“Titãs” e “Patrulha do Destino” são canceladas
A HBO Max cancelou as séries “Titãs” e “Patrulha do Destino”, adaptações dos quadrinhos da DC Comics, que terminarão em suas atuais temporadas. As duas estão, por coincidência, na 4ª temporada e atravessam hiato, após exibirem metade dos episódios produzidos. Como a possibilidade de cancelamento era evidente, diante da crise financeira da Warner Bros. Discovery, os produtores planejaram finais de temporadas capazes de encerrar todas as tramas de forma definitiva. “Embora essas sejam as temporadas finais de ‘Titãs’ e ‘Patrulha do Destino’, estamos muito orgulhosos dessas séries e empolgados para que os fãs vejam seus finais climáticos”, disse um porta-voz da HBO Max em comunicado. As duas séries tinham produção de Greg Berlanti, o criador do Arrowverso. Ele chegou a comandar 10 séries baseadas nos quadrinhos da DC Comics, das quais só restam uma, “Superman & Lois”. Berlanti também à frente de frente de “Gotham Knights”, que estreia em 14 de março na TV dos EUA, e numa atração baseada na Tropa dos Lanternas Verdes, em desenvolvimento para a HBO Max. “Somos gratos à Berlanti Productions e à Warner Bros. Television por fazerem série stão emocionantes, cheias de ação e sinceras. Agradecemos ao showrunner de ‘Titãs’, Greg Walker, aos produtores executivos Greg Berlanti, Akiva Goldsman, Sarah Schechter, Geoff Johns, Richard Hatem e à equipe da Weed Road Pictures. Para a ‘Patrulha do Destino’, celebramos o showrunner Jeremy Carver e os produtores executivos Greg Berlanti, Sarah Schechter, Geoff Johns, Chris Dingess e Tamara Becher-Wilkinson. Por quatro temporadas, os fãs se apaixonaram pelos ‘Titãs’ e pela ‘Patrulha do Destino’, investindo em suas provações e em batalhas lendárias para salvar o mundo uma temporada por vez.” Todas as novas adaptações de quadrinhos da DC serão, a partir de agora, supervisionadas por James Gunn e Peter Safran, que assumiram o recém-criado DC Studios. Mas Berlanti não foi descartado. Recentemente, ele fechou um novo contrato com a Warner Bros. Discovery para criar e produzir novas atrações para a empresa. No Brasil, o final de “Patrulha do Destino” poderá ser acompanhado pela HBO Max. Já “Titãs” terá sua 4ª temporada disponibilizada pela Netflix.
Criador do “Arrowverso” fecha novo acordo milionário de produção com Warner
O roteirista e produtor Greg Berlanti, criador das séries que compõem o chamado “Arrowverso” (além de diversas outras atrações), fechou um novo acordo milionário de produção com a divisão televisiva da Warner. O acordo terá duração de cinco anos e vai recompensar Berlanti com base no sucesso das séries que produzir. Trata-se, portanto, de um acordo diferente daquele que ele tem em vigor, que incluiu bônus com base no número de séries produzidas. Com a venda e mudança de foco do canal The CW, que comprava a maioria das produções de Berlanti, o contrato deixou de ser viável. Graças ao incentivo anterior, Berlanti virou uma máquina de produzir séries, estabelecendo um recorde como o produtor com a maior quantidade de atrações em exibição ao mesmo tempo – na temporada de 2019-2020, este número chegou a 20 títulos simultâneos. Fontes do The Hollywood Reporter afirmam que o CEO da Warner Bros. Discovery, David Zaslav, foi pessoalmente atrás de Berlanti para fechar o acordo. Foi ele quem anunciou o negócio. “Greg é um grande talento, e o impacto de sua narrativa prolífica e poderosa na Warner Bros. e no público, e em nossa cultura, é simplesmente ‘uau'”, disse Zaslav. “Ele começou sua carreira conosco e temos muita sorte que vá continuar a construir e expandir nosso estúdio de TV no futuro”. A presidente do Warner Bros. TV, Channing Dungey, também se manifestou. “Estamos muito entusiasmados em continuar nossa parceria com um dos contadores de histórias mais talentosos, celebrados e atraentes do setor. Greg é um visionário, um pioneiro e um líder, mas, mais do que isso, ele é um membro querido da família Warner Bros. Colaborar com Greg é um privilégio tremendo, e mal podemos esperar para ver que histórias ele e sua equipe trarão à vida nos