Retrospectiva | As 10 melhores séries de animação adulta de 2023
Animes de sci-fi, fantasia e terror, dramas de super-heróis, supervilãs de comédia, romance roqueiro e jornada de sobrevivência no espaço marcam os melhores lançamentos de animação adulta em 2023. As séries abaixo superam muitos filmes live-action e comprovam que desenho não é só para crianças. Confira a lista dos destaques do ano. PLUTO | NETFLIX O novo anime da Netflix é uma adaptação do aclamado mangá de Naoki Urasawa, que foi publicado entre 2003 e 2007, totalizando 8 volumes. Este trabalho foi uma homenagem a Osamu Tezuka, lançado no ano que marcou o 40º aniversário da primeira série animada de TV do Japão – o clássico de Tezuka, “Astro Boy” (Tetsuwan Atom). Urasawa reimaginou os personagens de “Astro Boy” em um cenário mais sombrio e contemporâneo, dando a eles profundidade e complexidade adultas, em uma narrativa que explora temas de identidade, consciência e coexistência entre humanos e robôs. A história é inspirada no arco “O Robô Mais Forte do Mundo”, criado por Tezuka em 1964, e gira em torno de Gesicht, um detetive robótico da Europol, que investiga uma série de assassinatos misteriosos de robôs e humanos. Esses crimes têm sempre as mesmas características, sugerindo o padrão de um robô, o que desafia a paz estabelecida entre humanos e máquinas há quase uma década. Um dos personagens icônicos que surge para ajudar Gesicht em sua investigação é justamente Atom (o nome japonês de Astro Boy), um robô com capacidades sobre-humanas, mas aparência e personalidade infantil. A adaptação vem mais de uma década após o fim da publicação do mangá, graças a uma colaboração entre os estúdios M2 e GENCO, com apoio do filho de Tezuka e com supervisão criativa do próprio Urasawa. A direção é de Toshio Kawaguchi em seu primeiro trabalho na função, após ser o animador de várias obras famosas, como os clássicos “Porco Rosso” (1992), “Neon Genesis Evangelion” (1995) e “Ghost in the Shell 2” (2004), além das mais recentes “O Conto da Princesa Kaguya” (2013) e “Mary e a Flor da Feiticeira” (2017). Originalmente uma homenagem, o resultado supera a inspiração original e se revela uma verdadeira obra-prima. SCOTT PILGRIM: A SÉRIE | NETFLIX A animação é inspirada nos quadrinhos de Bryan Lee O’Malley e no filme cult de Edgar Wright. Com estilo anime fofinho, seus episódios narram o romance entre o personagem-título e Ramona Flowers, a garota de seus sonhos. Entretanto, quando o crush está prestes a virar date, a situação vira uma luta interminável. É que, para namorar Ramona, Scott precisará enfrentar sete ex-namorados dela. Quem leu os quadrinhos ou viu o filme de 2010 conhece bem essa história. Só que o desenho não é a recriação completa do que já foi visto. A versão animada entrou na onda do multiverso para mostrar o que aconteceria se Scott fosse derrotado logo na primeira luta. A partir daí, começa uma história totalmente inédita, centrada em Ramona. O detalhe mais interessante da produção é que os atores que participaram da adaptação cinematográfica, “Scott Pilgrim contra o Mundo”, voltam a dar voz aos seus personagens no anime. O elenco grandioso traz Michael Cera (“Arrested Development”) como a voz do personagem-título e Mary Elizabeth Winstead (“Aves de Rapina”) como Ramona, sem esquecer de Kieran Culkin (“Succession”), Chris Evans (“Vingadores: Ultimato”), Anna Kendrick (“A Escolha Perfeita”), Brie Larson (“Capitã Marvel”), Alison Pill (“The Newsroom”), Aubrey Plaza (“The White Lotus”), Brandon Routh (“Legends of Tomorrow”), Jason Schwartzman (“Fargo”), Satya Bhabha (“Sense8”), Johnny Simmons (“The Late Bloomer”), Mark Webber (“Sala Verde”), Mae Whitman (“Intimidade Forçada”) e Ellen Wong (“GLOW”). Até o diretor Edgar Wright retorna como produtor do desenho, juntando-se ao autor dos quadrinhos originais nos bastidores da produção. A adaptação é assinada pelo roteirista BenDavid Grabinski (“A Felicidade é de Matar”), a direção é de Abel Gongora (“Star Wars: Visions”) e a animação está a cargo do estúdio japonês Science SARU (“Devilman: Crybaby”). FRIEREN E A JORNADA AO ALÉM | CRUNCHYROLL Um dos animes mais elogiados de 2023, a produção começa onde normalmente as aventuras terminam, ao final de uma jornada heroica de um grupo responsável por destruir o Rei Demônio e todo o mal que ameaçava seu mundo. Eles se despedem sob uma chuva de meteoritos e Frieren, uma elfa praticamente imortal, promete voltar em 50 anos para que possam apreciar juntos novamente o fenômeno – que só acontece a cada meio século. Para ela, o tempo não passa e os dez anos de aventura que viveu com os antigos companheiros foram apenas um piscar de olhos em sua existência. Entretanto, ao reencontrar os velhos heróis, percebe que a jornada ao lado deles a humanizou, deixando-a com remorsos por não ter se dedicado a conhecer melhor os antigos companheiros humanos de batalha, a quem passou a admirar. Isto a faz tentar homenageá-los conforme morrem de velhice. O primeiro a falecer é Himmel, o maior herói do grupo e aquele a quem ela se sentia mais próxima. Mas o segundo, o padre Heiter, a faz passar vários anos a seu lado, ao enganá-la com um pedido irrecusável de traduzir um grimório com feitiços, ao mesmo tempo em que a convence a treinar na arte da magia uma menina órfã, que ele adotou. Prestes a morrer e com a menina já adolescente, Heiter demonstra que a jovem Fern tinha se tornado uma ótima discípula e poderia acompanhá-la dali em diante. A contragosto, a elfa introspectiva aceita a companhia, que aos poucos começa a fazê-la reparar como o tempo é importante para os humanos e não deve ser desperdiçado. As duas partem para encontrar o terceiro herói, um anão guerreiro chamado Eisen, que também indica seu discípulo, o jovem medroso Stark para acompanhá-las. A partir daí, os três embarcam rumo ao Norte, refazendo os passos da jornada heroica original, que durou uma década. Pelo caminho, encontram diversas estátuas de Himmel, velhos que se lembram da lenda dos heróis e antigas ameaças, mas também novos aliados – entre eles um jovem padre que aceita acompanhá-los. O objetivo de Frieren é viajar mais uma vez ao castelo do Rei Demônio, onde descansam as almas de todos os heróis, para assim reencontrar Himmel e lhe dizer tudo o que nunca disse. A série emocionante, que equilibra drama, desenvolvimento de personagens, magia e lutas contra monstros e demônios, também inclui diversos flashbacks para a aventura original de Frieren, Himmel, Heiter e Eisen. A trama é baseada num mangá do escritor Kanehito Yamada e do artista Tsukasa Abe, lançado em 2020 e até hoje publicado no Japão. A adaptação é de Tomohiro Suzuki (“One Punch Man”) e a direção de Keiichirō Saitō (“Sonny Boy”). Com episódios semanais, disponibilizados desde setembro, a atração segue até março de 2024. PLANETA DOS ABUTRES | HBO MAX A série sci-fi animada transporta o espectador para o planeta Vesta, onde sobreviventes de um desastre espacial encontram-se em um ambiente alienígena hostil. Os episódios narram uma jornada de sobrevivência humana em meio a esse mundo exótico e perigoso, habitado por uma variedade de criaturas e recursos naturais estranhos, desde máscaras respiratórias orgânicas até sacos bioluminescentes utilizados como tochas, que desafiam a linha entre o que é considerado fauna e flora, e representam um desafio aos astronautas, determinados a escapar de suas armadilhas. A ambientação e os detalhes biológicos de Vesta são pontos de destaque, com a arte caprichada e precisa criando um ambiente surreal, por vezes belo e por vezes brutal, repleto de predadores horripilantes e ecossistemas vívidos que desafiam a compreensão humana. A produção é extremamente visual e o apuro em sua concepção evoca a arte visionária do quadrinista francês Jean Giraud (1938-2012), mais conhecido como Moebius, em vez das influências tradicionais dos animes japoneses. Com 100% de aprovação no Rotten Tomatoes, a aventura espacial criada pelos novatos Joseph Bennett e Charles Huettner, a partir de um curta original, é considerada uma das melhores sci-fis do ano. O SAMURAI DE OLHOS AZUIS | NETFLIX O anime americano narra a história de Mizu, uma samurai de olhos azuis em uma missão de vingança durante o período Edo no Japão, um momento histórico marcado pelo isolacionismo do país. Ao enfrentar o preconceito por ser mestiça, Mizu (voz de Maya Erskine, de “Obi-Wan Kenobi”) assume a identidade de um samurai masculino, ocultando não apenas sua identidade de gênero, mas também a cor única de seus olhos com o uso de óculos coloridos. Sua jornada é motivada pela busca de vingança contra os quatro homens brancos que estavam no Japão no momento de seu nascimento, um dos quais ela acredita ser seu pai. Criada pelo casal Michael Green (roteirista de “Logan”) e Amber Noizumi, a atração apresenta um elenco de vozes primoroso, que inclui Kenneth Branagh (“A Noite das Bruxas”) como Abijah Fowler, um comerciante irlandês inescrupuloso, e Masi Oka (“Heroes”) como Ringo, um jovem samurai aspirante que se torna um aliado de Mizu. Enquanto avança em sua jornada, ela encontra outros personagens que desafiam as normas sociais, incluindo a princesa Akemi (Brenda Song, de “Dollface”) e o samurai Taigen (Darren Barnet, de “Eu Nunca…”), que tem sua lealdade testada quando cruza caminhos com Mizu. O estilo de animação é notável, misturando a tradicional arte japonesa com técnicas modernas de animação 3D, que proporcionam sequências de ação altamente estilizadas e uma representação visualmente rica do Japão feudal. A direção é de Jane Wu, que estreia na função após longa carreira na animação – inclusive no vencedor do Oscar “Homem-Aranha no Aranhaverso”. WHAT IF…? | DISNEY+ A série animada em que o Vigia (voz de Jeffrey Wright) explora o multiverso retorna com novas versões alternativas dos heróis dos quadrinhos em sua 2ª temporada. As histórias exploram o que aconteceria se… Nebulosa se juntasse à Tropa Nova, Peter Quill atacasse os heróis mais poderosos da Terra, Hela encontrasse os Dez Anéis, os Vingadores se reunissem em 1602 e outras possibilidades, com direito até a uma trama natalina, focada em Happy Hogan. Um dos atrativos da produção criada por AC Bradley é o envolvimento dos atores do MCU (Universo Cinematográfico da Marvel). Alguns dos principais personagens são dublados por seus intérpretes dos filmes live-action, como Karen Gillan (Nebulosa), Chris Hemsworth (Thor), Hayley Atwell (Peggy Carter), Cate Blanchett (Hela), Elizabeth Olsen (Wanda Maximoff), Kat Dennings (Darcy Lewis) e Jon Favreau (Happy Hogan). Mas alguns protagonistas tiveram suas vozes substituídas, como Viúva Negra (Lake Bell), Capitão América (Josh Keaton) e, claro, Pantera Negra (Atandwa Kani). São ao todo 9 capítulos, que foram disponibilizados diariamente até o dia 30 de dezembro. E em breve chegam mais, porque “What If…?” já se encontra renovada para seu terceiro ano de produção e ainda ganhará a companhia de uma série derivada, “Marvel Zombies” – ainda sem previsão de lançamento. HARLEY QUINN 4 | HBO MAX Mais insana, violenta e engraçada, a primeira série animada adulta da DC chega à sua 4ª temporada com Arlequina em uma nova jornada de autoconhecimento e heroísmo. Após salvar Gotham City de uma infestação de zumbis na temporada anterior, Harley finalmente se une à Bat-Família, composta por Batgirl, Asa Noturna e Robin. No entanto, a transição de vilã para heroína não é fácil, especialmente quando a regra número um da equipe é não matar, um instinto que Harley luta para conter. Enquanto isso, Hera Venenosa, namorada de Harley/Arlequina, assume o cargo de CEO da Legião do Mal, oferecido por Lex Luthor, e agora as duas se veem em lados opostos da divisão entre heróis e vilões, tentando manter suas vidas pessoais e profissionais separadas. A série continua a dar destaque ao romance entre as duas, caprichando nos momentos de carinho e apoio mútuo, enquanto elas tentam equilibrar suas novas carreiras e o relacionamento. A série é uma criação de Justin Halpern, Patrick Schumacker e Dean Lorey, produtores da subestimada comédia da DC “Powerless”, que foram substituídos por Sarah Peters (que já era produtora-roteirista da atração) como showrunner e produtora executiva nos novos episódios. Não houve explicações para a troca, mas a 3ª temporada criou polêmica com...
