Diretor de “1917” e criador de “Veep” farão sátira de filmes de super-heróis
O cineasta Sam Mendes, vencedor do Oscar por “Beleza Americana” (2000) e indicado por “1917” (2020), vai dirigir o piloto de uma nova série de comédia de Armando Iannucci, o criador de “Veep”. Intitulada de “The Franchise” e desenvolvida para o canal pago HBO, a atração pretende satirizar a Hollywood atual, acompanhando uma equipe que trabalha na produção de um filme de super-herói. Iannucci e Mendes vão produzir o projeto, que está sendo escrito pelos roteiristas Jon Brown (“Dead Pixels”) e Keith Akushie (“Siblings”). Embora seja mais conhecido por seus filmes, Sam Mendes tem uma longa carreira como produtor televisivo, tendo trabalhado em séries como “Penny Dreadful”, “Informer” e “Britannia”. Mas essa será a primeira vez que ele vai dirigir um episódio de série. Atualmente, o cineasta trabalha na pós-produção do seu mais novo filme, intitulado “Empire of Light”, uma declaração de amor aos cinemas de outrora, que tem previsão de lançamento para dezembro.
China vira maior mercado mundial de cinema ao superar bilheterias dos EUA em 2020
É oficial. A bilheteria da China superou a arrecadação dos cinemas da América do Norte em 2020, transformando o país asiático no maior mercado de cinema do mundo. Graças à pandemia de coronavírus e fechamentos sem precedentes de salas de exibição, os ingressos de cinema vendidos nos EUA e Canadá entre 1º de janeiro e 31 de dezembro geraram cerca de US$ 2,3 bilhões, bem abaixo dos US$ 11,4 bilhões arrecadados em 2019, de acordo com estimativas da consultoria Comscore. O valor representa a menor arrecadação em pelo menos 40 anos. A queda dramática era esperada, considerando que muitos cinemas, incluindo as salas situadas nos dois maiores mercados nacionais, Los Angeles e Nova York, estão fechados há mais de nove meses nos Estados Unidos. A China também sofreu uma diminuição drástica em seus rendimentos, mas mesmo assim ficou à frente da América do Norte, faturando cerca de US$ 2,7 bilhões em vendas de ingressos, também de acordo com a Comscore. O principal blockbuster chinês, o épico de guerra “The Eight Hundred”, foi o filme mais visto do mundo, liderando as bilheterias mundiais com quase US$ 440 milhões. Vários outros filmes chineses, incluindo “My People, My Homeland”, integram o Top 10 mundial, assim como o hit japonês “Demon Slayer”, suplantando os sucessos de Hollywood, que sofreram grandes perdas com a pandemia. Os maiores hits hollywoodianos foram “Bad Boys Para Sempre”, da Sony, lançado antes do lockdown, que faturou US$ 413 milhões, de acordo com a Comscore, seguido por “1917”, distribuído em janeiro, que arrecadou cerca de US$ 385 milhões, e “Tenet”, que chegou aos cinemas após a reabertura do circuito em agosto, em meio à pandemia, e faturou US$ 362 milhões em todo o mundo. Globalmente, as vendas de ingressos de cinema devem ficar entre US$ 11,5 bilhões e US$ 12 bilhões em 2020, quase 400% menores que os US$ 42,5 bilhões de 2019.
Google revela que Coronavírus, Tom Hanks e Parasita dominaram pesquisas de 2020
O Google divulgou uma lista dos assuntos mais pesquisados em seu mecanismo de buscas em 2020. Sem surpresas, “coronavírus” dominou as pesquisas mundiais, liderando o ranking do Google nos EUA e no Brasil. Mas, curiosamente, a relação de assuntos gerais também inclui muitas celebridades. O ator Tom Hanks, que foi um dos primeiros famosos a contrair covid-19, e o jogador de basquete Kobe Bryant, que morreu inesperadamente em janeiro, aparecem no Top 5 americano, atrás de coronavírus e “resultados da eleição” presidenciais dos EUA. Já as pesquisas brasileiras não se focaram em nenhuma pessoa específica. O 2º lugar foi “auxílio emergencial”, tema que também está relacionado à pandemia ou a seus reflexos. Pesquisas esportivas como o jogo “Flamengo x São Paulo”, “Copa do Brasil” e “NBA”, além das eleições – no Brasil e nos EUA – entraram no Top 10 nacional. Listas mais específicas das pesquisas americanas voltam a destacar Tom Hanks, desta vez como o ator mais pesquisado em 2020. Seu diagnóstico de coronavírus no início do ano gerou reações emocionais de fãs em todo o mundo, preocupados não apenas com seu bem-estar, mas também com o que poderia acontecer com o vírus que perturbaria o mundo. O filme vencedor do Oscar 2020, “Parasita”, lidera a lista de cinema, seguido por “1917” e “Pantera Negra” no Top 3. O antigo filme “Contágio”, lançado em 2011, aparece no 5º lugar dessa relação, devido ao fato de retratar uma pandemia muito similar à covid-19. Atores falecidos, como Naya Rivera, Chadwick Boseman e Sean Connery, também estão entre os indivíduos mais pesquisados neste ano nos EUA, enquanto os brasileiros preferiram saber mais sobre políticos e integrantes do Big Brother Brasil. Por sinal, os programas que renderam mais buscas incluem “A Máfia dos Tigres”, “Big Brother Brasil” (no mundo inteiro) e “La Casa de Papel”, nessa ordem. Séries da Netflix como “Outer Banks”, “Ozark”, “The Umbrella Academy”, “Emily em Paris” e “O Gâmbito da Rainha” também apareceram na lista.
