10 séries novas para maratonar no fim de semana

A programação de séries volta a promover maratonas, com lançamentos de temporadas completas em streaming, após várias semanas de estreias episódicas. E a mudança não poderia ter acontecido em melhor hora, considerando […]

Divulgação/NBC

A programação de séries volta a promover maratonas, com lançamentos de temporadas completas em streaming, após várias semanas de estreias episódicas. E a mudança não poderia ter acontecido em melhor hora, considerando o clima, perfeito para ficar debaixo das cobertas o fim de semana inteiro.

Os 10 principais destaques prometem diversão para vários gostos, além de saciar a curiosidade de quem foi fisgado pela aperitivo de “La Brea” na tela da Globo, na segunda passada (16/10). A lista tem mais opções de sci-fi, suspense, drama, comédia e animação adulta. Mas se as crianças quiserem acompanhar, prefira compartilhar “Las Bravas F.C.”, a menos que sejam adolescentes, que adoram uma ousadia como os desenhos abaixo.

 

 

| LA BREA | GLOBOPLAY

 

Responsável pela maior audiência da Tela Quente em mais de um ano, “La Brea” – que ganhou o subtítulo nacional de “A Terra Perdida” – chegou ao streaming nacional com sua 1ª temporada completa. Ao estilo de “Manifest”, a nova série de mistério sci-fi também foi um sucesso nos EUA, onde se tornou uma das maiores estreias da temporada na TV aberta, além de bater o recorde de audiência da plataforma Peacock.

A atração é a primeira série criada por David Appelbaum (produtor-roteirista de “O Mentalista” e “NCIS: New Orleans”), mas apesar da repercussão positiva entre o público, que lhe rendeu uma rápida renovação para 2ª temporada, sua mistura de trama de catástrofe com aventura clássica de Júlio Verne/Edgar Rice Burroughs não apeteceu a crítica, ficando com apenas 38% de aprovação no Rotten Tomatoes.

Para quem não viu a estreia, “La Brea” começa com a abertura de um buraco gigante em Los Angeles, que engole várias pessoas. Mas em vez de morrerem, as vítimas da tragédia vão parar no centro da Terra com criaturas pré-históricas, ou pelo menos é o que imaginam, antes de perceberem pistas sobre o verdadeiro segredo daquele lugar. Sem spoilers.

Ao mesmo tempo, na superfície, um pai e uma filha lutam para reencontrar o resto de sua família, tragada para o interior do buraco, e descobrem que não foi a primeira vez que esse fenômeno aconteceu.

A produção tem um grande elenco, que inclui Natalie Zea (“Justified”), Eoin Macken (“Plantão Noturno”), Nicholas Gonzalez (“The Good Doctor”), Jon Seda (“Chicago P.D.”), Karina Logue (“NCIS: Los Angeles”), Catherine Dent (“Agents of SHIELD”), Angel Parker (“Fugitivos da Marvel/Runaways”), Jag Bal (“The Romeo Section”), Ione Skye (“Camping”), Chiké Okonkwo (“O Nascimento de Uma Nação”), Chloe de los Santos (“Tidelands”), Josh McKenzie (“Entre Segredos e Mentiras”) e os adolescentes Jack Martin, Zyra Gorecki e Veronica St. Clair em seus primeiros papéis.

 

 

| NIGHT SKY | AMAZON PRIME VIDEO

 

Na série sci-fi, Sissy Spacek (“Bloodline”) e J.K. Simmons (“Counterpart”) são um casal idoso que, anos atrás, descobriu um bunker enterrado em seu quintal, inexplicavelmente conduzindo a um estranho planeta deserto. Por décadas, eles mantiveram o local em segredo, usando-o para proveito próprio. Mas quando um jovem enigmático (Chai Hansen, de “Caçadores das Sombras”) materializa-se naquela câmara, a existência tranquila dos dois é rapidamente perturbada, levando-os a questionar o verdadeiro significado daquele lugar.

A trama foi desenvolvida pelo roteirista estreante Holden Miller e conta com direção do argentino Juan José Campanella (vencedor do Oscar por “O Segredo dos Seus Olhos”). O visual e a atuação são o ponto alto, mas a história, com uma trama paralela sobre uma mãe e uma filha na Argentina, poderia facilmente chegar à conclusão nos oito episódios. Entretanto, trata-se apenas da 1ª temporada.

 

 

| BEL-AIR | STAR+

 
 

 

Reboot dramático da série “Um Maluco no Pedaço”, “Bel-Air” conta a história conhecida da série clássica que lançou a carreira de Will Smith, mas sem risinhos de fundo. Na verdade, praticamente sem resquício nenhum de humor.

A produção traz o ator, rapper e jogador de basquete Jabari Banks como o novo Will, que se envolve em uma briga com membros de uma gangue na Filadélfia e é enviado para morar com seus parentes ricos no afluente subúrbio de Bel-Air, em Los Angeles. Assim como na sitcom dos anos 1990, o jovem mal chega e já se torna popular na nova escola e com seus parentes. Mas além do tom, a principal diferença em relação à atração original é que, desta vez, o primo Carlton é praticamente um vilão, capaz de tudo para prejudicar Will por ciúmes de seu carisma.

