Jovens Titãs vão ganhar filme live-action
O DC Studios encomendou o roteiro de um filme live-action dos heróis adolescentes para a roteirista de "Supergirl: Woman of Tomorrow"
Diretor de “Força Aérea Um” e “Troia”, Wolfgang Petersen morre aos 81 anos
O diretor alemão Wolfgang Petersen, que marcou época em filmes como “O Barco: Inferno no Mar”, “A História Sem Fim”, “Na Linha de Fogo”, “Força Aérea Um” e “Troia”, morreu na sexta-feira (12/8) em sua residência em Brentwood, na Califórnia, de câncer no pâncreas aos 81 anos de idade. A notícia foi confirmada por sua produtora nesta terça (16/8), que revelou que ele estava ao lado de sua esposa Maria Antoinette, com quem foi casado por 50 anos. Wolfgang Petersen começou a carreira na TV alemã em 1965. Enquanto trabalhava na popular série policial “Tatort”, conheceu o ator Jurgen Prochnow, que se tornaria figura frequente em seus primeiros filmes. Prochnow estrelou todos os três filmes alemães do diretor, incluindo o drama em preto e branco “A Consequência” (1977), que adaptou o romance autobiográfico de Alexander Ziegler sobre amor homossexual e foi considerado tão radical na época que, quando entrou na janela televisiva, as redes de TV da Alemanha Ocidental se recusaram a exibi-lo. O ator também foi o capitão do U-boat no hoje clássico suspense naval “O Barco: Inferno no Mar” (Das Boot, 1981). A trama claustrofóbica, passada a bordo de um submarino durante a 2ª Guerra Mundial, foi indicada a seis Oscars – um número enorme para um filme estrangeiro – incluindo dois para Petersen, nas categorias de Melhor Roteiro Adaptado e Direção. Graças ao impacto do filme, Petersen passou a ser requisitado por Hollywood, trocando sua carreira no cinema autoral alemão por aventuras com orçamentos de blockbusters. Seu primeiro filme americano foi “A História sem Fim”, uma fantasia infantil sobre o poder da imaginação lançada em 1984 que marcou época e ainda é frequentemente citada em “Stranger Things”. Sucesso de bilheteria, ganhou sequência seis anos depois com direção de George Miller (o pai de “Mad Max”). Em vez de ficar preso à franquia, Petersen buscou variar seu repertório com “Inimigo Meu” (1981), sci-fi passada em outro mundo, que era basicamente uma versão de “Inferno no Pacífico” (1968) com alienígena. Mas seu nicho em Hollywood acabou não sendo o cinema fantasioso. Ele acabou se consagrando como diretor de filmes de ação. Ao longo de uma década, Petersen emplacou cinco hits consecutivos com muita tensão: “Na Linha de Fogo” (1993), em que Clint Eastwood viveu um agente do Serviço Secreto, “Epidemia” (1995), com Dustin Hoffman tentando impedir a propagação de ebola no mundo, “Força Aérea Um” (1997), que trouxe Harrison Ford contra terroristas no avião presidencial, “Mar em Fúria” (2000), onde George Clooney e Mark Wahlberg são vítimas de uma tempestade brutal no oceano, e “Troia” (2004), com Brad Pitt no papel de Aquiles durante a Guerra de Troia. Este período bem-sucedido, que o tornou um dos diretores mais requisitados para filmes com cenas de ação, chegou a um fim súbito com o fracasso de “Poseidon” (2006), remake dispendioso de um dos maiores blockbusters de desastres dos anos 1970. Custou US$ 160 milhões em produção e gerou bilheteria mundial de US$ 182 milhões, resultando em uma enorme perda para a Warner Bros. e encerrou, abruptamente, a carreira de Peterson em Hollywood. O cineasta só voltou para trás das câmeras uma década depois na Alemanha, quando lançou “Quatro Contra o Banco” (2016), uma comédia criminal modesta com elenco alemão que completou sua filmografia. Apesar da má vontade dos estúdios após “Poseidon”, Peterson era muito querido entre seus colegas e admirado pelos atores com quem trabalhou, incluindo Clint Eastwood, Harrison Ford, George Clooney, Brad Pitt, Rene Russo, Glenn Close, Mark Wahlberg, Dustin Hoffman e Morgan Freeman. Seu legado continua a ser explorado até hoje pela TV alemã, que transformou “O Barco: Inferno no Mar” numa série de sucesso lançada em 2018 e que já rendeu três temporadas premiadas – a mais recente em 2022.