1917, Aves de Rapina, Era uma Vez em Hollywood e Adoráveis Mulheres chegam ao VOD no Brasil
As plataformas de VOD (video on demand) recebem cerca de 70 novos filmes em abril, com destaque para a adaptação de quadrinhos “Aves de Rapina” e os premiados “1917”, de Sam Mendes, “Era uma Vez em Hollywood”, de Quentin Tarantino, e “Adoráveis Mulheres”, de Greta Gerwig. Os filmes não chegarão todos juntos, mas em diferentes semanas. Também estreiam neste mês os blockbusters “Jumanji: Próxima Fase”, que começou a ser disponibilizado nesta quarta (1/4), e “Bad Boys para Sempre”, previsto para o fim do mês. Os títulos poderão ser vistos em plataformas de locação e compra digital, como Now, Vivoplay e Google Play, a preços que variam de R$ R$ 29,90 (“Adoráveis Mulheres”) a R$ 59,90 (“Aves de Rapina”).
O Homem Invisível não tira Sonic: O filme do topo das bilheterias do Brasil
Ao contrário do que aconteceu nos EUA, a estreia do terror “O Homem Invisível” não conseguiu tirar “Sonic: O filme” do topo das bilheterias brasileiras. O filme infantil foi o mais visto no Brasil de quinta (27/2) a domingo (1/3) passados, com público de 376 mil pessoas e R$ 6,1 milhões em ingressos vendidos. Em três semanas em cartaz, a adaptação do videogame já arrecadou R$ 36,9 milhões no mercado nacional. “O Homem Invisível” teve o segundo maior público do fim de semana. Foram 197 mil espectadores e R$ 3,6 milhões em bilheteria para a reimaginação do monstro clássico da Universal no país. O título que completa o Top 3 é “Dolittle”. Grande fracasso mundial de público e crítica, a produção infantil conseguiu atrair 170 mil espectadores e faturar R$ 3 milhões em seu segundo fim de semana em cartaz. Nas demais posições, destaca-se “Parasita”, que se mantém no ranking há 16 semanas e recebeu novo impulso comercial após vencer o Oscar 2020. Atualmente em 6º lugar, vendeu 70 mil ingressos no fim de semana, com uma arrecadação R$ 1,5 milhão. Desde a estreia, o filme sul-coreano já acumula R$ 17 milhões em bilheteria e público de 893 mil pessoas, um ótimo desempenho para uma produção asiática no Brasil. Também com participação longeva no ranking, “Minha Mãe é Uma Peça 3” completou 9 semanas em cartaz, ampliando sua arrecadação para R$ 180 milhões e atingindo quase 11,5 milhões de espectadores. O filme bateu o recorde de bilheteria do cinema brasileiro em janeiro e continua a ampliá-lo. Além disso, tornou-se nesse fim de semana o segundo filme nacional mais visto de todos os tempos, superando “Os Dez Mandamentos”. Saiba mais sobre os recordes de “Minha Mãe é Uma Peça 3” aqui. E veja abaixo o Top 10 dos filmes mais vistos no Brasil no fim de semana passado, segundo apuração da consultoria Comscore. #Top10 #bilheteria #filmes Final Semana 27/02-01/03:1. Sonic – O Filme2. O Homem Invisível3. Dolittle4. Maria e João – O Conto das Bruxas5. Aves de Rapina6. Parasita7. A Hora da Sua Morte8. Minha Mãe é Uma Peça 39. 191710. Luta por Justiça — Comscore Movies BRA (@cSMoviesBrazil) March 2, 2020
O Homem Invisível estreia em 1º lugar nos EUA
“O Homem Invisível” se tornou o primeiro filme de terror a liderar as bilheterias da América do Norte em 2020. A reimaginação do clássico da Universal faturou US$ 29 milhões em sua estréia, atraindo público com críticas elogiosas e 92% de aprovação no Rotten Tomatoes. Trata-se do melhor desempenho do gênero desde “It: Capítulo Dois” em setembro passado, e uma das melhores aberturas de uma coprodução da Blumhouse, a produtora especializada em terrores baratos de Jason Blum. Mantendo a característica econômica dos orçamentos da produtora, o filme foi rodado com apenas US$ 7 milhões (sem P&A, as despesas de marketing e divulgação) e já registra lucro em seu lançamento. Além dos US$ 29 milhões nos EUA e Canadá, “O Homem Invisível” faturou mais US$ 20,2 milhões no exterior e soma US$ 49,2 milhões mundiais. São números excelentes para um mercado enfraquecido, que não conta com os cinemas da China, devido ao coronavírus, e sofre diminuição de público em vários países pelo mesmo motivo. Também representa uma reação importante diante do quadro de filmes de terror que o antecederam, grandes fracassos de crítica e bilheteria, que criavam risco de generalização em relação a novos lançamentos. Campeão por duas semanas consecutivas, “Sonic: O Filme” caiu para o 2º lugar com US$ 16 milhões, mas ainda manteve sua liderança no exterior, onde somou outros US$ 26,8 milhões. Ao todo, a adaptação do videogame já faturou US$ 265,4 milhões em todo o mundo. O Top 3 se completa com “O Chamado da Floresta”, que fez mais US$ 13,2 milhões e totaliza US$ 79,3 milhões mundiais. Entretanto, por causa de seu pesado orçamento de US$ 150 milhões, deve terminar como mais um prejuízo na fatura da compra da Fox pela Disney. As bilheterias ainda registraram, em 4º lugar, a estreia do anime “My Hero Academy: Heroes Rising”, baseado na popular franquia animada japonesa, que fez US$ 6,3 milhões em 1,2 mil cinemas. Trata-se de um desempenho acima da média para um anime que, mesmo dublado em inglês, ocupa apenas um terço do circuito habitual dos blockbusters americanos. Outra curiosidade, “Impractical Jokers: The Movie”, versão de cinema de um reality show televisivo, atingiu o 7º lugar com U$ 3,5 milhões. Lançado na semana passada em circuito