Robert Redford, lenda de Hollywood e fundador do Festival de Sundance, morre aos 89 anos
Astro foi ícone do cinema americano, estrela de filmes clássicos, cineasta premiado com o Oscar, produtor de filmes brasileiros e pai do novo cinema independente
Albert S. Ruddy, produtor de “O Poderoso Chefão”, morre aos 94 anos
Vencedor de dois Oscars, ele também criou as séries "Guerra, Sombra e Água Fresca" e "Chuck Norris, o Homem da Lei"
Dark Winds: Série policial do autor de “Game of Thrones” é renovada para 3ª temporada
O canal pago americano AMC anunciou a renovação de “Dark Winds” para a 3ª temporada. A série policial é produzida pelo escritor George R.R. Martin (autor dos livros que viraram “Game of Thrones”) e o veterano astro Robert Redford (“Meu Amigo, O Dragão”). O anúncio chega duas semanas após o final da 2ª temporada. A 1ª temporada estreou com 2,2 milhões de espectadores, a quinta maior audiência da TV paga americana do ano passado e o maior lançamento de série nova no serviço de streaming AMC+. Produção e premissa Desenvolvida por Graham Roland (criador de “Jack Ryan”), a atração é baseada numa franquia literária do escritor Tony Hillerman (“Skinwalkers”) sobre o oficial navajo Joe Leaphorn e seu parceiro Jim Chee, e se passa numa reserva indígena durante os anos 1970. O título da produção vem da crença navajo de que ventos sombrios entram nas almas de homens que fazem o mal. A produção traz Zahn McClarnon (“Longmire”, “Westworld”) como o tenente Joe Leaphorn, um oficial da polícia tribal, responsável por manter a lei na reserva navajo, que se vê forçado a encarar suas crenças quando investiga um caso de duplo homicídio, possivelmente praticado por um serial killer. Para isso, ele precisa trabalhar com um novo assistente recém-chegado, Jim Chee (Kiowa Gordon, da “Saga Crepúsculo”), que tem contas antigas para acertar desde sua juventude na reserva. Juntos, os dois homens lutam contra as forças do mal e contra seus próprios demônios pessoais. Na 2ª temporada, Leaphorn volta a se juntar a Jim Chee, seu ex-assistente que se tornou detetive particular, quando casos separados os unem na perseguição do mesmo suspeito. Eles se encontram no deserto da nação Navajo perseguindo um assassino loiro e racista, que visa apenas vítimas indígenas e protege um segredo capaz de abrir velhas feridas, além de desafiar o código moral e profissional de Leaphorn. Parceria com a nação Navajo A produção trabalha em estreita colaboração com a Nação Navajo. Com permissão especial, 70% de “Dark Winds” é gravado em terras tribais em Tesuque Pueblo, enquanto os outros 30% aconteceram em terras tribais em Cochiti Pueblo, ambas no Novo México. O elenco também inclui Jessica Matten (“Frontier”) e Elva Guerra (“Reservation Dogs”). A série ainda é inédita no Brasil.
Dark Winds: Policiais indígenas enfrentam assassino racista no trailer da 2ª temporada
O canal pago americano AMC divulgou o pôster e o trailer da 2ª temporada de “Dark Winds”. Western moderno, a série se diferencia por acompanhar policiais navajos, que resolvem crimes e mistérios numa reserva indígena. A narrativa acompanha o Tenente Joe Leaphorn (Zahn McClarnon, de “Westworld”) e Jim Chee (Kiowa Gordon, da franquia “Crepúsculo”), policiais navajos que se deparam com uma série de crimes aparentemente desconexos. No entanto, logo descobrem que estes crimes têm laços com o sobrenatural, testando cada vez mais suas convicções. Desenvolvida por Graham Roland (criador de “Jack Ryan”), a atração é baseada numa franquia literária do escritor Tony Hillerman (“Skinwalkers”) e tira seu título da crença navajo de que ventos sombrios entram nas almas de homens que fazem o mal. Perseguição no deserto Na 2ª temporada, Leaphorn e Chee, agora detetive particular, se encontram novamente quando seus casos paralelos os levam a um mesmo suspeito. Eles acabam em uma perseguição no deserto da nação Navajo, buscando um assassino loiro e racista, que visa apenas vítimas indígenas e protege um segredo capaz de abrir velhas feridas, além de desafiar o código moral e profissional de Leaphorn. “Dark Winds”, que conta entre seus produtores com o escritor George R.R. Martin (autor dos livros que viraram “Game of Thrones”) e o veterano astro Robert Redford (“Meu Amigo, O Dragão”), lança seus novos episódios em 27 de julho na plataforma americana AMC+ e em 30 de julho na TV dos EUA. A série ainda é inédita no Brasil.
