Disney+ anuncia documentário de Peter Jackson sobre os Beatles
A plataforma Disney+ anunciou a data de estreia de “Beatles: Get Back”, documentário dirigido por Peter Jackson (“O Senhor dos Anéis”) sobre as gravações do último disco dos Beatles. O projeto de seis horas de duração será dividido em três episódios, com lançamentos nos dias 25, 26 e 27 de novembro. Repleta de cenas nunca antes vistas, o documentário resulta da descoberta de mais de 50 horas de material gravado originalmente em janeiro de 1969, enquanto os Beatles trabalhavam nas músicas do álbum “Let It Be”, seu último lançamento antes da separação. As filmagens originais do diretor Michael Lindsay-Hogg ocorreram de 2 de janeiro a 31 de janeiro de 1969 e deveriam virar um especial de televisão sobre a produção do disco. Mas a banda anunciou sua separação logo em seguida e, com a repercussão, o material acabou lançado no cinema, em maio de 1970, focando nas brigas e disputas internas que teriam levado os músicos a acabar com a banda. Entretanto, ao contrário do que foi visto em 1970, o trabalho de Jackson deve mostrar outro lado dessa história, revelando os velhos amigos John, Paul, Ringo e George em clima leve e divertido. Aparentemente, o material anterior visava explorar o fim dos Beatles de forma sensacionalista, quando a realidade foi bem diferente. A produção também incluiu o célebre show no telhado do estúdio da Apple, em Londres, última apresentação da banda, que se seguiu à gravação do disco. Em comunicado sobre o projeto, Jackson afirmou: “Em muitos sentidos, as cenas capturadas originalmente por Michael Lindsay-Hogg se prestavam a múltiplas histórias. Uma história de amizade, mas também de indivíduos. Uma história sobre fragilidades humanas, mas também parcerias divinas. A história detalhada do processo criativo, com o nascimento de canções icônicas sob pressão, tendo como pano de fundo o clima social de 1969”. O diretor ainda disse que este “não é um filme nostálgico, mas sim um trabalho cru, honesto e humano”. “No decorrer destas seis horas, você vai conhecer os Beatles com uma intimidade que não acreditava ser possível”, completou. Celebre Beatles: Get Back, Documentário Original em três partes. Estreia exclusiva em 25, 26 e 27 de novembro. Só no #DisneyPlus. pic.twitter.com/1Q5ULyt2IO — Disney+ Brasil (@DisneyPlusBR) June 17, 2021
Peter Jackson revela prévia de seu documentário sobre os Beatles
O diretor Peter Jackson (“O Senhor dos Anéis”) divulgou uma prévia de seu novo trabalho, o documentário “The Beatles: Get Back”, sobre as gravações do último disco dos Beatles. Repleta de cenas nunca antes vistas, a prévia é uma mostra da quantidade e da qualidade do material a que ele teve acesso. Na introdução, Jackson avisa que o vídeo não é um trailer oficial, mas uma montagem improvisada de algumas cenas selecionadas entre as 56 horas de filmagens feitas em 1969 e que não entraram no documentário “Let It Be”, lançado no ano seguinte. A filmagem dos Beatles em estúdio pelo diretor Michael Lindsay-Hogg ocorreu de 2 de janeiro a 31 de janeiro de 1969 e se destinava a ser um especial de televisão sobre a produção de um novo álbum da banda. Mas a banda anunciou sua separação logo em seguida e o material acabou lançado no cinema, em maio de 1970, focando as brigas e disputas internas que teriam levado os músicos a se separarem oficialmente. Mas o curioso é que, ao contrário do visto em 1970, as imagens apresentadas por Jackson não mostram músicos amargos e envolvidos em discussões estéreis. Ao contrário, o registro tem outro contexto, ao mostrar os artistas alegres, brincando e se divertindo durante o trabalho em conjunto, que inclui o célebre show no telhado do estúdio da Apple, em Londres, última apresentação dos Beatles, que se seguiu logo depois. “Fiquei aliviado ao descobrir que a realidade é muito diferente do mito. Claro, há momentos de drama — mas nenhuma das discórdias com as quais esse projeto está associado há muito tempo. Observar John, Paul, George e Ringo trabalhando juntos, criando músicas agora clássicas a partir do zero, não é apenas fascinante — é engraçado e surpreendentemente íntimo”, contou o cineasta no comunicado sobre o projeto. Jackson ganhou aprovação para remexer no passado da banda dos dois integrantes vivos dos Beatles, Paul McCartney e Ringo Starr, além das bênçãos das viúvas de John Lennon, Yoko Ono, e de George Harrison, Olivia Harrison. Com produção da Disney, “The Beatles: Get Back” será lançado em 27 de agosto de 2021.
