Ray Fisher se recusa a fazer novos projetos da DC Films
Um dos motivos que explicam a falta de vontade da DC Films em dar continuidade à “Liga da Justiça” manifestou-se no Twitter. Após o chefão do estúdio, Walter Hamada, revelar planos para lançar seis filmes da DC por ano, o ator Ray Fisher, intérprete do Ciborgue, voltou a usar as redes sociais para atacar o executivo. Fisher linkou a entrevista de Hamada (no New York Times) sobre o futuro da DC Films, para declarar que não vai participar de “nenhuma produção associada a ele”. Fisher retomou uma briga que ele iniciou em setembro, ao revelar suposta conversa em que o executivo teria sugerido sacrificar algumas pessoas da produção da “Liga da Justiça” para preservar um dos produtores. Isto aconteceu em meio a várias polêmicas, como a denúncia feita pelo ator contra o diretor Joss Whedon por comportamento “abusivo” durante as refilmagens de “Liga da Justiça” e outras acusações, como racismo ou acobertamento de atitudes racistas – inclusive da parte do chefão da Warner Bros. Pictures, Toby Emmerich. “Para vocês entenderem o quão fundo isso vai: após eu expor o que aconteceu em ‘Liga da Justiça’, o presidente da DC Films [Walter Hamada] me ligou tentando que eu jogasse Joss Whedon e Jon Berg na fogueira e que eu pegasse leve com Geoff Johns. Eu não vou”, Fisher afirmou nas redes sociais, na ocasião. Agora, ele retoma a briga. “Walter Hamada é o mais perigoso tipo de facilitador. Ele mente, e sua tentativa fracassada de relações públicas de 4 de setembro procurou minar as questões reais por trás da investigação dos bastidores de ‘Liga da Justiça’. Não participarei de nenhuma produção associada a ele”, tuitou o ator nesta quarta (30/12). A tempestade de fogo de Fisher contra a WarnerMedia começou em 1º de julho num tuite em que definiu o comportamento do cineasta Joss Whedon no set como “nojento, abusivo, não profissional e inaceitável”. Ele ainda alegou que os produtores Geoff Johns e Jon Berg incentivavam o cineasta, que entrou na produção para fazer refilmagens depois que o diretor Zack Snyder se afastou devido a uma tragédia pessoal. Na primeira sexta de setembro, a WarnerMedia lançou um longo comunicado, o que não é típico do estúdio em situações de crise, disparando contra Fisher. “Em julho, os representantes de Ray Fisher pediram ao presidente da DC Films, Walter Hamada, que conversasse com o Sr. Fisher sobre suas preocupações durante a produção de ‘Liga da Justiça’. Os dois já haviam se falado quando o Sr. Hamada pediu que ele repetisse seu papel como Ciborgue no próximo filme da Warner Bros, do herói Flash, juntamente com outros membros da Liga da Justiça”, dizia o texto. “Em sua conversa de julho, o Sr. Fisher relatou divergências que teve com a equipe de criação do filme em relação à sua interpretação de Ciborgue, e reclamou que as revisões sugeridas do roteiro não foram adotadas. O Sr. Hamada explicou que diferenças criativas são uma parte normal do processo de produção e que o roteirista/diretor de um filme deve, em última instância, ser responsável por esses assuntos”, continuou o comunicado. “Notavelmente, o Sr. Hamada também disse ao Sr. Fisher que levaria suas preocupações à WarnerMedia para que eles pudessem conduzir uma investigação. Em nenhum momento o Sr. Hamada ‘jogou alguém na fogueira’, como o Sr. Fisher falsamente alegou, ou fez qualquer julgamento sobre a produção da Liga da Justiça, na qual Hamada não teve envolvimento, pois as filmagens ocorreram antes do Sr. Hamada assumir sua posição atual”, segue a nota. “Embora o Sr. Fisher nunca tenha alegado qualquer conduta indevida contra ele, a WarnerMedia, no entanto, iniciou uma investigação sobre as preocupações que ele havia levantado sobre a representação de seu personagem. Ainda não satisfeito, Fisher insistiu que a WarnerMedia contratasse um investigador independente. Este investigador tentou várias vezes se encontrar com o Sr. Fisher para discutir suas preocupações, mas, até o momento, o Sr. Fisher recusou-se a falar com o investigador. A Warner Bros. continua comprometida com a responsabilidade e o bem-estar de cada elenco e membro da equipe em cada uma de suas produções. Ela também continua empenhado em investigar qualquer alegação específica e confiável de má conduta, o que até agora o Sr. Fisher não forneceu”, conclui o texto oficial. Em uma entrevista subsequente à Forbes, em outubro, Fisher indicou que as questões raciais desempenharam um papel nas decisões que levaram aos seus alegados maus-tratos no set da “Liga da Justiça”. Outras estrelas de “Liga da Justiça”, como Jason Momoa, o Aquaman, apoiaram a cruzada do colega nas redes sociais, enquanto o ator convocava uma investigação. “Coisas sérias aconteceram”, declarou Momoa. Já Gal Gadot, a Mulher Maravilha, disse ao Los Angeles Times que não participou das refilmagens com Fisher, mas também teve “minha