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Participação de Ben Affleck é cortada de “Aquaman 2”
Ben Affleck teve sua participação cortada em “Aquaman: O Reino Perdido”, sequência do longa de 2018 estrelado por Jason Momoa. De acordo com uma reportagem do The Hollywood Reporter, a cena do ator assumindo novamente o traje de Batman foi tirada da edição final do filme – que enfrenta uma pós-produção intensa marcada por refilmagens. A ironia é que a participação de Affleck foi inserida durante refilmagens anteriores e não fazia parte da filmagem original. Segundo fontes próximas à produção, a decisão foi tomada pelos novos chefes da DC, James Gunn e Peter Safran. Diante da mudança no planejamento do estúdio, os produtores não querem dar continuidade aos personagens apresentados no Snyderverse, apelido para a fase da DC apresentada a partir de “Homem de Aço” (2013). Ambos declararam que não podem “prometer um universo cinematográfico que não se concretizará”. Assim, a aparição de Affleck atrelaria o filme aos fracassos recentes como “The Flash” (2023), “Shazam! Fúria dos Deuses” (2022) e “Adão Negro” (2022) – que não estão inclusos no novo universo da DC. Vale mencionar que a sequência de “Aquaman” fica responsável por encerrar o ciclo da DC liderado por heróis como a Mulher Maravilha, vivida por Gal Gadot, e o Superman, interpretado por Henry Cavill. Embora Gunn e Safran já confirmaram que “Besouro Azul” (2023) faz parte do novo universo, a primeira produção oficial dessa fase será “Superman: Legacy”, com estreia prevista para junho de 2025. Ben Affleck substituiu Michael Keaton De acordo com a reportagem, a aparição do Cavaleiro das Trevas foi idealizada com a versão do herói vivida por Michael Keaton nos planos iniciais de Walter Hamada e Toby Emmerich – antigos chefes da DC nos cinemas. A ideia de Hamada era tornar o Batman de Keaton um personagem frequente nos filmes do estúdio, com uma função de mentor semelhante a Nick Fury, vivido por Samuel L. Jackson nos filmes da Marvel. Entretanto, ambos os executivos deixaram o cargo após a fusão entre a Warner e a Discovery. Em seguida, o comando do estúdio passou temporariamente para Michael De Luca e Pamela Abdy, que substituíram a cena de Keaton com a versão do herói vivida por Ben Affleck. Na época das gravações, o ator até surgiu em imagens nos bastidores abraçado com Jason Momoa. Produção marcada por refilmagens A sequência de “Aquaman” recebeu sinal verde da Warner no início de 2019 com um orçamento de US$ 205 milhões. As filmagens principais foram concluídas em janeiro de 2022. Entretanto, o longa enfrentou vários obstáculos na produção e teve sua estreia adiada várias vezes – originalmente chegaria aos cinemas em dezembro de 2022. Com as mudanças no comando do estúdio, o filme enfrentou por três “regimes” diferentes na Warner, o que resultou em um grande impacto em seu desenvolvimento. Apesar de refilmagens serem um hábito comum em longa-metragens, o filme enfrentou três rodadas diferentes, com a mais recente acontecendo em junho deste ano na Nova Zelândia. Dessa forma, o custo da produção, que já era elevado pela condição especiais da pandemia e o uso de muitos efeitos especiais, aumentou mais ainda. A DC também teria feito sessões de testes para cada nova versão do longa. Segundo relatos, todas desagradaram o público selecionado. Por outro lado, a edição mais recente ganhou maior aprovação do diretor James Wan. Em abril, durante uma entrevista com o The Hollywood Reporter, o cineasta revelou que está confiante sobre o resultado final do filme. “Este filme tem algo a dizer [sobre mudanças climáticas], mas ainda é um filme de ação e fantasia divertido”, disse. No Brasil, “Aquaman: O Reino Perdido” tem estreia marcada para o dia 25 de dezembro.
Ex-presidente da DC Films fará filmes de terror para a Paramount
Walter Hamada, ex-presidente da DC Films, fechou um contrato com o estúdio Paramount. Com validade a partir de 1º de janeiro de 2023, o contrato vai colocar Hamada no comando de diversas produções do gênero de terror do estúdio. O contrato terá validade de vários anos e tem como objetivo lançar diversos filmes de terror por ano. Serão desenvolvidas produções de baixo e médio orçamento, visado as salas de cinema e o serviço de streaming Paramount+. “Com seu histórico de sucesso inovador, Walter é o parceiro ideal e visionário para construir nosso negócio de franquias do gênero de terror”, disse o presidente Paramount Pictures, Brian Robbins, em comunicado. “Como evidenciado pelo desempenho fantástico de ‘Sorria’, há um enorme apetite por histórias originais e de alto conceito no mercado global, e esperamos uma parceria longa e bem-sucedida.” Hamada é conhecido pelo seu trabalho nos filmes da DC. Ele assumiu os filmes de super-heróis depois do fracasso de “Liga da Justiça” (2017), com o objetivo de restaurar a credibilidade da marca. Sob a sua tutela, a DC passou a produzir filmes de sucesso sem vínculos com os longas anteriores, como “Coringa” (2019) e “Batman” (2022), ao mesmo tempo em que deu sequência às produções derivadas do “universo de Zack Snyder”, como “Aquaman” e “Mulher-Maravilha 1984”. Mas ele não é um novato no mundo do terror. Antes de supervisionar as grandes produções da Warner, Hamada foi vice-presidente executivo de produção da New Line, onde se envolveu com franquias como “Invocação do Mal” e “It – A Coisa”. E muitos dos diretores que trabalharam com ele na New Line o seguiram para a DC, como James Wan (“Aquaman”), David F. Sandberg (“Shazam”) e Andy Muschietti (“The Flash”). “Estou animado por colaborar com a Paramount Pictures com o objetivo de criar filmes excepcionais no gênero de terror”, disse Hamada em comunicado. “Ao longo da minha carreira, nada foi mais gratificante do que descobrir cineastas e escritores emergentes e estreantes e liberar seu brilhantismo em um estúdio. Obrigado a Brian e toda a equipe da Paramount Pictures por esta tremenda oportunidade, mal posso esperar para começar.” Walter Hamada saiu da DC em outubro, após diversas desavenças com CEO da Warner Bros. Discovery, David Zaslav. O contrato de Hamada previa que ele comandasse a DC Films até 2023, mas com o cancelamento do filme da “Batgirl” ele se sentiu “atropelado” e resolveu pedir demissão. Na ocasião, foi acordado que Hamada se manteria no cargo até o lançamento de “Adão Negro”. Após a saída de Hamada, a DC Films foi rebatizada de DC Studios, e passou a ser comandada pelo cineasta James Gunn e pelo produtor Peter Safran (ambos de “O Esquadrão Suicida”), que assumiram a função com a promessa de unificar o universo de adaptações dos quadrinhos.
