PGA Awards: Amazon e Netflix lideram indicações ao prêmio do Sindicato dos Produtores
O Sindicato dos Produtores dos EUA (Producers Guild of America) anunciou nesta segunda (8/3) os indicados à 32ª edição de sua premiação, PGA Awards. A lista marcou a primeira vez que as plataformas de streaming dominaram a categoria de filmes, com Amazon Studios e Netflix recebendo três nomeações cada uma, deixando os estúdios tradicionais com apenas quatro indicações. Os filmes da Amazon são “Uma Noite em Miami”, “O Som do Silêncio” e “Borat: Fita de Cinema Seguinte”, enquanto a Netflix emplacou “Mank”, “Os 7 de Chicago” e “A Voz Suprema do Blues”. Mas foi uma produção da Warner, “Judas e o Messias Negro”, que chamou mais atenção na lista, por também ter sido a primeira vez que um time de produtores 100% negro recebeu indicação ao prêmio. O Top 10 dos filmes de ficção se completa com “Minari – Em Busca da Felicidade”, “Nomadland” e “Bela Vingança”. O PGA Awards 2021 acontecerá virtualmente em 24 de março, nos EUA. Confira abaixo lista completa de indicados. Prêmio Darryl F. Zanuck de Melhor Filme “Borat: Fita de Cinema Seguinte” (Amazon Studios) Produtores: Sacha Baron Cohen, Monica Levinson, Anthony Hines “Judas e o Messias Negro” (Warner Bros) Produtores: Charles D. King, Ryan Coogler, Shaka King “A Voz Suprema do Blues” (Netflix) Produtores: Denzel Washington, Todd Black “Mank” (Netflix) Produtores: Ceán Chaffin, Eric Roth, Douglas Urbanski “Minari – Em Busca da Felicidade” (A24) Produtora: Christina Oh “Nomadland” (Searchlight Pictures) Produtores: Mollye Asher, Dan Janvey, Frances McDormand, Peter Spears, Chloé Zhao “Uma Noite em Miami” (Amazon Studios) Produtores: Jess Wu Calder, Keith Calder, Jody Klein “Bela Vingança” (Focus Features) Produtores: Josey McNamara, Ben Browning, Ashley Fox, Emerald Fennell “O Som do Silêncio” (Amazon Studios) Produtores : Bert Hamelinck, Sacha Ben Harroche “Os 7 de Chicago” (Netflix) Produtores: Marc Platt, Stuart Besser Melhor Animação “Os Croods: Uma Nova Era” (DreamWorks Animation) Produtor: Mark Swift “Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica” (Pixar) Produtor: Kori Rae “A Caminho da Lua” (Netflix) Produtores: Gennie Rim, Peilin Chou “Soul” (Pixar) Produtora: Dana Murray “Wolfwalkers” (Apple TV+ / GKIDS) Produtores: Paul Young, Nora Twomey, Tomm Moore, Stéphan Roelants Melhor Documentário “David Attenborough: A Life on Our Planet” (Netflix) Produtores: Keith Scholey, Colin Butfield “Dick Johnson Is Dead” (Netflix) Produtores: Katy Chevigny, Marilyn Ness “My Octopus Teacher” (Netflix) Produtores: pendente “Softie” (Icarus Films) Produtores: pendente “A Thousand Cuts” (Concordia Studio) Produtores: Julie Goldman, Christopher Clements, Carolyn Hepburn, Ramona Diaz, Leah Marino “Time” (Amazon Studios) Produtores: Garrett Bradley, Kellen Quinn, Lauren Domino “The Truffle Hunters” (Frenesy Film) Produtores: Michael Dweck, Gregory Kershaw Prêmio Norman Felton de