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“Oppenheimer” vira cinebiografia de maior bilheteria em todos os tempos
O filme “Oppenheimer”, de Christopher Nolan, quebrou um recorde neste fim de semana nos cinemas. Ele não apenas ultrapassou a marca de US$ 900 milhões em vendas de ingressos em todo o mundo. Ao atingir o total de US$ 912,7 milhões, tornou-se a cinebiografia de maior bilheteria de todos os tempos, superando “Bohemian Rhapsody”, o filme sobre Freddie Mercury e a banda Queen, que faturou US$ 910 milhões em 2018. “Oppenheimer” também é o terceiro título de maior bilheteria do ano e o terceiro mais rentável da carreira de Nolan. No Reino Unido, a produção superou “Dunkirk” como o maior sucesso do cineasta no país. Na China, teve uma retenção impressionante, com um aumento de bilheteria de 170% em seu terceiro fim de semana em cartaz. Os cinco principais mercados para “Oppenheimer” até o momento são o Reino Unido (US$ 73 milhões), China (US$ 54 milhões), Alemanha (US$ 48 milhões), França (US$ 41,6 milhões) e Itália (US$ 26,8 milhões). Em entrevista para a revista Variety, Paul Dergarabedian, analista sênior da Comscore, declarou: “Para ‘Oppenheimer’ ultrapassar a marca de US$ 900 milhões globalmente após apenas nove semanas nos cinemas é uma conquista notável. Mostra como um filme incrível com um diretor superstar e um elenco repleto de estrelas pode transformar um épico histórico de três horas em um sucesso de bilheteria mainstream”. A cinebiografia, que tem Cillian Murphy no papel de J. Robert Oppenheimer, conhecido como o “pai da bomba atômica”, já é altamente lucrativo para a Universal, onde registra a maior bilheteria de filme original (não pertencente à franquia) de todos os tempos. O uso de câmeras Imax por Nolan para filmar “Oppenheimer” também se mostrou uma decisão acertada. O filme tornou-se um dos cinco títulos de maior bilheteria da Imax na História, com US$ 180 milhões globalmente, ficando atrás apenas de “Avatar”, “Avatar: O Caminho da Água”, “Star Wars: O Despertar da Força” e “Vingadores: Ultimato”. A produção ainda segue em cartaz nos cinemas.
Bruce Gowers, diretor do clipe de “Bohemian Rhapsody”, morre aos 82 anos
O diretor Bruce Gowers, que assinou o visionário clipe “Bohemian Rhapsody”, do Queen, e nove temporadas do reality show “American Idol”, morreu no último domingo (15/1) de complicações de uma infecção respiratória aguda. Ele tinha 82 anos. Especialista em eventos ao vivo e especiais de TV, Gowers também dirigiu e/ou produziu as premiações do Emmys, da Billboard Music Awards, do MTV’s Music Video and Movie Awards, do ESPYs, do People’s Choice Awards e muitas outras. Gowers nasceu em 21 de dezembro de 1940, em New Kilbride, na Escócia, onde seus pais trabalharam durante a 2ª Guerra Mundial. Ele frequentou o BBC Training College e começou sua carreira na BBC, onde trabalhou como técnico antes de conseguir cargos de produção e direção de programas. Ele se mudou os Estados Unidos nos anos 1970 e conheceu sua futura esposa, Carol Rosensteinna, durante uma gravação do vídeo musical de “Tonight’s the Night” de Rod Stewart. Ele também fez clipes para Elton John, The Pretenders, Santana, Van Halen, REO Speedwagon, Christopher Cross, Genesis e Fleetwood Mac durante sua carreira. Porém, o grande marco de sua carreira foi o clipe de “Bohemian Rhapsody” do Queen, filmado no Elstree Studios, em Londres, em novembro de 1975. O pequeno vídeo de Gowers foi o primeiro clipe exibido no popular programa musical “Top of the Pops”, da BBB, que até então mostrava apenas artistas fazendo playbacks no estúdio. A repercussão causada por seu visual ajudou a banda de Freddie Mercury a alcançar o estrelato e influenciou todos os grandes artistas a produzirem vídeos para acompanhar suas músicas. Essa iniciativa acabou gerando clipes suficientes para