Kristen Stewart se casa com roteirista Dylan Meyer após seis anos de relacionamento
Atriz realizou cerimônia intimista em Los Angeles ao lado de amigos próximos, incluindo Ashley Benson
Angelina Jolie vira Maria Callas na primeira cena da cinebiografia
"Maria", novo filme do diretor de "Jackie" e "Spencer", terá première mundial nesta quinta no Festival de Veneza
Angelina Jolie vira Maria Callas nas primeiras fotos de cinebiografia
A Apartment Pictures, Fabula Pictures e Freemantle Media divulgaram as primeiras fotos de Angelina Jolie (“Os Eternos”) no filme “Maria”, cinebiografia da soprano Maria Callas, uma das maiores cantoras de ópera de todos os tempos. O filme tem direção de Pablo Larraín e é terceira cinebiografia feminina do cineasta, após “Jackie” (sobre a ex-primeira dama Jacqueline Kennedy) e “Spencer” (sobre a Princesa Diana). A produção também marcará uma reunião do diretor com o roteirista de “Spencer”, Steven Knight (mais conhecido como criador de “Peaky Blinders”). “Maria” vai contar a tumultuada, bela e trágica história da diva greco-americana, reimaginada durante seus últimos dias na Paris dos anos 1970. Declarações sobre a produção “Ter a chance de combinar minhas duas paixões mais profundas e pessoais, cinema e ópera, é um sonho antigo”, disse Larraín, em comunicado sobre a produção. “Fazer isso com Angelina, uma artista extremamente corajosa e curiosa, é uma oportunidade fascinante. Um verdadeiro presente.” “Levo muito a sério a responsabilidade com a vida e o legado de Maria. Darei tudo o que puder para enfrentar o desafio”, acrescentou Jolie. “Pablo Larraín é um diretor que admiro há muito tempo. Ter a chance de contar mais da história de Maria com ele, e com um roteiro de Steven Knight, é um sonho.” O elenco ainda conta com Pierfrancesco Favino (“O Traidor), Alba Rohrwacher (“O Céu de Alice”), Haluk Bilginer (“Sono de Inverno”), Kodi Smit-McPhee (“Ataque dos Cães”) e Valeria Golino (“A Vida Mentirosa dos Adultos”). “Maria” ainda não tem previsão de estreia.
Angelina Jolie viverá a cantora de ópera Maria Callas no cinema
A atriz Angelina Jolie (“Os Eternos”) vai estrelar o filme “Maria”, cinebiografia da soprano Maria Callas, uma das maiores cantoras de ópera de todos os tempos, que será dirigida por Pablo Larraín (“Spencer”). O filme será a terceira cinebiografia feminina de Larraín, após “Jackie” (sobre a ex-primeira dama Jacqueline Kennedy) e “Spencer” (sobre a Princesa Diana), e marcará uma reunião do diretor com o roteirista do último filme, Steven Knight. “Maria” vai contar a tumultuada, bela e trágica história da diva greco-americana, reimaginada durante seus últimos dias na Paris dos anos 1970. “Ter a chance de combinar minhas duas paixões mais profundas e pessoais, cinema e ópera, é um sonho antigo”, disse Larraín, em comunicado. “Fazer isso com Angelina, uma artista extremamente corajosa e curiosa, é uma oportunidade fascinante. Um verdadeiro presente.” “Levo muito a sério a responsabilidade com a vida e o legado de Maria. Darei tudo o que puder para enfrentar o desafio”, acrescentou Jolie. “Pablo Larraín é um diretor que admiro há muito tempo. Ter a chance de contar mais da história de Maria com ele, e com um roteiro de Steven Knight, é um sonho.” “Maria” ainda não tem previsão de estreia. Atualmente, Angelina Jolie está envolvida na pós-produção do filme “Without Blood”, seu quinto trabalho como diretora. Pablo Larraín, por sua vez, está trabalhando na comédia “El Conde”. Nenhum desses filmes têm previsão de estreia.
Conheça 10 filmes e séries sobre a rainha Elizabeth II
De vencedores do Oscar e do Emmy à comédias de humor besteirol e até animações, várias produções audiovisuais retrataram a Rainha Elizabeth II ao longo de sua vida. O filme “A Rainha” (2006), que rendeu o Oscar a Helen Mirren, e a série “The Crown”, que coroou duas intérpretes da monarca, Claire Foy e Oliva Colman com o Emmy, são as atrações mais conhecidas. Mas há outras produções que também retrataram Elizabeth II em diferentes fases de sua vida, além de situações completamente inventadas para diversão do público. Confira abaixo 10 obras que representaram a rainha britânica, da infância à vida que ela nunca viveu. | O DISCURSO DO REI | HBO MAX, VOD* A história segue os eventos após a abdicação do trono pelo Rei Eduardo VIII, que permitiu a ascensão de seu irmão, Rei George VI (Colin Firth), e abriu caminho para a ainda menina Elizabeth (Freya Wilson) se tornar a primeira na linha da sucessão monárquica. | A ROYAL NIGHT OUT | AMAZON PRIME VIDEO A comédia conta uma história da juventude da futura rainha. Durante a comemoração da derrota da Alemanha nazista na 2ª Guerra Mundial, as princesas irmãs Margaret (Bel Powley) e Elizabeth (Sarah Gadon) recebem permissão de deixar o palácio de Buckhingham durante a noite para festejar, e se misturam anonimamente ao povo. | UM SONHO DE MENINA | NÃO DISPONÍVEL EM STREAMING Uma menina chamada Elizabeth é escolhida para representar os estudantes na primeira visita de Elizabeth II à Nova Zelândia, mas seu fervor monarquista é abalado quando ela aprende sobre a história do povo maori e passa a ser ameaçada de substituição no encontro. Só que a essa altura a própria monarca está interessada em conhecê-la, após receber suas cartas sobre os problemas do país. | THE CROWN | NETFLIX A série é um retrato bastante exaustivo, que segue as rivalidades políticas e bastidores do reinado da rainha Elizabeth II, refletindo eventos que moldaram a segunda metade do século 20. O sucesso das primeiras temporadas catapultou Claire Foy ao estrelato. Ela foi substituída no papel da rainha por Olivia Colman na 3ª temporada e por Imelda Staunton na 5ª, conforme a trama avançou as décadas. | SPENCER | AMAZON PRIME VIDEO, VOD* Embora a Princesa Diana (Kristen Stewart) seja o foco principal do filme, a rainha Elizabeth II (Stella Gonet) também tem papel de destaque na reunião natalina que encerrou o matrimônio de Diana e do Príncipe