2ª temporada de “Manhãs de Setembro” ganha data de estreia e novidades no elenco
A Amazon divulgou anunciou a data de estreia da 2ª temporada de “Manhãs de Setembro”, série brasileira estrelada pela cantora Liniker. A atração retorna com novos episódios em 23 de setembro na plataforma Prime Video. A data foi revelada junto de um pôster (em dois formatos), que reúne o elenco e registra pela primeira vez as participações de Seu Jorge (“Marighella”) e Samantha Schmütz (“Tô Ryca!”). Principais novidades da temporada, ele viverão os pais de Cassandra, a personagem de Liniker. Na história, Cassandra (Liniker) é uma mulher trans que tem sua independência colocada em cheque quando descobre ter tido um filho, Gersinho (Gustavo Coelho), com uma ex-namorada (Karine Teles). Relutando para não aceitar a condição de pai, ela refuta o filho, mas logo vê sua vida virar de ponta-cabeça. A 2ª temporada vai acompanhar os desdobramentos da vida de Cassandra após se assumir pai, enquanto sua vida muda drasticamente, aprofundando a sensação de descontrole. Produção da O2 Filmes, a série tem roteiro de Josefina Trotta (“Amigo de Aluguel”), Alice Marcone (“Born to Fashion”) e Marcelo Montenegro (“Lili, a Ex”), direção de Luis Pinheiro (“Samantha”) e Dainara Toffoli (“Amigo de Aluguel”), e ainda inclui em seu elenco Thomas Aquino (“Bacurau”), Clodd Dias (“Entrega Para Jezebel”), Gero Camilo (“Carandiru”), o cantor Paulo Miklos (“Califórnia”), a menina Isabela Ordoñez (“Treze Dias Longe do Sol”), e a cantora e ex-BBB Linn da Quebrada (“Segunda Chamada”) em participação especial.
Lázaro Ramos investiga assassinato no trailer de “As Verdades”
A produtora Gullane divulgou o trailer de “As Verdades”, suspense criminal estrelado por Lázaro Ramos (“O Silêncio da Chuva”), que explora o “efeito Rashômon” (de conflitos de versões). Ramos interpreta o policial Josué, que investiga o assassinato de Valmir (ZéCarlos Machado), candidato a prefeito de uma cidadezinha do sertão, atropelado numa região isolada. Mas cada suspeito tem uma versão diferente para quem matou, porque morreu e como aconteceu o assassinato. O elenco destaca Bianca Bin (“O Outro Lado do Paraíso”), Drica Moraes (“Sob Pressão”) e Thomás Aquino (“Curral”) como os suspeitos, além de Edvana Carvalho (“Irmãos Freitas”). O roteiro é de Pedro Furtado (“Boa Sorte”) e a direção é assinada por José Eduardo Belmonte (“Alemão 2”), um dos maiores especialistas brasileiros em filmes criminais. A estreia está marcada para 30 de junho nos cinemas.
“Manhãs de Setembro” é renovada pela Amazon
A Amazon Prime Video anunciou a renovação de “Manhãs de Setembro”, série brasileira estrelada pela cantora Liniker. Na história, Cassandra (Liniker) é uma mulher trans que tem sua independência colocada em cheque quando descobre ter tido um filho, Gersinho (Gustavo Coelho), com uma ex-namorada (Karine Teles). Relutando para não aceitar a condição de pai, ela refuta o filho, mas logo vê sua vida virar de ponta-cabeça. A 2ª temporada vai acompanhar os desdobramentos da vida de Cassandra após se assumir pai, enquanto sua vida muda drasticamente, aprofundando a sensação de descontrole. Produção da O2 Filmes, a série tem roteiro de Josefina Trotta (“Amigo de Aluguel”), Alice Marcone (“Born to Fashion”) e Marcelo Montenegro (“Lili, a Ex”), direção de Luis Pinheiro (“Samantha”) e Dainara Toffoli (“Amigo de Aluguel”), e ainda inclui em seu elenco Thomas Aquino (“Bacurau”), Isa Ordoñez (“Treze Dias Longe do Sol”), Clodd Dias (“Entrega Para Jezebel”), Gero Camilo (“Carandiru”), o cantor Paulo Miklos (“Califórnia”) e a cantora Linn da Quebrada (“Segunda Chamada”) em participação especial.