limitado, o longa já soma US$ 6,6 milhões no circuito doméstico. O fim de semana ainda registrou algumas marcas importantes para outros filmes em cartaz. “Bad Boys para Sempre” superou os US$ 400 milhões globais, confirmando seu potencial lucrativo. A produção da Sony foi orçada em US$ 90 milhões e, mesmo com despesas altas de marketing, já rendeu o suficiente para justificar os planos de uma nova sequência. A marca mais impressionante, porém, ficou com “Parasita”. O suspense sul-coreano vencedor do Oscar 2020 tornou-se o quarto filme não falado inglês a superar os US$ 50 milhões em ingressos vendidos no mercado norte-americano. Ao todo, faturou US$ 51,6 milhões nos EUA e Canadá e continua movimentando as bilheterias – foram US$ 1,5 milhão de arrecadação nos últimos três dias, em 12º lugar. Confira a seguir os rendimentos dos 10 filmes mais vistos no fim de semana no mercado norte-americano – e clique em seus títulos para ler mais sobre cada produção. BILHETERIAS: TOP 10 América do Norte 1. O Homem-Invisível Fim de semana: US$ 29M Total EUA e Canadá: US$ 29M Total Mundo: US$ 49,2M 2. Sonic: O Filme Fim de semana: US$ 16M Total EUA e Canadá: US$ 128,2M Total Mundo: US$ 265,4M 3. O Chamado da Floresta Fim de semana: US$ 13,2M Total EUA e Canadá: US$ 45,8M Total Mundo: US$ 79,3M 4. My Hero Academy: Heroes Rising Fim de semana: US$ 6,3M Total EUA e Canadá: US$ 8,4M Total Mundo: US$ 23,5M 5. Bad Boys para Sempre Fim de semana: US$ 4,3M Total EUA e Canadá: US$ 197,3M Total Mundo: US$ 405,3M 6. Aves de Rapina Fim de semana: US$ 4,1M Total EUA e Canadá: US$ 78,7M Total Mundo: US$ 188,3M 7. Impractical Jokers: The Movie Fim de semana: US$ 3,5M Total EUA e Canadá: US$ 6,6M Total Mundo: US$ 6,6M 8. 1917 Fim de semana: US$ 2,6M Total EUA e Canadá: US$ 155,8M Total Mundo: US$ 362,3M 9. Brahms: O Boneco do Mal 2 Fim de semana: US$ 2,6M Total EUA e Canadá: US$ 9,7M Total Mundo: US$ 16,1M 10. Ilha da Fantasia Fim de semana: US$ 2,3M Total EUA e Canadá: US$ 24M Total Mundo: US$ 40,4M
Sonic: O Filme lidera bilheterias da América do Norte pela segunda semana
“Sonic: O Filme” liderou as bilheterias dos EUA e Canadá pelo segundo fim de semana consecutivo, após vencer uma disputa acirrada com “O Chamado da Floresta”. As duas produções infantis chegaram a se alternar no topo ao longo do fim de semana, mas a adaptação de videogame acabou faturando US$ 1,5 milhão a mais nas projeções deste domingo (23/2). Com os US$ 26,3 milhões dos últimos três dias, “Sonic: O Filme” superou a marca de US$ 100 milhões na América do Norte e atingiu o dobro disso no mercado mundial. “O Chamado da Floresta” ficou em 2ª lugar com US$ 24,8 milhões, somando US$ 40,2 milhões em todo o mundo. Mas esse desempenho não deve evitar mais uma “herança maldita” da Disney, numa cortesia da antiga Fox. Isto porque, na verdade, a diferença para “Sonic: O Filme” não é de US$ 1,5 milhão nas bilheterias, mas de US$ 50 milhões no orçamento de produção. O filme estrelado por Harrison Ford e um cachorro digital era uma tentativa da Fox de concorrer com a Disney nas adaptações infantis que misturam animação computadorizada e atores reais, e foi encomendado após o sucesso de “Mogli, o Menino Lobo” com um orçamento de US$ 135 milhões. Numa reviravolta do mundo dos negócios, a tentativa da Fox de parecer a Disney acabou virando Disney de verdade, com a aquisição da 20th Century Fox e sua transformação em 20th Century Studios. A trama até funciona bem no contexto das fábulas live-action do estúdio do Mickey Mouse, mas não é uma novidade como “Sonic”. Ao contrário, trata-se de uma história conhecida demais nos EUA, onde o clássico literário de Jack London (1876–1916) que a inspira faz parte do currículo escolar. Por sinal, se o lançamento não tivesse acontecido nas férias, talvez mais crianças fossem conferir o longa como lição de aula. “Aves de Rapina”, que mudou de nome para “Arlequina: Aves de Rapina”, ficou em 3º lugar com US$ 7 milhões e, após três fins de semana, somou US$ 173,7 milhões mundiais, praticamente o dobro de seu orçamento de US$ 84,5 milhões. Entretanto, a arrecadação em queda e o colapso do mercado asiático após o surto do coronavírus podem virar barreiras para a produção atingir a meta mínima de US$ 250 milhões, ponto em começa a se distanciar do prejuízo. Segundo lançamento amplo do fim de semana, “Brahms: Boneco do Mal 2” abriu em 4º lugar com US$ 5,9 milhões. Trata-se de um fiasco até mesmo para os padrões de um terror barato que custou US$ 10 milhões. Mas ainda mais baixa que a arrecadação foi a avaliação da crítica. Com apenas 8% de aprovação na média do site Rotten Tomatoes, “Boneco do Mal 2” foi considerado pior que “Ilha da Fantasia” (10%), “Os Órfãos” (12%) e “O Grito” (20%), confirmando que 2020 não é um bom ano para filmes de terror. A qualidade da safra é tão fraca que pode afastar de vez o público do gênero e prejudicar possíveis exceções no baixo nível atual. Confira a seguir os rendimentos dos 10 filmes mais vistos no fim de semana no mercado norte-americano – e clique em seus títulos para ler mais sobre cada produção. BILHETERIAS: TOP 10 América do Norte 1. Sonic: O Filme Fim de semana: US$ 26,3M Total EUA e Canadá: US$ 106,6M Total Mundo: US$ 203,1M 2. O Chamado da Floresta Fim de semana: US$ 24,8M Total EUA e Canadá: US$ 24,8M Total Mundo: US$ 40,2M 3. Aves de Rapina Fim de semana: US$ 7M Total EUA e Canadá: US$ 72,5M Total Mundo: US$ 173,7M 4. Brahms: O Boneco do Mal 2 Fim de semana: US$ 5,9M Total EUA e Canadá: US$ 5,9M Total Mundo: US$ 8,1M 5. Bad Boys para Sempre Fim de semana: US$ 5,8M Total EUA e Canadá: US$ 191,1M Total Mundo: US$ 391,1M 6. 