Charles. | A RAINHA | STARZPLAY, VOD* Helen Mirren vive a rainha na época da morte da ex-princesa Diana, demonstrando sua dificuldade em lidar com a mídia e a situação. Com a popularidade da monarquia em jogo, ela precisa mostrar ao povo que é capaz de se adaptar, apesar das desavenças com a falecida nora. | CORRA QUE A POLÍCIA VEM AÍ! | VOD* A tentativa calamitosa de Leslie Nielsen de salvar a rainha do que ele pensa ser uma tentativa de assassinato é uma das cenas mais memoráveis da franquia cômica e a mais famosa interpretada por Jeanette Charles, a atriz que mais vezes viveu Elizabeth II – sempre em pequenas aparições. | MINIONS | TELECINE, VOD* A rainha teve muitas participações especiais em filmes incomuns ao longo dos anos, mas lutar contra um Minion que tenta roubar sua coroa pode ser incluída entre as mais inusitadas. | CORGI: TOP DOG | TELECINE, LOOKE, VOD* O cão favorito da monarca britânica se perde no palácio real e começa uma longa jornada para encontrar o caminho de volta para a rainha. | CHURCHILL: DETONANDO A HISTÓRIA | NÃO DISPONÍVEL EM STREAMING A versão trash da monarca traz Neve Campbell (ela mesmo, de “Pânico”) como a ainda Princesa Elizabeth, combatendo nazistas de rifle em punho, ao lado de um Churchill americano. A explicação é que se trata de uma produção de Hollywood sobre a 2º Guerra. No primeiro dia de filmagem, um ambicioso executivo do estúdio decide que um homem velho com um charuto não ia vender ingressos e muda a história, colocando em seu lugar um herói de ação para vencer a guerra.
Oscar 2022 é nesta noite. Conheça os indicados
O Oscar 2022 acontece na noite deste domingo (23/3) no Dolby Theatre em Los Angeles, com apresentação de três comediantes: Wanda Sykes (“The Other Two”), Amy Schumer (“Viagem das Loucas”) e Regina Hall (“Nove Desconhecidos”). Pela primeira vez fora da TV aberta brasileira desde que começou a ser transmitido pela TV Tupi em 1970, o evento poderá ser acompanhado ao vivo, a partir das 20h, pelo canal pago TNT e pela plataforma de streaming Globoplay (que vai abrir o sinal e permitir que o público assista gratuitamente). A lista de indicados à premiação foi revelada em 8 de fevereiro. Entre surpresas e confirmações de expectativas, o filme com o maior número de citações é “Ataque dos Cães”, que disputa 12 prêmios e garantiu um momento histórico para Jane Campion. A cineasta neozelandeza se tornou a primeira mulher a disputar duas vezes o Oscar de Melhor Direção, após ter sido indicada pela primeira vez em 1994, com “O Piano”. Ela ainda concorre na categoria de Melhor Roteiro Adaptado. “Ataque dos Cães” também é o filme com mais atores na 94ª edição do Oscar. Benedict Cumberbatch foi indicado a Melhor Ator, Kirsten Dunst a Atriz Coadjuvante e Jesse Plemons e Kodi Smit-McPhee entraram juntos na categoria de Ator Coadjuvante. Outro marco foi alcançado por Denzel Washington, ao atingir sua 10ª indicação à honraria máxima do cinema, por seu desempenho em “A Tragédia de Macbeth”. Uma das principais “surpresas” do Oscar apareceu justamente nas categorias de interpretação. Kristen Stewart, no primeiro reconhecimento da Academia americana a seu talento (após já ter vencido um César, o Oscar francês), acabou ficando com a vaga que Lady Gaga dava como quase certa, numa inversão do que aconteceu no prêmio do Sindicato dos Atores. Elogiadíssima pela crítica, a protagonista de “Spencer” tinha sido esnobada pelos colegas no SAG Awards, enquanto a cantora, sem a mesma unanimidade na imprensa, foi considerada pelo Sindicato dos Atores como uma das melhores atrizes do ano pelo risível “Casa Gucci”. Mais uma surpresa positiva foi a presença de Penélope Cruz, que já tinha sido premiada como Melhor Atriz no Festival de Veneza por “Mães Paralelas” – drama espanhol que ainda disputa Melhor Trilha Sonora. Seu marido, Javier Bardem, também foi indicado como Melhor Ator por “Apresentando os Ricardos”, marcando um retorno do casal ao Oscar, após vencerem prêmios como Coadjuvantes. Estas indicações se somam às inclusões do japonês “Drive My Car”, do dinamarquês “Flee” e do norueguês “A Pior Pessoa do Mundo” em mais categorias que a evidente Melhor Filme Internacional para reforçar uma tendência irreversível de internacionalização da Academia. O Oscar, porém, não perdeu de vista seu legado hollywoodiano, representado pela inclusão de Steven Spielberg na disputa de Melhor Direção. O veterano cineasta alcançou uma marca histórica com a indicação, tornando-se o primeiro diretor a concorrer ao prêmio em seis décadas diferentes – nos anos 1970 por “Contatos Imediatos do Terceiro Grau”, nos 1980 por “Os Caçadores da Arca Perdida” e “ET: O Extraterrestre”, nos 1990 por “A Lista de Schindler” e “O Resgate do Soldado Ryan”, nos 2000 por “Munique”, nos 2010 por “Lincoln” e agora por “Amor, Sublime Amor”. Ele já venceu duas vezes. Embora a lista da Academia tenha corrigido supostas distorções da temporada de premiação, graças à Disney acabou criando outra, com a inclusão de “Dos Oruguitas” e não o fenômeno “We Don’t Talk About Bruno” na disputa de Melhor Canção por “Encanto”. O estúdio simplesmente não inscreveu a música mais popular do desenho animado na competição! Em compensação, Beyoncé, Billie Eilish e o veterano Van Morrison foram confirmados com suas respectivas gravações e cantarão no evento. Confira abaixo a lista completa dos indicados ao Oscar 2022. Melhor Filme “Belfast” “Não Olhe Para Cima” “Duna” “Licorice Pizza” “Ataque dos Cães” “No Ritmo do Coração” “Drive My Car” “King Richard: Criando Campeãs” “O Beco do Pesadelo” “Amor, Sublime Amor” Melhor Atriz Jessica Chastain – “Os Olhos de Tammy Faye” Olivia Colman – “A Filha Perdida” Penélope Cruz – “Mães Paralelas” Nicole Kidman – “Apresentando os Ricardos” Kristen Stewart- “Spencer” Melhor Ator Javier Bardem – “Apresentando os Ricardos” Benedict Cumberbatch – “Ataque dos Cães” Andrew Garfield – “Tick, tick… Boom!” Will Smith – “King Richard: Criando Campeãs” Denzel