Manhãs de Setembro: Série estrelada por Liniker ganha trailer dramático
A Amazon divulgou o pôster e o trailer de “Manhãs de Setembro”, série estrelada pela cantora Liniker, que aparece na prévia cantando a música que batiza a série, em meio a uma premissa bastante melodramática. Na trama, Liniker vive Cassandra, uma mulher trans que trabalha como motogirl e deixou sua vida antiga para trás. A escolha do título “Manhãs de Setembro” tem a ver com o desejo de Cassandra de se tornar cover de Vanusa. Após muito sofrimento, ela consegue alugar um apartamento, descobre um amor e acredita ter realizado seus sonhos. Mas quanto tudo parece estar encaminhado na sua vida, uma ex-namorada de seus tempos de homem surge com um menino que diz ser seu filho. A partir daí, ela precisa decidir se quer ou se consegue ser um pai para a criança rejeitada, que não tem onde ficar. Produção da O2 Filmes, a série tem roteiro de Josefina Trotta (“Amigo de Aluguel”), Alice Marcone (“Born to Fashion”) e Marcelo Montenegro (“Lili, a Ex”), direção de Luis Pinheiro (“Samantha”) e Dainara Toffoli (“Amigo de Aluguel”), e ainda inclui em seu elenco Thomas Aquino (“Bacurau”), Karine Teles (“Que Horas Ela Volta?”), Gustavo Coelho (“Luz do Sol”), Isa Ordoñez (“Treze Dias Longe do Sol”), Clodd Dias (“Entrega Para Jezebel”), Gero Camilo (“Carandiru”), o cantor Paulo Miklos (“Califórnia”) e a cantora Linn da Quebrada (“Segunda Chamada”) em participação especial. A 1ª temporada estreia seus cinco episódios em 25 de junho.
Ator de “Bacurau” relata experiência tenebrosa em UTI com covid-19
O ator Thomás Aquino, que viveu Pacote no filme “Bacurau” e estrelou a série “Boca a Boca” na Netflix, publicou um relato sobre sua experiência com a covid-19, que o levou a ficar internado em uma UTI. “Tive covid-19, e devido a ela uma complicação: embolia pulmonar. Fiquei na UTI por 10 dias e vi e vivi muitas coisas tenebrosas. Não desejo para ninguém. Cuidem-se”, ele escreveu no Instagram, ao lado de fotos em que passa por fisioterapia. No texto, Thomás ainda disse que está se sentindo “mais firme e confiante” após a melhora significativa apontada nos últimos exames. Ele também agradeceu pelas mensagens de carinho enviadas por fãs e pessoas próximas. “Hoje, estou no quinto dia de alta na casa dos meus pais, e essa foto representa minha determinação de reabilitar meu corpo que está debilitado devido a covid-19. Perdi 7 kg de massa muscular, e agora estou fazendo fisioterapia em casa”, contou. “Para aqueles que ainda tem familiares e amigos internados ou com covid-19, há esperança! Há vida e força! Foco, força e fé. Tudo se transformará”, acrescentou o artista, que ainda deixou “solidariedade pra aqueles que perderam alguém especial em suas vidas devido a este vírus”. “Mantenham a fé e a esperança de que tudo passa… o tempo cura. O tempo nos ensina. O tempo nos acolhe e nos acaricia com sua sabedoria”. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Thomás Aquino (@thomasaquinooficial_)
Manhãs de Setembro: Teaser anuncia série da Amazon estrelada por Liniker
