Tiffany Haddish e Aries Spears são acusados de abuso de menores
Os comediantes Tiffany Haddish (“Depois da Festa”) e Aries Spears (“MADtv”) estão sendo processados sob acusações de abuso e aliciamento sexual de uma menina de 14 anos e do irmão dela, de sete anos. Segundo a acusação, Haddish se aproveitou da proximidade que tinha com a mãe das crianças para forçar os dois a filmarem esquetes sexualmente explícitas para os comediantes. A ação foi protocolada nessa sexta (2/9) na Corte Superior de Los Angeles e afirma que as duas vítimas – cujos nomes não foram divulgados – ficaram profundamente traumatizadas pelos incidentes ocorridos. Supostamente, os casos aconteceram em pelo menos duas ocasiões diferentes. O primeiro, envolvendo a adolescente, aconteceu em 2013, quando ela participou de um acampamento de comédia e Haddish foi uma oradora convidada. Lá, Haddish teria dito à adolescente que “tinha um papel perfeito para ela.” Haddish é descrita na ação como uma “amiga de longa data” da mãe das crianças, o que teria servido para estabelecer confiança e também teria facilitado o seu acesso às vítimas. Com o intuito de filmar esse “papel perfeito”, a comediante teria levado a garota para um estúdio, onde ela e Spears lhe mostraram um vídeo de “um homem mais velho e uma mulher em idade universitária” comendo um sanduíche enquanto “gemiam e faziam sons sexuais, de uma maneira que simulava o ato de felação”. Ao final do vídeo, Spears teria dito à vítima que “queria que ela imitasse o que ela tinha visto na tela, incluindo os ruídos, exatamente como os que ela ouviu no vídeo”. Diante da situação, a menina ficou nervosa e enojada, o que fez com que Haddish se aproximasse, sentasse ao seu lado e lhe explicasse em detalhes o que a garota deveria fazer no vídeo. A explicação, supostamente, também continha detalhes de “como fazer felação, incluindo movimentos, ruídos, gemidos e gemidos.” Apesar de ter ficado “fisicamente, emocionalmente e mentalmente desconfortável”, a menina fez o que a comediante pediu para que pudesse ir para casa. Haddish supostamente pagou a ela a quantia de US$ 100 pelo vídeo. O segundo caso teria acontecido em 2014, quando Haddish se propôs a organizar e filmar um conteúdo do menino de sete anos, para ajudá-lo a conseguir um papel no canal infantil Nickelodeon. Na ocasião, o menino estava acompanhado da irmã. Mas Haddish e Spears – que também estava presente – o levaram para outro cômodo e despiram a criança, que ficou só de cueca. Então, eles gravaram um suposto esquete de comédia, intitulado “Through a Pedophile’s Eyes” (Através dos Olhos de um Pedófilo), no qual Spears era visto cobiçando a criança e esfregando suas costas. Fotos dessa gravação supostamente foram incluídas na denúncia. O tal esquete “Through a Pedophile’s Eyes” (Através dos Olhos de um Pedófilo) foi produzido com o intuito de ser postado no site Funny or Die. Isso levou o portal de vídeos humor a emitir um comunicado ao site TMZ negando qualquer envolvimento com a produção do vídeo “absolutamente nojento”. Na sua declaração oficial, o Funny of Die afirma que “não esteve envolvido no conceito, no desenvolvimento, no financiamento ou na produção deste vídeo. Ele foi carregado no site como conteúdo gerado pelo usuário e foi removido em 2018, imediatamente após tomarmos conhecimento da sua existência.” O advogado de Haddish, Andrew Brettler, negou todas as acusações e disse que processo é uma tentativa de extorsão. “A mãe da demandante, Trizah Morris, vem tentando afirmar essas alegações falsas contra a Sra. Haddish há vários anos”, disse Brettler em comunicado. “Todos os advogados que inicialmente assumiram o caso dela – e houveram vários – desistiram do assunto quando perceberam que as reivindicações não tinham mérito e que a Sra. Haddish não seria abalada”, continuou, As vítimas estão processando Haddish e Spears por danos gerais, especiais e “qualquer dano legal apropriado”.