própria experiência com [Whedon], que não foi a melhor, e tomei providências quando isso aconteceu. Eu levei minha denúncia aos chefes [da Warner], e eles deram um jeito”. Na noite de 11 de dezembro, a WarnerMedia divulgou uma declaração vaga e superficial de que sua investigação dos bastidores de “Liga da Justiça” foi “concluída e medidas corretivas foram tomadas”. Nenhum outro detalhe foi fornecido e nem os executivos do cinema da Warner Bros. sabiam que medidas foram estas. Pouco depois desta declaração, Fisher compartilhou um texto oficial que recebeu da WarnerMedia com um agradecimento pela “coragem de se apresentar e ajudar a empresa a criar um ambiente de trabalho inclusivo e mais igualitário para seus funcionários e parceiros”. Ele acrescentou sua própria declaração no Twitter: “Ainda há conversas que precisam acontecer e resoluções que precisam ser encontradas. Obrigado a todos por seu apoio e incentivo nesta jornada. Estamos à caminho.” Fisher ainda informou que a investigação “levou a uma ação corretiva”, afirmando que “já vimos” isso, mas outros desdobramentos “ainda estão por vir”. Na época, especulou-se que o comentário se referia a Joss Whedon, que duas semanas antes tinha abandonado a produção da fantasia “The Nevers”, que ele criou para a HBO, citando exaustão e acontecimentos sem precedentes de 2020 que afetaram sua vida de “maneiras que jamais poderia ter imaginado”. Não houve, até o momento, nenhuma outra repercussão visível da investigação. Por outro lado, a reportagem de domingo passado (27/12) do New York Times sobre os planos ambiciosos da DC Films informou que, apesar de Hamada prometer seis filmes por ano, nenhum deles seria continuação de “Liga da Justiça”. A HBO Max está investindo uma fortuna para relançar o filme como uma minissérie de quatro horas, totalmente reeditada pelo diretor original, Zack Snyder. Mesmo assim, de acordo com o jornal nova-iorquino, o estúdio avalia essa produção “como uma narrativa que não leva a lugar nenhum”.
James Gunn diz que série do Pacificador será para maiores
O cineasta James Gunn resolveu se pronunciar sobre a classificação etária da série “Peacemaker”, spin-off de “O Esquadrão Suicida” focado no vilão Pacificador, vivido por John Cena. Após as redes sociais espalharem rumores de que a série, anunciada em setembro para a HBO Max, poderia ter uma estreia simultânea na rede CW, Gunn disse no Twitter que a produção será voltada para adultos e, portanto, não tem a menor possibilidade de chegar a um canal de TV aberta. Segundo o diretor, que está escrevendo e produzindo a série, caso “Peacemaker” fosse editada para se adequar às restrições etárias de uma rede de TV, ela “teria apenas 40 segundos de duração”. Gunn não explicou porque motivo a produção seria “inapropriada” para menores, mas provavelmente se trata de uma trama com bastante violência. Produzido por Gunn, Cena e Peter Safran (produtor de “Aquaman”), a atração irá explorar a origem do Pacificador, embora o cineasta aponte que isso não a torna automaticamente um prólogo de “O Esquadrão Suicida”. A série também pode apresentar aparições de outros membros da Força Tarefa X (mais conhecida como Esquadrão Suicida), sugeriu Gunn. A série de oito episódios ainda não recebeu uma data de estreia na HBO Max. Lol. No. If we edited it for broadcast TV it would be forty seconds long. https://t.co/cVfKP8iFLz — James Gunn (@JamesGunn) December 28, 2020
WarnerMedia conclui investigação sobre bastidores tóxicos de Liga da Justiça
Cinco meses depois que o ator Ray Fisher, o Ciborgue da “Liga da Justiça”, mencionou publicamente uma alegada má conduta durante as refilmagens do longa de 2017, a WarnerMedia concluiu uma investigação sobre o que teria acontecido nos bastidores da produção. Mas não vai compartilhar suas conclusões. “A investigação da WarnerMedia sobre o filme da ‘Liga da Justiça’ foi concluída e medidas corretivas foram tomadas”, disse resumidamente a WarnerMedia em um comunicado na noite de sexta-feira (11/12). A declaração, assinada pela chefe de comunicações globais da empresa, Christy Haubegger, é tudo o que a WarnerMedia tem a dizer sobre o assunto. A empresa não deu mais detalhes sobre quais medidas foram tomadas nem contra quem. O site Deadline teria apurado que executivos de alto escalão do departamento cinematográfico da Warner Bros foram surpreendidos pelo anúncio desta noite, também sem saber quem especificamente estava recebendo punição nesta situação. Por outro lado, Ray Fisher, o homem que exigiu a investigação sobre a conduta do diretor substituto Joss Whedon no set e os produtores do filme, aparentou estar claramente de bom humor. Pouco depois de a declaração da WarnerMedia ter sido divulgada, Fisher compartilhou um texto oficial que recebeu da WarnerMedia com um agradecimento pela “coragem de se apresentar e ajudar a empresa a criar um ambiente de trabalho