Novo “Indiana Jones” é aplaudido por 5 minutos no Festival de Cannes
O aguardado “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” teve sua premiere no Festival de Cannes nesta quinta-feira (18/5). Após a exibição, o quinto filme da franquia estrelada por Harrison Ford foi ovacionado pelo público com aplausos de pé por cinco minutos. Em um vídeo divulgado pelo Deadline, o icônico protagonista aparece visivelmente emocionado com a reação. As palmas começaram assim que os créditos do filme subiram na tela, com o público se levantando quando as luzes se acenderam. A manifestação de aplausos só cessou quando o diretor James Mangold (“Logan”) recebeu um microfone para se dirigir à plateia, agradecendo pela recepção calorosa no auditório do Grand Théâtre Lumière. Com seus 80 anos, Ford confirmou que o longa será sua despedida do personagem, que já interpreta há 40 anos. Pouco antes da exibição, o ator foi homenageado com uma versão honorária do Palma de Ouro, o grande prêmio do evento. Na ocasião, foi exibida uma coleção de cenas de toda sua carreira, o que o levou a comentar: “Dizem que antes de morrer, você vê sua vida passar diante dos seus olhos, e acabei de ver minha vida passar diante dos meus olhos”. “Estou feliz e honrado, mas tenho um filme que vocês precisam assistir”, completou, preferindo chamar atenção para a produção da Disney/Lucasfilm. O elenco presente ainda incluiu Phoebe Waller-Bridge (“Fleabag”) e Mads Mikkelsen (“Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore”), que juntamente com a produtora Kathleen Kennedy (“Star Wars: Episódio IX”), o presidente da Disney, Bob Iger, e a esposa de Ford, a atriz Calista Flockhart, aplaudiram o ator. “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” traz Harrison Ford de volta ao papel-título e se passa em 1969. Mas a sequência de abertura leva o público de volta a 1944, usando o que Mangold chamou de “tecnologia incrível” para rejuvenescer Ford. Mais tarde, descobrimos que Indy passou mais de uma década ensinando no Hunter College de Nova York. O estimado professor de arqueologia prepara-se para se aposentar em seu modesto apartamento onde, atualmente, vive sozinho. As coisas mudam após uma visita surpresa de sua afilhada distante Helena Shaw (Waller-Bridge), que está procurando um artefato raro que seu pai confiou a Indy anos antes: um dispositivo que supostamente detém o poder de localizar fissuras no tempo. Vigarista talentosa, Helena rouba o mostrador e sai rapidamente do país para vender o artefato pelo lance mais alto. Sem escolha a não ser ir atrás dela, Indy tira a poeira de seu chapéu fedora e jaqueta de couro para um passeio final. Enquanto isso, um velho inimigo de Indy, Jürgen Voller (Mikkelsen), ex-nazista que agora trabalha no programa espacial dos EUA, tem seus próprios planos para o mostrador, um esquema horrível que pode mudar o curso da história mundial. O elenco também Antonio Banderas (“Uncharted”), Shaunette Renée Wilson (“Pantera Negra”), Toby Jones (“Capitão América: O Primeiro Vingador”), Thomas Kretschmann (“King Kong”) e John Rhys-Davies, que retoma o papel de Sallah, o maior escavador do Egito, introduzido no clássico “Os Caçadores da Arca Perdida” (1981) e visto pela última vez em “Indiana Jones e a Última Cruzada” (1989). O filme estreia em 29 de junho no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA. Harrison Ford is visibly moved from the reception of #IndianaJones #Cannes2023 pic.twitter.com/erLhJ20xAe — Deadline Hollywood (@DEADLINE) May 18, 2023 The Cannes Film Festival proclaims Harrison Ford as “one of the greatest stars in cinema” #IndianaJones #Cannes2023 pic.twitter.com/542B9qNIdu — Deadline Hollywood (@DEADLINE) May 18, 2023
Festival de Cannes começa com polêmica, volta de brasileiros e recorde de cineastas femininas