1917 Fim de semana: US$ 4,4M Total EUA e Canadá: US$ 151,9M Total Mundo: US$ 347,2M 7. Ilha da Fantasia Fim de semana: US$ 4,1M Total EUA e Canadá: US$ 20,1M Total Mundo: US$ 33,7M 8. Parasita Fim de semana: US$ 3,1M Total EUA e Canadá: US$ 48,9M Total Mundo: US$ 204,5M 9. Jumanji: Próxima Fase Fim de semana: US$ 3M Total EUA e Canadá: US$ 310,9M Total Mundo: US$ 787,9M 10. A Fotografia Fim de semana: US$ 2,8M Total EUA e Canadá: US$ 17,6M Total Mundo: US$ 17,6M
Parasita dispara nas bilheterias brasileiras após vencer o Oscar
O suspense sul-coreano “Parasita” disparou nas bilheterias brasileiras após conquistar quatro Oscars, incluindo o de Melhor Filme do ano. Refletindo a estratégia da distribuidora, que dobrou a quantidade de cópias disponíveis, o longa foi o 3º mais visto no Brasil no último fim de semana, aumentando seu público em 364%. Com projeção em 316 salas, “Parasita” teve 158 mil espectadores e arrecadou R$ 3,3 milhões em ingressos vendidos de quinta a domingo (16/2). No mesmo período da semana anterior, tinha sido exibido em 102 salas, com público de apenas 32,8 mil pessoas e faturamento de R$ 607 mil. Há 15 semanas em cartaz nos cinemas brasileiros, o único filme a vencer tanto o Festival de Cannes quanto o Oscar já acumula público de 563 mil espectadores e renda de R$ 10,6 milhões em ingressos vendidos no país. A premiação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas também teve efeito na bilheteria dos Estados Unidos, onde “Parasita” teve sua arrecadação ampliada 234%. Atualmente, a obra-prima do diretor Bong Joon-ho soma US$ 175 milhões de faturamento mundial. Acima da produção sul-coreana no ranking nacional, só ficaram dois blockbusters americanos, “Sonic: O Filme” e “Aves de Rapina”, em 1º e 2º lugar, respectivamente. O adaptação do videogame levou 708 mil pessoas aos cinemas e obteve R$ 11,6 milhões, enquanto o filme baseado em quadrinhos teve 306 mil espectadores e R$ 5,1 milhões em ingressos vendidos. Veja abaixo o Top 10 das bilheterias brasileiras, em levantamento da empresa Comscore. #Top10 #filmes #bilheteria Final Semana 13 a 16 FEV:1. Sonic – O Filme2. Aves de Rapina3. Parasita4. Bad Boys Para Sempre5. 9176. Minha Mãe É Uma Peça 37. O Grito8. Jumanji – Próxima Fase9. Jojo Rabbit10. Frozen 2 — Comscore Movies BRA (@cSMoviesBrazil) February 17, 2020
Sonic bate recorde com maior estreia de filme baseado em videogame nos EUA
A Paramount descobriu a fórmula ideal para lançar blockbusters. É simples: basta impedir a publicação das críticas até a estreia. Graças a esse estratagema, “Sonic: O Filme” teve desempenho acima do esperado na América do Norte, com faturamento de US$ 58 milhões entre sexta e domingo (16/2), recorde para uma adaptação de filmes baseados em videogames. O recorde anterior era de “Pokemon: Detetive Pikachu”, que abriu com R$ 54,3 milhões nos EUA e Canadá no ano passado. No resto do mundo, houve menos entusiasmo com a produção. “Sonic: O Filme” faturou US$ 43 milhões no exterior, somando US$ 111 milhões em bilheteria global. A adaptação do jogo clássico da Sega, que destaca a participação de Jim Carrey como o vilão Dr. Robotnik, precisou passar por uma revisão completa de efeitos, após o visual do personagem-título ter sido amplamente rejeitado pelo público, na divulgação do primeiro trailer. Temendo também rejeição da crítica ao resultado final, o estúdio proibiu a publicação de resenhas até a quinta-feira passada (13), dia da estreia do longa no mercado internacional. Assim que o embargo foi levantado, as primeira críticas publicadas foram dos sites geeks, fazendo com que o filme aparecesse com 70% de aprovação no Rotten Tomatoes. Como o principal site de venda de ingressos dos EUA, o Fandango, informa essa avaliação para os consumidores, houve estímulo para o comércio dos ingressos. Entretanto, a imprensa propriamente dita (jornais e revistas impressos) teve opinião diversa, fazendo a nota cair para 63% até domingo. Só que esta altura o filme já era um sucesso de público, apesar de ter sido rejeitado pelos críticos considerados top (representantes da própria imprensa), que consideram o filme apenas 50% passável – ou perfeitamente medíocre. Em termos de comparação, os 63% de aprovação geral de “Sonic” no Rotten Tomatoes equivalem à nota dos “tops” para “Aves de Rapina”, que caiu para o 2º lugar na América do Norte. Juntando os blogueiros geeks, o número do filme da Arlequina dispara para 79% no mesmo Rotten Tomatoes. E, mesmo assim, muita gente achou “Aves de Rapina” fraco. Imaginem, então, “Sonic: O Filme”. A adaptação dos quadrinhos da DC Comics faturou US$ 17,1 milhões em sua segunda semana em cartaz, atingindo US$ 61,6 milhões na América do Norte e US$ 145,2 milhões em todo o mundo. Sem a China e parte da Ásia para impulsionar as bilheterias mundiais, por culpa do coronavírus, a Warner vai ter contas a fazer nas próximas semanas, mas pelo menos aprendeu uma lição com “Liga da Justiça”: o orçamento mais baixo da nova produção, de US$ 84,5 milhões, ajuda a evitar prejuízo. A semana teve mais três lançamentos. O terror que adapta a série “Ilha da Fantasia” e o romance “A Fotografia” abriram muito próximos, respectivamente com 12,4 e 12,2 milhões, em 3º e 4º lugares. “Ilha da Fantasia”, porém, conseguiu uma distinção. Tornou-se o terror pior avaliado do ano, com 9% de aprovação no Rotten Tomatoes. Entre os críticos top, a situação chega a ser ainda mais aterradora, com 0%. Ou seja, teve pior avaliação que “O Grito” (20%) e “Os Órfãos” (12%), e o acúmulo de tantas lançamentos de baixo nível em tão pouco tempo sinaliza que os filmes do gênero atravessam uma fase de péssima qualidade em Hollywood. Quem se deu mal, realmente, foi “Downhill”, que fez apenas US$ 4,6 milhões em 10º lugar. O filme que completa a lista de novidades e não tem previsão de estreia no Brasil é um remake do drama sueco “Força Maior”. A versão estrelada pelos comediantes Will Ferrell e Julia Louis-Dreyfus conseguiu ser rejeitada por público e crítica. Enquanto o original de 2014 recebeu 94% de aprovação, a cópia inferior americana atingiu 40% (31% entre os tops). Hollywood insiste em refilmar sucessos internacionais com a desculpa de que o público americano não lê legendas. A vitória de “Parasita” no Oscar, em contraste com o acúmulo de fracassos dos remakes, pode mudar a tendência. “Parasita”, por sinal, voltou a aparecer no Top 10 com sua conquista do fim de semana passado. Fez US$ 5,5 milhões, para atingir 44,3 milhões na América do Norte, uma das maiores bilheterias para filmes estrangeiros nos EUA e Canadá. Em todo o mundo, o valor é US$ 175,3 milhões. Confira abaixo os rendimentos dos 10 filmes mais vistos no fim de semana no mercado norte-americano – se preferir, clique também em seus títulos para ler mais sobre cada produção. BILHETERIAS: TOP 10 América do Norte 1. Sonic: O Filme Fim de semana: US$ 58M Total EUA e Canadá: US$ 68M Total Mundo: US$ 112M 2. Aves de Rapina Fim de semana: US$ 17,1M Total EUA e Canadá: US$ 61,6M Total Mundo: US$ 145,2M 3. Ilha da Fantasia Fim de semana: US$ 12,4M Total EUA e Canadá: US$ 14M Total Mundo: US$ 21,6M 4. A Fotografia Fim de semana: US$ 12,2M Total EUA e Canadá: US$ 13,3M Total Mundo: US$ 13,3M 5. Bad Boys para Sempre Fim de semana: US$ 11,3M Total EUA e Canadá: US$ 182,8M Total Mundo: US$ 369,8M 6. 1917 Fim de semana: US$ 8M Total EUA e Canadá: US$ 145,6M Total Mundo: US$ 323,7M 7. Jumanji: Próxima Fase Fim de semana: US$ 5,7M Total EUA e Canadá: US$ 307M Total Mundo: US$ 780M 8. Parasita Fim de semana: US$ 5,5M Total EUA e Canadá: US$ 44,3M Total Mundo: US$ 175,3M 9. Dolittle Fim de semana: US$ 5M Total EUA e Canadá: US$ 71,7M Total Mundo: US$ 182,3M 10.
Aves de Rapina estreia em 1º lugar no Brasil
A estreia de “Aves de Rapina – Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa” arrecadou R$ 10,7 milhões no Brasil, segundo levantamento da empresa de consultoria Comscore. O filme levou 621 mil pessoas aos cinemas brasileiros, o que não é um número muito elevado para uma produção de super-heróis. De todo modo, a distribuição não foi das maiores, com exibição em 413 salas apenas. O lançamento da Warner também teve um desempenho abaixo do esperado na América do Norte, onde faturou US$ 33 milhões em seus três primeiros dias de exibição – contra uma expectativa de mercado de cerca de US$ 50 milhões. Nos EUA e Canadá, porém, “Aves de Rapina” teve distribuição de blockbuster, em mais de 4 mil telas. “Bad Boys para Sempre” ficou em 2º lugar no fim de semana. Mantendo-se em cartaz em 325 salas, teve público de 234 mil espectadores e arrecadou R$ 4 milhões em bilheteria. Desde a estreia, há duas semanas, o longa acumula R$ 14,2 milhões e já levou 872 mil brasileiros aos cinemas. “Minha Mãe é uma Peça 3” completa o Top 3. Exibido em 299 salas, arrecadou R$ 3,7 milhões e teve 209 mil espectadores. Há sete semanas no circuito, a comédia estrelada por Paulo Gustavo já soma R$ 174,2 milhões em ingressos vendidos e público de 11 milhões de pessoas. É o filme nacional de maior bilheteria de todos os tempos. Dentre os filmes premiados no Oscar 2020, “1917” teve a maior bilheteria. Exibido em 363 salas, foi 4º mais visto do fim de semana, levando 163 mil pessoas aos cinemas para faturar R$ 3,3 milhões. A estreia de “Jojo Rabbit” amargou o 6º lugar, apesar da maior distribuição de todas. Em cartaz em 562 salas, teve apenas 74 mil espectadores e R$ 1,6 milhão em bilheteria. Para completar, “Parasita”, o grande vencedor do prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA, ficou em 8º lugar. O suspense sul-coreano levou 32 mil pessoas a 278 salas, somando R$ 607 mil. Exibido há 14 semanas no circuito nacional, o longa de Bong Joon Ho já foi assistido por 355 mil brasileiros e rendeu R$ 6,6 milhões. Veja abaixo o Top 10 dos filmes mais vistos no Brasil entre quinta e domingo (9/2), segundo levantamento da Comscore. #TOP10 #bilheteria #cinema Finde 6 a 9 Fev: 1. Ave de Rapina: Arlequina e Sua Emancipação Fantabulosa2. Bad Boys Para Sempre2. Minha Mãe É Uma Peça 34. 19175. Jumanji – Próxima Fase6. Jojo Rabbit7. Frozen 28. Parasita9. Um Espião Animal10. Judy: Muito Além do Arco Iris — Comscore Movies BRA (@cSMoviesBrazil) February 10, 2020
Parasita tem vitória histórica no Oscar 2020