próximos anos”, disse, em comunicado. Berlanti é um dos produtores-showrunners mais importantes da atualidade. Trabalhando na WBTV desde 2001, ele produziu/criou mais de 40 séries nas últimas duas décadas. Durante a temporada 2019-20, quando teve um recorde de 20 séries no ar ou em produção ao mesmo tempo, seus títulos cobriam cinco noites da semana em seis redes e streamers diferentes. Atualmente, a Berlanti Productions tem mais de 15 séries no ar ou em gravação nesse momento. “Todos os dias acordo grato por poder contar histórias para ganhar a vida com tantas pessoas talentosas que amo”, disse Berlanti. “Com este acordo, terei a sorte de entrar em minha terceira década fazendo TV e chamando a Warner Bros. de minha casa. O negócio da TV mudou e a Warner Bros. mudou também, mas estou mais grato do que nunca por fazer televisão e trabalhar com uma líder apaixonada, brilhante e gentil como Channing Dungey e ao lado de um velho amigo sábio como Brett Paul. No tempo em que conheci David Zaslav, [vi que] ele é o mais raro dos líderes de Hollywood: honesto, leal e visionário sobre o tipo de Warner Bros. próspera que ele deseja construir para o futuro, em que contadores de histórias como eu podem ter um lar para contarem histórias que emocionam e comovem o público em todo o mundo, nos próximos anos.” Não ficou claro como as produções de Berlanti, que criou muitas séries de super-heróis da DC, vão dialogar com as produções do DC Studios, comandado pelo diretor James Gunn e pelo produtor Peter Safran (ambos de “O Esquadrão Suicida”). Provavelmente, ele passe a apresentar projetos para os novos comandantes da DC e recebe encomenda deles. Um desses projetos é uma série sobre a tropa dos Lanternas Verdes, que segue em desenvolvimento para a HBO Max. Vale ressaltar que o acordo de Berlanti com a WBD é apenas para produções televisivas. Ele mantém um acordo à parte para filmes com a Netflix.
Episódios de “Looney Tunes” e “Os Flintstones” saem da HBO Max nos EUA
A Warner Bros. Discovery removeu 256 curtas dos “Looney Tunes” e três temporadas da animação “Os Flintstones” da plataforma de streaming HBO Max nos EUA. A remoção aconteceu em 31 de dezembro, segundo a revista Variety. Ao todo, foram excluídas as temporadas de 16 a 31 de “Looney Tunes”. Curiosamente, as 15 primeiras temporadas do desenho continuam disponíveis, contendo 255 curtas exibidos originalmente entre 1930 e 1949. Os curtas deletados haviam sido lançados entre os anos de 1950 e 2004, e incluíam clássicos como “Vai de Ópera, Velhinho?”, “O Coelho de Sevilha” e “Pato Furioso”. No caso de “Os Flintstones”, foram excluídas as temporadas 4, 5 e 6, totalizando 78 episódios. As três primeiras temporadas do desenho continuam disponíveis na plataforma americana. Mas no Brasil todas as temporadas da animação clássica continuam disponíveis, por enquanto. O conteúdo de “Looney Tunes” e “Flintstones” foi licenciado para a HBO Max pela Warner Bros. por meio de um acordo interno da empresa. Esses contratos de licenciamento expiraram no final de 2022 e a HBO Max não os renovou, uma vez que a plataforma busca reduzir gastos com conteúdo. Não ficou claro se o conteúdo excluído será disponibilizado em outro serviço de streaming, já que a Warner Bros. Discovery anunciou no mês passado seus planos de licenciar séries canceladas e removidas para serviços de streaming gratuitos e com suporte de anúncios. A HBO Max já eliminou vários títulos de filmes exclusivos e séries originais, como “Westworld” e “Raised by Wolves”, além de 200 episódios mais antigos da “Vila Sésamo”. Desde a fusão da WarnerMedia com a Discovery para formar a Warner Bros. Discovery, a empresa fez uma série de cortes de conteúdo com o objetivo de reduzir despesas. Isso incluiu o cancelamento de séries e até de filmes que seriam lançados apenas em streaming, como “Batgirl”. Ao mesmo tempo, a Warner Bros. Discovery está preparando uma plataforma combinada da HBO Max com a Discovery+, com lançamento previsto para o segundo trimestre de 2023, nos EUA. A empresa ainda não anunciou muitos detalhes sobre esse novo serviço.