Henry Cavill diz que futuro de Superman será brilhante e “extremamente alegre”
Após oficializar que estava de volta ao papel de Superman, Henry Cavill comentou o futuro do personagem numa participação no podcast “Happy Sad Confused”, revelando ter conversado sobre suas próximas aparições. “Há um futuro tão brilhante pela frente para o personagem, e estou muito animado para contar uma história com um Superman extremamente alegre”, disse Cavill. Com a contratação do diretor James Gunn, responsável por “O Esquadrão Suicida”, para o comando da DC Films, é possível imaginar que o tom bem-humorado vá realmente ser a tônica dos próximos lançamentos das adaptações dos quadrinhos da DC Comics. A esta altura já foi bastante comentado, mas para quem não viu “Adão Negro” ainda é spoiler – atenção! – que a volta de Cavill ao papel de Superman foi resultado de pressão de Dwayne “The Rock” Johnson. Ele enfrentou resistência de Walter Hamada, presidente da DC Films, e fez lobby diretamente com os chefões da Warner Bros. para conseguir que Cavill vivesse Superman na cena pós-créditos de “Adão Negro”. Com o status demissionário de Hamada, o horizonte se abriu para Cavill voltar a voar. E com James Gunn e o produtor Peter Safran à frente da nova DC Films, os planos para o ator devem levá-lo a novas alturas. Afinal, Gunn citou Superman em “O Esquadrão Suicida” e deixou os fãs dos quadrinhos querendo ver o embate entre o Homem de Aço e o “vilão” Sanguinário (Idris Elba), que finalmente ganhou condições de acontecer. Mas por enquanto ainda não foi definido quais serão os próximos passos de Cavill no DCU (Universo cinematográfico da DC Comics), após o fim do DCEU (a antiga nomenclatura do antigo regime administrativo).
Série do “Lanterna Verde” perde roteirista e terá novo herói
A série “Lanterna Verde”, em desenvolvimento desde 2019, perdeu seu roteirista e está sendo totalmente reformulada. De acordo com o site The Hollywood Reporter, Seth Grahame-Smith (“Lego Batman: O Filme”) abandonou o projeto depois de ter escrito todos os oito episódios da 1ª temporada. A saída de Grahame-Smith coincide com uma decisão da HBO Max de mudar o personagem principal da série. Anteriormente, os atores Finn Wittrock (“American Horror Story”) e Jeremy Irvine (“Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo”) foram escalados para interpretar os heróis Guy Gardner e Alan Scott (primeiro Lanterna Verde gay dos quadrinhos), respectivamente. Entretanto, agora a série vai se focar no personagem John Stewart, um dos primeiros super-heróis negros da DC. Fontes do site afirmam que Grahame-Smith optou por deixar o projeto por causa das mudanças ocorridas dentro da HBO Max. O personagem de John Stewart havia barrado por ter sido reservado para o cinema pela DC Films, fazendo os produtores priorizarem o primeiro Lanterna Verde (Scott) e uma “multidão de outros Lanternas – dos favoritos dos quadrinhos aos heróis nunca vistos antes”. Porém, com a saída de Walter Hamada da DC Films, foi tomada a decisão de recomeçar a série e construí-la em torno de John Stewart, personagem que apareceu pela primeira vez no início dos anos 1970 (inspirado no ator Sidney Poitier). Vale ressaltar que essa mudança não tem relação com a recente contratação de James Gunn e Peter Safran para comandarem as produções da DC (num papel similar aquele desenvolvido por Kevin Feige na Marvel). É que os novos chefes da DC Films só começam a desempenhar suas novas funções a partir de 1 de novembro. O produtor Marc Guggenheim (um dos roteiristas do filme do “Lanterna Verde”), que estava envolvido na série, também saiu da atração. Portanto, do time original, só quem continua envolvido no projeto é o produtor Greg Berlanti, que também escreveu o filme do “Lanterna Verde” e se tornou o mentor do Arrowverso na rede The CW. Os atores Wittrock e Irvine também teriam saído do projeto. Porém, fontes do Hollywood Reporter informam que Berlanti gostaria de trabalhar com os dois quando – e se – o projeto seguir adiante. Quando a HBO Max anunciou a produção do “Lanterna Verde” em 2019, Berlanti a descreveu como a “maior série da DC já feita”. Na ocasião, foi apontado que a série teria um orçamento estimado na faixa de US$ 120 milhões. Para se ter uma ideia, a série “A Casa do Dragão” custou menos de US$ 200 milhões. As mudanças também devem acarretar uma grande redução no orçamento, já que a HBO Max, ao passar para o comando da Warner Bros. Discovery (e do CEO David Zaslav), tem atualmente como foco principal cortar despesas. Visando uma economia estimada em US$ 3 bilhões, Zaslav já abandonou vários projetos em andamento, incluindo uma série antológica baseada nos quadrinhos “Estranhas Aventuras” (que também seria produzida por Berlanti), a série “Demimonde”, de J.J. Abrams, e o filme da “Batgirl”.
