David Ayer torna públicas reclamações contra Warner por Esquadrão Suicida

O diretor David Ayer acabou com o clima ameno com que tratava os cortes sofridos por “Esquadrão Suicida”, aparentemente enciumado pela autorização de uma versão de diretor de “Liga da Justiça”, que […]

Divulgação/Warner Bros.

O diretor David Ayer acabou com o clima ameno com que tratava os cortes sofridos por “Esquadrão Suicida”, aparentemente enciumado pela autorização de uma versão de diretor de “Liga da Justiça”, que os fãs batizaram de “Snyder Cut” (em referência ao diretor original do filme, Zack Snyder). Desde que a HBO Max encomendou o “Snyder Cut”, Ayer vem fazendo campanha para também levar à plataforma sua versão de “Esquadrão Suicida”. Mas diante da falta de entusiasmo com seu “Ayer Cut”, ele subiu o tom e distribuiu caneladas numa série de tuítes contra a Warner.

Ayer denunciou no fim de semana que várias empresas de edição foram contratadas para dar uma aparência mais cômica e adolescente para o filme de 2016. Segundo o diretor, a resposta negativa a “Batman v Superman” e o sucesso de “Deadpool” deixaram a Warner entrar em pânico e “os principais elementos do meu corte foram arrancados antes que eu pudesse amadurecer a edição”.

Por isso, ele afirma que os primeiros 40 minutos de seu “Esquadrão Suicida” foram “rasgados em pedaços”.

O cineasta ainda revelou que o produtor Geoff Johns (criador da série “Stargirl”) escreveu várias páginas de roteiro que ele foi forçado a refilmar. O nome de Johns também está na lista negra do ator Ray Fisher (o Ciborgue) por interferências nos bastidores de “Liga da Justiça” durante as refilmagens comandadas por Joss Whedon.

Ele chegou a responder a um fã em português sobre a má fama que adquiriu por causa do filme, que jura não ser seu. “Por isso é importante que os artistas controlem seu trabalho”.

Lançado em 2016, “Esquadrão Suicida” fez US$ 746 milhões em bilheteria mundial, mas foi destruído pela crítica, com apenas 27% de aprovação no site Rotten Tomatoes.

O que Ayer dizia na época é que a produção tinha passado por “seis ou sete” montagens diferentes, mas com seu aval e que todo o material foi utilizado. Ele chegou a dizer que não existia uma edição alternativa do filme, garantindo que a montagem exibida era a sua versão e não teria sentido fazer uma nova “versão do diretor”. Tudo mudou após o “Snyder Cut”, com a declaração de que
tinha sim uma versão radicalmente diferente, que estaria “quase completa, faltando alguns efeitos visuais”.

Mas se ele imagina que a mudança de tom leve ao lançamento de “Ayer Cut”, o clima inamistoso deve tornar ainda menos provável que a Warner Bros. retome a produção. Em última análise, o desabafo é só mais um pesadelo de relações públicas para o DC Extended Universe. E para virar a página, a Warner não deve parar de conferir no calendário a data de estreia do novo filme dos personagens, “O Esquadrão Suicida”, de James Gunn, com lançamento previsto para agosto de 2021.