“The Serpent Queen” é cancelada após duas temporadas
Série disponibilizada na MGM+ deve ganhar spin-off centrado na Rainha Elizabeth I
“BMF” é renovada para 3ª temporada
O canal pago americano Starz renovou o drama de época “BMF” (Black Mafia Family) para sua 3ª temporada. A decisão foi tomada após o bom desempenho da estreia do segundo ano, lançado no fim de semana passada diante de 4,1 milhões de espectadores em todas as plataformas. A renovação reforça os laços do canal com o produtor rapper Curtis “50 Cent” Jackson, responsável pelo fenômeno da série “Power”, que continua a render derivados após seu final. O rapper também é o produtor principal de “BMF”. Assim como “Power”, a nova atração é uma série criminal. A diferença é que é inspirada na história real de dois irmãos que se tornaram os poderosos chefões de Detroit nos anos 1980. A liderança carismática de Demetrius “Big Meech” Felnory, o faro para negócios de Terry “Southwest T” Flenory e a parceria fraternal e visionária da dupla transformou o tráfico de drogas num negócio lucrativo e influente. Graças a suas conexões com o mundo do rap, os irmãos também lançaram um selo musical. A série é estrelada por Demetrius “Lil Meech” Flenory (“Euphoria”) interpretando “Big Meech”, que é seu próprio pai, e o rapper Da’Vinchi (“All American”) como “Southwest T”. Além deles, o elenco destaca Snoop Dogg como o conselheiro espiritual da dupla, Pastor Swift, e até uma participação de Eminem, rejuvenescido digitalmente para viver White Boy Rick, traficante adolescente que virou informante da polícia – e ganhou seu próprio filme em 2018. O showrunner é Randy Huggins (produtor-roteirista de “Power”) e a produção ainda inclui os atores Russell Hornsby (“Grimm”), La La Anthony (“Power”), Ajiona Alexus (“Empire”), Steve Harris (“O Desafio”/The Practice), Wood Harris (“Homem-Formiga”), Myles Truitt (“Raio Negro”/Black Lightning), Serayah (“Empire”), Markice Moore (“Snowfall”) e Eric Kofi-Abrefa (“The One”). Os episódios de “BMF” também são disponibilizados no Brasil, com novos capítulos chegando aos domingos pela plataforma Lionsgate+.
Becoming Elizabeth: Série sobre juventude da rainha Elizabeth I é cancelada
O canal pago americano Starz cancelou “Becoming Elizabeth” após a 1ª temporada. A nova série dramática sobre a genealogia da monarquia britânica contava a história da Princesa Elizabeth, antes dela se tornar a Rainha Elizabeth I, uma das mais poderosas monarcas da História do Reino Unido. Embora não fizesse parte de uma franquia, a trama servia de continuação para outras produções do canal, especialmente a saga baseada nos livros da escritora Philippa Gregory, introduzida em “The White Queen”, continuada em “The White Princess” e concluída em “The Spanish Queen”. Afinal, Elizabeth é filha de Ana Bolena, personagem vista na última série. “Becoming Elizabeth” começa com a morte de Henrique VIII e a ascensão de seu irmão caçula, Eduardo VI, e mostrava como Elizabeth precisou contar com a morte de dois irmãos e uma prima, que estavam à sua frente na linha sucessória, para virar rainha aos 25 anos. A série foi desenvolvida por Anya Reiss (“Ackley Bridge”), dirigida pelo cineasta Justin Chadwick (“Amor & Tulipas”) e destacava em seu elenco a alemã Alicia von Rittberg (“Ventos da Liberdade”) como Elizabeth, além de Jamie Blackley (“The Last Kingdom”), Romola Garai (“As Sufragistas”), Alexandra Gilbreath (“Amor & Tulipas”), Jamie Parker (“1917”), Leo Bill (“Taboo”), Oliver Zetterström (“The Romanoffs”) e Bella Ramsey (“Game of Thrones”), entre outros. A superprodução de época foi lançada em junho no Brasil pela plataforma Starzplay – que foi rebatizada de Lionsgate+ no final de setembro.
“The Serpent Queen” é renovada para 2ª temporada
O canal pago americano Starz renovou a série “The Serpent Queen”, disponibilizada no Brasil pela Lionsgate+, para sua 2ª temporada. O anúncio foi feito na véspera do final do último capítulo, que vai ao ar no domingo (30/10). Até então, a atração era considerada uma minissérie. “’The Serpent Queen’ é distintamente moderna, sombriamente cômica e completamente inesperada”, disse Kathryn Busby, a nova presidente de originais do Starz. “A história de Catarina de Medici é o complemento perfeito para nosso quadro feminino, e o brilhante retrato de Samantha Morton dessa rainha implacável, charmosa e experiente ancora toda a produção. Estamos empolgados em revelar mais de sua incrível vida e reino na 2ª temporada, que promete ser ainda mais provocante e sublime”, completou. A atração acompanha um fascínio do canal por Rainhas históricas e traz Samantha Morton, que reinou entre os mortos-vivos como Alpha na série “The Walking Dead”, no papel de Catarina de Médici, uma das mulheres mais influentes – e cruéis – que já usou uma coroa. Casando-se ainda adolescente na corte francesa do século 16, ela logo perde a inocência e, com sua inteligência e determinação, domina o esporte sangrento que é a monarquia melhor do que ninguém, governando a França por 50 anos. Apesar do tema, a produção não faz parte da franquia literária de Philippa Gregory, conhecida como “The Cousins War” (“Guerra Entre Primos”, no Brasil), que já rendeu “The White Queen”, “The White Princess” e “The Spanish Princess” no mesmo canal. Mas, cronologicamente, encaixa-se perfeitamente como continuação da saga monárquica. A série tem outra fonte literária, o livro “Catherine de Medici: Renaissance Queen of France”, de Leonie Frieda. E foi desenvolvida pelo roteirista Justin Haythe (“Operação Red Sparrow”), tem direção de Stacie Passon (“Os Segredos do Castelo”) e conta com produção do cineasta Francis Lawrence (da franquia “Jogos Vorazes”). Veja abaixo o trailer da atração.
Plataforma de streaming Starzplay vira Lionsgate+
O estúdio Lionsgate, dono do canal pago Starz e da plataforma Starzplay, anunciou nesta quarta (28/9) que seu serviço de streaming mudou de nome. A Starzplay passa a partir de agora a se chamar Lionsgate+, refletindo a tendência de Hollywood de batizar seus streamings com o nome do estúdio seguido pelo símbolo de “plus”. É o que acontece, por exemplo, com a Disney+. A ironia é que a Lionsgate chegou a travar uma briga jurídica com a Disney no Brasil para impedir que a empresa batizasse seu segundo serviço de Star+, alegando semelhança de nomes. Chegou a vencer na Justiça, travando a campanha de lançamento da Star+, o que forçou a Disney a fechar um acordo extrajudicial em agosto do ano passado, no valor de R$ 50 milhões, para estrear a plataforma no país. Agora, R$ 50 milhões mais rica, a Starzplay simplesmente decidiu mudar de nome. A iniciativa, porém, é mundial. Além do Brasil, a plataforma vai virar Lionsgate+ em 34 países da América Latina, Europa e Ásia. “Operar internacionalmente sob o Lionsgate+ traz uma identidade distinta e diferenciada em um mercado internacional cada vez mais concorrido e se baseia no valor da marca no nome Lionsgate, que nossa extensa pesquisa provou ser forte em todo o mundo. Mesmo com a separação da Starz e do negócio de estúdios da Lionsgate, a marca Lionsgate continuará sendo valiosa para o sucesso contínuo de nossa plataforma internacional”, disse Jeffrey Hirsch, presidente e CEO da Starz, em comunicado à imprensa. A menção à separação da Starz se deve à intenção da Lionsgate de vender o canal pago americano e até o próprio estúdio, mas separadamente. Por isso, o ato de rebatizar a plataforma sugere que o estúdio pretende manter o streaming, caso venda o canal. Por outro lado, isto também dificulta a venda do Starz e deixa indefinido, para possíveis interessados na aquisição, se a plataforma está atrelada ao estúdio ou ao canal, porque nos EUA a Starzplay não mudou de nome. O agora Lionsgate+ internacional tem diversas séries originais exclusivas, como a franquia “Power”, “The Great”, “The Girl From Plainville”, “Gangs of London” e “The Serpent Queen”, entre muitas outras. A assinatura do streaming custa R$ 14,90 por mês no Brasil e também pode ser adquirida em combos de TV por assinatura ou de outras plataformas de streaming, como o Prime Video, Globoplay e Star+. Confira abaixo o vídeo que anuncia a mudança de nome.