Presidente da DC Films abandona cargo
Walter Hamada, presidente da DC Films, deixou o cargo que ele exercia desde 2018. De acordo com o site Deadline, Hamada só está esperando para o alto comando da Warner Bros Discovery finalizar seu pagamento de saída. O contrato de Hamada previa que ele comandasse a DC Films até 2023, mas com o cancelamento do filme da “Batgirl” ele se sentiu “atropelado” e resolveu pedir demissão. Na ocasião, foi acordado que Hamada se manteria no cargo até o lançamento de “Adão Negro”, que estreia nessa quinta (20/10) no Brasil. Porém, apesar de ele ter mantido o seu cargo nos últimos meses, o site Deadline apurou que ele já esvaziou seu escritório e não estava participando de nenhuma reunião criativa. Hamada é o quinto alto executivo da Warner Bros a sair da empresa desde que David Zaslav virou CEO da Warner Bros Discovery. Os outros executivos que saíram foram Toby Emmerich (presidente do Warner Bros. Motion Picture Group), Courtenay Valenti (presidente de produção e desenvolvimento), Carolyn Blackwood (diretora de operação da Motion Picture Group) e Allison Abbate (vice-presidente executiva do grupo de animação). Supostamente, Hamada já sabia que estava com os dias contados mesmo antes da polêmica do filme da “Batgirl”. Afinal, David Zaslav sempre deixou claro que queria alguém no estilo de Kevin Feige (chefão da Marvel Studios) para comandar os filmes da DC. Uma das possibilidades levantadas por Zaslav para assumir esse papel foi o produtor Dan Lin (“Uma Aventura Lego”), que teria sido sondado, mas não chegou a um acordo profissional. Embora não seja o “Kevin Feige da DC”, Hamada fez um trabalho notável enquanto estava à frente do estúdio. Ele assumiu a função de presidente da DC em 2018, logo após o fracasso de “Liga da Justiça” (2017), com o objetivo de restaurar a credibilidade da marca. Sob a sua tutela, a DC passou a produzir filmes que fizeram mais sucesso, surpreendendo o mercado no caso de “Coringa” (2019), e sem vínculos com um universo mais amplo, como “Batman” (2022), ao mesmo tempo em que deu sequência às produções derivadas do “universo de Zack Snyder”, como “Aquaman” e “Mulher-Maravilha 1984”. Também foi ele quem trouxe James Gunn para comandar “O Esquadrão Suicida” (2021) e criar a bem-sucedida série “Pacificador”. Hamada também estava envolvido no desenvolvimento de séries dos personagens Pinguim e Amanda Waller, estreladas por Colin Farrell e Viola Davis, respectivamente – ambas ainda em estágio de pré-produção. Ele assumiu o comando da DC Films após ser vice-presidente executivo de produção da New Line, onde também supervisionou franquias de sucesso, como os terrores “Invocação do Mal” e “It – A Coisa”. Mas Hamada também se envolveu em polêmicas, acusado de tentar calar as acusações de Ray Fisher (o Ciborgue) sobre o ambiente tóxico nos bastidores das refilmagens de “Liga da Justiça”, e de buscar limar Amber Heard de “Aquaman 2”. Além de “Adão Negro”, os próximos filmes da DC incluem “Shazam! Fúria dos Deuses”, “The Flash”, “Besouro Azul” e “Aquaman e o Reino Perdido”, todos previstos para estrear em 2023, além de “Joker: Folie à Deux”, continuação de “Coringa”, que deve estrear só em 2024. Por conta dos bastidores tumultuados, estes são os únicos projetos da DC confirmados e todo o resto encontra-se paralisado – enquanto a Marvel mapeia seus lançamentos até 2026 e além.