Ator de Pretty Little Liars será o herói Aqualad na série Titãs
A série “Titãs” mostrará mais um dos integrantes da formação original do grupo de super-heróis dos quadrinhos. O ator Drew Van Acker, que ficou conhecido pelo papel de Jason DiLaurentis (o irmão de Alison e Spencer) em “Pretty Little Liars”, foi escalado para interpretar Aqualad na produção da plataforma DC Universe. Para quem não conhece o histórico dos personagens, a “Turma Titã” original foi criada pelo roteirista Bob Haney em 1964, quando ele juntou Robin, Kid Flash e Aqualad, os parceiros adolescentes (então com 13 anos) de Batman, Flash e Aquaman, numa mesma aventura. Foi um grande sucesso editorial e a DC voltou a reunir os heróis mirins mais duas vezes antes de decidir lançar uma revista com o grupo, batizada de “Teen Titans”, em inglês, com a inclusão de Dianinha, a Moça-Maravilha, e eventualmente também de Ricardito (Speedy), que, com o tempo, viraram Arsenal e Troia. Outros personagens importantes dessa fase foram Lilith, Rapina e Columba. Robin também mudou sua identidade para Asa Noturna nos anos 1980 (e logo Kid Flash virou Flash, Aqualad, Tempestade, e Lilith se tornou Sina) e até a Turma Titã teve sua denominação alterada para Novos Titãs, numa fase em que a equipe deixou de ser totalmente teen, formada por Asa Noturna, Ciborgue, Ravena, Estelar e Mutano, praticamente a equipe da série – e da animação “Jovens Titãs”. Mas as mudanças não acabaram ali. Quando novos membros deram origens a outras formações – e à Justiça Jovem – , a equipe original voltou a se reunir, já adulta, sob o nome simplificado de Titãs, o mesmo escolhido para a produção live action. Aqualad era o único personagem que ainda não tinha sido visto em carne e osso na televisão. “Titãs” incluiu Donna Troy, a Moça-Maravilha, em sua 1ª temporada. E as séries do Arrowverso mostraram Kid Flash e Arsenal. Como a atração do DC Universe não faz parte do Arrowverso, é possível que esses dois personagens também sejam introduzidos com novos intérpretes. Uma curiosidade sobre a escalação de Drew Van Acker é que Aqualad tem sido representado como um personagem negro na série animada da Justiça Jovem, exibida no mesmo DC Universe. O fato da “Titãs” preservar a etnia original do herói contrasta com a recente contratação de uma atriz inglesa negra para viver a vilã branca/asiática Mercy Graves em sua 2ª temporada. Uma possível explicação é que o Aqualad de “Titãs” não é o mesmo de “Justiça Jovem”. A série vai mostrar Garth, fundador dos Titãs, e não Kaldur’ahm, o líder da Justiça Jovem. Após os “Novos 52”, mais recente reboot dos quadrinhos da DC Comics, as publicações “Caça aos Titãs” (Titans Hunt) e “Universo DC Renascimento” (DC Rebirth) voltaram a considerar a cronologia histórica e reuniram mais uma vez os fundadores originais dos Titãs – inclusive Lilith, morta numa minissérie traumática, e Kid Flash, perdido na Força de Aceleração (speed force). Será interessante ver como a série do DC Universe irá abordar a reunião de Garth com Dick Grayson (o Robin, vivido por Brenton Thwaites) e Donna Troy (Conor Leslie), e se outros Titãs originais vão aparecer ao encontro. Criação de Akiva Goldsman (roteirista de “A Torre Negra”), Greg Berlanti (responsável por todas as séries do Arrowverso) e Geoff Johns (cocriador de “The Flash”), “Titãs” tem distribuição no Brasil pela Netflix.