O 76º Festival de Cannes inicia nesta terça-feira (16/5), em meio a críticas e mudanças. Após uma versão simbólica em 2020 e uma mais enxuta em 2021, o festival reconquista neste ano o seu posto como a maior e mais glamourosa plataforma da indústria no planeta. Saudado por sua importância na revelação de grandes obras, que pautarão o olhar cinematográfico pelo resto do ano, o evento francês também costuma enfrentar críticas por elencar personalidades envolvidas em escândalos. Neste ano, o evento abrirá com a exibição do drama histórico “Jeanne du Barry” (fora de competição), estrelado por Johnny Depp (“Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindewald”), que está recuperando sua imagem após ser acusado de agredir e violentar sua ex-esposa, Amber Heard. Em relação às críticas, o diretor do evento, Thierry Fremaux, afirmou não se importar com o julgamento do ator. “Não conheço a imagem de Johnny Depp nos Estados Unidos. Não sei o que é, Johnny Depp só me interessa como ator. Sou a pessoa menos indicada para falar de tudo isso, porque se há alguém que não se interessou por este mesmo julgamento midiático, sou eu”, declarou Frémaux. Esta não é a primeira vez que o evento é criticado por ignorar pautas femininas. O festival, que estendeu tapete vermelho para Woody Allen exibir “Meia-Noite em Paris” e “Café Society” (durante o auge do #MeToo), também “perdoou” o cineasta Lars von Trier (“Melancolia”), acusado pela cantora Björk de assédio sexual. Neste ano, porém, há uma pequena mudança: dentre os 19 filmes competindo pela Palma de Ouro (premiação máxima), seis deles são dirigidos por mulheres – um recorde para o festival. São eles: “Club Zero” de Jessica Hausner; “Les Filles D’Olfa” de Kaouther Ben Hania; “Anatomie D’une Chute” de Justine Triet; “La Chimera” de Alice Rohrwacher; “L’Ete Dernier” de Catherine Breillat e “Banel Et Adama” de Ramata-Toulaye Sy. O Festival de 2023 também bateu recorde de mulheres selecionadas fora da competição principal – ou seja, incluindo mostras alternativas como a Un Certain Regard e exibições especiais. São 14 títulos dirigidos por mulheres entre os 51 anunciados. Depois da ausência no ano passado, o cinema brasileiro também retorna em grande estilo em 2023. O país está sendo representado por quatro longas-metragens na programação: “A Flor do Buriti” , dirigido por João Salaviza (“Russa”) e Renée Nader Messora (“Chuva e Cantoria na Aldeia dos Mortos”), na mostra Um Certo Olhar; “Levante”, de Lillah Halla (“Menarca”), na Semana da Crítica; “Nelson Pereira dos Santos — Uma Vida de Cinema”, dirigido por Aída Marques (“Estação Aurora”) e Ivelise Ferreira (“A Música Segundo Tom Jobim”), na Cannes Classics; e “Retratos Fantasmas”, de Kleber Mendonça Filho (“Bacurau”), nas Sessões Especiais. Para completar, o cineasta cearense Karim Aïnouz (“A Vida Invisível”) dirige a produção britânica “Firebrand”, que está competindo pela Palma de Ouro. Aïnouz comentou sobre a importância da exibição de longas brasileiros no festival. “É lindo ter essa presença brasileira em Cannes este ano. É importante estarmos de volta à arena cinematográfica internacional”, disse ao jornal O Globo. “Confesso que ficaria mais feliz ainda se ‘Firebrand’ fosse inteiramente brasileiro. Mas tudo bem, a alma dele é brasileira, tem muito calor, independentemente de falar sobre a família real inglesa do século XVI”, completou. O programa apresenta ainda uma seleção de destaque do cinema internacional, incluindo renomados diretores como Wim Wenders (“Papa Francisco: Um Homem de Palavra”), Wes Anderson (“A Crônica Francesa”), Ken Loach (“Eu, Daniel Blake”), Nuri Bilge Ceylan (“A Árvore dos Frutos Selvagens”), Todd Haynes (“Carol”), Nanni Moretti (“Habemus Papam”), Pedro Almodóvar (“Mães Paralelas”), Steve McQueen (“12 Anos de Escravidão”) e Marco Bellocchio (“O Traidor”), juntamente com jovens cineastas de diferentes origens. Além disso, duas aguardadas superproduções de Hollywood estão programadas para terem sua estreia na pequena cidade da Riviera Francesa: “Indiana Jones e a Relíquia do