimenta o humor dos episódios, em meio a situações de adrenalina máxima. Além dos protagonistas, o elenco da temporada inaugural contou com muitos famosos, incluindo o brasileiro Wagner Moura (“Guerra Civil”), Alexander Skarsgard (“O Homem do Norte”), Parker Posey (“Perdidos no Espaço”), Eiza González (“Velozes e Furiosos: Hobbs & Shaw”), Ron Perlman (“Sons of Anarchy”), Michaela Coel (“I May Destroy You”), Sharon Horgan (“Catastrophe”), Sarah Paulson (“American Horror Story”), Úrsula Corberó (“La Casa de Papel”), John Turturro e Paul Dano (ambos de “Batman”). Glover assina a criação e os roteiros com Francesca Sloane, que trabalhou com o ator em “Atlanta”. BARGANHA | PARAMOUNT+ Thriller sul-coreano que já virou cult, a série inicia com uma transação obscura em um hotel distante, onde a jovem Park Joo Young (Jeon Jong-seo, de “Em Chamas”) propõe vender sua virgindade a Noh Hyung-soo (Jin Sun-kyu, de “Caçadores de Demônios”). A situação toma um rumo inesperado ao desvendar que Joo Young faz parte de uma operação de tráfico de órgãos e Noh Hyung-soo é um policial disfarçado. Mas a verdadeira complicação é um terremoto, que destrói o hotel, lançando os personagens em um cenário de caos e desespero, onde precisam forjar alianças tênues pela sobrevivência em meio à destroços e lutas contra criminosos que comercializam partes do corpo humano. Criada e dirigida por Jeon Woo-sung (até então curta-metragista), a série se desenvolve ao longo de seis episódios que se destacam pelo uso de técnicas cinematográficas avançadas, como longas sequências filmadas em plano-sequência, que proporcionam uma sensação de continuidade e imersão. Este método permite que o espectador acompanhe de perto a tensão e a dinâmica entre os personagens enquanto tentam escapar das armadilhas mortais do hotel em ruínas. Além de oferecer uma trama cheia de suspense e ação, “Barganha” ainda reflete sobre a desvalorização da vida humana e as implicações morais do capitalismo – temas também explorados no fenômeno “Round 6”. MALDITO DIA DE SORTE | PARAMOUNT+ O suspense sul-coreano segue Oh Taek, um taxista interpretado por Lee Sung-min (“Vingança pelo Passado”), que fica em uma situação perigosa ao pegar um passageiro incomum, Geum Hyeok-soo, vivido por Yoo Yeon-Seok (“Oldboy”). Geum revela ser um assassino em série e essa revelação desencadeia uma série de eventos que colocam Oh Taek em uma situação de vida ou morte, forçando-o a confrontar dilemas morais enquanto luta por sua sobrevivência. Dirigida por Pil Gam-sung (“Hostage: Missing Celebrity”), a série se destaca por sua execução cinematográfica e pela maneira como constrói suspense e tensão ao longo dos episódios. Utilizando uma abordagem visual que enfatiza sequências contínuas e dinâmicas, a atração mantém os espectadores engajados através de uma mistura de drama psicológico e ação intensa, enquanto mergulha em temas como a natureza do mal, a redenção e as consequências de nossas escolhas. O enredo é habilmente tecido para revelar gradualmente as camadas de cada personagem, equilibrando elementos de thriller com questões humanas profundas, numa jornada repleta de reviravoltas inesperadas e confrontos éticos. BABY BANDITO | NETFLIX Inspirada no notório “Robo del Siglo” ocorrido no Aeroporto Internacional Arturo Merino Benítez em Santiago, Chile, em 12 de agosto de 2014, a atração conta a história de true crime através da perspectiva de um skatista apaixonado. Kevin Tapia, interpretado pelo estreante Nicolás Contreras, se lança na aventura perigosa ao tentar impressionar Génesis, papel de Francisca Armstrong (“La Ley de Baltazar”), planejando um roubo audacioso contra a temida gangue “Carniceros”. O evento real, marcado pela ousadia dos assaltantes em subtrair uma quantia milionária, serve