inclusivo e mais igualitário para seus funcionários e parceiros”. Ele acrescentou sua própria declaração no Twitter: “Ainda há conversas que precisam acontecer e resoluções que precisam ser encontradas. Obrigado a todos por seu apoio e incentivo nesta jornada. Estamos à caminho.” Fisher ainda informou que a investigação “levou a uma ação corretiva”, explicamos que parte disso “já vimos”, mas outros desdobramentos “ainda estão por vir”. A especulação é que ele se refere a Whedon, que há duas semanas abandonou a produção da fantasia “The Nevers”, que ele criou para a HBO, citando exaustão e acontecimentos sem precedentes de 2020 que afetaram sua vida de “maneiras que jamais poderia ter imaginado”. Em julho, Fisher acusou Whedon no Twitter de tratar atores e outros membros da equipe de “Liga da Justiça” de maneira “nojenta, abusiva, não profissional e inaceitável” durante as filmagens. E alegou que os produtores Geoff Johns e Jon Berg incentivavam o cineasta, contratado para fazer refilmagens depois que o diretor Zack Snyder se afastou devido a uma tragédia pessoal. O ator manteve comportamento litigioso desde que fez a denúncia, envolvendo também outros figurões da Warner, como o próprio chefão do estúdio, Toby Emmerich, e o presidente da DC Films, Walter Hamada, e voltou ao Twitter, logo após o anúncio da saída de Whedon, para afirmar que as mudanças de bastidores em “The Nevers” eram consequências da investigação sobre “Liga da Justiça”, e que a “versão oficial” de exaustão seria uma forma encontrada pela Warner para não queimar o cineasta. Ou, na visão do ator, acobertar o comportamento do cineasta. “Não tenho intenção nenhuma de deixar Joss Whedon usar a velha tática hollywoodiana de ‘sair’, ‘deixar’ ou ‘se afastar’ para acobertar seu comportamento horrível. A investigação da WarnerMedia sobre ‘Liga da Justiça’ está a todo vapor há três semanas. Isso é sem dúvida um resultado disso”, escreveu o ator. Em outubro, ele foi além, chegando a insinuar que as decisões tomadas nas refilmagens de “Liga da Justiça” tiveram motivações racistas. “O apagamento de pessoas de cor da versão cinematográfica de 2017 de ‘Liga da Justiça’ não foi um acidente nem uma coincidência”, afirmou Fisher. “Antes do processo de refilmagem, conversas abertamente racistas foram mantidas e entretidas – em várias ocasiões – por antigos e atuais executivos de alto escalão da Warner Bros. Pictures”, ele acusou. “Os tomadores de decisão que participaram dessas conversas racistas foram Geoff Johns, Jon Berg e o atual presidente do Warner Bros. Pictures Group, Toby Emmerich”, nomeou. Embora não se saiba que consequências a investigação trará para a Warner, a polêmica não impediu Fisher de participar de refilmagens de “Liga da Justiça” sob o comando do diretor original, Zach Snyder, para lançamento como uma minissérie de quatro horas na HBO Max em 2021. Na verdade, Snyder prometeu que sua versão terá muito mais participação do Ciborgue que no filme refeito por Whedon. The following was relayed to me on behalf of @WarnerMedia at 5pm EST today: – The investigation of Justice League is now complete. – It has lead to remedial action. (Some we’ve seen, and some that is still to come.) 1/3 — Ray Fisher (@ray8fisher) December 12, 2020 There are still conversations that need to be had and resolutions that need to be found. Thank you all for your support and encouragement on this journey. We are on our way. More soon. A>E 3/3 — Ray Fisher (@ray8fisher) December 12, 2020
Sony compra a plataforma Crunchyroll da Warner
A AT&T, dona da WarnerMedia, vendeu a plataforma de anime Crunchyroll para a Sony por quase US$ 1,2 bilhão, como parte de seu esforço para aliviar suas dívidas gigantescas. Nem parece que o CEO da AT&T, John Stankey, se disse literalmente contra dar “armas adicionais aos concorrentes” nesta mesma semana – na terça (8/12), para ser exato, ao defender o plano de lançar os filmes da Warner na HBO Max e não aceitar ofertas milionárias da Netflix por seu portfólio. Com a venda da Crunchyroll, a AT&T não está apenas se desfazendo de conteúdo valioso que não vai mais para a HBO Max, num momento em que a Netflix triplica suas apostas em animes. Na verdade, está armando a Sony até os dentes. A ex-plataforma de animes da Warner agora fará parte da Funimation, da Sony, que se passa a ter status de gigante no segmento, tendo apenas a Netflix como concorrente. O acordo dará à Funimation o controle completo sobre a marca Crunchyroll, 3 milhões de assinantes do serviço e mais de 90 milhões de usuários registrados. “A equipe da Crunchyroll fez um trabalho extraordinário não só de fazer crescer a marca Crunchyroll, mas também de construir uma comunidade apaixonada de fãs de anime. O sucesso da Crunchyroll é um resultado direto da cultura da empresa e do compromisso com seus fãs”, disse Tony Gonçalves, diretor financeiro da WarnerMedia, elogiando