Destino”, o quinto e último capítulo da famosa franquia estrelada por Harrison Ford (“Falando a Real”), e “Assassinos da Lua das Flores”, dirigido por Martin Scorsese (“As Últimas Estrelas do Cinema”) e estrelado por Leonardo DiCaprio (“Não Olhe para Cima”). A recém-empossada presidente do festival Iris Knobloch comentou sobre o evento ao anunciar o programa. “Poderíamos falar de uma volta às origens, mas eu prefiro dizer que Cannes está de volta para o futuro. Cannes oferece uma fotografia do presente cinematográfico, e a seleção dá uma ideia do que agita o cinema neste momento. É um programa estética e geograficamente abrangente. Os filmes e o público estão de volta aos cinemas”, destacou. Confira abaixo a lista atualizada dos títulos em competição nas principais mostras do evento. Concorrentes à Palma de Ouro Club Zero – Jessica Hausner The Zone of Interest – Jonathan Glazer Fallen Leaves – Aki Kaurismaki Les Filles D’Olfa – Kaouther Ben Hania Asteroid City – Wes Anderson Anatomie d’Une Chute – Justine Triet Monster – Kore-Eda Hirokazu Il Sol dell’Avvenire – Nanni Moretti L’Été Dernier – Catherine Breillat Kuru Otlar Ustune – Nuri Bilge La Chimera – Alice Rohrwacher La Passion de Dodin Bouffant – Tran Anh Hun Rapito – Marco Bellocchio May December – Todd Haynes Jeunesse – Wang Bing The Old Oak – Ken Loach Banel e Adama – Ramata-Toulaye Sy Perfect Days – Wim Wenders Firebrand – Karim Aïnouz Filmes indicados ao prêmio Un Certain Regard Le Règne Animal – Thomas Cailley Los Delincuentes – Rodrigo Moreno How to Have Sex – Molly Manning Walker Goodbye Julia – Mohamed Kordofani Kadib Abyad – Asmae El Moudir Simple Comme Sylvain – Monia Chokri A Flor do Buriti – João Salaviza e Renée Nader Messora Los Colonos – Felipe Gálvez Augure – Baloji Tshiani The Breaking Ice – Anthony Chen Rosalie – Stéphanie Di Giusto The New Boy – Warwick Thornton If Only I Could Hibernate – Zoljargal Purevdash Hopeless – Kim Chang-hoon Terrestrial Verses – Ali Asgari e Alireza Khatami Rien à Perdre – Delphine Deloget Les Meutes – Kamal Lazraq Filmes que serão exibidos no Festival de Cannes 2023 Jeanne Du Barry – Maïwenn (abertura do festival) Indiana Jones e o Chamado do Destino – James Mangold (fora de competição) Cobweb – Kim Jee-woon (fora de competição) The Idol – Sam Levinson (fora de competição) Killers of the Flower Moon – Martin Scorsese (fora de competição) Kennedy – Anurag Kashyap (sessão da meia-noite) Omar la Fraise – Elias Belkeddar (sessão da meia-noite) Acide – Just Philippot (sessão da meia-noite) Kubi – Takeshi Kitano (Cannes Première) Bonnard, Pierre et Marthe – Martin Provost (Cannes Première) Cerrar Los Ojos – Victor Erice (Cannes Première) Le Temps d’Aimer – Katell Quillévéré (Cannes Première) Man in Black – Wang Bing (sessões especiais) Occupied City – Steve McQueen (sessões especiais) Anselm (Das Rauschen der Zeit) – Wim Wenders (sessões especiais) Retratos Fantasmas – Kleber Mendonça Filho (sessões especiais)
Com brasileiros e recorde de mulheres, Festival de Cannes anuncia filmes selecionados
O Festival de Cannes anunciou nesta quinta-feira (13/4) os filmes selecionados para a disputa da Palma de Ouro na 76ª edição da premiação, além dos títulos que vão fazer parte de exibições e mostras. A 76ª edição do evento, que ocorre de 16 e 27 de maio, vai contar com três longas brasileiros e é marcado pelo recorde de mulheres indicadas. A edição de 2023 do Festival de Cannes traz o recorde de seleção de produções dirigidas por mulheres. São seis diretoras indicadas na categoria principal e outras 14 foram em outras categorias, de um total de 51 filmes selecionados. Apesar de ser o maior número já registrado desde, a participação delas ainda não chega a 50%. Na premiação principal, as produções dirigidas por mulheres indicados ao prêmio são: La Chimera (Alice Rohrwacher), Club Zero (Jessica Hausner), Last Summer (Catherine Breillat), Anatomie d’une chute (Justine Triet), Banel