Presidente da DC Films ameaçou deixar Warner após fiasco de “Batgirl”
As tensões nos bastidores da Warner Bros. Discovery foram às alturas após a decisão da chefia do conglomerado de engavetar o filme da “Batgirl”, com repercussões muito maiores que o descontentamento da protagonista e dos diretores. Segundo apurou a revista The Hollywood Reporter, o presidente da DC Films, Walter Hamada, ameaçou se demitir por ter sido “atropelado” e chegou a consultar seus advogados sobre como proceder. Citando uma “fonte com conhecimento da situação”, a publicação afirma que, após se reunir com os executivos do conglomerado, Hamada acabou concordando em permanecer no cargo até o dia 21 de outubro, data de lançamento do filme “Adão Negro”, estrelado por Dwayne Johnson. Mas já teria se declarado demissionário e, após essa data, não pretende mais continuar na empresa. Além do fiasco de “Batgirl” e declarações do CEO da WBD, David Zaslav, que contrariam os planos de streaming da DC Films, Hamada estaria descontente por especulações públicas na imprensa sobre a busca de outro nome para comandar a divisão de mídia da DC. Ou seja, para seu cargo. Zaslav já deixou claro o seu desejo de reestruturar os filmes da DC. Durante apresentação do desempenho trimestral da WBD ao mercado, na quinta-feira (4/8), ele justificou o cancelamento de “Batgirl” como forma de valorizar os super-heróis da DC – incluindo Batman, Superman e Mulher-Maravilha – como peças centrais para a estratégia de conteúdo mais ampla da empresa. “São marcas conhecidas em todo o mundo”, disse ele. O CEO foi enfático ao elogiar os próximos lançamentos de super-heróis, dizendo que “Adão Negro”, “Shazam! Fúria dos Deuses” e até “The Flash” “são incríveis” e que a WBD pode “fazer ainda melhor” no futuro. Mas não no streaming. A ênfase de sua gestão será em lançamentos cinematográficos. O que se subentende disso é que “Batgirl” não era forte o suficiente para ser lançado nos cinemas, mas muito caro para ter um simples lançamento em streaming. Portanto, a empresa optou por dar baixa no projeto, como forma de cortar os seus custos – que ainda seriam altos na hora de somar publicidade e divulgação. E não consultou Hamada sobre isso! Fontes do Hollywood Reporter dizem que Hamada só ficou sabendo da decisão durante uma exibição teste de “Adão Negro”. Ele teria ficou muito incomodado por não ter sido consultado e preocupado com o impacto da decisão sobre os envolvidos na realização do filme, que poderia repercutir em outros projetos do estúdio. A decisão a respeito de “Batgirl” também se estenderia a outros projetos da DC para streaming, implodindo filmes esperados pelos fãs. Além disso, ninguém sabe até onde os cortes chegaram em relação às séries. Zaslav já andou reclamando da produtividade de J.J. Abrams, com quem a antiga WarnerMedia fechou um contrato milionário, e que está à frente de produções da DC que parecem estacionadas em eterno desenvolvimento. Vale lembrar que Hamada assumiu a função de presidente da DC em 2018, logo após o fracasso de “Liga da Justiça” (2017), com o objetivo de restaurar a credibilidade da marca. Sob a sua tutela, a DC passou a produzir filmes que fizeram enorme sucesso, surpreendendo o mercado no caso de “Coringa” (2019), e sem vínculos com um universo mais amplo, como “Batman” (2022), ao mesmo tempo em que deu sequência às produções derivadas do filme do grupo dos super-heróis, como “Aquaman” e “Mulher-Maravilha 1984”. Também foi ele quem trouxe James Gunn para comandar “O Esquadrão Suicida” (2021) e criar a bem-sucedida série “Pacificador” – e antes disso, foi vice-presidente executivo de produção da New Line, onde também supervisionou franquias de sucesso, como os terrores “Invocação do Mal” e “It – A Coisa”. Mas Hamada também se envolveu em polêmicas, acusado de tentar calar as acusações de Ray Fisher (o Ciborgue) sobre o ambiente tóxico nos bastidores das refilmagens de “Liga da Justiça”, e de buscar limar Amber Heard de “Aquaman 2”. Seu contrato valia até 2023 e tudo indicava que não seria renovado.
Reportagem revela detalhes tóxicos dos bastidores da “Liga da Justiça de Zack Snyder”
A revista americana Rolling Stone publicou nesta terça (19/7) uma reportagem bombástica sobre os bastidores do Snyder Cut, a versão do diretor conhecida como “Liga da Justiça de Zack Snyder”. Na apuração, a atividade online de supostos fãs de Zack Snyder para pressionar a Warner pelo lançamento – e coisas mais – é descrita como “campanha tóxica” e teria sido uma orquestração do próprio cineasta, resultando em várias atividades polêmicas. Para começar, a volumosa campanha online que convenceu a Warner a produzir uma nova versão de “Liga da Justiça” teria sido alimentada artificialmente por contas falsas e bots no Twitter. A revista teve acesso a relatórios de mídia social encomendados pela WarnerMedia. Os levantamentos mostram que 13% das contas engajadas no movimento #ReleaseTheSnyderCut eram falsas ou operadas por robôs, bem acima da proporção encontrada nas hashtags que chegam aos Assuntos do Momento do Twitter. Além disso, a publicação contatou três empresas especializadas em rastrear a autenticidade das campanhas de mídia social. Q5id e Graphika também detectaram atividades inautênticas provenientes do SnyderVerso – apelido da comunidade de fãs do diretor. E a Alethea Group descobriu que o domínio forsnydercut.com – que afirma ter feito a hashtag #ReleaseTheSnyderCut se tornar viral em maio de 2018 – foi registrado por uma pessoa que também dirigia uma agência de publicidade (hoje extinta) que dizia ser capaz de trazer “tráfego do tamanho de ‘Avatar’, barato e instantâneo para seu site”. A Rolling Stone também conversou com mais de 20 pessoas envolvidas com a versão original de “Liga da Justiça” e a maioria acredita que o diretor se dedicou a estimular e manipular a campanha. A reportagem resgata muitos detalhes da produção do filme original, incluindo os conflitos entre Snyder e executivos da Warner pela duração e tom do filme, e que motivaram a contratação de um substituto antes mesmo de Snyder se afastar devido à morte da