Leslie Grace revela uniforme inédito de Batgirl, que deveria vestir no filme cancelado
A atriz Leslie Grace (“Em Um Bairro de Nova York”) compartilhou no seu Instagram um vídeo de retrospectiva de 2022, que inclui algumas filmagens dos bastidores do abortado filme “Batgirl”, que acabou sendo cancelado pelo CEO da Warner Bros. Discovery, David Zaslav. Algumas imagens mostram a atriz usando o figurino da heroína, inclusive o uniforme final, revelado pela primeira vez. Também é possível vê-la em ação em algumas cenas. O traje usado por Grace é lilás e tem detalhes em amarelo como o usado por Yvonne Craig em 1967 e 1968 – a Batgirl original da série “Batman”. O visual também foi recentemente revivido nos quadrinhos da heroína. Junto da publicação, a atriz escreveu: “Obrigada por me ensinar, 2022. Você foi singular de muitas maneiras que permanecerão comigo. Minha gratidão e amor pela vida são muito mais profundas graças às experiências que você me trouxe. Levo suas lições comigo enquanto nos separamos.” O cancelamento de “Batgirl” foi resultado da implementação de uma nova estratégia para a HBO Max, proibindo a produção de filmes exclusivos para o streaming. Apesar de quase pronto quando veio a ordem de abortar, ele não foi considerado consistente o suficiente para o cinema. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Leslie Grace (@lesliegrace)
HBO Max vai tirar “Raised By Wolves”, “Westworld” e outras séries de seu catálogo
A Warner Bros Discovery anunciou que vai tirar diversas séries do catálogo da plataforma de streaming HBO Max. Entre as séries que serão excluídas está a superprodução “Raised By Wolves”, do cineasta Ridley Scott (“O Último Duelo”), e “Westworld”, que teve quatro temporadas premiadas pelo casal Jonathan Nolan e Lisa Joy (“Periféricos”). Outras séries que também vão sair do catálogo são “Uma Turma Genial” e “A Mulher do Viajante do Tempo”, bem como os reality shows “FBoy Island”, “Legendary” e “Em Busca de Magic Mike”. Todos os títulos que desaparecerão foram cancelados e alguns deles não possuem final. Entretanto, as séries não desaparecerão da face da Terra. A ideia da WBD é transformá-las em dinheiro, montando um pacote para licenciá-las para serviços de streaming gratuitos, também chamados de FAST – sigla de Free Ad-supported Streaming Television, streaming televisivo grátis com anúncios. O serviço mais conhecido do gênero é a Pluto TV, disponível no Brasil. Os criadores de “Westworld”, Jonathan Nolan e Lisa Joy, aprovaram a ideia. “Somos incrivelmente orgulhosos de ‘Westworld’ e do notável trabalho de nosso elenco e equipe. Estamos entusiasmados por ter a oportunidade de dar as boas-vindas a um público totalmente novo para nossa série” com a mudança de plataforma. O pacote vendido para WBD também vai contar com “The Nevers”, cujo cancelamento e exclusão do catálogo da HBO Max já haviam sido anunciados antes. Mas não terá atrações como “As Crônicas de Cucu”, “Love Life”, “Made For Love”, “The Garcias” e “Minx”, que também foram canceladas e serão excluídas da plataforma. Por não serem produções próprias da WBD, estes títulos foram devolvidos aos estúdios que os produziram. A Lionsgate, inclusive, pretende continuar “Minx” em uma nova plataforma. A WBD, porém, disse que está conversando com os parceiros sobre esse projeto, para convencê-los sobre as oportunidades de “expandir ainda mais o alcance das séries, incluindo, entre outros, o licenciamento da série para plataformas FAST de terceiros”. Segundo apurou o site Deadline, a WBD também estaria desenvolvendo uma plataforma FAST própria, que pretende anunciar em breve. Tudo isso ocorre enquanto a empresa sofre com seu balanço financeiro. Com as reestruturações e encargos relacionados à fusão WarnerMedia-Discovery, o prejuízo da companhia só tem aumentado. Estima-se que já esteja em US$ 5,3 bilhões. “É mais confuso do que pensávamos, é muito pior do que pensávamos”, disse recentemente o CEO da WBD, David Zaslav. “Você abriu o armário, as coisas caíram. Estamos arrumando-as. Alguns ativos são melhores do que pensávamos no início – o talento é melhor do que pensávamos. Mas muitas coisas foram inesperadamente piores do que pensávamos.” Especificamente sobre a decisão de retirar séries do catálogo da HBO Max, Zaslav afirmou: “Não tiramos nenhuma série da plataforma que fosse nos ajudar de alguma forma”. Outros títulos removidos da HBO Max este ano incluem séries como “Camping”, “Mrs. Fletcher”, “Run” e “Vinyl” e reality shows como “Ellen’s Next Great Designer” e “Generation Hustle”, bem como diversas séries animadas. Zaslav também cancelou a produção do filme “Batgirl” e desistiu da série “Demimonde”, de J.J. Abrams (“Star Wars: O Despertar da Força”), entre muitos outros cortes.