Produtor de “Scrubs” teria abusado de mulheres por mais de duas décadas
O produtor e roteirista Eric Weinberg, responsável por séries de sucesso como “Scrubs” e “Californication”, teria abusados de diversas mulheres ao longo de mais de 20 anos. É isso que aponta o site da revista The Hollywood Reporter, que fez uma reportagem sobre o passado sórdido do produtor e entrevistou cerca de 30 mulheres que relataram seus encontros com Weinberg. Weinberg foi preso em 14 de julho por mais de 20 acusações de agressão sexual, incluindo estupro. Atualmente ele está em liberdade, depois de ter pago uma fiança de US$ 3,25 milhões. Nas entrevistas do Hollywood Reporter, as vítimas afirmam que o produtor as abordava na rua, exibia suas credenciais como produtor de séries de sucesso, e as convencia a posar enquanto ele tirava fotos. Ao menos duas das mulheres fotografadas eram menores de idade na época, sendo que uma era colega de escola dos filhos de Weinberg. O produtor também usava aplicativos de namoro para conhecer mulheres e depois abusar delas. As acusações vão de 2000 até 2021. Claire Wilson, uma artista de Los Angeles, alegou que foi agredida por Weinberg e, em 2020, ela postou um aviso para outras mulheres da região em um grupo privado no Facebook. “Estou entrando em contato para ver se alguma outra mulher encontrou esse homem Eric Weinberg. Eu o conheci em um aplicativo de namoro e, embora a noite tenha começado de forma consensual, mais tarde ele violou meu consentimento várias vezes e me forçou a fazer coisas que eu não queria”, escreveu Wilson. “Quero saber se mais alguém teve alguma experiência com ele. Ele é um roteirista e produtor proeminente e eu fico doente só de pensar que provavelmente faz isso o tempo todo.” Mais tarde naquele ano, a esposa de Weinberg, Hilary Bidwell, também encontrou o grupo no Facebook. Ela ficou sabendo da postagem de Wilson depois de pesquisar no Google por “agressão sexual de Eric Weinberg”. A mulher de Weinberg ligou para Wilson e pediu que ela lhe contasse tudo. Na ocasião, Wilson respondeu: “Você tem certeza? É muita coisa”. Bidwell pediu divórcio de Weinberg três vezes ao longo das duas décadas em que os dois foram casados. A gota d’água foi em 2020, quando ela descobriu que ele mantinha um registro das mulheres alvos, no qual rastreava as suas rotinas e fazia descrições de onde poderia encontrá-las. Registros judiciais da batalha pela custódia dos filhos também revelam que Weinberg apresentava um “comportamento impulsivo, violento e de alto risco” com o filho mais velho. Em 2014, várias mulheres apresentaram alegações à polícia de Los Angeles, mas foram informadas de que não havia provas suficientes para investigar as alegações. Mas mesmo quando haviam evidências, o caso não ia adiante. Segundo apurou o Hollywood Reporter, em pelo menos dois casos a polícia de Los Angeles acreditava que havia evidências suficientes para acusar Weinberg, mas o Gabinete do Procurador Distrital de Los Angeles se recusou a processá-lo. A atriz Azure Parsons (“Salem”), que conheceu Weinberg quando ele era o showrunner da série “Death Valley”, disse ao site que ele a assediou sexualmente durante toda a série. Anos depois, ele a abordou na rua e disse que adoraria fotografá-la. Parsons gritou para ele: “Você está brincando comigo?” Nisso, Weinberg ficou irritado e “agarrou o meu braço e tentou me puxar para dentro do carro dele”. Ela escapou e correu, chamando seu empresário e depois a polícia, que não seguiu adiante com a investigação do caso. Um detetive envolvido na investigação afirmou que mesmo com todas as acusações contra o produtor, “nós não arranhamos a superfície”. Segundo ele, “é impressionante a quantidade de novas mulheres que se apresentaram.” Weinberg chegou a fazer cursos de controle da raiva e terapia para viciados em sexo. “Não vou dizer que tudo o que digo ou faço é perfeito. Eu não sou perfeito. Eu sei disso. Estou tentando o meu melhor. Estou tentando o meu melhor com todo tipo de terapia que possa fazer para ter certeza de que tomo todas as decisões certas na vida”, disse ele numa entrevista anterior. A advogada de Weinberg, Karen Silver, emitiu uma declaração sobre as dezenas de acusações de agressão. “Como infelizmente vimos nos dias de hoje, mais e mais vezes, uma disputa de custódia fortemente litigiosa e amarga deu origem a alegações criminais estrategicamente colocadas. Essas alegações foram investigadas e revisadas anteriormente pela polícia e pelo tribunal de família de Los Angeles e os resultados continuaram a revelar uma infinidade de evidências, documentação e análise de especialistas que minam totalmente a narrativa que está sendo divulgada”, afirmou ela. “Embora o próprio Weinberg esteja impedido de comentar sobre qualquer aspecto deste litígio devido a ordens judiciais, regras de direito de família e no melhor interesse de seus filhos menores, ele continuará cooperando por meio de advogados em todos os aspectos desta investigação e, se necessário, abordará essas alegações no único fórum que deve importar – um tribunal público.”