o lançamento, seis anos depois, de um canal especializado em sua exibição: a MTV. “Mudou a forma como a música era percebida; todo mundo estava fazendo vídeos e as bandas estavam vendo suas vendas e posições nas paradas aumentarem se seus vídeos fossem bons”, lembrou o diretor ao Daily Mail em 2018. “A única coisa que me incomoda é que eles usam meu vídeo há 40 anos e nunca me pagaram um centavo ou agradeceram.” Gowers contou que ganhou apenas US$ 590 pelo trabalho, feito sob encomenda da gravadora EMI. Ainda assim, o clipe o posicionou como um dos principais diretores do gêneros e abriu diversas portas para ele, que também dirigiu vídeos famosos de Michael Jackson (“Rock With You”), Prince (“1999”), John Mellencamp (“Jack and Diane”), The Rolling Stones (“Fool to Cry”), Rush (“Limelight,” “Tom Sawyer”), Ambrosia (“How Much I Feel”), 10cc (“I’m Not in Love”), Bee Gees (“How Deep Is Your Love”), Supertramp (“Goodbye Stranger”), Chaka Kahn (“I’m Every Woman”), Peaches and Herb (“Reunited”), Journey (“Lovin’, Touchin’, Squeezin’”) e The Tubes (“Prime Time”). Em 1986, ele venceu um Grammy por seu trabalho pelo clipe “Heart of Rock and Roll”, de Huey Lewis and the News. Oito anos depois, ele recebeu um prêmio DGA por dirigir o especial “Genius: A Night for Ray Charles”. Com esse cartão de visitas, Gowers comandou um total de 234 episódios de “American Idol” de 2002 até 2011, trabalho que lhe rendeu um Emmy de Melhor Direção para Série de Variedades, Música ou Comédia, em 2009. Além disso, ele também dirigiu especiais de comédia de Richard Lewis, Jerry Seinfeld, Robin Williams, Billy Crystal, Eddie Murphy e Paula Poundstone e especiais de música de Justin Timberlake e Britney Spears. Em comunicado, sua família disse que Gowers “sempre trouxe entusiasmo, energia, paixão e alegria ilimitados ao seu trabalho. Ele amava e era amado pelas equipes com quem trabalhava e era conhecido em toda parte por sua generosidade como colega, constantemente incentivando e promovendo as pessoas talentosas da sua equipe”. Relembre abaixo o principal trabalho de Bruce Gowers.
Jaimie Alexander entra na adaptação dos quadrinhos de “Red Sonja”
A atriz Jaimie Alexander, que interpreta a guerreira Sif nos filmes de Thor, entrou em outra adaptação de quadrinhos da Marvel. Ela postou uma imagem do roteiro de “Red Sonja” em seu Instagram, indicando a novidade – “Apenas uma leitura leve para o meu voo”, diz o texto que acompanha a foto. Jaimie Alexander será a segunda atriz da Marvel confirmada no filme, mas não teve seu papel revelado. Hannah John-Kamen, que viveu a vilã Fantasma em “Homem-Formiga e a Vespa”, viverá a personagem-título. Há anos em desenvolvimento na Millennium Films, a produção será dirigida por Joey Soloway, que era conhecida como Jill Soloway quando criou a série sobre transexualidade “Transparent”. Ela substitui o cineasta Bryan Singer no projeto, afastado após ser acusado de assédio sexual e ganhar fama de irresponsável pelo abandono das filmagens de “Bohemian Rhapsody” antes do fim. Além de dirigir, Soloway assina o roteiro em parceria com Tasha Huo, responsável pela vindoura série de animação de “Tomb Raider” para a Netflix. “Red Sonja” habita o mesmo universo hiboriano de Conan, o Bárbaro, mas a guerreira não é uma criação literária de Robert E. Howard como o herói cimério. Red Sonja é uma personagem de quadrinhos, concebida pelo escritor e editor Roy Thomas, o substituto de Stan Lee na Marvel, como coadjuvante de Conan em 1973. Thomas se inspirou em diferentes personagens femininas de Howard – como a pirata Red Sonya de Rogatino – , mas sua criação é original e também teve grande contribuição dos desenhistas Barry Windsor-Smith e Esteban Maroto. O segundo foi quem, mais tarde, desenhou o famoso biquíni de metal vestido pela heroína. Sua história pode ser resumida com o texto