Peter Jackson e elenco de O Senhor dos Anéis homenageiam Ian Holm
O diretor Peter Jackson e integrantes do elenco da trilogia “O Senhor dos Anéis” foram às redes sociais nas últimas horas se despedir do ator inglês Ian Holm, que morreu na sexta-feira (19/6) aos 88 anos por complicações do Mal de Parkinson. Elijah Wood, que estrelou a trilogia no papel de Frodo, homenageou o intérprete de seu tio, Bilbo, no Twitter. “Muito triste ouvir que o singular, brilhante e vibrante Sir Ian Holm se foi. Adeus, tio”, ele escreveu. E Orlando Bloom, que viveu o elfo Legolas, acrescentou: “Perdemos uma lenda hoje. Ele interpretou um dos personagens mais baixinhos nos nossos filmes de ‘O Senhor dos Anéis’ — mas, para mim, ele sempre foi um gigante”. Já Peter Jackson escreveu um longo e emocionante texto em seu Facebook, em que contou detalhes sobre a participação do ator nos bastidores da trilogia, e principalmente sobre sua despedida das telas, já com Parkinson, nos filmes de “O Hobbit”. Leia a íntegra abaixo: “Estou muito triste com a morte de Sir Ian Holm. Ian era um homem tão delicioso e generoso. Calmo, mas atrevido, com um brilho encantador nos olhos. No início de 2000, antes de começarmos a filmar nossas cenas de Bilbo para ‘A Sociedade do Anel’, eu estava nervoso por trabalhar com um ator tão estimado, mas ele imediatamente me deixou à vontade. De pé em Bag End [a residência da família Baggins/Bolseiro] no primeiro dia, antes de as câmeras começarem a rodar, ele me levou para um lado e disse que tentaria coisas diferentes em cada tomada, mas não deveria me assustar. Se, depois de cinco ou seis tomadas, ele não tivesse me dado o que eu precisava, então eu deveria dar a ele instruções específicas. E foi exatamente isso que fizemos. Mas, incrivelmente, suas leituras e performances variadas foram maravilhosas. Ele raramente precisava de direção. Ele nos deu uma incrível variedade de opções para escolher na sala de edição. Passamos quatro semanas muito agradáveis, quando filmamos os primeiros 30 minutos da ‘Sociedade’. Um dia, precisávamos registrar Bilbo contando um relato de suas primeiras aventuras a uma platéia de crianças de três a quatro anos encantadas, sentadas no campo. Começamos filmando a performance de Ian contando a história – mas também precisávamos de ângulos com as crianças reagindo a vários momentos dramáticos. Mas as crianças ficam entediadas muito rapidamente, e Ian e eu rapidamente percebemos que eles não podiam ouvir a mesma história repetidamente, à medida que capturávamos os vários ângulos que precisávamos. Sugeri que, para manter a atenção das crianças, ele deveria tornar a história um pouco diferente a cada tomada… adicionando pequenos detalhes, inventando coisas… desde que ele nos desse a essência do que estava no roteiro. Eu disse a ele para não se preocupar e que eu descobriria a melhor narrativa na sala de edição. No entanto, também precisávamos que as crianças permanecessem no lugar enquanto movíamos as câmeras rapidamente, de um ângulo para outro. Em um cenário de filme, “rapidamente” significa de 15 a 20 minutos. Então, enquanto isso estava acontecendo, e nenhuma câmera estava rolando, eu sussurrei para Ian que ele teria que mantê-las entretidas. Sugeri que ele poderia “contar outras histórias entre os takes”. E foi exatamente o que ele fez. Depois de algumas horas, filmamos tudo o que precisávamos. Quando as crianças foram levadas embora do set, e a equipe passou para a próxima sequência, Ian disse que nunca havia trabalhado tanto na vida! Mais de uma década depois, esperávamos que Ian interpretasse Bilbo novamente nas cenas de abertura de ‘O Hobbit’. Fran [Walsh, esposa e sócia de Jackson] e eu jantamos com Ian e sua esposa Sophie em Londres, e ele nos disse que sentia muito, mas não conseguiria. Após o choque, ele confidenciou que havia sido diagnosticado com a doença de Parkinson e não conseguia mais se lembrar de falas. Ele tinha dificuldade para caminhar e certamente não poderia viajar para a Nova Zelândia. Sempre um homem privado, ele nos disse que basicamente se aposentara, mas tinha anunciado. Foi um golpe, porque tínhamos elaborado uma maneira agradável de passar o papel de Ian como velho Bilbo para Martin Freeman como o jovem Bilbo. Eu descrevi isso para ele, e ele gostou. Também contei a ele como minha mãe e meu tio haviam passado pelo Parkinson há anos, e eu