Estreias: As 10 melhores séries da semana em streaming
A série espanhola de Bruno Gagliasso, a volta de “The Handmaid’s Tale” e a minissérie sobre uma das monarcas mais cruéis da História são alguns dos destaques da programação de séries da semana. Confira abaixo 10 sugestões de lançamentos para maratonar no fim de semana. | SANTO | NETFLIX Thriller criminal espanhol estrelado por Bruno Gagliasso (“O Sétimo Guardião”), a série gira em torno da investigação de um narcotraficante brasileiro que ninguém nunca viu, mas todos conhecem pelo apelido de Santo, apesar de ser, como demonstram rituais, o oposto do nome: demoníaco – uma personagem mítico ao estilo de Keyser Söze (“Os Suspeitos”). Notícias de que ele está em Madri mobilizam a polícia espanhola e atraem o policial brasileiro Ernesto Cardona (Gagliasso). Ele acaba se juntando a Miguel Millán (Raúl Arévalo, de “Pecados Antigos, Longas Sombras”), formando uma dupla radicalmente oposta, que terá que aprender a colaborar entre si para resolver o caso e manter suas vidas seguras. Criada pelo espanhol Carlos López (“Tempos de Guerra”), “Santo” também é estrelada pelas espanholas Greta Fernández (“O Vazio do Domingo”), Iria del Río (“Elite”), a portuguesa Victoria Guerra (“Variações”) e o brasileiro Gustavo Lipsztein (“Travessia Mortal”), além de trazer o diretor Vicente Amorim (“A Divisão”) atrás das câmeras. | THE HANDMAID’S TALE 5 | PARAMOUNT+ Baseada no livro homônimo de Margaret Atwood, lançado no Brasil como “O Conto da Aia”, a série mostra um futuro distópico, onde a extrema direita assume o poder e cria um governo, Gilead, que usa a Bíblia como base para retirar todos os direitos das mulheres e executar homossexuais. Mas June (Elisabeth Moss), uma mulher aprisionada e usada como “aia” por um dos líderes do governo para se reproduzir, inicia uma rebelião que ameaça a estabilidade do patriarcado. A 5ª temporada da série premiada explora o acirramento da rivalidade entre June e Serena (Yvonne Strahovski) após o assassinato do Comandante Waterford (Joseph Fiennes). Enquanto a viúva aproveita a tragédia para reunir seguidores em pleno Canadá, a ex-aia faz planos para voltar a Gilead como parte de uma guerrilha, visando derrubar de vez o governo extremista. Só que ela também se torna alvo da vingança dos fundamentalistas. A série foi recentemente renovada para sua 6ª temporada, que também será a última. | THE SERPENT QUEEN | STARZPLAY A nova minissérie de Rainhas históricas, que estreia domingo (11/9) na Starzplay, traz Samantha Morton, que reinou entre os mortos-vivos como Alpha na série “The Walking Dead”, no papel de Catarina de Médici, uma das mulheres mais influentes – e cruéis – que já usou uma coroa. Casando-se ainda adolescente na corte francesa do século 16, ela logo perde a inocência e, com sua inteligência e determinação, domina o esporte sangrento que é a monarquia melhor do que ninguém, governando a França por 50 anos. “The Serpent Queen” foi desenvolvida pelo roteirista Justin Haythe (“Operação Red Sparrow”), tem direção de Stacie Passon (“Os Segredos do Castelo”) e conta com produção do cineasta Francis Lawrence (da franquia “Jogos Vorazes”). | HEARTBREAK HIGH: ONDE TUDO ACONTECE | NETFLIX A nova série teen do streaming na verdade é reboot de uma produção australiana dos anos 1990. A prévia passa uma vibe de “Sex Education” australiana, com tensão entre professores e alunos por conta de um mural do sexo que conta quem fez o quê com quem. Para lidar com a situação, a escola decide obrigar os alunos a participarem de um programa educacional sobre sexualidade. Mas a autora da obra (Ayesha Madon, de “The Moth Effect”) tem que encarar as consequências e o ódio dos colegas. Para sua sorte, ela também ganhou fãs com a iniciativa. Criada por Hannah Carroll Chapman (“The Heights”), Ben Gannon (produtor da série original) e Michael Jenkins (da comédia clássica “Loucuras de uma Paixão”), a série reúne em seu elenco vários atores jovens estreantes. | LOS ESPOOKYS 2 | HBO MAX A comédia sobre caça-fantasmas atrapalhados estreia novos episódios após hiato de três anos. O mais curiosos dessa produção é que, apesar do título, da língua espanhola e de ser passada no México, a série é americana. Criada e roteirizada por Fred Armisen (criador-ator de “Moonbase 8”), Ana Fabrega (atriz de “At Home with Amy Sedaris”) e Julio Torres (roteirista do “Saturday Night Live”), “Los Espookys” é ambientada em uma versão bizarra da Cidade do México, cheia de assombrações, e segue um grupo de amigos que transforma seu amor pelo terror em um negócio peculiar. Os três roteiristas também estrelam a série junto com os mexicanos Bernardo Velasco (“Museu”) e Cassandra Ciangherotti (“Escola de Solteiras”). | SOUTH SIDE | HBO MAX A série de comédia de Diallo Riddle e dos irmãos Bashir e Sultan Salahuddin é uma unanimidade crítica nos EUA, com 100% de aprovação em suas duas temporadas produzidas. Passada na área de Englewood, em Chicago, segue dois amigos (Sultan e Kareme Young) que se formaram recentemente na faculdade comunitária e buscam sucesso nos negócios enquanto trabalham em uma loja de aluguel de móveis. Testando várias possibilidades para enriquecer, eles tentam desde um investimento no mercado clandestino de Viagra até barraquinhas de pipoca. Além de ser muito engraçada, a atração chama atenção por seus comentários sociais e a autenticidade de sua encenação da vida periferia, sem cair em clichês. | UM ASSUNTO PRIVADO | AMAZON PRIME VIDEO A nova série espanhola de época da Bambú Producciones (“As Telefonistas”, “Alto Mar”) segue uma aristocrata atrevida com alma de detetive, que se propõe a capturar Um serial killer que há meses assombra a Galícia dos anos 1940. Para isso, conta uma ajuda inestimável: seu fiel mordomo. A farsa divertida de detetive foi criada por Ramón Campos, Teresa Fernández-Valdés e Gema R. Neira, que também criaram a série de mistério “Now and Then”, da Apple TV+. O elenco destaca Aura Garrido (“O Ministério do Tempo”) e o francês Jean Reno (“Destacamento Blood”). | TODA LA SANGRE | STARZPLAY Adaptação do best-seller de Bernardo Esquinca (“Diablero”), o thriller mexicano acompanha um repórter que une forças com um policial e uma antropóloga para solucionar uma série de assassinatos praticados por um serial killer ritualístico, cuja peculiaridade é recriar antigos sacrifícios astecas. O elenco destaca Ana Brenda Contreras (a Cristal de “Dynasty”), Aarón Díaz (da novela “Betty en NY”) e Yoshira Escárrega (“Aqui na Terra”). | FATE: A SAGA WINX 2 | NETFLIX A adaptação live-action do desenho animado italiano “O Clube das Winx” acompanha a jornada de cinco fadas adolescentes em Alfea, um internato mágico que fica em Outro Mundo – literalmente, Outro Mundo é o nome do lugar. Por lá, elas devem aprender a dominar seus poderes enquanto lidam com suas vidas amorosas, novas amizades, rivalidades e monstros que ameaçam suas existências. Desenvolvida por Brian Young (roteirista de “The Vampires Diaries”), a série vai introduzir na 2ª temporada uma nova fada conhecida da animação: Paulina Chávez (“Ashley Garcia: A de Amor”) dará vida à Flora, que é prima da Terra. As demais integrantes do elenco são Abigail Cowen (“O Mundo Sombrio de Sabrina”), Hannah van der Westhuysen (“Grantchester”), Eliot Salt (“Normal People”), Precious Mustapha (“Endeavour”), Elisha Applebaum (“Undercover Hooligan”) e Sadie Soverall (“Rose Interpreta Julie”). | CYBERPUNK: MERCENÁRIOS | NETFLIX O anime se passa no universo do game “Cyberpunk 2077”, estrelado por Keanu Reeves e produzido pela CD Projekt Red, e surpreende por ser melhor que o jogo, que ficou conhecido pelo lançamento caótico, cheio de bugs. A trama acompanha um garoto de rua tentando sobreviver em uma cidade do futuro obcecada por tecnologia e modificação corporal. Tendo tudo a perder, ele opta por permanecer vivo tornando-se um mercenário cyberpunk. Desenvolvida pelo Studio Trigger (“Star Wars: Visions”) e dirigida por Hiroyuki Imaishi (“Kill la Kill”), a adaptação chama atenção pela ultraviolência e o visual extremamente estiloso.