usado por Roy Thomas para introduzi-la nos anos 1970: “Cerca de 12 mil anos atrás, nos mesmos dias em que Conan da Ciméria caminhava sobre a Terra, surgiu Sonja, a guerreira hirkaniana de cabelos cor de fogo. Forçada a abandonar sua nação por ter assassinado um rei, ela fugiu para o leste… Onde tornou sua espada uma lenda e imortalizou seu nome em todos os reinos hiborianos”. Os leitores se apaixonaram e a coadjuvante acabou promovida a protagonista de sua própria revista, que durou de 1975 a 1986. Vale observar que uma personagem com o mesmo nome voltou aos quadrinhos em 2005, editada pela Dynamite Comics. Mas não é a mesma heroína e sim uma parente distante da Red Sonja original. Não está claro, porém, qual das duas versões vai virar filme, já que a produção não é da Marvel. O projeto de filmar Red Sonja começou a tomar corpo em 2008, quando o cineasta Robert Rodriguez (“Sin City”) escalou sua então namorada Rose McGowan (“Planeta Terror”) como a guerreira. Ilustrações da atriz no biquíni de bolinhas metálicas chegaram a ser divulgadas numa Comic-Con, mas o casal brigou e McGowan virou bruxa, literalmente, em “Conan, o Bárbaro” (2011). Rodriguez tentou manter o filme em pé com Megan Fox (“As Tartarugas Ninja”) no papel principal. Mas a Millennium preferiu recomeçar do zero, contratando Simon West (“Lara Croft: Tomb Raider”) como diretor e Amber Heard (“3 Dias para Matar”) como Sonja. Os planos previam começar as filmagens logo após o lançamento de “Conan”, estrelado por Jason Momoa, mas não levaram em conta a possibilidade de fracasso daquele filme. Isto aconteceu e aquela encarnação de Red Sonja foi fulminada. Uma ironia é que, anos depois, Amber Heard e Jason Momoa foram fazer par em “Liga da Justiça” e “Aquaman”. A Millennium chegou a se animar com a possibilidade de Bryan Singer comandar o filme, oferecendo uma fortuna para o diretor dos longas dos “X-Men” ajudar a lançar outra franquia de quadrinhos. Por isso, a contratação de Soloway representou uma reviravolta completa para a produção, já que a personagem, que luta em trajes mínimos, é uma musa de fantasias adolescentes masculinas. Soloway é conhecida por trazer uma forte perspectiva feminina e por abordar gênero e inclusão em seus projetos. A primeira mudança de sua abordagem foi a contratação de uma atriz negra para o papel da famosa ruiva de pele pálida e cabelos cor de fogo. Hannah John-Kamen não pode ser mais diferente da dinamarquesa Brigitte Nielsen, a primeira intérprete da heroína nas telas – em “Guerreiros de Fogo”, de 1985. Mas, por outro lado, já provou ter grande capacidade física para cenas de ação. Quem não tem a menor experiência no gênero é a própria Soloway. Além de criar “Transparent” e a já cancelada “I Love Dick”, ambas na plataforma da Amazon, ela possui apenas um longa-metragem em seu currículo de direção: “As Delícias da Tarde” (2013), uma comédia indie em que uma dona de casa estabelece amizade com uma adolescente dançarina de striptease. A nova “Red Sonja” ainda não tem previsão de estreia.
Vilã de “Homem-Formiga e a Vespa” será Red Sonja no cinema
O filme de Red Sonja encontrou sua protagonista. A atriz inglesa Hannah John-Kamen, que estrelou a série “Killjoys” e enfrentou “Homem-Formiga e a Vespa”, será a nova versão da guerreira dos quadrinhos no cinema. Há anos em desenvolvimento na Millennium Films, a produção será dirigida por Joey Soloway, que era conhecida como Jill Soloway quando criou a série sobre transexualidade “Transparent”. Ela substitui o cineasta Bryan Singer no projeto, afastado após ser acusado de assédio sexual e ganhar fama de irresponsável pelo abandono das filmagens de “Bohemian Rhapsody” antes do fim. Além de dirigir, Soloway assina o roteiro em parceria com Tasha Huo, responsável pela vindoura série de animação de “Tomb Raider” para a Netflix. “Hannah é uma