o que perdeu. “Ao combinar com a Funimation, eles continuarão a nutrir uma comunidade global e levarão mais anime para mais pessoas”, continuou, descrevendo o novo gigante do mercado. “Estou muito orgulhoso da equipe da Crunchyroll e do que eles conseguiram realizar no espaço da mídia digital em um período tão curto de tempo. Eles criaram um ecossistema global de ponta a ponta para essa forma de arte incrível.” E que foi vendido por um preço extremamente desvalorizado pela AT&T. Fundada em 2006, a Crunchyroll foi uma empresas pioneiras de streaming, focando-se em um nicho de público de amantes de anime em vez de tentar competir com a Netflix. O Grupo Chernin adquiriu o controle acionário da empresa em 2013 e mais tarde a envolveu em sua joint venture com a Otter Media. A AT&T adquiriu o controle total da Otter Media em 2018 e os ativos do grupo foram absorvidos pela WarnerMedia. A WarnerMedia, sob a liderança do recém-nomeado CEO Jason Kilar, começou a oferecer uma liquidação da Crunchyroll no verão norte-americano passado. A empresa tem procurado se desfazer ou implodir todas as iniciativas de nicho de seu portfolio para se focar exclusivamente no crescimento da abrangente HBO Max, que oferece programação de todos os seus ativos – algo que o cineasta Christopher Nolan chamou de “pior serviço de streaming” do mundo. Paralelamente, a AT&T também está procurando maneiras de pagar suas dívidas, que cresceram para mais de US$ 180 milhões com a compra da Warner. Após se desfazer da Crunchyroll, a empresa quer tocar para frente o serviço de TV via satélite DirecTV. Enquanto isso, a Sony celebra. “Estamos orgulhosos de trazer a Crunchyroll para a família Sony”, disse o presidente e CEO da Sony, Tony Vinciquerra. “Por meio da Funimation e de nossos fantásticos parceiros da Aniplex e da Sony Music Entertainment Japan, temos um profundo conhecimento dessa forma de arte global e estamos bem posicionados para oferecer conteúdo excepcional para o público em todo o mundo. Junto com a Crunchyroll, criaremos a melhor experiência possível para fãs e maiores oportunidades para criadores, produtores e editores no Japão e em outros lugares. A Funimation tem feito isso há mais de 25 anos e esperamos continuar a alavancar o poder da criatividade e da tecnologia para ter sucesso neste segmento de entretenimento em rápido crescimento.”
Cachê de Gal Gadot para apoiar streaming de Mulher-Maravilha 1984 irrita colegas
Os astros contratados pela Warner estão furiosos com o estúdio e morrendo de inveja de Gal Gadot. Uma reportagem publicada pelo jornal New York Times afirma que Gadot e a diretora Patty Jenkins receberam cada uma US$ 10 milhões do estúdio para aceitar e até elogiar a estreia simultânea de “Mulher-Maravilha 1984” na HBO Max e nos cinemas. De acordo com a reportagem, a Warner Bros. abordou as agências de talentos William Morris Endeavor e a Creative Artists, de Gadot e Jenkins, respectivamente, para colocá-las a par de seus planos para “Mulher-Maravilha 1984” e a HBO Max. As duas agências teriam questionado como suas artistas seriam compensadas pela mudança no tipo de lançamento. As negociações teriam levado ao acordo milionário com as duas, que desde então tem comentado favoravelmente a distribuição do filme em streaming. O problema é que a história vazou e deixou as agências de talentos de Hollywood em pé de guerra. As empresas que representam Denzel Washington, Margot Robbie, Will Smith, Keanu Reeves, Hugh Jackman e Angelina Jolie querem saber se terão o mesmo tratamento que Gadot e Jenkins, uma vez que projetos que os envolvem seguirão o mesmo modelo de distribuição híbrida, estreando simultaneamente no cinema e no streaming. Mas os atores não são os únicos incomodados. Os cineastas ficaram irritadíssimos, como demonstrou o diretor Christopher Nolan (“Tenet”) ao vociferar contra a HBO Max e a estratégia da companhia. A revista The Hollywood Reporter apurou que os diretores de “Duna” e “O Esquadrão Suicida”, respectivamente Denis Villeneuve e James Gunn, estariam muito insatisfeitos ao perceber que suas franquias podem ficar sem novos filmes. Villeneuve só teria topado fazer “Duna” porque Warner e Legendary aceitaram dividir o livro de Frank Herbert em duas produções. Seu longa é apenas a primeira parte da obra. Mas o mais irritado seria Jon M. Chu, que anteriormente tinha recusado ofertas da Netflix por defender que filmes devem ser vistos no cinema. Ele e o compositor Lin-Manuel Miranda dispensaram ofertas de streaming para colocar o musical “Em um Bairro de Nova York” nos cinemas. Ele teria dito a um associado que ficou “chocado” após ser informado da decisão da Warner. Para completar, começou a circular um rumor de boicote contra a Warner Bros. Ainda de acordo com o New York Times, o Sindicado dos Diretores dos EUA (DGU, na sigla em inglês) pode ser um aliado importante nesse movimento.