Melhor Série – Drama “Better Call Saul” (AMC) Produtores da 5ª Temporada: pendente “Bridgerton” (Netflix) Produtores da 1ª Temporada: pendente “The Crown” (Netflix) Produtores da 4ª temporada: Peter Morgan, Suzanne Mackie, Stephen Daldry, Andy Harries, Benjamin Caron, Matthew Byam Shaw, Robert Fox, Michael Casey, Andy Stebbing, Martin Harrison, Oona O’Beirn “The Mandalorian” (Disney+) Produtores da 2ª temporada: Jon Favreau, Dave Filoni, Kathleen Kennedy, Colin Wilson, Karen Gilchrist, John Bartnicki, Carrie Beck “Ozark” (Netflix) Produtores da 3ª temporada: Jason Bateman, Chris Mundy, Bill Dubuque, Mark Williams, Patrick Markey, John Shiban, Miki Johnson, Matthew Spiegel, Erin Mitchell, Martin Zimmerman, Peter Thorell Prêmio Danny Thomas de Melhor Série – Comédia “Curb Your Enthusiasm” (HBO) – Produtores da 10ª Temporada: pendente “The Flight Attendant” (HBO Max) Produtores da 1ª temporada: Greg Berlanti, Kaley Cuoco, Steve Yockey, Meredith Lavender, Marcie Ullin, Sarah Schechter, Suzanne McCormack, Jess Meyer, Raymond Quinlan, Jennifer Lence, Erika Kennair “Schitt’s Creek” (Pop TV) Produtores da 6ª temporada: Eugene Levy, Daniel Levy, Andrew Barnsley, Fred Levy, David West Read, Ben Feigin, Michael Short, Kurt Smeaton, Kosta Orfanidis “Ted Lasso” (Apple TV+) Produtores da 1ª temporada: Bill Lawrence, Jason Sudeikis, Jeff Ingold, Bill Wrubel, Liza Katzer, Jane Becker, Jamie Lee, Kip Kroeger, Brendan Hunt, Tina Pawlik, Joe Kelly “What We Do in the Shadows” (FX) Produtores da 2ª temporada: Jemaine Clement, Taika Waititi, Paul Simms, Scott Rudin, Garrett Basch, Eli Bush, Stefani Robinson, Sam Johnson, Marika Sawyer, Derek S. Rappaport Prêmio David L. Wolper de Melhor Minissérie “I May Destroy You” (HBO) Produtores: pendente “Normal People” (Hulu) Produtores: Lenny Abrahamson, Sally Rooney, Ed Guiney, Andrew Lowe, Emma Norton, Anna Ferguson, Catherine Magee “O Gambito da Rainha” (Netflix) Produtores: William Horberg, Allan Scott, Scott Frank, Marcus Loges, Mick Aniceto “The Undoing” (HBO) Produtores: Susanne Bier, David E. Kelley, Per Saari, Nicole Kidman, Bruna Papandrea, Stephen Garrett, Celia Costas, Deb Dyer “Nada Ortodoxa” (Netflix) Produtores: Anna Winger, Henning Kamm, Alexa Karolinksi Melhor Telefilme “Má Educação” (HBO) Produtores: Fred Berger, Eddie Vaisman “Natal com Dolly Parton” (Netflix) Produtores: pendente “Hamilton” (Disney+) Produtores: Thomas Kail, Lin-Manuel Miranda, Jeffrey Seller “Jane Goodall: The Hope” (National Geographic) Produtores: pendente “What the Constitution Means to Me” (Amazon Studios) Produtores: pendente Melhor Programa de Não Ficção “60 Minutes” (CBS) Produtor da 53ª temporada: Bill Owens “The Last Dance” (ESPN) Produtores da 1ª Temporada: pendente “Laurel Canyon” (EPIX) Produtores: pendente “McMillion $” (HBO) Produtores da 1ª Temporada: pendente “A Máfia dos Tigres” (Netflix) Produtores: pendente Melhor Programa de Variedades e Entretenimento ao Vivo “8:46 – Dave