Retrospectiva | As 10 melhores séries brasileiras de 2023
As séries brasileiras tiveram muitos tiros e violência em 2023, numa disputa entre crimes de ficção e investigações policiais reais. Mas também houve destaque para série teen, drama feminista, melodrama épico, biografia, o mundo do funk e outros – ou melhor, literalmente “Os Outros”. Confira a seguir as 10 melhores séries brasileiras do ano. CANGAÇO NOVO | AMAZON PRIME VIDEO Com direção ágil e personagens marcantes, a produção superou expectativas ao trazer muitas cenas de ação, com assaltos a banco, tiroteios e perseguição da polícia – há, inclusive, encenação do cerco de uma cidade ao estilo das recentes ações criminosas que batizam a série. O episódios acompanham Ubaldo, um bancário infeliz de São Paulo sem lembranças da infância, que descobre ser filho de um perigoso criminoso. Com a morte do pai, ele ganha uma herança e duas irmãs no sertão: Dilvânia, líder de bandidos que idolatram seu pai famoso, e Dinorah, única mulher em uma gangue de ladrões de banco. No sertão, ele passa a ser cultuado pela forte semelhança com o pai e é chamado a cumprir seu destino como o mítico “cangaceiro” e líder supremo da gangue. Empolgado, decide comandar criminosos, assassinos e a literalmente explodir pequenas cidades enquanto tenta manter seus valores morais sob controle. Os protagonistas são vividos por Allan Souza Lima (“A Menina que Matou os Pais”), Alice Carvalho (“Segunda Chamada”), Thainá Duarte (“Aruanas”), e o elenco ainda conta com Hermila Guedes (“Segunda Chamada”), Ricardo Blat (“Magnífica 70”), Marcélia Cartaxo (“Pacarrete”), Ênio Cavalcante (“Fim de Semana no Paraíso Selvagem”), Adélio Lima (“Carro Rei”), Joálisson Cunha (“Verdades Secretas”), Pedro Lamin (“Eu Não Peço Desculpas”), Nivaldo Nascimento (“Propriedade”), Pedro Wagner (“Serial Kelly”), Rodrigo García (“Sujeito Oculto”) e Luiz Carlos Vasconcelos (“Aruanas”). Já a produção e direção é da dupla Fábio Mendonça (“Vale dos Esquecidos”) e Aly Muritiba (“Deserto Particular”). OS OUTROS | GLOBOPLAY O drama aborda de forma contundente a escalada do ódio e intolerância entre vizinhos de um condomínio. Protagonizada por Adriana Esteves (“Medida Provisória”), Thomás Aquino (“Bacurau”), Maeve Jinkings (“Aquarius”), Milhem Cortaz (“O Lobo Atrás da Porta”), Eduardo Sterblitch (“Os Parças”) e Drica Moraes (“Sob Pressão”), a série apresenta a história de duas famílias que entram em conflito após uma briga entre seus filhos adolescentes, enquanto explora a proximidade do mal entre “pessoas de bem”. A história escrita por Lucas Paraizo, responsável também pelos roteiros de “Sob Pressão”, gira em torno de Cibele (Adriana Esteves), uma mãe superprotetora, e Amâncio (Thomas Aquino), um pai zeloso, cujo filho Marcinho (Antonio Haddad) é espancado por Rogério (Paulo Mendes), o filho de outro morador do condomínio, Wando (Milhem Cortaz). O enredo evolui de maneira surpreendentemente realista, transformando o espectador em um morador do condomínio Barra Diamond, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, conforme as tensões se intensificam entre as duas famílias. A construção dessas tensões é tão crua e imersiva que a série se torna um espelho da sociedade, obrigando o espectador a se questionar como agiria nas mesmas situações. Por trás das portas do condomínio, há ainda vários outros dramas se desenrolando, incluindo situações com a síndica Dona Lúcia (Drica Moraes), o porteiro Elvis (Rodrigo Garcia) e o vizinho Sérgio (Eduardo Sterblitch), um ex-policial com ligações sinistras. Essas histórias se cruzam a medida que o conflito central se desenrola e toma proporções absurdas, alimentando uma crescente sensação de tragédia iminente. Além de super envolvente, a série também é um convite à reflexão. FIM | GLOBOPLAY Adaptação do livro homônimo da atriz e escritora Fernanda Torres, o drama acompanha as vidas de um grupo de amigos ao longo de quatro décadas, desde a juventude até a velhice. O grupo vivencia diversos momentos marcantes ao longo dessas décadas, incluindo festas, casamentos e separações, que são apresentados em fases distintas de suas vidas, proporcionando uma visão abrangente de suas trajetórias pessoais e das mudanças ocorridas ao longo dos anos. Mas a história inicia com a morte de Ciro, interpretado por Fábio Assunção (“Desalma”), o mais admirado do grupo, que encontra seu fim sozinho em uma cama de hospital. Fernanda escreveu “Fim” durante seu tempo livre enquanto trabalhava na série “Tapas e Beijos” (2011-2015). A mudança de cinco homens no livro para cinco casais na série é uma das transformações que expandem a trama, tornando a narrativa mais rica e diversificada. Além de autora do texto original, ela é criadora da série, assina o roteiro e faz uma participação especial na trama. A direção é de Andrucha Waddington, marido de Fernanda, e Daniela Thomas, colaboradora de longa data da atriz – desde a filmagem de “Terra Estrangeira”, em 1994. O clima familiar se completa com a participação de Joaquim Waddington, filho de Torres e Waddington, que interpreta o filho de Marjorie Estiano e Fábio Assunção. Vale apontar ainda que Marjorie já trabalhou com o diretor em “Sob Pressão” e Fábio integrava o elenco de “Tapas e Beijos” ao lado de Fernanda. O elenco também conta com Emilio Dantas (“Vai na Fé”), Bruno Mazzeo (“Escolinha do Professor Raimundo”), Laila Garin (“Deserto Particular”), Thelmo Fernandes (“Todo Dia a Mesma Noite”), Débora Falabella (“Depois a Louca Sou Eu”), David Júnior (“Bom Sucesso”) e Heloisa Jorge (“How To Be a Carioca”). SINTONIA 4 | NETFLIX Produção de Kondzilla, diretor de clipes de funk e dono do canal do YouTube mais visto do Brasil, a série escrita por Guilherme Quintella (também roteirista de “Insânia”) é a série brasileira de maior audiência da Netflix. Com cenas fortes de violência e tráfico de drogas, retrata a dura realidade da vida em uma comunidade marginalizada. Ao mesmo tempo, aborda temas como amizade, lealdade, família e religião, explorando as contradições e conflitos que surgem quando esses valores entram em choque. A trama acompanha três amigos que cresceram juntos na mesma favela, influenciados pelo fascínio do funk, do tráfico de drogas e da igreja. Cada um deles transformou suas experiências em caminhos muito divergentes, mas nunca distantes demais. A 4ª temporada começa no ponto tenso em que o terceiro ano foi interrompido, com o traficante Nando (Christian Malheiros) e os amigos em meio a um fogo cruzado entre policiais e criminosos. No tiroteio que se segue, o funkeiro Doni (Jottapêe) e o próprio Nando são baleados, para desesperado de Rita (Bruna Mascarenhas). Embora tenham sobrevivido, todos sofreram consequências. No caso de Nando, sua esposa é presa pela polícia. Já Doni tem a saúde e a carreira abaladas. Mas nem Rita escapa ilesa, sofrendo forte abalo psicológico, que muda sua visão da vida. RIO CONNECTION | GLOBOPLAY Ambientada nos anos 1970, a série explora uma intricada rede de tráfico internacional estabelecida no Brasil, como uma rota estratégica para os Estados Unidos. A obra é dirigida por Mauro Lima (“Meu Nome Não É Johnny”), destacando-se por sua alta qualidade de produção e um elenco que combina talentos estrangeiros e brasileiros. A trama se aprofunda na vida de três criminosos europeus – Tommaso Buscetta (Valerio Morigi), Fernand Legros (Raphael Kahn) e Lucien Sarti (Aksel Ustun), com a presença marcante da atriz Marina Ruy Barbosa no papel de Ana Barbosa, uma cantora de boate que navega entre o glamour e os perigos associados a esse submundo de crime. Inspirada em eventos reais, a trama desenrola-se em torno do plano do famoso mafioso Tommaso Buscetta e seus comparsas para usar o Rio como base do tráfico e mergulha nos detalhes da operação criminosa, ao mesmo tempo em que explora a complexidade dos personagens, evitando retratá-los como criminosos unidimensionais e oferecendo uma visão mais humana e empática de suas vidas, apesar de suas ações sombrias. Coprodução internacional com a Sony, apesar de brasileira a série é falada em inglês. Conta com oito episódios e também inclui no elenco Nicolas Prattes, Gustavo Pace e Alexandre David, interpretando policiais brasileiros, além de Maria Casadevall, Carla Salle, Felipe Rocha e Rômulo Arantes Neto. DNA DO CRIME | NETFLIX Série brasileira mais cara da Netflix, o thriller criminal se destaca por integrar ação intensa com uma investigação detalhada. A trama é baseada em uma história real que ocorreu na América do Sul entre 2013 e 2020, e começa com um assalto bem planejado em Ciudad del Este, no Paraguai. Mais de 50 assaltantes fortemente armados usam explosivos para entrar e fugir com US$ 44 milhões da sede de uma empresa de private equity. À medida que as investigações se desdobram, com o envolvimento de agentes federais brasileiros sediados em Foz do Iguaçu, a história se aprofunda em uma complexa rede de crimes que cruza fronteiras. Os protagonistas são os agentes Benicio, interpretado por Romulo Braga (“O Rio do Desejo”), e Suellen, interpretada por Maeve Jinkings (“Os Outros”), ambos apoiados por seu chefe Rossi, vivido por Pedro Caetano (“O Escolhido”). Eles enfrentam o líder dos assaltantes, Sem Alma, interpretado por Thomas Aquino (também de “Os Outros”), num momento em que a polícia brasileira começa a usar amostras de DNA para encontrar criminosos. A descoberta de uma pista liga o roubo a outros crimes recentes e leva à revelação de um esquema ainda maior, misturando criminosos do Paraguai e do Brasil. Embora “DNA do Crime” não inove na narrativa das séries criminais, entrega ação intensa, com cenas de perseguição de carros e tiroteios reminiscentes do estilo visual de Denis Villeneuve em “Sicario”. Há também uma obsessão compartilhada com cidades de fronteira e a atmosfera especial que envolve as operações ilegais que ocorrem nesses lugares. A direção é dos cineastas Pedro Morelli (do filme “Zoom” e da série “Irmandade”) e Heitor Dhalia (do filme “Tungstênio” e da série “Arcanjo Renegado”), este último também listado como um dos criadores, ao lado do também cineasta Aly Muritiba (“Cangaço Novo”) e dos roteiristas Bernardo Barcellos (“Quero Ter 1 Milhão de Amigos”) e Leonardo Levis (“Irmandade”). BETINHO: NO FIO DA NAVALHA | GLOBOPLAY A minissérie retrata a luta do sociólogo e ativista Herbert de Souza, o Betinho, contra a fome e a miséria no Brasil. Numa militância permanente de uma existência inteira, Betinho superou uma doença crônica, a hemofilia, enfrentou tuberculose e foi contaminado com o HIV, mas sua obsessão pela vida o impulsionou a fundar o Ibase, responsável por estatísticas importantes na luta social, e o Ação da Cidadania, ONG dedicada ao combate a fome, que mudaram o Brasil. Sua trajetória exemplar foi inspiração para muitas iniciativas sociais, como o AfroReggae, fundado por José Júnior, criador da série, e chamou tanta atenção que acabou cantado por Elis Regina – ele é o “irmão do Henfil” na letra de “O Bêbedo e a Equilibrista”, que na época da canção estava exilado e impedido de voltar ao Brasil pela ditadura militar. Suas lutas se materializam na tela com interpretação de Júlio Andrade (“Sob Pressão”), acompanhado por Humberto Carrão (“Rota 66: A Polícia que Mata”) e Ravel Andrade (“Reality Z”), que é irmão de Julio na vida real, nos papéis dos irmãos de Betinho, o cartunista Henfil e o violonista Chico Mário. A mãe dos três é vivida por Marieta Severo (“A Grande Família”) na maturidade e Silvia Buarque (“Reza a Lenda”) na juventude, e o elenco ainda destaca Andréia Horta (“Elis”) no papel de Nádia Rebouças, publicitária que trabalhou com Betinho na ONG Ação da Cidadania e cunhou o slogan “quem tem fome tem pressa”. Desenvolvido pela AfroReggae Audiovisual e dirigida por André Felipe Binder (“Filhas de Eva”), a série cobre a história do Brasil dos anos 1960 aos 2000, utilizando cenas documentais para ilustrar momentos impactantes, como a repressão do golpe de 1964, a campanha pelas Diretas Já e a mobilização pelo impeachment de Collor. O detalhe é que a recriação de época é tão bem feita que pode causar confusão entre imagens factuais e encenação, como a cena em que acontece a decantada “volta do irmão do Henfil” – é Júlio Andrade e não o verdadeiro Betinho quem dá a entrevista de seu retorno do exílio. Com experiências em retratar figuras históricas, o ator, que já viveu Gonzaguinha e Paulo Coelho no cinema, incorpora Betinho de forma impressionante. A HISTÓRIA...