CEO da AT&T defende plano de streaming da Warner
John Stankey, CEO da AT&T, empresa mãe da WarnerMedia, defendeu a aposta da divisão cinematográfica da empresa, a Warner Bros, de lançar blockbusters simultaneamente nos cinemas norte-americanos e na HBO Max, plataforma de streaming administrada pelo conglomerado. Durante a Conferência Virtual UBS Global TMT, nesta terça (8/12), ele disse que a HBO Max pode usar a decisão para “acelerar ainda mais” seu crescimento e “penetrar no mercado mais rapidamente”. Para ele, a decisão é uma vitória para todos, pois se ajusta às tendências atuais do mercado e à psique dos consumidores em meio à pandemia do coronavírus. Stankey chamou a falta de atividades nos cinemas devido à pandemia de “infeliz”. E se posicionou contra licenciar filmes para outras plataformas – a Netflix quis comprar “Godzilla vs. Kong”. Seria como dar “armas adicionais aos concorrentes”. Diante do quadro atual, “sabíamos que precisávamos tentar algo diferente”. Ele acrescentou: “Lançar o produto no mercado … é importante.” E concluiu que o mercado será “ditado pelo que os consumidores escolherem fazer”. “Ter escolha” é uma coisa boa neste momento, argumentou, sobre disponibilizar filmes no cinema e em streaming ao mesmo tempo, mas prometeu “ajustar” essa decisão se o setor de cinema se recuperar da pandemia. Ciente das recentes críticas do cineasta Christopher Nolan (“Tenet”), e também de grupos de cinema, Stankey disse: “Eu sei que há muito barulho no mercado, pessoas com pontos de vista diferentes”, mas, segundo ele, isso acontece “sempre que você muda um modelo”. Durante a conferência, ele ainda revelou que a HBO Max atingiu a marca de 12,6 milhões de assinantes ativados, de um total de 28,7 milhões de assinantes, incluindo os inativos – em migração da HBO Go.
Crise na Warner: Cineastas revoltam-se com blockbusters na HBO Max
Depois que Christopher Nolan desabafou publicamente contra a decisão da Warner de lançar todos os seus filmes de 2021 simultaneamente nos cinemas norte-americanos e na HBO Max, plataforma de streaming administrada pela empresa, a imprensa americana apurou que o clima está péssimo entre o estúdio e quem faz parte dos filmes listados. A Warner teria irritado cineastas e estrelas ao privilegiar seu negócio online. O site Deadline apurou que a produtora Legendary, parceira da Warner em “Godzilla vs. Kong” e “Duna”, pode entrar com uma ação judicial contra os executivos do conglomerado sobre o destino de suas obras. A empresa já tinha disparado uma notificação anterior, quando a Netflix ofereceu até de US$ 250 milhões pelos direitos de “Godzilla vs. Kong”. Embora a Legendary tenha financiado 75% do filme, a Warner tinha o poder de bloquear a venda e o fez. A Legendary perguntou se o estúdio faria um acordo para transmitir o filme na HBO Max e não obteve uma resposta clara até que seus executivos descobriram que o filme estava indo à plataforma sem o benefício de uma negociação. O que está em jogo são compensações financeiras aos produtores e talentos envolvidos em nada menos que 17 filmes que a Warner pretende lançar simultaneamente em streaming. Segundo o Hollywood Reporter, a empresa já teve que gastar dezenas de milhões para acomodar Gal Godot e outros envolvidos em “Mulher Maravilha 1984”, filme que vai inaugurar o projeto de lançamento híbrido, porque a empresa quer produzir mais uma continuação. Mas não estaria disposta a fazer o mesmo com todas as produções. Ainda de acordo com o THR, os diretores de “Duna” e “O Esquadrão Suicida”, respectivamente Denis Villeneuve e James Gunn, estariam muito insatisfeitos ao perceber que suas franquias podem ficar sem novos filmes. Villeneuve só teria topado fazer “Duna” porque Warner e Legendary aceitaram dividir o livro de Frank Herbert em duas produções. Seu longa é apenas a primeira parte da obra. Mas o mais irritado seria Jon M. Chu, que anteriormente tinha recusado ofertas da Netflix por defender que filmes devem ser vistos no cinema. Ele e o compositor Lin-Manuel Miranda dispensaram ofertas de streaming para colocar o musical “Em um Bairro de Nova York” nos cinemas. Ele teria dito a um associado que ficou “chocado” após ser informado da decisão da Warner. Por enquanto, porém, o único que deu vazão pública a essa insatisfação foi mesmo Christopher Nolan. Ele não está envolvido nesse negócio, já que seu novo longa, “Tenet”, teve um lançamento comercial nos cinemas durante a pandemia, com resultados considerados preocupantes para o mercado. Mesmo assim, ele incorporou a insatisfação dos colegas, ao apontar que “não é assim que você trata os cineastas, estrelas e pessoas que trabalharam muito nesses projetos. Eles mereciam ser consultados sobre o que vai acontecer com seu trabalho.” “Alguns dos maiores cineastas e estrelas de cinema de nossa indústria foram para a cama na noite anterior pensando que estavam trabalhando para o maior estúdio de cinema e acordaram para descobrir que trabalhavam para o pior serviço de streaming”, também disse o cineasta, cuja relação com a Warner vem desde “Insônia”, de 2002.