“Elvis” chega ao streaming. Confira 10 filmes novos pra ver em casa
A programação de filmes que chegam ao VOD (locação digital) e ao streaming por assinatura destaca a chegada de “Elvis”, espetáculo roqueiro que pode ser visto das duas formas. Além disso, há um verdadeiro festival de cinema internacional para cinéfilos e apreciadores dos melhores filmes, com a disponibilização de vários títulos premiados, do vencedor do Festival de Veneza passado ao vencedor do César (o Oscar francês) deste ano. Nem todos são dramas. Há até terror premiado. Fãs de humor mais popular também podem conferir a nova comédia de Leandro Hassum na Netflix. Mas quem tem tantas opções pode escolher melhor – “Vizinhos” teve péssima recepção no exterior. Confira abaixo os 10 destaques digitais da semana. | ELVIS | HBO MAX e VOD* A cinebiografia do Rei do Rock dirigida por Baz Luhrmann (“O Grande Gatsby”) tem tudo que os fãs poderiam desejar, cobrindo todas as fases do cantor com uma recriação primorosa, atenta aos detalhes. Mais que isso, Luhrmann conecta os extremos, encontrando no despertar do interesse do menino Elvis Presley pela performance musical e fervorosa dos cultos de pastores negros a inspiração para seu transe sexual nos primeiros shows e o repertório gospel do final da carreira. Muitas das cenas refletem a histeria despertada por suas apresentações, acompanhada de perto pela reação conservadora que tentou censurá-lo. Para incorporar o furor, Austin Butler (“Era uma Vez em… Hollywood”) se transforma, apresentando o gingado e o sotaque caipira do cantor com perfeição. Mais que isso: como o arco da história é ambicioso, ele precisa evoluir rapidamente na tela, de um jovem roqueiro da metade dos anos 1950 a um homem maduro em sua volta triunfal de 1968 até entrar na fase final da carreira, nos megashows dos anos 1970. Para arrematar, sua performance é tão completa que, em vez de dublar, o ator canta mesmo as músicas que apresenta no filme. “Elvis” ainda destaca o ator Tom Hanks (“Finch”) bastante transformado como o coronel Tom Parker, empresário do Rei do Rock, que é quem narra a história, tentando parecer menos vilão do que a trama demonstra, além de Olivia DeJonge (a Ellie da série “The Society”) no papel de Priscilla, a esposa do cantor, e Maggie Gyllenhaal (a Candy de “The Deuce”) como Gladys, a mãe de Elvis. | O ACONTECIMENTO | HBO MAX O vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza de 2021 trata de um tema que tem dominado os noticiários atuais: o direito ao aborto. Adaptação do romance homônimo de Annie Ernaux, conta a história de uma brilhante estudante universitária do início dos anos 1960, que vê sua emancipação ameaçada ao engravidar. Determinada a terminar seus estudos e escapar das restrições sociais de sua família operária, ela se vê sem opções legais disponíveis e tenta encontrar uma maneira de abortar ilegalmente. Além do Leão de Ouro, o segundo longa dirigido por Audrey Diwan (roteirista de “A Conexão Francesa”) conquistou 13 prêmios internacionais, incluindo o César de Atriz Mais Promissora, entregue à jovem estrela do drama, Anamaria Vartolomei (“Troca de Rainhas”). Também recebeu o Prêmio da Crítica em Veneza e atingiu uma das maiores aprovação dos críticos americanos neste ano: 99% no Rotten Tomatoes, com um total de 154 resenhas positivas e apenas uma negativa. | ILUSÕES PERDIDAS | VOD* Grande vencedor do César (o Oscar francês) de 2022, o filme de Xavier Giannoli (“Marguerite”) é uma adaptação do famoso romance homônimo de Honoré de Balzac. O personagem central é Lucien, um jovem na França do século 19 que sonha virar poeta, mas acaba como jornalista, perdendo as ilusões do título ao se ver num mundo condenado à lei do lucro e das falsidades, onde tudo se compra e se vende, da literatura à imprensa, da política aos sentimentos, das reputações às almas. Além do troféu de Melhor Filme, conquistou mais cinco categorias no César 2022, incluindo Roteiro e Ator mais Promissor para Benjamin Voisin (“Verão 85”), intérprete de Lucien. O elenco ainda inclui Cécile de France (“A Crônica Francesa”), Vincent Lacoste (“Amanda”), Xavier Dolan (“It – Capítulo 2”), Jeanne Balibar (“Guerra Fria”), André Marcon (“O Oficial e o Espião”) e o veterano Gérard Depardieu (“Bem-Vindo a Nova York”). | LITTLE JOE | VOD* Emily Beecham (“Into the Badlands”) foi premiada como Melhor Atriz no Festival de Cannes de 2019 por seu papel de cientista neste terror biológico. Na trama, flores geneticamente modificadas para dar a sensação de felicidade acabam se revelando um perigo, passando a espalhar paranoia e influenciar comportamentos inesperados. Escrito e dirigido pela austríaca Jessica Hausner (“Lourdes”), o filme também é estrelado por Ben Whishaw (“007 – Sem Tempo para Morrer”), Kerry Fox (“A Vingança Está na Moda”) e Kit Connor (“Rocketman”). | ENCURRALADOS EM VENEZA | VOD* O novo terror do provocador Alex de La Iglesia (“Balada do Amor e do Ódio”) explora a xenofobia como justificativa para assassinatos em série. Quando um grupo de jovens turistas espanhóis chega a Veneza para uma despedida de solteiro, eles acabam irritando moradores locais que se cansaram de ver estrangeiros invadirem sua cidade, e precisam lutar para sobreviver a um banho de sangue. A história foi escrita pelo premiado roteirista Jorge Guerricaechevarría, vencedor de dois troféus Goya (o Oscar espanhol) de Melhor Roteiro Adaptado, por “Cela 211” (2009) e “As Leis da Fronteira” (2021). Esta é sua 14ª parceria com Iglesia, após estrearem juntos no cultuado “Ação Mutante”, de 1993. | SEM IDENTIDADE | STARZPLAY Cary Joji Fukunaga, o diretor do blockbuster “007: Sem Tempo Para Morrer”, já demonstrava enorme talento em sua juventude, como demonstra a chegada ao streaming de seu primeiro longa. Drama de imigração com ingredientes criminais, “Sem Identidade” acompanha uma jovem hondurenha e um gângster mexicano, que se unem em uma jornada pela fronteira americana. Com realismo elogiadíssimo pela crítica, a produção de 2009 venceu 14 prêmios internacionais, inclusive o troféu de Melhor Direção no Festival de Sundance. | FÁTIMA – A HISTÓRIA DE UM MILAGRE | VOD* O drama católico narra a história das três crianças que teriam visto Nossa Senhora nos arredores do pequeno vilarejo português de Fátima em 1917. Muitos duvidavam da veracidade de seus testemunhos, mas outros partiram em peregrinação ao local na esperança de presenciar o milagre de Fátima, num mundo que era assombrado pela 1ª Guerra Mundial e ansiava pela paz. Coprodução entre Portugal e os EUA, o filme tem como maior chamariz as participações do americano Harvey Keitel (“O Irlandês”) e da brasileira Sônia Braga (“Bacurau”) – ela vive a versão mais velha de uma das crianças, Lúcia, que se tornou uma freira famosa. Mas há outra curiosidade nesse projeto: o fato de a direção ser assinada pelo italiano Marco Pontecorvo, diretor de fotografia de “Game of Thrones” e filho do famoso cineasta Gillo Pontecorvo (1919–2006), que chegou a ser taxado como um perigoso ateu comunista pela ditadura militar brasileira – graças a filmes como “A Batalha de Argel” (1966), “Queimada” (1969) e “Ogro” (1979). | A ÁRVORE DOS FRUTOS SELVAGENS | MUBI O drama do célebre cineasta turco Nuri Bilge Ceylan (“Era uma Vez na Anatólia”, “Winter Sleep”) tem ritmo lento, mas compensa com uma fotografia e conteúdo primorosos, ao usar a experiência de um jovem, que retorna para sua pequena comunidade após a faculdade, como reflexão sobre a vida na Turquia moderna – e no mundo. Venceu 10 prêmios internacionais e atingiu 94% de aprovação no site Rotten Tomatoes. | CASA DE ANTIGUIDADES | VOD* Exibido nos festivais de Cannes e Toronto, e premiado em Estocolmo e Chicago, o longa de estreia do diretor João Paulo Miranda Maria retrata a vida de um trabalhador negro em uma cidade fictícia de colonização germânica no sul do Brasil. Natural do sertão brasileiro, o homem se sente solitário, condenado ao ostracismo pelas diferenças culturais e étnicas, e invisível para os patrões. Um dia, descobre uma casa abandonada repleta de objetos que o lembram de suas origens. Ele se instala lentamente nesta casa e cada vez mais objetos começam a aparecer. Estrelado pelo veterano Antônio Pitanga (“Ganga Zumba”, “Rio Babilônia”, “Irmãos Freitas”), o drama trata de racismo estrutural e foi rodado em Treze Tílias, cidade catarinense que deu forte apoio ao presidente eleito em 2018. | VIZINHOS | NETFLIX Em sua terceira comédia na Netflix, Leandro Hassum (“Amor Sem Medida”) vive um homem estressado que descobre, após um colapso nervoso, que corre risco de morte caso escute barulhos muito altos. Por orientação médica, ele abandona o Rio de Janeiro e busca o sossego em uma cidade pequena, cercada de paz e natureza. Porém, os planos de relaxamento vão por água abaixo por causa de seu novo vizinho (Maurício Manfrini, de “No Gogó do Paulinho”), que é mestre de bateria de uma escola de samba. A crítica internacional achou realmente tudo muito estridente. Além da dupla de humoristas, o elenco da produção inclui Júlia Rabello, Marlei Cevada, Julia Foti, Lucas Leto, Vilma Melo, Nando Cunha, Dja Marthins, Hélio de la Peña, Sophia Guedes e Yves Miguel. Direção e roteiro são de Roberto Santucci e Paulo Cursino, parceiros de longa data de Hassum, que assinaram as franquias de sucesso “Até Que a Sorte nos Separe” e “O Candidato Honesto”.