Conor Leslie compartilha vídeo de seu treinamento para a 2ª temporada de Titãs
A atriz Conor Leslie compartilhou em seu Twitter um vídeo e foto de seu treinamento com o laço para as gravações de seu papel como Donna Troy, a Moça-Maravilha, na 2ª temporada de “Titãs” (Titans). Aparentemente, sua participação será ampliada nos próximos episódios, após aprovação unânime dos fãs dos quadrinhos à sua aparição na série. Para se ter noção, nos comentários da rede social, muitos até lamentaram a DC não incorporar os Titãs em seu universo cinematográfico, querendo ver Conor ao lado de Gal Gadot nos filmes da Mulher-Maravilha. A personagem Donna Troy foi criada ainda nos anos 1950 como ajudante/irmã mais nova da Mulher-Maravilha, mas tudo isso foi perdido entre os reboots malucos da DC Comics, que mudaram sua história diversas vezes. O importante é destacar que ela integrou o grupo de heróis que inaugurou a revista da Turma Titã (Teen Titans) em 1965, ao lado de Robin, Kid Flash e Aqualad – numa história de Bob Haney com desenhos de Bruno Premiani. E permaneceu no time por décadas, inclusive quando Marv Wolfman e George Perez reformaram a publicação com novos personagens e um título diferente, Novos Titãs (The New Titans) – a fase abordada pela série. Foi logo depois dessa fase que ela adotou a identidade de Troia e ganhou uma revisão de sua história para justificar os novos poderes. As mudanças, por sinal, abrangeram todos os Titãs originais, com Robin virando Asa Noturna, Ricardito (Speedy) tornando-se Arsenal, Aqualad adotando o nome de Tempestade e Kid Flash assumindo temporariamente o lugar do Flash. A série optou por uma linha temporal diferente da trama conhecida, ao mostrar que, embora ela e Dick Grayson, o Robin (Brenton Thwaites, de “Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar”), sejam velhos conhecidos, eles não formaram os Titãs como nos quadrinhos. Isto porque, na produção, não existiram Titãs antes dos “Novos Titãs”. Os Titãs televisivos oficiais são Robin (Brenton Thwaites), Estelar (Anna Diop, da série “24: Legacy”), Ravena (Teagan Croft, da novela “Home and Away”) e Mutano (Ryan Potter, da série “Supah Ninjas”, do Nickelodeon). Mas os episódios também mostraram outros personagens ligados aos quadrinhos dos heróis, como Donna, Rapina (Alan Ritchson, da série “Blood Drive”), Columba (Minka Kelly, da série “Friday Night Lights”) e o segundo Robin, Jason Todd (Curran Walters, de “Mulheres do Século 20”). Criação de Akiva Goldsman (roteirista de “A Torre Negra”), Greg Berlanti (responsável por todas as séries de super-heróis da DC Comics na rede CW) e Geoff Johns (cocriador de “The Flash”), a série é uma produção da DC Universe, plataforma de streaming da DC Comics nos Estados Unidos, e tem distribuição no Brasil pela Netflix. Day 1 of Lasso Training for Donna ♥️⭐️ @DCUTitans pic.twitter.com/DBC48BURgG — conor leslie (@ConorLeslie) May 24, 2019 pic.twitter.com/wF1Z0VA6XV — conor leslie (@ConorLeslie) May 24, 2019
Moça-Maravilha aparece pela primeira vez em trailer da série dos Titãs
A plataforma DC Universe divulgou o trailer do próximo episódio da série “Titans”, que destaca a estreia da atriz Conor Leslie (minissérie “Shots Fired”) como Donna Troy, a Moça-Maravilha, fundadora da Turma Titã original nos quadrinhos. A prévia mostra que ela e Dick Grayson (Brenton Thwaites, de “Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar”) são velhos conhecidos. Esta dinâmica de passado compartilhado, mas não abordado na série, é a mesma experimentada na participação anterior de Rapina (Alan Ritchson, da série “Blood Drive”) e Columba (Minka Kelly, da série “Friday Night Lights”). O vídeo só permite ver qual fase de Donna será abordada, já que ela não aparece com uniforme de heroína. De todo modo, a típica “roupa preta de espiã” que ela veste tem a mesma cor do traje de sua identidade como Troia. A personagem foi criada ainda nos anos 1950 como ajudante/irmã mais nova da Mulher-Maravilha, mas tudo isso foi perdido entre os reboots malucos da DC Comics, que mudaram sua história diversas vezes. Para se ter noção, até a recente linha temporal estabelecida em “Novos 