Christopher Nolan chama HBO Max de “pior serviço de streaming”
O diretor Christopher Nolan resolveu chutar o pau da barraca. Depois de uma entrevista em que criticou a Warner por sua decisão de lançar todos os seus filmes de 2021 simultaneamente nos cinemas norte-americanos e na HBO Max, plataforma de streaming administrada pela empresa, o cineasta aumentou o tom em uma nota enviada ao site The Hollywood Reporter. “Alguns dos maiores cineastas e estrelas de cinema de nossa indústria foram para a cama na noite anterior pensando que estavam trabalhando para o maior estúdio de cinema e acordaram para descobrir que trabalhavam para o pior serviço de streaming”, disse Nolan, cuja relação com a Warner vem desde “Insônia”, de 2002. “A Warner Bros. tinha uma máquina incrível para distribuir o trabalho de um cineasta em todos os lugares, tanto nos cinemas quanto em casa, e eles estão desmontando isso enquanto conversamos. Eles nem mesmo entendem o que estão perdendo. Sua decisão não faz sentido econômico, e mesmo o investidor mais casual de Wall Street pode perceber a diferença entre ruptura e disfunção.” A decisão de lançar o calendário de filmes de 2021 simultaneamente nos cinemas e na HBO Max foi anunciada na semana passada, e a iniciativa abrange títulos como “Matrix 4”, “Esquadrão Suicida”, “Godzilla vs. Kong”, “Duna” e “Invocação do Mal 3”. Curiosamente, o desempenho do último trabalho de Nolan, “Tenet”, é que levou a Warner a considerar essa alternativa. Maior blockbuster lançado durante a pandemia, o filme fez apenas US$ 56 milhões na América do Norte, mas numa ocasião em que mais da metade das salas de cinemas estava aberta. Agora, apenas 35% do mercado cinematográfico continua em funcionamento nos EUA e no Canadá, resultando em bilheterias muito mais baixas. Além da maioria das salas estarem fechadas, devido ao coronavírus, os cinemas que permanecem abertos estão operando com capacidade reduzida, horários limitados e mantendo requisitos de distanciamento social, que afetam seus faturamentos. O problema, segundo Nolan, é que a decisão de realizar lançamentos híbridos não foi estudada ou discutida com todos os interessados. Quando falou ao site ET Online, o diretor apontou: “Há muita controvérsia em torno disso, porque eles não contaram a ninguém. Em sua programação de 2021, eles têm alguns dos maiores cineastas do mundo, eles têm algumas das maiores estrelas do mundo, que trabalharam por anos em alguns casos nesses projetos, que os consideram muito próximos de seus corações e que foram concebidos para ser grandes experiências de tela. Eles devem estar nos cinemas para o maior público possível … E agora eles estão sendo usados como liquidação para o serviço de streaming – para o serviço de streaming incipiente – sem qualquer consulta”. Ele deve ter entrado em contato com alguns colegas revoltados pela iniciativa do estúdio. E seriam muitos, segundo a imprensa americana.
Christopher Nolan critica Warner por lançar blockbusters em streaming
O diretor Christopher Nolan, que lança seus filmes pela Warner, criticou a decisão do estúdio de lançar todos os seus filmes de 2021 simultaneamente nos cinemas norte-americanos e na HBO Max, plataforma de streaming administrada pela empresa. Em entrevista ao site ET Online, o diretor não mediu palavras. “Oh, quero dizer, estou descrente. Especialmente pela maneira como o fizeram. Há muita controvérsia em torno disso, porque eles não contaram a ninguém. Em sua programação de 2021, eles têm alguns dos maiores cineastas do mundo, eles têm algumas das maiores estrelas do mundo, que trabalharam por anos em alguns casos nesses projetos, que os consideram muito próximos de seus corações e que foram concebidos para ser grandes experiências de tela. Eles devem estar nos cinemas para o maior público possível … E agora eles estão sendo usados como liquidação para o serviço de streaming – para o serviço de streaming incipiente – sem qualquer consulta. Portanto, há muita controvérsia. É muito, muito, muito bagunçado. Uma verdadeira propaganda enganosa. Não é assim que você trata os cineastas, estrelas e pessoas que trabalharam muito nesses projetos. Eles mereciam ser consultados sobre o que vai acontecer com seu trabalho.” A decisão de lançar o calendário de filmes de 2021 simultaneamente nos cinemas e na HBO Max foi anunciada na semana passada, e a iniciativa abrange títulos como “Matrix 4”, “Esquadrão Suicida”, “Godzilla vs. Kong”, “Duna” e “Invocação do Mal 3”. O site Deadline apurou que o estúdio Legendary, parceiro da Warner em “Godzilla vs. Kong” e “Duna” realmente não foi consultado e deve enviar um comunicado oficial ao estúdio sobre o destino de suas produções. Curiosamente, o desempenho do último filme de Nolan, “Tenet”, é que levou a Warner a considerar essa alternativa. Maior blockbuster lançado durante a pandemia, o filme fez apenas US$ 56 milhões na América do Norte, mas numa ocasião em que mais da metade das salas de cinemas estava aberta. Agora, apenas 35% do mercado cinematográfico continua em funcionamento nos EUA e no Canadá, resultando em bilheterias muito mais baixas. Além da maioria das salas estarem fechadas, devido ao coronavírus, os cinemas que permanecem abertos estão operando com capacidade reduzida, horários limitados e mantendo requisitos de distanciamento social, que afetam seus faturamentos.