atriz muito talentosa que temos seguido há anos e ela é Red Sonja”, disse Soloway em um comunicado. “Seu alcance, sensibilidade e força são qualidades que temos procurado e não poderíamos estar mais animados para embarcar nesta jornada juntos.” A personagem habita o mesmo universo hiboriano de Conan, o Bárbaro, mas a guerreira não é uma criação literária – de Robert E. Howard. Red Sonja é uma personagem de quadrinhos, concebida pelo escritor e editor Roy Thomas, o substituto de Stan Lee na Marvel, como coadjuvante de uma revista de “Conan” desenhada por Barry Windsor-Smith em 1973. Thomas se inspirou em diferentes personagens femininas de Howard – como a pirata Red Sonya de Rogatino – , mas sua criação é original e também teve grande contribuição do espanhol Esteban Maroto, que mais tarde desenhou o famoso biquíni de metal vestido pela heroína. Sua história pode ser resumida com o texto usado por Roy Thomas para introduzi-la nos anos 1970: “Cerca de 12 mil anos atrás, nos mesmos dias em que Conan da Ciméria caminhava sobre a Terra, surgiu Sonja, a guerreira hirkaniana de cabelos cor de fogo. Forçada a abandonar sua nação por ter assassinado um rei, ela fugiu para o leste… Onde tornou sua espada uma lenda e imortalizou seu nome em todos os reinos hiborianos”. Os leitores se apaixonaram e a coadjuvante acabou promovida a protagonista de sua própria revista, que durou de 1975 a 1986. Vale observar que uma personagem com o mesmo nome voltou aos quadrinhos em 2005, editada pela Dynamite Comics. Mas não é a mesma heroína e sim uma parente distante da Red Sonja original. O projeto de filmar Red Sonja começou a tomar corpo em 2008, quando o cineasta Robert Rodriguez (“Sin City”) escalou sua então namorada Rose McGowan (“Planeta Terror”) como a guerreira. Ilustrações da atriz no biquíni de bolinhas metálicas chegaram a ser divulgadas numa Comic-Con, mas o casal brigou e McGowan virou bruxa, literalmente, em “Conan, o Bárbaro” (2011). Rodriguez tentou manter o filme em pé, com Megan Fox (“As Tartarugas Ninja”) no papel principal. Mas a Millennium preferiu recomeçar do zero, contratando Simon West (“Lara Croft: Tomb Raider”) como diretor e Amber Heard (“3 Dias para Matar”) como Sonja. Os planos previam começar as filmagens logo após o lançamento de “Conan”, estrelado por Jason Momoa, mas não levaram em conta a possibilidade de fracasso daquele filme. Isto aconteceu e aquela encarnação de Red Sonja foi fulminada. Uma ironia é que, seis anos depois, Amber Heard e Jason Momoa foram fazer par em “Liga da Justiça” e “Aquaman”. A Millennium chegou a se animar com a possibilidade de Bryan Singer comandar o filme, oferecendo uma fortuna para o diretor dos longas dos “X-Men” ajudar a lançar outra franquia de quadrinhos. Por isso, a contratação de Soloway representa uma reviravolta completa para a produção, já que a personagem, que luta em trajes mínimos, é uma musa de fantasias adolescentes masculinas. Soloway é conhecida por trazer uma forte perspectiva feminina e por temas de gênero e inclusão em seus projetos. A primeira mudança de sua abordagem é a contratação de uma atriz negra para o papel da famosa ruiva de pele pálida e cabelos cor de fogo. Hannah John-Kamen não pode ser mais diferente da dinamarquesa Brigitte Nielsen, a primeira intérprete da heroína nas telas – em “Guerreiros de Fogo”, de 1985. Mas, por outro lado, já provou ter grande capacidade física para cenas de ação. Quem não tem a menor experiência no gênero é a própria Soloway. Além de criar “Transparent” e a já cancelada “I Love Dick”, ambas na plataforma da Amazon, ela possui apenas um longa-metragem em seu currículo de direção: “As Delícias da Tarde” (2013), uma comédia indie em que uma dona de casa estabelece amizade com uma adolescente dançarina de striptease. A nova “Red Sonja” ainda não tem previsão de estreia.