Bong Joon Ho não tem hora para parar de celebrar. Ele avisou duas vezes que pretendia comemorar com bebidas, ao receber os troféus de Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Filme Internacional por “Parasita”, na premiação do Oscar 2020, que aconteceu na noite de domingo (9/2) no Dolby Theatre, em Los Angeles. Ainda não tinha começado o primeiro drinque quando ouviu seu nome ser chamado novamente, como Melhor Diretor. Em estado de legítima perplexidade, conseguiu citar como Martin Scorsese influenciou sua carreira, além de agradecer a Quentin Tarantino por sempre falar de seus filmes quando ninguém o conhecia. E saiu do palco extasiado, acreditando ter feito História com sua participação na cerimônia. Mas estava enganado. Precisou voltar mais uma vez, quando “Parasita” venceu o Oscar de Melhor Filme do ano. O cineasta sul-coreano foi responsável pela maior surpresa dos 92 anos da História do Oscar. Isto porque nunca antes um filme falado em língua estrangeira tinha vencido o troféu principal da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA. “Parasita” venceu o troféu principal da cerimônia… e mais três. Individualmente, Bong Joon Ho ficou com quatro Oscars, o que também é um feito histórico – anteriormente, apenas Walt Disney tinha vencido quatro troféus na mesma cerimônia, mas todos como produtor e por filmes diferentes em 1954. É interessante reparar o contexto que tornou possível essa reviravolta espetacular. Ao buscar maior inclusão, após a recepção negativa da falta de representatividade racial entre os indicados ao Oscar 2016, a Academia decidiu aumentar a presença de minorias em seus quadros e ampliou convites para artistas internacionais. Cineastas, roteiristas, produtores, técnicos e atores de mais países passaram a votar na premiação, fazendo disparar a quantidade de membros da Academia, que somou quase dois mil novos eleitores do Oscar em quatro anos. Isso, sem dúvida, mexeu com o DNA do troféu. Os eleitores estrangeiros não fazem parte das panelinhas de Hollywood, não trabalharam anteriormente com os indicados e não avaliam os filmes pelo ponto de vista da indústria cinematográfica americana. Em outras palavras, seus votos desconsideram interesses do mercado local dos EUA. É fato que a vitória do francês “O Artista” em 2012 já tinha aberto uma brecha. Mesmo assim, aquele filme não era falado em idioma estrangeiro (era cinema mudo) e fazia uma homenagem a Hollywood. O sinal de que algo estava mudando foi dado apenas no ano passado, com as três vitórias do mexicano “Roma”. O filme falado em espanhol venceu, entre outros, um prêmio de Melhor Direção. A conquista de “Parasita”, claro, é muito maior, incomparável. O Melhor Filme do ano é estrelado por atores sul-coreanos que não fazem parte do SAG, realizado por um equipe estrangeira não filiada aos sindicatos hollywoodianos e exibido nos cinemas dos EUA com legendas. Se a consagração de “Moonlight”, um filme indie com diretor negro, elenco negro e temática LGBTQIA+, causou um terremoto nos bastidores da premiação em 2017 – a rede ABC exigiu mais filmes populares em nome da audiência – , a vitória de “Parasita” deve trazer consequências ainda maiores. Os otimistas podem imaginar uma abertura definitiva do prêmio – e do mercado americano – para o resto do mundo. Os realistas, porém, já devem estar calculando o tamanho da reação do mercado, dos sindicatos e dos estúdios americanos contra essa internacionalização. O slogan “America First” não venceu uma eleição nos EUA por acaso. Curioso, ainda, que “Parasita” tenha sido tão bem-recebido, em proporção inversa ao desdém dispensado a “A Despedida” (The Farewell), de Lulu Wang, barrado no Oscar. O vencedor do Spirit Awards (o “Oscar” do cinema independente) no sábado (8/2) também tinha cineasta e elenco asiático e foi exibido com legendas. Mas, diferente da obra sul-coreana, era uma produção americana, com diretora americana e diversos atores nascidos no país. Neste sentido, a eleição de “Parasita” também pode ser vislumbrada como um voto de protesto contra a seleção de concorrentes feita pela Academia – “A Despedida” não foi o único longa injustiçado. A verdade é que a tão evidente falta de diversidade entre os indicados se deu como efeito colateral da pressão de bastidores por uma seleção de filmes populares. Dentre as opções oferecidas, “Parasita” era um dos poucos filmes (ao lado de “Adoráveis Mulheres”) que não contava histórias de homens brancos heterossexuais, geralmente em luta – às vezes em guerra – por ideais masculinos de poder e superioridade. Joaquin Phoenix, que assimilou perfeitamente a mensagem de “Coringa”, fez um discurso sensível nesse sentido, ao aceitar seu Oscar de Melhor Ator. Ao falar das diferentes causas sociais que engajam seus colegas, ele sintetizou: “Lutamos contra a noção de que uma nação, um povo, uma raça, um gênero ou uma espécie tem o direito de dominar, controlar, usar e explorar a outra com impunidade”. A vitória de “Parasita” rechaçou o viés conservador ensaiado para o Oscar 2020, representado pelas histórias de homens heterossexuais brancos, que dominaram as indicações – como se esse tipo de narrativa fosse mais indicado a prêmios. Exceção gritante, o filme sul-coreano não tinha apenas etnia diversa, mas