Legendary não teria aprovado streaming de Duna e Godzilla vs Kong na HBO Max
A Legendary Entertainment supostamente não aprovou a decisão da Warner Bros. de realizar lançamentos simultâneos de seus filmes no cinema e na plataforma HBO Max. O estúdio é responsável por “Duna” e “Godzilla vs. Kong”, que faz parte do calendário que a Warner pretende disponibilizar em streaming. De acordo com o site Deadline, a Legendary “enviou ou enviará documentos legais para a Warner Bros.” em protesto contra a iniciativa, anunciada na semana passada. Na prática, a Warner pretende estender a estratégia de lançamento de “Mulher Maravilha 1984” para todos os seus filmes de 2021, com estreias ao mesmo tempo nas telas de cinema e na casa dos assinantes da HBO Max. Fontes teriam informado ao Deadline que os executivos da Legendary descobriram os planos da Warner apenas 30 minutos antes do anúncio oficial. E após a multinacional supostamente bloquear uma oferta da Netflix, que pretendia comprar “Godzilla vs. Kong” da Legendary por cerca de US $ 250 milhões. O Deadline acrescenta que a Legendary e seus parceiros “financiaram 75% dos cerca de US$ 165 milhões do orçamento de ‘Dune’” e “aplicaram uma quantia semelhante de financiamento em ‘Godzilla vs. Kong’”. A principal questão que preocupa os executivos da Legendary é se a transferência desses filmes para streaming prejudicará “a viabilidade a longo prazo das franquias”. “Godzilla vs. Kong” é o quarto título do MonsterVerse da Legendary – após “Godzilla”, “Kong: Ilha da Caveira” e “Godzilla: Rei dos Monstros”. Enquanto isso, “Duna” pretende dar início a uma franquia de filmes e séries baseados no universo criado pelos livros de ficção científica de Frank Herbert. Denis Villeneuve só concordou em dirigir a adaptação de “Duna” porque o estúdio permitiu que ele dividisse o romance em dois filmes, mas, até o momento, nenhum detalhe sobre o segundo longa foi noticiado. O duelo dos monstros gigantes está atualmente programado para chegar nos cinemas e na HBO Max em 21 de maio de 2021, enquanto “Dune” tem previsão de estreia híbrida em 1 de outubro de 2021, após adiamentos devido à pandemia. Como o Brasil ainda não tem HBO Max, “Godzilla vs. Kong” deve ser lançado apenas nos cinemas no país. Já “Duna”, que só será distribuído no fim do ano que vem, pode ter outro encaminhamento, pois há planos para um lançamento da plataforma no Brasil em algum ponto de 2021.
Warner lançará todos seus filmes de 2021 simultaneamente em streaming
A WarnerMedia, empresa-mãe dos estúdios Warner Bros, tomou uma decisão radical para o futuro do cinema, ao anunciar que todo o seu calendário de filmes de 2021 será lançado de forma simultânea no circuito exibidor dos EUA e na HBO Max, plataforma de streaming do conglomerado. Assinado por Ann Sarnoff, Presidente e CEO da WarnerMedia Studios (da qual a Warner Bros. faz parte), Toby Emmerich, presidente da Warner Bros. Pictures Group, e Jason Kilar, CEO da WarnerMedia, o comunicado oficial da empresa diz que “o modelo híbrido foi criado como uma resposta estratégica ao impacto da pandemia global em andamento”. Pelo anúncio, a iniciativa tomada em relação à “Mulher-Maravilha 1984” deixa de ser exceção para se tornar a regra das produções da Warner Bros para 2021. A lista de estreias afetadas pela mudança deve incluir “Tom & Jerry”, “Godzilla vs. Kong”, “Mortal Kombat”, “Invocação do Mal 3”, “Space Jam 2”, “O Esquadrão Suicida”, “Duna” e “Matrix 4”, salvo adiamentos. De acordo com o comunicado da Warner, os filmes de 2021 ficarão disponíveis por apenas um mês na HBO Max, saindo do serviço para permanecer em cartaz por mais tempo nos cinemas. A ideia visa prolongar a “vida útil” das produções nas salas — especialmente porque os cinemas continuarão operando em capacidade reduzida ao longo do próximo ano, devido ao coronavírus. Mas, após um determinado período, os filmes voltarão a ser disponibilizados no catálogo do streaming. Como a HBO Max ainda não está disponível no Brasil (embora deva chegar em 2021), o público nacional só terá a alternativa de ver esses lançamentos nos cinemas. “Estamos vivendo em uma época sem precedentes que exige soluções criativas, incluindo esta nova iniciativa para a Warner Bros. Pictures Group”, disse Sarnoff no comunicado. “Ninguém deseja mais que nós que os filmes voltem às telas grandes. Sabemos que conteúdo inédito é a força vital da exibição cinematográfica, mas temos que equilibrar isso com a realidade de que a maioria dos cinemas nos Estados Unidos provavelmente operará com capacidade reduzida ao longo de 2021. Com esse plano exclusivo de um ano, podemos apoiar nossos parceiros de exibição com um fluxo constante de filmes de nível mundial, ao mesmo tempo que damos aos espectadores, que podem não ter acesso aos cinemas ou não estão prontos para voltar ao cinema, a chance de ver nossos incríveis filmes de 2021. Vemos isso como uma vitória para amantes de cinema e exibidores, e somos extremamente gratos aos nossos parceiros de cinema por trabalharem conosco nesta resposta inovadora a essas