“Mulher-Hulk”, “A Casa do Dragão” e as melhores séries da semana
As programação de streaming destaca os episódios inaugurais de dois lançamentos muito esperados, “Mulher-Hulk” e “A Casa do Dragão”. Duas superproduções, que investem em efeitos visuais para dar vida a campeões garantidos de audiência. Mas quem quiser mais que um episódio por semana também encontra lançamentos de temporadas completas de outros títulos – inclusive, para fãs de fantasias, outra adaptação de quadrinhos. Confira abaixo as 10 principais séries estreantes da semana. | A CASA DO DRAGÃO | HBO MAX O primeiro spin-off do fenômeno “Game of Thrones” (2011-2019) acompanha a família Targaryen, o clã de Daenerys, 200 anos antes dos eventos da série original, e se concentra na crise de sucessão do Rei Viserys (Paddy Considine, de “Peaky Blinders”), com direito a complôs, batalhas, dragões e um clima absolutamente épico. A disputa se instala porque Viserys escolheu sua filha, a princesa Rhaenyra Targaryen (Emma D’Arcy, de “Truth Seekers”), como herdeira do Trono de Ferro. Apesar de preparada para reinar desde a infância, sua ascensão não é aceita por aqueles que preferem um homem no poder: o irmão do rei, príncipe Daemon Targaryen, vivido por Matt Smith (“Doctor Who”). A lista de personagens importantes na conspiração ainda destaca Rhys Ifans (“O Espetacular Homem-Aranha”) como o Mão do Rei (a segunda posição oficial mais poderosa nos Sete Reinos), Olivia Cooke (“Bates Motel”) como sua filha Alicent Hightower e Steve Toussaint (“It’s a Sin”) como Lord Corlys Velaryon, a Serpente do Mar. A série foi co-criada pelo roteirista Ryan J. Condal (criador da série sci-fi “Colony”) e conta com produção e direção de Miguel Sapochnik, que venceu um Emmy como diretor do famoso episódio da “Batalha dos Bastardos” de “Game of Thrones”. | MULHER-HULK: DEFENSORA DE HERÓIS | DISNEY+ A comédia de tribunal da Marvel traz Tatiana Maslany (“Orphan Black”) como Jennifer Walters, advogada que, da noite para o dia, se vê transformada na super-heroína chamada de Mulher-Hulk. Mas o que a princípio parece um problema logo se torna um grande chamariz, já que seu novo perfil acaba atraindo uma nova clientela, formada por suspeitos superpoderosos. Por conta disso, a produção conta com vários personagens do MCU (Universo Cinematográfico da Marvel), como seu primo Hulk (Mark Ruffalo), o vilão Abominável (novamente vivido por Tim Roth após “O Incrível Hulk”), o Mago Supremo Wong (Benedict Wong), o Demolidor (Charlie Cox) e a nova vilã Titânia (Jameela Jamil, de “The Good Place”). “Mulher-Hulk: Defensora de Heróis” foi desenvolvida por Jessica Gao, roteirista da animação “Rick and Morty” e da sitcom “Corporate”, e conta com direção de Kat Coiro, conhecida por trabalhar em comédias televisivas como “Modern Family”, “Disque Amiga Para Matar” (Dead To Me) e “It’s Always Sunny in Philadelphia”. Só que a primeira sitcom assumida da Marvel é menos engraçada que os últimos filmes de Thor, graças à utilização de recursos narrativos (conversa cúmplice com o público) e temas (dates de mulheres com mais de 30 anos) que ficaram ultrapassados desde que apareceram pela primeira vez nos quadrinhos e na série de advogados “Ally McBeal” – clara referência da produção – no século passado. | NADA SUSPEITOS | NETFLIX Fernanda Paes Leme (“Ricos de Amor”), Thati Lopes (“Diários de Intercâmbio”) e Maíra Azevedo (“Até o Fim”) são herdeiras e suspeitas da morte de seu amante milionário na série que combina o gênero “whodunit” (quem matou), dos mistérios de Agatha Christie, com um tema popular da atual leva de comédias nacionais: as novas ricas. Tudo começa como um mistério tradicional. As três amantes e seus agregados são convocadas para um encontro na mansão do amante, quando descobrem que estão envolvidas com o mesmo homem. Mas antes que mais detalhes sejam revelados, a luz apaga, alguém grita e o dono da casa aparece morto – clássico. Mas a trama, que também faz referência ao jogo “Detetive” na introdução da investigação criminal, logo adentra o território da convivência forçada entre as herdeiras, que precisam dividir a mansão. O elenco de apoio é grandioso, com destaque para Marcelo Médici (“Vai que Cola”), GKay (“Carnaval”), Silvero Pereira (“Bacurau”), Romulo Arantes Neto (“Quem Vai Ficar com Mario?”), Raphael Logan (“Pacificado”), Dhu Moraes (“Tô de Graça”), Cezar Maracujá (“Os Suburbanos”), Paulo Tiefenthaler (“Coisa mais Linda”), Gi Uzêda e o veterano Eliezer Motta (que marcou época em “Viva o Gordo”). | MAL DE FAMÍLIA | APPLE TV+ Criada e estrelada por Sharon Horgan (“Catastrophe”), a comédia sombria acompanha a vida das cinco irmãs Garvey, que prometeram proteger umas às outras depois da morte prematura de seus pais. Por isso, quando desconfiam que uma delas está sofrendo abuso do marido, planejam o assassinato do cunhado. Além de Horgan, o elenco conta com Eve Hewson (“Por Trás de Seus Olhos”), Anne-Marie Duff (“As Sufragistas”), Eva Birthistle (“The Last Kingdom”) e Sarah Greene (“Normal People”) como as irmãs Garvey, e Claes Bang (“Dracula”) como o marido/cunhado. Batizada em inglês de “Bad Sisters”, a produção é remake da série belga “Clan” e foi adaptada por Horgan em parceria com Brett Baer e Dave Finkel (ambos de “New Girl”). | KLEO | NETFLIX Com muita violência e humor ácido, a série de ação acompanha uma ex-espiã da Alemanha Oriental, que após a queda do muro de Berlim embarca em uma missão de vingança contra as pessoas que a traíram. Criada por Richard Kropf, Bob Konrad e Hanno Hackfort, trio responsável por “Para – We Are King” na HBO Max e “You Are Wanted” na Amazon Prime Video, a atração destaca Jella Haase (“Berlin Alexanderplatz”) no papel-título. | ALMA | NETFLIX Escrita pelo espanhol Sergio G. Sánchez (roteirista de “O Orfanato” e “O Impossível”), a trama de mistério acompanha a personagem-título (vivida por Mireia Oriol, do terror “O Pacto”) que, após sobreviver a um trágico acidente de ônibus em que quase todos os seus colegas morreram, acorda em um hospital completamente sem memórias e atormentada por experiências sobrenaturais. Com a ajuda de sua família e amigos, ela resolve desvendar o mistério por trás do acidente e de sua própria identidade. | SNOWFALL 5 | STAR+ Passado em Los Angeles no começo dos anos 1980, o drama narra a evolução do tráfico internacional a partir da substituição da cocaína pelo crack nas ruas dos EUA, traçando um paralelo com a política da guerra às drogas e o escândalo Irã-Contras, que revelou como os EUA se associaram aos cartéis de traficantes para financiar uma revolução no Irã. Criada por dois cineastas, Eric Amadio (“Acompanhados”) e John Singleton (“+Velozes +Furiosos”), que infelizmente faleceu em 2019 devido a um derrame, a série segue numerosos personagens a caminho de uma violenta colisão, destacando Franklin Saint (Damson Idris), jovem traficante de rua em busca de poder e dinheiro, Gustavo “El Oso” Zapata (Sergio Peris-Mencheta), um lutador mexicano metido numa luta de poder dentro de uma família do crime, Teddy McDonald (Carter Hudson), um funcionário da CIA envolvido na operação Irã-Contras, e Lucia Villanueva (Emily Rios), a filha de um poderoso chefão do crime mexicano. | POWER BOOK III: RAISING KANAN 2 | STARZPLAY A segunda série derivada de “Power”, encerrada em 2020, é um prólogo da trama original de Courtney Kemp, que leva os espectadores de volta aos anos 1990, época do pager e do boombox, para mostrar a juventude de Kanan Stark, retratado em “Power” pelo rapper, ator e produtor da franquia Curtis “50 Cent” Jackson. Em “Raising Kanan”, o personagem é vivido por Mekai Curtis (“Alexandre e o Dia Terrível, Horrível, Espantoso e Horroroso”). Os episódios acompanham sua criação na região conhecida como Jamaica, no Queens, em Nova York, os amigos e as conexões que o levaram à seu destino trágico. 