de pano de fundo para uma trama repleta de ação, dilemas morais e reviravoltas inesperadas. Dirigida por Julio Jorquera Arriagada (“Notícia de um Sequestro”), Fernando Guzzoni (“Blanquita”) e Pepa San Martín (“Amor de Família”), a obra não dramatiza apenas um dos maiores roubos da história chilena, mas também oferece um olhar introspectivo sobre os personagens envolvidos, suas motivações e o impacto de suas ações. Kevin e Génesis enfrentam situações que colocam em prova sua fidelidade um ao outro, seus sentimentos e sua disposição para lidar com as repercussões de seus atos, destacando como o amor e a necessidade de pertencimento influenciam decisões críticas. SEGURA A ONDA 12 | HBO MAX A 12ª e última temporada de “Curb Your Enthusiasm” (nome original pelo qual é mais conhecida) volta a trazer Larry David se comportando mal, como de costume. Mas o protagonista e criador da série não revelou o que pretende fazer para se despedir da atração, que começa sua rodada final de episódios no domingo (4/2). A série acompanha uma versão exagerada de David, experimentando uma vida fictícia repleta de conflitos inspirados em situações supostamente reais. Como exemplo dessa mistura, ele contracena com um elenco fixo de intérpretes, mas também com outros atores famosos que vivem a si mesmos. Embora David nunca tenha se casado com a intérprete de sua ex-esposa, Cheryl Hines, nem seja empresariado pelo comediante Jeff Garlin ou divida sua casa com J.B. Smoove, o mau-humor deliciosamente ranzinza exibido nos episódios é 100% baseado nas reações reais do ator-produtor. FILMES AQUAMAN 2: O REINO PERDIDO | VOD* A sequência de “Aquaman” (2018), maior sucesso da DC no cinema, representa um momento complexo no cinema de super-heróis, decretando o fim do DCEU, o universo DC criado em torno da visão de Zack Snyder. Marcado por uma série de fracassos de bilheterias, o DCEU se salvava pelos primeiros “Mulher-Maravilha” e “Aquaman”, mas a continuação optou por se afastar exatamente do que funcionou no primeiro filme para reinventar o herói vivido por Jason Momoa como um protagonista de comédia de “animigos”, numa história de ação e humor ao estilo de “Fuga à Meia-Noite” (1988). No centro da narrativa está a aliança entre Aquaman e seu meio-irmão Orm, interpretado por Patrick Wilson, inimigos declarados no primeiro filme, que se unem contra um terceiro inimigo comum: o Manta Negra, vivido por Yahya Abdul-Mateen II. Manta busca vingança, armado com um tridente místico e uma substância tóxica ameaçadora. Para impedi-lo, os irmãos embarcam numa jornada que desafia suas habilidades e convicções, enquanto tentam proteger não só Atlantis, mas também o mundo da superfície. O enredo também aborda aspectos familiares de Aquaman, incluindo seu papel como pai. O elenco é complementado por Temuera Morrison, Dolph Lundgren, Nicole Kidman, Amber Heard e Randall Park, que ajudam a manter uma continuidade com o filme anterior, apesar da grande mudança de tom. Dirigido novamente por James Wan, o filme economizou no acabamento dos efeitos visuais, ao estrear em um momento de transição para a DC, com James Gunn e Peter Safran direcionando a franquia para um novo começo. A busca pelo distanciamento do DCEU também se deu pela opção por uma narrativa independente, que evita referências diretas às tramas anteriores do universo – participações de dois Batman diferentes foram filmadas e abandonadas. Representando realmente o fim de uma era, foi menos promovido que outros lançamentos de super-heróis, naufragou nas bilheterias e chegou rapidamente ao streaming, sem parecer a continuação de um blockbuster de US$ 1,1 bilhão. TÁ ESCRITO | VOD* O novo filme de Larissa Manoela faz uma mescla de comédia romântica e fantasia. A atriz dá vida à Alice, uma