James Gunn sobre cancelamentos e futuro da DC: “Nem todos vão ficar felizes”
James Gunn publicou no Twitter uma reação à notícia de que cancelou “Mulher-Maravilha 3” e possivelmente “O Homem de Aço 2”. Publicada pelo site The Hollywood Reporter, a reportagem original apurou que o diretor e Peter Safran, responsáveis pelo recém-lançado DC Studios, rejeitaram a abordagem para o terceiro filme da heroína, apresentada pela diretora Patty Jenkins, e pretendem abandonar todos os projetos relacionados ao snyderverso – os filmes da DC com personagens introduzidos pelo diretor Zack Snyder – para relançar os personagens com novos intérpretes. “Então. Quanto à história no Hollywood Reporter, parte dela é verdadeira, parte é meia verdade, parte não é verdade e parte ainda não decidimos se é verdade ou não”, ele postou nesta quinta-feira (8/12). “Embora este primeiro mês na DC tenha sido frutífero, construir os próximos dez anos de história leva tempo e ainda estamos apenas começando”, acrescentou. “Peter e eu escolhemos dirigir o DC Studios sabendo que estávamos entrando em um ambiente turbulento, tanto nas histórias contadas quanto entre o próprio público, e haveria um período de transição inevitável, à medida que passássemos a contar uma história coesa entre filmes, TV, animação e jogos”, continuou Gunn no Twitter. “Mas, no final, as desvantagens desse período de transição foram ofuscadas pelas possibilidades criativas e pela oportunidade de desenvolver o que funcionou na DC até agora e ajudar a corrigir o que não funcionou. Sabemos que nem todos vão ficar felizes nesse caminho, mas podemos prometer que tudo o que fazemos é feito a serviço da HISTÓRIA e a serviço dos PERSONAGENS da DC que sabemos que vocês apreciam e nós valorizamos durante nossos vidas inteiras.” “Quanto a mais respostas sobre o futuro do DCU, infelizmente terei que pedir que esperem. Estamos dando a esses personagens e às histórias o tempo e a atenção que merecem e nós mesmos ainda temos muito mais perguntas a fazer e responder”, concluiu. Gunn, que dirigiu “O Esquadrão Suicida” e a série “Pacificador” com personagens da DC Comics, começou seu trabalho como co-presidente e co-CEO do DC Studios em 1º de novembro. Além de suas funções na DC, Gunn ainda tem pela frente o lançamento de “Guardiões da Galáxia Vol. 3”, da Marvel, previsto para maio. Neste meio tempo, a Warner tem quatro filmes da DC para lançar no ano que vem: “Shazam! Fúria dos Deuses”, “The Flash”, “Besouro Azul” e “Aquaman e o Reino Perdido”. O que virá depois disso ainda é uma incógnita. So. As for the story yesterday in the Hollywood Reporter, some of it is true, some of it is half-true, some of it is not true, & some of it we haven’t decided yet whether it’s true or not. — James Gunn (@JamesGunn) December 8, 2022 As for more answers about the future of the DCU, I will sadly have to ask you to wait. We are giving these characters & the stories the time & attention they deserve & we ourselves still have a lot more questions to ask & answer. pic.twitter.com/sxwKGRD3vc — James Gunn (@JamesGunn) December 8, 2022
Reestruturação da DC teria cancelado “Mulher-Maravilha 3”