Chappelle (Special)” (Netflix) Produtores: pendente “The Daily Show with Trevor Noah” (Comedy Central) Produtores da 26ª Temporada: pendente “Last Week Tonight with John Oliver” (HBO) Produtores da 7ª Temporada: pendente “The Late Show with Stephen Colbert” (CBS) Produtores da 6ª Temporada: pendente “Saturday Night Live” (NBC) Produtores da 46ª temporada: pendente Melhor Reality Show de Competição “The Amazing Race” (CBS) Produtores da 32ª temporada: Jerry Bruckheimer, Bertram van Munster, Jonathan Littman, Elise Doganieri, Mark Vertullo, Phil Keoghan “The Masked Singer” (FOX) Produtores da 3ª e 4ª temporadas: pendente “Nailed It!” (Netflix) Produtores da 4ª temporada: pendente “RuPaul’s Drag Race” Produtores da 12ª temporada: pendente “The Voice” (NBC) Produtores da 18ª e 19ª temporadas: pendente
Donald Trump é barrado por toda a vida do Sindicato dos Atores
Não adiantou Donald Trump pedir sua desfiliação do Sindicato dos Atores dos EUA para evitar ser expulso. O conselho do SAG-AFTRA aprovou neste sábado (7/2) uma resolução que o impede de voltar ou tentar qualquer tipo de filiação por toda a vida. O conselho tomou sua decisão após os integrantes do sindicato votarem “esmagadoramente” a favor da abertura de um processo por violação da Constituição por Trump. A medida refletiu o repúdio nacional contra o ataque ao Capitólio perpetrado em 6 de janeiro por apoiadores e fãs do ex-apresentador do reality show “O Aprendiz”. A resolução final cita as mesmas preocupações que motivaram as acusações disciplinares iniciais, notadamente seu antagonismo em relação aos jornalistas filiados ao sindicato e o desrespeito pelos valores e a integridade exigida pelo sindicato. “Impedir que Donald Trump volte a juntar-se ao SAG-AFTRA é mais do que um passo simbólico”, disse a presidente da entidade, Gabrielle Carteris, em comunicado. “É uma declaração retumbante que ameaçar ou incitar danos contra outros membros não será tolerado. Um ataque contra um é um ataque contra todos.” Trump entrou no SAG-AFTRA em 1989, quando apareceu em seu primeiro filme, o trash de baixo nível “Os Fantasmas Não Transam”, interpretando seu papel favorito: ele mesmo. A partir daí passou a exigir aparecer em todo o filme que usasse alguma de suas propriedades como cenário, o que o levou a entrar em produções como “Esqueceram de mim 2: Perdido em Nova York” (1992), “Celebridades” (1998), “Zoolander” (2001) e nas séries “Um Maluco no Pedaço” e “Sex and the City”. Sempre como Donald Trump. Embora tenha renunciado ao sindicato, Trump não atendeu a pedidos da sociedade americana para renunciar à presidência dos EUA após o vexame de janeiro passado. Por conta disso, um processo de impeachment foi aberto no Congresso. Embora o mandado de Trump tenha acabado, ele ainda será julgado – a partir de terça (9/2) – e pode ter os direitos políticos caçados caso seja considerado culpado pelo Senado. O ex-presidente dos EUA também foi expulso das redes sociais.