jovem leonina que, ao contrário de seu signo, se sente insegura e detesta ser o centro das atenções. Ela se frustra por viver com a mãe (Karine Teles), uma virginiana obcecada por organização, e com o irmão espertinho (Kevin Vechiatto). Seu maior sonho é conquistar o primeiro emprego e ir morar com o namorado (André Luiz Frambach, noivo de Larissa na vida real), porém a relação vai por água abaixo devido aos planos profissionais do garoto. A jovem vai culpar todos os astros por conta dos desafios, até que, contra todas as probabilidades, recebe uma oportunidade para abordar astrologia em um podcast. As mudanças continuam quando ela recebe um livro em branco com instruções mágicas, que tem o poder de tornar realidade qualquer previsão astrológica escrita em suas páginas. A trama segue Alice enquanto ela tenta usar o livro para beneficiar a si mesma e aos outros, afetando assim a vida das pessoas de acordo com seus signos do zodíaco e causando uma série de eventos imprevistos. Com performances carismáticas, especialmente de Larissa Manoela, “Tá Escrito” foi concebido como uma tentativa de transmitir uma mensagem sobre a individualidade para além dos signos astrológicos, só que, em vez disso, o enredo acaba reforçando estereótipos. A direção é de Matheus Souza (“A Última Festa”) e o roteiro foi concebido por Thuany Parente (“Apocalipse”) e Mariana Zatz (“Turma da Mônica: Lições”). LOUCAS EM APUROS | PRIME VIDEO A comédia de viagem acompanha quatro amigas asiático-americanas em apuros na China. Estreia na direção de Adele Lim, roteirista de “Podres de Ricos” e “Raya e o Último Dragão”, o filme gira em torno de Audrey (Ashley Park, de “Emily em Paris”), uma advogada criada por pais americanos que decide procurar sua mãe biológica em Pequim. Acompanhando Audrey está sua melhor amiga Lolo (Sherry Cola, de “Good Trouble”), uma artista que usa sua arte erótica para desafiar estereótipos e a fetichização dos asiáticos, Kat (Stephanie Hsu, de “Maravilhosa Sra. Maisel”), uma atriz que trabalha em uma popular telenovela chinesa e está tentando esconder sua extensa lista de ex-parceiros de seu noivo super cristão, e a lacônica Deadeye (Sabrina Wu, de “Doogie Kamealoha: Doutora Precoce”), uma fã obcecada de K-pop. A narrativa é impulsionada pelas diferenças de temperamento e personalidade das protagonistas, além da forma diferente com que cada uma lida com sua herança cultural chinesa. Mas o que realmente chama atenção na comédia é o tom escrachado, repleto de momentos ultrajantes, incluindo piadas escatológicas. A crítica americana se divertiu, dando 91% de aprovação no Rotten Tomatoes. ORION E O ESCURO | NETFLIX A nova animação da Netflix gira em torno de Orion, um menino de 11 anos que enfrenta um medo paralisante do escuro, reflexo de suas ansiedades mais profundas. A narrativa se aprofunda quando Orion encontra a personificação de seu maior temor, a Escuridão, que, contrariando as expectativas, se revela um personagem compreensivo e mal-entendido. Este encontro inicia uma jornada inusitada onde Orion é convidado a explorar o mundo noturno, proporcionando uma oportunidade para o garoto confrontar suas inseguranças e descobrir a beleza oculta nas sombras. A trama representa uma incursão notável do premiado roteirista Charlie Kaufman ao universo da animação infantil, mantendo intacta sua assinatura narrativa que desafia gêneros e explora a psique humana. Conhecido por roteiros introspectivos e complexos, como “Adaptação” (2002) e “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças” (2004), Kaufman faz uma exploração rica das inquietações internas do protagonista de uma forma que ressoa tanto com o público jovem quanto com os adultos. Embora tenha dirigido seus últimos filmes, esse segundo projeto...