Washington – “A Tragédia de Macbeth” Melhor Atriz Coadjuvante Jessie Buckley – “A Filha Perdida” Ariana DeBose – “Amor, Sublime Amor” Judi Dench – “Belfast” Kirsten Dunst – “Ataque dos Cães” Aunjanue Ellis – “King Richard: Criando Campeãs” Melhor Ator Coadjuvante Ciarán Hinds – “Belfast” Troy Kotsur – “No Ritmo do Coração” Jesse Plemons – “Ataque dos Cães” J.K. Simmons – “Apresentando os Ricardos” Kodi Smit-McPhee – “Ataque dos Cães” Melhor Direção Kenneth Branagh – “Belfast” Ryûsuke Hamaguchi – “Drive My Car” Jane Campion – “Ataque dos Cães” Steven Spielberg – “Amor, Sublime Amor” Paul Thomas Anderson – “Licorice Pizza” Melhor Roteiro Adaptado Sian Heder – “No Ritmo do Coração” Ryûsuke Hamaguchi e Takamasa Oe – “Drive My Car” Denis Villeneuve, Jon Spaihts e Eric Roth “Duna” Maggie Gyllenhaal – “A Filha Perdida” Jane Campion – “Ataque dos Cães” Melhor Roteiro Original Kenneth Branagh – “Belfast” Adam McKay e David Sirota – “Não Olhe Para Cima” Zach Baylin – “King Richard: Criando Campeãs” Paul Thomas Anderson – “Licorice Pizza” Eskil Vogt e Joachim Trier – “A Pior Pessoa do Mundo” Melhor Fotografia Greig Fraser – “Duna” Ari Wegner – “Ataque dos Cães” Dan Laustsen – “Beco do Pesadelo” Bruno Delbonnel – “A Tragédia de Macbeth” Janusz Kaminski – “Amor, Sublime Amor” Melhor Edição Hank Corwin – “Não Olhe Para Cima” Joe Walker – “Duna” Pamela Martin – “King Richard: Criando Campeãs” Peter Sciberras – “Ataque dos Cães” Myron Kerstein e Andrew Weisblum – “Tick, tick… Boom!” Melhor Design de Produção “Duna” “Ataque dos Cães” “O Beco do Pesadelo” “A Tragédia de Macbeth” “Amor, Sublime Amor” Melhor Figurino Jenny Beavan – “Cruella” Massimo Cantini Parrini e Jacqueline Durran – “Cyrano” Jacqueline West e Robert Morgan – “Duna” Luis Sequeira – “O Beco do Pesadelo” Paul Tazewell – “Amor, Sublime Amor” Maquiagem e Penteado “Um Príncipe em Nova York 2” “Cruella” “Duna” “Os Olhos de Tammy Faye” “Casa Gucci” Efeitos Visuais “Duna” “Free Guy” “007 – Sem Tempo Para Morrer” “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis” “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa” Melhor Som “Belfast” “Duna” “007 – Sem Tempo Para Morrer” “Ataque dos Cães” “Amor, Sublime Amor” Melhor Trilha Sonora Nicholas Britell – “Não Olhe Para Cima” Hans Zimmer – “Duna” Germaine Franco – “Encanto” Alberto Iglesias – “Mães Paralelas” Jonny Greenwood – “Ataque dos Cães” Canção Original “Be Live”, de Beyoncé Knowles-Carter e Darius Scott – “King Richard: Criando Campeãs” “Dos Oruguitas”, de Lin-Manuel Miranda – “Encanto” “Down To Joy”, de Van Morrison – “Belfast” “No Time to Die”, de Billie Eilish e Finneas O’Connell – “007 – Sem Tempo Para Morrer” “Somehow You Do”, de Diane Warren -“Four Good Days” Melhor Filme Internacional “Drive My Car” (Japão) “Flee” (Dinamarca) “A Mão de Deus” (Itália) “A Felicidade das Pequenas Coisas” (Butão) “A Pior Pessoa do Mundo” (Noruega) Melhor Animação “Encanto” “Flee” “Luca” “A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas” “Raya e o Último Dragão” Melhor Documentário “Ascension” “Attica” “Flee” “Summer of Soul (Ou, Quando a Revolução Não Pode Ser Televisionada)” “Writing With Fire” Melhor Curta-Metragem “Ala kanchuu – Take and run” “The Long Goodbye” “The Dress” “On My Mind” “Please Hold” Melhor Curta de Animação “Affairs of the art” “Bestia” “Boxballet” “Robin Robin” “The Windshield Wiper” Melhor Documentário de Curta-Metragem “Audible” “The Queen of Basketball” “Lead Me Home” “Three Songs For Benazir” “When We Were Bullies”
Confira 10 filmes que chegam em streaming
A seleção de estreias digitais destacam um indicado ao Oscar e um dos melhores filmes brasileiros da temporada de premiações. Há também produções europeias de grande orçamento, um filme de guerra ultrarrealista filmado em meio aos conflitos da Síria e um novo terror racial norte-americano, entre as opções preferenciais. Desta vez, porém, a lista não abrange os 10 melhores filmes da semana porque contempla uma produção abaixo da crítica, que completa a relação apenas por ser o título com maior apelo comercial. Muitos não resistirão em ver, por isso sua presença contém alertas de desastre, que podem ser facilmente identificados abaixo. Confira os principais detalhes e os respectivos trailers dos lançamentos disponíveis para programar o cinema em casa. SPENCER | VOD* Kristen Stewart foi indicada ao Oscar 2020 por seu desempenho ao dar vida ao momento em que a Princesa Diana decide, durante as férias de Natal com a família real, encerrar seu casamento e sair da monarquia. O título faz referência ao nome de solteira da mãe dos príncipes Harry e William. “Spencer” tem direção do chileno Pablo Larrain, que já retratou a ex-primeira dama americana Jacqueline Kennedy em seu momento mais traumático, no filme “Jackie” (2016), e conta com roteiro de Steven Knight (criador de “Peaky Blinders”). Mas é Stewart que fez o filme ser elogiado pela crítica – 83% de aprovação no Rotten Tomatoes. O fato dela ter sido esnobada pelo Sindicato dos Atores dos EUA, que não a indicou em seu prêmio anual, foi tratado como escândalo pela imprensa americana. O equívoco foi prontamente corrigido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que pode consagrá-la na entrega do Oscar neste domingo (27/3). DESERTO PARTICULAR | HBO MAX Premiado no Festival de Veneza e escolhido como representante do Brasil para tentar vaga de Melhor Filme Internacional no Oscar 2022, o novo drama de Aly Muritiba (“Ferrugem”) lida com aquilo que o diretor chama de “os afetos masculinos no Brasil contemporâneo”. Antonio Saboia (“Bacurau”) vive um policial curitibano que se relaciona virtualmente com uma moradora do sertão da Bahia. Ao ser afastado da corporação por um erro, ele decide partir em busca da namorada virtual, que desapareceu misteriosamente, sendo surpreendido em sua jornada ao encontrar o personagem de Pedro Fasanaro (“Onde Nascem os Fortes”). Elogiadíssimo pela crítica internacional, o filme brasileiro