Donald Trump renuncia antes de ser expulso do Sindicato dos Atores
Donald Trump apresentou nesta quinta (4/2) uma carta com pedido de desfiliação ao sindicato dos atores dos EUA, SAG-AFTRA. A notificação aconteceu após o Conselho Nacional da instituição abrir um processo administrativo, visando sua expulsão. A presidente do sindicato, Gabrielle Carteris, justificou a ação em janeiro, dizendo que “Donald Trump atacou os valores pelos quais este sindicato mais preza — democracia, verdade, respeito aos americanos de todas as raças e religiões, e a santidade da imprensa livre”. A instauração do processo aconteceu após o então presidente dos EUA incitar uma turba de seguidores fanáticos a invadir o Congresso americano, dando início a cenas de violência e vandalismo, que resultaram em quatro mortes e várias prisões. Trump inicia sua carta dizendo: “Escrevo sobre a audiência do tal Comitê Disciplinar que visa revogar minha filiação ao sindicato. Quem liga!” Ele cita seus trabalhos como ator (como “Esqueceram de Mim 2”, “Zoolander” e “O Aprendiz”) e completa: “Sua organização fez pouco para seus membros, e nada para mim — além de pedir dinheiro e promover políticas e ideias nada americanas —, como fica evidente pelas enormes taxas de desemprego e processos de atores renomados”. O então empresário entrou no SAG-AFTRA em 1989, quando apareceu em seu primeiro filme, o trash de baixo nível “Os Fantasmas Não Transam”, interpretando seu papel favorito: ele mesmo. A partir daí passou a exigir aparecer em todo o filme que usasse alguma de suas propriedades como cenário, o que o levou a entrar em produções como “Esqueceram de mim 2: Perdido em Nova York” (1992), “Celebridades” (1998), “Zoolander” (2001) e nas séries “Um Maluco no Pedaço” e “Sex and the City”. Sempre como Donald Trump. Embora tenha renunciado ao sindicato, Trump não atendeu a pedidos da sociedade americana para renunciar à presidência dos EUA após o vexame de janeiro passado. Por conta disso, um processo de impeachment foi aberto no Congresso. Embora o mandado de Trump tenha acabado, ele ainda será julgado – a partir de terça (9/2) – e pode ter os direitos políticos caçados caso seja considerado culpado pelo Senado. O ex-presidente dos EUA também foi expulso das redes sociais.
Sindicato dos Atores dos EUA abre processo para expulsar Donald Trump
O sindicato dos atores dos Estados Unidos demonstrou uma “coragem” tardia ao anunciar na terça-feira (19/1), último dia do governo de Donald Trump, ter iniciado um processo disciplinar contra ele, que pode levar à expulsão do ex-presidente americano de seus quadros. O sindicato SAG-AFTRA votou “esmagadoramente” a favor da abertura de um processo por violação da Constituição por Trump. A medida reflete o repúdio nacional contra o ataque ao Capitólio perpetrado em 6 de janeiro por apoiadores do ex-apresentador do reality show “O Aprendiz”. O comitê disciplinar do sindicato examinará o envolvimento de Trump no ataque. Canastrão em vários filmes, o magnata de extrema direita também é objeto de um processo de Impeachment no Congresso por “incitamento à insurreição”. “Donald Trump atacou os valores que este sindicato tem entre os mais sagrados: democracia, verdade, respeito pelos nossos concidadãos de todas as raças e religiões e a sacrossanta liberdade de imprensa”, afirmou a presidente da SAG-AFTRA, Gabrielle Carteris, em comunicado. O comitê disciplinar também estudará a “perigosa campanha de desinformação destinada a desacreditar e, em última instância, ameaçar a segurança dos jornalistas”, orquestrada segundo o sindicato pelo presidente republicano. Vale lembrar que, ao contrário do ataque ao Congresso, isso não é novidade, mas algo que o sindicato ignorou completamente durante os quatro anos de mandato de Trump. Os 160 mil membros do SAG-AFTRA incluem atores, mas também um grande número de profissionais dos meios audiovisuais nas mais diversas áreas, incluindo apresentadores de programas jornalísticos e de variedades (como “O Aprendiz”). “Como sindicato, nosso papel mais importante é a proteção de nossos membros”, afirmou David White, diretor-executivo da organização. Se condenado, Trump pode ter que pagar multa, passar pelo vexame da suspensão e, na pior das hipóteses, até ser expulso do SAG-AFTRA, que geralmente oferece aos seus associados alguns benefícios como aposentadoria e acesso a determinados filmes antes de seu lançamento. Trump entrou no SAG-AFTRA em 1989, quando apareceu em seu primeiro filme, o trash de baixo nível “Os Fantasmas Não Transam”, interpretando seu papel favorito: ele mesmo. A partir daí passou a exigir aparecer em todo o filme que usasse alguma de suas propriedades como cenário, o que o levou a entrar em produções como “Esqueceram de mim 2: Perdido em Nova York” (1992), “Celebridades” (1998), “Zoolander” (2001) e nas séries “Um Maluco no Pedaço” e “Sex and the City”. Sempre como Donald Trump.