Morre Mark Gustafson, que co-dirigiu “Pinóquio por Guillermo Del Toro”
Mark Gustafson, que co-dirigiu “Pinóquio por Guillermo Del Toro”, faleceu na quinta (1/2) aos 64 anos. A notícia foi confirmada por Guillermo del Toro, co-diretor do aclamado filme premiado com o Oscar de Melhor Animação, sem revelar a causa da morte. O cineasta expressou sua admiração e respeito por Gustafson, conhecido por sua expertise em animação stop-motion, em uma homenagem emocionante: “Eu admirava Mark Gustafson antes de mesmo de conhecê-lo. Um pilar da animação stop-motion, um verdadeiro arista. Uma lenda e um amigo que me inspirou e gerava esperança ao seu redor. Ele faleceu ontem. Hoje, o honramos e sentimos sua falta.” Carreira relevante Com uma carreira se estendeu por várias décadas, Gustafson deixou sua marca em diversos projetos notáveis. Além de “Pinóquio”, sua filmografia inclui a direção de animação de “O Fantástico Sr. Raposo” (2009), de Wes Anderson, e um papel crucial na animação de “Um Natal Muito Louco” (2011), onde liderou a criação de uma cena memorável em claymation. Ao refletir sobre o impacto de Gustafson na indústria, Del Toro destacou: “Ele deixa para trás um legado do tamanho do Titanic na animação que vai até a origem da animação com argila (claymotion) e ajudou a moldar incontáveis carreiras e trabalhos de animadores. Ele deixa para trás amigos e colegas com uma filmografia histórica.” A perda de Gustafson ressoou profundamente entre colegas e admiradores de seu trabalho. Del Toro, ao compartilhar suas condolências, enfatizou a importância das relações humanas na indústria criativa: “Eles dizem, ‘Nunca conheça seus heróis…’ Eu discordo. Você não pode se decepcionar por alguém ser humano… Estou tão feliz por ter conhecido Mark, o humano, quanto fui honrado por ter conhecido o artista. Como eu disse, eu o admirava antes mesmo de conhecê-lo. Amei ter tido a chance de compartilhar tempo e espaço com ele durante os altos e baixos. Sempre e para sempre.”
Estreias | Indicado a 11 Oscars, “Pobres Criaturas” chega aos cinemas
A programação de estreias desta quinta (1/2) tem filmes premiados e com avaliações altamente positivas da crítica. Só que, entre os três lançamentos mais amplos, apenas “Pobres Criaturas” se encaixa nessa descrição. Favorito a colecionar estatuetas do Oscar (são 11 indicações), a fantasia com performance consagradora de Emma Stone divide espaço com a comédia de ação “Argylle – O Superespião”, destruída pela imprensa dos Estados Unidos, e a produção infantil nacional “Gato Galático e o Feitiço do Tempo”, mais um projeto de influencer digital em busca do público de cinema. Sem chances de gerar bilheterias blockbusters, os três chegam em circuito médio, com cerca de 200 telas cada. O circuito limitado ainda recebe dois lançamentos sul-americanos impactantes e avassaladores em seu terror – sobrenatural e baseado em fatos históricos. Confira a lista completa. POBRES CRIATURAS A fantasia gótica que volta a juntar Emma Stone e o diretor Yorgos Lanthimos após “A Favorita” (2018) é um “Frankenstein” feminista e sexual. Adaptação do romance de 1992 de Alasdair Gray, roteirizada por Tony McNamara (também de “A Favorita”), a trama desenrola-se num passado alternativo, rico em elementos góticos e steampunk da era vitoriana – com visual reminiscente de “Metrópolis” (1927) – e acompanha Bella Baxter, uma criatura renascida através dos experimentos de um cientista (Willem Dafoe, de “Aquaman”) com o corpo de uma mulher adulta recém-falecida, mas o cérebro de um bebê. À medida que Bella se adapta à sua nova existência, ela começa a aprender e a se desenvolver rapidamente, adquirindo linguagem e conhecimento sobre o mundo que a rodeia. É quando um