O terceiro filme da franquia “Mulher-Maravilha” pode ter sido cancelado diante do lançamento da DC Studios, divisão da Warner comandada pelo cineasta James Gunn e pelo produtor Peter Safran (ambos de “O Esquadrão Suicida”). Segundo o site The Hollywood Reporter, a dupla recusou a ideia apresentada pela cineasta Patty Jenkins (que dirigiu os dois primeiros filmes) para a produção, afirmando que o projeto não se encaixava no planejamento deles para a DC. Gunn e Safran devem se encontrar na próxima semana com David Zaslav, o CEO da Warner Bros. Discovery, que está reformulando radicalmente a empresa. Nessa reunião, os dois vão revelar para Zaslav o seu planejamento para os próximos anos. Esse planejamento já está sendo desenvolvido há algum tempo em segredo, e o cancelamento de “Mulher-Maravilha 3” seria o primeiro vazamento de informações. Os motivos para o cancelamento, porém, ainda não estão claros. Pode ser apenas uma recusa específica à apresentação da diretora – segundo o site Deadline, Gunn e Safran esperavam ser apresentados a um tratamento de roteiro, mas Jenkins apareceu com anotações em vários papéis. Também pode ser uma questão financeira. Embora o DC Studios não deva ter muitas restrições orçamentárias, “Mulher-Maravilha 3” teria um custo elevado devido aos altos salários – US$ 20 milhões para a atriz Gal Gadot retornar ao papel principal e mais US$ 12 milhões para diretora Patty Jenkins, sem falar em possíveis bônus. Mas é provável que a atual Mulher-Maravilha interpretada por Gadot não se encaixe mais no reboot da DC planejado por Gunn e Safran. Curiosamente, na última terça (6/12), a atriz tuitou um agradecimento aos fãs de “Mulher-Maravilha”, dizendo que “mal posso esperar para compartilhar seu próximo capítulo com vocês”. Não ficou claro se ela já sabia ou não que o projeto seria cancelado. Há rumores de que o DC Studios quer romper completamente com o chamado Snyderverso e os heróis escalados pelo cineasta Zack Snyder para seus filmes – “O Homem de Aço” (2013), “Batman vs Superman: A Origem da Justiça” (2016) e “Liga da Justiça” (2017). Isso coloca em dúvida o possível retorno de Henry Cavill para um segundo filme do Superman e até a continuidade do Aquaman estrelado por Jason Momoa, após o lançamento de “Aquaman e o Reino Perdido”. Esses personagens deverão fazer uma participação especial no filme do “Flash”, que será lançado em 16 de junho de 2023. Cavill, inclusive, filmou sua participação especial em setembro. Mas fontes do Hollywood Reporter dizem que há um debate dentro do estúdio a respeito de manter essa participação, inclusive considerando cortá-la, por supostamente aludir a um futuro que o estúdio não tem planos de materializar. A situação de Cavill é ainda mais complicada, já que o ator fez uma participação especial em “Adão Negro”, lançado em outubro. E, logo após o lançamento do filme, anunciou no Instagram: “Eu queria tornar isso oficial – estou de volta como Superman”. Quando o ator ele fez esse anúncio, a Warner Bros. estava, de fato, desenvolvendo uma sequência para “O Homem de Aço” (2013). O cineasta Andy Muschietti, que dirigiu “Flash”, chegou a manifestar interesse em comandar o filme. E o projeto refletia o desejo da atual equipe da Warner Bros Pictures, liderada por Michael De Luca e Pamela Abdy, de dar continuidade ao Snyderverso. Mas isso foi antes de Gunn e Safran formularem seu novo plano. Com a chegada da dupla, também é improvável que haja uma sequência de “Adão Negro”, ainda mais depois de o filme ter um desempenho abaixo do esperado nas bilheterias. Aliás, o intérprete do anti-herói, Dwayne “The Rock” Johnson esperava atuar mais ativamente na produção dos filmes da DC. Porém, essa grande disposição não parece ter agradado a nova administração, ainda mais depois que sua presença não foi suficiente para garantir o sucesso de “Adão Negro”. Curiosamente, Jason Momoa pode ser o único preservado do elenco atual. Mas não como Aquaman. O snyderverso deve ser concluído em “Aquaman e o Reino Perdido”, previsto para 25 de dezembro de 2023, liberando o ator para assumir