Sharon Osbourne diz que cinebiografia de Ozzy será “proibida para menores”
Sharon Osbourne, a esposa e empresária de Ozzy, prometeu que a cinebiografia de seu marido será completamente diferente de “Bohemian Rhapsody” (2018), sobre a vida e a obra de Freddie Mercury, cantor do Queen. Produtora do longa, Sharon disse que está trabalhando em um filme para adultos, proibido para menores. “Não é como nenhuma outra história”, afirmou sobre a trama do filme, em entrevista para a revista Rolling Stone. “Não é apenas ‘rock’n’roll, loucuras e agora sou vovô!’. É muito mais do que isso”. Questionada sobre possíveis paralelos com “Bohemian Rhapsody”, ela rechaçou as comparações. “Aquele foi um filme para gerações mais novas. É limpo demais… Apresentou toda uma geração para músicas que eles nunca tinham ouvido. Foi fenomenal nesse aspecto, mas não acho um bom filme. É um filme correto, feito para canais de TV cristãos”. “O nosso filme será muito mais realista”, continuou. “Não queremos nada limpo, coisas brilhando nem nada disso. Não estamos fazendo para as crianças. Será um filme adulto, proibido para menores. Espero que seja uma história com a qual todos possam se relacionar. Você não precisa ser fã da música, será uma história de um sobrevivente”. Sharon está falando desse filme há dois anos, mas a produção só recentemente contratou um roteirista, cujo nome não foi revelado. A contratação foi anunciada na mesma entrevista, mas pelo filho do cantor, Jack Osbourne. “Nós temos um roteirista”, ele afirmou, revelando que “falamos para abordar de 1979 a 1996”. O período significa que a era de ouro do Black Sabbath será ignorada ou abordada apenas superficialmente para privilegiar a carreira solo do cantor e, claro, seu relacionamento com Sharon, com quem ele se casou neste período – mais especificamente, em 1982.
Estudo denuncia controle da China sobre conteúdo do cinema americano
Um relatório divulgado nesta quarta-feira (5/8) pela organização Pen America acusa os maiores estúdios de cinema dos EUA de promoverem autocensura para permitir que seus filmes sejam bem-vindos no milionário mercado chinês. O estudo de 94 páginas do grupo literário e de direitos humanos revelou uma profunda influência do governo chinês em Hollywood, detalhando as várias maneiras em que os estúdios alteram “elenco, enredo, diálogo e cenários” em um “esforço para evitar antagonizar as autoridades chinesas” em seus filmes. A lista de produções que sofreram intervenção pró-chinesa inclui blockbusters como “Homem de Ferro 3”, “Guerra Mundial Z” e até o vindouro “Top Gun: Maverick”. Segundo a associação, essa autocensura vai desde a remoção da bandeira de Taiwan na jaqueta de Tom Cruise em “Top Gun: Maverick” até a exclusão da China como fonte de um vírus zumbi no filme “Guerra Mundial Z”, lançado em 2013. A prática da autocensura também busca evitar tópicos sensíveis, como Tibete, Taiwan, Hong Kong ou Xinjiang, e eliminar personagens pertencentes à comunidade LGBTQIA+. Para entrar no mercado chinês, conteúdo LGBTQIA+ foi removido de “Bohemian Rhapsody”, quase transformando Freddie Mercury num cantor heterossexual. Filmes como “Star Trek: Sem Fronteiras”, “Alien: Covenant” e “A Viagem” também eliminaram cenas LGBTQIA+. Sequências com mortes de chineses foram tiradas de “007: Operação Skyfall” e “Missão: Impossível III”, e um personagem principal teve a etnia alterada de tibetano para celta em “Doutor Estranho”, da Marvel, uma decisão tomada pelo roteirista para evitar o risco de “alienar 1 bilhão de pessoas”, e que assim atingiu 7,5 bilhões de pessoas, para ficar na metáfora numérica. “Apaziguar o governo chinês e seus censores se tornou uma maneira simples de fazer negócios como qualquer outra”, diz o relatório. Pequim possui um dos mais rígidos sistemas de censura do mundo, sediado no departamento de propaganda do Partido Comunista Chinês. O comitê de censura decide se um filme estrangeiro pode ser lançado no mercado local de filmes, que é o segundo e pode se tornar no maior do mundo após a pandemia de covid-19. Para se ter ideia, os sucessos de bilheteria “Vingadores: Ultimato” e “Homem-Aranha: Longe de Casa” geraram mais receita na China do que nos Estados Unidos. “O Partido Comunista Chinês realmente exerce uma enorme influência sobre a lucratividade dos filmes de Hollywood e os executivos do estúdio sabem disso”, diz a Pen America. Isto gera uma submissão ao autoritarismo chinês, que pode render até momentos constrangedores, como a ida do então CEO da Disney, Michael Eisner, até Pequim para pedir desculpas pessoalmente pela produção do filme “Kundun” de Martin Scorsese, lançado em 1997, que trata da vida de Dalai Lama, líder espiritual do Tibete no exílio. Isto mesmo: a Disney lamentou que o filme existisse, após ele ser censurado e proibido de ser lançado na China, porque seu principal interesse na época era construir um parque temático em Xangai. O relatório denuncia que a censura se institucionalizou a ponto de alguns estúdios fazerem “voluntariamente determinadas restrições sem serem solicitados” e outros até convidam censores chineses para os sets. “Se algum projeto for considerado abertamente crítico” ao regime chinês, os estúdios temem que “sejam colocados em uma lista negra”, disse um produtor, que pediu para não ser identificado, à agência AFP. Assim, não permitem sequer que filmagens críticas à China sejam realizadas, eliminando-as do cinema de Hollywood. Em junho passado, o ator Richard Gere, que é budista e defensor da causa tibetana, já tinha comparecido ao Senado dos EUA para denunciar a forma como a China estava controlando o conteúdo de Hollywood. “A combinação da censura chinesa com o desejo dos estúdios de cinema americanos de acessar o mercado chinês leva à autocensura e a negligenciar as questões sociais que os grandes filmes americanos sempre abordaram”, disse ele na ocasião. “Ao obedecer aos ditames chineses, a abordagem de Hollywood cria um padrão para o resto do mundo”, afirma a Pen America, que conclui seu relatório lamentando a forma como esse “novo normal” consolidou-se em países supostamente orgulhosos de sua liberdade de expressão.