Astro de “Bridgerton” vai estrelar série baseada em “Butch Cassidy”
O ator Regé-Jean Page (“Bridgerton”) vai estrelar uma série inspirada no western clássico “Butch Cassidy” (Butch Cassidy and The Sundance Kid, 1969), que será produzida pelos irmãos Joe e Anthony Russo (diretores de “Vingadores: Ultimato”). A trama de “Butch Cassidy” se passa em 1900 e acompanha dois bandidos, Butch Cassidy (interpretado em 1969 por Paul Newman) e The Sundance Kid (Robert Redford), que passam a ser perseguidos depois de tentarem roubar um trem. E a solução que eles encontram é fugir para a Bolívia. Page deve assumir o papel de Butch Cassidy, enquanto o Sundance Kid será interpretado por Glen Powell (“Top Gun: Maverick”). Será a segunda vez que Page interpretará um personagem originalmente branco. O mesmo aconteceu na série “Bridgerton”, onde deu vida ao Duque de Hastings. A diferença neste caso é que Butch Cassidy não é um simples personagem de ficção. Ele realmente existiu e existem fotografias que mostram sua fisionomia – mas também não era bonito ou loiro como Paul Newman. A atração está sendo desenvolvida para a plataforma de streaming Amazon Prime Video, que já encomendou uma temporada completa. A produção representa a segunda parceria entre a Amazon e os irmãos Russo, depois de embarcarem juntos em “Citadel”, uma das séries mais caras já feitas. O projeto marca ainda um reencontro entre Regé-Jean Page e a dupla de diretores, depois de terem trabalhado juntos no filme “Agente Oculto” (2022), da Netflix. O ator será visto em breve na fantasia “Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes”, baseada no famoso jogo de RPG, que chega aos cinemas em março de 2023. Assista abaixo ao trailer do filme “Butch Cassidy” de 1969.
Bo Brundin, ator de “Quando as Águias se Encontram”, morre aos 85 anos
O ator sueco Bo Brundin, mais conhecido por sua atuação ao lado de Robert Redford no filme de aventura aérea “Quando as Águias se Encontram” (1975), morreu no domingo passado (4/9) em sua cidade natal de Uppsala, na Suécia, aos 85 anos. A informação foi revelada no sábado (10/9) pela Paar Productions, produtora para quem ele realizou seu último projeto, o curta “Starlight”, de 2011, em que interpretou Deus. Brundin começou sua carreira no cinema sueco nos anos 1960, mas logo partiu para os EUA para viver seu primeiro papel numa produção americana, o terror trash “The Headless Eyes” (1971), como um assassino demente que arranca os olhos de mulheres. Ele também entrou no elenco de “The Day the Clown Cried” em 1972, um dos mais famosos filmes nunca lançados. Jerry Lewis se arrependeu da filmagem, sobre um palhaço no Holocausto, assim que a concluiu e proibiu seu lançamento. O ator contava que foi para Nova York com US$ 300 e passou quase uma década sem dinheiro na cidade, muitas vezes fazendo bicos para sobreviver. Mas logo sua sorte mudou, ao ser escalado para viver um piloto alemão desiludido da 1ª Guerra Mundial em “Quando as Águias se Encontram”. No filme de George Roy Hill, ele tinha o segundo papel principal, fazendo parceria com Redford. Na trama, os dois viviam pilotos que recriavam cenas de guerra aérea para filmes de Hollywood. O sucesso do filme de 1975 o levou a se especializar em interpretar alemães e também russos durante sua carreira, que ainda destaca o filme de desastre “Meteoro” (1979), no qual viveu um personagem fundamental para salvar o mundo. Mas a maior parte de seu currículo foi preenchido por participações em séries televisivas dos anos 1970 e 1980 como o vilão da semana – atrações como “A Mulher Biônica”, “O Esquadrão Classe A”, “Havaí 5-0”, “Super-Herói Americano” e “Falcon Crest”. Bo Brundin voltou a morar em seu país natal após o começo do século, fazendo seu último filme em 2001, o sueco “Strawberries with Real Milk”, e sua última participação numa série, a sueca “Kleo”, no ano seguinte. Ele passou seus últimos anos dando aulas e orientando jovens atores. Veja abaixo o trailer de “Quando as Águias se Encontram”.