tem 100% de aprovação no site americano Rotten Tomatoes. ADEUS, IDIOTAS | NOW, VIVO PLAY, VOD* Esta comédia de humor sombrio foi a grande vencedora do prêmio César, considerado o “Oscar francês”. Consagrada como Melhor Filme Francês do ano, o longa conquistou ao todo cinco estatuetas na cerimônia de 2021, incluindo Melhor Direção e Roteiro Original para o cineasta Albert Dupontel. A trama absurda acompanha uma mulher gravemente doente (Virginie Efira, de “Benedetta”) que tenta encontrar seu filho há muito perdido com a ajuda de um burocrata suicida (o próprio Dupontel) e um ativista cego (Nicolas Marié). Os três se aliam após a tentativa de suicídio do burocrata ser confundida com um ataque armado à repartição pública em que se encontram. Com o esvaziamento súbito do prédio, cercado pela polícia, os homens tratam de ajudar a mulher sem a frieza dos funcionários da instituição que lhe embarreirava. SUITE FRANCESA | MUBI O romance entre uma camponesa e um oficial alemão durante a ocupação nazista da França tem como destaque o elenco feminino, que conta com Michelle Williams (“Venom”), Kristin Scott Thomas (“O Destino de uma Nação”), Margot Robbie (“O Esquadrão Suicida”) e Ruth Wilson (“The Affair”). A produção europeia é dirigida pelo britânico Saul Dibb (“A Duquesa”). 100 DIAS DE RESISTÊNCIA | NOW, VIVO PLAY, VOD* Filmado na região do Curdistão da Síria, em meio à guerra civil, o filme do turco Ersin Çelik tem um realismo impressionante. A trama acompanha uma jovem que volta à terra natal atrás dos restos do irmão, assassinado pelo Estado Islâmico. Mas ao chegar lá, encontra o povo em revolta, lutando contra o governo por sua autonomia política. A revolta dura 100 dias de tiros, explosões e mortes. O roteiro é baseado nos diários de quem morreu lutando e no depoimento dos sobreviventes – que, por sinal, também interpretam os protagonistas do filme. FANTASMAS DO PASSADO (MASTER) | AMAZON PRIME VIDEO Regina Hall (“Nove Desconhecidos”) vive a primeira mulher negra encarregada de uma residência de estudantes de uma universidade de elite na região americana da Nova Inglaterra. Determinada a renovar o ambiente sufocado por tradições seculares, ela logo percebe um clima sinistro entre os colegas, que coloca em risco uma estudante negra (Zoe Renee, de “Nancy Drew e a Escada Secreta”) recém-chegada, cheia de energia e otimismo, que não acredita quando lhe dizem que o local é amaldiçoado. Estreia de Mariama Diallo (da série “Random Acts of Flyness”) na direção de longa-metragem, teve première no Festival de Sundance e atingiu 74% de aprovação no Rotten Tomatoes, elogiado pela forma como explora as tensões raciais no espaço das universidades americanas. EIFFEL | AMAZON PRIME VIDEO, VOD* Versão romanceada da construção da Torre Eiffel, o filme de Martin Bourboulon (“Relacionamento à Francesa”) se destaca pela recriação de época, figurino e efeitos visuais, que lhe renderam indicações a três prêmios César (o Oscar francês). A trama acompanha o famoso engenheiro Gustave Eiffel (Romain Duris, de “Uma Nova Amiga”), que após terminar de colaborar com o projeto da Estátua da Liberdade, recebe a encomenda de algo espetacular para a Feira Mundial de Paris de 1889. Só que Eiffel quer simplesmente projetar o metrô. Até cruzar com uma misteriosa mulher de seu passado (Emma Mackey, de “Sex Education”), que o inspira a transformar a Paris para sempre. UMA VOZ CONTRA O PODER | VOD* O veterano Christopher Walken estrela a história real de um fazendeiro em luta contra a Monsanto, uma das maiores corporações do agronegócio mundial, que acredita ter direito a toda a sua plantação, após ele usar sementes que supostamente seriam patente registrada. Sua batalha recebe apoio de ambientalistas, mobiliza a mídia, vai parar nos tribunais e chega até a Suprema Corte dos EUA, transformando-o na voz de todos os pequenos agricultores que enfrentaram o mesmo abuso em todo o mundo. Dirigido por Clark Johnson (“Juanita”), o drama atingiu 76% de aprovação no Rotten Tomatoes e ainda inclui em seu elenco Christina Ricci (“Yellowjackets”), Zach Braff (“Doze É Demais”), Adam Beach (“O Canto do Cisne”) e Luke Kirby (“The Deuce”). MOUTHPIECE | MUBI Lançado em 2018, o filme mais recente da canadense Patricia Rozema acompanha Cassandra, uma mulher de luto, incapaz de pensar direito após a morte súbita de sua mãe. Enquanto ela sofre com os preparativos do enterro, sua família tenta convencê-la a não fazer o discurso fúnebre que insiste em realizar, mesmo sem saber o que dizer. O que poderia virar um melodrama tradicional se diferencia pela ideia de apresentar duas mulheres interpretando o “eu” fraturado da protagonista, o que dá à produção um toque surrealista. O roteiro baseia-se em uma peça escrita pelas atrizes principais, as estreantes no cinema Amy Nostbakken e Norah Sadava, que interpretam as versões alta e baixa de Cassandra. AS AGENTES 355 | VOD* Fracasso de crítica (só 25% de aprovação no Rotten Tomatoes) e bilheteria, o thriller de espionagem feminino faria mais sentido como uma produção da Netflix, que se especializou em transformar filmes de ação genérica em sucessos de streaming. Na trama, espiãs de diferentes agências internacionais resolvem se aliar para enfrentar um “inimigo invisível” em comum. O elenco reúne a americana Jessica Chastain (“X-Men: Fênix Negra”), a alemã Diane Kruger (“Em Pedaços”), a mexicana/queniana Lupita Nyong’o (“Pantera Negra”), a espanhola Penélope Cruz (“Mães Paralelas”) e a chinesa Fan Bingbing (“X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”). Só que o roteiro foi escrito por Theresa Rebeck (do infame “Mulher-Gato”) e a direção ficou a cargo de Simon Kinberg em seu segundo trabalho oficial na função (após o abissal “X-Men: Fênix Negra”). * Os lançamentos em VOD (video on demand) podem ser alugados individualmente em plataformas como Apple TV, Google Play, Looke, Microsoft Store e YouTube, entre outras, sem necessidade de assinatura mensal.