et Adama (Ramata-Toulaye Sy), e Olfa’s Daughters (Kaouther Ben Hania). O recorde anterior é da edição de 2022, com 5 mulheres na categoria principal. Até então, apenas duas mulheres venceram a Palma de Ouro desde a criação do prêmio: Jane Campion, com “O Piano”, em 1993, e Julia Ducournau, com “Titane”, em 2021. O Festival traz também o Brasil na disputa principal com o diretor Karim Aïnouz> (“A Vida Invisível”) e seu filme “Firebrand”, que tem como enredo o casamento da rainha Catarina Parr e do rei Henrique VIII, e traz Jude Law e Alicia Vikander no elenco. Além de “Firebrand”, o documentário “Retratos Fantasmas”, de Kleber Mendonça Filho (“Bacurau”), vai estrear na mostra Cannes Premières, trazendo o centro de Recife como personagem principal. Já “A Flor do Buriti”, da brasileira Renée Nader Messora com o português João Salaviza, vai estar na mostra Um Certo Olhar (Un Certain Regarde). Entre os filmes que vão fazer parte do Festival, vale destacar “Asteroid City”, de Wes Anderson (“O Grande Hotel Budapeste”), que traz nomes de peso no elenco, como Tom Hanks, Margot Robbie, Scarlett Johansson e Tilda Swinton. Os aguardados “Killers of the Flower Moon”, de Martin Scorsese, o quinto filme da saga “Indiana Jones” e até a série “Idol”, da HBO, também estarão em Cannes. São destaques ainda o novo curta de Almodóvar, “Strange Way of Life”, que traz Pedro Pascal e Ethan Hawke como um casal gay, e “Jeanne Du Barry”, que abre o evento e marca a volta de Johnny Depp às telonas como Luís XV, após o midiático julgamento por difamação contra sua ex, Amber Heard. Mas o evento também contará com outros nomes conhecidos dos cinéfilos e habituês do evento, como Jonathan Glazer (“Sob a Pele”), Aki Kaurismaki (“O Outro Lado da Esperança”), Hirokazu Kore-eda (“Assunto de Família”), Nanni Moretti (“Tre Piani”), Nuri Bilge Ceylan (“Sono de Inverno”), Todd Haynes (“Carol”), Marco Bellocchio (“O Traidor”) e os veteranos multipremiados Ken Loach (“Eu, Daniel Blake”) e Wim Wenders (“O Sal da Terra”). Confira abaixo os títulos que vão passar por Cannes. Filme de abertura: Jeanne Du Barry, de Maïwenn Mostra Competitiva (Palma de Ouro) Club Zero, de Jessica Hausner The Zone of Interest, de Jonathan Glazer Fallen Leaves, de Aki Kaurismaki Les Filles d’Olfa, de Kaouther Ben Hania Asteroid City, de Wes Anderson Anatomie d’une Chute, de Justine Triet Monster, de Hirokazu Kore-eda Il Sol dell’Avvenire, de Nanni Moretti L’été Dernier, de Catherine Breillat Kuru Otlar Ustune, de Nuri Bilge Ceylan La Chimera, de Alice Rohrwacher La Passion de Dodin Bouffant, de Tran Anh Hùng Rapito, de Marco Bellocchio May December, de Todd Haynes Jeunesse, de Wang Bing The Old Oak, de Ken Loach Banel e Adama, de Ramata-Toulaye Sy Perfect Days, de Wim Wenders Un Certain Regarde: Règne Animal, de Thomas Cailley (filme de abertura) Los Delincuentes, de Rodrigo Moreno How to Have Sex, de Molly Manning Walker Goodbye Julia, de Mohamed Kordofani Kadib Abyad, de Asmae El Moudir Simple Comme Sylvain, de Monia Chokri A Flor do Buriti, de João Salaviza e Renée Nader Messora Los Colonos, de Felipe Gálvez Augure, de Baloji Tshiani The Breaking Ice, de Anthony Chen Rosalie, de Stéphanie Di Giusto The New Boy, de Warwick Thornton If Only I Could Hibernate, de Zoljargal Purevdash Hopeless, de Kim Chang-hoon Terrestrial Verses, de Ali Asgari e Alireza Khatami Rien à Perdre, de Delphine Deloget Les Meutes, de Kamal Lazraq Exibições fora de competição Indiana Jones e a Relíquia do Destino, de James Mangold Cobweb, de Kim Jee-woon The Idol, de Sam Levinson Killers of the Flower Moon, de Martin Scorsese Sessões da meia-noite Kennedy, de Anurag Kashyap Omar la Fraise, de Elias Belkeddar Acide, de Just Philippot Estreias em Cannes Kubi, de Takeshi Kitano Bonnard, Pierre et Marthe, de Martin Provost Cerrar Los Ojos, de Victor Erice Le Temps d’Aimer, de Katell Quillévéré Exibições Especiais Man in Black, de Wang Bing Occupied City, de Steve McQueen Anselm (Das Rauschen der Zeit), de Wim Wenders Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho
“Homem-Formiga 3” domina programação de cinema
Novo filme da Marvel, “Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania” tem um lançamento de blockbuster nos cinemas brasileiros com distribuição em duas mil salas. Inescapável, deve liderar as bilheterias do fim de semana, mas não teve a melhor das recepções críticas, com apenas 51% (medíocre) de aprovação no Rotten Tomatoes. Com o monopólio de telas, até uma animação briga por espaço com os títulos do circuito limitado. Mas os destaques alternativos são um dos longas europeus mais premiados de 2022, que disputa o Oscar de melhor filme do ano, e o relançamento de um clássico do terror em cópias restauradas. Confira abaixo a lista completa das estreias desta quinta (15/2). | HOMEM-FORMIGA E A VESPA: QUANTUMANIA | O lançamento que inicia a Fase 5 da Marvel é, na verdade, outra história intermediária na interminável narrativa do estúdio, que serve basicamente para introduzir o vilão Kang, o Conquistador, interpretado por Jonathan Majors (“Lovecraft Country”). O personagem já foi visto antes, por meio de uma variante, no capítulo final de “Loki”, e deve retornar em outras configurações até “Vingadores: Dinastia Kang” em 2005. O receio é que a Marvel adote a procrastinação vista em “Quantumania” como norma até lá. Kang é revelado após os heróis da franquia serem sugados para o espaço quântico, onde encontram uma civilização avançada, alienígenas e dois vilões: um brutal e muito acima de suas capacidades, e outro que concorre a mais ridículo do MCU. Com muitos efeitos – e os problemas típicos dos efeitos nas produções da Marvel – , o filme carece, ironicamente, do que diferenciava os longas do Homem-Formiga dos demais lançamentos do estúdio: bom humor. Novamente dirigido por Peyton Reed, volta a reunir Paul Rudd (Scott Lang, o Homem-Formiga), Evangeline Lilly (Hope van Dyne, a Vespa), Michael Douglas (Dr. Hank Pym) e Michelle Pfeiffer (Janet Van Dyne), e também introduz Kathryn Newton (estrela de “Freaky – No Corpo de um Assassino”) como a versão adolescente da filha do Homem-Formiga – e futura heroína – Cassie Lang. | TRIÂNGULO DA TRISTEZA | A comédia que venceu a Palma de Ouro do Festival de Cannes, o troféu de Melhor Filme da Academia Europeia e ainda disputa três Oscars é uma sátira que debocha da futilidade dos super-ricos. A trama acompanha modelos, influenciadores e oligarcas de todo o mundo num cruzeiro de luxo, que acaba naufragando. A produção destaca em seu elenco o americano Woody Harrelson (“Venom: Tempo de Carnificina”), o inglês Harris Dickinson (“King’s Man: A Origem”), a filipina Dolly De Leon (“A Interrupção”), a luxemburguesa Sunnyi Melles (“Fassbinder: Ascensão e Queda de um Gênio”), a escocesa Amanda Walker (“A Viagem”) e a sul-africana Charlbi Dean (“Raio Negro”/Black Lightining), que morreu em agosto passado de sepse bacteriana aos 32 anos de idade. A vitória no festival francês foi a segunda Palma de Ouro para o diretor sueco Ruben Östlund, que em 2017 conquistou o prêmio com outra crítica social, “The Square: A Arte da Discórdia”, voltada ao mundo das artes. “Triângulo da Triesteza” também é o primeiro filme falado em inglês do cineasta, que já teve um de seus longas, “Força Maior” (2014), refilmado para o público americano em 2020. | ROCK DOG – UMA BATIDA ANIMAL | Esta já é a terceira animação de Bodi, um cachorro (mastim tibetano) que sonhava virar roqueiro. Depois de realizar seu sonho no primeiro longa e descobrir o custo da fama no segundo, ele volta a fazer tudo de novo em “Uma Batida Animal”, desta vez como treinador de bandas e juiz de reality musical. Quando a banda que treinou estoura e seus comentários viralizam, ele acaba esquecendo o que o motivava em primeiro lugar, e precisa volta a se juntar a seu ídolo para resgatar sua atitude de rock. A coprodução