Dark Winds: Série policial de autor de “Game of Thrones” é renovada
O canal pago americano AMC anunciou a renovação de “Dark Winds”, série policial produzida pelo escritor George R.R. Martin (autor dos livros que viraram “Game of Thrones”) e o veterano astro Robert Redford (“Meu Amigo, O Dragão”). O anúncio chega duas semanas após a estreia da atração em 12 de junho. De acordo com a medição da Nielsen, o episódio inaugural atraiu 2,2 milhões de espectadores, a quinto maior audiência da TV paga americana neste ano. O canal ainda complementou a informação revelando que também foi o maior lançamento de série nova em seu serviço de streaming, AMC+. Desenvolvida por Graham Roland (criador de “Jack Ryan”), a atração é baseada numa franquia literária do escritor Tony Hillerman (“Skinwalkers”) sobre o oficial navajo Joe Leaphorn e seu parceiro Jim Chee, e se passa numa reserva indígena durante os anos 1970. O título da produção vem da crença navajo de que ventos sombrios entram nas almas de homens que fazem o mal. A produção traz Zahn McClarnon (“Longmire”, “Westworld”) como Leaphorn, um oficial da polícia tribal, responsável por manter a lei na reserva navajo, que se vê forçado a encarar suas crenças quando investiga um caso de duplo homicídio, possivelmente praticado por um serial killer. Para isso, ele precisa trabalhar com um novo assistente recém-chegado, Jim Chee (Kiowa Gordon, da “Saga Crepúsculo”), que tem contas antigas para acertar desde sua juventude na reserva. Juntos, os dois homens lutam contra as forças do mal, um com outro e contra seus próprios demônios pessoais. A produção trabalhou em estreita colaboração com a Nação Navajo. Com permissão especial, 70% de “Dark Winds” foi gravado em terras tribais em Tesuque Pueblo, enquanto os outros 30% da aconteceram em terras tribais em Cochiti Pueblo, ambas no Novo México. O elenco também inclui Jessica Matten (“Frontier”), Rainn Wilson (“The Office”) e Noah Emmerich (“The Americans”). “Esta equipe criativa e elenco únicos entregaram algo verdadeiramente especial com ‘Dark Winds’”, disse Dan McDermott, presidente de entretenimento do AMC Studios e da AMC Networks. “Mal podemos esperar para compartilhar o resto do passeio emocionante desta 1ª temporada e seguir Joe Leaphorn e Jim Chee em uma 2ª temporada no AMC e AMC+ no próximo ano. Gratidão imensa a toda nossa equipe de produção e um agradecimento especial aos produtores executivos Robert Redford, George RR Martin, Chris Eyre e, claro, Zahn McClarnon, que também lidera o elenco e traz humanidade, autoridade e sabedoria de experiências ricamente vividas em tudo que faz.” A série ainda é inédita no Brasil.
Dark Winds: Série produzida por autor de “Game of Thrones” ganha primeiro trailer
O canal pago americano AMC divulgou um cartaz e o primeiro trailer de “Dark Winds”, série policial passada numa reserva indígena durante os anos 1970. Criada por Graham Roland (criador de “Jack Ryan”), a atração é baseada na franquia literária de Tony Hillerman (“Skinwalkers”) sobre o oficial Navajo Joe Leaphorn e seu parceiro Jim Chee, e conta com produção do escritor George R.R. Martin (autor dos livros que viraram “Game of Thrones”) e do veterano astro Robert Redford (“Meu Amigo, O Dragão”). O título da produção vem da crença Navajo de que ventos sombrios entram na alma de homens que fazem o mal. A trama traz Zahn McClarnon (“Longmire”, “Westworld”) como Leaphorn, um oficial da polícia tribal, responsável por manter a lei na reserva Navajo, que se vê forçado a encarar suas crenças quando investiga um caso de duplo homicídio, possivelmente praticado por um serial killer. Para isso, ele precisa trabalhar com um novo assistente recém-chegado, Jim Chee (Kiowa Gordon, da “Saga Crepúsculo”), que suspeita de elementos sobrenaturais nos crimes. O elenco também inclui Jessica Matten (“Frontier”), Rainn Wilson (“The Office”) e Noah Emmerich (“The Americans”). A estreia está marcada para 12 de junho.