50 Cent também participa como narrador da história e o elenco ainda inclui Patina Miller (“Madam Secretary”), Omar Epps (“House”), London Brown (“Ballers”), Malcolm M. Mays (“Snowfall”), Shanley Caswell (“NCIS: Nova Orleans”), Lovie Simone (“Jovens Bruxas: Nova Irmandade”), Toby Sandeman (“The Royals”) e Joey Bada$$ (“Mr. Robot”). | RESIDENT ALIEN 2 | STAR+ Adaptação de quadrinhos da Dark Horse Comics, a série acompanha um extraterrestre que cai em uma pequena cidade do Colorado, onde assume o corpo de um médico legista recluso, que foi assassinado. Tudo o que ele quer é ser deixado em paz enquanto aguarda um resgate que nunca vem. Até que as circunstâncias o forçam a sair de seu esconderijo remoto para assumir o trabalho do médico e ajudar a resolver crimes – enquanto questiona se a raça humana merece ser salva ou destruída. Criada por Chris Sheridan (roteirista-produtor de “Uma Família da Pesada”), traz o ator Alan Tudyk (o Sr. Ninguém da série “Patrulha do Destino”) no papel-título da atração, que atualmente é o maior sucesso do canal pago americano Syfy. | CUPHEAD – A SÉRIE 2 | NETFLIX A adaptação do game “Cuphead” companha duas xícaras antropomorfizadas que tentam pagar uma dívida para o diabo e reconquistar suas almas. O mais interessante na produção é seu visual, totalmente inspirado em animações dos anos 1930, em particular nos desenhos de Rudolf Ising e Max Fleischer, que incorporavam elementos de terror e de musicais às histórias. Na 2ª temporada, Xicrinho (Cuphead) e Caneco (Mugman) enfrentam novos perigos enquanto tentam fugir do Diabo, e acabam encontrando a primeira xícara feminina da franquia, a Srta. Cálice (Ms. Chalice).
As 10 melhores séries de julho
Com cada vez mais séries lançadas todas as semanas nos diversos serviços de streaming em operação no Brasil, nem os melhores maratonistas de sofá estão conseguindo acompanhar o ritmo do mercado. Considere essa seleção mensal como um lembrete para reforçar o que pode estar perdendo. Encabeçada pelo inescapável fenômeno “Stranger Things”, a mostra de julho também chama atenção por incluir três produções brasileiras, refletindo o avanço do conteúdo nacional de qualidade no streaming. Confira abaixo o Top 10 com detalhes e trailers de cada destaque. | STRANGER THINGS 4,5 | NETFLIX Depois de quebrar recordes e virar a maior audiência entre todas as séries em inglês da Netflix, “Stranger Things” retornou em 1 de julho para os instantes finais de sua temporada com o aguardado confronto entre Onze (ou Eleven, em inglês) e Vecna – a luta da super-heroína contra o monstro, como a própria Onze (Millie Bobby Brown) sugeriu no começo da história. Com Kate Bush e Metallica na trilha sonora, os episódios finais eletrizaram os fãs com seu mergulho no Mundo Invertido e seu resgate de clássicos do rock – que teve impacto nas paradas de sucesso do mundo real. Não por acaso, as músicas que se destacaram foram ligadas à performances de Joseph Quinn, intérprete de Eddie Munson, e Sadie Sink, a Max, que conquistaram mais atenção e elogios que qualquer um dos protagonistas originais. Em clima de pesadelo, a temporada celebrou uma guinada forte para o terror e apertou pause em pleno gancho apocalíptico, para explodir a ansiedade dos fãs pelo quinto ano e o final definitivo da história. | HARLEY QUINN 3 | HBO MAX A série animada adulta da Arlequina volta ainda mais imprópria, com violência sanguinária, muitos palavrões e uma cena de sexo entre Batman e a Mulher-Gato que fez a diretoria da DC intervir na produção. O que não foi censurado foi o romance entre Harley e Ivy (a Hera Venenosa). Elas aprofundam o namoro assumido na temporada passada, mas o relacionamento enfrenta sua primeira briga diante do plano da vilã esverdeada de transformar Gotham City numa floresta. Harley acaba se aliando aos heróis, o que seus comparsas estranham. Criação de Justin Halpern, Patrick Schumacker e Dean Lorey, produtores da subestimada série de comédia da DC “Powerless”, a animação reúne um time de dubladores de peso, com destaque para Kaley Cuoco (a Penny de “Big Bang Theory”) como a anti-heroína do título, Lake Bell (“Bless This Mess”) como a voz de Hera Venenosa, Alan Tudyk (“Patrulha do Destino”) como o Coringa e Cara de Barro, Jim Rash (“Community”) como o Charada, Ron Funches (“Doze é Demais”) como Tubarão Rei, Diedrich Bader (“Veep”) como Batman, Sanaa Lathan (“Alien vs. Predador”) como Mulher-Gato e Wayne Knight (o Newman de “Seinfeld”) como o Pinguim. | ONLY MURDERS ON THE BUILDING 2 | STAR+ A série de comédia traz Selena Gomez, Steve Martin e Martin Short como três vizinhos obcecados por documentários criminais, que resolvem criar um podcast ao se depararem em seu prédio com um mistério igual aos que amam assistir – o que, por azar, também os transforma nos principais suspeitos do crime. A trama continua na 2ª temporada, quando os três se veem confrontados por uma pessoa misteriosa interessada em incriminá-los e vê-los presos, ao mesmo tempo em que surge um podcast rival e todos no prédio passam a olhá-los com desconfiança. Para completar, a trama ainda passa a contar com novas e variadas participações especiais, incluindo a premiada atriz Shirley MacLaine (vencedora do Oscar por “Laços de Ternura”), a comediante Amy Schumer (“Descompensada”) e a modelo/atriz Cara Delevingne (“Esquadrão Suicida”). Criada por Steve Martin e John Robert Hoffman (roteirista de “Grace and Frankie”), a atração é a primeira série da carreira do veterano comediante de e marca a volta de Selena Gomez ao formato, uma década após “Os Feiticeiros de Waverly Place” – encerrada em 2012 no Disney Channel. | PRETTY LITTLE LIARS: UM NOVO PECADO | HBO MAX Vinte anos atrás, uma morte sem explicações agitou a cidadezinha de Millwood. Agora, nos dias atuais, cinco garotas adolescentes são atormentadas por um agressor desconhecido por culpa de algo que tem a ver com os segredos de suas mães. Parece o começo de uma história de terror dos anos 1980. Mas é a terceira série derivada de “Pretty Little Liars”, que junta as mensagens anônimas da atração original com um ambientação de slasher, bem mais violenta que o clima de intriga teen anterior, onde não falta sequer um serial killer mascarado. Refletindo a tendência dos últimos anos, as novas protagonistas são mais diversificadas. O elenco é encabeçado por Bailee Madison (da série “A Bruxa do Bem”), Chandler Kinney (Riana Murtaugh na série “Máquina Mortífera”/Lethal Weapon), Maia Reficco (estrela da série infantil argentina “Kally’s Mashup”), Zaria Simone (vista em “Black-ish”) e Malia Pyles (de “Baskets” e “Batwoman”), além de Mallory Bechtel (“Hereditário”) no papel de gêmeas