Academia barra Hamilton do Oscar 2021
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos tomou uma decisão polêmica e barrou a versão filmada do musical “Hamilton”, um dos maiores sucessos da plataforma Disney+ (Disney Plus), da disputa do Oscar 2021. Mesmo estando apto a concorrer em outras premiações do cinema, como o Globo de Ouro e o SAG Awards, a gravação do espetáculo da Broadway foi desqualificada pela Academia sem maiores explicações, segundo apurou o site The Hollywood Reporter. “Hamilton” tem sua elegibilidade questionada desde o ano passado, por ser uma espécie de registro documental de apresentações da peça da Broadway. Segundo alguns, a produção seria incompatível com uma regra de 1997 válida para curtas e documentários, que descarta “trabalhos sem edição de registros de performance”. Esta regra foi introduzida após peças filmadas aparecerem na premiação do cinema, como “Otelo” (1965), “Give ‘Em Hell, Harry” (1974) e “O Homem na Caixa de Vidro” (1975). O detalhe é que “Hamilton” tem trabalho de edição. Não é um simples registro, pois compila três dias de performances diferentes, com o teatro fechado, realizadas especificamente para o filme. Por conta disso, o THR apurou que o Comitê de Regras e Prêmios da Academia optou por excluir a obra com base em outra regra, recém-introduzida, e que teria o objetivo oposto: de facilitar a disputa de lançamentos exclusivos de streaming durante a pandemia. A regra diz que “Até novo aviso e somente nesta edição do Oscar, filmes disponíveis em serviços de streaming estarão qualificados para concorrer ao prêmio. O comitê de regras da Academia vai avaliar todas as questões envolvendo regras e elegibilidade”. Teria sido a segunda parte, sobre o poder do comitê para decidir com base em seus critérios pessoais, que teria barrado o filme. Não há explicações sobre quais critérios impediram a inclusão entre os candidatos. “Hamilton” foi aceito na disputa de várias outras premiações de cinema e é favorito ao Globo de Ouro de Melhor Filme Musical (ou de Comédia), assim como o elenco nas categorias de atuação. Já o SAG Awards, prêmio do Sindicato dos Atores, curiosamente caracterizou “Hamilton” como um filme para TV, qualificando-o a concorrer nas categorias destinadas a telefilmes e minisséries. Vale lembrar que a Disney desembolsou U$ 75 milhões pelos direitos de exibição do longa e pretendia lançá-lo no cinema, mas acabou disponibilizando-o em sua plataforma de streaming por causa da pandemia. “Hamilton” tornou-se um dos conteúdos mais assistidos da Disney Plus. Veja abaixo o trailer da produção.