Ator de “Sob Pressão” confessa ter sofrido abuso sexual na infância
O ator David Júnior, que vive o Dr. Mauro na série “Sob Pressão”, revelou ter sido vítima de abuso sexual na infância, e foi ecoado por Milhem Cortaz, de “Tropa de Elite”. O desabafo aconteceu no Instagram. David Júnior compartilhou um artigo do jornal Folha de S. Paulo com dados sobre violência sexual e agressões contra homens, que aponta que dois a cada dez homens sofreram abusos quando menores, e acrescentou um comentário sobre o assunto sob sua perspectiva pessoal. “Eu já sofri abuso sexual”, escreveu o ator. “Falem homens. A vítima não tem culpa por ser abusada sexualmente”, complementou. A confissão atraiu vários comentários, desde o carinho da sua mulher, Yasmin Garcez – “Orgulho de ver você trazendo para cá esse debate. Te amo” – até do colega Milhem Cortaz, que também admitiu ter sofrido abusos na infância. “Eu também já sofri abuso”, afirmou Cortaz. David então respondeu: “Te amo, irmão! Saudade”. A atriz Ju Colombo enalteceu a coragem dos dois em expor o assunto. “Da maior importância essa corajosa, generosa e humana atitude de vocês. Todo acolhimento, gratidão e esperança de que esses tempos nos façam mais humanos e felizes nessa nova estrada aberta!”, disse ela. Além de “Sob Pressão”, David Júnior já trabalhou nas novelas e série “Bom Sucesso”, “O Tempo Não Para” e “Sessão de Terapia”. Ele é pai de uma menina e aguardo mais um filho com Yasmin. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por David Junior (@davidjunior)
Kevin Spacey é condenado a pagar US$ 31 milhões à produtora de “House of Cards”
O ator Kevin Spacey foi condenado a pagar US$ 31 milhões de indenização à produtora MCR pelo cancelamento da série “House of Cards”, que ele estrelou entre 2013 e 2017. O juiz Mel Red Recana, do Tribunal Superior de Los Angeles, entendeu que o ator causou prejuízo à empresa por seu comportamento, que ao assediar integrantes da produção criou um escândalo sexual responsável pela decisão da Netflix de encerrar a série premiada. A sentença foi em segunda instância, confirmando decisão anterior expedida em primeira instância por outro magistrado, em outubro de 2020, que condenou Spacey ao pagamento de US$ 29,5 milhões em danos à MCR, além de outro R$ 1,5 milhão em taxas e custos processuais. De acordo com a avaliação dos dois juízes, Spacey violou repetidamente as obrigações contratuais de fornecer serviços “de maneira profissional” e “consistente com as orientações, práticas e políticas razoáveis” da MCR. Por causa de Spacey, a produtora teve que interromper as gravações da 6ª temporada da série, reescrever a temporada e encurtá-la de 13 para oito episódios para cumprir o prazo de entrega. Além disso, a Netflix optou por cancelar a série após o escândalo. Spacey chegou a alegar que tinha direito a uma indenização, porque foi a decisão da MRC e da Netflix de demiti-lo — ou seja, não sua conduta — que causou perdas financeiras. Não conseguiu convencer. A produção de “House of Cards” foi interrompida dois dias após a primeira denúncia de assédio contra Spacey vir à tona, em outubro de 2017, quando o ator Anthony Rapp (“Star Trek: Discovery”) revelou que o intérprete do presidente Francis Underwood tentou abusar dele quando tinha 14 anos, em 1986. A partir daí, as denúncias contra o ator se multiplicaram e os funcionários da atração perderam o medo de acusá-lo. Entre os autores das denúncias, estava um assistente de produção que acusou o ator de apalpá-lo sem seu consentimento. Além de demitir o protagonista de “House of Cards”, a Netflix também cancelou o lançamento da cinebiografia de Gore Vidal, “Gore”, estrelada e produzida por Spacey, que já se encontrava em pós-produção. Outro prejuízo causado pelo ator foi a refilmagem de “Todo o Dinheiro do Mundo”. O diretor Ridley Scott decidiu refazer parte do filme para retirar o ator do longa, que já estava finalizado quando o escândalo estourou. Ele foi substituído por Christopher Plummer, que chegou a ser indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante pelo desempenho. Spacey também chegou a ser investigado por oficiais do Departamento de Abuso Infantil e Ofensas Sexuais de Los Angeles, que coletaram um total de seis denúncias. Prescrição e falta de provas impediram todos os casos de ir a julgamento. Por conta disso, ele não foi condenado e ainda brincou num vídeo de 2019 que aquele “foi um ano muito bom”. Embora “House of Cards” tenha sido cancelada, Spacey continuou postando vídeos caracterizado como seu personagem nos EUA, chegando a comparar sua situação a de pessoas que perderam empregos durante a pandemia. Recentemente, ele voltou a ser acusado de assédio e abuso sexual, num processo iniciado neste ano na Inglaterra. Na audiência prelimitar, ele se declarou “inocente”.