outro papel em seguida. Ele está cotadíssimo para viver o personagem Lobo, um caçador de recompensas intergaláctico falastrão, que deve ganhar um dos primeiros filmes da nova DC. Momoa já se disse entusiasmado por trabalhar com Gunn num papel “dos sonhos”, e o anti-herói alienígena parece sob medida para o estilo do diretor de “Guardiões da Galáxia”. Vale apontar que essa reestruturação não leva em conta filmes como “Shazam! Fúria dos Deuses” (previsto para 17 de março de 2023) e “Besouro Azul” (18 de agosto de 2023), ambos produzidos por Safran. Diante de um possível sucesso desses filmes, uma das possibilidades poderia ser dar continuidade a essas propriedades, que não estão conectadas ao snyderverso. Além disso, a dupla não deve mexer no universo de “Batman” (2022). O diretor Matt Reeves já está trabalhando numa continuação, que será novamente estrelada por Robert Pattinson, além de supervisionar o lançamento de duas séries derivadas de seu filme, incluindo uma focada no personagem do Pinguim (interpretado por Colin Farrell).
Estúdio de “Duna” e “Godzilla vs Kong” troca Warner por parceria com a Sony Pictures
A Legendary Entertainment, produtora por trás de filmes como “Duna” (2021) e “Godzilla vs Kong” (2021), encerrou a sua parceria com a Warner Bros. e anunciou um acordo de distribuição com a Sony Pictures. Segundo esse novo acordo, que terá validade de vários anos, a Sony ficará responsável pela comercialização e distribuição dos próximos títulos da Legendary. Apesar da troca, o acordo deixa de fora projetos existentes da parceria até então vigente, como a vindoura continuação de “Duna”, com lançamento previsto para novembro de 2023, cuja distribuição continuará sendo do estúdio da Warner Bros. Discovery. Em um comunicado à imprensa, a Sony Pictures e a Legendary enfatizaram que as empresas estão alinhadas em seu “compromisso contínuo com a distribuição nos cinemas como um carro-chefe” e destacam “o valor da janela de distribuição de longo prazo nas salas de cinema para os filmes”. Trata-se de uma cutucada nada sutil na Warner. Em 2020, a Legendary chegou a ameaçar entrar com uma ação legal contra a Warner por decidir lançar todos os seus filmes de 2021 – incluindo “Godzilla vs Kong” e “Duna” – simultaneamente no cinema e na HBO Max. Na ocasião, as duas empresas chegaram em um acordo que parecia ter deixado ambas as partes satisfeitas. Além disso, mesmo com o lançamento simultâneo nos EUA, “Godzilla vs Kong” arrecadou US$ 470 milhões globalmente e “Duna” rendeu mais de US$ 400 milhões em todo o mundo, tornando-se os maiores sucessos de bilheteria durante o auge da pandemia. “A Legendary é, bem, lendária, e estamos entusiasmados e afortunados em adicionar seus projetos ao nosso compromisso contínuo com grandes filmes na tela grande”, disse Tom Rothman, CEO do Sony Pictures Motion Picture Group. “É uma rara oportunidade de fazer uma parceria desta forma mutuamente benéfica com verdadeiros profissionais, que estão completamente alinhados em nosso compromisso de distribuição nas salas de cinemas e têm visão para este negócio”, disseram Josh Greenstein e Sanford Panitch, presidentes do Sony Pictures Motion Picture Group. “O brilho criativo e o poder de Legendary são enormes e estamos ansiosos para levar seu trabalho aos cinemas de todo o mundo.” Como parte do acordo, a Sony fará a distribuição dos filmes da Legendary em todo o mundo, menos na China, que será realizada pela divisão asiática da Legendary. A Sony Pictures também cuidará do entretenimento doméstico e da distribuição para a TV dos títulos que a Legendary produzir. Como a Sony é o único