estava muito familiarizado com os efeitos da doença. Nesse ponto, nosso jantar – que achamos que seria sobre nós descrevendo as novas cenas que gostaríamos que ele fizesse, e Ian pensava que seria sobre ele explicar porque não podia fazê-las – de repente se transformou em um ‘think tank’, com Ian, Sophie, Fran e eu tentando descobrir um processo que permitisse a Ian interpretar Bilbo uma última vez. Estávamos filmando na Nova Zelândia – mas e se viéssemos a Londres para filmar suas cenas perto de casa? No final do jantar, ele concordou devagar e disse: “Sim, acho que posso fazer isso”. Mas eu sabia que ele estava apenas fazendo isso como um favor para mim, e eu segurei suas mãos e agradeci com lágrimas nos meus olhos. Começamos a filmar na Nova Zelândia com Martin Freeman como nosso jovem Bilbo. Martin admirava imensamente Ian Holm, mas nunca o conhecera. No entanto, Martin concordou muito generosamente em usar maquiagem protética para interpretar Sir Ian Holm como o velho Bilbo, para alguns takes de longe que precisávamos, e ele capturou seus maneirismos muito bem. Alguns meses depois, retornamos a Londres, levando o nosso Bag End com a gente, e filmamos as cenas de Ian com uma pequena equipe, como prometemos. A adorável esposa de Ian, Sophie, estava ao seu lado todos os dias, ajudando ele e nós. Ao longo de quatro dias, filmamos tudo o que precisávamos. Elijah Wood e Ian haviam se tornado amigos durante “O Senhor dos Anéis”, e Elijah estava no set de Londres todos os dias, dando a Ian apoio adicional. No filme acabado, espero que o público veja o que senti com Ian Holm reprisando Bilbo. Mas o que eu experimentei no set foi um ator maravilhoso fazendo sua última performance. Foi incrivelmente corajoso da parte dele fazer isso, e muito emocional para quem testemunhou. Sempre seremos extremamente gratos a Ian por fazer isso. Durante nosso tempo juntos, Fran e eu gostamos muito dele, e gostamos muito da companhia dele. Para comemorar a conclusão das filmagens, Ian e Sophie convidaram Fran e eu para jantar em sua casa. Foi uma noite adorável, cheia de humor e diversão. Ian e eu percebemos que ambos tínhamos um forte interesse mútuo por Napoleão e conversamos sobre ele por horas. Um ano depois, quando o primeiro filme de “O Hobbit” estreou em Londres, Martin Freeman, um pouco surpreso, finalmente conheceu Ian Holm. Ver Ian Holm se apresentando me ensinou muito – como Ian estava em sua habitual quietude, até que de alguma forma tudo aconteceu. Foi um privilégio trabalhar com ele e uma bênção conhecê-lo. Eu sempre amei a performance de Ian nas cenas finais de ‘O Retorno do Rei’. ‘Acho que estou pronto para outra aventura.’ Adeus, querido Bilbo. Viagens seguras, querido Ian.”
Ian Holm (1931 – 2020)
O ator britânico Ian Holm, conhecido por viver Bilbo em “O Senhor dos Anéis” e Ash em “Alien: O Oitavo Passageiro”, morreu nesta sexta (19/6) aos 88 anos. O agente do ator confirmou a notícia citando complicações do Mal de Parkinson como causa da morte. “Ele morreu pacificamente no hospital, com sua família e seu cuidador. Ian era charmoso, gentil e talentoso, e vamos sentir falta dele enormemente”, escreveu o agente, em comunicado. Um dos atores britânicos mais famosos de sua geração, Ian Holm nasceu em 12 de setembro de 1931, filho de médicos escoceses, na cidade inglesa de Goodmayes, e acumulou diversos prêmios em sua carreira. Ele também deu, literalmente, sangue pela arte. Em 1959, quando fazia parte da Royal Shakespeare Company, a mais prestigiosa trupe do teatro britânico, Holm teve o dedo cortado por Laurence Olivier durante uma luta de espadas na montagem de “Coriolanus”. Acabou com uma cicatriz, que para ele tinha conotação de dedicação e orgulho por seu trabalho. Sua trajetória rumo à fama incluiu várias aparições na televisão britânica no início dos anos 1960, até conquistar destaque como o rei Ricardo III na minissérie da BBC “The Wars of the Roses” (1965). Em seguida, conquistou o papel que lhe deu projeção internacional, ao vencer o Tony (o Oscar do teatro) em sua estreia na Broadway em 1967, como Lenny em “Volta ao Lar”, de Harold Pinter, atuando sob direção de Peter Hall. Holm também estrelou a versão de cinema da peça em 1973, novamente dirigida por Hall, que ainda foi o diretor que o lançou no cinema, apropriadamente numa adaptação de Shakespeare, “Sonho de uma Noite de Verão”, em 1968. Na