Ricky Martin desabafa após processo de abuso: “Vítima de uma mentira”
O cantor Ricky Martin afirmou que “nunca teve que lidar com algo tão doloroso” quanto a acusação de abuso de seu sobrinho e que foi “vítima da mentira”. “Infelizmente, o ataque veio de um membro da família que está lidando com problemas mentais. A única coisa que lhe desejo é o melhor, que ele encontre ajuda para que possa começar uma nova vida cheia de amor, verdade e alegria e que não machuque mais ninguém”, disse o artista em um vídeo gravado na quinta (21/7) e divulgado por seus representantes, após o arquivamento da ordem de proteção contra ele solicitada pelo jovem de 21 anos, chamado Dennis Yadiel Sánchez. O cantor porto-riquenho, visivelmente abatido, enfatizou que “as mentiras causam muitos danos” a ele, aos seus filhos, ao seu marido, aos seus pais e a toda a família, acrescentando que não pôde se defender antes porque o processo estava aberto e foi exigido que “ficasse em silêncio” até que pudesse prestar depoimento diante do juiz. “Não desejo que ninguém passe o que passei e agora minha prioridade é me curar. E como faço isso? Com música. Mal posso esperar para voltar aos palcos, em frente às câmeras e entreter, que é o que faço melhor”, comentou o cantor. No vídeo, Ricky Martin também agradeceu a todos os amigos e fãs incondicionais que lhe enviaram “mensagens de amor, mensagens positivas”. “Vocês não imaginam a força que me deram com cada comentário feito nas mídias sociais”, acrescentou. “Deu abençoe a todos”, concluiu. O cantor também publicou nas suas contas do Twitter e do Instagram uma breve mensagem em inglês, dizendo: “A verdade prevalece”, juntamente com uma imagem da declaração da sua equipe jurídica informando sobre o encerramento do caso. A acusação contra Martin veio à tona no início de julho, quando a Justiça de Porto Rico emitiu a citada ordem de restrição contra o cantor por violência doméstica. Como a legislação local assegura o anonimato das vítimas, não existiam informações sobre quem tinha dado entrada no pedido. Na ocasião, sites de celebridades divulgaram que o cantor e a suposta vítima haviam se relacionado durante sete meses, mas o ex-Menudo não aceitava o término. Pelo Twitter, Martin informou aos fãs que a decisão judicial era baseada em “alegações completamente falsas”, uma vez que ele é casado há cinco anos com Jwan Yosef, com quem tem quatro filhos. A audiência para analisar o caso aconteceu nesta quinta, com participação de Martin via videoconferência, mas todo o procedimento se deu à portas fechadas, mantendo um batalhão de jornalistas do lado de fora do tribunal na capital de Porto Rico aguardando novidades. E o que ouviram foi que o próprio acusador optou por retirar a acusação. “O peticionário cessou suas reivindicações voluntariamente; portanto, o caso foi arquivado e nenhum procedimento adicional é necessário”, disse o porta-voz do tribunal. Em uma declaração à imprensa, a equipe jurídica de Martin comemorou o resultado. “Isso nunca foi nada mais do que um indivíduo problemático fazendo falsas alegações sem absolutamente nada para substanciar. Estamos felizes que nosso cliente viu a justiça feita e agora ele pode seguir em frente com sua vida e sua carreira”, disseram em comunicado. Truth prevails. Swipe right for English pic.twitter.com/4Q7UOHCi7e — Ricky Martin (@ricky_martin) July 21, 2022
Caso de abuso contra Ricky Martin é encerrado em Porto Rico
O processo contra Ricky Martin, com acusação de abuso e incesto por parte de um sobrinho de 21 anos, foi encerrado nesta quinta (21/7) em Porto Rico, com o cancelamento da ordem de restrição emitida contra o cantor. A audiência para analisar o caso aconteceu nesta quinta, com participação de Martin via videoconferência, mas todo o procedimento se deu à portas fechadas, mantendo um batalhão de jornalistas do lado de fora do tribunal aguardando novidades. E o que ouviram foi que o próprio acusador optou por retirar a acusação. “O peticionário cessou suas reivindicações voluntariamente; portanto, o caso foi arquivado e nenhum procedimento adicional é necessário”, disse o porta-voz do tribunal. Em uma declaração à imprensa, a equipe jurídica de Martin comemorou o resultado: “Assim como havíamos previsto, a ordem de proteção temporária não foi prorrogada pelo Tribunal”. “O pedido veio do acusador pedindo para encerrar o caso. Isso nunca foi nada mais do que um indivíduo problemático fazendo falsas alegações sem absolutamente nada para substanciar. Estamos felizes que nosso cliente viu a justiça feita e agora ele pode seguir em frente com sua vida e sua carreira”, concluiu o comunicado. A acusação contra Martin veio à tona no início de julho, quando a Justiça de Porto Rico emitiu a citada ordem de restrição contra o cantor por violência doméstica. Como a legislação local assegura o anonimato das vítimas, não existiam informações sobre quem tinha dado entrada no pedido. Na ocasião, sites de celebridades divulgaram que o cantor e a suposta vítima haviam se relacionado durante sete meses, mas o ex-Menudo não aceitava o término. Pelo Twitter, Martin informou aos fãs que a decisão judicial era baseada em “alegações completamente falsas”, uma vez que ele é casado há cinco anos com Jwan Yosef, com quem tem quatro filhos. Na semana passada, o advogado de Martin rebateu as acusações. “Ricky Martin não está, nunca esteve e nunca estará envolvido em qualquer tipo de relacionamento romântico ou sexual com o sobrinho dele. Essa ideia não é apenas mentira, é asquerosa”, disse Marty Singer, que defende o cantor, numa declaração à imprensa. O advogado ainda afirmou que o rapaz sofria com problemas de saúde mental.