filha. Joss Whedon recebeu a missão de fazer refilmagens extensas enquanto Snyder ainda estava à frente do longa. Com o afastamento do diretor original, Whedon ganhou carta branca para mudar quase tudo. Synder não esqueceu. Após convencer os novos chefes da então recém-criada WarnerMedia a realizar a reedição do filme para engajar seus supostos milhões de fãs na HBO Max, Snyder teria orquestrado um ataque contra os executivos que organizaram sua substituição. Segundo a Rolling Stone, uma campanha de difamação teria sido combinada com o ator Ray Fisher, que interpretou o Ciborgue em “Liga da Justiça” e acusou os produtores Geoff Johns e Jon Berg de racismo e negligência. Foram os dois que tiraram o controle criativo do filme das mãos do diretor. Procurado pela Rolling Stone, Snyder confirmou que pediu à Warner para que retirasse os nomes dos produtores de sua versão do filme, mas negou qualquer coordenação com Fisher, que também acusou Whedon de comportamento abusivo no set – nesse caso, com alegações corroboradas por Gal Gadot, intérprete da Mulher-Maravilha, entre outros. Entretanto, a revista ouviu fontes que apontam que o envolvimento de Snyder foi além de um “pedido pessoal” para cortar os créditos dos produtores. Snyder teria confrontado um executivo do departamento de pós-produção do estúdio com uma ameaça: “Vou destruí-los nas redes sociais”. À medida que as exigências de Snyder aumentavam nos bastidores – inclusive por mais dinheiro para incluir novas filmagens para sua versão da “Liga da Justiça” – uma enxurrada de ataques foram direcionados à Warner Bros. nas redes sociais. Além da exigência de demissão de executivos, vieram pedidos de boicotes e até mesmo ameaças de morte. Esses ataques de “fãs” buscaram atingir qualquer pessoa ou coisa que pudesse atrapalhar Snyder, incluindo diretores como Adam Wingard, porque o lançamento de “Godzilla vs. Kong” ofuscou o Snyder Cut na HBO Max, e filmes como “Mulher-Maravilha 1984”, porque foi escrito por Geoff Johns. Até a ex-presidente da DC Entertainment, Diane Nelson, foi assediada por elogiar o “Coringa” de Todd Phillips, porque o filme ia contra o cânone do SnyderVerso. Ela chegou a deletar a conta do Twitter, tamanha a perseguição. Um dos fatos mais terríveis aconteceu três meses antes do lançamento da “Liga da Justiça de Zack Snyder”, quando uma conta no Instagram com o nome @daniras_ilust postou uma imagem grotesca, retratando as cabeças decapitadas de Johns, do presidente da DC Films Walter Hamada e do ex-presidente da Warner Bros. Toby Emmerich. A imagem circulou rapidamente entre os devotos do SnyderVerso, que até marcaram contas de mídia social dos filhos dos executivos. Após esta postagem alarmante, a WarnerMedia ficou preocupada com a integridade de seus funcionários e encomendou em sigilo uma série de relatórios de uma empresa de segurança cibernética terceirizada para analisar a trollagem. Um relatório secreto foi produzido, que teria identificado a concentração de disparos em três contas específicas, responsáveis por espalhar “ordens” para seguidores. O estúdio se recusou a comentar as descobertas com a Rolling Stone, alegando que o problema era relativo à administração passada – tecnicamente, a WarnerMedia não existe mais, substituída pela Warner Bros. Discovery. Em sua defesa, Snyder disse que nunca manipulou as redes sociais. Ele afirma que, “se alguém” usou robôs foi a Warner Bros. “tentando alavancar minha base de fãs para reforçar os assinantes de seu novo serviço de streaming”. “Nem eu nem a minha esposa [Deborah Snyder, produtora dos filmes de Zack] falamos nada negativo sobre Johns e Berg em entrevistas ou nas redes sociais. A remoção dos nomes deles era algo importante porque este não era o filme em que eles acreditavam, que eles desenvolveram ou que ajudaram a fazer”, declarou. O diretor ainda acrescentou que, “como artista, foi recompensador finalmente ver minha visão levada à fruição” no Snyder Cut, especialmente depois de “passar por um momento tão difícil em minha vida”. “Eu me sinto grato aos fãs e à Warner por permitirem que isso acontecesse. Continuar remoendo a negatividade e os rumores não serve a ninguém”, completou. Entretanto, a campanha não terminou com o lançamento do Snyder Cut em 18 de março de 2021. O site The Wrap informou em maio que os bots podem ter levado Snyder a ganhar os primeiros prêmios de “público” do Oscar neste ano. Na votação online, “Liga da Justiça de Zack Snyder” teve uma de suas cenas lembradas como um dos momentos mais icônicos do cinema e “Army of the Dead: Invasão em Las Vegas”, também de Snyder, venceu como filme favorito do público. A firma de consultoria Tweetbinder, que rastreia e analisa hashtags, indicou tendência de manipulação por bots nestas votações. Mas não é necessário ouvir especialistas para questionar a realidade dos fãs que pediram e adoraram o Snyder Cut. Basta verificar o desempenho de “Liga da Justiça de Zack Snyder”, que jamais entrou nas listas de produções mais vistas do streaming. De fato, o lançamento não foi destaque nem no Brasil, ausente da lista das séries e filmes mais vistos na celebração do primeiro ano da HBO Max no país. O fracasso da “Liga da Justiça” original costuma ser apontado como fator de pânico entre os executivos da empresa Time-Warner, que entraram numa negociação apressada de venda para a AT&T em novembro de 2017, mesmo mês em que o filme foi lançado. Empresa de telefonia e comunicação sem experiência com produção de conteúdo, a AT&T relançou o conglomerado de mídia como WarnerMedia em 2018 e tomou várias decisões equivocadas que acumularam uma dívida recorde e desvalorizaram seu patrimônio. Sem paciência para esperar a HBO Max decolar em meio à pandemia, e com o alto investimento em “Liga da Justiça de Zack Snyder” sem resultar na atração de mais assinantes para o serviço, a AT&T tratou de encerrar rapidamente a aventura da WarnerMedia, passando o controle da companhia para uma empresa bem menor que a própria Warner, a Discovery, que assumiu neste ano o comando da nova versão do conglomerado, batizada de Warner Bros. Discovery.