52” já conseguiu criar contradições, ao tentar reunir todas as versões conflitantes de Donna numa nova origem. O importante é destacar que ela integrou o grupo de heróis que inaugurou a revista da Turma Titã (Teen Titans) em 1965, ao lado de Robin, Kid Flash e Aqualad – numa história de Bob Haney com desenhos de Bruno Premiani. E permaneceu no time por décadas, inclusive quando Marv Wolfman e George Perez reformaram a publicação com novos personagens e um título diferente, Novos Titãs (The New Titans) – fase abordada pela série. Foi logo depois dessa fase que ela adotou a identidade de Troia e bagunçou sua cronologia como uma revisão de sua história para justificar os novos poderes. As mudanças, por sinal, abrangeram todos os Titãs originais, com Robin virando Asa Noturna, Ricardito (Speedy) tornando-se Arsenal, Aqualad adotando o nome de Tempestade e Kid Flash assumindo temporariamente o lugar do Flash. Por enquanto, os integrantes dos Titãs televisivos são Robin (Brenton Thwaites), Estelar (Anna Diop, da série “24: Legacy”), Ravena (Teagan Croft, da novela “Home and Away”) e Mutano (Ryan Potter, da série “Supah Ninjas”, do Nickelodeon). Criação de Akiva Goldsman (roteirista de “A Torre Negra”), Greg Berlanti (responsável por todas as séries de super-heróis da DC Comics na rede CW) e Geoff Johns (cocriador de “The Flash”), a série é disponibilizada semanalmente na plataforma de streaming da DC Comics nos Estados Unidos, mas será lançada no Brasil em 2019 pela Netflix.
Fotos revelam visual de Donna Troy, a Moça-Maravilha, na série dos Titãs
A plataforma DC Universe divulgou as primeiras imagens da atriz Conor Leslie (minissérie “Shots Fired”) na série dos Titãs. Confira abaixo. Ela interpreta ninguém menos que Donna Troy, a Moça-Maravilha, fundadora da Turma Titã original nos quadrinhos, que já havia aparecido em um easter-egg no início da temporada. As imagens não deixam claro se ela irá adotar seu alterego na série. De todo modo, a típica “roupa preta de espiã” que ela veste tem a mesma cor do traje de sua identidade como Troia. A personagem foi criada ainda nos anos 1950 como ajudante/irmã mais nova da Mulher-Maravilha, mas tudo isso foi perdido entre os reboots malucos da DC Comics, que mudaram sua história diversas vezes. Para se ter noção, até a recente linha temporal estabelecida em “Novos 52” já conseguiu criar contradições, ao tentar reunir todas as versões conflitantes de Donna numa nova origem. O importante é destacar que ela integrou o grupo de heróis que inaugurou a revista da Turma Titã (Teen Titans) em 1965, ao lado de Robin, Kid Flash e Aqualad – numa história de Bob Haney com desenhos de Bruno Premiani. E permaneceu no time por décadas, inclusive quando Marv Wolfman e George Perez reformaram a publicação com novos personagens e um título diferente, Novos Titãs (The New Titans) – fase abordada pela série. Foi logo depois dessa fase que ela adotou a identidade de Troia e bagunçou sua cronologia como uma revisão de sua história para justificar os novos poderes. As mudanças, por sinal, abrangeram todos os Titãs originais, com Robin virando Asa Noturna, Ricardito (Speedy) tornando-se Arsenal, Aqualad adotando o nome de Tempestade e Kid Flash assumindo temporariamente o lugar do Flash. Por enquanto, os integrantes dos Titãs televisivos são Robin (Brenton Thwaites, de “Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar”), Estelar (Anna Diop, da série “24: Legacy”), Ravena (Teagan Croft, da novela “Home and Away”) e Mutano (Ryan Potter, da série “Supah Ninjas”, do Nickelodeon), mas Rapina (Alan Ritchson, da série “Blood Drive”) e Columba (Minka Kelly, da série “Friday Night Lights”) também já apareceram em participação especial – assim como a Patrulha do Destino e o segundo Robin (Curran Walters, de “Mulheres do Século 20”). Criação de Akiva Goldsman (roteirista de “A Torre Negra”), Greg Berlanti (responsável por todas as séries de super-heróis da DC Comics na rede CW) e Geoff Johns (cocriador de “The Flash”), a série é disponibilizada semanalmente na plataforma de streaming da DC Comics nos Estados Unidos, mas será lançada no Brasil em 2019 pela Netflix.