estúdio sem plataforma própria de streaming para filmes, a Legendary mantém a opção de produzir e distribuir seu conteúdo para todo esse mercado competitivo. “À medida que continuamos a aumentar nossas ofertas de conteúdo, estamos entusiasmados em estabelecer esse relacionamento com Tony, Tom, Sanford, Josh e o restante da excepcional equipe da Sony”, disse Joshua Grode, CEO da Legendary. “O compromisso da Sony com a distribuição nos cinemas se alinha com nossa visão de como extrair o máximo de valor dos filmes da Legendary. A incrível lista de filmes que [a produtora] Mary Parent acumulou foi criada para a experiência nos cinemas e estamos entusiasmados com nossa parceria com a Sony para esta próxima fase de crescimento da Legendary”. “Também somos gratos à Warner Bros. Pictures, que tem sido um parceiro valioso da Legendary por muitos anos, e esperamos continuar nosso trabalho com os talentosos executivos da Warner/Discovery”, completou Grode. Entre os filmes mais recentes da Legendary estão “Pokémon: Detetive Pikachu” (2019), “Enola Holmes” (2020) e “Enola Holmes 2” (2022), e o estúdio ainda trabalha numa continuação de “Kong vs. Godzilla” e numa série com os monstros desta franquia. A perda de parceiro tão importante é mais um golpe na combalida estrutura da Warner Bros. Discovery, que vem acumulando erros de administração desde que a Time-Warner teve sua compra pela AT&T autorizada em 2018, apenas para ser negociada com a Discovery três anos depois.
James Gunn e Peter Safran prometem unificar filmes da DC
Após uma semana à frente do recém-lançado DC Studios, o cineasta James Gunn e o produtor Peter Safran (ambos de “O Esquadrão Suicida”) participaram de uma apresentação da Warner Bros. Discovery convocada pelo CEO David Zaslav para apresentar sua visão para o DCU (Universo Cinematográfico da DC Comics). No evento realizado na noite de quinta-feira (10/11), Safran enfatizou que as produções da DC se concentrarão, a partir de agora, em contar uma única história, como os filmes da Marvel. “Esta é uma oportunidade única de contar uma grande história abrangente”, disse Safran, que antes de assumir o cargo também produziu os filmes “Shazam!” e “Aquaman”, dois dos maiores sucessos da DC nos cinemas. “Uma bela grande história em filmes, jogos, séries, live-action e animação”, completou. “É uma oportunidade de tornar a DC tão boa quanto possível e como deveria ser. Esta é a razão pela qual estou fazendo este trabalho, porque sei que Peter e eu podemos fazer isso”, acrescentou Gunn. “Passamos os últimos dois dias com um grupo seleto de alguns dos melhores pensadores dessa indústria, os melhores roteiristas da indústria, começando a mapear esse plano de 8 a 10 anos de duração de como será no cinema, na TV, na animação, em suma, para esses personagens”, apontou o diretor. Gunn e Safran se reportarão diretamente a Zaslav, que esta semana disse aos investidores que passou muito tempo com a dupla nos últimos meses. Eles substituem Walter Hamada, que deixou o cargo de presidente da DC Films no mês passado, depois de ocupar o cargo por quatro anos. Mas terão mais poder e influência, já que Hamada supervisionava apenas produções cinematográficas. Assim como o Marvel Studios, o novo DC Studios abrangerá todas as produções em todas as mídias onde existirem projetos baseados nos quadrinhos da DC Comics. Zaslav teria se encantado com a criatividade de Gunn nas conversas iniciais. O diretor de “O Esquadrão Suicida” será responsável por imaginar esse universo de produções com a abrangência de uma década, enquanto Safran cuidará dos aspectos comerciais das produções.