Saiu a lista do Oscar 2022: “Ataque dos Cães” lidera e Kristen Stewart surpreende
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou na manhã desta terça (8/2) a lista de indicados ao Oscar 2022. Entre surpresas e confirmações de expectativas, o filme com o maior número de citações foi “Ataque dos Cães”, que disputa 12 prêmios e garantiu um momento histórico para Jane Campion. A cineasta neozelandeza se tornou a primeira mulher a disputar duas vezes o Oscar de Melhor Direção, após ter sido indicada pela primeira vez em 1994, com “O Piano”. Ela ainda concorre na categoria de Melhor Roteiro Adaptado. “Ataque dos Cães” também foi o filme com mais atores na 94ª edição do Oscar. Benedict Cumberbatch foi indicado a Melhor Ator, Kirsten Dunst a Atriz Coadjuvante e Jesse Plemons e Kodi Smit-McPhee entraram juntos na categoria de Ator Coadjuvante. Outro marco foi alcançado por Denzel Washington, ao atingir sua 10ª indicação à honraria máxima do cinema, por seu desempenho em “A Tragédia de Macbeth”. Uma das principais “surpresas” do Oscar apareceu justamente nas categorias de interpretação. Kristen Stewart, no primeiro reconhecimento da Academia americana a seu talento (após já ter vencido um César, o Oscar francês), acabou ficando com a vaga que Lady Gaga dava como quase certa, numa inversão do que aconteceu no prêmio do Sindicato dos Atores. Elogiadíssima pela crítica, a protagonista de “Spencer” tinha sido esnobada pelos colegas no SAG Awards, enquanto a cantora, sem a mesma unanimidade na imprensa, foi considerada pelo Sindicato dos Atores como uma das melhores atrizes do ano pelo risível “Casa Gucci”. Mais uma surpresa positiva foi a presença de Penélope Cruz, que já tinha sido premiada como Melhor Atriz no Festival de Veneza por “Mães Paralelas” – drama espanhol que ainda disputa Melhor Trilha Sonora. Seu marido, Javier Bardem, também foi indicado como Melhor Ator por “Apresentando os Ricardos”, marcando um retorno do casal ao Oscar, após vencerem prêmios como Coadjuvantes. Estas indicações se somam às inclusões do japonês “Drive My Car”, do dinamarquês “Flee” e do norueguês “A Pior Pessoa do Mundo” em mais categorias que a evidente Melhor Filme Internacional para reforçar uma tendência irreversível de internacionalização da Academia. O Oscar, porém, não perdeu de vista seu legado hollywoodiano, representado pela inclusão de Steven Spielberg na disputa de Melhor Direção. O veterano cineasta alcançou uma marca histórica com a indicação, tornando-se o primeiro diretor a concorrer ao prêmio em seis décadas diferentes – nos anos 1970 por “Contatos Imediatos do Terceiro Grau”, nos 1980 por “Os Caçadores da Arca Perdida” e “ET: O Extraterrestre”, nos 1990 por “A Lista de Schindler” e “O Resgate do Soldado Ryan”, nos 2000 por “Munique”, nos 2010 por “Lincoln” e agora por “Amor, Sublime Amor”. Ele já venceu duas vezes. Embora a lista da Academia tenha corrigido supostas distorções da temporada de premiação, graças à Disney acabou criando outra, com a inclusão de “Dos Oruguitas” e não o fenômeno “We Don’t Talk About Bruno” na disputa de Melhor Canção por “Encanto”. O estúdio simplesmente não inscreveu a música mais popular do desenho animado na competição! Em compensação, Beyoncé, Billie Eilish e o veterano Van Morrison foram confirmados com suas respectivas gravações e cantarão no evento. Os vencedores serão conhecidos no dia 27 de março, numa cerimônia presencial que acontecerá no tradicional palco do Dolby Theatre, em Los Angeles, com transmissão ao vivo para o Brasil pelo canal pago TNT e pela plataforma Globoplay. Confira abaixo a lista completa dos indicados ao Oscar 2022. Melhor Filme “Belfast” “Não Olhe Para Cima” “Duna” “Licorice Pizza” “Ataque dos Cães” “No Ritmo do Coração” “Drive My Car” “King Richard: Criando Campeãs” “O Beco do Pesadelo” “Amor, Sublime Amor” Melhor Atriz Jessica Chastain – “Os Olhos de Tammy Faye” Olivia Colman – “A Filha Perdida” Penélope Cruz – “Mães Paralelas” Nicole Kidman – “Apresentando os Ricardos” Kristen Stewart- “Spencer” Melhor Ator Javier Bardem – “Apresentando os Ricardos” Benedict Cumberbatch – “Ataque dos Cães” Andrew Garfield – “Tick, tick… Boom!” Will Smith – “King Richard: Criando Campeãs” Denzel Washington – “A Tragédia de Macbeth” Melhor Atriz Coadjuvante Jessie Buckley – “A Filha Perdida” Ariana DeBose – “Amor, Sublime Amor” Judi Dench – “Belfast” Kirsten Dunst – “Ataque dos Cães” Aunjanue Ellis – “King Richard: Criando Campeãs” Melhor Ator Coadjuvante Ciarán Hinds – “Belfast” Troy Kotsur – “No Ritmo do Coração” Jesse Plemons – “Ataque dos Cães” J.K. Simmons – “Apresentando os Ricardos” Kodi Smit-McPhee – “Ataque dos