Ricky Martin vai prestar depoimento no caso de abuso do sobrinho
O cantor e ator Ricky Martin (“American Crime Story”) vai prestar depoimento no caso aberto em Porto Rico por seu sobrinho de 21 anos, que o acusa de abuso e incesto. O cantor participará de uma sessão virtual do tribunal nesta quinta (21/7). Segundo o site TMZ, a juíza responsável pelo caso irá decidir se mantém ou não uma ordem de restrição. A acusação contra Martin veio à tona no início de julho, quando a Justiça de Porto Rico emitiu a citada ordem de restrição contra Martin por violência doméstica. Como a legislação local assegura o anonimato das vítimas, não existiam informações sobre quem tinha dado entrada no pedido. Na ocasião, sites de celebridades divulgaram que o cantor e a suposta vítima haviam se relacionado durante sete meses, mas o ex-Menudo não aceitava o término. Pelo Twitter, Martin informou aos fãs que a decisão judicial era baseada em “alegações completamente falsas”. Na semana passada, o advogado de Martin rebateu as acusações. “Ricky Martin não está, nunca esteve e nunca estará envolvido em qualquer tipo de relacionamento romântico ou sexual com o sobrinho dele. Essa ideia não é apenas mentira, é asquerosa”, disse Marty Singer, que defende o cantor, em declaração à imprensa. Ainda segundo o advogado, o sobrinho de Ricky Martin fez as acusações alegando que a vítima era Eric Martin, irmão do artista. Singer ainda afirmou que o rapaz sofre com problemas de saúde mental. Ricky Martin é casado há cinco anos com Jwan Yosef, com quem tem quatro filhos. Caso seja condenado, ele pode ter uma pena de até 50 anos de prisão.
Promotor confirma que caso de Polanski tem problemas jurídicos
Guardado em segredo por vários anos, o depoimento do promotor Roger Gunson, que tratou da acusação de estupro de menor contra Roman Polanski em 1977, confirmou que o caso foi marcado por problemas jurídicos e ilegalidades. Os detalhes que mais chamaram atenção – além das descrições contundentes do crime – dizem respeito à incompetência do juiz Laurence J. Rittenband, já falecido. Gunson contou ter tentado desqualificá-lo do caso por má conduta, após vê-lo solicitar informações e opiniões fora dos canais judiciais normais, vindas “de toda parte”, e mudar de ideia após fechar um acordo com Polanski sobre seu tempo de detenção. Graças ao acordo original, Polanski se declarou culpado em 1977 de uma acusação de relações sexuais ilegais com uma menina de 13 anos. Rittenband o condenou a passar 90 dias na Prisão Estadual de Chino para um exame de diagnóstico antes de sentenciá-lo. Mas o diretor foi libertado após 42 dias, levando a um clamor público. O juiz então voltou atrás, de acordo com o testemunho de Gunson, dizendo que enviaria Polanski de volta à prisão estadual. Para Gunson, a qualificação do período do exame como sentença já era contrário à lei. Mas pior ainda foi a segunda decisão do juiz, diante da desaprovação pública, ao reverter a detenção de Polanski, acrescentando uma sentença potencial de 6 meses a 50 anos para o diretor, enquanto assegurava em particular aos advogados do cineasta que deixaria Polanski sair da prisão depois de cumprir mais 48 dias. Gunson também testemunhou que o tratamento de Polanski foi surpreendentemente brando. Ele foi autorizado a se declarar culpado apenas da acusação mais leve contra ele, escapando de uma acusação de estupro, supostamente para poupar sua vítima de 13 anos da provação de um julgamento. Seu exame psiquiátrico também foi encurtado para poupá-lo de ameaças percebidas na prisão de Chino, e seu oficial de condicional, em uma decisão incomum, permitiu-lhe sair três vezes para dar entrevistas. Apesar disso, Gunson disse que entendeu a decisão de Polanski de fugir do país em 1978. “Depois de refletir sobre o que aconteceu, não fiquei surpreso por ele ter saído”, testemunhou. “Havia uma questão de saber se ele, Sr. Polanski, poderia confiar na palavra do juiz Rittenband. Se ele fosse enviado para a prisão estadual e não fosse chamado de volta pelo juiz, poderia ficar lá por 20 ou 50 anos”, testemunhou Gunson. Esta polêmica