advogado aventureiro, vivido por Mark Ruffalo (o Hulk de “Os Vingadores”), fica fascinado por sua existência e decide introduzi-la ao mundo exterior, guiando-a por diversas cidades europeias, onde ela vivencia uma série de experiências que moldam sua compreensão sobre a vida, a sexualidade e as interações humanas. Ao longo de sua jornada, Bella transforma-se em uma mulher autêntica, com desejos e ambições, ao mesmo tempo em que desafia as convenções sociais de sua época. A história não é nova, já tendo sido levada ao cinema em “A Prometida” (1985), uma revisão feminista de “A Noiva de Frankenstein” (1935). Mas a abordagem revigora o material com um visual impressionante – dos efeitos à paleta de cores – e uma performance audaciosa de Emma Stone, principalmente em seus aspectos físicos. A atriz usa seu corpo e expressões faciais para comunicar a evolução de Bella, e explorar seu despertar sexual com uma franqueza e uma intensidade raras. Pelo desempenho desinibido, ela já foi premiada como Melhor Atriz no Festival de Veneza, Globo de Ouro e Critics Choice. Com uma proposta que entrelaça a absurdidade com questões existenciais, “Pobres Criaturas” está indicado a 11 Oscars, incluindo Melhor Filme, Direção, Roteiro e Atriz. ARGYLLE – O SUPERESPIÃO A comédia de ação mantém a assinatura estilística do diretor Matthew Vaughn, que se especializou em pastiches de James Bond na franquia “Kingsman”. A trama segue Elly Conway, uma romancista interpretada por Bryce Dallas Howard (“Jurassic World”), conhecida por livros de espionagem, especificamente sua criação Agente Argylle, um espião bonitão imaginado como Henry Cavill (“O Homem de Aço”) com um penteado dos anos 1990. Os problemas começam quando a obra transcende a ficção e começa a se manifestar no mundo real. A premissa intrigante – mas que lembra outros filmes – gira em torno de como os enredos fictícios de Elly se alinham perigosamente com eventos do mundo real da espionagem, levando-a a uma aventura inesperada ao lado de Aidan, um espião de verdade vivido por Sam Rockwell (“Três Anúncios para um Crime”), que é bem diferente de sua visão romanceada da profissão. O filme se desdobra com Elly sendo arrastada para um turbilhão de eventos que imitam suas próprias criações literárias, onde a fronteira entre ficção e realidade se torna cada vez mais tênue. Apesar de um elenco estelar, que ainda inclui Bryan Cranston (“Breaking Bad”) e Samuel L. Jackson (“Capitã Marvel”), “Argylle” é sobrecarregado por reviravoltas confusas e um estilo visual que, ao tentar impressionar, sucumbe ao exagero dos efeitos especiais. Cheio de clichês com a desculpa da “metalinguagem”, o filme não funciona como comédia e não se leva a série como thriller de ação. Resultado: apenas 37% de aprovação no Rotten Tomatoes. GATO GALÁCTICO E O FEITIÇO DO TEMPO Seguindo os passos de Luccas Neto, o youtuber Ronaldo Souza também tenta fazer sua transição do digital para a película. Seu segundo filme como Gato Galáctico gira em torno de um relógio especial que o leva a Cronópolis, uma cidade sob a maldição do vilão Perpétuo, interpretado por Daniel Infantini. Na busca para desfazer o feitiço e salvar crianças desaparecidas, ele encontra aliados e descobre mais sobre seu passado. O filme explora temas como amizade, coragem e a importância das relações familiares, elementos comuns em produções voltadas para o público infantil. Dirigido por Rodrigo Zanforlin e com roteiro de André Brandt e Gui Cintra, o filme tenta transpor a popularidade de Gato Galáctico do ambiente digital para o cinema, um desafio que envolve capturar a essência do criador de conteúdo de uma maneira que ressoe tanto com seu público fiel quanto com novos espectadores. Apesar da