Basil Hoffman (1938–2021)
O ator Basil Hoffman, que estrelou os filmes vencedores do Oscar “Gente como a Gente” (1980) e “O Artista” (2011) morreu na sexta-feira passada (17/9) aos 83 anos. Ele tinha mais de 100 créditos como ator de cinema e televisão, além de ter trabalhado como professor de atuação, mas nunca foi verdadeiramente famoso. Nascido e criado em Houston, Hoffman se formou em economia, mas abandonou a carreira para se mudar para Nova York e realizar seu sonho de se tornar um ator. Sem conseguir mais que pequenos papéis em peças pouco vistas e em gravações de comerciais, foi adiante, mudando-se para Los Angeles, onde emplacou vários papéis seguidos em episódios de séries. Nos primeiros cinco anos, entre 1974 e 1979, ele apareceu em quase 30 séries diferentes – de “Kung Fu” a “M*A*S*H”. Paralelamente, começou também a figurar em filmes famosos, incluindo “Contatos Imediatos do Terceiro Grau” (1977) e três sucesso de Robert Redford, “Os Aventureiros do Lucky Lady” (1975), “Todos os Homens do Presidente” (1976) e “O Cavaleiro Elétrico” (1979). Hoffman e Redford acabaram ficando amigos e quando o astro estreou como diretor, deu ao figurante um de seus poucos papéis com nome e diálogos: Sloan em “Gente como a Gente”. O melodrama sobre uma família enlutada surpreendeu a crítica ao vencer o Oscar contra o favorito “O Touro Indomável”, de Martin Scorsese. Ele voltou a atuar para Redford em “Rebelião em Milagro” (1988) e participou de vários outros filmes bem-sucedidos sem nunca se destacar. Em “O Artista”, por exemplo, interpretou um leiloeiro numa cena breve. Os maiores papéis de sua carreira foram participações recorrentes em duas séries dos anos 1980, “Chumbo Grosso” (Hill Street Blues) e “Square Pegs”. Mas nunca desistiu de atuar nem se aposentou. Ele deixou nada menos que cinco trabalhos completos, entre longas, curtas e séries, atualmente em pós-produção.
Chick Vennera (1947–2021)
O ator Chick Vennera, que estrelou os filmes “Até que Enfim é Sexta-Feira” (1978) e “Rebelião em Milagro” (1988) morreu na quarta-feira (7/7) em sua casa em Burbank, na Califórnia, aos 74 anos, após uma batalha contra o câncer de pulmão. Nascido Francis Vennera, o nova-iorquino começou a carreira como dançarino, acrobata e palhaço do espetáculo itinerante “Disney on Parade”, antes de se tornar ator da Broadway com a montagem original de “Grease”. Sua estreia nas telas aconteceu em 1975, em séries como “Lucas Tanner”, “O Vigilante” e “Baretta”, até que o talento demonstrado em musicais o levou a ser escalado para seu primeiro papel nos cinemas, como o dançarino latino Marv Gomez de “Até que Enfim é Sexta-Feira”. No longa de 1978, estrelado por Donna Summers, os Commodores e um jovem Jeff Goldblum, ele dança sobre capôs de carros e vence um concurso numa discoteca com uma parceira (Valerie Landsburg) que nunca tinha visto até aquela noite. Seu outro papel notável foi o agricultor frustrado que começa a situação descrita no título de “Rebelião em Milagro”, filme também estrelado por Sônia Braga, dirigido por Robert Redford e vencedor do Oscar de Melhor Trilha Sonora (Dave Grusin). Apesar disso, sua carreira cinematográfica não deslanchou. Vennera participou de muitos fracassos de bilheteria – comédias como “Alto Risco” (1981) e “Um Calouro em Apuros” (1986) e os terrores “Ritual de Sangue” (1988) e “Olhos Noturnos” (1990) – e acabou priorizando a TV, onde acumulou participações em episódios de “Super Gatas” (Golden Girls), “Vega$”, “Carro Comando” (TJ Hooker) e “Louco por Você” (Mad About You), entre outros programas. Em 1985, fez uma pequena participação vocal num episódio de uma nova versão da série animada “Os Jetsons”, que deu novo rumo à sua carreira. Os produtores da Hanna-Barbera gostaram tanto de seu desempenho que o convidaram a entrar no elenco fixo de “Foofur e seu Bando”, animação lançada no ano seguinte. O trabalho, por sua vez, repercutiu em outras divisões da animação da Warner (dona da Hanna-Barbera), rendendo-lhe emprego até sua aposentadoria. Ele dublou personagens em “Batman: A Série Animada”, “Batman do Futuro”, “Animaniacs”, “As Incríveis Aventuras de Jonny Quest”, “A Vaca e o Frango” e “Super Choque”, seu último trabalho animado em 2004. Nos últimos anos, Vennera vinha dando cursos de atuação na Beverly Hills Playhouse e no Renegade Theatre and Film Group, que só foram interrompidos com o início da pandemia no ano passado.