Bee Gees vai ganhar cinebiografia do produtor de Bohemian Rhapsody
A Paramount Pictures está desenvolvendo uma nova cinebiografia da banda de pop rock com o produtor Graham King, responsável pelo fenômeno de “Bohemian Rhapsody”, sobre o Queen. Desta vez, os biografados são os Bee Gees. O estúdio comprou os direitos autorais das músicas da banda, que pertencem à família Gibb, com a ajuda de King, para garantir a trilha do longa-metragem. Mas ainda não foram revelados detalhes sobre o projeto, como roteirista, diretor, elenco ou previsão de lançamento. Formada no final dos anos 1950 na Austrália, a banda dos irmãos Barry, Robin e Maurice Gibb, nascidos no Reino Unido, ficou conhecida entre o final dos anos 1960 e começo dos 1970, graças a baladas influenciadas pelo pop britânico do período – The Beatles, The Hollies, Herman’s Hermits e Manfred Mann. Mas só foi virar um fenômeno mundial em meio à geração seguinte, no auge da discoteca, graças à sua participação na trilha do filme “Os Embalos de Sábado à Noite” (1975), que eternizou hits como “Stayin’ Alive”,”Night Fever”, “How Deep Is Your Love”, “More Than a Woman” e “You Should Be Dancing”. Barry Gibb é o único integrante do trio ainda vivo. Relembre abaixo duas músicas que marcam os diferentes períodos da banda.
Bohemian Rhapsody transformou Queen na maior banda de rock de 2019
Sem lançar um hit desde a década de 1990, Queen se transformou na banda de rock mais bem-sucedida de 2019. Tudo graças ao filme “Bohemian Rhapsody”. Um balanço de meio do ano da Nielsen Music divulgado nesta quinta-feira (27/6) revelou que a trilha sonora de “Bohemian Rhapsody”, que venceu quatro prêmios no Oscar, foi o título de rock de melhor venda nos primeiros seis meses de 2019. E o detalhe é que a compilação “Greatest Hits 1”, do Queen, ficando em 2º lugar. O Queen vendeu mais de 731 mil álbuns – mais do que qualquer outro artista do gênero – e teve mais de 1,3 milhão de downloads digitais, segundo a Nielsen. Em fevereiro, o Queen se tornou a primeira banda de rock a abrir a cerimônia do Oscar, em Hollywood, com uma performance ao vivo de “We Will Rock You” e “We Are the Champions”. A performance de Lady Gaga e do ator e diretor Bradley Cooper nos palcos do Oscar de seu dueto “Shallow”, do filme “Nasce uma Estrela”, também fez as vendas aumentarem. A balada romântica teve 648 mil músicas digitais baixadas até agora no ano, de acordo com o relatório. O filme biográfico de Elton John, “Rocketman”, também levou a um aumento de 138% nas vendas de álbuns do cantor e compositor britânico na primeira semana após o lançamento do filme nos cinemas, em 31 de maio. O relatório usou dados de vendagens registradas entre 4 de janeiro e 20 de junho.