O projeto é baseado numa produção de fã que viralizou em 2019. O jovem Morgan Cooper produziu e postou um “trailer” de quatro minutos, apresentando como seria o clássico sitcom se os personagens interpretassem um drama em vez de uma comédia. Na época, o trabalho acabou elogiado por Will Smith e, depois da repercussão, os dois tiveram uma reunião que tomou um rumo inesperado, com Smith se propondo a produzir uma série a partir daquela ideia.

O resultado dividiu a crítica – 66% no Rotten Tomatoes – , mas já foi renovado para a 2ª temporada.

 

 

| BANG BANG BABY | AMAZON PRIME VIDEO

 

A série italiana acompanha uma adolescente de 16 anos que, por amor paterno, acaba envolvida com a máfia calabresa em 1986. A premissa rende muita violência estilizada, humor sombrio, uma trilha sublime de músicas da época e uma fotografia de videoclipe, que prendem o espectador, enquanto a trama demora a deslanchar – o que só acontece a partir do terceiro episódio, mas a partir daí é aceleração total.

Vagamente baseada em uma história real (narrada no livro “L’intoccabile”, de Marisa Merico), a trama gira em torno da introvertida Alice (Arianna Becheroni, de “Meu Irmão Persegue Dinossauros”), que tem uma vida triste com sua mãe trabalhadora após o assassinato do pai. Mas um dia, um rosto familiar salta de um jornal: seu pai não está morto, como sua mãe a levou a acreditar todos esses anos.

Para entender o que aconteceu, ela parte para Milão, onde é recebida pela Vovó Lina (Dora Romano, de “My Brilliant Friend”). Só que o sorriso afetuoso da velhinha esconde a chefa impiedosa da ‘Ndrangheta, a máfia calabresa, que revela que o pai da jovem, chamado de Santo, é um criminoso, escondido após se meter numa roubada. E apenas sua princesinha pode ajudá-lo. Assim começa a educação criminal da protagonista.

Criada pelo cineasta Andrea Di Stefano (de “Escobar: Paraíso Perdido” e “O Informante”), a produção é uma carta de amor à década de 1980, que usa a iconografia da época para embalar uma história por vezes tão surreal que parece uma versão de “Alice no País das Maravilhas”: a história de Alice no País da Máfia.

 

 

| QUEM MATOU SARA | NETFLIX

 

Lançada em março de 2021, a criação de José Ignacio Valenzuela (“La Hija Prodiga”) foi renovada quase imediatamente, três dias após chegar em streaming, virando uma das séries em espanhol mais populares da Netflix.

Ao longo de seus capítulos, a trama acompanhou a busca de um homem por Justiça, depois de 18 anos preso injustamente pelo assassinato da irmã. Ao ser libertado, Alex Guzmán (Manolo Cardona) decide se vingar da família Lazcano, que o culpou pelo crime, e descobrir quem realmente matou sua irmã Sara (Ximena Lamadrid).

O que ele não imagina é que a busca por provas o levaria a se apaixonar por Elisa (Carolina Miranda), filha de seu principal suspeito, e perceber que os muitos segredos de Sara eram o maior obstáculo para chegar à verdade. E a verdade é um enorme spoiler, vislumbrado no trailer acima, que responde a pergunta do título com uma reviravolta. A 3ª e última temporada do suspense mexicano revela que… ninguém matou Sara! Ao descobrir a verdade chocante, o questionamento de Alex passa a ser: o que aconteceu com Sara.

 

 

| NOW AND THEN | APPLE TV+

 

Gravada em Miami e falada em espanhol e inglês, “Now and Then” explora as diferenças entre as aspirações juvenis e a realidade da vida adulta, inserindo esse choque de expectativas numa trama de suspense. Os personagens são um grupo de amigos universitários, que teve seu destino afetado para sempre após um final de semana, quando um deles foi morto. 20 anos depois, os cinco amigos remanescentes voltam a se juntar diante de uma ameaça que coloca em risco suas vidas aparentemente perfeitas.

A narrativa se passa em dois tempos, mas apesar desse artifício não ser muito original – “Yellowjackets” faz sucesso com história muito parecida, com a diferença de ter canibais – , a produção chama atenção pelo elenco, que reúne vários astros de diferentes nacionalidades latinas: Marina de Tavira (“Roma”), Rosie Perez (“Aves de Rapina”), José María Yazpik (“Narcos: Mexico”), Maribel Verdú (“Branca de Neve”), Soledad Villamil (“O Segredo dos Seus Olhos”), Manolo Cardona (“Quem Matou Sara?”), Jorge López (“Elite”), Alicia Jaziz, Dario Yazbek Bernal (“A Casa das Flores”), Alicia Sanz (“El Cid”), Jack Duarte (“Rebelde”) e Miranda de la Serna (“Coração Errante”).