Cães” Melhor Direção Kenneth Branagh – “Belfast” Ryûsuke Hamaguchi – “Drive My Car” Jane Campion – “Ataque dos Cães” Steven Spielberg – “Amor, Sublime Amor” Paul Thomas Anderson – “Licorice Pizza” Melhor Roteiro Adaptado Sian Heder – “No Ritmo do Coração” Ryûsuke Hamaguchi e Takamasa Oe – “Drive My Car” Denis Villeneuve, Jon Spaihts e Eric Roth “Duna” Maggie Gyllenhaal – “A Filha Perdida” Jane Campion – “Ataque dos Cães” Melhor Roteiro Original Kenneth Branagh – “Belfast” Adam McKay e David Sirota – “Não Olhe Para Cima” Zach Baylin – “King Richard: Criando Campeãs” Paul Thomas Anderson – “Licorice Pizza” Eskil Vogt e Joachim Trier – “A Pior Pessoa do Mundo” Melhor Fotografia Greig Fraser – “Duna” Ari Wegner – “Ataque dos Cães” Dan Laustsen – “Beco do Pesadelo” Bruno Delbonnel – “A Tragédia de Macbeth” Janusz Kaminski – “Amor, Sublime Amor” Melhor Edição Hank Corwin – “Não Olhe Para Cima” Joe Walker – “Duna” Pamela Martin – “King Richard: Criando Campeãs” Peter Sciberras – “Ataque dos Cães” Myron Kerstein e Andrew Weisblum – “Tick, tick… Boom!” Melhor Design de Produção “Duna” “Ataque dos Cães” “O Beco do Pesadelo” “A Tragédia de Macbeth” “Amor, Sublime Amor” Melhor Figurino Jenny Beavan – “Cruella” Massimo Cantini Parrini e Jacqueline Durran – “Cyrano” Jacqueline West e Robert Morgan – “Duna” Luis Sequeira – “O Beco do Pesadelo” Paul Tazewell – “Amor, Sublime Amor” Maquiagem e Penteado “Um Príncipe em Nova York 2” “Cruella” “Duna” “Os Olhos de Tammy Faye” “Casa Gucci” Efeitos Visuais “Duna” “Free Guy” “007 – Sem Tempo Para Morrer” “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis” “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa” Melhor Som “Belfast” “Duna” “007 – Sem Tempo Para Morrer” “Ataque dos Cães” “Amor, Sublime Amor” Melhor Trilha Sonora Nicholas Britell – “Não Olhe Para Cima” Hans Zimmer – “Duna” Germaine Franco – “Encanto” Alberto Iglesias – “Mães Paralelas” Jonny Greenwood – “Ataque dos Cães” Canção Original “Be Live”, de Beyoncé Knowles-Carter e Darius Scott – “King Richard: Criando Campeãs” “Dos Oruguitas”, de Lin-Manuel Miranda – “Encanto” “Down To Joy”, de Van Morrison – “Belfast” “No Time to Die”, de Billie Eilish e Finneas O’Connell – “007 – Sem Tempo Para Morrer” “Somehow You Do”, de Diane Warren -“Four Good Days” Melhor Filme Internacional “Drive My Car” (Japão) “Flee” (Dinamarca) “A Mão de Deus” (Itália) “A Felicidade das Pequenas Coisas” (Butão) “A Pior Pessoa do Mundo” (Noruega) Melhor Animação “Encanto” “Flee” “Luca” “A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas” “Raya e o Último Dragão” Melhor Documentário “Ascension” “Attica” “Flee” “Summer of Soul (Ou, Quando a Revolução Não Pode Ser Televisionada)” “Writing With Fire” Melhor Curta-Metragem “Ala kanchuu – Take and run” “The Long Goodbye” “The Dress” “On My Mind” “Please Hold” Melhor Curta de Animação “Affairs of the art” “Bestia” “Boxballet” “Robin Robin” “The Windshield Wiper” Melhor Documentário de Curta-Metragem “Audible” “The Queen of Basketball” “Lead Me Home” “Three Songs For Benazir” “When We Were Bullies”
“O Beco do Pesadelo” e “Spencer” chegam aos cinemas
A programação de cinema da semana está em sintonia com a temporada de premiações de Hollywood, trazendo filmes cotados ao Oscar: “O Beco do Pesadelo”, de Guillermo del Toro, que já venceu o troféu da Academia por “A Forma da Água”, “Spencer”, que destaca a performance de Kristen Stewart como a Princesa Diana, “Summer of Soul”, já qualificado entre os 15 filmes pré-selecionados na categoria de Melhor Documentário do Oscar 2022, e “A Felicidade das Pequenas Coisas”, que tenta o Oscar de Melhor Filme Internacional. Ao todo, sete títulos novos chegam ao circuito nesta quinta (27/1), incluindo duas produções brasileiras com distribuição mais restrita. Confira abaixo todas as novidades que entram em cartaz. O BECO DO PESADELO O novo espetáculo repleto de estrelas de Guillermo Del Toro (vencedor do Oscar por “A Forma da Água”) tem clima de terror, mas é o primeiro trabalho da carreira do cineasta que deixa de lado elementos sobrenaturais para focar apenas no pior da raça humana. A história é uma adaptação do livro homônimo de William Lindsey Graham, publicado em 1946 e que já foi transformado num clássico do cinema noir, batizado no Brasil como “O Beco das Almas Perdidas” (1947). A trama gira em torno de um vigarista (Bradley Cooper) que entra num circo, aprende os truques de uma suposta vidente (Toni Colette) e resolve aplicar golpes como um falso médium, com a ajuda de uma jovem assistente (Rooney Mara). Tudo muda quando ele conhece uma psicóloga pilantra (Cate Blanchett) que grava as confissões de seus pacientes. E