obra shakespeariana, ele viveu o icônico elfo Puck, que foi o primeiro personagem fantástico de sua filmografia. A consagração no cinema e no teatro seguiram paralelas por quase toda a sua carreira. Ele trabalhou em clássicos como “O Homem de Kiev” (1968), de John Frankenheimer, “Oh! Que Bela Guerra!” (1969), de Richard Attenborough, “Nicholas e Alexandra” (1971), de Franklin J. Schaffner, “Mary Stuart, Rainha da Escócia” (1971), de Charles Jarrot, “As Garras do Leão” (1972), novamente de Attenborough… obras premiadíssimas. Seus personagens marcaram época. Viveu, por exemplo, o vilanesco Príncipe João no cultuadíssimo “Robin e Marian” (1976), sobre a morte de Robin Hood (vivido por Sean Connery), sem esquecer as minisséries que impressionaram gerações, estabelecendo-o no imaginário televisivo como Napoleão em “Os Amores de Napoleão” (1974), o escritor JM Barrie, criador de “Peter Pan”, em “Os Garotos Perdidos” (que lhe rendeu indicação ao BAFTA Awards) e o monstruoso nazista Heinrich Himmler na icônica “Holocausto” (1978). A consagração no cinema veio com a indicação ao Oscar e a vitória no BAFTA por “Carruagens de Fogo”, o filme esportivo mais célebre de todos os tempos, em que viveu um treinador olímpico. Sua versatilidade também lhe garantiu muitos admiradores geeks. Holm impactou a ficção científica por suas atuações como Ash, o androide traidor, que acabava decapitado em “Alien: O Oitavo Passageiro” (1979), de Ridley Scott, o burocrata Sr. Kurtzmann em outro clássico, o fantástico “Brazil, o Filme” (1985), de Terry Gilliam, o padre Cornelius em “O Quinto Elemento” (1997), melhor filme de Luc Besson, e o cientista que prevê o apocalipse de “O Dia Depois de Amanhã” (2004), de Roland Emmerich. Ele ainda trabalhou com Gilliam em “Os Bandidos do Tempo” (1981), numa das três vezes em que viveu Napoleão. Foi nesta época, inclusive, que começou sua conexão com “O Senhor dos Anéis”. Em 1981, quando a BBC produziu uma adaptação para o rádio da obra de J.R.R. Tolkien, ele foi o escolhido para dar voz a Frodo. Vinte anos depois, virou o tio de Frodo, Bilbo Bolseiro, na trilogia cinematográfica de Peter Jackson, lançada entre 2001 e 2003 — o final da saga, “O Retorno do Rei”, rendeu-lhe o SAG Awards (prêmio do Sindicato dos Atores dos EUA) como parte do Melhor Elenco do ano. Sua carreira foi repleta de aventuras fantásticas, incluindo “Juggernaut: Inferno em Alto-Mar” (1974), de Richard Lester, e “Greystoke: A Lenda de Tarzan” (1984), uma das mais fiéis adaptações da obra de Edgar Rice Burroughs, na qual interpretou o francês Phillippe D’Arnot, o melhor amigo de Tarzan. Mas também dramas sutis, como “Dançando com um Estranho” (1985), de Mike Newell, e “A Outra” (1988), de Woody Allen. Holm perpetuou-se nas telas em várias adaptações shakespeareanas, numa lista que conta ainda com “Henrique V” (1989), de Kenneth Branagh, e “Hamlet” (1990), de Franco Zeffirelli. E multiplicou-se em obras cults, como “Kafka” (1991), de Steven Sodebergh, “Mistérios e Paixões” (1991), de David Cronenberg, “As Loucuras do Rei George (1994), de Nicholas Hytner, “Por uma Vida Menos Ordinária” (1997), de Danny Boyle, “O Doce Amanhã” (1997), de Atom Egoyan, etc, etc. Ele até voltou a viver Napoleão uma terceira vez, em “As Novas Roupas do Imperador” (2001), de Alan Taylor, tornando-se o ator mais identificado com o papel. Entre os cerca de 130 desempenhos que legou ao público também destacam-se os primeiros filmes dirigidos pelos atores Stanley Tucci (“A Grande Noite”, em 1996) e Zach Braff (“Hora de Voltar”, em 2004), os dramas premiados “O Aviador” (2004), de Martin Scorsese, e “O Senhor das Armas” (2005), de Andrew Niccol, e a animação “Ratatouille” (2007), da Disney-Pixar. Seus últimos trabalhos foram resgates de seus papéis mais populares. Ele voltou a viver Ash no videogame “Alien: Isolation”, lançado em 2014, e a versão envelhecida de Bilbo na trilogia “O Hobbit”, encerrando sua filmografia em 2014, com “O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos”. Tudo isso, apesar de sofrer de ataques de pânico a cada vez que as luzes acendiam, o diretor dizia “ação” e as cortinas se abriam. Tudo isso, que também lhe rendeu a nomeação de Comandante do Império Britânico em 1989, a distinção de cavaleiro, conferida pela Rainha Elizabeth II em 1998, a admiração de seus pares e o encantamento de fãs, ao redor do mundo.