equilíbrio entre papéis masculinos e femininos, além de franco questionamento social – “marxismo cultural”, já que trata da luta de classes. A ressaca de Bong Joon Ho também é, portanto, fruto de resistência cultural. Ao barrar o cinema indie, a Academia deixou aberta uma fresta para o cinema mundial, que se transformou em saída. E, ironicamente, a empresa que trouxe o longa sul-coreano para os EUA foi um estúdio indie, o Neon, completando a vingança. Importante destacar ainda outro aspecto da internacionalização da Academia, menos evidente que a vitória de “Parasita”. No domingo, várias conquistas foram celebradas por artistas estrangeiros também em filmes americanos. Para citar alguns, o neozelandês Taika Waititi venceu a categoria de Melhor Roteiro Adaptado por “Jojo Rabbit” e a islandesa Hildur Guðnadóttir assinou a Melhor Trilha em “Coringa”. Tratam-se de vitórias com alcances duradouros, que vão além da entrega dos troféus. Lembrem-se que a simples indicação ao Oscar costuma render convite para os nomeados ingressarem na Academia. A brasileira Petra Costa, por exemplo, não venceu a disputa de Melhor Documentário – o único candidato americano faturou a categoria, numa inversão em relação ao troféu de Melhor Filme – , mas ajudará a escolher o vencedor de 2021. Mais estrangeiros estarão votando no próximo ano. Assim, se a Academia superar as pressões do mercado americano, a tendência é o Oscar continuar surpreendendo. Mas pressões, com certeza, virão. A propósito, os que comemoraram a derrota do “marxismo cultural” representado por “Democracia em Vertigem”, de Petra Costa, podem não ter percebido, mas o discurso da vencedora da categoria, a cineasta Julia Reichert, de “Indústria Americana”, encerrou-se com uma citação ao “Manifesto Comunista”. “Os trabalhadores têm cada vez mais dificuldade hoje em dia, e acreditamos que as coisas vão melhorar quando os trabalhadores do mundo se unirem”, disse a americana, parafraseando o slogan “Trabalhadores do mundo, uni-vos”, que se tornou célebre na obra de Karl Marx e Friederich Engels. Para completar sem alongar demais, omitindo comentários para outras categorias remanescentes, vale ressaltar, mesmo que rapidamente, o reconhecimento à brilhante fotografia do inglês Roger Deakins, verdadeiro motivo de “1917” ter sido considerado, de véspera, o maior favorito ao Oscar. A lista completa dos filmes premiados pode ser conferida abaixo. Melhor Filme – “Parasita” “Ford vs Ferrari” “O Irlandês” “Jojo Rabbit” “Coringa” “Adoráveis Mulheres” “História De Um Casamento” “1917” “Era Uma Vez Em Hollywood” Melhor Direção – Bong Joon Ho – “Parasita” Sam Mendes – “1917” Martin Scorsese – “O Irlandês” Quentin Tarantino – “Era Uma Vez Em Hollywood” Todd Phillips – “Coringa” Melhor Atriz – Renée Zellweger – “Judy” Cynthia Erivo – “Harriet” Scarlett Johansson – “História De Um Casamento” Saoirse Ronan – “Adoráveis Mulheres” Charlize Theron – “O Escândalo” Melhor Ator – Joaquin Phoenix – “Coringa” Antonio Banderas – “Dor e Glória” Adam Driver – “História De Um Casamento” Jonathan Pryce – “Dois Papas” Leonardo DiCaprio – “Era Uma Vez Em Hollywood” Melhor Atriz Coadjuvante – Laura Dern – “História De Um Casamento” Margot Robbie – “O Escândalo” Kathy Bates – “O Caso Richard Jewell” Scarlett Johansson – “Jojo Rabbit” Florence Pugh – “Adoráveis Mulheres” Melhor Ator Coadjuvante – Brad Pitt – “Era Uma Vez Em Hollywood” Tom Hanks – “Um Lindo Dia na Vizinhança” Al Pacino – “O Irlandês” Joe Pesci – “O Irlandês” Anthony Hopkins – “Dois Papas” Melhor Roteiro Adaptado – Taika Waititi – “Jojo Rabbit” Greta Gerwig – “Adoráveis Mulheres” Anthony McCarten – “Dois Papas” Todd Phillips & Scott Silver – “Coringa” Steven Zaillian – “O Irlandês” Melhor Roteiro Original – Bong Joon Ho e Han Jin Won – “Parasita” Noah Baumbach – “História De Um Casamento” Rian Johnson – “Entre Facas e Segredos” Quentin Tarantino – “Era Uma Vez Em Hollywood” Sam Mendes & Kristy Wilson-Cairns – “1917” Melhor Fotografia – Roger Deakins – “1917” Jarin Blaschke – “O Farol” Rodrigo Pietro – “O Irlandês” Robert Richardson – “Era Uma Vez Em Hollywood” Lawrence Sher – “Coringa” Melhor Figurino – Jacqueline Durran – “Adoráveis Mulheres” Arianne Phillips – “Era Uma Vez Em Hollywood” Sandy Powell e Christopher Peterson – “O Irlandês” Mayes C. Rubeo – “Jojo Rabbit” Mark Bridges – “Coringa” Melhor Edição – Andrew Buckland e Michael McCusker – “Ford vs Ferrari” Yang Jinmo – “Parasita” Thelma Schoonmaker – “O Irlandês” Tom Eagles – “Jojo Rabbit” Jeff Groth – “Coringa” Melhor Maquiagem e Cabelo – “O Escândalo” “Coringa” “Judy” “Malévola: Dona do Mal” “1917” Melhor Trilha Sonora – Hildur Guðnadóttir – “Coringa” Alexandre Desplat – “Adoráveis Mulheres” Randy Newman – “História de um Casamento” Thomas Newman – “1917” John Williams – “Star Wars: A Ascensão Skywalker” Melhor Canção Original – (I’m Gonna) Love Me Again – “Rocketman” I’m Standing With You – “Superação: O Milagre da Fé” Into the Unknown – “Frozen 2” Stand Up – “Harriet” I Can’t Let You Throw Yourself Away – “Toy Story 4” Melhor Design de Produção – “Era Uma Vez Em Hollywood” “1917” “Parasita” “O Irlandês” “Jojo Rabbit” Melhor Edição de Som -“Ford vs. Ferrari” “Era Uma Vez Em Hollywood” “Coringa” “1917” “Star Wars: A Ascensão Skywalker” Melhor Mixagem de