Retrospectiva | As 50 melhores séries internacionais de 2023
Com muita quantidade e qualidade, as séries lançadas em 2023 não cabem numa lista pequena de melhores do ano sem que se cometa grandes injustiças. A variedade também foi ampla, gerando futuros clássicos de todos os gêneros – e não apenas dos tradicionais dramas e comédia. A relação segue – mais ou menos – uma ordem de preferência e contempla apenas lançamentos disponíveis no Brasil. Confira a seguir a maratona de retrospectiva. SUCCESSION 4 | HBO MAX A temporada final atingiu 100% de aprovação da crítica, recebendo elogios rasgados, conforme define a sucessão prevista no título. Criada por Jesse Armstrong (“Fresh Meat”) e com produção do cineasta Adam McKay (“Não Olhe para Cima”), a produção acompanha as disputas de uma família pelo controle de um poderoso conglomerado de mídia – supostamente inspirada pelos herdeiros da Fox. O elenco destaca Brian Cox (“Churchill”) no papel do chefe da família Roy, um magnata que resolve reconsiderar os planos de aposentadoria diante da ganância dos filhos, que são vividos por Jeremy Strong (“Detroit em Rebelião”), Sarah Snook (“O Predestinado”), Kieran Culkin (“Scott Pilgrim Contra o Mundo”) e Alan Ruck (do clássico “Curtindo a Vida Adoidado”). De forma inesperada, o final antecipou a morte do patriarca, combinando luto com a luta pelo poder corporativo, com direito a muitas decepções. “Succession” foi um fenômeno desde sua estreia, quando impressionou o público, a crítica e ganhou o Emmy de Melhor Roteiro (vencido por Armstrong). Ao todo, a série conquistou 13 Emmys (e um total de 102 prêmios diversos), incluindo dois troféus de Melhor Série de Drama por suas 2ª e 3ª temporadas. Por conta disso, foi considerado um sucessor legítimo dos programas de prestígio da HBO, após a conclusão dos multipremiados “Game of Thrones” e “Veep”. Com seu fim, também acaba uma era no canal pago americano. RESERVATION DOGS 3 | STAR+ A série acompanha a história de adolescentes indígenas na região rural de Oklahoma, com planos para escapar da reserva após a morte de um querido amigo e conhecer a Califórnia. Na temporada final, o grupo retorna para casa depois de finalmente chegar à Califórnia, mas precisa lidar com as consequências de deixar a reserva. Aclamada pela crítica, “Reservation Dogs” foi notável por ser a primeira série a apresentar uma equipe totalmente indígena de escritores, diretores e elenco. A série foi criação do cineasta neozelandês Taika Waititi, diretor de “Thor: Amor e Trovão”, que é descendente da tribo maori, e de Sterlin Harjo, diretor-roteirista do premiado filme indie “Mekko” (2015), que tem sangue seminole e creek, e mora na região abordada pela trama. Harjo também dirige episódios e é coprodutor da atração com Waititi. Foram eles que decidiram que a 3ª temporada seria a última, por considerarem “o final perfeito para a série”. O URSO 2 | STAR+ A volta da atração premiada bateu recorde de audiência nos EUA, estabelecendo a maior estreia de uma série da FX na plataforma Hulu. Sucesso entre o público, a 2ª temporada ainda registrou uma aprovação de 99% no Rotten Tomatoes, site agregador de críticas. A comédia dramática, indicada a 13 Emmys e vencedora do troféu de Melhor Série Nova de 2022 no Spirit Awards (o Oscar independente), acompanha um premiado chef jovem de cozinha (Jeremy Allen White, de “Shameless”), que troca a cena gastronômica de Nova York pela lanchonete decadente da família em Chicago, após herdar o negócio com a morte repentina e chocante de seu irmão. A mudança é radical e completa. Superqualificado para o lugar, ele precisa superar o luto e vencer as resistências dos funcionários para fazer mudanças, já que quase todas suas tentativas para melhorar o local geram protestos e transformam a cozinha num inferno, com panelas gigantes fervendo sem parar, canos explodindo e luzes queimando nos piores momentos. A 2ª temporada começa em meio a reformas físicas e de cardápio, além da busca por novos funcionários, enquanto os planos não saem como planejado e os atritos da equipe seguem rendendo faíscas. Criada por Christopher Storer (produtor-diretor de “Ramy”), a produção também inclui em seu elenco Ebon Moss-Bachrach (“O Justiceiro”), Ayo Edebiri (“Dickinson”), Lionel Boyce (“Hap and Leonard”), Liza Colón-Zayas (“Em Terapia”), Edwin Lee Gibson (“Fargo”), Corey Hendrix (“The Chi”) e Abby Elliott (“Doze É Demais”). TRETA | NETFLIX A comédia de humor ácido gira em torno de uma discussão no trânsito, que toma proporções gigantescas e leva os protagonistas a reavaliarem suas vidas inteiras. Em sua volta às séries, após sua inesquecível saída de “The Walking Dead” em 2016, Steven Yeun vive um empreiteiro que inicia um bate-boca com a empreendedora Amy Lau (Ali Wong, de “Meu Eterno Talvez”) num estacionamento. Mas o que parece um problema corriqueiro cresce de proporção conforme eles aproveitam o incidente para descarregar todas as suas frustrações, sem pensar nas consequências dos seus atos. Criada por Lee Sung-Jin (roteirista de “Duas Garotas em Apuros”), a série caiu nas graças dos críticos por seu absurdo crescente de maldades e performances diabólicas dos protagonistas, atingindo 98% de aprovação no agregador de críticas Rotten Tomatoes. A produção é do estúdio indie A24 e conta com a direção de Jake Schreier (“Vingança Sabor Cereja”) e Hikari (“37 Segundos”). THE LAST OF US | HBO MAX Uma das séries mais caras já feitas pela HBO, a adaptação do game premiado da Naughty Dog estreou com 97% de aprovação da crítica no Rotten Tomatoes e superou a meta “impossível” de ser melhor que o próprio jogo. Ajudou muito o fato de Neil Druckmann, criador do game original, participar dos bastidores da adaptação. A série de estilo “zumbi” se passa num futuro pós-apocalíptico, depois que um fungo mortal destruiu quase toda a civilização, afetando o cérebro dos infectados, que aos poucos se tornam monstros. A trama segue o contrabandista Joel (o astro de “The Mandalorian”, Pedro Pascal), contratado para levar Ellie (Bella Ramsey, de “Game of Thrones), uma adolescente de 14 anos que se mostra resistente à infecção, de uma zona de quarentena para uma organização que trabalha para encontrar a cura da pandemia. Mas o que começa como um pequeno trabalho logo se torna uma jornada brutal e de partir o coração, conforme os dois atravessam os Estados Unidos e passam a depender cada vez mais um do outro para sobreviver. Para a adaptação, o produtor-roteirista Craig Mazin (“Chernobyl”) se juntou ao criador do game e alinhou um trio de cineastas consagrados em festivais internacionais, que assinam a direção dos episódios: o russo Kantemir Balagov (premiado no Festival de Cannes de 2019 por “Uma Mulher Alta”), a bósnia Jasmila Žbanić (de “Quo Vadis, Aida?”, drama vencedor do Spirit Award de Melhor Filme Internacional) e o iraniano Ali Abbasi (Melhor Direção da mostra Un Certain Regard do Festival de Cannes em 2018 pelo perturbador “Border”, também conhecido como “Gräns”). SILO | APPLE TV+ A sci-fi estrelada pela sueca Rebecca Ferguson (“Missão: Impossível – Efeito Fallout”) é baseada na trilogia distópica “Wool”, do escritor Hugh Howey, que se passa em um futuro arruinado e tóxico, e acompanha uma comunidade abrigada em um gigantesco silo subterrâneo com centenas de metros de profundidade. Lá, homens e mulheres vivem em uma sociedade cheia de regulamentos que eles acreditam ter o objetivo de protegê-los do inóspito mundo exterior. Ferguson interpreta Juliette, uma engenheira independente e trabalhadora do Silo que começa a questionar a situação e a ideia de que a superfície se encontra devastada, e acaba ganhando poder para investigar os que tentam manter o segredo do lugar. A adaptação do livro (lançado no Brasil com o título de “Silo”) estava em desenvolvimento desde 2012. Um ano após seu lançamento, a 20th Century Fox adquiriu os direitos da obra para realizar um filme, que deveria ser dirigido ou produzido por Ridley Scott (“Perdido em Marte”). Entretanto, o projeto nunca saiu do papel e o canal pago americano AMC entrou em cena para desenvolver uma série baseada na obra, antes de mudar de ideia e virar apenas produtor da adaptação, numa negociação com a Apple. A atração foi desenvolvida pelo roteirista-produtor Graham Yost (criador de “Justified”) e conta com direção do cineasta norueguês Morten Tyldum (“Passageiros”), responsável pelo visual cinematográfico dos episódios. O elenco grandioso também conta com David Oyelowo (“Mundo em Caos”), Iain Glen (“Game of Thrones”), Tim Robbins (“O Preço da Verdade”), Ferdinand Kingsley (“Sandman”), Shane McRae (“Alasca: Em Busca da Notícia”), Rick Gomez (“Justify”), Henry Garrett (“The Son”), Rashida Jones (“Angie Tribeca”) e o rapper Common (“Eu Nunca…”). JUSTIFIED: CIDADE PRIMITIVA | STAR+ O revival da série “Justified”, vencedora de dois Emmys e finalizada há oito anos, coloca o protagonista Rayland Givens num cenário novo. Em vez dos confins do Kentucky, o delegado cowboy interpretado por Timothy Olyphant ressurge em meio às ruas lotadas de Detroit. Além disso, é acompanhado por uma filha crescida, que se torna assediada pelo assassino que ele busca prender. A minissérie é uma adaptação do romance “City Primeval: High Noon in Detroit”, do escritor Elmore Leonard (1925–2013). Outra história de Leonard, “Fire in the Hole”, serviu como fonte para “Justified”, que durou seis temporadas, entre 2010 e 2015. Mas vale notar que a presença de Raylan Givens é uma grande licença criativa em relação à trama original de Leonard, que foi publicado em 1980 – cerca de 13 anos antes da criação literária do protagonista de “Justified”. O livro “City Primeval” gira em torno de Raymond Cruz, um detetive de homicídios de Detroit, que tenta prender o assassino de um juiz, apelidado de Oklahoma Wildman. Mas a produção televisiva trocou o protagonista, resgatando o delegado federal do Kentucky. No contexto da franquia televisiva, a atração reflete o desfecho da série original. Tendo deixado o interior de Kentucky oito anos atrás, Raylan agora vive em Miami, um anacronismo ambulante que equilibra sua vida como delegado federal e pai de uma menina de 14 anos. Seu cabelo está mais grisalho e seu chapéu está mais sujo, mas isso não parece tê-lo deixado menos rápido no gatilho. Até que um encontro casual em uma estrada desolada da Flórida acaba levando-o para Detroit, onde cruza o caminho de Clement Mansell, também conhecido como Oklahoma Wildman, um criminoso violento e sociopata que já escorregou pelos dedos da polícia de Detroit antes. O papel do vilão é desempenhado por Boyd Holbrook (“Logan”). A adaptação está a cargo de Michael Dinner e Dave Andron, que trabalharam em “Justified”, com produção de Graham Yost, criador da série original. Dinner também dirige os episódios. STAR TREK: STRANGE NEW WORLDS 2 | PARAMOUNT+ A série que serve de prólogo para a franquia “Star Trek” retorna com novas aventuras espaciais e muitas curiosidades, como o primeiro encontro entre as versões jovens do Capitão Kirk e Uhura, o relacionamento romântico entre Spock e a enfermeira Chapel, e o crossover mais inusitado da franquia, com a série animada “Star Trek: Lower Decks” – via versões live-action dos personagens da animação, interpretados por seus dubladores originais. A atração acompanha as viagens espacias do Capitão Pike (Anson Mount), ao lado de Spock (Ethan Peck) e da Número 1 (Rebecca Romijn) a bordo da nave Enterprise. E se originou como um spin-off, após o trio ter grande destaque na 2ª temporada de “Star Trek: Discovery”. Só que os personagens são muito mais antigos que qualquer série da franquia. Eles protagonizavam o piloto original de 1964, que foi reprovado e quase impediu o surgimento do fenômeno “Star Trek” – ou “Jornada nas Estrelas” no Brasil. Apenas Spock foi mantido quando a série foi reformulada, com Pike substituído pelo Capitão Kirk num novo piloto, finalmente aprovado em 1966. Apesar do descarte, os espectadores puderam ver uma prévia da tripulação original num episódio de flashback de duas partes que marcou época em 1966, com cenas recicladas do piloto rejeitado. Até que, em 2019, os produtores de “Star Trek: Discovery” resolveram resgatar aqueles personagens, levando os trekkers à loucura. Em pouco tempo, uma campanha tomou as redes sociais pedindo uma nova série focado nas aventuras perdidas da...