Jason Momoa diz que seu “projeto dos sonhos” da DC vai sair do papel
Jason Momoa revelou que está bastante animado com os novos encarregados das produções da DC Comics. Com as mudanças na Warner Bros. Discovery, que trouxeram o cineasta James Gunn e o produtor Peter Safran (ambos de “O Esquadrão Suicida”) para comandar o recém-criado DC Studios, o intérprete de Aquaman adiantou que seu “projeto dos sonhos” finalmente sairá do papel. “Estou muito animado com Peter Safran e o Sr. Gunn agora no comando da DC”, disse o ator em entrevista ao programa Entertainment Tonight. “Há muitas coisas legais que estão por vir e um dos meus projetos dos sonhos será realizado sob a vigilância deles, então fique atento”, continuou sem dar mais detalhes sobre o eventual projeto. Momoa já terminou de filmar a aguardada sequência de “Aquaman”, “Aquaman e o Reino Perdido”, que estreia nos cinemas no Natal de 2023. Então, ele pode estar se referindo a “Aquaman 3” ou outro projeto ao estilo de “Liga da Justiça”. A gestão de Gunn e Safran no DC Studios começou há uma semana, e eles supervisionarão não apenas os filmes, mas também os projetos televisivos com personagens da DC. Following news that #HenryCavill will be returning as #Superman, @thisiscarlosb chats with #Aquaman himself, #JasonMomoa, who teases that his "dream" DC project is currently in the works: "Stay tuned"👀 https://t.co/v7ySfrMbOZ pic.twitter.com/I9TnnmW4LO — ET Canada (@ETCanada) November 7, 2022
Warner cancela derivado de “Invocação do Mal” centrado no Homem Torto
O diretor e produtor James Wan anunciou que o derivado de “Invocação do Mal” centrado no Homem Torto (Crooked Man) não vai sair do papel. Anunciado em 2017, o filme foi cancelado pela Warner Bros. Discovery. Wan revelou a decisão em seu Instagram, ao lado de uma foto em que aparece com o monstro. “Uma lembrança do meu amigo alto, o Homem Torto interpretado pelo incrível Javier Botet. O movimento de Javier era quase sobrenatural, alguns criticaram por ser CGI. [Não era.] Eu filmei em câmera lenta e reverti a filmagem – um truque antigo de câmera. E não, infelizmente o derivado desse personagem não vai acontecer. Fora do meu controle”, ele explicou, acrescentando: “Mas quem sabe um dia”… Introduzido em “Invocação do Mal 2”, o Homem Torto seria o terceiro personagem da franquia a ganhar filme próprio, após Annabelle e a Freira. O roteirista estreante Mike Van Waes chegou a ser contratado para escrever o roteiro. Os próximos filmes da franquia serão “A Freira 2”, atualmente em produção para um estreia em setembro de 2023, e “Invocação do Mal 4”, ainda em fase de desenvolvimento. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por James Wan (@creepypuppet)
HBO cancela “Westworld”
A HBO anunciou o cancelamento de “Westworld”, que chega ao fim após quatro temporadas. A série protagonizada por Evan Rachel Wood (“Renascendo das Cinzas”), Thandiwe Newton (“Um Jantar Entre Espiões”) e Aaron Paul (“Breaking Bad”) chega ao fim após quatro temporadas. A notícia não deveria ser surpresa após os diversos cortes promovidos pela Warner Bros. Discovery, mas os criadores da série acreditavam que fariam uma 5ª temporada. O cocriador Jonathan Nolan chegou a declarar que o final do quarto ano, embora passasse a impressão de ser definitivo, com a morte de vários personagens, não era realmente o fim que tinha planejado para a série. A intenção, na verdade, era concluir a trama na temporada seguinte. “Nós nunca planejamos a quantidade de temporadas da série, mas quando estávamos escrevendo este 4º ano, acabamos pensando: ‘Podemos levar a nossa história para o precipício do último ato, logo antes de fazer aquilo que sempre planejamos fazer no final'”, disse. De acordo com a revista Variety, a principal razão do cancelamento foi o alto custo da produção e o baixa audiência das últimas duas temporadas, o que fez com que a nova gestão da Warner Bros Discovery decidisse cortas as despesas. Em comunicado emitido nesta sexta (4/11), a HBO disse que “nas últimas quatro temporadas, Lisa [Joy] e Jonathan [Nolan] levaram os espectadores a uma odisseia alucinante, elevando o nível a cada passo. Somos tremendamente gratos a eles, juntamente com seu elenco, produtores e equipe imensamente talentosos, e todos os nossos parceiros da Kilter Films, Bad Robot e Warner Bros. Television. Foi uma emoção me juntar a eles nesta jornada”, afirmou. O cancelamento de “Westworld” também eleva a pressão da Warner Bros. Discovery sobre o produtor J.J. Abrams, que fechou um contrário milionário de exclusividade para sua empresa, Bad Robot, com a antiga gestão da companhia, quando a WBD era WarnerMedia, e até agora não apresentou nada além de uma lista de projetos rejeitados.