já era conhecida, pois Gunson repetiu tudo isso no documentário “Polanski: Procurado e Desejado”, de 2008. O próprio Polanski argumentava há décadas que só fugiu do país após o juiz original do caso ameaçar desconsiderar um acordo que ele fechou com o tribunal. Ele alega que cumpriu o combinado. Mas após seu período preso, o juiz alegadamente renegou o acordo e disse aos promotores que tinha decidido mantê-lo preso por até 50 anos. Foi apenas após esse desdobramento que Polanski fugiu para a França, de onde não poderia ser extraditado por conta de sua cidadania. E lá continuou filmando e conquistando reconhecimentos da indústria cinematográfica. Chegou até a vencer o Oscar por seu trabalho em “O Pianista” (2002). Embora Gunson tenha prestado esse testemunho juramentado em 2010, a Promotoria de Los Angeles barrou as tentativas dos advogados de Polanski de trazerem o depoimento à público para confirmar as alegações do diretor. Isso só foi revertido agora por uma ordem do Tribunal de Apelações, atendendo dois jornalistas interessados em publicar o conteúdo. O ex-promotor, atualmente aposentado, também descreveu longamente os esforços fracassados ao longo dos anos para resolver o caso, incluindo uma tentativa de acordo para que Polanski retornasse aos Estados Unidos nos anos 1990, com a garantia de não seria preso ao desembarcar. Mas embora Polanski se dissesse disposto, a chefia da promotoria sempre impediu. De acordo com Gunson, o escritório do promotor público de Los Angeles sempre defendeu que Polanski devia se entregar antes de fazer um acordo, algo que nunca aconteceria.
Depoimento secreto pode encerrar caso de abuso de Roman Polanski dos anos 1970
Depois de anos recusando apelos de Roman Polanski, o Tribunal de Apelações da Califórnia, em Los Angeles, ordenou na quarta-feira (13/7) que o Tribunal Superior do Condado de Los Angeles revele testemunhos até então ocultos no famoso caso de abuso sexual cometido pelo cineasta francês nos anos 1970. O mais curioso é que a iniciativa não aconteceu por causa de Polanski, mas por pedido de jornalistas, que argumentaram que a lei estadual e o interesse público exigiam que o tribunal revelasse o testemunho do promotor original do caso, Roger Gunson. Polanski argumenta há décadas que só fugiu do país após o juiz original do caso ameaçar desconsiderar um acordo que ele fechou com Gunson. O combinado era ficar 48 dias preso em 1977, o que ele cumpriu. Mas após este período o juiz Laurence Rittenband alegadamente renegou o acordo e disse aos promotores que tinha decidido manter Polanski preso por até 50 anos. Foi apenas após esse desdobramento que Polanski fugiu para a França, de onde não poderia ser extraditado por conta de sua cidadania. E lá continuou filmando e conquistando reconhecimentos da indústria cinematográfica. Chegou até a vencer o Oscar por seu trabalho em “O Pianista” (2002). Como parte do acordo, Polanski se declarou culpado de drogar e abusar de Samantha Geimer quando ela tinha 13 anos, durante uma sessão de fotos na casa de Jack Nicholson em Los Angeles. Ele confessou ter tido “relações sexuais ilegais” com a menor, mas negou o estupro em seu acordo com a promotoria. Por conta da falta de uma sentença final, o caso é considerado aberto até hoje, e a Justiça de Los Angeles fez nos últimos anos algumas tentativas de prender o diretor, em momentos em que ele se ausentou da França. Mas Polanski, que hoje tem 88 anos, tem tentado comprovar que a sentença foi cumprida e o caso não pode ser considerado aberto. O depoimento do promotor original, que foi tornado secreto, é considerada peça-chave para encerrar o processo judicial. Na época de seu testemunho, Gunson estava doente e temia-se que ele não sobrevivesse para testemunhar em qualquer julgamento final do caso. A defesa de Polanski acredita que suas declarações apoiam a afirmação de que o juiz original violou a lei e os padrões do tribunal ao abandonar o acordo judicial com o cineasta. Essa suspeita é reforçada pela recusa da procuradoria de tornar o depoimento público. A ordem do Tribunal de Apelações cita a