Estreias | “Berlim” e as novidades de streaming da semana
O Top 10 dos lançamentos de streaming da semana incluem 4 séries e 6 filmes. Os destaques episódicos são a primeira série derivada do fenômeno espanhol “La Casa de Papel” e o final de uma comédia britânica premiada, além de dois animes. Já os filmes trazem produções de comédia, drama, guerra, suspense e terror – 3 delas em VOD e 3 nas plataformas de assinatura. Confira os títulos a seguir. SÉRIES BERLIM | NETFLIX O spin-off de “La Casa de Papel” é um prólogo que acompanha Andrés de Fonollosa antes dele se tornar Berlim e, como os fãs sabem, morrer. Na trama, ele reúne uma gangue diferente para seguir outro plano infalível de assalto, desta vez envolvendo a “casa de leilões mais importante de Paris”. Desenvolvida pelo criador de “La Casa de Papel”, Álex Pina, em parceria com Esther Martínez Lobato, roteirista-produtora da série original, a produção deve atrair fãs da série original, mas muitas vezes parece uma versão inferior de “La Casa de Papel”. Além de Pedro Alonso, de volta ao papel do ladrão de joias hedonista, “Berlim” também inclui Michelle Jenner (“Isabel”) como Keila, especialista em eletrônica, Tristán Ulloa (“Fariña”) como o professor filantrópico Damián, Begoña Vargas (“Bem-vindos ao Éden”) como a instável Cameron, Julio Peña Fernández (“Através da Minha Janela”) como o dedicado Roi e o estreante Joel Sánchez como Bruce, um homem de ação implacável. Para completar, as atrizes Itziar Ituño e Najwa Nimri retornam à franquia como Raquel Murillo e Alicia Sierra, respectivamente, inspetoras que investigaram os assaltantes de “La Casa de Papel” e, conforme mostra a nova série, já perseguiam Berlim há algum tempo. O DILEMA DE SUZY 2 | GLOBOPLAY Nas comédia inglesa, Billie Piper (a eterna Rose de “Doctor Who”) vive Suzy, uma subcelebridade que tem fotos íntimas comprometedoras vazadas nas redes sociais, desencadeando uma série de eventos tumultuados em sua vida pessoal e profissional – o que a torna uma pessoa bastante odiada no Reino Unido. Na 2ª e última temporada, Suzy sofre um novo colapso mental, entra num reality de dança e consegue se destacar, mas, mesmo diante do sucesso, logo percebe que muitas pessoas ainda nutrem um forte sentimento de ódio por ela. A série é criação da própria atriz em parceria com roteirista Lucy Prebble. As duas já tinham trabalhado juntas em “Diário Secreto de uma Garota de Programa” (2007–2011). Concebida como uma espécie de especial “anti-Natal”, a 2ª temporada é composta por apenas três episódios e rendeu indicação ao BAFTA (o Oscar e o Emmy britânico) de Melhor Atriz para Piper. UNDEAD UNLUCK | STAR+ Baseado no mangá de Yoshifumi Tozuka, publicado no Japão desde 2020 – e no Brasil pela Panini – o anime acompanha dois parceiros bizarros num mundo repleto de “Negadores” – pessoas que, inexplicavelmente, negam alguma característica específica da humanidade. Os protagonistas são um homem que nega a morte (o “Undead”) e uma garota que nega a sorte (a “Unluck”). Nenhum dos dois está feliz com seus “poderes”. Andy, o Undead, só quer morrer de uma vez, cansado com a própria existência, enquanto Fuuko Izumo, a jovem Unluck, não suporta o fato de acabar com a sorte de todos que a tocam. Mas quando Fuuko se prepara para se matar, é impedida por Andy, que vê nela a chance de finalmente morrer. Ele a transforma em cobaia, buscando uma maneira de desencadear um golpe de Azar grande o suficiente para matá-lo de vez. No entanto, logo descobrem que uma organização secreta está lhes caçando, o que muda os planos drasticamente. A CONCIÉRGE POKÉMON | NETFLIX A primeira série exclusiva de Pokémon da Netflix apresenta Haru, uma funcionária recém-contratada para recepcionar pokémons num resort especializado. Nos episódios fofos, ela acaba ajudando e se tornando amiga de vários monstrinhos de bolso, mas principalmente de um Psyduck. Produzida pelo dwarf studios, a animação chama atenção principalmente por ser uma produção em stop-motion, com bonequinhos movimentados quadro a quadro para criar a ilusão de movimento. A direção é do curta-metragista Iku Ogawa e a atriz japonesa Non (“Three Sisters of Tenmasou”) dubla Haru. FILMES DINHEIRO FÁCIL VOD* A comédia conta a história real sobre como nerds manipularam o mercado de ações e ficaram ricos. O longa é dirigido por Craig Gillespie, conhecido pelo seu trabalho em “Eu, Tonya” (2017) e “Cruella” (2021), e mostra os absurdos por trás do esquema que causou um boom nas ações de uma empresa varejista. A trama acompanha Keith Gill (Paul Dano, de “Batman”), que dá início à polêmica história ao investir suas economias nas ações em queda da GameStop em 2021. Logo em seguida, ele compartilha sobre o investimento nas redes sociais e as postagens começam a viralizar. Conforme a popularidade do tópico aumenta, sua vida e a de todos que o seguem começam a ser afetadas. O que começa com uma dica de investimento se transforma em um gigantesco movimento onde todos enriquecem – até que os bilionários decidem revidar. A narrativa humorística explora as falhas do capitalismo, apresentando uma versão da clássica batalha entre Davi e Golias na era digital. Com um elenco estelar, incluindo Seth Rogen (“Pam e Tommy”) como o grande investidor que enfrenta problemas financeiros com a iniciativa dos nerds, e personagens carismáticos como o irmão desleixado de Gill, interpretado por Pete Davidson (“Morte, Morte, Morte”), a produção consegue entrelaçar humor e comentário social. Além disso, a trama é bem servida de personagens secundários, como a enfermeira vivida por America Ferrera (“Superstore”) e o caixa da GameStop interpretado por Anthony Ramos (“Transformers: O Despertar das Feras”), que trazem profundidade e humanidade à história, ressaltando o impacto coletivo do esquema de investimento. Para completar, referências culturais contemporâneas, como memes e danças do TikTok, enriquecem a narrativa. Por conta dessa estrutura e abordagem, “Dinheiro Fácil” tem sido comparado a “A Grande Aposta” (2015), outro filme que também desvenda o universo financeiro com humor, crítica e memes. Ambas as obras exploram a engenhosidade e a audácia de indivíduos incomuns no enfrentamento de gigantes financeiros, embora com tons e perspectivas distintas. Enquanto “A Grande Aposta” dissecou a crise financeira de 2008 com uma abordagem mais séria, “Dumb Money” adota uma postura mais leve ao retratar os eventos recentes da saga GameStop. Mas isso também torna o filme de Gillespie o “primo pobre” da obra de Adam McKay, vencedora do Oscar de Melhor Roteiro. NÃO ABRA! VOD* O filme de estreia do indiano Bishal Dutta chama atenção por ser um terror diferente, centrada numa adolescente índio-americana, que precisa se reconectar com suas raízes culturais para sobreviver, após se distanciar delas no ambiente predominantemente caucasiano de uma high school dos EUA. A trama ganha corpo quando uma amiga de infância de Samidha (Megan Suri) apresenta comportamento estranho relacionado a um pote de vidro que carrega, culminando em uma série de eventos sobrenaturais. O que há dentro do pote alimenta a trama: uma entidade demoníaca conhecida como Pishacha. De acordo com a mitologia hindu, este demônio se alimenta de energia negativa e carne humana. E é liberado após o pote ser quebrado. Dutta explora a temática da assimilação cultural e identidade numa narrativa que combina experiência de imigrante com terror sobrenatural. A mensagem é “não esqueça de onde você veio”, indicando que aqueles que se afastam de sua cultura nativa podem atrair ou até merecer tormentos de seus espíritos mitológicos antigos. Apesar do orçamento limitado, a obra consegue criar cenas inventivas e momentos de tensão, especialmente enquanto Pishacha é mais sugerido do que revelado. E mesmo ao cair nos clichês, não abandona sua premissa provocativa sobre a complexidade da identidade cultural e a necessidade de aceitação, que fazem de “Não Abra!” um filme que vai além do gênero de horror, tocando em questões socioculturais. THE LESSON VOD* O suspense britânico acompanha Liam Sommers (Daryl McCormack, de “Boa Sorte, Leo Grande”), um jovem escritor que vai parar na casa do renomado autor J.M. Sinclair, papel desempenhado por Richard E. Grant (“Saltburn”) e inspirado em J.D. Salinger (“O Apanhador no Campo de Centeio”). Supostamente aposentado e em luto pelo suicídio de seu filho, Sinclair é surpreendido pela chegada do jovem, contratado por sua esposa Hélène (Julie Delpy, de “Antes da Meia-Noite”) para tutorar o outro filho do casal, Bertie (Stephen McMillan, de “O Chef”), nos preparativos para o exame de admissão de Oxford. A trama se desenrola na propriedade campestre da família Sinclair, onde o jovem Liam descobre que o recluso autor está secretamente trabalhando em uma nova obra. A relação entre os dois se desenvolve sob a sombra da admiração e do mistério, com Liam tentando desvendar os segredos criativos do autor. Fascinado pelo escritor e sua obra, Liam começa a se envolver mais profundamente com os Sinclair, descobrindo verdades ocultas, enquanto Hélène começa a suspeitar da suas intenções. Primeiro longa da diretora Alice Troughton, conhecida por seu trabalho em séries de TV como “Doctor Who”, a produção é visualmente impressionante, utilizando bem as locações naturais da Alemanha, onde foi rodada. Para completar, o roteiro do estreante Alex MacKeith, embora não seja completamente original, é notável pelas suas referências literárias, musicais e cinematográficas, que se entrelaçam de maneira coesa à trama. The Lesson”, dirigido por Alice Troughton, é um thriller que narra a história de SISU – UMA HISTÓRIA DE DETERMINAÇÃO | HBO MAX Guerra, sangue e um bastardo inglório. O filme finlandês apresenta uma premissa à Tarantino que é, ao mesmo tempo, brutal e absurdamente divertida. A história se desenrola durante os últimos dias tumultuados da 2ª Guerra Mundial, colocando o ex-comando Aatami, apelidado de “o Imortal”, contra as tropas alemãs em retirada, que tiveram a infeliz ideia de roubar seu ouro, provocar seu cachorro e deixá-lo para morrer. Aatami, interpretado por Jorma Tommila (“Caçada ao Presidente”), exibe todas as características do título do filme, “Sisu”, uma palavra finlandesa que se traduz aproximadamente como coragem e determinação. A violência é gráfica e sangrenta, com Aatami transformando quase tudo em arma e a câmera sendo atingida por partes de corpo de nazistas explodidos. O elenco também apresenta Aksel Hennie (“O Paradoxo Cloverfield”) como um oficial implacável da SS nazista e Mimosa Willamo (“Deadwind”) como uma prisioneira, que se torna cada vez mais encorajada pela crescente contagem de mortes de Aatami. Por fim, o diretor responsável por desmembrar nazistas é Jalmari Helander, do cultuado terrir “Papai Noel das Cavernas” (2010). UMA FAMÍLIA EXTRAORDINÁRIA | PRIME VIDEO O drama estrelado por Kiernan Shipka (a Sabrina de “O Mundo Sombrio de Sabrina”) tem paralelos com o vencedor do Oscar “No Ritmo do Coração” (2021) ao mostrar uma complexa dinâmica familiar, em que uma jovem cuida de seus pais com deficiência mental. Entretanto, o diretor Matt Smukler revelou que a história foi inspirada por sua sobrinha e os pais dela, “e a forma como pude observá-los se entregarem ao amor mútuo”. O drama foca em Bea, interpretada por Shipka, enquanto ela enfrenta desafios da adolescência e, simultaneamente, cuida de seus pais neurodivergentes. É um enredo que dialoga com temas de amadurecimento rápido e lealdade familiar, tornando-se um ponto de reflexão sobre os múltiplos aspectos do crescimento. A pressão para Bea crescer vem de diversas frentes, incluindo um professor que a incentiva a focar em si mesma e um interesse amoroso que questiona seus motivos para cuidar de seus pais. Na trama, Bea tem de ponderar suas próprias necessidades contra as de sua família. O elenco inclui Samantha Hyde (“Atypical”) e Dash Mihok (“Ray Donovan”) como os pais, além de Charlie Plummer (“Quem É Você, Alasca?”), Alexandra Daddario (“As Bruxas Mayfair”), Jean Smart (“Hacks”), Brad Garrett (“Everybody Loves Raymond”), Jacki Weaver (“Yellostone”), Reid Scott (“Veep”) e a menina Ryan Kiera Armstrong (“Chamas da Vingança”) como a versão infantil de Bea. MEU CUNHADO É UM VAMPIRO | NETFLIX E suma nova comédia, Leandro Hassum (“Vizinhos”) interpreta Fernandinho, um pai de família que tem a vida transformada quando recebe a visita do cunhado Gregório (Rômulo Arantes Neto, de “Rio...