Produtor revela planos para uma 2ª temporada de Troia: A Queda de uma Cidade
A chegada de “Troia: A Queda de uma Cidade” (Troy: Fall of a City) à Netflix deu início à discussão sobre a possibilidade de uma continuação para a série. Em entrevista ao site The Hollywood Reporter, o produtor Derek Wax (que também produz a série “Humans”) assumiu o interesse em realizar uma 2ª temporada, revelando já ter conversado com o roteirista David Farr (da minissérie “The Night Manager”) a este respeito. “David Farr tem uma ideia maravilhosa para onde a 2ª temporada pode ir, mas é basicamente uma opção das emissoras continuar ou não. Ela precisa render interesse na Netflix por tempo suficiente para que eles tomem uma decisão”. Ou seja, se a série fizer sucesso na Netflix, a coprodução com a BBC deve ser renovada. O produtor não revelou qual seria a história abordada, já que a Guerra de Troia se conclui com a queda da cidade, como diz o título da atração. Mas há três obras clássicas que abordam o período posterior à guerra: “A Odisseia”, de Homero, “A Eneida”, de Virgílio, e “Electra”, de Eurípedes, que tratam dos destinos de três personagens importantes, que sobrevivem ao conflito: respectivamente, Odisseus (Ulisses, na mitologia romana), Eneias e Agamenon. Além destes, o final do herói grego Diomedes é revelado na “Heracleia”, de Peisândro de Rodes, coleção dos poemas épicos sobre os Doze Trabalhos de Héracles (Hércules, na mitologia romana).
Veja o trailer legendado de Troia: A Queda de uma Cidade, novidade da Netflix
A Netflix divulgou o trailer legendado de “Troia: A Queda de uma Cidade” (Troy: Fall of a City), série britânica que liderou a audiência, mas também gerou polêmica durante sua exibição no Reino Unido. A série teve grande repercussão na mídia e nas redes sociais, graças à escalação controversa de atores negros como intérpretes de heróis e deuses gregos. A decisão foi toma em nome da liberdade artística dos produtores, que optaram por anacronismo politicamente correto para retratar personagens descritos como brancos por Homero e retratados em afrescos, estátuas e até em moedas da Grécia antiga dessa forma. As mudanças mais significativas envolveram Aquiles, interpretado por David Gyasi (“Interestelar”), Eneias, vivido pelo “brasileiro” Alfred Enoch (“How To Get Away With Murder”), e até Zeus, maior deus dos gregos, representado por Hakeem Kae-Kazim (“Black Sails”) – jogando por terra inúmeras representações pictóricas do velhinho de barbas, roupas e pele claras, soltando raios nos pobres mortais. Como as escalações dizem mais respeito ao século 21 do que ao século 13 antes de Cristo, alegraram os defensores de uma agenda de inclusão, mas frustram quem esperava uma recriação mais fiel do épico de Homero, a ponto de gerar editoriais sobre o assunto. “Por que a nova série da BBC ‘Troy: Fall of a City’, passada há 1,2 mil anos antes de Cristo, sente a necessidade de nos doutrinar sobre raça e gênero?’, indagou uma manchete do tabloide The Sun. “Controvérsia espreita a escalação do mítico Aquiles com um ator negro no novo épico da BBC”, publicou o site Greek Hollywood Reporter. Os produtores defenderam as escalações em entrevista à revista Variety, afirmando que o “mundo dos mitos” permite “uma liberdade maravilhosa” de casting. “Diversidade está no coração do nosso casting e no coração do que a BBC e a Netflix querem. Isto só é controverso se as pessoas tentam criar uma controvérsia a partir disso”, afirmou Derek Wax, numa frase digna, como diriam os gregos, dos melhores sofistas. Comentários no Twitter lembram que os africanos não tem nenhuma relação com a mitologia grega ou com a história da Grécia antiga. Alguns se disseram “chocados” com a “tentativa da BBC de reescrever