necessidade de exame público das alegações de que os direitos de Polanski foram violados pelo tribunal antes e depois de ele fugir do país, já que o caso é mantido aberto há mais de quatro décadas. O Tribunal também argumentou que não há motivos para manter o depoimento secreto, já que não há preocupações de segurança nesse julgamento que possam exigir sigilo. Por coincidência ou não, um dia antes a Promotoria do Condado de Los Angeles anunciou que não se oporia mais à revelação do testemunho de Gunson. Em entrevista ao The Hollywod Reporter, o atual promotor George Gascón confessou ter visto “algumas irregularidades” no caso, começando com uma potencial “má conduta judicial” do juiz que inicialmente supervisionou o processo. Caso isso seja comprovado, o caso deverá ser dado como encerrado e Polanski poderá ser autorizado a retornar aos Estados Unidos sem temer ser preso no desembarque. Por sinal, é tudo o que deseja a verdadeira vítima dessa história. Em 2017, Samantha Gaimer publicou uma carta aberta pedindo que o depoimento do promotor fosse tornado público. Ela já se acertou com Polanski. Após o escândalo arrefecer, foi procurada por emissários do diretor, chegando a um acordo financeiro – estimado em US$ 500 mil de indenização. Em 2013, Gaimer publicou um livro contando sua história, intitulado “A Menina”. Ela acusa os promotores de nunca terem pensado nela e estenderem o caso que afeta sua vida pessoal por anos para promoverem suas carreiras. Além disso, considera que o cineasta já foi punido o suficiente por ficar longe de Hollywood por quatro décadas, e que ele deveria poder voltar aos Estados Unidos no fim da vida, sem temer morrer numa prisão.
Diretor vencedor do Oscar é preso na Itália sob acusação de estupro
O diretor Paul Haggis, do filme vencedor do Oscar “Crash – No Limite” (2004), foi detido neste domingo (19/5) na cidade de Ostuni, no sul da Itália, por acusações de agressão sexual e lesão corporal agravada, de acordo com vários relatos da mídia italiana e uma declaração dos promotores públicos da cidade vizinha de Brindisi. Uma jovem identificada apenas como “estrangeira” prestou queixa criminal contra Haggis, acusando-o de forçá-la a ter relações sexuais durante dois dias em Ostuni, onde ele se encontra para realizar uma série de master classes no Allora Fest, um novo festival de cinema marcado para começar na terça-feira (21/6). A mulher foi encontrada no aeroporto Papola Casale em Brindisi, onde foi largada na manhã deste domingo, apesar de demonstrar “condições físicas e psicológicas precárias”, segundo um relatório da polícia italiana. Socorrida por funcionários do aeroporto e policiais, ela foi levada para o hospital e posteriormente apresentou acusações formais. Esta não é a primeira acusação de agressão sexual feita contra Haggis. Em 2017, a assessora de imprensa Haleigh Breest processou o cineasta, alegando que ele a estuprou violentamente em seu apartamento em Nova York após uma première em 2013. Após essa acusação se tornar pública, mais três mulheres denunciaram o diretor e roteirista por má conduta sexual contra Haggis. Ele negou todas as alegações. Cientologista que depois se voltou contra a seita, Paul Haggis foi alçado à fama com “Crash” e depois assinou roteiros de filmes de sucesso como “Menina de Ouro” (2004), “007 – Cassino Royale” (2006) e “007 – Quantum of solace” (2008). As acusações refletem uma irônica lição de moral para a velha guarda de Hollywood. “Crash” é considerado o mais fraco vencedor do Oscar deste século e só teria vencido porque contou com apoio dos conservadores para impedir o favorito “O Segredo de Brokeback Montain” de ser consagrado pela Academia. O filme que rendeu o Oscar de Melhor Direção para Ang Lee contava uma história de amor proibida entre dois homens. Representando a opinião dos eleitores do prêmio, o já falecido ator Tony Curtis chegou a declarar que não tinha visto e não tinha intenção de ver o romance gay para votar no Oscar. Assim, o filme do homem acusado de ser estuprador acabou vencendo o Oscar, com apoio dos defensores da moral e dos bons costumes.