Estreias | Percy Jackson, Rebel Moon, Maestro, Resistência e as novidades do streaming
Os 10 destaques da semana em streaming reúnem uma oferta reduzida de séries. São apenas três indicações, incluindo o esperado lançamento de “Percy Jackson e os Olimpianos” e a volta de “What If…?”. Com sete títulos, a seleção de cinema oferece mais variedade, com superproduções sci-fi, a maior bilheteria nacional do ano, o documentário recordista de Taylor Swift e filmes que devem aparecer no Oscar 2024. Confira a seleção de novidades: SÉRIES PERCY JACKSON E OS OLIMPIANOS | DISNEY+ A franquia literária de Rick Riordan vira série após dois filmes decepcionantes na década passada. Mas desta vez acerta em cheio, ao contar com a supervisão do escritor, responsável por tornar a produção bastante fiel à sua obra. A trama gira em torno do personagem-título, um garoto de 12 anos que descobre ser um semideus, filho de um deus grego e de uma mãe humana. Percy Jackson é vivido por Walker Scobbell, revelação do filme “O Projeto Adam” (2022). Ambientada em Nova York, a série inicia com o protagonista enfrentando desafios típicos da adolescência – bullying, dislexia e TDAH – até perceber que consegue ver criaturas estranhas que outros não veem. A narrativa se desenrola rapidamente após um incidente na escola, quando Percy é atacado por sua professora que se transforma em uma Fúria. Ele é resgatado por um caneta mágica dada por outro professor, Sr. Brunner (Glynn Turman), que também não é quem parece ser, e acaba descobrindo que seu amigo Grover (Aryan Simhadri) é um sátiro encarregado de protegê-lo. Levado ao Acampamento Meio-Sangue, ele conhece outros filhos de deuses, incluindo Jason Mantzoukas como Dionísio, diretor do acampamento, e Annabeth (Leah Sava Jeffries), filha de Atena, que se torna uma importante aliada. A trama é impulsionada pela busca do raio de Zeus, levando Percy e seus amigos em uma jornada épica, repleta de desafios mitológicos e criaturas perigosas. Sob a direção de James Bobin (“Alice Através do Espelho”), a narrativa se destaca por oferecer uma visão realista das crianças, equilibrando a aventura com as inseguranças típicas da idade. A produção está a cargo de Jon Steinberg (“The Old Man”) e Riordan, e o elenco também conta com Megan Mullally (“Will & Grace”), Glynn Turman (“A Voz Suprema do Blues”), Jason Mantzoukas (“The Good Place”), Virginia Kull (“NOS4A2”), Timm Sharp (“Juntos Mas Separados”), Lin-Manuel Miranda (“Em um Bairro de Nova York”), Toby Stephens (“Perdidos no Espaço”) e o falecido Lance Reddick (“John Wick”). A CRIATURA DE GYEONGSEONG | NETFLIX mbientada na primavera de 1945, na cidade de Gyeongseong, a nova série sobrenatural reúne dois dos maiores astros da Coreia do Sul, Park Seo-joon (em cartaz em “As Marvels”) e Han So-hee (“My Name”), que se unem pela primeira vez num mesmo projeto. Ele interpreta o homem mais rico de Gyeongseong e proprietário de uma casa de penhores, enquanto ela vive uma detetive famosa por sua capacidade de rastrear qualquer pessoa, até mesmo os mortos. Ambos se cruzam na investigação de casos de desaparecidos, que leva ao hospital onde estranhas experiências são criadas em laboratório. Mas uma vez no interior da instituição, os dois precisão lutar para sobreviver ao se depararem com uma criatura “nascida da ganância humana”. Escrita por Kang Eun-kyung (“Dr. Romântico”) e dirigida por Jeong Dong-yun (“Tudo Bem Não Ser Normal”), a atração combina ação, melodrama e terror, e também traz em seu elenco Wi Ha-joon (“Round 6”), Claudia Kim (“A Torre Negra”), Kim Hae-sook (“A Criada”), Jo Han-chul (“Alerta Vermelho”) e Ji Woo (“Estranhos Íntimos”). Dividida em duas partes, a série conclui com uma segunda leva de episódios em 5 de janeiro. WHAT IF…? | DISNEY+ A série animada em que o Vigia (voz de Jeffrey Wright) explora o multiverso retorna com novas versões alternativas dos heróis dos quadrinhos em sua 2ª temporada. As histórias exploram o que aconteceria se… Nebulosa se juntasse à Tropa Nova, Peter Quill atacasse os heróis mais poderosos da Terra, Hela encontrasse os Dez Anéis, os Vingadores se reunissem em 1602 e outras possibilidades, com direito até a uma trama natalina, focada em Happy Hogan. Um dos atrativos da produção criada por AC Bradley é o envolvimento dos atores do MCU (Universo Cinematográfico da Marvel). Alguns dos principais personagens são dublados por seus intérpretes dos filmes live-action, como Karen Gillan (Nebulosa) Hayley Atwell (Peggy Carter), Cate Blanchett (Hela), Elizabeth Olsen (Wanda Maximoff), Kat Dennings (Darcy Lewis) e Jon Favreau (Happy Hogan). Mas alguns protagonistas tiveram suas vozes substituídas, como Viúva Negra (Lake Bell), Capitão América (Josh Keaton) e, claro, Pantera Negra (que não teve seu intérprete revelado até o momento). São ao todo 9 capítulos, disponibilizados diariamente até o dia 30 de dezembro. E em breve chegam mais, porque “What If…?” já se encontra renovada para seu terceiro ano de produção e ainda ganhará a companhia de uma série derivada, “Marvel Zombies” – ainda sem previsão de lançamento. FILMES SALTBURN | PRIME VIDEO Escrito e dirigido pela vencedora do Oscar Emerald Fennell (“Bela Vingança”), o thriller aristo-gótico mergulha nas complexidades e prazeres ocultos das classes altas da Inglaterra. Situado entre os ambientes elitistas da Universidade de Oxford e a propriedade que dá nome ao filme, a narrativa segue Oliver Quick (interpretado por Barry Keoghan, de “Eternos”), um estudante bolsista de Oxford, que se encontra em um mundo de privilégios e riqueza após ser convidado a passar o verão na mansão de campo Saltburn, propriedade da família de um colega de aula carismático e rico, Felix Catton (Jacob Elordi). Este cenário pitoresco se torna o palco para uma série de eventos que desencadeiam obsessão, ressentimento e vingança. A história de “Saltburn” é uma viagem através da consciência de classe, envolvendo o espectador em uma sátira vívida de “Brideshead Revisited”, com referências à cultura pop dos anos 2000. Oliver entra neste mundo de riqueza e influência, fascinado e ao mesmo tempo deslocado. Ele rapidamente se torna o favorito de Felix, o que gera tensão e inveja entre os outros membros da elite. A estadia em Saltburn revela segredos e verdades ocultas sobre a família Catton, enquanto ele luta para manter sua identidade e moralidade em meio a um ambiente de indulgência e extravagância. Barry Keoghan oferece uma atuação marcante, com um desempenho que equilibra inocência e astúcia. Seu relacionamento com Felix é o coração da trama, explorando temas de obsessão, desejo e manipulação. A cinematografia de Linus Sandgren e a direção de arte de Suzie Davies criam um visual deslumbrante que complementa a narrativa, enquanto performances de destaque de Rosamund Pike (“A Roda do Tempo”), Richard E. Grant (“Loki”) e outros adicionam profundidade e humor ao filme. “Saltburn” se estabelece como uma análise astuta e estilizada das dinâmicas de poder e divisões sociais, marcando mais um sucesso na carreira de Fennell. MAESTRO | NETFLIX Bradley Cooper volta ao mundo da música após o sucesso de “Nasce uma Estrela”, em seu segundo filme como diretor. Desta vez, porém, a trama é biográfica, debruçando-se sobre a figura complexa de Leonard Bernstein, um renomado compositor e maestro americano – mais conhecido pelos brasileiros como o autor da trilha do musical “Amor, Sublime Amor”. Também intérprete do protagonista (com um notável nariz postiço), Cooper opta por uma abordagem não linear, contando a história de Bernstein através de uma série de vinhetas que cobrem diferentes períodos de sua vida. Outro aspecto distintivo da estrutura narrativa é o uso criativo da cor. As cenas iniciais são apresentadas em preto e branco, evocando a estética de fotografias antigas e filmes clássicos, o que confere às imagens um ar nostálgico e histórico. À medida que a história avança, o filme introduz cores, sinalizando mudanças temporais e emocionais na vida de Bernstein. Essa transição é usada de maneira eficaz para destacar a evolução dos personagens e dos tempos. O drama começa com Bernstein em seus anos finais, refletindo sobre sua vida e carreira, o que permite que o filme mergulhe em flashbacks de momentos cruciais de sua trajetória. Essas cenas, que vão desde sua estreia surpreendente na Filarmônica de Nova York até os problemas de seu casamento com Felicia Montealegre, facilitam a exploração tanto dos triunfos quanto dos desafios enfrentados pelo maestro e compositor. Boa parte do enredo se concentra na relação de Bernstein com sua esposa (interpretada por Carey Mulligan, de “Bela Vingança”), que abrange várias décadas, revelando as nuances de um relacionamento marcado pela admiração mútua, mas também por obstáculos decorrentes da sexualidade do compositor e de sua natureza artística expansiva. Mulligan entrega uma performance notável, capturando a evolução da personagem ao longo dos anos. Além disso, o filme utiliza a música para ilustrar os momentos pessoais intensos do protagonista, integrando performances musicais ao enredo de forma orgânica para celebrar a genialidade musical de Bernstein. ACAMPAMENTO DE TEATRO | STAR+ A comédia maluca sobre teatro infantil se passa num acampamento de verão onde monitores criativos, apaixonados e um pouco desequilibrados se juntam durante as férias escolares para ensinar teatro a uma nova turma de crianças. Porém, quando a fundadora do acampamento entra em coma, seu filho desinformado e pretensioso decide entrar em ação para salvar o local da falência, mesmo sem saber nada sobre teatro. Trabalhando em conjunto com os monitores do acampamento e professores excêntricos, ele lança uma missão desafiadora: criar uma peça de teatro genial em apenas três semanas com crianças completamente inexperientes. O filme é baseado num curta de 2020 da atriz Molly Gordon (“O Urso”) e do diretor de clipes Nick Lieberman, casal que faz sua estreia como cineastas na versão ampliada da trama. Além de escrever e dirigir com o namorado, Molly Gordon também estrela “Theater Camp” junto com Jimmy Tatro (“Economia Doméstica”), Ben Platt (“Querido Evan Hansen”), Ayo Edebiri (“O Urso”), Noah Galvin (“The Good Doctor”) e Amy Sedaris (“Ghosted: Sem Resposta”). O elenco e os diretores venceram um prêmio especial (Melhor Conjunto) no Festival de Sundance, durante sua première em janeiro passado, ocasião em que o filme foi coberto de elogios pela crítica e atingiu 86% de aprovação no agregador Rotten Tomatoes. RESISTÊNCIA | STAR+ A nova sci-fi de Gareth Edwards, diretor de “Godzilla” (2014) e “Rogue One: Uma História Star Wars” (2016), é um thriller de ação passado num futuro distópico, marcado pela guerra entre a humanidade e a inteligência artificial (IA). Com efeitos visuais de ponta, o longa se passa após um atentado que fez os EUA banirem todas as IA e acompanha o agente militar Joshua, interpretado por John David Washington (“Tenet”), em uma missão de invasão na Nova Ásia, região onde as IAs ainda são legais, para caçar e matar o Criador, arquiteto elusivo de uma IA avançada com o poder de encerrar as guerras e a própria humanidade. Só que a arma que ele recebeu instruções para eliminar é, na verdade, uma IA com forma de criança. Diante da descoberta – e de alguma reflexão – , ele surpreende ao mudar de lado, enfrentando desafios arriscados para proteger a jovem androide daqueles que querem destruí-la. A obra foi muito elogiada por sua abordagem ambiciosa num gênero frequentemente dominado por sequências e remakes. A narrativa não explora apenas a guerra entre humanos e IA, mas também mergulha em questões éticas e filosóficas, o que rendeu comparações a obras icônicas de ficção científica. De fato, a trama lembra vários outros filmes, evocando desde produções sobre a Guerra do Vietnã (como “Apocalypse Now”) até sci-fis sobre IAs (“IA”) e androides (“Blade Runner”). O roteiro original foi escrito por Edwards e Chris Weitz (também de “Rogue One”) e o elenco ainda conta com Gemma Chan (“Eternos”), Ken Watanabe (“A Origem”), Sturgill Simpson (“Dog: A Aventura de Uma Vida”), Allison Janney (vencedora do Oscar por “Eu, Tonya”) e a atriz mirim estreante Madeleine Yuna Voyles. REBEL MOON – PARTE 1: A MENINA DE FOGO | NETFLIX Zack Snyder, um diretor cujo trabalho frequentemente divide opiniões, conseguiu unanimidade com seu novo longa. A crítica internacional odiou de forma unificada – a aprovação é de apenas 25% no Rotten...