Hollywood volta a paralisar produções devido ao coronavírus
A maioria das produções de Hollywood voltou a ser interrompida enquanto os casos da covid-19 atingem níveis recordes em Los Angeles. O sindicato dos atores, SAG-AFTRA, anunciou num comunicado enviado a seus membros que a maioria das produções de entretenimento “permanecerá em pausa até a segunda ou terceira semana de janeiro, se não mais tarde”. A decisão foi comunicada depois que as autoridades de saúde do condado de Los Angeles apelaram aos produtores, na véspera de Natal, que “considerassem a possibilidade de interromper seus trabalhos por algumas semanas durante esse aumento catastrófico de casos de covid”. A cidade de Los Angeles tornou-se nos últimos dias o maior epicentro da pandemia de coronavírus nos Estados Unidos, superando 7 mil hospitalizações por covid pela primeira vez na segunda-feira (28/12). A ordem de “ficar em casa” no sul da Califórnia foi prorrogada indefinidamente na terça-feira (29/12), com vários hospitais sobrecarregados e obrigados a recusar ambulâncias. A nova paralisação acontece após o SAG-AFTRA conduzir esforços de meses para reativar as atividades de Hollywood após a suspensão inicial das produções em março, assinando um acordo com os principais estúdios em setembro para aumentar as medidas de segurança contra o coronavírus para seus atores, incluindo testes. Apesar disso, as produções de entretenimento de Los Angeles já operavam abaixo da metade de sua atividade normal em outubro, antes de cair novamente, à medida que os casos de covid começaram a disparar. À exceção de um punhado de filmes independentes, poucas produções de cinema foram retomadas em Los Angeles nos últimos meses, com a maior parte da atividade de filmagem restrita a comerciais e videoclipes. Por outro lado, as produções de grandes orçamentos foram retomadas no exterior, incluindo na lista os candidatos a blockbuster “Missão Impossível 7”, no Reino Unido e na Itália, “Batman”, no Reino Unido, “Matrix 4”, na Alemanha, e várias séries de TV como “Supergirl” e “Batwoman” no Canadá. A recusa das seguradoras de criar apólices contra o coronavírus representa o maior impedimento para as produções que esperam reiniciar.
Martin Scorsese, James Cameron e Clint Eastwood alertam que pandemia pode matar o cinema
Mais de 70 diretores e produtores de Hollywood, entre eles os cineastas vencedores do Oscar James Cameron, Clint Eastwood e Martin Scorsese, uniram forças com proprietários de cinemas em um alerta e apelo por ajuda financeira do governo dos EUA, dizendo temer pelo futuro da indústria. Em uma carta aos líderes do Senado e da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, eles disseram que o fechamento das salas causado pelo coronavírus teve um efeito devastador e que, sem recursos, “os cinemas podem não sobreviver ao impacto da pandemia”. Além das assinaturas individuais, o documento é endossado pelo Sindicato dos Diretores, a Associação Nacional dos Proprietários de Cinema e a Associação do Cinema dos EUA. Devido à pandemia os cinemas paralisaram suas projeções em meados de março nos EUA. Embora grandes redes, incluindo AMC Entertainment e Cineworld, já tenham reaberto algumas salas com capacidade reduzida, os principais maiores do país, em Los Angeles e Nova York, continuam com a política de salas fechadas. Para piorar, os esforços para levar o público de volta ao cinema fracassaram. A iniciativa da Warner de lançar “Tenet” resultou em uma bilheteria muito abaixo do esperado nos EUA e, diante do receio de perder fortunas, os estúdios de Hollywood atrasaram o lançamento de filmes prontos, como “Viúva Negra” e “Top Gun: Maverick”, para 2021. A este quadro, somam-se ainda a decisão da Disney de lançar “Mulan” em streaming e um acordo histórico, firmado entre o estúdio Universal e os cinemas da rede AMC, para diminuir drasticamente a janela de exibição entre os lançamentos cinematográficos e sua disponibilização em streaming. Diante de todos esses desdobramentos, o cenário vislumbrado para o futuro dos cinemas parece realmente ser apocalíptico.
Associação Brasileira de Cinematografia passa a ser presidida pela primeira vez por uma mulher
A técnica de som, professora e pesquisadora Tide Borges tornou-se a primeira mulher a assumir a presidência da Associação Brasileira de Cinematografia (ABC). Sua eleição também marca a primeira vez que a associação é presidida por um profissional que atua numa área diferente da direção de fotografia de filmes. A eleição para a diretoria contou com a participação de duas chapas, ambas com candidatas mulheres ao cargo de presidente e com o objetivo, entre outras propostas, de ampliar a pluralidade da ABC, tanto entre seus sócios quanto em sua atuação como associação. A nova diretoria, que tomou posse na segunda (13/7), também é a mais representativa em relação ao gênero e a que traz o maior número de representantes de diferentes áreas técnicas em seu Conselho. Além de Tide Borges na presidência, a Diretoria é composta pelo diretor de fotografia Jacques Cheuiche como vice-presidente, pela diretora de fotografia Fernanda Tanaka como diretora secretária e pelo diretor de arte Marcos Carvalheiro como diretor tesoureiro. Já o Conselho é composto por Adriano Goldman (diretor de fotografia), Diana Vasconcellos (editora), Frederico Pinto (diretor de arte), Llano (diretor de fotografia), Marcelo Corpanni (diretor de fotografia), Maria Muricy (editora de som), Marghe Pennacchi (diretora de arte), Miriam Biderman (supervisora de som), Mustapha Barat (diretor de fotografia), Paulo M. de Andrade (colorista), Pedro von Krüger (diretor de fotografia) e Silvia Gangemi (diretora de fotografia).