aí percebe que pode tornar seu truque ainda mais convincente e extorquir uma clientela milionária com estas informações. O resultado é muito muito sombrio, mas aclamado com 80% de aprovação no Rotten Tomatoes. SPENCER Na terceira cinebiografia de sua carreira, Kristen Stewart dá vida à Princesa Diana, encenando o momento em que a jovem aristocrata decide, durante as férias de Natal com a família real, encerrar seu casamento e sair da monarquia. O título faz referência ao nome de solteira da mãe dos príncipes Harry e William. “Spencer” tem direção do chileno Pablo Larrain, que já retratou a ex-primeira dama americana Jacqueline Kennedy em seu momento mais traumático, no filme “Jackie” (2016), e conta com roteiro de Steven Knight (criador de “Peaky Blinders”). Mas é Stewart que faz o filme ser tão elogiado pela crítica – 83% de aprovação no Rotten Tomatoes. O fato dela ter sido esnobada pelo Sindicato dos Atores dos EUA, que não a indicou em seu prêmio anual, foi tratado como escândalo pela imprensa americana. SUMMER OF SOUL (… OU QUANDO A REVOLUÇÃO NÃO PODE SER TELEVISIONADA) Vencedor do Festival de Sundance e do Critics Choice como Melhor Documentário do ano, o filme dirigido por Ahmir “Questlove” Thompson, baterista da banda de hip-hop The Roots, resgata a memória do festival de música e cultura do Harlem de 1969, que acabou esquecido, apesar de reunir grandes astros do soul, gospel, jazz e blues em Nova York, no mesmo verão e a apenas 100 milhas de distância do famoso festival de Woodstock. Além de mostrar performances arrepiantes de Nina Simone, Stevie Wonder, Mahalia Jackson, os Staple Singers, BB King e Sly and the Family Stone, guardadas durante cerca de 50 anos numa garagem, o filme conta a história do evento, acrescentando depoimentos de artistas e testemunhas daquele verão em Nova York. A FELICIDADE DAS PEQUENAS COISAS Um jovem butanês, que sonha em se mudar para a Austrália e virar um cantor famoso, é enviado pelo governo para ser professor em Lunana, uma das regiões mais isoladas do mundo, onde deverá assumir uma escola infantil. Viajando a contragosto, ele logo descobre naquele lugar a felicidade das pequenas coisas, conforme a moral da história explicitada pelo título. A moral da história também é uma forma de criticar o desejo ocidental da busca pela fama e realização pessoal, evocando a ideologia comunista chinesa, que desde a revolução cultural manda intelectuais para o campo para aprenderem “a felicidade das pequenas coisas”. O tema já tinha sido abordado no clássico “O Caminho para Casa” (1999), de Zhang Yimou. Mesmo assim, o longa de Pawo Choyning Dorji tem fãs entre os críticos americanos e pode surpreender com uma indicação ao Oscar de Melhor Filme Internacional FORTALEZA HOTEL Pilar, uma jovem empregada de hotel com planos de sair do Brasil, conhece Shin, um hóspede sul-coreana de meia-idade, que está no país para levar o corpo de seu falecido marido de volta à Seul. Quando os planos de ambas começam a dar errado, as duas mulheres acabam estabelecendo uma intensa relação de solidariedade. Segundo longa de Armando Praça (“Greta”), o drama destaca em seu elenco Clebia Sousa (“Bacurau”), premiada como Melhor Atriz pelo desempenho no Festival Cine Ceará 2021, Vanderlei Bernardino (“Sintonia”), o Melhor Ator no mesmo evento, e a veterana sul-coreana Lee Yeong-ran (“A Irmandade da Guerra”). PASSAGEM SECRETA A aventura infantil de baixo orçamento gira em torno da menina novata na cidade, que se junta a um grupo de crianças para invadir um parque de diversões durante a noite e salvar um dos colegas, ao mesmo tempo que descobre segredos sobre sua identidade. Dirigido por Rodrigo Grota (“Leste Oeste”), o filme traz diversas crianças estreantes e o cantor Arrigo Barnabé (“Cidade Oculta”) no papel de vilão. BELLE Versão futurista da fábula de “A Bela e a Fera”, “Belle” também é uma parábola crítica sobre as farsas da internet e o perigo das redes sociais. A trama gira em torno de uma cantora virtual chamada Belle, que tem sua turnê interrompida no metaverso pela viralização de uma criatura batizada pela mídia de a Fera. Nada, porém, é o que parece, já que o sucesso de Belle no “U”, universo de realidade virtual, esconde sua verdadeira identidade, uma adolescente “caipira” e pouco popular chamada Suzu, e a criatura misteriosa que surge em seu caminho não é realmente uma ameaça, mas uma vítima de bullying digital e cancelamento. O anime tem direção de Mamoru Hosoda, responsável por “Mirai”, indicado ao Oscar de Melhor Animação em 2019, além de ter assinado cults como “Crianças Lobo” (2012), “Guerras de Verão” (2009) e “A Garota que Conquistou o Tempo” (2006).