Bil Araújo estreará como ator em filme da Prime Video
Bil Araújo está prestes a entrar na lista dos famosos que trocaram de carreira. Em 2024, o ex-BBB antigamente conhecido como Arcrebiano fará sua estreia como ator ao lado de Humberto Martins no filme “Julieta e Romeu, Um Sonho Carioca”, da Amazon Prime Video. Em entrevista à revista Caras, Bil falou como tem sido as expectativas para a grande estreia nas telinhas: “Acho que temos que estar preparados para tudo e aproveitar esses ganchos. Por ser figura pública, nós temos que estar preparados para as oportunidades que aparecem para nós. Está sendo uma experiência muito positiva e estou ansioso para que o público possa ver o resultado”, ele declarou. O ex-BBB também contou que tem se dedicado aos estudos como ator e que precisou passar por testes para saber se estava apto antes de encarar a jornada. “Eu fui convidado através do João Ferreira que já atua e através dele conheci o Bruno Pereira, diretor do filme, mas também precisei passar por testes de atuação, passei por alguns processos antes de entrar definitivamente no elenco”, detalhou Bil. “Está sendo uma oportunidade incrível, ainda mais pelo filme ser dirigido pelo Bruno Pereira, que já esteve em produções de grandes novelas e filmes do nosso cinema nacional”, acrescentou o ex-BBB, que está se preparando para as cenas com Humberto Martins no final de janeiro. “[Ele] é uma grande referência de atuação, sou muito fã do trabalho dele e já acompanhei diversos projetos. Sem dúvidas, vai ser uma honra contracenar com ele, ainda mais nesse meu início na atuação.” Medo de hater? Bil Araújo afirmou que está pronto para lidar com as possíveis críticas que receberá pelo novo trabalho, assim como aconteceu com outros famosos que entraram na área da atuação. “Desde quando vim ao mundo as críticas são sempre bem vindas, ela que nos deixa mais forte”, ele garantiu. “Às vezes é bom ouvir críticas porque cada dia mais nossa inteligência emocional se torna mais blindada e, trabalhando com a internet, eu já sei lidar muito bem com isso. Lógico, sempre tem aquelas comentários maldosos e sem fundamento, mas está tudo bem”, finalizou.
Ator de “Elite” vira herói mascarado no trailer de “Zorro”
A Prime Video divulgou o pôster e o teaser de “Zorro”, nova série sobre um dos mais famosos heróis da ficção. A prévia mostra Miguel Bernardeau (“Elite”) com a máscara do herói de capa e espada, em cenas de esgrima e também lutas corporais, com direito a algumas referências à Batman (que Zorro inspirou nos quadrinhos). Bernardeau vai interpretar Diego de la Vega, um herdeiro rico de terras que à noite se disfarça para virar o herói mascarado do povo, enfrentando a tirania de um governo corrupto. Na atração, ele vai contracenar com a mexicana Renata Notni, conhecida por outra série da Netflix, “A Vingança das Juanas”, que tem o papel de Lolita Marquez, o amor de sua juventude. Detalhes da produção Desenvolvida pelo roteirista espanhol Carlos Portela (de “As Telefonistas”), a produção promete trazer uma versão moderna do herói, mas passada no período de sempre, o início dos anos 1800, em Monterey, na Califórnia mexicana. As gravações aconteceram nas Ilhas Canárias, na Espanha, sob direção de Javier Quintas, que trabalhou em “Sky Rojo” e “La Casa de Papel”, e o elenco ainda inclui Rodolfo Sancho (“Os Herdeiros da Terra”), Luis Tosar (“Até o Céu”), Fele Martínez (“Machos Alfa”) e Elia Galera (“El Cid”).
Expats | Filho de Nicole Kidman desaparece em trailer de minissérie
A plataforma Prime Video divulgou o pôster e o trailer de “Expats”, nova minissérie dramática estrelada por Nicole Kidman (“Apresentando os Ricardos”). A prévia mostra a personagem vivida pela atriz lidando com uma tragédia: o desaparecimento do filho durante um passeio pelas ruas movimentadas de Hong Kong. Na trama, ela vive com o marido (Brian Tee de “Chicago Med”) na cidade chinesa e, mesmo mergulhando na depressão com o sumiço da criança, recusa-se a ir embora na esperança de voltar a encontrá-lo. Sua vida se entrelaça com outras mulheres que também atravessam dificuldades, como a amiga que percebe o fim do casamento se aproximar, uma jovem que quer reiniciar a vida aos 24 anos e a empregada a quem chama de família, todas conectadas através da tragédia. A atração é criada, escrita, dirigida e produzida por Lulu Wang, cineasta premiada de “A Despedida” (2019), e o elenco ainda inclui Sarayu Blue (“Never Have I Ever”), Ji-young Yoo (“The Sky Is Everywhere”), a estreante Amelyn Pardenilla, Jack Huston (“Casa Gucci”), Tiana Gowen (“True Love Blooms”), Bodhi del Rosario (“Station 19”) e Blessing Mokgohloa (“Cowboy Bebop”). A estreia está marcada para 26 de janeiro.
MGM+ chega ao Brasil em janeiro
O Brasil vai ganhar mais uma plataforma de streaming em 2024. A MGM+ fechou acordo com a Lionsgate para um acordo de licenciamento de conteúdo, visando sua chegada na América Latina. A plataforma vai começar a operar em janeiro e, além de suas próprias produções, terá o catálogo da Lionsgate+, que saiu do mercado brasileiro neste mês. Assim, séries consagradas como “The Great”, “Spartacus”, “Normal People”, “Castle Rock”, “Ash Vs. Evil Dead”, “Power” e a licenciada “As Bruxas Mayfair” continuarão a existir oficialmente no Brasil. Além disso, a plataforma contará com suas próprias atrações, que nos EUA incluem o terror “A Origem” (disponível por aqui na Globoplay), a sci-fi “Beacon 23” e o western “Billy the Kid”, além de duas séries derivadas dos quadrinhos do Homem-Aranha, atualmente em produção. Em comunicado, o vice-presidente de estratégia corporativa da Prime Video Studios, Chris Brearton, disse que “a expansão da MGM+ no mercado latino-americano consolida ainda mais o compromisso da Amazon de investir e expandir a marca MGM+”. Segundo a assessoria do Prime Video, o novo serviço estará disponível para quem já assina o Lionsgate+ através do Prime Video Channels. A assinatura solo custará R$ 14,90 mensais. A Amazon comprou a MGM em 2021 por US$ 8,45 bilhões e optou por manter uma plataforma exclusiva para seu catálogo – que inclui a franquia “007” e vários clássicos de Hollywood.