SAG Awards: Premiação do Sindicato dos Atores dos EUA é adiada para março
O SAG Awards 2021, premiação do Sindicato dos Atores dos EUA, foi adiado para 14 de março, devido à pandemia de coronavírus. A 27ª edição da premiação, que inicialmente iria ocorrer em 24 de janeiro, será realizada quase dois meses depois, acompanhando os adiamentos do Oscar, BAFTA Awards, Independent Film Spirt Awars, Globo de Ouro e de outras premiações anuais do cinema e da TV. Assim como aconteceu com as demais premiações, a janela de elegibilidade e os períodos de votação da cerimônia também foram estendidos. As indicações serão anunciadas em 4 de fevereiro e a votação dos melhores do ano ocorrerá entre 10 de fevereiro e 10 de março, entre os membros do sindicato. A premiação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA foi a primeira a anunciar seu adiamento, há duas semanas, dando início a um efeito dominó. Originalmente prevista para acontecer em 28 de fevereiro, a 93ª cerimônia do Oscar foi remanejada para 25 de abril de 2021. A mudança fez todas as demais premiações refazerem seus cronogramas.
Sindicato dos Figurinistas produz máscaras para profissionais da saúde dos EUA
Depois da iniciativa das figurinistas britânicas, o Sindicato dos Figurinistas dos EUA (CDG, na sigla em inglês) também começou a produzir e doar máscaras aos profissionais de saúde que tem trabalhado no combate à pandemia do novo coronavírus. A iniciativa do Sindicato de Figurinistas aproveitou a paralisação das produções para recrutar voluntários para costurar e entregar os materiais de proteção que estão começando a faltar nos hospitais. As primeiras máscaras foram entregues na terça (31/3) e a entidade celebrou com uma publicação no Instagram. “Obrigado a todos pela resposta positiva esmagadora. Não poderíamos ter feito isso sem nossos membros e patrocinadores! Um grande obrigado aos voluntários do CDG que montaram os kits”, diz o post. Veja abaixo. Ver essa foto no Instagram We are thrilled that our first masks were delivered today to LAC USC! Thank you all for the overwhelming positive response. We could not have done this without our members and sponsors! A big thank you to the CDG volunteers putting together the kits – Committee Chair Lauren Oppelt, Elena Flores, Lydia Graboski-Bauer. We are also grateful for Rachael Stanley and Brigitta Romanov working with the IA and spearheading the effort, and our team Suzanne Huntington and Ceci Grandados. Tag us with your photos of making the masks. _ If you want to participate, contact Brigitta in the office bromanov@cdgia.com. #CostumeDesignersGuild #CDG892 #IASolidarity #MasksForHeroes Uma publicação compartilhada por Costume Designers Guild (@cdglocal892) em 31 de Mar, 2020 às 1:37 PDT
Sindicato dos técnicos de efeitos visuais reclamam do Oscar por piada com Cats
A Visual Effects Society (VES), sindicato dos técnicos de efeitos visuais dos EUA, emitiu uma nota oficial em protesto contra uma piada da transmissão do Oscar 2020 às custas dos responsáveis pelos efeitos de “Cats”, um dos piores filmes e maiores fracassos do ano passado. Os efeitos de “Cats” são amplamente considerados responsáveis pela rejeição do público ao filme. Mas esse consenso informal ganhou peso oficial durante o evento de domingo (9/2), quando James Corden e Rebel Wilson subiram ao palco do Dolby Theatre para entregar o Oscar de Melhores Efeitos Visuais. Além de surgirem fantasiados como seus personagens em “Cats”, eles ironizaram a própria produção: “Como membros do elenco de ‘Cats’, ninguém melhor do que nós entende a importância de bons efeitos visuais!”