Série do Senhor dos Anéis será gravada nos mesmos cenários dos filmes
A Nova Zelândia voltará a servir de paisagem para a Terra Média. A Amazon confirmou que o país será a locação de sua nova série “O Senhor dos Anéis”, conforme já se cogitava desde dezembro do ano passado. Os três filmes da trilogia “O Senhor dos Anéis” feitos no início dos anos 2000, bem como a trilogia seguinte, “O Hobbit”, foram rodados na Nova Zelândia pelo diretor Peter Jackson. E as mesmas paisagens serão utilizadas na trama seriada. “Enquanto procurávamos a locação na qual poderíamos dar vida à beleza primordial da segunda era da Terra Média, sabíamos que precisávamos encontrar um lugar majestoso, com litorais, florestas e montanhas imaculadas e que também abrigasse sets de primeira linha, estúdios e artesãos e outros profissionais habilidosos e experientes”, disseram os produtores-executivos J.D. Payne e Patrick McKay, justificando o retorno à Nova Zelândia em um comunicado. “Esta é uma produção cobiçada e uma notícia fantástica para o setor cinematográfico da Nova Zelândia e para a nossa economia”, disse o ministro de Desenvolvimento Econômico, Phil Twyford, em um comunicado separado. Mesmo antes de começar a ser gravada, a série já está sendo considerada a mais cara da história. Isto porque, só pelos direitos da obra, a Amazon teria desembolsado US$ 250 milhões, preço da produção de um blockbuster. O orçamento total está estimado em US$ 1 bilhão, que deverá cobrir cinco temporadas. Para efeitos de comparação, a série mais cara da Netflix, “The Crown” teve um orçamento de US$ 130 milhões em sua 1ª temporada. Já a temporada final de seis episódios de “Game of Thrones” foi orçada em US$ 90 milhões – US$ 15 milhões por episódio. A atração deve explorar histórias que se passam na Terra Média de Tolkien, mas ainda não foram contadas no cinema. Segundo comunicado oficial da Amazon, a trama seria um prólogo, passado antes dos eventos de “A Sociedade do Anel”, o primeiro volume da trilogia. Ou seja, mostrará aventuras inéditas e originais passadas na Terra Média, com personagens conhecidos, numa trama situada entre as duas trilogias cinematográficas do universo de Tolkien, “O Hobbit” e “O Senhor dos Anéis”. As gravações vão começar nos próximos meses, sob comando dos produtores-roteiristas JD Payne e Patrick McKay, que trabalharam nos filmes recentes da saga “Star Trek”.
Diretor de Jurassic World: Reino Ameaçado vai comandar série de O Senhor dos Anéis
A Amazon fechou com o cineasta espanhol J.A. Bayona (de “Jurassic World: Reino Ameaçado”) para comandar episódios da sua bilionária série de “O Senhor dos Anéis”. Além de dirigir os dois primeiros capítulos da série, ele também fará parte da produção executiva da atração junto de sua parceira Belén Atienza, que produz suas obras desde “O Orfanato” (2007). Os dois também trabalharam juntos no filme mais recente do diretor, “Jurassic World: Reino Ameaçado”, que teve bilheteria de US$ 1,3 bilhão. “J.R.R. Tolkien criou uma das histórias mais extraordinárias e inspiradoras de todos os tempos”, disse Bayona em comunicado oficial. “Como fã de longa data, é uma honra e alegria me juntar a essa equipe criativa. Mal posso esperar para levar o público de volta à Terra Média”, finalizou. Mais detalhes sobre a adaptação ainda estão por vir, mas o primeiro comunicado oficial da Amazon apontava que a produção seria um prólogo, passado antes dos eventos de “A Sociedade do Anel”, o primeiro volume da trilogia. Ou seja, a série mostraria aventuras inéditas e originais com personagens conhecidos dos livros e filmes, numa trama situada entre as duas trilogias cinematográficas do universo de Tolkien, “O Hobbit” e “O Senhor dos Anéis”. A adaptação está a cargo da roteiristas JD Payne e Patrick McKay (de “Star Trek: Sem Fronteiras”), showrunners da atração, que estão trabalhando nas histórias com Gennifer Hutchison (de “Breaking Bad”) e Bryan Cogman (de “Game of Thrones”). Não há previsão de estreia para a série, mas os executivos da Amazon esperam um lançamento em 2021.
Mira Sorvino revela ter sido estuprada por Harvey Weinstein
A atriz Mira Sorvino, uma das primeiras a denunciar o comportamento abusivo do ex-produtor Harvey Weinstein na imprensa americana, revelou que não foi vítima de simples assédio, mas sim de estupro. Ela deu detalhes do ataque pela primeira vez durante uma coletiva de imprensa com o governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, em apoio a mudanças nas leis que tratam de crimes de natureza sexual. “Eu estou aqui, diante de vocês, dizendo que não só fui vítima de assédio sexual e agressão nas mãos do Sr. Weinstein, como também sou uma sobrevivente de estupro”, declarou a atriz, vencedora do Oscar em 1996 pelo filme “Poderosa Afrodite”. “Eu estou dizendo isso aqui, agora, para tentar ajudar as pessoas. Há muitas sobreviventes como eu por aí que precisam de justiça, e sentem que precisam de um tempo maior para lidar com o trauma e a vergonha associados a um crime como este”, continuou, em defesa pelo aumento do prazo de prescrição para assédio e abuso sexual em Nova York. “Eu posso dizer a vocês que em um caso como o meu, que fui estuprada durante um encontro, há muita vergonha envolvida. Você sente, sempre, que é de alguma forma sua culpa”, completou. Sorvino denunciou Weinstein na primeira reportagem sobre o escândalo sexual na revista New Yorker e, desde então, tem se destacado à frente da campanha Time’s Up, que denuncia assédio sexual dentro e fora dos ambientes de trabalho. No artigo original em que contou o abuso de Weinstein, ela também disse ter enfrentado dificuldades para trabalhar em Hollywood após se recusarem a aceitar novos avanços de Weinstein. Depois disso, o diretor Peter Jackson veio à público dizer que, quando considerou escalar Sorvino em “O Senhor dos Anéis”, Weinstein vetou a ideia, com a justificativa de que a atriz tinha “um temperamento difícil”. E o diretor Terry Zwigoff confirmou a lista negra, revelando que Weinstein não o deixou escalar Sorvino em “Papai Noel às Avessas”.