A Amazon divulgou uma espécie de teaser/clipe musical da cantora e compositora Liniker para anunciar a produção de sua primeira série de ficção brasileira. A atração vai se chamar “Manhãs de Setembro” e o vídeo mostra Liniker seguido por uma criança no centro de São Paulo, enquanto toca sua versão para a música que nomeia a atração, grande sucesso de Vanusa de 1973. Na série, Liniker vive Cassandra, uma mulher trans que trabalha como motogirl e deixou sua vida antiga para trás. A escolha do título “Manhãs de Setembro” tem a ver com o desejo de Cassandra de se tornar cover de Vanusa. Após muito sofrimento, ela consegue alugar um apartamento, descobre um amor e consegue realizar seu sonho. Mas quanto tudo parece estar encaminhado na sua vida, uma ex-namorada de seus tempos de homem surge com um menino que diz ser seu filho. “É uma grande conquista anunciar uma produção tão significativa e diversa como ‘Manhãs de Setembro’, que aborda discussões sociais urgentes e necessárias. Esta é uma história linda e divertida sobre família, contada por um time repleto de muito talento. Tenho certeza que as pessoas vão adorar Cassandra tanto quanto nós”, afirmou Malu Miranda, executiva da Amazon no Brasil, em comunicado. Produção da O2 Filmes, a série tem roteiro de Josefina Trotta (“Amigo de Aluguel”), Alice Marcone (“Born to Fashion”) e Marcelo Montenegro (“Lili, a Ex”), direção de Luis Pinheiro (“Samantha”) e Dainara Toffoli (“Amigo de Aluguel”), e ainda inclui em seu elenco Thomas Aquino (“Bacurau”), Karine Teles (“Que Horas Ela Volta?”), Gustavo Coelho (“Luz do Sol”), Isa Ordoñez (“Treze Dias Longe do Sol”), Clodd Dias (“Entrega Para Jezebel”), Gero Camilo (“Carandiru”), o cantor Paulo Miklos (“Califórnia”) e a cantora Linn da Quebrada (“Segunda Chamada”) em participação especial. A 1ª temporada estreia seus cinco episódios em 2021, juntando-se à série documental “Tudo ou Nada: Seleção Brasileira”, o reality “Soltos em Floripa” e a competição “Jogo dos Clones” entre as (poucas) atrações nacionais do serviço de streaming Amazon Prime Video.
Carol Castro vai estrelar série de terror da Fox
A atriz Carol Castro (“Órfãos da Terra”) vai estrelar “Insânia”, série de suspense e terror da Fox. Na trama, que mistura terror e suspense, Carol interpreta Paula, uma perita forense que sofre um surto após receber a notícia da morte da filha e é internada numa clínica psiquiátrica. Lá, ela vira cobaia de um experimento misterioso, comandado pelo médico vivido por Eucir de Souza (“O Doutrinador”). No elenco, também estão Rafaela Mandelli (“A Divisão”) e Rafael Losso (“3%”), respectivamente como melhor amiga e ex-marido da protagonista, que vão ajudá-la a investigar as circunstâncias da morte da filha, pois existe a suspeita de que ela esteja viva. Além deles, o elenco inclui Thomás Aquino (“Bacurau”) no papel de Capa Preta, um homem enigmático. Em fase de pós-produção, os episódios começaram a ser gravados no Paraná, mas foram finalizados em estúdios do Uruguai durante o auge da pandemia, devido a quarentena no Brasil. O país vizinho não interrompeu trabalhos, graças à implantação rápida de medidas de higiene e segurança, que renderam os menores índices de contágio no continente – 2,9 mil infectados e apenas 54 mortes – , apesar de fazer fronteira com o Brasil, um dos países que pior lidou com a covid-19 no mundo – 5,4 milhões de casos e 158 mil mortes até esta quarta (28/10). Com os índices de covid-19 controlados, o Uruguai é visto por produtores brasileiros como um novo destino para a gravação de séries. A equipe de “Insânia” alugou um estúdio em Montevidéu e contratou profissionais locais, e a experiência positiva também tem levado Netflix e Amazon a transferirem projetos da América do Sul para lá.