circunstâncias.” “Mais importante, estamos planejando trazer aos consumidores 17 filmes notáveis ao longo do ano, dando a eles a escolha e o poder de decidir como querem curtir esses filmes”, acrescentou Killar. “Nosso conteúdo é extremamente valioso, a menos que esteja em uma prateleira e não seja visto por ninguém. Acreditamos que essa abordagem atende aos nossos fãs, apoia exibidores e cineastas e aprimora a experiência da HBO Max, criando valor para todos ”. O ponto-chave do comunicado é que a iniciativa foi tomada como forma de atrair público para a HBO Max, que enfrenta baixa adesão. Enquanto a Disney+ (Disney Plus) já se consolidou como setor mais-bem sucedido da Disney durante a pandemia, a plataforma da WarnerMedia engatinha para chegar a seus primeiros 10 milhões de assinantes pagos. A diferença entre os dois serviços é o conteúdo. A Warner não conseguiu produzir material inédito suficiente para fazer o público se interessar por seu serviço. Os títulos inéditos de cinema são uma reviravolta e tanto nessa condição. Por outro lado, a decisão deve aumentar a crise do setor cinematográfico, que já se encontra deficitário, e pode levar a uma quebradeira generalizada. Entretanto, qual a saída dos estúdios, diante de um circuito exibidor que assumiu características de sanfona, abrindo e fechando e abrindo e fechando em todo o mundo? Os números de “Tenet”, que a Warner lançou em plena pandemia para sentir o pulso do mercado, demonstraram a limitação atual das bilheterias. “Mulher Maravilha 1984” daria prejuízo se igualasse a arrecadação mundial do thriller sci-fi de Christopher Nolan. A diferença financeira, porém, poderia ser atingida com novas assinaturas da HBO Max. A Warner chegou a recusar uma oferta de US$ 200 milhões da Netflix por “Godzilla vs. Kong”, sinalizando como o estúdio encara o valor desses produtos, especialmente para se estabelecer como rival da própria Netflix. Por conta do vazamento da oferta de “Godzilla vs. Kong”, correram boatos de que a empresa poderia fazer um grande anúncio em dezembro, mas ninguém apostava num projeto tão extremo. Agora, a bomba da Warner deverá ter seus estilhaços lançados sobre os estúdios rivais. A Universal foi a primeira empresa a buscar um modelo híbrido, optando por negociar uma janela mais curta nos cinemas para lançar seus títulos em PVOD (aluguel digital premium) após 17 dias. A Warner buscou um modelo mais radical, sem janela preferencial. Já imaginaram se a Disney seguir a tendência e passar a lançar seus filmes da Marvel no Disney+ (Disney Plus)?
Margot Robbie entra na campanha pelo Ayer Cut de Esquadrão Suicida
A atriz Margot Robbie quer ver o “Ayer Cut”. Em entrevista recente, ela disse que tem curiosidade em conhecer a versão do diretor de “Esquadrão Suicida”, filme em que interpretou a Arlequina pela primeira vez. Assim como aconteceu com “Liga da Justiça”, o “Esquadrão Suicida” de 2016 também sofreu várias interferências da Warner, que levou às telas uma edição bem diferente da planejada pelo diretor David Ayer. Após a HBO Max encomendar uma nova versão de “Liga da Justiça”, Ayer entrou em campanha por seu “Cut” do filme dos supervilões. Falando ao podcast Happy Sad Confused, Margot Robbie confirmou que filmou “muitas coisas que não foram para o filme”. Perguntada se achava boa a ideia de um relançamento com a edição do diretor, ela respondeu: “Eu ficaria curiosa”. Ayer desabafou no início do mês que, quando começou a trabalhar na pós-produção de “Esquadrão Suicida”, a Warner tirou o filme de suas mãos. Várias empresas de edição foram contratadas para dar uma aparência mais cômica e adolescente para sua filmagem. Segundo o diretor, a resposta negativa a “Batman v Superman” e o sucesso de “Deadpool” deixaram a Warner entrar em pânico e “os principais elementos do meu corte foram arrancados antes que eu pudesse amadurecer a edição”. Ele chegou a dizer que os primeiros 40 minutos de seu “Esquadrão Suicida” foram “rasgados em pedaços”. O cineasta ainda revelou que o produtor Geoff Johns (criador da série “Stargirl”) escreveu várias páginas de roteiro que ele foi forçado a refilmar. O nome de Johns também está na lista negra do ator Ray Fisher (o Ciborgue) por interferências nos bastidores de “Liga da Justiça” durante as refilmagens comandadas por Joss Whedon. Ayer chegou a responder a um fã em português sobre a má fama que adquiriu por causa do filme, que jura não ser seu. “Por isso é importante que os artistas controlem seu trabalho”. Lançado em 2016, “Esquadrão Suicida” fez US$ 746 milhões em bilheteria mundial, mas foi destruído pela crítica, com apenas 27% de aprovação no site Rotten Tomatoes. Assim como Zack Snyder está fazendo com “Liga da Justiça”, ele também gostaria ter uma chance de mostrar sua visão original do filme dos vilões. Ele garante que ela está filmada, precisando apenas da pós-produção, que não pôde fazer na época. Ele explicou: “Minha versão não é uma apoteose da arte cinematográfica, mas é simplesmente melhor que a versão que o público viu – e sim, faria sentido atualizá-la”.