Ator de “Andi Mack” é condenado a dois anos de prisão por assédio a menor
O ator Stoney Westmoreland (da série “Andi Mack”) foi condenado a dois anos de prisão federal e dez anos de liberdade supervisionada, após ser detido em 2018 por suspeita de fazer sexo com um menor de 13 anos de idade. Na época, ele tinha 48 anos. Intérprete de Henry “Ham” Mack, o avô de Andi Mack na atração homônima do Disney Channel, o ator foi detido em Salt Lake City, cidade onde a série é gravada. Ele foi acusado de “guardar materiais prejudiciais a menor” e “seduzir menor por internet ou texto”, e sua sentença poderia chegar a 10 anos de prisão. Admitindo sua culpa, ele conseguiu um acordo judicial com os promotores, que reduziu sua sentença. De acordo com os documentos do caso no 3º Tribunal Distrital, ele teve contato com a vítima por meio de um aplicativo “usado para namorar e conhecer pessoas com o propósito de se envolver em atividade sexual”. Em conversa com o adolescente assediado, a polícia local descobriu que Westmoreland enviou fotos pornográficas e pediu ao menor de idade se envolver em atos sexuais com ele e enviar fotos nuas. O ator planejava levá-lo a um quarto de hotel quando o Departamento de Polícia de Salt Lake City e a Força Tarefa de Exploração Infantil do FBI o prenderam. Após a prisão, a Disney informou que o ator foi desligado de “Andi Mack”. Mesmo assim, ele apareceu até quase metade da 3ª e última temporada da atração. O cancelamento foi considerado precoce na época, já que a série era um dos dos maiores sucessos do Disney Channel. “Andi Mack” acompanha a personagem-título e seus amigos pré-adolescentes em uma jornada de descobertas, e incluiu o primeiro personagem gay jovem de uma produção do estúdio Disney.
Acusado de assédio e demitido, Noel Clarke vai processar todo mundo por falta de evidências
Acusado de assédio sexual, o ator e produtor britânico Noel Clarke teve prêmios rescindidos e séries canceladas. Mas um ano depois do escândalo, a Polícia Metropolitana de Londres anunciou não ter conseguido confirmar nenhuma das denúncias, encerrando as investigações após atingir o limite de tempo para prosseguir sem resultados por falta de evidências. Um dos mais promissores astros do Reino Unido, Clarke foi a falência e fechou sua produtora por causa de um artigo publicado em maio de 2021 pelo jornal The Guardian, com depoimentos nominais e em off de cerca de 20 mulheres que trabalharam com ele em projetos de cinema e TV nos últimos anos. As alegações incluíam desde toques inadequados até a filmagem secreta de uma atriz nua durante um teste de papel. As denúncias assumidas foram feitas por Gina Powell, que trabalhou para Clarke como produtora por três anos, e a atriz Jahannah James, que apareceu no filme “Brotherhood” (2016), final de uma trilogia aclamada que o ator dirigiu e estrelou. Todas as demais acusações foram em “off”, sem identificação. Clarke sempre negou todas as acusações e a investigação policial não conseguiu provar malícia de sua parte. Neste fim de semana, ele desabafou numa entrevista ao jornal Daily Mail: “Não houve prisão, nenhuma acusação, nenhum julgamento, nenhum veredicto, mas fui criminalizado. Esta é uma forma de macarthismo moderno.” “Se não precisamos mais de polícia, juízes e júris, se precisamos apenas das mídias sociais e de declarações na imprensa, então em que mundo vivemos?”, ele continuou. “Em que ponto as emissoras de TV deste país se tornaram juízes, júris e executores de pessoas? Em que ponto a BAFTA (Academia de TV e Cinema do Reino Unido) decidiu que não seu objetivo não é mais sobre filmes, mas julgar a vida das pessoas? Isso não é apenas sobre mim, é maior, é sobre o direito à Justiça. Sim, as pessoas disseram essas coisas sobre mim, mas se eu disser que você é um burro, isso não faz de você um burro, faz?” Sua menção à BAFTA se deve à retirada de um prêmio em homenagem às suas conquistas notáveis na indústria cinematográfica britânica. Já a parte das emissoras refletem o fato de os canais britânicos ITV e Sky terem rompido suas relações profissionais com o ator, levando ao cancelamento da série policial “Bulletproof” e à interrupção da minissérie “Viewpoint”. Ele agora está processando a BAFTA e o jornal The Guardian por difamação. Ele também está processando a editora de revistas Conde Nast, que publicou um artigo sobre a polêmica na revista GQ. “Vinte anos de trabalho se foram em 24 horas”, disse Clarke ao Daily Mail. “Eu perdi tudo. A empresa que construí do zero, meus programas de TV, meus filmes, meus contratos de livros, o respeito da indústria que eu tinha. No meu coração e na minha cabeça, isso me prejudicou de uma forma que não consigo articular.” Clarke diz que seus processos visam criar uma indústria de cinema e TV mais justa, capaz de ter uma estrutura onde “mulheres e pessoas vulneráveis sejam protegidas, mas também que proteja pessoas de condenações sumárias sem provas”. Ele acrescenta que não vê um caminho fácil para retomar sua carreira depois de ter sido “cancelado” pela BAFTA, emissoras de TV e produtoras. “Nenhum deles quer estar errado. Eles fizeram declarações tão grandes e ousadas. Depois, há o clima atual, em que se alguém questiona a opinião da maioria, ‘Espere um segundo, qual é o contexto?’, a sociedade também se volta contra essa pessoa”.