Festival de Gramado premia King Kong em Asunción
O filme “King Kong em Asunción”, do pernambucano Camilo Cavalcanti, foi o grande vencedor da primeira edição virtual do Festival de Gramado. Além do Kikito de Melhor Filme, também conquistou os prêmios de Melhor Ator, Trilha Sonora e do Júri Popular. A premiação do ator Andrade Júnior, por sinal, rendeu um dos momentos mais emocionantes do evento. Reverenciado por seu desempenho no longa de Cavalcanti, o intérprete brasilense morreu no ano passado, aos 74 anos. Em “King Kong em Assunción”, ele interpreta um matador de aluguel que, depois de cometer o último assassinato na região desértica de Salar de Uyuni, esconde-se no interior da Bolívia e decide ir atrás da filha que nunca conheceu. O papel foi também o primeiro – e único – protagonismo de sua carreira, iniciada tardiamente nos anos 1990. Por causa da pandemia de covid-19, o tradicional festival de cinema da serra gaúcha aconteceu fora de época e em formato totalmente virtual, com sessões pela TV e internet, numa parceria com o Canal Brasil. Apenas a cerimônia de premiação aconteceu de forma presencial, realizada no Palácio dos Festivais de Gramado, sem plateia e seguindo protocolos de segurança, com a presença das apresentadoras Marla Martins e Renata Boldrini, que chamaram os vencedores no telão. O formato só não afetou os discursos politizados. Um dos mais contundentes partiu do veterano cineasta Ruy Guerra, de 89 anos, que reclamou do “governo racista”, responsável pela “avalanche que estamos sofrendo nas artes e nas ciências”, ao receber o troféu de Melhor Direção por “Aos Pedaços”. O troféu de Melhor Atriz ficou com a portuguesa Isabél Zuaa por “Um Animal Amarelo”, de Felipe Bragança (premiado também pelo Roteiro), enquanto os coadjuvantes saíram de “Todos os Mortos”, de Caetano Gotardo e Marco Dutra, que consagrou Thomás Aquino e a cantora Alaíde Costa em sua estreia na atuação. Entre os filmes latino-americanos, o uruguaio “El Gran Viaje al Pais Pequeño”, de Mariana Viñoles, foi quase uma unanimidade, levando os troféus da Crítica, do Público, um prêmio especial do Júri e o de Melhor Direção. Entretanto, não ficou com o Kikito oficial de Melhor Longa Estrangeiro, reconhecimento que o Júri decidiu dar ao colombiano “La Frontera”, de David David. Por fim, os destaques na premiação de curtas brasileiros foram “O Barco e o Rio”, de Bernardo Ale Abinader (Melhor Filme e Direção), e “Inabitável”, de Matheus Farias & Enock Carvalho (Prêmio Canal Brasil e da Crítica). Confira abaixo a lista completa dos vencedores. Competição de Longa-Metragem Brasileiro Melhor Filme – King Kong en Asunción Melhor Direção – Ruy Guerra, por Aos Pedaços Melhor Ator – Andrade Júnior, por King Kong en Asunción Melhor Atriz – Isabél Zuaa, por Um Animal Amarelo Melhor Roteiro – Felipe Bragança, por Um Animal Amarelo Melhor Fotografia – Pablo Baião, por Aos Pedaços Melhor Montagem – Eduardo Gripa, por Me Chama Que Eu Vou Melhor Trilha Musical – Salloma Salomão, por Todos os Mortos, e Shaman Herrera, por King Kong en Asunción Melhor Direção de Arte – Dina Salem Levy, por Um Animal Amarelo Melhor Atriz Coadjuvante – Alaíde Costa, por Todos os Mortos Melhor Ator Coadjuvante – Thomás Aquino, por Todos os Mortos Melhor Desenho de Som – Bernardo Uzeda, por Aos Pedaços Prêmio Especial do Júri: Elisa Lucinda, por Por que você não chora? Menção Honrosa do Júri: Higor Campagnaro, por Um Animal Amarelo Competição de Longa-metragem Estrangeiro Melhor Filme – La Frontera Melhor Direção – Mariana Viñoles, por El Gran Viage al País Pequeño Melhor Ator – Anibal Ortiz, por Matar a un Muerto Melhor Atriz – Daylin Vega Moreno e Sheila Monterola, por La Frontera Melhor Roteiro – David David, por La Frontera Melhor Fotografia – Nicolas Trovato, por El Silencio del Cazador Prêmio Especial do Júri: El Gran Viaje al País Pequeño Competição de Longa-metragem Gaúcho Melhor Filme – Portuñol, de Thaís Fernandes Competição de Curta-metragem Brasileiro Melhor Filme – O Barco e o Rio Melhor Direção – Bernardo Ale Abinader, por O Barco e o Rio Melhor Ator – Daniel Veiga, por Você Tem Olhos Tristes Melhor Atriz – Luciana Souza, Inabitável Melhor Roteiro – Inabitável, Matheus Farias e Enock Carvalho Melhor Fotografia – O Barco e o Rio, para Valentina Ricardo Melhor Montagem – Você Tem Olhos Tristes, para Ana Júlia Travia Melhor Trilha Musical – Atordoado, eu permaneço atento, para Hakaima Sadamitsu, M. Takara Melhor Direção de Arte – O Barco e o Rio, para Francisco Ricardo Lima Caetano Melhor Desenho de Som – Receita de Caranguejo, Isadora Torres e Vinicius Prado Martins Prêmio Especial do Júri: Preta Ferreira, por Receita de Caranguejo Prêmios do Júri Popular Curta Brasileiro: O Barco e o Rio, de Bernardo Ale Abinader Longa Estrangeiro: El Gran Viage al País Pequeño, de Mariana Viñoles Longa Brasileiro: King Kong en Asunción, de Camilo Cavalcante Prêmios do Júri da Crítica Curta Brasileiro: Inabitável Longa Estrangeiro: El Gran Viaje al País Pequeño Longa Brasileiro: Um Animal Amarelo
Boca a Boca: Série de epidemia do diretor de Alguma Coisa Assim ganha trailer
A Netflix divulgou o trailer da nova série brasileira “Boca a Boca”. Criação do cineasta Esmir Filho (“Alguma Coisa Assim”, “Os Famosos e Os Duendes da Morte”), a série gira em torno de uma epidemia que afeta adolescentes de uma cidadezinha no interior do Brasil. Após uma festa com muita pegação, uma garota acorda infectada por um vírus transmitido pelo beijo. Logo, vários jovens que foram à festa começam a manifestar os sintomas horríveis da infecção, colocando a comunidade em pânico. A repressão que se segue também alimenta o medo entre os jovens de que seus segredos sejam descobertos. “Boca a Boca” é o segundo projeto da Netflix em parceria com a produtora Gullane (a primeira foi “Ninguém Tá Olhando”, de Daniel Rezende), desta vez em conjunto com a Fetiche Features, de Esmir Filho. A equipe de produção também destaca a cineasta Juliana Rojas (de “As Boas Maneiras”), que divide a direção dos episódios com Esmir – assim como alguns roteiros. O elenco é formado por Denise Fraga (“Hoje”), Michel Joelsas (“Malhação”), Thomás Aquino (“Bacurau”), Luana Nastas (“Vazante”), Kevin Vechiatto (“Turma da Mônica: Laços”), Grace Passô (“Temporada”), Bianca Byington (“Santos Dumont”), Caio Horowicz (“Califórnia”), a modelo Iza Moreira e a novata Esther Tinman. A estreia está marcada para 17 de julho.