malvadinhas da escola. Com personalidades bastante distintas, as personagens envolvem rapidamente o espectador, especialmente a cinéfila, que encaixa inúmeras citações a diretores e filmes em suas frases. Para os fãs da primeira versão, o spin-off é imperdível. Mas dá para se envolver com a intriga, a tensão e o mistério mesmo sem conhecer a outra série, enquanto as garotas tentam descobrir quem é A. Vale lembrar que, apesar do sucesso da primeira atração – que durou sete temporadas, de 2010 a 2017 – , a produtora I. Marlene King nunca conseguiu repetir o desempenho com seus spin-offs, “Ravenswood” (2013) e “The Perfectionists” (2019), ambos cancelados na 1ª temporada. Por isso, “Um Novo Pecado” é o primeiro spin-off sem relação com a equipe original. Em seu lugar está o criador de “Riverdale”, Roberto Aguirre-Sacasa, que produz e assina os roteiros com sua colaboradora de “O Mundo Sombrio de Sabrina”, Lindsay Calhoon Bring. E os primeiros episódios disponibilizados já deixam claro que a série é melhor escrita e possui um orçamento maior que a primeira “Pretty Little Liars”. | SANTA EVITA | STAR+ A minissérie gira em torno do cadáver da ex-primeira dama argentina Eva Perón, narrando a intrigante história de Evita depois de sua morte por câncer aos 33 anos de idade – que nesta semana completou 70 anos! Adorada pela população argentina, Evita foi embalsamada e velada por milhões de pessoas. Até que a ditadura militar destituiu Perón do poder e decidiu sequestrar o cadáver da ex-primeira dama para que não se convertesse em objeto de culto. Mesmo assim, seu cadáver se multiplicou, por meio de réplicas, e deu origem a um número incrível de incidentes, vividos por militares do Serviço de Inteligência do Exército Argentino. Alguns fatos parecem comédia, mas aconteceram de verdade. A adaptação está a cargo das autoras e atrizes argentinas Marcela Guerty e Pamela Rementería (criadoras de “O Homem da Sua Vida”, que ganhou remake brasileiro na HBO), e traz a atriz uruguaia Natalia Oreiro (de “Infância Clandestina” e ex-Paquita da versão em espanhol do Xou da Xuxa”) no papel-título, acompanhada pelo argentino Darío Grandinetti (“Vermelho Sol”) no papel do ex-presidente Juan Domingo Perón, e o conterrâneo Ernesto Alterio (“Narcos: Mexico”) como o coronel Moori Koenig, que, trabalhando no serviço diplomático na Alemanha, recebe o corpo ao qual deve dar sumiço, apenas para vê-lo ser roubado e reaparecer nos lugares mais inacreditáveis. A série tem direção do argentino Alejandro Maci (criador da versão argentina de “Em Terapia”) e do colombiano Rodrigo García (“Últimos Dias no Deserto”), que é filho do escritor Gabriel García Márquez. Além disso, tem fotografia de Félix Monti (“O Segredo dos Seus Olhos”, “O Quatrilho”), que é o melhor cinematógrafo da Argentina, e produção a cargo da estrela mexicana Salma Hayek (“Frida”). | QUEER AS FOLK | STARZPLAY A produção que retoma o título da série gay clássica chegou no último dia de julho em streaming, acompanhando um novo grupo diversificado de amigos da cena LGBTQIAP+ de Nova Orleans, cujas vidas são transformadas após uma tragédia. A estreia registra um massacre promovido por um atirador homofóbico num clube gay, com direito a mortos e feridos. É impactante. Mas apesar dessa densidade, há muitos momentos leves na produção, que destaca personagens adoráveis e carrega muita ressonância cultural. Esta é a segunda vez que o título da série britânica de 1999, criada por Russel T. Davies (também responsável pelo revival de “Doctor Who”), é usado numa adaptação para o público dos Estados Unidos. Um ano após a estreia da atração original, Ron Cowen e Daniel Lipman fizeram uma versão ambientada em Pittsburgh para o canal pago Showtime, que pegou as histórias passadas na Inglaterra e as expandiu ao longo de cinco temporadas, entre 2000 e 2005. O remake acabou se tornando o primeiro drama da TV americana protagonizado por homens gays, o que ajudou a inaugurar uma nova era de programação, abrindo caminho para inúmeras séries LGBTQIA+. A nova versão foi desenvolvida por Stephen Dunn (“Little America”) e reúne um grande elenco, formado por Jesse James Keitel (“Big Sky”), Johnny Sibilly (“Hacks”), Fin Argus (“Agents of SHIELD”), Devin Way (“Grey’s Anatomy”), Ryan O’Connell (“Special”), Lukas Gage (“The White Lotus”), Chris Renfro (“Two Dollar Therapy”), Armand Fields (“Work in Progress”), Megan Stalter (“Hacks”) e os veteranos Juliette Lewis (“Yellowjackets”), Kim Cattrall (“Sex and the City”) e Ed Begley Jr. (“Young Sheldon”). | PAPER GIRLS | PRIME VIDEO A adaptação dos quadrinhos premiados de Brian K. Vaughan (criador também de “Os Fugitivos”) se passa na manhã seguinte ao Halloween de 1988, quando quatro jornaleiras adolescentes, interpretadas por Riley Lai Nelet (“Altered Carbon”), Sofia Rosinsky (“Fast Layne”), Camryn Jones (“Perpetual Grace, LTD”) e Fina Strazza (“A Mulher Invisível”), fazem um desvio inesperado em sua rota de entrega de jornais, chegando sem querer no futuro – que é 2019 – onde encontram suas versões adultas. Além de serem pegas de surpresa no meio de uma guerra entre facções do futuro, elas passam a ser perseguidas pela polícia do tempo, que as considera criminosas pela viagem ilegal. O aspecto sci-fi da trama é um pouco simplificado, mas a relação das personagens compensa com um aprofundamento rico em complexidade. Produção da Legendary Television em associação com a Plan B, empresa de Brad Pitt, a adaptação é assinada por Stephany Folsom, co-roteirista de “Toy Story 4”, que também produz a atração em parceria com os roteiristas Christopher Cantwell e Christopher C. Rogers (criadores de “Halt and Catch Fire”) e os autores dos quadrinhos. | TURMA DA MÔNICA: A SÉRIE | GLOBOPLAY Continuação dos filmes da “Turma da Mônica”, a série volta a reunir os mesmos atores do cinema: Giulia Benite (Mônica), Kevin Vechiatto (Cebolinha), Laura Rauseo (Magali) e Gabriel Moreira (Cascão), além de Milena (Emilly Nayara), que foi introduzida em “Turma da Mônica: Lições” e está sendo considerada a quinta integrante da Turma. Só que os personagens não são mais crianças – com Mônica e Magali descobrindo o batom – , mas, segundo Cebolinha, também não viraram ainda adolescentes. Quem vem para atualizar o mundinho deles é Carminha Frufru (Luiza Gattai, que estreia como atriz após o “The Voice Kids”), uma menina mais ligada nas expectativas da sociedade, que “chega chegando” no bairro do Limoeiro. E junto com ela vem um mistério, com direito à referência de uma cena famosa do terror “Carrie, a Estranha” (1976) – em versão de banho de lama, em vez de sangue. A atração é comandada por Daniel Rezende, que dirigiu “Turma da Mônica: Laços” e “Turma da Mônica: Lições”, e conta ainda com os personagens Madame Frufru, interpretada por Mariana Ximenes (“Uma Loucura de Mulher”), e Feitoso Araújo, o Capitão Feio, encarnado por Fernando Caruso (“Vai que Cola”). | SINTONIA 3 | NETFLIX A série brasileira mais vista da Netflix volta a acompanhar os destinos de três amigos que cresceram juntos na mesma favela, influenciados pelo fascínio do funk, do tráfico de drogas e da fé religiosa. Cada um deles transformou suas experiências em caminhos muito divergentes. Na 3ª temporada, MC Doni (Jottapê) se...