a História da Grécia”. Poderia se argumentar que pelo menos os troianos não eram europeus brancos, já que sua cidade ficava na Turquia. Mas a verdade é que até eles eram gregos. A região de Anatólia foi colonizada pelos gregos e pertencia à civilização helênica, compartilhando, inclusive, os mesmos deuses, como descreve o poema épico de Homero. Enquanto alguns se limitaram à discussão histórica, a polêmica também traz à tona argumentos francamente racistas. Nunca falta tampouco quem lembre situação oposta, um filme sobre o Pantera Negra estrelado por um ator branco. Entretanto, antes de “Pantera Negra” existiu “O Fantasma” (1996), herói branco de quadrinhos passados na África. A cultura e a sociedade simplesmente evoluem. Mas a polêmica não é realmente sobre os avanços do presente, mas a respeito do anacronismo representado pela ação afirmativa da escalação. Recriar o passado sob uma ótica politicamente correta pode, em seu extremo, levar à situação-limite de retratar o período da escravidão sem escravos negros. A abordagem inclusiva também falha em respeitar os povos e culturas originais, tendo efeito oposto ao esperado. Criador da série, David Farr defendeu sua opção dizendo que lidou com mitos e não com História factual para justificar suas decisões de elenco. “Ninguém sabe se a versão de Homero, que foi escrita 500 anos depois [da Guerra de Troia], é fiel aos fatos ou se é inteiramente mítica”, ele afirmou, referindo-se ao poema épico “A Ilíada”, de 3,2 mil anos atrás. É bom lembrar que o mesmo poderia ser dito sobre a Bíblia.
Série sobre a guerra de Troia lidera audiência e vira polêmica racial no Reino Unido
A série “Troy: Fall of a City”, produção da BBC sobre a lendária Guerra da Troia, virou um dos assuntos mais comentados das redes sociais inglesas na última semana. A atração estreou em 1º lugar na audiência no sábado passado (17/2), com 3,2 milhões de telespectadores britânicos ao vivo, mas a repercussão foi muito maior na mídia e nas redes sociais, graças à escalação controversa de atores negros como intérpretes de heróis e deuses gregos. A grande repercussão foi consequência da escalação controversa de atores negros como intérpretes de heróis e deuses gregos. A decisão foi toma em nome da liberdade artística dos produtores, que optaram por anacronismo politicamente correto para retratar personagens descritos como brancos por Homero e retratados em afrescos, estátuas e até em moedas da Grécia antiga dessa forma. As mudanças mais significativas envolveram Aquiles, interpretado por David Gyasi (“Interestelar”), Eneias, vivido pelo “brasileiro” Alfred Enoch (“How To Get Away With Murder”), e até Zeus, maior deus dos gregos, representado por Hakeem Kae-Kazim (“Black Sails”) – jogando por terra inúmeras representações pictóricas do velhinho de barbas, roupas e pele claras, soltando raios nos pobres mortais. Como as escalações dizem mais respeito ao século 21 do que ao século 13 antes de Cristo, alegraram os defensores de uma agenda de inclusão, mas frustram quem esperava uma recriação mais fiel do épico de Homero, a ponto de gerar editoriais sobre o assunto. “Por que a nova série da BBC ‘Troy: Fall of a City’, passada há 1,2 mil anos antes de Cristo, sente a necessidade de nos doutrinar sobre raça e gênero?’, indagou uma manchete do tabloide The Sun. “Controvérsia espreita a escalação do mítico Aquiles com um ator negro no novo épico da BBC”, publicou o site Greek Hollywood Reporter. Os produtores defenderam as escalações em entrevista à revista Variety, afirmando que o “mundo dos mitos” permite “uma liberdade maravilhosa” de casting. “Diversidade está no coração do nosso casting e no coração do que a BBC e a Netflix querem. Isto só é controverso se as pessoas