. A piada rendeu gargalhadas e aplausos entre os presentes na cerimônia de premiação. Mas a Sociedade de Efeitos Visuais não achou graça. “Em uma noite que trata de homenagear o trabalho de artistas talentosos, é imensamente decepcionante que a Academia tenha feito dos efeitos visuais o alvo de uma piada”, manifestou-se a VES em nota oficial. “Ela degradou a comunidade global de profissionais especializados em efeitos visuais, que vem realizando um trabalho excelente, desafiador e visualmente impressionante para alcançar a visão dos cineastas”. “Nossos artistas, técnicos e inovadores merecem respeito por suas notáveis contribuições ao entretenimento filmado e não devem ser apresentados como o bode expiatório conveniente para fazer o público rir. No futuro, esperamos que a Academia honre adequadamente o ofício de efeitos visuais – e todos os ofícios, incluindo cinematografia e edição de filmes – porque todos nós o merecemos”, encerra a nota. Curiosamente, os efeitos de “Cats” também foram zoados na própria premiação do sindicato, o VES Awards, que aconteceu em janeiro passado. Na ocasião, o ator Patton Oswalt brincou: “A franquia ‘Star Wars’ terminou após 50 anos e, após uma exibição, a franquia ‘Cats’ também”.
WGA Awards: Parasita e Jojo Rabbit vencem prêmio do Sindicato dos Roteiristas dos EUA
O Sindicato dos Roteiristas dos EUA (WGA, na sigla em inglês) revelou os vencedores de seu prêmio anual, consagrando as histórias de “Parasita” e “Jojo Rabbit”. Enquanto o suspense de Bong Joon Ho recebeu o prêmio de Melhor Roteiro Original, a comédia de Taika Waititi ficou com o troféu de Roteiro Adaptado na cerimônia, realizada na noite de sábado (1/2) em Nova York. Ambos foram escritos por estrangeiros – os sul-coreanos Bong Joon Ho e Jin Won Hane e o neozelandês Taika Waititi – e vão disputar o Oscar nas mesmas categorias. O roteiro de “Parasita” concorria com “1917”, “Fora de Série”, “Entre Facas e Segredos” e “História de um Casamento”. Mas vale ressaltar que Quentin Tarantino, vencedor do Globo de Ouro de Melhor Roteiro por “Era Uma Vez em Hollywood”, não disputou o prêmio por não ser membro do Sindicato – graças a uma briga antiga, ele se recusa a participar do WGA. Isto nunca o impediu de conquistar o Oscar de Roteiro Original – já tem dois e é novamente favorito neste ano. Na categoria de “Jojo Rabbit”, por sua vez, estavam também “Um Lindo Dia na Vizinhança”, “O Irlandês”, “Coringa” e “Adoráveis Mulheres”. O WGA Awards ainda premiou o documentário “The Inventor: Out for Blood in Silicon Valley”, e várias categorias televisivas. As séries “Succession” e “Barry” venceram como Melhores Roteiros de Drama e Comédia, enquanto “Watchmen” ficou com o troféu de Melhor Roteiro de Série Nova. Foi uma lavada da HBO, que ainda conquistou, entre as minisséries, o prêmio de Roteiro Original por “Chernobyl”. Completa a lista “Fosse/Verdon”, do canal pago FX, como Melhor Roteiro Adaptado de Minissérie. “Parasita” estreou em novembro no Brasil e “Jojo Rabbit” finalmente chega na quinta (6/2), quase quatro meses depois de passar pelos cinemas americanos.









