Três dias após ser demitido das filmagens de “Bohemian Rhapsody”, filme sobre a banda Queen, o diretor Bryan Singer foi acusado de estuprar um jovem de 17 anos em um iate em 2003.
Segundo Cesar Sanchez-Guzman, que denunciou e está processando Singer, o diretor o teria forçado a fazer sexo e comprado seu silêncio em troca de um papel em um filme.
A ação judicial, protocolada junto à corte de Seattle, ainda declara que o iate em que estavam Singer e Guzman era de Lester Waters, um investidor descrito como “anfitrião de festas para jovens gays na cidade”.
Em um comunicado, um representante do diretor disse que ele “nega categoricamente as acusações e irá se defender até que esse processo chegue ao fim”.
Coincidentemente, o advogado de Cesar Sanchez-Guzman é Jeffrey Herman, o mesmo que representou Michael Egan em 2014, em um processo contra Singer, o produtor de TV Garth Ancier e o executivo da Disney David Neuman.
Na ocasião, Egan também acusou Singer de estuprá-lo quando ele era menor, o que teria acontecido no Havaí. Mas a acusação tinha muitas inconsistências e ruiu quando o diretor conseguiu provar que, na data alegada, estava no Canadá filmando “X-Men”.
Além disso, Jeff Herman, advogado de Egan e agora de Sanchez-Guzman, já teve sua carteira da Ordem dos Advogados suspensa pela Suprema Corte do Estado da Flórida por agir de forma desonesta no exercício da profissão e tomar atitudes prejudiciais a um cliente.
Por conta do primeiro escândalo, Singer chegou a ser afastado da divulgação de “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”. Mas quando as acusações ruíram, ele voltou à franquia para dirigir “X-Men: Apocalipse”.
A boa vontade da Fox, porém, acabou após seu sumiço em plenas filmagens de “Bohemian Rhapsody”. O diretor alega que precisou se afastar para lidar com problemas de saúde de seus pais, e que o estúdio não teve sensibilidade para lhe dar alguns dias de folga.
A convergência do sumiço, da demissão e da nova acusação deve alimentar teorias diferentes sobre a razão do afastamento de Singer.