tentam criar uma controvérsia a partir disso”, afirmou Derek Wax, numa frase digna, como diriam os gregos, dos melhores sofistas. Comentários no Twitter lembram que os africanos não tem nenhuma relação com a mitologia grega ou com a história da Grécia antiga. Alguns se disseram “chocados” com a “tentativa da BBC de reescrever a História da Grécia”. Poderia se argumentar que pelo menos os troianos não eram europeus brancos, já que sua cidade ficava na Turquia. Mas a verdade é que até eles eram gregos. A região de Anatólia foi colonizada pelos gregos e pertencia à civilização helênica, compartilhando, inclusive, os mesmos deuses, como descreve o poema épico de Homero. Enquanto alguns se limitaram à discussão histórica, a polêmica também traz à tona argumentos francamente racistas. Nunca falta tampouco quem lembre situação oposta, um filme sobre o Pantera Negra estrelado por um ator branco. Entretanto, antes de “Pantera Negra” existiu “O Fantasma” (1996), herói branco de quadrinhos passados na África. A cultura e a sociedade simplesmente evoluem. Mas a polêmica não é realmente sobre os avanços do presente, mas a respeito do anacronismo representado pela ação afirmativa da escalação. Recriar o passado sob uma ótica politicamente correta pode, em seu extremo, levar à situação-limite de retratar o período da escravidão sem escravos negros. A abordagem inclusiva também falha em respeitar os povos e culturas originais, tendo efeito oposto ao esperado. Criador da série, David Farr defendeu sua opção dizendo que lidou com mitos e não com História factual para justificar suas decisões de elenco. “Ninguém sabe se a versão de Homero, que foi escrita 500 anos depois [da Guerra de Troia], é fiel aos fatos ou se é inteiramente mítica”, ele afirmou, referindo-se ao poema épico “A Ilíada”, de 3,2 mil anos atrás. É bom lembrar que o mesmo poderia ser dito sobre a Bíblia.
Primeiras fotos da série britânica sobre a Guerra de Troia revelam Aquiles negro
A BBC divulgou as primeiras fotos de “Troy: Fall of a City”, série sobre a lendária Guerra da Troia. E o material imediatamente chama a atenção para a escalação de um ator negro no papel do herói grego Aquiles. A escalação é uma liberdade artística dos produtores, um anacronismo politicamente correto, que inspirou protestos e comemorações nas redes sociais por motivos diversos. Vale lembrar que o personagem é fictício, mas foi descrito como loiro por Homero e retratado em afrescos, estátuas e até em moedas da Grécia antiga como um homem branco. De todo modo, seu intérprete, David Gyasi (“Interestelar”), não é o único negro do elenco. O “brasileiro” Alfred Enoch (“How To Get Away With Murder”) vive o herói troiano Eneias, igualmente registrado em inúmeras pinturas como um homem branco. Até Zeus, maior deus dos gregos, é representado por um ator negro, Hakeem Kae-Kazim (“Black Sails”), jogando por terra inúmeras representações pictóricas do velhinho de barbas, roupas e pele claras, soltando raios nos pobres mortais. Como as escalações dizem mais respeito ao século 21 do que ao século 13 antes de Cristo, frustram quem esperava uma recriação mais fiel do épico de Homero, mas alegraram os defensores de uma agenda de inclusão. A atração terá oito episódios, que contarão como o rapto escandaloso de Helena, a mulher mais linda da Grécia, pelo príncipe troiano Paris levou à formação do maior exército de sua era, culminando na queda da cidade mais rica do antigo Oriente. Esta história se tornou tão famosa que rendeu até “continuações” igualmente épicas – “A Odisséia”, de Homero, e “A Eneida”, de Virgílio, centradas, respectivamente, na viagem amaldiçoada de retorno de Ulisses (ou Odisseus), o general grego que insultou os deuses ao criar o Cavalo