proposta aventureira e do esforço em criar uma história com elementos fantásticos, como o relógio mágico e o cenário de Cronópolis, “Gato Galáctico e o Feitiço do Tempo” enfrenta desafios para convencer nos cinemas, especialmente no que tange à profundidade dos personagens e à coesão do enredo. A produção acaba sendo um compilado dos principais defeitos do cinema infantil brasileiro, com interpretação teatral (tudo é exagerado), diálogos recitados (falas não naturais) e muitos furos narrativos (não precisa aprofundar, porque é para crianças). O MAL QUE NOS HABITA O terror argentino mergulha o espectador em uma atmosfera rural carregada de tensão e medos ancestrais. Dirigido e roteirizado por Demián Rugna, que ganhou boa reputação no gênero com “Aterrorizados” (2017), o filme se passa em uma região isolada da Argentina, onde dois irmãos se deparam com sinais de uma presença maligna após escutarem disparos na calada da noite. Sem demora, eles encontram uma cena macabra que sinaliza o início de uma série de eventos sobrenaturais ligados a uma possessão demoníaca que assola a comunidade local. A história evolui a partir da descoberta de um jovem moribundo, conhecido como “podre”, vítima de uma entidade demoníaca que busca se manifestar fisicamente. Na tentativa de conter essa ameaça, os irmãos se veem enredados em uma trama de desespero e violência, onde cada decisão os leva a enfrentar consequências cada vez mais terríveis. O filme explora temas de exorcismo e influências malignas de forma inovadora, evitando clichês do gênero e construindo um enredo onde as crenças populares e os rituais de proteção se misturam com a urgência de combater um mal que se espalha como praga. Rugna cria uma atmosfera opressora, onde o medo e a paranoia se manifestam tanto nas paisagens desoladas quanto nos atos extremos de violência. “Quando o Mal Espreita” se destaca não apenas pela sua abordagem original da possessão demoníaca, mas também pelo modo como insere o espectador em um cenário onde o horror é palpável e a luta pela sobrevivência se entrelaça com a perda da inocência e da humanidade. Com sua narrativa ágil e momentos de tensão ininterrupta, trata-se de uma experiência marcante para os aficionados pelo gênero. OS COLONOS O “western” ambientado na Terra do Fogo, no extremo sul da América do Sul, é uma paulada, que retrata a brutalidade do colonialismo no início do século 20. A trama segue a missão sangrenta ordenada por um poderoso proprietário de terras, que busca estabelecer uma rota para seus rebanhos através do território, sem consideração pelas vidas indígenas. Ele recruta um ex-soldado escocês, um mercenário americano e um jovem mestiço de habilidades notáveis com armas para “limpar a ilha”, um eufemismo para a eliminação violenta dos povos nativos. A jornada dos personagens através das vastas e belas paisagens da região é marcada por conflitos e atrocidades, refletindo a crueldade e a ganância inerentes à expansão colonial. A natureza deslumbrante da região, com suas planícies gramadas, montanhas e florestas, contrasta agudamente com a violência dos homens, destacando a pequenez de suas ambições diante da magnitude da terra. O filme, que marca a estreia do diretor chileno Felipe Gálvez, desloca a narrativa para uma discussão política, quando um oficial do governo confronta o latifundiário sobre sua reputação e o tratamento dos indígenas, buscando uma narrativa unificadora para a nação, apesar do genocídio. Premiado pela crítica no Festival de Cannes, “Os Colonos” resulta numa poderosa condenação da identidade nacional construída à custa de atrocidades, desafiando a glorificação da conquista e a complexidade da história colonial da América do Sul.