A série foi desenvolvida por Ramón Campos, Gema R. Neira e Teresa Fernández-Valdés, equipe responsável pelas atrações espanholas “Alto Mar” e “As Telefonistas” na Netflix. E conta com direção e coprodução do israelense Gideon Raff (criador de “O Espião” e “Homeland”). Depois dos três primeiros episódios nesta semana, terá um capítulo novo todas as sextas-feiras.

 

 

| LAS BRAVAS FC | HBO MAX

 

A comédia esportiva mexicana segue em linhas gerais a premissa clássica de “Nós Somos os Campeões” (1992), do treinador frustrado e relutante de um time infantil sem talento, que após ser forçado a ajudar os jovens tem a vida mudada e encontra a redenção.

A versão boleira dessa história acompanha Roberto (Mauricio Ochmann, de “Teste de Paternidade”), um famoso jogador de futebol que, ao sofrer uma lesão de fim de carreira, resolve retornar à sua pequena cidade natal. Mas em vez de ser recebido como ídolo, é tratado como um atleta arrogante que deu as costas ao país para jogar na Espanha. Para piorar, ele enfrenta problemas com a receita federal. Sua única saída é recorrer ao tio milionário, que lhe faz uma proposta: pagar suas dívidas, desde que treine o time de futebol local para levá-lo à primeira divisão.

O detalhe, que ele só descobre no primeiro treino, é que o Las Bravas F.C. é um time de futebol feminino, formado por adolescentes. E elas são muito ruins de bola. Machista assumido, Roberto só não desiste porque descobre que uma das garotas é a filha que nunca conheceu. A partir daí, a comédia criada pelo humorista Flipy (“El Hormigueiro”) vira melodrama, acompanhando a evolução do time e do protagonista, como ambos se tornando melhores.

 

 

| LOVE, DEATH & ROBOTS | NETFLIX

 

Com formato de antologia sci-fi, a série animada é na verdade uma coleção de curtas, que reúne sob o mesmo título o talento de diferentes autores, alguns promissores e outros já premiados. Cada capítulo/curta apresenta um estilo de animação diferente, sempre com visual refinadíssimo – do mais estilizado ao fotorrealista – e geralmente ilustrando tramas adultas, com muito sangue, sexo, monstros, violência… e robôs.

Desenvolvida pelos cineastas Tim Miller (“Deadpool”) e David Fincher (“Clube da Luta”), a produção já venceu cinco Emmys e quatro Annies.

 

 

| VAMPIRO NO JARDIM | NETFLIX

 

À primeira vista um anime gótico passado num futuro distópico, a atração revela-se, com a evolução dos episódios, um melodrama com sugestivo subtexto lésbico.

A protagonista Momo faz parte de uma sociedade humana fechada que os vampiros não conseguiram destruir. Sua mãe é uma comandante de guerra num mundo extremamente deprimente, onde cada dia é uma luta pela sobrevivência. Mas enquanto os vampiros desejam destruir a humanidade devido à sua sede implacável de sangue, a futura rainha vampira Fine já amou uma humana. Quando as duas personagens se encontram, sentem uma conexão imediata e passam a imaginar um paraíso onde possam coexistir.

O problema é que o relacionamento entre as duas mulheres é proibido por suas respectivas tribos, o que conduz a uma perseguição e repressão com o objetivo de torná-las exemplos. A metáfora é evidente, mas o fato de a arte do Wit Studio (de “Ataque dos Titãs”) ser belíssima ajuda no engajamento. O designer das personagens, Tetsuya Nishio, trabalhou nos filmes de “Boruto” e “Neon Genesis Evangelion”. Já roteiro e direção são de Ryôtarô Makihara (“O Império dos Cadáveres”), com assistência de Hiroyuki Tanaka (“Ataque dos Titãs”).

 

 

| BLACK DYNAMITE | HBO MAX

 

A HBO Max disponibilizou as duas temporadas da animação adulta baseada no filme “Black Dynamite”. Lançada em 2009, a comédia virou cult por parodiar a era blaxploitation dos anos 1970 com grande exagero, e a animação produzida por Carl Jones e Brian Ash (ambos de “The Boondocks”) mantém o clima extravagante e consegue ser ainda mais politicamente incorreta, com muita violência, palavrões, sexo, drogas, gírias de época, carrões nada econômicos e trilha bombástica de soul/funk.

“Black Dynamite” foi concebido pelo ator Michael Jai White, que foi o super-herói “Spawn” nos cinemas, em parceria com o colega Byron Minns (“O Imbatível”) e o diretor Scott Sanders (“Contragolpe”). White também estrelou o filme e dubla o protagonista na série – um ex-agente da CIA, veterano da guerra do Vietnã, que decide enfrentar traficantes de drogas depois que seu irmão mais novo é morto. O personagem é campeão de kung fu, anda carregado de armas, está sempre acompanhado por belas mulheres, ostenta um imponente penteado afro e nunca perde a chance de se mostrar viril e machão.

A dublagem original também inclui Tommy Davidson (“Irresistível Atração”), Arsenio Hall (“Um PrÍncipe em Nova York”), Kym Whitley (“Made for Love”) e Byron Minns, todos reprisando personagens do longa.