de Troia, e na fuga de Eneias, o general troiano que, favorecido pelos deuses, acabou fundando Roma. Sem esquecer do “spin-off” “Electra”, de Eurípedes, sobre a filha de Agamenon, comandante do cerco à Troia. Além dos citados, o elenco inclui Louis Hunter (“The Fosters”) como Paris, Bella Dayne (“Humans”) como Helena, Joseph Mawle (“Game of Thrones”) como Odisseus (ou Ulisses, conforme era conhecido entre os romanos), Jonas Armstrong (“Robin Hood”) como Menelau, Johnny Harris (“Fortitude”) como o rei grego Agamenon, David Threlfall (“Shameless”) como o rei Príamo de Troia, Frances O’Connor (série “The Missing”) como a rainha Hécuba, Tom Weston-Jones (“Copper”) como o príncipe Heitor, Chloe Pirrie (minissérie “War & Peace”) como a princesa Andrômaca, Aimee-Ffion Edwards (“Peaky Blinders”) como a princesa Cassandra e Carl Beukes (“Dominion”) como o guerreiro grego Diomedes. Com roteiro de David Farr (“The Night Manager”), a série pretende contar a história dos dez anos do cerco de Troia a partir do ponto de vista da família real troiana. Ressalte-se que esta não é uma ideia nova, já que o livro “O Incêndio de Troia”, de Marion Zimmer Bradley, já tinha a perspectiva da princesa Cassandra. A direção dos episódios foi dividida entre Owen Harris (“Sucesso Acima de Tudo” e série “Black Mirror”) e Mark Brozel (série “Humans”). E a exibição no Brasil deve acontecer pela Netflix, que adquiriu os direitos internacionais da produção, mas ainda não há previsão para a estreia.
A Guerra de Troia vai virar série da Netflix
A Netflix e a BBC se associaram para desenvolver uma série baseada na história para o qual o termo épico foi inventado. Trata-se da produção de “Troy: Fall Of A City”, série sobre a Guerra de Troia, que rendeu o poema épico “A Ilíada”, de Homero. A história do conflito que durou uma década, teve a morte de um guerreiro supostamente imortal, gerou ciúmes entre os deuses, maldições contra o líder mais inteligente do conflito, um cavalo de madeira e a mulher mais linda do mundo se tornou tão popular que rendeu até “spin-offs” igualmente lendários – “A Odisséia” e “A Eneida”. Criada por David Farr (roteirista de “Hannah” e da série “The Night Manager”), a atração terá oito episódios e girará em torno do caso de amor escandaloso entre o príncipe troiano Paris e a bela Helena, casada com um nobre grego, cujo rapto ultrajante levou à formação do exército e da armada mais grandiosos de sua era e à queda da cidade mais rica do antigo Oriente. A novidade desta versão é que será contada a partir da perspectiva da família real de Troia, no coração do cerco – ao estilo do livro “O Incêndio de Troia”, de Marion Zimmer Bradley, que acompanhava o ponto de vista da princesa Cassandra. O elenco já está definido com Louis Hunter (série “The Fosters”) como Paris, Bella Dayne (série “Humans”) como Helena, David Threlfall (série “Shameless”) como o Rei Príamo de Troia, Frances O’Connor (série “The Missing”) como a Rainha Hécuba, Tom Weston-Jones (série “Dickensian”) como o Príncipe Heitor, Chloe Pirrie (minissérie “War & Peace”) como a Princesa Andromaca e Alfred Enoch (“How To Get Away With Murder”) como o nobre Eneias, o nobre troiano que, após a queda da cidade-estado, acaba fundando Roma. Entre os gregos, os destaques são Joseph Mawle (série “Game of Thrones”) como Odisseus (ou Ulisses, conforme era conhecido entre os romanos), David Gyasi (“Interestelar”) como Aquiles, Jonas Armstrong (série “Robin Hood”) como Menelau, e Johnny Harris (série “Fortitude”) como seu irmão, o Rei Agamenon, comandante das forças invasoras. A direção está a cargo de Owen Harris (“Sucesso Acima de Tudo” e série “Black Mirror”) e Mark Brozel (série “Humans”), e ainda não há previsão para a estreia.