James Redford (1962 – 2020)
O cineasta James Redford, documentarista, ativista e filho do atro Robert Redford, morreu de câncer no ducto biliar na sexta-feira (16/10) em sua casa em Marin County, na Califórnia, aos 58 anos. Em um post no Twitter, sua esposa Kyle Redford escreveu “Jamie morreu hoje. Estamos com o coração partido. Ele viveu uma vida linda e impactante e foi amado por muitos. Ele fará muita falta. Como esposa dele há 32 [anos], sou muito grato pelos dois filhos espetaculares que criamos juntos. Não sei o que teríamos feito [sem] eles nos últimos 2 [anos]. ” James Redford havia sido diagnosticado com colangite esclerosante primária, uma doença autoimune rara que afeta o fígado e chegou a realizar dois transplantes de fígado em 1993. Seus problemas de saúde o inspiraram a fundar o Instituto James Redford para Conscientização sobre Transplantes e a produzir seu primeiro filme, “The Kindness Of Strangers” (1999), um documentário que examinou os sacrifícios feitos por famílias de doadores de órgãos. Como cineasta, o trabalho de James Redford se concentrou principalmente em documentários sobre meio ambiente e saúde. Seu documentário de 2012, “The Big Picture: Rethinking Dyslexia”, foi inspirado por seu filho, Dylan, e suas lutas com a dislexia no colégio. Naquele mesmo ano, o Redford Center produziu “Watershed: Exploring a New Water Ethic for the New West”, um filme que reuniu várias organizações sem fins lucrativos em uma tentativa bem-sucedida de arrecadar US$ 10 milhões para a restauração do Delta do Rio Colorado. Em seu filme “Toxic Hot Seat”, de 2013, Redford relatou os problemas de saúde causados pela exposição a produtos químicos usados em móveis para torná-los impermeáveis. Kyle Redford disse ao Salt Lake Tribune que o filme provocou uma mudança na lei da Califórnia que proibia o uso de produtos químicos em móveis, proibição que acabou se espalhando por todo o país. Ela disse que o filme também está por trás de uma mudança nos benefícios de saúde para os bombeiros da Califórnia, que foram diagnosticados com câncer causado pela exposição a produtos químicos usados nesses móveis durante o combate a incêndios domésticos. Redford ainda se juntou a Karen Pritzker em dois documentários sobre os danos biológicos causados a crianças por abuso físico e emocional, codirigindo “Paper Tigers” em 2104 e “Resilience” em 2016. E, no ano seguinte, estrelou e dirigiu “The Redford Center’s Happening: a Clean Energy Revolution”, uma coprodução com a HBO que examinava a ascensão da economia e da cultura de energia limpa. Além de produzir e dirigir documentários, James Redford escreveu os roteiros do drama “Cowboy Up” (2001), estrelado por Kiefer Sutherland e Darryl Hannah, e do telefilme premiado “Skinwalkers” (2002), e dirigiu o teledrama “Rota de Um Destino” (2003), estrelado por Stanley Tucci e Dana Delaney.