Starzplay cresce mais que a concorrência no trimestre
A Lionsgate revelou nesta quinta (4/8), durante seu relatório de desempenho trimestral para o mercado, que a plataforma de streaming Starzplay atingiu 26,3 milhões de assinantes globais. Isso representa um crescimento de 1,8 milhão de assinantes em comparação com o último levantamento e um aumento de 57% em relação à média de assinantes do ano passado. Além disso, a Starzplay superou a Discovery+ em assinaturas, demonstrando ter condições de brigar com empresas com muito mais poder de investimento num mercado cada vez mais competitivo como o streaming. E cresceu mais que a HBO Max e a Discovery+ combinadas no trimestre. “Temos o prazer de relatar um forte crescimento global de assinantes de streaming no Starz, outro desempenho de destaque de nosso Grupo de Televisão e as principais métricas financeiras alinhadas às expectativas”, disse Jon Feltheimer, CEO da Lionsgate . “Embora estejamos navegando em um ambiente econômico incerto, continuamos a executar com sucesso nossa missão principal: preencher nossos canais de filmes, televisão e streaming com conteúdo premium que cria valor de longo prazo para nossos consumidores, parceiros e acionistas”. Os analistas viram os bons números como propaganda de venda. Wall Street tem sido informada por “fontes” de que a Lionsgate se prepara para desmembrar a Starz e transformar o canal pago e sua plataforma numa empresa distinta, visando permitir a investidores avaliarem os ativos de TV e de cinema da empresa de forma separada. A receita geral da Lionsgate no trimestre, entretanto, registrou queda. Foi de US$ 893,9 milhões, um pouco abaixo do resultado atingido no mesmo período no ano passado, quando somou US$ 901,2 milhões. O estúdio também ampliou seu prejuízo líquido trimestral, chegando a US$ 119 milhões negativos, mais que o dobro do prejuízo de US$ 45,4 milhões do ano anterior. As fontes de renda de mídia do estúdio, que correspondem principalmente à arrecadação publicitária da Starz, chegou a US$ 381,2 milhões, um pouco abaixo dos US$ 382,3 milhões do ano anterior. Mas isso foi compensado pela arrecadação da Starzplay, que subiu para US$ 31,6 milhões com pagamentos por assinaturas durante o último trimestre, em comparação aos US$ 24,1 milhões do mesmo período em 2022. Além disso, a receita com produção de TV aumentou acentuadamente, atingindo US$ 423,3 milhões contra US$ 386,1 milhões no ano anterior, devido à maior entrega de conteúdo para terceiros, como a Netflix.
Estreias: “Pretty Little Liars”, “Paper Girls” e as melhores séries da semana
As novidades de séries destacam garotas empoderadas, que encaram serial killer e viajam no tempo: a nova “Pretty Little Liars” e a adaptação de quadrinhos “Paper Girls”. Ambas tiveram 100% de aprovação nas primeiras críticas reunidas pelo agregador Rotten Tomatoes. As demais opções são bem variadas, incluindo até uma minissérie sobre um cadáver: “Santa Evita”, que só não é mais surreal porque se baseia em fatos reais. A lista ainda inclui supervilãs da DC, suspense e muita música, com adolescentes cantores, um grupo de rap feminino e baladas LGBTQIAP+. Saiba mais abaixo, com os trailers dos 10 melhores lançamentos em streaming desta semana. | PRETTY LITTLE LIARS: UM NOVO PECADO | HBO MAX Vinte anos atrás, uma morte sem explicações agitou a cidadezinha de Millwood. Agora, nos dias atuais, cinco garotas adolescentes são atormentadas por um agressor desconhecido por algo que desconhecem e que tem a ver com os segredos de suas mães. A terceira série derivada de “Pretty Little Liars” junta as mensagens anônimas da atração original com um ambientação de terror slasher, bem mais violento que o clima de intriga teen anterior, onde não falta sequer um serial killer mascarado. Refletindo a tendência dos últimos anos, as novas protagonistas são mais diversificadas. O elenco é encabeçado por Bailee Madison (da série “A Bruxa do Bem”), Chandler Kinney (Riana Murtaugh na série “Máquina Mortífera”/Lethal Weapon), Maia Reficco (estrela da série infantil argentina “Kally’s Mashup”), Zaria Simone (vista em “Black-ish”) e Malia Pyles (de “Baskets” e “Batwoman”), além de Mallory Bechtel (“Hereditário”) no papel de gêmeas malvadinhas da escola. Com personalidades bastante distintas, as personagens envolvem rapidamente o espectador, especialmente a cinéfila, que encaixa inúmeras citações a diretores e filmes em suas frases. Para os fãs da primeira versão, o spin-off é imperdível. Mas mesmo quem não viu vai se envolver com a intriga, a tensão e o mistério, enquanto as garotas tentam descobrir quem é A. Vale lembrar que, apesar do sucesso da primeira atração – que durou sete temporadas, de 2010 a 2017 – , a produtora I. Marlene King nunca conseguiu repetir o desempenho com seus spin-offs, “Ravenswood” (2013) e “The Perfectionists” (2019), ambos cancelados na 1ª temporada. Por isso, “Um Novo Pecado” é o primeiro spin-off sem relação com a equipe original. Em seu lugar está o criador de “Riverdale”, Roberto Aguirre-Sacasa, que produz e assina os roteiros com sua colaboradora de “O Mundo Sombrio de Sabrina”, Lindsay Calhoon Bring. E os três primeiros episódios disponibilizados já deixam claro que a série é melhor escrita e possui um orçamento maior que a primeira “Pretty Little Liars”. | PAPER GIRLS | PRIME VIDEO A adaptação dos quadrinhos premiados de Brian K. Vaughan (criador também de “Os Fugitivos”) se passa na manhã seguinte ao Halloween de 1988, quando quatro jornaleiras adolescentes, interpretadas por Riley Lai Nelet (“Altered Carbon”), Sofia Rosinsky (“Fast Layne”), Camryn Jones (“Perpetual Grace, LTD”) e Fina Strazza (“A Mulher Invisível”), fazem um desvio inesperado em sua rota de entrega de jornais, chegando sem querer no futuro – que é 2019 – onde encontram suas versões adultas. Além de serem pegas de surpresa com a situação, elas passam a ser perseguidas pela polícia do tempo, que as considera criminosas pela viagem ilegal. Produção da Legendary Television em associação com a Plan B, empresa de Brad Pitt, a adaptação é assinada por Stephany Folsom, co-roteirista de “Toy Story 4”, que também produz a atração em parceria com os roteiristas Christopher Cantwell e Christopher C. Rogers (criadores de “Halt and Catch Fire”) e os autores dos quadrinhos. | HARLEY QUINN # 3 | HBO MAX A série animada adulta da Arlequina volta ainda mais imprópria, com violência sanguinária, muitos palavrões e uma cena de sexo entre Batman e a Mulher-Gato que fez a diretoria da DC intervir na produção. O que não foi censurado foi o romance entre Harley e Ivy (a Hera Venenosa). Elas aprofundam o namoro assumido na temporada passada, mas o relacionamento enfrenta sua primeira briga diante do plano da vilã esverdeada de transformar Gotham City numa floresta. Harley acaba se aliando aos heróis, o que seus comparsas estranham. Criação de Justin Halpern, Patrick Schumacker e Dean Lorey, produtores da subestimada série de comédia da DC “Powerless”, a animação reúne um time de dubladores de peso, com destaque para Kaley Cuoco (a Penny de “Big Bang Theory”) como a anti-heroína do título, Lake Bell (“Bless This Mess”) como a voz de Hera Venenosa, Alan Tudyk (“Patrulha do Destino”) como o Coringa e Cara de Barro, Jim Rash (“Community”) como o Charada, Ron Funches (“Doze é Demais”) como Tubarão Rei, Diedrich Bader (“Veep”) como Batman, Sanaa Lathan (“Alien vs. Predador”) como Mulher-Gato e Wayne Knight (o Newman de “Seinfeld”) como o Pinguim. | SANTA EVITA | STAR+ A minissérie gira em torno do cadáver da ex-primeira dama argentina Eva Perón, narrando a intrigante história de Evita depois de sua morte por câncer aos 33 anos de idade – que nesta semana completou 70 anos! Adorada pela população argentina, Evita foi embalsamada e velada por milhões de pessoas. Até que a ditadura militar destituiu Perón do poder e decidiu sequestrar o cadáver da ex-primeira dama para que não se convertesse em objeto de culto. Mesmo assim, seu cadáver se multiplicou, por meio de réplicas, e deu origem a um número incrível de incidentes, vividos por militares do Serviço de Inteligência do Exército Argentino. Alguns fatos parecem comédia, mas aconteceram de verdade. A adaptação está a cargo das autoras e atrizes argentinas Marcela Guerty e Pamela Rementería (criadoras de “O Homem da Sua Vida”, que ganhou remake brasileiro na HBO), e traz a atriz uruguaia Natalia Oreiro (de “Infância Clandestina” e ex-Paquita da versão em