Som – “1917” “Ford vs Ferrari” “Coringa” “Era Uma Vez Em Hollywood” “Ad Astra” Melhores Efeitos Visuais – “1917” “Vingadores: Ultimato” “O Irlandês” “O Rei Leão” “Star Wars: A Ascensão Skywalker” Melhor Animação – “Toy Story 4” “Como Treinar o seu Dragão 3” “Perdi Meu Corpo” “Link Perdido” “Klaus” Melhor Documentário – “Indústria Americana” “The Cave” “Democracia em Vertigem” “For Sama” “Honeyland” Melhor Filme Internacional – “Parasita” (Coreia do Sul) “Les Misérables” (França) “Dor e Glória” (Espanha) “Corpus Christi” (Polônia) “Honeyland” (Macedônia) Melhor Curta Animado – “Hair Love” “Kitbull” “Dcera (Daughter)” “Memorable” “Sister” Melhor Curta Documentário – “Learning to Skateboard in a Warzone (If You’re a Girl)” “Life Overtakes Me” “In the Absence” “St. Louis Superman” “Walk Run Cha-Cha” Melhor Curta Live-Action – “The Neighbors’ Window” “Brotherhood” “Nefta Football Club” “Saria” “A Sister” Louise Alves
Bilheterias: Estreia de Aves de Rapina fica muito abaixo das expectativas
A estreia de “Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa” ficou em 1º lugar nos EUA e Canadá. Mas os números não foram o que a Warner planejava comemorar, quando investiu US$ 97,1 milhões em sua produção. O estúdio tinha como parâmetro o sucesso comercial de “Esquadrão Suicida”, que abriu com US$ 133 milhões em 2016. “Aves de Rapina” rendeu apenas US$ 33,2 milhões – cerca de 24% do que fez o primeiro longa com a Arlequina nos cinemas norte-americanos. Trata-se, ainda, da pior estreia de um filme de super-heróis da DC Comics desde o reboot de “Homem de Aço”, em 2013. Com 80% de aprovação, o filme foi aprovado pela crítica. O problema é que a crítica não é o público alvo deste tipo de produção. E os fanboys vêm reclamando de decisões do estúdio desde que o projeto foi anunciado. Pois agora, postumamente, os executivos resolveram tabular o que os fãs estão dizendo, porque todo prejuízo precisa ser justificado diante dos sócios do conglomerado. Entre as ponderações óbvias estão desde o título da produção até a escalação equivocada das novas personagens. Porque o filme não se chamou “Arlequina”, se ela era a única conhecida? Parece que deu certo para “Coringa”. A afobação da Warner em construir “universo cinematográfico” também pode ser identificada na premissa, que previa lançar uma franquia de “Aves de Rapina” paralela a novos filmes da Arlequina, mas que resultou num segundo “Liga da Justiça” – que, em vez de lançar spin-offs, virou fim de linha. As reclamações dos fãs sobre a escalação das intérpretes, que não refletem o perfil das personagens dos quadrinhos, jamais foram consideradas. Uma cineasta inexperiente, de repente, passou a ser apontada como contratação equivocada – mas não era até o fracasso. O tom indeciso, entre a comédia e a ação, também teria desapontado quem esperava mais de um ou do outro. Mas o estúdio, habituado em encontrar as desculpas habituais, deve apontar a classificação etária “R” (para maiores nos EUA) como grande motivo pelo fracasso. “Esquadrão Suicida” foi exibido para menores (PG-13). E a verdade é que não havia justificativa para produzir um derivado exclusivamente para maiores. Afinal, trata-se de um filme estrelado por uma personagem de desenho animado infantil e, ao contrário de “Coringa”, “Deadpool” ou “Logan”, sem nenhuma cena especialmente violenta ou sexual, apenas linguagem imprópria – um ou outro palavrão – que a dublagem nacional tende até a esconder. A Warner também vacilou na data de estreia, marcada para o fim de semana do Oscar, em que o público corre para ver os filmes indicados que, por qualquer motivo, ainda não conseguira assistir. Tanto é assim que o Top 10 resgatou até “Entre Facas e Segredos”, que já havia saído do topo do ranking – lançado em novembro passado! No mercado internacional, “Aves de Rapina” saiu-se um pouco melhor, elevando o total para US$ 81,2 milhões em todo o mundo. Mas como os cinemas chineses e de parte da Ásia estão fechados, devido ao coronavírus, o montante global não deve se tornar a “salvação” da balança comercial. Confira abaixo os rendimentos dos 10 filmes mais vistos no fim de semana nos EUA e Canadá – se preferir, clique também em seus títulos para ler mais sobre cada produção. BILHETERIAS: TOP 10 América do Norte 1. Aves de Rapina Fim de semana: US$ 33,2M Total EUA e Canadá: US$ 33,2M Total Mundo: US$ 81,2M 2. Bad Boys para Sempre Fim de semana: US$ 12M Total EUA e Canadá: US$ 166,3M Total Mundo: US$ 336,3M 3. 1917 Fim de semana: US$ 9M Total EUA e Canadá: US$ 132,5M Total Mundo: US$ 287,3M 4. Dolittle Fim de semana: US$ 6,6M Total EUA e Canadá: US$ 63,9M Total Mundo: US$ 158,6M 5. Jumanji: Próxima Fase Fim de semana: US$ 5,5M Total EUA e Canadá: US$ 298,4M Total Mundo: US$ 768,4M 6. Magnatas do Crime Fim de semana: US$ 4,1M Total EUA e Canadá: US$ 26,8M Total Mundo: US$ 60,3M 7. Maria e João: O Conto das Bruxas Fim de semana: US$ 3,5M Total EUA e Canadá: US$ 11,5M Total Mundo: US$ 13,1M 8. Entre Facas e Segredos Fim de semana: US$ 2,3M Total EUA e Canadá: US$ 140,7M Total Mundo: US$ 299,6M 9. Adoráveis Mulheres Fim de semana: US$ 2,3M Total EUA e Canadá: US$ 102,6M Total Mundo: US$ 177,1M 10. Star Wars: A Ascensão Skywalker Fim de semana: US$ 2,2M Total EUA e Canadá: US$ 510,5M Total Mundo: US$ 1B