Estreias | Fim de “The Crown”, “Yu Yu Hakushu”, “Nosso Sonho”, “Barbie” e “Fuga das Galinhas 2” chegam ao streaming
Os destaques de streaming da semana contabilizam 5 séries e 10 filmes, com os conteúdos cinematográficos divididos entre 5 lançamentos de serviços de assinatura e 5 estreias de VOD para locação digital. Entre os títulos selecionados, incluem-se os episódios finais da premiada “The Crown”, a estreia de “Yu Yu Hakushu”, o longa inédito “Fuga das Galinhas: Ameaça dos Nuggets”, a chegada de “Barbie” à HBO Max e sucessos do cinema como “Five Nights at Freddy’s” e “Nosso Sonho” em VOD. As novidades também incluem uma plataforma nova, Universal+, que desembarca no Brasil numa parceria com a Vivo TV+ (e disponível apenas para assinantes desse serviço). O Top 15 selecionado pode ser conferido a seguir com maiores detalhes. SÉRIES YU YU HAKUSHO | NETFLIX A série live-action baseada no mangá de mesmo nome acompanha o aliciamento e treinamento de um jovem chamado Yusuke, após morrer e receber a proposta de voltar à vida como um detetive do sobrenatural. Criado por Yoshihiro Togashi (mesmo autor de “Hunter x Hunter”) em 1990, a publicação original foi editada até 1994, mas continuou popular graças ao anime da Toei Animation da mesma época, que além dos episódios exibidos de 1992 a 1995, também gerou dois longas-metragens derivados e séries de OVA (lançadas diretamente em vídeo) – a mais recente é de 2016. A trama segue Yusuke Urameshi, um adolescente delinquente que, após perder a vida em um ato de heroísmo, recebe uma segunda chance de viver como um “Detetive Espiritual”. Neste papel, Yusuke investiga vários casos envolvendo demônios e fantasmas no mundo humano, além de encontrar diversos personagens distintos, inclusive o vilão Toguro, antagonista dos primeiros episódios. Assim como fez com o sucesso “One Piece”, a Netflix decidiu contar a história do mangá desde o começo, antes de chegar à saga do Torneio das Trevas — ponto alto do anime. A produção é de Kaata Sakamoto e Akira Morii, dupla responsável por outra adaptação de anime bem-sucedido da Netflix, “Alice in Borderland”. Já o elenco destaca Takumi Kitamura (“Tokio Revengers 2”) como Yusuke, além de Shuhei Uesugi (“Seguidores”), Kanata Hongo (“Fullmetal Alchemist: A Alquimia Final”), Sei Shiraishi (“Girl Gun Lady”) e Jun Shison (“O Deus do Cinema”). THE CROWN 6 – PARTE 2 | NETFLIX Os seis episódios finais giram em torno da Rainha Elizabeth II, interpretada por Imelda Staunton, enquanto ela luta contra o impacto negativo causado pela morte de Diana, que reforçou a impressão de que a família real perdeu o contato com a população do país. Na despedida da série que começou com sua coroação, Elizabeth reflete sobre seu reinado como a monarca mais antiga da história e a vida que deixou de lado para se tornar rainha – com direito à flashbacks de sua juventude. A prévia também destaca a relação do Príncipe William com seu pai, o então Príncipe Charles (Dominic West), e o começo de seu relacionamento com Kate Middleton, dando início a um novo “conto de fadas” na realeza. A história abrangerá os anos de 1997 a 2005. Nesta fase, Ed McVey, Luther Ford e Meg Bellamy se juntam ao elenco, interpretando os príncipes William, Harry e Kate Middleton, respectivamente. O elenco também inclui Jonathan Pryce (“The Crown”) como Príncipe Philip, Lesley Manville (“Trama Fantasma”) como Princesa Margaret, Olivia Williams (“Meu Pai”) como Camilla Parker Bowles, Claudia Harrison (“Humans”) como a Princesa Anne e Bertie Carvel (“A Tragédia de Macbeth”) como o Primeiro Ministro Tony Blair. REACHER 2 | PRIME VIDEO A 2ª temporada traz o fortão Jack Reacher lutando para proteger os membros de sua antiga unidade do Exército dos EUA, quando eles começam a ser caçados por um assassino. Baseado em “Má Sorte e Problemas”, o 11º livro da série best-seller de Lee Child, os novos episódios trazem o veterano investigador da polícia militar, interpretado por Alan Ritchson, recebendo a informação de que os membros do batalhão de Investigações Especiais, sua antiga unidade do Exército dos EUA, estão sendo misteriosa e brutalmente assassinados. Encerrando seu estilo de vida errante, Reacher volta a se reunir com três de seus ex-companheiros de equipe, vividos por Maria Sten (“Monstro do Pântano”), Serinda Swan (“Inumanos”) e Shaun Sipos (“Krypton”), para ligar os pontos em um mistério onde os riscos aumentam a cada passo e levantar questões sobre quem os traiu – e quem morrerá em seguida. O elenco também inclui Ferdinand Kingsley (“Silo”) como um mercenário conhecido como “fantasma”, Robert Patrick (“Pacificador”) como o chefe de segurança de uma empresa privada de defesa com histórico questionável, e Domenick Lombardozzi (“Tulsa King”) como um detetive durão da polícia de Nova York. A série foi desenvolvida por Nick Santora (criador de “Scorpion”) e ainda conta com a participação do cineasta Christopher McQuarrie, que dirigiu os filmes do personagem (estrelados por Tom Cruise), como produtor. POKER FACE | UNIVERSAL+ A única série inédita da mais nova plataforma de streaming do país é a primeira atração televisiva criada por Rian Johnson, o cineasta de “Star Wars: Os Últimos Jedi” e “Entre Facas e Segredos”. Além de ter concebido a série, Johnson escreveu os roteiros, dirigiu os episódios e assina a produção, que é estrelada por Natasha Lyonne (de “Orange Is the New Black” e “Boneca Russa”) no papel de uma detetive particular excêntrica, chamada Charlie Cale. Ela está em fuga de um criminoso perigoso (Benjamin Bratt, de “Star”) e, a cada parada de sua jornada, depara-se com uma “galeria de personagens desonestos” diferente, sentindo-se compelida a corrigir injustiças quando seu superpoder secreto dispara – uma habilidade extraordinária de determinar se alguém está mentindo. O elenco grandioso de suspeitos, vítimas e testemunhas da 1ª temporada inclui Simon Helberg (em sua primeira série desde o final de “The Big Bang Theory”), Jameela Jamil (“Mulher-Hulk”), Joseph Gordon-Levitt (“Super Pumped: The Battle for Uber”), Chloë Sevigny (“Os Mortos Não Morrem”), Dascha Polanco (“Orange Is the New Black”), Lil Rel Howery (“Free Guy”), Adrien Brody (“A Crônica Francesa”), Stephanie Hsu (“Maravilhosa Sra. Maisel”), David Castañeda (“The Umbrella Academy”), Nicholas Cirillo (“Outer Banks”), Tim Meadows (“Os Goldbergs”), Niall Cunningham (“Life in Pieces”) e Ellen Barkin (“Animal Kingdom”). Sucesso de público e crítica nos EUA, a atração encontra-se renovada para a 2ª temporada. CAROL E O FIM DO MUNDO | NETFLIX A animação adulta se passa dias antes do apocalipse. Com um planeta misterioso avançando em direção à Terra, a extinção é iminente e inevitável. Enquanto a maioria da população pede demissão para perseguir os seus sonhos mais loucos, uma mulher quieta e sempre desconfortável se vê sozinha e perdida entre as massas hedonistas. Tudo o que Carol quer é continuar sua rotina. Entretanto, todos a sua volta querem que ela busque o sentido de sua existência. A série é criação de Dan Guterman (roteirista de “Community” e “Rick & Morty”), que a descreve como “uma carta de amor à rotina”, onde a protagonista serve de metáfora para o conforto da monotonia. Uma comédia animada e existencial sobre os rituais diários que preenchem as lacunas que constituem uma vida, enquanto todas as vidas se prepararam para acabar. A atriz Martha Kelly (“Baskets”) dupla a personagem principal na versão original em inglês. FILMES BARBIE | HBO MAX A maior bilheteria de cinema do ano chega à HBO Max na mesma semana em que liderou as indicações aos prêmios Globo de Ouro e Critics Choice. Sucesso de público e crítica, a comédia inspirada de Greta Gerwig (“Adoráveis Mulheres”) reinventa a icônica boneca como uma figura filosófica que enfrenta uma crise existencial no mundo idealizado e rosa das bonecas perfeitas. Margot Robbie (“O Esquadrão Suicida”) tem o papel da Barbie Estereotipada que, após uma festa na casa de praia, começa a questionar a perfeição de sua existência, embarcando numa jornada de autodescoberta. No mundo de Barbie, tudo é pré-definido para funcionar perfeitamente: as Barbies ocupam todos os possíveis cargos de trabalho, de juízas do Supremo Tribunal a cientistas, enquanto os Kens, incluindo o Ken Estereotipado interpretado por Ryan Gosling (“La La Land”), existem apenas para servir às suas contrapartes femininas. Quando a Barbie principal percebe que algo está errado – seu café da manhã queima, o leite está vencido, e seus pés arqueados se tornam chatos – ela busca a ajuda da Barbie Estranha, interpretada por Kate McKinnon (“Caça-Fantasmas”), que a manda ao mundo real em busca da garota que possui sua versão da boneca. Ao chegar lá na companhia de Ken (Ryan Gosling), Barbie enfrenta a realidade de uma sociedade ainda desequilibrada em relação aos direitos e papéis de gênero. E sem saber influencia Ken a realizar um golpe de estado na Barbilândia. A obra aborda de forma bem humorada e ao mesmo tempo séria questões de feminismo e patriarcado. Gerwig e seu Ken da vida real, o co-roteirista e marido Noah Baumbach, criam uma narrativa que diverte enquanto provoca reflexão. Reforçado por um elenco estelar – Will Ferrell (“Pai em Dose Dupla”), Helen Mirren (“A Rainha”), Simu Liu (“Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”), Alexandra Shipp (“X-Men: Fênix Negra”), Kingsley Ben-Adir (“Invasão Secreta”), Emma Mackey (“Sex Education”), Michael Cera (“Scott Pilgrim Contra o Mundo”), Issa Rae (“Insecure”), Ncuti Gatwa (“Sex Education”) e até a cantora Dua Lipa – , o filme questiona identidade, estruturas sociais e sexismo, provando que histórias importantes e inspiradoras podem surgir das franquias mais improváveis. FUGA DAS GALINHAS: A AMEAÇA DOS NUGGETS | NETFLIX A continuação da animação clássica “A Fuga das Galinhas” (2000) mostra uma inversão na trama. Grande sucesso de crítica e maior bilheteria de uma animação em stop-motion de todos os tempos, “A Fuga das Galinhas” contava a história de um grupo de galinhas que tentava fugir de uma granja para não virar torta. Na continuação, os protagonistas Rocky e Ginger agora vivem em um santuário longe dos humanos e tem uma filha, Molly. Tudo vai bem até que a adolescente rebelde resolve desafiar os pais e conhecer o mundo fora de sua ilha, onde acaba aprisionada e enviada para a nova versão da terrível granja da Sra. Tweedy, agora especializada em nuggets. Com isso, Ginger é forçada a colocar as galinhas de volta à ação, desta vez não para fugir, mas para invadir a granja. O primeiro longa foi assinado pelos lendários inovadores do stop-motion da Aardman, Peter Lord (“Piratas Pirados!”) e Nick Park (“Wallace & Gromit: A Batalha dos Vegetais”), que agora trabalham apenas como produtores. A direção do novo longa é de Sam Fell (“ParaNorman”), que estreia no estúdio britânico Aardman após brilhar no americano Laika – os dois estúdios são os mais proeminentes da animação stop-motion em todo o mundo. Sem os dubladores originais, que incluíam Julia Sawalha (“Absolutely Fabulous”) e Mel Gibson (“Coração Valente”), as vozes de Ginger e Rocky são dubladas em inglês por Thandiwe Newton (“Westworld”) e Zachary Levi (“Shazam!”), enquanto a filha do casal tem a voz de Bella Ramsey (“Last of Us”). Apenas a Sra. Tweedy, que retorna com novo visual rejuvenescido, mantém sua velha voz, dublada por Miranda Richardson (da franquia “Harry Potter”) como no primeiro longa. SUNDOWN | PARAMOUNT+ Em seu segundo filme em inglês, o mexicano Michel Franco volta a trabalhar com o ator inglês Tim Roth (“Os Oito Odiados”), a quem já tinha dirigido em “Chronic”, lançado em 2015. A trama acompanha uma família rica em férias no litoral mexicano. Em meio à viagem relaxante, eles se veem obrigados a retornar para casa devido a uma situação urgente, mas o protagonista Neil, interpretado por Roth, finge perder seu passaporte para permanecer. E logo deixa claro sua relutância em se reunir com a família, apesar das preocupações contínuas expressas por sua irmã Alice (a francesa Charlotte Gainsbourg, de “Ninfomaníaca”). O enredo se desenvolve em torno das decisões de Neil e das consequências de sua escolha em permanecer em Acapulco. Ele inicia um relacionamento casual com uma mulher local, Berenice (a mexicana Iazua Larios, de “Apocalypto”), e se entrega a uma rotina tranquila na praia. Mas enquanto o público é convidado a refletir sobre as...
“Belas Maldições” é renovada para 3ª e última temporada
A plataforma Prime Video renovou “Belas Maldições” (Good Omens) para uma 3ª e última temporada. Inicialmente concebida como minissérie, a atração é baseada no livro homônimo de Neil Gaiman e do falecido Terry Pratchett. Apesar de toda a história ter sido contada no lançamento de 2019, a atração fez tanto sucesso que Gaiman aceitou produzir uma história original para a gravação de uma 2ª temporada. Agora, a 3ª temporada vai seguir a mesma condição. A trama inicial acompanhou a aliança relutante entre o anjo Crowley e om demônio Aziraphale, vividos por Michael Sheen (“Masters of Sex”) e David Tennant (“Doctor Who”), que se tornaram amigos após séculos de interação em lados opostos e decidem se juntar para impedir o apocalipse. Na 2ª temporada, eles voltam a se juntar para lidar com um problema envolvendo o sumiço do arcanjo Gabriel (Jon Hamm, de “Mad Men”). Agora, terão que superar novas divergências para lidar com outra tentativa de acabar com o mundo. Em declaração oficial, Neil Gaiman adiantou qual será a premissa para os episódios finais: “Estou feliz de finalmente poder terminar a história que Terry e eu bolamos em 1989 e em 2006. Terry estava determinado que, se levássemos ‘Belas Maldições’ para a televisão, poderíamos levar a história até o fim. A 1ª temporada foi sobre evitar o Armageddon, perigosas profecias, e o fim do mundo. A 2ª temporada foi doce e gentil, apesar de poder ter terminado menos alegre do que um certo Anjo e um Demônio teriam esperado. Agora, na 3ª temporada, vamos lidar mais uma vez com o fim do mundo. Os planos para o Armageddon estão dando errado. Só Crowley e Aziraphale trabalhando juntos podem consertar. E eles não estão se falando.” Ainda não há previsão de estreia para os novos episódios.