espanhol do Xou da Xuxa”) no papel-título, acompanhada pelo argentino Darío Grandinetti (“Vermelho Sol”) no papel do ex-presidente Juan Domingo Perón, e o conterrâneo Ernesto Alterio (“Narcos: Mexico”) como o coronel Moori Koenig, que, trabalhando no serviço diplomático na Alemanha, recebe o corpo ao qual deve dar sumiço, apenas para vê-lo ser roubado e reaparecer nos lugares mais inacreditáveis. A série tem direção do argentino Alejandro Maci (criador da versão argentina de “Em Terapia”) e do colombiano Rodrigo García (“Últimos Dias no Deserto”), que é filho do escritor Gabriel García Márquez. Além disso, tem fotografia de Félix Monti (“O Segredo dos Seus Olhos”, “O Quatrilho”), que é o melhor cinematógrafo da Argentina, e produção a cargo da estrela mexicana Salma Hayek (“Frida”). | UNCOUPLED | NETFLIX Gay assumido, Neil Patrick Harris (“How I Met Your Mother”) teve poucas chances de interpretar um homossexual na carreira. A série remedia a situação, mostrando-o como um homem que, após 17 anos de relacionamento, é abandonado pelo marido e precisa lidar com a repentina vida de solteiro. Ele logo descobre que isto não é o fim do mundo, mas sofre alguns choques geracionais ao tentar se inserir na agitada vida noturna da cidade de Nova York. Criada por Jeffrey Richman (roteirista-produtor de “Modern Family”) e Darren Star (criador de “Sex and the City” e “Emily in Paris”), a produção combina diálogo espirituoso com drama emocional e também inclui em seu elenco Marcia Gay Harden (“The Morning Show”), Tisha Campbell (“Empire”), Emerson Brooks (“Do Fundo do Mar 3”), Colin Hanlon (“The Good Fight”), Iván Amaro Bullón (“A Maravilhosa Sra. Maisel”) e Jay Santiago (“New Amsterdam”), entre outros. | QUEER AS FOLK | STARZPLAY A produção que retoma o título da série gay clássica estreia no domingo (31/7) em streaming, acompanhando um novo grupo diversificado de amigos da cena LGBTQIAP+ de Nova Orleans, cujas vidas são transformadas após uma tragédia. A estreia registra um massacre promovido por um atirador homofóbico num clube gay, com direito a mortos e feridos. É impactante. Mas apesar dessa densidade, há muitos momentos leves na produção, que destaca personagens adoráveis e carrega muita ressonância cultural. Esta é a segunda vez que o título da série britânica de 1999, criada por Russel T. Davies (também responsável pelo revival de “Doctor Who”), é usado numa adaptação para o público dos Estados Unidos. Um ano após a estreia da atração original, Ron Cowen e Daniel Lipman fizeram uma versão ambientada em Pittsburgh para o canal pago Showtime, que pegou as histórias passadas na Inglaterra e as expandiu ao longo de cinco temporadas, entre 2000 e 2005. O remake acabou se tornando o primeiro drama da TV americana protagonizado por homens gays, o que ajudou a inaugurar uma nova era de programação, abrindo caminho para inúmeras séries LGBTQIA+. A nova versão foi desenvolvida por Stephen Dunn (“Little America”) e reúne um grande elenco, formado por Jesse James Keitel (“Big Sky”), Johnny Sibilly (“Hacks”), Fin Argus (“Agents of SHIELD”), Devin Way (“Grey’s Anatomy”), Ryan O’Connell (“Special”), Lukas Gage (“The White Lotus”), Chris Renfro (“Two Dollar Therapy”), Armand Fields (“Work in Progress”), Megan Stalter (“Hacks”) e os veteranos Juliette Lewis (“Yellowjackets”), Kim Cattrall (“Sex and the City”) e Ed Begley Jr. (“Young Sheldon”). | MALDITO RAP | HBO MAX A nova criação de Issa Rae (“Insecure”) acompanha duas amigas (Aida Osman e KaMillion) que se reconectam depois de muito tempo e decidem começar um grupo de rap em Miami. Para isso, recebem a ajuda providencial de outra mulher talentosa (Jonica Booth) que aceita dar um rumo aos negócios. Mas enquanto uma quer usar o rap para conscientizar as pessoas e deixar sua marca, a outra está mais disposta a rebolar e ser sensual para vender discos. O impasse rende ótimas discussões sobre o papel das mulheres no rap, sem romper a amizade das duas, especialmente quando a opção é voltar para suas vidas como camareira de hotel e como mãe solteira. Apesar de ser uma obra de ficção, os primeiros episódios evocam a trajetória real do grupo de rap City Girls, que ficou conhecido em 2018 por ter uma integrante presa logo depois do lançamento da primeira música. E não se trata de acaso – as rappers Yung Miami e JT, do duo de Miami, são produtoras da atração. | HIGH SCHOOL MUSICAL: A SÉRIE: O MUSICAL # 3 | DISNEY+ A 3ª temporada leva os personagens para um acampamento de verão ao estilo de “Camp Rock”, onde os Wildcats aceitam o desafio de produzir um musical baseado na animação “Frozen”. Os novos episódios contam com participação especial de Corbin Bleu, que viveu Chad nos filmes originais da franquia, e Jesse Tyler Ferguson (o Mitchell de “Modern Family”) interpretando um amigo da família de Nini (Olivia Rodrigo). Por sinal, a leva de capítulos também marca a despedida de Olivia Rodrigo da série, numa participação bem pequena. | REBELDE # 2 | NETFLIX A 2ª temporada traz um novo diretor musical à Elite Way School, que decide mudar tudo. Em vez de bandas, ele passa a incentivar carreiras individuais. Os grupos são desmanchados para que os alunos lutem entre si para chegar ao estrelato, fazendo com que a amizade dos protagonistas seja colocada em jogo. Para compensar o clima ruim na escola e ensaios tumultuados, há muito romance e beijos. Mas também um assassinato, demonstrando a influência de “Elite” no reboot da antiga novela latina. A série atualiza o universo da produção mexicana homônima de 2004 com a brasileira Giovanna Grigio (“As Five”), o argentino Franco Masini (“Riviera”), o colombiano Jeronimo Cantillo (“Verdade Oculta”) e diversos astros jovens mexicanos, como o cantor Sergio Mayer Mori, Azul Guaita (“Sobe na Minha Moto”), Alejandro Puente (“El Club”), Andrea Chaparro (“Não Foi Minha Culpa: México”) e Lizeth Selene (“APPortados”) – que, além de atuar, também cantam músicas originais e releituras de “clássicos” do grupo RBD. As novidades da 2ª temporada incluem Flavio Medina (“Narcos: Mexico”) como o diretor e dois novos alunos: a cantora Alaide e o jovem compositor Saak, parceiro musical de Danna Paola (de “Elite”), que estreiam como atores. | SURFACE | APPLE TV+ Criada por Veronica West (“Alta Fidelidade”), a trama de suspense gira em torno de uma mulher...
Minissérie “Dr. Death” vira antologia com encomenda da 2ª temporada
A plataforma americana Peacock realizou uma operação de mudança de gênero em “Dr. Death”. Exatamente um ano após a minissérie encerrar sua história completa, a plataforma anunciou sua renovação para a 2ª temporada. Graças a esta encomenda, a minissérie original deixou de ser minissérie. Virou 1ª temporada e a produção se transformou em antologia, com uma reconfiguração para apresentar a cada ano uma história diferente de crime médico. “A primeira temporada de ‘Dr. Death’ nos surpreendeu quando mergulhamos na mente aterrorizante e distorcida do Dr. Christopher Duntsch e da equipe que se propôs a detê-lo”, disse Lisa Katz, presidente de conteúdo roteirizado da NBCUniversal Television e Streaming. “A nova parte desta série de antologia altamente viciante explorará um cirurgião itinerante que seduz todo o mundo da Medicina”, acrescentou. Enquanto a 1ª temporada se concentrou no caso do Dr. Christopher Duntsch, que atuava secretamente como um serial killer na mesa de cirurgia – o que lhe valeu o apelido de “Doutor Morte” – , a 2ª contará a história de Paolo Macchiarini, um charmoso cirurgião conhecido por suas operações inovadoras que lhe renderam o apelido de “Homem Milagroso”. Quando uma jornalista investigativa se aproxima dele para uma reportagem, problemas de ética profissional são confrontados, na medida em que ela descobre até onde Paolo é capaz de chegar para proteger seus segredos. Ao mesmo tempo, um grupo de médicos do outro lado do mundo faz descobertas chocantes que colocam seus “milagres” em cheque. A trama inicial era baseada num podcast do site/produtora Wondery – que inspirou duas outras séries de sucesso: “Homecoming” na plataforma de streaming da Amazon e “Dirty John” no canal pago USA Network e na Netflix. Roteirista da agora 1ª temporada, Patrick Macmanus virou produtor executivo na 2ª temporada. Já os roteiros e o trabalho de showrunner ficaram com Ashley Michel Hoban, que foi produtora da 1ª temporada. “Dr. Death” foi disponibilizada no Brasil pela plataforma Starzplay. Veja o trailer nacional abaixo.