Presidente da DC Films confirma redução do papel de Amber Heard em “Aquaman 2”
Em quem acreditar? As equipes de Johnny Depp e Amber Heard apresentaram depoimentos completamente divergentes sobre o impacto dos processos do ator na carreira da atriz. Nesta terça (24/5), a acusação introduziu um vídeo em que Walter Hamada, presidente da DC Films, negou as alegações de que a participação da atriz em “Liga da Justiça”, “Aquaman” e sua continuação tenham sido afetadas devido aos processos judiciais movidos por Depp. Mas confirmou que a atriz perdeu sim espaço na franquia. Hamada afirmou que a prioridade da Warner foi honrar acordos que já haviam sido assinados anteriormente e foi isso que aconteceu com Amber em “Aquaman 2”. Entretanto, ele confirma que o papel dela foi bastante reduzido na nova continuação. Isto teria acontecido devido à falta de química com o ator Jason Momoa. “Eles não tinham muita química juntos”, disse Hamada. “Editorialmente, eles conseguiram fazer esse relacionamento funcionar no primeiro filme, mas havia uma preocupação de que fosse preciso muito esforço para chegar lá”, ele afirmou. Vale lembrar que Hamada é o executivo que Ray Fisher, intérprete de Ciborgue em “Liga da Justiça”, acusou de tentar esconder os bastidores tóxicos da produção do filme de super-heróis, após o diretor substituto Joss Whedon agir de forma desrespeitosa com os atores. Seu depoimento é o oposto do que disse Kathryn Arnold, produtora de Hollywood, que afirmou para o tribunal na segunda-feira (23/5) que Heard só não foi totalmente retirada de “Aquaman 2” porque o ator Jason Momoa e o diretor James Wan foram irredutíveis quanto a isso. Na semana passada, a agente da atriz, Jessica Kovacevic, também testemunhou que sua cliente não teve o boom na carreira que se esperava após o sucesso de “Aquaman” e acusou tuítes e declarações negativas do amigo e ex-advogado de Depp, Adam Waldman, de “adicionarem combustível neste fogo”. “Porque normalmente, quando você tem uma atriz em um filme tão bem-sucedido quanto esse, como ‘Aquaman’ foi, a carreira muda totalmente… Você se torna mais atraente financeiramente”, disse Kovacevic. “Com ela, isso não aconteceu.” “Ninguém pode afirmar com certeza que tiraram a possibilidade dela ascender na carreira por causa da má imprensa… mas não há outro motivo”, acrescentou a agente. Ela chegou a citar um filme da Amazon que Heard estrelaria, até os produtores, de uma hora para outra, demonstrarem não ter mais interesse em contratá-la. A atriz e sua defesa alegam que Depp prejudica sua carreira não só por meio de processos, mas com uma “campanha difamatória” contra ela, por meio de sua rede de relações em Hollywood. E que isso a fez quase ser removida de “Aquaman 2”. “Recebi um roteiro inicial. Em seguida, me chegaram novas versões [do roteiro] que retiravam cenas importantes de ação, as quais mostravam minha personagem e outro personagem lutando um com o outro. Eles [roteiristas] basicamente cortaram muito do meu papel. Reduziram bastante”, alegou a atriz.
James Gunn vai adaptar mais quadrinhos da DC Comics após “O Esquadrão Suicida”
“O Esquadrão Suicida” não será o único filme do diretor James Gunn com os personagens da DC Comics. O presidente da DC Films, Walter Hamada, garantiu contar com o cineasta para novas adaptações de quadrinhos da editora. “Gunn será sempre bem-vindo de volta, para o que quer que ele queira fazer. Ele realmente tem uma visão e foi um ótimo parceiro. Estamos prontos para ele”, disse Hamada em entrevista à revista The Hollywood Reporter. Pressionado a ir além das declarações genéricas, o executivo acabou confessando que não se trata apenas de desejo. “Ele vai voltar. Temos mais coisas planejadas”, confessou. Por sinal, o próximo projeto de Gunn é outra produção da DC, a série do Pacificador, derivada do filme “O Esquadrão Suicida”, que estreia na HBO Max em janeiro. As gravações da série já acabaram e ele atualmente trabalha num especial de fim de ano dos “Guardiões da Galáxia” para a Disney+, previsto para dezembro de 2022, e logo na sequência fará “Guardiões da Galáxia Vol. 3”, que estreia em maio de 2023 nos cinemas. Só depois disso, poderá voltar suas atenções para a DC – se a Marvel não lhe oferecer outro projeto inadiável. “O Esquadrão Suicida” estreou nos cinemas na quinta-feira (5/8).