Wilford Brimley (1934 – 2020)
O ator Wilford Brimley, conhecido pelo drama “Ausência de Malícia” (1981), o thriller “A Firma” (1993) e a clássica sci-fi “Cocoon” (1985), morreu no sábado (1/8) em Utah, EUA, aos 85 anos, após uma doença renal. Seu bigode de morsa e aparência de vovô bonzinho marcaram época, explorados até em comerciais da aveia Quaker e de testes de diabetes. Mas houve um tempo em que Anthony Wilford Brimley foi jovem, lutou na Guerra da Coreia, trabalhou como ferreiro, cavaleiro de rodeio e até guarda-costas do recluso milionário Howard Hughes. Como sabia andar a cavalo, a carreira de ator começou com figurações em séries de cowboy e nos westerns “Bravura Indômita” (1969), com John Wayne, e “Mato em Nome da Lei” (1971), com Burt Lancaster. Já as famosas calma e conversa reta que caracterizaram a maioria de seus papéis começaram a ser conhecidas durante sua participação na lendária série “Os Waltons”, como o vizinho da família do título, Horace Brimley, entre 1974 e 1977. Ele dizia que não era ator, apenas um cowboy que empregaram para aparecer em filmes. Jamais ficaria com a mocinha, nunca apareceria sem camisa ou seria protagonista, mas não se incomodava, porque tinha um autógrafo de Jack Lemmon, e foi para conseguir a assinatura de seu ídolo que entrou num teste para o filme que o transformou, definitivamente, em ator. “Entrei naquela sala para pegar um autógrafo e saí com uma carreira”, ele contou numa entrevista de 1995, sobre como conseguiu o papel do capataz da usina nuclear que se torna confidente do personagem de Jack Lemmon em “Síndrome da China” (1979). Brimley chamou atenção e, na sequência, emplacou participações em dois filmes com Robert Redford, “O Cavaleiro Elétrico” (1979) e “Brubaker” (1980). O papel de fazendeiro em “O Cavaleiro Elétrico” não era muito diferente do que já tinha feito em “Os Waltons”, mas o diretor Sydney Pollack gostou tanto do ator que o escalou em mais dois filmes, mudando o rumo da carreira de Brimley. Até “Ausência de Malícia” (1981), seus papéis eram pequenos. Mas o filme seguinte de Pollack, estrelado por Paul Newman, colocou-o em evidência como o promotor que, ao tentar incriminar o personagem de Newman, dá início a um dominó trágico. Pollack ainda o escalou, mais tarde, como um chefe de segurança sinistro em “A Firma” (1993), com Tom Cruise. Brimley fez poucos filmes de ficção científica, mas o gênero lhe deu bastante projeção. Ele foi um dos cientistas isolados na Antártica no cultuado “O Enigma de Outro Mundo” (The Thing, 1982), de John Carpenter, e um dos velhinhos de um asilo que se sente rejuvenescido ao entrar em contato com a energia alienígena de “Cocoon” (1985), de Ron Howard. Era o início – e o auge – de sua carreira, e ele já interpretava papéis da Terceira Idade. Nesta época, Brimley atuou em mais um drama com Robert Redford, “Um Homem Fora de Série” (1984), em que teve outro desempenho marcante. Ele também integrou o elenco de “Minha Terra, Minha Vida” (1984), “Um Hotel Muito Louco” (1984) e “A Força do Carinho” (1983), que rendeu o Oscar para Robert Duvall, e estrelou uma série de 1986 a 1988, “Our House”, como um viúvo aposentado que, após a morte de seu filho, acolhe sua nora (Deidre Hall) e os três netos (a neta mais velha era interpretada por Shannen Doherty). Depois disso, vieram a continuação “Cocoon: O Retorno” (1988), “A Firma” (1993), “O Alvo” (1993), com Jean-Claude Van Damme, e um reencontro com Jack Lemmon na comédia “Meus Queridos Presidentes” (1996). Mas, apesar de se manter ativo, após viver um vovô no filme da Disney “Um Verão Inesquecível” (1998) suas aparições se tornaram mais esparsas e menos importantes, e ele próprio acabou se cansando de Hollywood, usando suas economias para comprar um rancho e levar uma vida simples com sua segunda esposa Beverly, que ele conheceu no set de “Laços de Ternura”, além de aproveitar para tocar jazz com os amigos. Entre seus últimos filmes estão a comédia “Cadê os Morgan?” (2009), como dono do único restaurante da cidadezinha da trama, e o drama religioso “Eu Acredito” (2017), no qual viveu um pastor. Sua morte foi lamentada por vários artistas. O diretor John Carpenter, que o comandou em “O Enigma do Outro Mundo”, o descreveu como alguém 100% “de verdade: um verdadeiro cowboy, um grande ator, um homem maravilhoso”. “Vou sentir muito sua falta, Will”, escreveu o cineasta no Twitter. Jean-Claude Van Damme lembrou-o como um grande “tio” em “O Alvo”. E a atriz Barbara Hershey, colega do ator em “Um Homem Fora de Série”, acrescentou: “Wilford Brimley era um homem e ator maravilhoso, e tive grande prazer em trabalhar com ele. Ele sempre me fazia rir”.