As 10 melhores séries lançadas em novembro
O mês de novembro trouxe muitas séries novas e ainda retomou algumas tramas favoritas do público e crítica. O Top 10 dos melhores lançamentos do período inclui sci-fi, mistério, animação, monstros gigantes, super-heróis, drama LGBTQIA+, espionagem, comédia e duas produções criminais brasileiras. A lista é uma forma de lembrar aos leitores os destaques em meio à avalanche de conteúdo das plataformas – já que alguns títulos podem passar batidos diante da quantidade de opções. Confira a seguir os novos hits e as descobertas que merecem atenção na fila do streaming. UM ASSASSINATO NO FIM DO MUNDO | STAR+ A nova série de mistério de Brit Marling e Zal Batmanglij (a dupla criativa de “The OA”) mescla serial killer, mudança climática e avanços tecnológicos. O elenco é encabeçado por Emma Corrin (“The Crown”), que interpreta Darby Hart, uma detetive amadora e escritora, que se desdobra na narrativa em duas linhas temporais. Em flashbacks, Darby une forças a outro detetive amador, vivido por Harris Dickinson (“Um Lugar Bem Longe Daqui”), para investigar um serial killer. Anos depois, os dois parceiros se reencontram no “fim do mundo”, um retiro organizado por um bilionário da tecnologia (Clive Owen, de “Lisey’s Story”) num local distante em meio ao gelo. Contudo, quando um dos convidados é encontrado morto, ela precisa utilizar todas as suas habilidades para provar que se trata de um assassinato e impedir que o assassino tire mais vidas. Alterando-se entre o presente (ou futuro, pela evolução da Inteligência Artificial na trama) no retiro e flashbacks da investigação inicial, a trama busca explorar as relações e a evolução dos personagens, enquanto a cinematografia contrasta as duas linhas do tempo, realçando o calor dos flashbacks e o ambiente frio e isolado do presente. Apesar dos desafios na balancear a narrativa e em dar profundidade aos temas, a série mantém um bom nível de engajamento nas duas linhas temporais, em grande parte devido à presença magnética de Corrin na tela. O restante do elenco é formado pela própria Brit Marling (“The OA”), Joan Chen (“Ovelhas sem Pastor”), Raúl Esparza (“Candy”), Jermaine Fowler (“Um Príncipe em Nova York 2”), Ryan J. Haddad (“The Politician”), Pegah Ferydoni (“Almania”), Javed Khan (“Lapwing”), Louis Cancelmi (Billions”), Edoardo Ballerini (“7 Splinters in Time”), Britian Seibert (“The Knick”), Christopher Gurr (“A Idade Dourada”), Kellan Tetlow (“This Is Us”), Daniel Olson (“Nossa Bandeira É a Morte”), Neal Huff (“Radium Girls”) e a brasileira Alice Braga (“O Esquadrão Suicida”). MONARCH: LEGADO DE MONSTROS | APPLE TV+ A superprodução do estúdio Legendary leva a franquia dos monstros gigantes para a televisão, apresentando um desafio único ao adaptar as espetaculares batalhas de titãs para uma tela menor. Ambientada um ano após o “Dia G” – o confronto entre Godzilla, King Kong e os kaijus, que destruiu grande parte de São Francisco no filme “Godzilla vs. Kong” (2021) – a história segue Cate (Anna Sawai), uma professora da área da baía de São Francisco, que vai a Tóquio em busca de respostas sobre seu falecido pai, Hiroshi (Takehiro Hira). Lá, ela descobre que Hiroshi tinha uma segunda família, conhece um meio-irmão e investiga a conexão da família com a Monarch, uma organização secreta comparada à CIA, mas focada em monstros. Apesar de se relacionar também à trama de “Kong: Ilha da Caveira” (2017), a produção não exige conhecimento prévio sobre os filmes do Monstroverso, embora isso possa enriquecer a experiência. A série funciona como uma história de origem da Monarch, alternando-se entre o presente e eventos que se seguiram à 2ª Guerra Mundial. A dinâmica entre as diferentes eras é facilitada pelo uso de um mesmo personagem, com Wyatt Russell (“Falcão e o Soldado Invernal”) retratando um soldado americano na época da guerra e seu pai da vida real, Kurt Russell (“Guardiões da Galáxia Vol. 2”), aparecendo como sua versão mais velha. Visualmente, a produção é impressionante, com cenas de ação que evocam o Monstroverso, enquanto a trama se expande para locais tão distantes quanto o Alasca e a Argélia. Mas há um inevitável diferencial de escala – obviamente, Godzilla não aparece na maioria dos capítulos – , o que os escritores sabem usar a seu favor, ao manter um foco maior nos personagens humanos da história, que sempre ficam em segundo plano nos filmes. Criada por Chris Black (“Outcast”) e Matt Fraction (“Gavião Arqueiro”), a atração também é estrelada por Kiersey Clemons (“A Dama e o Vagabundo”), Joe Tippett (“Mare of Easttown”), Elisa Lasowski (“Versailles”) e o cantor japonês Ren Watabe (“461 Lunch Boxes”), além de trazer participação especial de John Goodman revivendo seu papel de “Kong: A Ilha da Caveira” (2017). FOR ALL MANKIND 4 | APPLE TV+ Desenvolvida por Ronald D. Moore, criador do reboot de “Battlestar Galactica” e da série “Outlander”, a aclamada ficção científica explora uma linha temporal alternativa da História, onde os astronautas soviéticos foram os primeiros a pousar na Lua. A trama imagina o impacto deste feito na guerra fria entre Estados Unidos e União Soviética, mostrando uma realidade em que a continuidade de corrida espacial acelerou inovações tecnológicas e a conquista do espaço. Os novos capítulos avançam oito anos após o final da 3ª temporada, mostrando a ampliação da presença terrestre em Marte e a transformação de antigos inimigos em aliados. No novo ciclo, o enfoque do programa espacial é a mineração de asteroides ricos em minerais preciosos, que têm o potencial de transformar o futuro da humanidade. Contudo, tensões crescentes entre os residentes da base internacional em Marte ameaçam desmantelar todos os avanços alcançados. A 4ª temporada traz de volta integrantes já conhecidos, como Joel Kinnaman, Wrenn Schmidt, Krys Marshall, Edi Gathegi, Cynthy Wu e Coral Peña. Mas a produção também ganhou novos atores, incluindo Toby Kebbell (“Quarteto Fantástico”), Tyner Rushing (“Em Nome do Céu”), Daniel Stern (“Esqueceram de Mim”) e Svetlana Efremova (“The Americans”). SLOW HORSES 3 | APPLE TV+ “Slow Horses” desafia as convenções dos thrillers de espionagem ao trocar cenários glamourosos e heróis impecáveis por personagens desorganizados e falíveis, e por dar menos ênfase às sequências de ação, apesar de bem executadas, em relação aos momentos mais sutis e desenvolvimento dos personagens. Raridade no gênero, sem ser uma paródia, sua trama se concentra em espiões incompetentes, oferecendo uma mistura de humor ácido, intriga e ação. Sob a liderança do desleixado e alcoólatra Jackson Lamb, interpretado por Gary Oldman (vencedor do Oscar por “O Destino de uma Nação”), a equipe de Slough House, uma espécie de depósito de arquivos inúteis do MI5, encara desafios que refletem seu próprio status marginalizado dentro da inteligência britânica. A 3ª temporada mantém a qualidade narrativa das anteriores, ao explorar personagens como Catherine Standish (Saskia Reeves, de “Luther”), a responsável pela organização do escritório de Slough House, e River Cartwright (Jack Lowden, de “Dunkirk”), um agente promissor relegado ao depósito após cometer um ato de traição. A dinâmica entre eles é destacada quando Standish é sequestrada, desencadeando uma série de eventos que obrigam Lamb e seus agentes a desvendar o mistério por trás do sequestro. O desempenho reservado de Reeves como uma veterana da inteligência com conhecimento tático é um ponto alto dos episódios. THE CURSE | PARAMOUNT+ A primeira série desenvolvida pelos irmãos Safdie, diretores de “Bom Comportamento” (2017) e “Joias Brutas” (2019), traz Emma Stone (vencedora do Oscar por “La La Land”) e Nathan Fielder (“Nathan For You”) como um casal que apresenta um programa de reformas e decoração centrado em sua pequena comunidade interiorana. Durante uma gravação, o produtor vivido por Benny Safdie sugere que Asher dê dinheiro para uma criança necessitada. Como ele só tem US$ 100 na carteira, oferece o dinheiro diante das câmeras, mas depois pede de volta, querendo trocar por notas menores. Como resultado, a criança lança uma maldição sobre o sovina. Em tom de comédia ácida, a produção passa a mostrar como essa suposta maldição perturba o relacionamento do casal, que, enquanto grava seu problemático programa, também tenta conceber um filho. Além de estrelar, Emma Stone é produtora da atração, por meio de sua empresa Fruit Tree – em parceria com a Elara Pictures, de Josh e Benny Safdie, e o igualmente premiado estúdio A24 (vencedor do Oscar 2023 com “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”). COMPANHEIROS DE VIAGEM | PARAMOUNT+ A minissérie adapta o romance homônimo de Thomas Mallon, ambientado em Washington, D.C., durante os anos 1950 – a era McCarthy, auge do conservadorismo americano – , mas também avança no tempo para os anos 1980, período de intensa homofobia. Distribuída em oito episódios, a história acompanha a longa e apaixonada relação entre dois homens, Tim (interpretado por Jonathan Bailey), um jovem idealista e católico, e Hawk (Matt Bomer), um charmoso operador político. Os dois personagens, vindos de mundos distintos, se envolvem em um romance intenso e condenado à tragédia. A adaptação foi criada pelo escritor Ron Nyswaner, conhecido por seu trabalho em filmes e séries de temas LGBTQIA+, com destaque para o premiado longa “Philadelphia” de 1993, que foi um marco na representação do HIV/AIDS no cinema. Sua história combina política, romance queer e suspense de espionagem, utilizando dois períodos sombrios da história dos Estados Unidos como pano de fundo. Apesar de se desenrolar em torno de eventos reais, como a caça às bruxas de McCarthy (anticomunismo como fobia social) e a crise da AIDS nos anos 1980, a atração não se limita a ser apenas uma reconstituição histórica ou uma peça moral sobre a crueldade do governo em relação à comunidade LGBTQIA+. Em seu âmago, está um romance verdadeiro e cativante, reforçado pelas atuações de Bailey e Bomer, com direito a cenas de sexo bastante gráficas. De fato, a dinâmica de poder na relação sexual entre Hawk e Tim é explorada sem suavizar as arestas para o público heterossexual, o que faz da série uma das representações menos comedidas do amor gay, destacando-se por abordar o assunto de forma ousada. RIO CONNECTION | GLOBOPLAY Ambientada nos anos 1970, a série nacional explora a intricada rede de tráfico de heroína estabelecida no Brasil, formando uma rota estratégica para os Estados Unidos. A obra é dirigida por Mauro Lima (“Meu Nome Não É Johnny”), destacando-se por sua alta qualidade de produção e um elenco que combina talentos estrangeiros e brasileiros. A trama se aprofunda na vida de três criminosos europeus – Tommaso Buscetta (Valerio Morigi), Fernand Legros (Raphael Kahn) e Lucien Sarti (Aksel Ustun), com a presença marcante da atriz Marina Ruy Barbosa no papel de Ana Barbosa, uma cantora de boate que navega entre o glamour e os perigos associados ao submundo do crime. Inspirada em eventos reais, a trama desenrola-se em torno do plano do famoso mafioso Tommaso Buscetta e seus comparsas para usar o Rio como conexão do tráfico internacional. A trama mergulha nos detalhes da operação criminosa, destacando a compra da droga a preços baixos e a revenda por valores elevados. A série também explora a complexidade dos personagens, evitando retratá-los como criminosos unidimensionais e oferecendo uma visão mais humana e empática de suas vidas, apesar de suas ações sombrias. Coprodução internacional com a Sony, apesar de brasileira a série é falada em inglês. Conta com oito episódios e também inclui no elenco Nicolas Prattes, Gustavo Pace e Alexandre David, interpretando policiais brasileiros, além de Maria Casadevall, Carla Salle, Felipe Rocha e Rômulo Arantes Neto. DNA DO CRIME | NETFLIX Série brasileira mais cara da Netflix, o thriller criminal se destaca por integrar ação intensa com uma investigação detalhada. A trama é baseada em uma história real que ocorreu na América do Sul entre 2013 e 2020, e começa com um assalto bem planejado em Ciudad del Este, no Paraguai. Mais de 50 assaltantes fortemente armados usam explosivos para entrar e fugir com US$ 44 milhões da sede de uma empresa de private equity. À medida que as investigações se desdobram, com o envolvimento de agentes federais brasileiros, sediados em Foz do Iguaçu, a história se aprofunda em uma complexa...