Criadora de Transparent substitui Bryan Singer na direção de Red Sonja
A cineasta indie Jill Soloway, mais conhecida como criadora da série “Transparent”, vai escrever e dirigir seu primeiro filme de grande orçamento. Ela foi contratada para substituir o cineasta Bryan Singer (“Bohemian Rhapsody”) à frente da adaptação dos quadrinhos de “Red Sonja”. Singer foi dispensado pelos produtores no começo do ano, após o surgimento de novas acusações de assédio sexual contra ele. O presidente da produtora Millennium, Avi Lerner, chegou a garantir a manutenção do diretor no projeto. Mas depois voltou atrás, quando o BAFTA (a Academia Britânica das Artes Cinematográficas e Televisivas) retirou o nome de Singer das indicações do filme “Bohemian Rhapsody” em seu prêmio anual. A mudança deve impactar a abordagem do filme. Os quadrinhos da Marvel já tiveram uma adaptação convencional em 1985, chamada de “Guerreiros de Fogo”, que foi estrelada por Brigitte Nielsen e Arnold Schwarzenegger. “Eu mal posso esperar para trazer o mundo épico de ‘Red Sonja’ para a tela”, disse Soloway em comunicado oficial. “Explorar essa mitologia poderosa, e poder evoluir o significado do heroísmo, é um sonho realizado para mim”. Apesar de viver no mesmo universo hiboriano de Conan, a guerreira ruiva não é uma criação literária de Robert E. Howard, o autor de Conan. Red Sonja foi criada pelo escritor e editor Roy Thomas, o substituto de Stan Lee na Marvel, como coadjuvante de uma história em quadrinhos de “Conan”, desenhada por Barry Windsor-Smith em 1973. Thomas se inspirou em diferentes personagens femininas de Howard – como a pirata Red Sonya de Rogatino – , mas sua criação é original e também teve grande contribuição do espanhol Esteban Maroto, que mais tarde desenhou o famoso biquíni de metal vestido pela heroína. Sua história pode ser resumida com o texto usado por Roy Thomas para introduzi-la nos anos 1970: “Cerca de 12 mil anos atrás, nos mesmos dias em que Conan da Ciméria caminhava sobre a Terra, surgiu Sonja, a Guerreira Hirkaniana de cabelos cor de fogo. Forçada a abandonar sua nação por ter assassinado um rei, ela fugiu para o leste… Onde tornou sua espada uma lenda e imortalizou seu nome em todos os reinos hiborianos”. Os leitores se apaixonaram e ela acabou promovida a protagonista de sua própria revista, que durou de 1975 a 1986. Vale observar que uma personagem com o mesmo nome voltou aos quadrinhos em 2005, editada pela Dynamite Comics. Mas não é a mesma heroína e sim uma parente distante da Red Sonja original. O projeto de refilmar Red Sonja começou a tomar corpo em 2008, quando o cineasta Robert Rodriguez (“Sin City”) escalou sua então namorada Rose McGowan (“Planeta Terror”) como a guerreira. Ilustrações da atriz no biquíni de bolinhas metálicas chegaram a ser divulgadas numa Comic-Con, mas o casal brigou e McGowan virou bruxa, literalmente, em “Conan, o Bárbaro” (2011). Rodriguez tentou manter o filme em pé, com Megan Fox (“As Tartarugas Ninja”) no papel principal. Mas a Millennium preferiu recomeçar do zero, contratando Simon West (“Lara Croft: Tomb Raider”) como diretor e Amber Heard (“3 Dias para Matar”) como Sonja. Os planos previam começar as filmagens logo após o lançamento de “Conan”, estrelado por Jason Momoa, mas não contavam com o fracasso daquele filme, que fulminou a produção. Uma ironia é que, seis anos depois, Amber Heard e Jason Momoa foram fazer par em “Liga da Justiça”. Quem estava escrevendo a nova versão do roteiro era Ashley Miller, de “Thor” e “X-Men: Primeira Classe”. Mas Jill Soloway deve filmar sua própria história. A contratação de Soloway representa uma reviravolta completa no filme, já que a personagem, que luta em trajes mínimos, é musa de fantasias adolescentes masculinas. Soloway é conhecida por trazer uma forte perspectiva feminina e por temas de gênero e inclusão em seus projetos. Além de criar “Transparent” e já cancelada “I Love Dick”, ambas na plataforma da Amazon, ela produziu várias séries, mas tem apenas um longa-metragem em seu currículo de direção: “As Delícias da Tarde” (2013), em que uma dona de casa estabelece amizade com uma adolescente dançarina de striptease.