Roteirista de Game of Thrones será consultor da série de O Senhor dos Anéis na Amazon
O produtor e roteirista Bryan Cogman, que escreveu diversos episódios de “Game of Thrones”, foi escalado como consultor da série baseada em “O Senhor dos Anéis”, produzida pela Amazon. Cogman fechou um contrato com a Amazon após a HBO dispensar seu projeto de spin-off de “Game of Thrones”. Ele é o autor de um dos raros episódios elogiados da 8ª temporada, “A Knight of the Seven Kingdoms”, o segundo exibido na reta final. Ele se juntará à equipe formada por J.D. Payne e Patrick McKay (de “Star Trek: Sem Fronteiras”), que comandam o projeto. Mais detalhes sobre a adaptação ainda estão por vir, mas o primeiro comunicado oficial da Amazon apontava que a produção seria um prólogo, passado antes dos eventos de “A Sociedade do Anel”, o primeiro volume da trilogia. Ou seja, a série mostrará aventuras inéditas e originais com personagens conhecidos dos livros e filmes, numa trama situada entre as duas trilogias cinematográficas do universo de Tolkien, “O Hobbit” e “O Senhor dos Anéis”. Recentes publicações nas redes sociais da Amazon revelaram um mapa da Terra Média que destacava a ilha de Númenor, antiga civilização de origem dos ancestrais de Aragorn e dos Reis dos Homens. Na história de Tolkien, a ilha submergiu no fundo do oceano após seus habitantes travarem guerras com os deuses.
Peter Jackson desenvolve documentário sobre os bastidores do último disco dos Beatles
O diretor Peter Jackson, das trilogias “O Senhor dos Anéis” e “O Hobbit”, dirigirá um documentário sobre a gravação do último álbum dos Beatles, “Let It Be”. Ele teve acesso a quase 55 horas de filmagens inéditas dos bastidores da produção, segundo anunciou nesta quarta-feira (30/1) a gravadora Universal Music. As filmagens foram realizadas entre 2 e 31 de janeiro de 1969 por Michael Lindsay-Hogg e renderam um documentário famoso, também chamado “Let It Be”, que culmina no lendário show dos Beatles no terraço do escritório do estúdio de gravação da Apple em Savile Row. A apresentação está completando 50 anos nesta semana. O filme original foi lançado junto do disco em 1970, meses depois de o grupo se separar. Mas muito material ficou de fora e as cenas contam uma história rica e muito diferente do que a maioria dos fãs imagina. “É simplesmente um tesouro histórico incrível”, afirmou Jackson, no comunicado oficial do projeto. “Há momentos de drama, mas não há nada das desavenças às quais este projeto sempre foi associado. Olhar John, Paul, George e Ringo trabalhar juntos, criando o que são agora já clássicos, do nada, não é só fascinante, é divertido, inspirador e surpreendentemente íntimo”. “É como ter uma máquina do tempo que nos transportasse a 1969. Pudemos nos sentar em uma cadeira do estúdio e simplesmente ver estes quatro amigos fazendo música juntos”, completou. Ainda sem título, o documentário está em fase de produção e conta com o total cooperação de Paul McCartney, Ringo Starr, Yoko Ono Lennon e Olivia Harrison, segundo a gravadora. Jackson trabalhará com os mesmos parceiros de seu documentário sobre a 1ª Guerra Mundial “They Shall Not Grow Old”, a produtora Clare Olssen e o editor Jabez Olssen, e serão utilizadas as mesmas técnicas surpreendentes de restauração de imagens para dar ao filme uma aparência de produção atual. Não há previsão para o lançamento.