“Eternos” estreia em 1º lugar com pior bilheteria da Marvel em 2021
O filme de super-heróis “Eternos” estreou no topo das bilheterias da América do Norte com uma arrecadação US$ 71 milhões neste fim de semana. O valor equivale à quarta maior estreia de cinema nos EUA e Canadá desde o início da pandemia da covid-19. Só que tem um detalhe. Os três títulos acima de “Eternos” são filmes do MCU (Universo Cinematográfico da Marvel), o que torna “Eternos” o filme da Marvel que menos faturou no período, atrás dos lançamentos de “Venom: Tempo de Carnificina” (US$ 90 milhões), “Viúva Negra” (US$ 80,3 milhões) e “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis” (US$ 75 milhões). “Eternos” também ganhou a reputação de ser o pior filme da Marvel em todos os tempos, tanto em avaliação da crítica quanto do público norte-americanos. No CinemaScore, que é uma pesquisa de opinião feita com o público na saída das sessões de cinema nos EUA, a produção registrou o primeiro “B” do Marvel Studios, abaixo do “B+” conferido ao primeiro filme de Thor, em 2011. Todos os outros filmes do MCU receberam A-, A ou A+. A avaliação dos críticos profissionais é ainda pior. Desde que as primeiras críticas começaram a ser publicadas, em 24 de outubro, a nota no Rotten Tomatoes não parou de cair. No sábado (6/11), um dia após a estreia do filme nos EUA, “Eternos” se tornou o primeiro lançamento do MCU considerado “podre”, desabando para 48% de aprovação. O impacto dessas notas pode levar a uma queda de arrecadação nos próximos dias e encurtar a carreira do filme no cinema. A boa notícia para o Marvel Studios e a Disney é que a arrecadação foi mais robusta no exterior. Mesmo sem lançamentos na China e na Rússia, onde uma nova onda de covid-19 obrigou outra rodada de fechamentos de cinemas, o longa faturou US$ 90,7 milhões internacionalmente, chegando a US$ 161,7 milhões mundiais. Foi o filme mais visto em todos os lugares, exceto na Índia. A produção chegou a bater o recorde de bilheteria da Coreia do Sul na pandemia, com US$ 14,1 milhões. E também teve bons desempenhos no Reino Unido (US$ 7,1 milhões), França (US$ 6,7 milhões), México (US$ 5,7 milhões) e Austrália (US$ 5 milhões). Sob a sombra de “Eternos”, os outros filmes em cartaz viram suas fortunas encolherem drasticamente na América do Norte. Em seu terceiro fim de semana, “Duna” caiu para o 2º lugar com US$ 7,6 milhões, elevando sua arrecadação doméstica para US$ 83,9 milhões e a mundial para US$ 338,4 milhões. “007 – Sem Tempo para Morrer” ficou em 3º lugar com US$ 6,2 milhões, aumentando seus rendimentos para US$ 143,1 milhões nos EUA e Canadá e US$ 667,1 milhões em todo o mundo. “Venom – Tempo de Carnificina” fez US$ 4,5 milhões em 4º lugar, chegando a US$ 197 milhões no mercado interno e US$ 424,6 milhões no total. E a animação “Ron Bugado” fechou o Top 5 com US$ 3,6 milhões, sem passar de um total de US$ 17,6 milhões. O maior lançamento do circuito limitado foi “Spencer”. O drama indie em que Kristen Stewart vive a princesa Diana chegou a US$ 2,1 milhões em cerca de mil salas e ocupou o 8º lugar no ranking da arrecadação. Para completar, a Netflix liberou “Alerta Vermelho” nos cinemas uma semana antes de lançar a superprodução em streaming, mas ninguém sabe qual foi sua bilheteria oficial, já que a empresa escondeu os números. A comédia de ação estrelada por Dwayne Johnson , Ryan Reynolds e Gal Gadot foi exibida em 750 cinemas dos EUA, e fontes das publicações de Hollywood estimam que não deva ter faturado mais que US$ 1,3 milhão, um número desanimador em circunstâncias normais. E com um detalhe: a crítica achou pior que “Eternos”, com apenas 42% de aprovação no Rotten Tomatoes.
Kristen Stewart agradece poder interpretar Diana após “The Crown”
A atriz Kristen Stewart (“As Panteras”) se disse agradecida por “The Crown” ter abordado a história da monarquia e de Diana antes da estreia de “Spencer”, seu novo filme, em que interpreta a princesa. A série da Netflix teria ajudado a preparar o público ao ilustrar a relação da princesa com a família real, dispensando maiores comentários, porque o objetivo do filme dirigido por Pablo Larrain (“Jackie”) não é ser educativo ou antimonarquista. “Não estamos tentando educar ninguém nem tentando resolver nada”, comentou Stewart na noite de estreia do filme em Los Angeles para a revista Variety. “Também não estamos tentando descobrir se devemos ou não ter uma monarquia. É como ela se sentia, pensar em como eram aquelas noites, aquelas refeições”. “Eu li tudo [sobre Diana]. E de alguma forma, o roteiro comprovou tudo o que aprendi em detalhes. Então foi muito bom que ‘The Crown’ existisse. E foi muito bom termos todos esses documentários e essa evolução da relação com o que aconteceu.” O roteiro foi escrito por Steven Knight (criador de “Peaky Blinders”) e mostra a Princesa Diana no momento em que decide, durante as férias de Natal com a família real, encerrar seu casamento e sair da monarquia. O título faz referência ao nome de solteira da mãe dos príncipes Harry e William. O lançamento comercial do filme foi marcado para 11 de novembro no Brasil, uma semana após a estreia nos cinemas dos EUA e Reino Unido.
Kristen Stewart será homenageada pelo Gotham Awards 2021
A atriz Kristen Stewart, que atualmente está recebendo elogios e prêmios por sua atuação como a Princesa Diana em “Spencer”, e o produtor executivo Eamonn Bowles, fundador e presidente da Magnolia Pictures desde 2001, serão homenageados no Gotham Awards 2021, tradicional premiação dedicada ao cinema independente americano. A homenagem foi uma forma encontrada pelos organizadores do Gotham para reconhecer o trabalho de Stewart, que não pode concorrer na premiação indie nova-iorquina porque “Spencer” é tecnicamente uma produção britânica. “Estamos tremendamente orgulhosos de homenagear Kristen Stewart, cuja excelente atuação como Princesa Diana em ‘Spencer’ marca mais um auge artístico em uma carreira notável que abrange alguns dos filmes de estúdio de maior sucesso e filmes independentes que se tornaram icônicos nas últimas duas décadas”, disse Jeffrey Sharp, diretor executivo do The Gotham Film & Media Institute, em um comunicado. “Ao assumir consistentemente papéis ousados e desafiadores em todos os gêneros, Kristen se estabeleceu como uma das artistas mais respeitadas e amadas na comunidade de filmes independentes que representamos aqui no Gotham”. Sharp também dedicou vários elogios à contribuição de Bowles. “Para que filmes independentes e internacionais incríveis alcancem o amplo público americano, você precisa de executivos inovadores e implacavelmente apaixonados como Eamonn Bowles. Desde a fundação da Magnolia em 2001, ele foi pioneiro em métodos únicos de distribuição de filmes que elevam vozes e histórias desesperadamente necessárias nesta indústria. Seu histórico de distribuição de filmes do mais alto calibre fala por si e estamos muito orgulhosos de reconhecer sua liderança e carreira estelar por ocasião do 20º aniversário de Magnolia”, destacou. O Gotham Awards deste ano vai acontecer no prédio histórico Cipriani Wall Street, localizado no coração de Manhattan, no dia 29 de novembro, abrindo a temporada de premiações dos melhores do ano no cinema americano, que se estende até a entrega do Oscar.