Diretor de Bohemian Rhapsody pretende pagar para não responder por crime sexual
O diretor Bryan Singer, de “Bohemian Rhapsody” e da saga “X-Men”, aceitou pagar US$ 150 mil para se livrar das acusações de crime sexual contra um garoto de 17 anos em 2003. Cesar Sanchez-Guzman entrou na justiça em dezembro de 2017 alegando que o cineasta o agrediu sexualmente durante uma festa em um iate em Seattle, obrigando-o a fazer sexo contra sua vontade. O diretor negou a acusação de estupro, como já tinha feito anteriormente, e garantiu que o acordo é apenas para evitar mais custos de um caso que já arrasta a dois anos. O advogado de Singer, Andrew Brettler, disse que o cineasta nega “até mesmo conhecer esse indivíduo, quanto mais alegadamente ter interagido com ele há mais de 15 anos”. Também lembrou que o acusador, até agora, não apresentou prova alguma de suas alegações. Mas que, apesar disso, o cineasta decidiu resolver a questão por um acordo financeiro, já que a situação está se prolongando e impactando sua carreira de forma negativa. “A decisão de resolver a questão foi puramente comercial, já que os custos do litígio excederiam em muito o valor solicitado pelos credores”. E é aí que entra um detalhe curioso. Ao entrar com sua queixa-crime, Cesar Sanchez-Guzman chamou atenção de credores, que não o processaram anteriormente por ele não ter bens para quitar dívidas de um pedido de falência registrado em 2014. Com o processo contra Singer, os credores entraram como parte interessada no resultado do acordo. E já aceitaram receber a quantia proposta. Mas as peculiaridades deste caso não ficam nisso. O advogado de Cesar Sanchez-Guzman é Jeffrey Herman, o mesmo que representou outro jovem, Michael Egan, em um processo semelhante de 2014 contra Singer, o produtor de TV Garth Ancier e o executivo da Disney David Neuman. Na ocasião, Egan também acusou Singer de estuprá-lo quando ele era menor, o que teria acontecido no Havaí. Mas a acusação tinha muitas inconsistências e ruiu quando o diretor conseguiu provar que, na data alegada, estava no Canadá filmando “X-Men”. Além disso, Jeff Herman, advogado de Egan e agora de Sanchez-Guzman, já teve sua carteira da Ordem dos Advogados suspensa pela Suprema Corte do Estado da Flórida por agir de forma desonesta no exercício da profissão e tomar atitudes prejudiciais a um cliente. Por conta do primeiro escândalo, Singer chegou a ser afastado da divulgação de “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”. Mas quando as acusações ruíram, ele voltou à franquia para dirigir “X-Men: Apocalipse”. A boa vontade da Fox, porém, acabou após seu sumiço em plenas filmagens de “Bohemian Rhapsody”. O diretor alega que precisou se afastar para lidar com problemas de saúde de seus pais, e que o estúdio não teve sensibilidade para lhe dar alguns dias de folga. A convergência do sumiço, da demissão, da acusação de Cesar Sanchez-Guzman e ainda de uma reportagem com quatro novas acusações de sexo com menores de idade, publicada pela revista The Atlantic, de Boston, pode ser mais que coincidência e servir para alimentar teorias por trás do afastamento de Singer do comando de “Bohemian Rhapsody”.
Brian May revela que Queen ainda não recebeu “nem um centavo” por Bohemian Rhapsody
O guitarrista Brian May revelou que os integrantes da banda Queen ainda não receberam “nem um centavo” por “Bohemian Rhapsody”, cinebiografia da banda que venceu quatro Oscars e fez mais de US$ 900 milhões de bilheteria mundial. “Estava rindo outro dia, porque li em um jornal que estávamos ganhando muito dinheiro por causa do filme. Ah, se eles soubessem. Estávamos reunidos com um contador há uns dias e ainda não recebemos nem um centavo pelo filme. Não é curioso? Quanto sucesso um filme tem que fazer para começar a dar lucro?”, questionou o guitarrista em entrevista à BBC Radio 2. Apesar de ainda não ter visto a cor do dinheiro, o músico garantiu que ficou muito satisfeito com o longa-metragem, sucesso de público e crítica. “Foi um trabalho carregado de amor, foram 12 anos em desenvolvimento. Imaginávamos que ia ter uma boa bilheteria, mas não tão boa assim”, avaliou.