Ray Fisher volta a acusar produtores e presidente da Warner Bros. de racismo
Ray Fisher, intérprete de Ciborgue em “Liga da Justiça”, voltou a acusar produtores e o presidente da Warner Bros. Pictures de racismo. Ele repetiu denúncias que já tinha feito em outubro sobre mudanças racialmente motivadas nas refilmagens daquele filme, sob comando do diretor Joss Whedon. E acusa especificamente Geoff Johns, roteirista de “Aquaman” e “Mulher-Maravilha 1984”, além de criador das séries “The Flash” e “Stargirl”, por ter ajudado a reescrever o filme com Joss Whedon para diminuir a importância dos personagens negros da trama. Alguns foram até eliminados na versão refeita por Whedon, que foi exibida nos cinemas em 2017. “Quando se trata de questões raciais, sempre tento dar o benefício da dúvida para quem pode não saber de seus privilégios. Mas quando executivos do estúdio (especialmente Geoff Johns) dizem ‘não podemos ter um homem negro raivoso no centro do filme’, e depois usam seu poder para tirar TODAS as pessoas negras do filme, eles não têm mais o benefício da dúvida”, escreveu Fisher. O ator ainda alertou para tentativas de colocar toda a culpa em Joss Whedon e no ex-presidente do estúdio, Kevin Tsujihara, teriam o objetivo de livrar os demais. Ray Fisher afirma que os executivos, incluindo o produtor Jon Berg e o presidente do estúdio, Toby Emmerich, sabiam que os diálogos dessa conversa, testemunhada por terceiros, eram “ofensivos, discriminatórios e inaceitáveis” — e supostamente por isso não havia pessoas negras presentes nas reuniões. “Eles escolhiam o caminho covarde do gaslighting — e com pedidos extremamente problemáticos, pedindo que eu ‘interpretasse o Ciborgue como o Corcunda de Notre Dame’ e exigindo que uma cena fosse regravada para destacar a existência do pênis do Ciborgue”, exemplificou. O ator finaliza recomendando o resgate da visão original do diretor Zack Snyder para o filme. “A ‘Liga da Justiça’ de Zack Snyder prova, e se opõe, a essa discriminação”. Fisher tem atacado continuamente a Warner Bros. desde o verão norte-americano passado, alegando ter sido maltratado por Joss Whedon no set das refilmagens de “Liga da Justiça”, com apoio dos produtores do filme. Ele diz que teria sido ameaçado ao se queixar do diretor e coagido a abandonar algumas das acusações após o caso se tornar público. Whedon entrou na produção após Snyder filmar a maior parte de “Liga da Justiça”. O diretor original precisou se afastar do longa devido a uma tragédia pessoal e a Warner aproveitou para substitui-lo na pós-produção pelo responsável pelo blockbuster “Os Vingadores”. O substituto refez mais de 70% do filme. Mas o resultado híbrido, parte Snyder e parte Whedon, resultou numa catástrofe – fracasso nas bilheterias e críticas muito negativas. Além disso, a intervenção gerou, tardiamente, as acusações de Fisher sobre os bastidores das refilmagens, que, num efeito dominó, fulminaram a reputação de Whedon e fizeram balançar produtores e executivos da Warner. A WarnerMedia, empresa de entretenimento que inclui a Warner Bros. Pictures entre suas marcas, encomendou uma investigação independente para chegar ao fundo da questão. Ao mesmo tempo, Whedon se afastou (ou foi afastado) da produção de “The Nevers”, uma série que desenvolvia para a HBO. Mas Fisher não se deu por contente e também pediu a cabeça dos produtores do filme, do presidente da Warner Bros. Pictures e do presidente da DC Films, Walter Hamada, que só assumiu seu cargo após a estreia de “Liga da Justiça”. Segundo Fisher, Hamada teria tentado convencê-lo a não incluir Geoff Johns nas acusações, devido aos muitos projetos do produtor-roteirista na companhia. Em comunicado, a Warner e a responsável pela investigação, a ex-juíza federal Katherine B. Forrest, pronunciaram-se em defesa de Hamada. “Estou desapontada com as constantes declarações públicas que sugerem que Walter Hamada interferiu de alguma forma na investigação de ‘Liga da Justiça’. Ele não interferiu. Eu o entrevistei extensivamente em mais de uma ocasião e especificamente o entrevistei sobre sua interação muito limitada com o Sr. Fisher. Achei o Sr. Hamada confiável e acessível. Concluí que ele não fez nada que impedisse ou interferisse na investigação. Pelo contrário, as informações que forneceu foram úteis e ajudaram a avançar a investigação”, disse Forrest. Apesar da reprimenda pública, Fisher não pediu desculpas para a Hamada. Ao contrário, no novo “comunicado” sobre o caso, ele exigiu suas desculpas “aos participantes da investigação”. Please Read. A>E pic.twitter.com/C6PjkBLlDE — Ray Fisher (@ray8fisher) March 2, 2021
Ray Fisher é confrontado pela Warner após voltar a sugerir racismo do estúdio