Visual grandioso de Máquinas Mortais esconde trama superficial
A mágica da adaptação que Peter Jackson, Fran Wash e Philippa Boyens fizeram em “O Senhor dos Anéis” já não funcionou tão bem em “O Hobbit” e desanda de vez em “Máquinas Mortais”. O livro de Philip Reeve tem uma premissa original e curiosa: um mundo pós-apocalíptico em que os aglomerados urbanos se tornaram Cidades de Tração, ou seja, cidades móveis, que vão andando de um lado para o outro tentando se alimentar das menores ou fugir das maiores. Imagine se os carros de Mad Max fossem… err… cidades… e você terá uma boa ideia do mundo habitado pelas “Máquinas Mortais”. E, visualmente, o filme é espetacular. A escala é enorme e o conceito absurdo funciona muito bem na tela grande: o design de produção, os tipos de cidades, suas engrenagens, os figurinos, a inspiração steampunk, está tudo lá, atuando de maneira muito eficiente como reforço ao roteiro. O problema são os personagens caricatos, as frases de efeito manjadas e as coincidências que precisam ocorrer para a história andar (com o perdão do trocadilho). Em “Máquinas Mortais”, as cidades são mais interessantes do que os humanos. A impressão que se tem é que o filme precisou condensar muita informação e não conseguiu equilibrá-las de maneira razoável. Toda a mitologia por trás do mundo futurista precisou ser apresentada em um off inicial (chupado do “Senhor dos Anéis”) e muitos, muitos diálogos expositivos. Os personagens principais não têm tempo para serem apresentados e isso impede uma identificação clara com eles: pretendem não ser arquetípicos, mas também não são bem desenvolvidos, tornando-se indiferentes para o público. Outros aparecem e desaparecem de acordo com a necessidade do roteiro. O supervisor de efeitos visuais de várias produções de Peter Jackson, Christian Rivers, estreia na direção de longas com um projeto ambicioso que começa muito bem, mas vai perdendo… hã… combustível à medida em que avança. Iniciando com uma sequência espetacular que apresenta o mundo, os personagens e suas situações, “Máquinas Mortais” vai perdendo empolgação, chegando a um clímax… corrido, com resoluções gratuitas jogadas na tela sem vergonha nenhuma. Os atores vão ficando cada vez mais caricatos e quando chegam os créditos, a história de vingança contra um dos líderes de Londres (uma cidade-tração gigantesca que consome as menores) se torna uma sombra distante do que prometia aquela cena de abertura. Nem mesmo a interessante alegoria do darwinismo municipal é bem aproveitada, apenas raspando na discussão de como nossas metrópoles acabam “engolindo” comunidades menores. Sobra o visual arrebatador, algumas cenas de ação eficientes e as piadinhas divertidas com nossos itens de consumo tornados peças de museu. Pena que “Máquinas Mortais” não deverá sobreviver tanto tempo assim em nossas memórias. Ironicamente, não teve forças para ir tão longe quanto pretendia…
Homem-Aranha no Aranhaverso é principal lançamento da semana no Brasil
Animação mais bem-avaliada de 2018, “Homem-Aranha no Aranhaverso” finalmente estreia no Brasil. E vem acompanhada por mais dois campeões de aprovação e prêmios. O primeiro longa animado do Homem-Aranha não é apenas uma opção divertida, capaz de agradar a crianças de todas as idades. O filme é uma autêntica obra de arte de visual inovador, que incorpora elementos dos quadrinhos e da pop art. E também representa um arrojo tecnológico, graças ao uso de uma nova ferramenta, criada especificamente para o filme, que permite “desenhar em computador” com a mesma desenvoltura das antigas animações feitas à mão. Com 97% no Rotten Tomatoes, “Homem-Aranha no Aranhaverso” ainda conquistou prêmios de diversas associações da crítica, como o Globo de Ouro de Melhor Animação, superando as produções da Disney, o que lhe dá ímpeto para tentar buscar o Oscar 2019. Outro filme premiado no Globo de Ouro, “A Esposa” rendeu o troféu de Melhor Atriz para Glenn Close. Ela interpreta a personagem do título, que, durante 40 anos, viveu devotada ao marido, um escritor famoso. Mas no momento em que ele se prepara para receber a maior honra de sua carreira, o prêmio Nobel, ela chega ao limite da tolerância de suas infidelidades e comportamento abusivo, percebendo todo o egoismo, machismo e repressão que a impediu de se tornar uma escritora por seus próprios méritos, apesar do talento demonstrado na juventude. A produção é de 2017, mas, apesar de causar furor no Festival de Toronto, foi guardada pelo estúdio Sony Pictures Classics por mais de um ano, numa estratégia de apostar apenas em “Me Chame pelo Seu Nome” no Oscar passado. “A Esposa” tem 84% de aprovação e coloca Glenn Close como forte candidata ao Oscar deste ano. O terceiro destaque da semana é o novo drama do cineasta Hirokazu Kore-eda. Candidato japonês ao Oscar, “Assunto de Família” foi o vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes 2018. O drama humanista vem comovendo a crítica internacional ao contar a história de uma família de ladrões sem-teto que resolve adotar uma criança abandonada. Kore-eda é um especialista em filmes sobre famílias disfuncionais. Ele já havia vencido o Prêmio do Júri de Cannes em 2013 com outro filme do gênero, “Pais e Filhos”, que questionava a noção de paternidade biológica por meio da troca de bebês. “Assunto de Família” agradou muito mais, com impressionantes 99% de aprovação no Rotten Tomatoes. Os outros lançamentos da semana incluem a sci-fi “Máquinas Mortais”, produção do cineasta Peter Jackson (“O Hobbit”) que virou o maior mico do final do ano passado nos EUA, podendo dar prejuízo de até US$ 150 milhões aos estúdios Universal. O rombo é tão grande que deve, finalmente, acabar com a mania de adaptações de distopias literárias juvenis. Há ainda um documentário português sobre a tradição das mergulhadoras japonesas que pescam ostras e um drama romântico libanês sobre a melancolia da juventude. Confira abaixo os trailers e as sinopses de todos os filmes que estreiam nesta quinta (10/1) nos cinemas brasileiros. Homem-Aranha no Aranhaverso | EUA | Animação Miles Morales é um jovem negro do Brooklyn que se tornou o Homem-Aranha inspirado no legado de Peter Parker, já falecido. Entretanto, ao visitar o túmulo de seu ídolo em uma noite chuvosa, ele é surpreendido com a presença do próprio Peter, vestindo o traje do herói aracnídeo sob um sobretudo. A surpresa fica ainda maior quando Miles descobre que ele veio de uma dimensão paralela, assim como outras versões do Homem-Aranha. A Esposa | EUA | Drama Joan Castleman (Glenn Close) é casada com um homem controlador e que não sabe como cuidar de si mesmo ou de outra pessoa. Ele é um escritor e está prestes a receber um Prêmio Nobel de literatura. Joan, que passou 40 anos ignorando seus talentos literários para valorizar a carreira do marido, decide abandoná-lo. Assunto de Família | Japão | Drama Depois de uma de suas sessões de furtos, Osamu (Lily Franky) e seu filho se deparam com uma garotinha. A princípio, eles relutam em abrigar a menina, mas a esposa de Osamu concorda em cuidar dela depois de saber das dificuldades que enfrenta. Embora a família seja pobre e mal ganhe dinheiro com os pequenos crimes que cometem, eles parecem viver felizes juntos até que um incidente revela segredos escondidos, testando os laços que os unem. Máquinas Mortais | EUA | Sci-fi A Terra está destruída e, para sobreviver, as cidades se movem em rodas gigantes, conhecidas como Cidades Tração, e lutam com outras para conseguir mais recursos naturais. Quando Londres se envolve em um ataque, Tom (Robert Sheehan) é lançado para fora da cidade junto com uma fora-da-lei (Hera Hilmar) e os dois juntos precisam lutar para sobreviver e ainda enfrentar uma ameaça que coloca a vida no planeta em risco. Yara | Líbano | Drama Em um Líbano pacífico, numa fazenda localizada no Vale de Qadisha, moram Yara e sua avó. Elas levam rotinas leves enquanto fazem a manutenção do território e desfrutam da bucólica paisagem rural. Quando Elias, um jovem andarilho, decide descansar por um tempo na vila, Yara instantaneamente trava amizade com ele. Com o passar dos dias, os dois engatam em um amor de verão. Ama-San | Portugal | Documentário O documentário mostra a vida de mulheres que trabalham arriscando as suas próprias vidas. Elas mergulham enquanto a luz do meio-dia se infiltra pelos mares do Japão. Ao encher os pulmões de ar, elas se aventuram no fundo do mar em busca de ostras, algas e pérolas. Uma tarefa que acontece no Japão há mais de 2000 anos.
Fracasso de Máquinas Mortais pode dar prejuízo de até US$ 150 milhões
A péssima bilheteria de estreia de “Máquinas Mortais” na América do Norte acionou alarmes no estúdio Universal. A sci-fi abriu com uma arrecadação apocalíptica de apenas US$ 7,5M (milhões) em seu primeiro fim de semana em cartaz nos Estados Unidos e no Canadá. O fim do mundo. Embora tenha se saído melhor no exterior, atingindo um total de US$ 42,3M, dificilmente seu orçamento de US$ 110M será coberto. Para piorar, fontes ouvidas pelo site Deadline garantem que o total gasto na produção foi muito maior que o divulgado. Após consultar analistas do mercado, o site considerou que o filme pode render um prejuízo estimado entre US$ 100M a US$ 150M, após deduzir impostos, salários de equipe e todos os gastos de marketing. A Universal apostou que o nome de Peter Jackson, coautor do roteiro e responsável pela produção, seria suficiente para atrair o público. Perdeu. O cineasta de “O Senhor dos Anéis” não assinou a direção do filme, que ficou a cargo do estreante Christian Rivers, assistente de Jackson nos filmes do “Hobbit” e técnico de efeitos visuais nas duas trilogias da Terra Média. Para completar, a produção foi protagonizada por atores pouco expressivos como Hera Hilmar (série “Da Vinci’s Demons”), Robert Sheehan (“Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos”) e Jihae (série “Mars”). Não são exatamente astros de blockbusters. Os nomes mais famosos do elenco são Hugo Weaving (“O Hobbit”) e Stephen Lang (“Avatar”), que vivem os antagonistas. Mesmo assim, havia planos de lançar uma franquia baseada no longa, extraído do primeiro volume de uma quadrilogia literária do escritor britânico Philip Reeve, conhecida como as “Crônicas das Cidades Famintas”. A história é completamente absurda, sobre cidades gigantescas que devoram o que encontram pelo caminho, transformadas em aparatos gigantescos via tecnologia steampunk, na vastidão desértica do pós-apocalipse. O fracasso enterra de vez o ciclo das adaptações de distopias juvenis, que já tinha levado tiros fatais anteriormente, mas não na cabeça. “Máquinas Mortais” não terá continuação, assim como a “5ª Onda”, “O Doador de Memórias”, “A Hospedeira” e “Divergente”, que ficou sem final com o cancelamento de seu quarto filme. Apesar disso, vem aí “Chaos Walking” em 2020. O filme não dirigido por Peter Jackson estreia no Brasil em 10 de janeiro, mesmo dia de “Hellboy” e do elogiadíssimo “Homem-Aranha no Aranhaverso”.