Bacurau mistura ação e reflexão num filme de peso
Novo filme de Kleber Mendonça Filho (“Aquarius”) e Juliano Dornelles (“O Ateliê da Rua do Brum”), “Bacurau” é um western brasileiro. Segue a trilha dos históricos “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1963) e “O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro” (1969), de Glauber Rocha (1938-1981). Filmes que já se pautavam por grande força política e preocupação social, tentando desvendar um universo nordestino, marcado pela violência opressora, de um lado, e resistente, de outro. Dialoga também com a produção nacional que sempre teve nos cangaceiros uma fonte de inspiração permanente, oportunidade de pensar e de criar a partir da realidade do nordeste brasileiro para alcançar o país. “Bacurau” incorpora novos elementos a tudo isso. Tem invasores agressores e poderosos. Que chegam a tirar o povoado do mapa e produzem assassinatos aparentemente inexplicáveis, valendo-se até de drones com aspecto de disco voador. Falam inglês, seu comandante é um alemão com pinta e comportamento de nazista, e os colaboradores que atuam com eles falando português, além do inglês, são desprezados e descartados na primeira oportunidade. Ou seja, estamos no terreno da alegoria política, que soa tão atual, mas talvez seja mesmo uma constante da nossa história. Até porque a trama não se nutre do momento atual (foi filmado antes da eleição de Bolsonaro), embora pareça inspirado nele. Percepção acurada? Premonição? Visão apurada do processo histórico, da relação entre a casa-grande, a senzala e a dimensão internacional que as envolve. A produção mistura ação e reflexão no mesmo produto. É um filme forte, intrigante, provocador, mas é também uma aventura, muito envolvente. Por isso, pode ser visto como um filme de gênero, embora não esteja preocupado em seguir cartilhas ou convenções. Fala ao sentimento do público, mostra uma violência que tem de ser decifrada e que, afinal, leva a algumas conclusões. Talvez distintas, para cada grupo de espectadores. Mas que deve mexer com todo mundo, de um jeito ou de outro. Um elenco enorme e dedicadíssimo a seus personagens passa uma sensação de grande veracidade e remete a um mundo tão familiar quanto distante. Sonia Braga, como a dra. Domingas, reúne as dimensões da solidariedade e do descontrole, a indicar a profunda humanidade da figura que encarna. O alemão Udo Kier (astro de inúmeros terrores clássicos) é a maldade forasteira, mas também o impasse e a solidão. Bárbara Colen faz Teresa, mulher forte e lutadora. Os forasteiros colaboracionistas são patéticos, mas a gente até se esquece disso porque Karine Teles e Antonio Saboia nos conquistam pela qualidade de seus desempenhos. Thomás Aquino, como Pacote, e o inusitado bandido local Lunga, papel de Silvero Pereira, nos mostram como é estar no fio da navalha entre a fome e o crime. Todos os personagens são bem construídos e têm um ator ou atriz à sua altura. A trilha sonora é também bem marcante, vai de Gal Costa e seu objeto voador não-identificado a Geraldo Vandré, passando por Sérgio Ricardo. Marcos reconhecíveis da resistência que sempre pautou a nossa música e o nosso cinema, que combinam bem com a temática tratada no filme. A comunidade do povoado da Barra, no Rio Grande do Norte, divisa com a Paraíba, onde a maior parte do filme foi gravada, participou ativamente dos trabalhos de apoio à produção e como figurantes, contribuindo para a autenticidade das situações mostradas. “Bacurau” é um filme de peso da produção brasileira recente, que já vem recebendo o maior reconhecimento internacional, na forma de convites para mais de 100 festivais e mostras de cinema pelo mundo, e já conquistou prêmios nos festivais de cinema de Munique, de Lima e o importante Prêmio do Júri do Festival de Cannes.