O ator Ray Fisher voltou a acusar a Warner Bros. de racismo, via Twitter, ao insinuar que a contratação do roteirista negro Ta-Nehisi Coates para escrever uma nova versão da franquia Superman com JJ Abrams seria uma forma de causar distração e sepultar suas acusações contra Walter Hamada, presidente da DC Films. “Vocês se lembram daquela vez que Walter Hamada e a Warner Bros. Pictures tentaram destruir a credibilidade de um negro e deslegitimar publicamente uma investigação muito séria, com mentiras na imprensa?”, Fisher tuitou. “Mas ei, Superman Negro…” As novas declarações de Fisher, que já chegou a sugerir que até o presidente da WB, Toby Emmerich, era racista, fizeram o estúdio responder prontamente. Fisher tem atacado continuamente a Warner Bros. desde o verão norte-americano passado, alegando ter sido maltratado por Joss Whedon no set das refilmagens de “Liga da Justiça”, com apoio dos produtores do filme. Ele teria sido ameaçado ao se queixar do diretor e coagido a abandonar algumas das acusações após o caso se tornar público. Quem ele diz que o ameaçou foi Geoff Johns, produtor de “Liga da Justiça” – além de criador das séries “The Flash”, “Titãs” e “Stargirl”, e roteirista de “Aquaman” e “Mulher-Maravilha 1984”. Pela importância de Johns para a DC, Walter Hamada teria tentado tentado convencer o ator a não envolver o produtor em suas acusações. Pelo menos, é isto que Fisher afirma, acusando pessoas acima desses executivos por protegê-los em meio ao escândalo. Fisher alega que a investigação interna, que teria resultado no afastamento de Whedon do estúdio, sofreu tentativa de influência por integrantes da chefia da Warner, inclusive de seu alvo declarado, Walter Hamada. Aparentemente, a Warner cansou de deixar essas acusações sem resposta. Após o novo tuíte, o conglomerado de mídia que contém a Warner Bros. Pictures emitiu um comunicado oficial e ainda promoveu uma manifestação do responsável pela investigação dos bastidores de “Liga da Justiça”, que contestam frontalmente as afirmações do ator. “Mais uma vez, há falsas declarações sendo feitas sobre nossos executivos e nossa empresa em torno da recente investigação de ‘Liga da Justiça’. Como afirmamos antes, uma investigação ampla e completa de terceiros foi conduzida. Nossos executivos, incluindo Walter Hamada, cooperaram plenamente, não foram encontradas evidências de qualquer interferência, e a Warner Bros. não mentiu na imprensa. É hora de parar de dizer o contrário e avançar de forma produtiva”, diz o texto da WarnerMedia. A declaração foi amparada por uma manifestação individual de Katherine B. Forrest, a investigadora e ex-juíza federal que chefiou a investigação feita após as acusações de Fisher. “Estou desapontada com as constantes declarações públicas que sugerem que Walter Hamada interferiu de alguma forma na investigação de ‘Liga da Justiça’. Ele não interferiu. Eu o entrevistei extensivamente em mais de uma ocasião e especificamente o entrevistei sobre sua interação muito limitada com o Sr. Fisher. Achei o Sr. Hamada confiável e acessível. Concluí que ele não fez nada que impedisse ou interferisse na investigação. Pelo contrário, as informações que forneceu foram úteis e ajudaram a avançar a investigação”. Ray Fisher reagiu aos comunicados retomando seus ataques nominais a Walter Hamada. “Como eu disse desde o início: Walter Hamada TENTOU interferir na investigação de ‘Liga da Justiça’. Ele não teve sucesso porque eu não o permiti. O fato de o investigador fazer uma declaração afirmando que não houve interferência é propositalmente enganoso e desesperador”, ele acusou. Para completar, ainda retuitou sua denúncia original contra Hamada, datada de 4 de setembro. “Para que vocês entenderem melhor o quão fundo isso vai: Depois de falar sobre ‘Liga da Justiça’, recebi um telefonema do presidente da DC Films em que ele tentou jogar Joss Whedon e Jon Berg embaixo do ônibus na esperança de que eu cedesse e não denunciasse Geoff Johns. Eu não vou ceder”. Ironicamente, enquanto fazia esses ataques, o ator também promovia em suas redes sociais a nova versão de “Liga da Justiça”, dirigida por Zack Snyder. Veja abaixo. Do ya’ll remember that time Walter Hamada and @wbpictures tried to destroy a Black man’s credibility, and publicly delegitimize a very serious investigation, with lies in the press? But hey, Black Superman… A>E — Ray Fisher (@ray8fisher) February 27, 2021 #ZackSnydersJusticeLeague #SnyderCut pic.twitter.com/Kgysywx08U — Zack Snyder (@ZackSnyder) February 27, 2021 As I’ve said from the start: Walter Hamada ATTEMPTED to interfere with the JL investigation. He was unsuccessful in doing so because I did not allow him to. Having the investigator make a statement claiming there was no interference is purposely misleading and desperate. A>E — Ray Fisher (@ray8fisher) February 27, 2021 For those in the back: https://t.co/bV3wL1HfMZ — Ray Fisher (@ray8fisher) February 28, 2021 My mom is funny. ☺️#ZackSnydersJusticeLeague #Snydercut pic.twitter.com/fFCaN0zfVh — Ray Fisher (@ray8fisher) February 28, 2021