chinesa não tem a qualidade visual da Disney/Pixar, mas as histórias são divertidas suficientes para terem virado franquia. Pra ser noção, o diretor Antony Bell comandou episódios de “Dragões: Pilotos de Berk”, da DreamWorks TV, que apesar de ser uma série tinha aparência mais caprichada. | MORTE A PINOCHET | O primeiro longa de ficção de Juan Ignacio Sabatini dramatiza a Operação Século 20 da Frente Patriótica Manuel Rodríguez, grupo terrorista de esquerda que tentou matar o ditador do Chile Augusto Pinochet em 1986 – após 15 anos da ditadura mais brutal da América Latina. Usando sua experiência como documentarista, o diretor incluiu um prólogo composto por imagens de arquivo (em formato 4:3) que contextualizam o filme num cenário de opressão política e social, com violência nas ruas, e um epílogo com o testemunho de um protagonista real que sobreviveu ao ataque fracassado. Basicamente um grupo de jovens idealistas, a FPMR acreditava que poderia mudar o destino do país com um ato ousados que muitos consideravam impossível: matar o tirano. O professor de educação física Ramiro, a psicóloga Tamara, e Sasha, nascida na favela, marcam o ataque armado para uma tarde de domingo. E o resultado nas telas, entre a moldura documental, é um thriller de ação tradicional, ainda que com narração poética da protagonista Tamara, interpretada por Daniela Ramírez (“Isabel: La Historia Íntima de la Escritora Isabel Allende”). | O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA | Um dos mais icônicos filmes de terror da história retorna aos cinemas em cópia restaurada. O clássico de 1974 dirigido por Tobe Hooper acompanha cinco jovens que acabam se perdendo numa estrada secundário do Texas e vão parar numa fazenda decrépita, onde se deparam com uma família de canibais e o terrível Leatherface. Integrante mais assustador da família Sawyer, Leatherface perseguia os jovens com sua motosserra, brandida de forma perigosa até para a própria segurança de seu intérprete. A cena final do longa, em que o ator Gunnar Hansen agita a motossera, furioso numa estrada, é das mais icônicas da história do cinema. Mas o filme também eternizou outros takes perturbadores, como os close-ups extremos nos olhos da atriz Marilyn Burns, amarrada numa mesa para jantar com canibais. O mais impressionante é que Hooper rodou “O Massacre da Serra Elétrica” por menos de US$ 300 mil, a partir de um roteiro que ele próprio escreveu, e contou com atores que nunca tinham feito cinema antes. Em 1999, a revista Entertainment Weekly elegeu o longa como o segundo mais assustador de todos os tempos, atrás apenas de “O Exorcista” (1973). Mas na época em que foi lançado, o filme perturbou muito mais que a superprodução do diabo, sendo proibido em diversos países. No Reino Unido e na Escandinávia, por exemplo, só foi liberado, justamente, em 1999!
Charlbi Dean, atriz do filme vencedor da Palma de Ouro 2022, morre aos 32 anos
A atriz e modelo sul-africana Charlbi Dean, estrela do filme “Triangle of Sadness”, vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes deste ano, morreu na segunda-feira (29/8), vítima de um mal súbito. Ela tinha 32 anos. Nascida em 5 de janeiro de 1990, na Cidade do Cabo, Dean começou a sua carreira como modelo, aparecendo nas revista GQ (em dezembro de 2008) e Elle (em julho de 2010). Sua estreia no cinema aconteceu em 2010, com uma participação na comédia “Spud”, sobre um garoto enviado para uma escola de elite na África do Sul da década de 1990, mesma época em que Nelson Mandela foi solto da prisão. Nos anos seguinte, ela fez participações em filmes feitos direto para o mercado de home vídeo, séries e até na continuação de “Spud”, lançada em 2013 com o título de “Spud 2: The Madness Continues”. Ela também participou do terror “Don’t Sleep” (2017) e do filme religioso “Entrevista com Deus” (2018). Seu nome ficou mais conhecido quando ela interpretou a vilã Syonide na série “Raio Negro” (Black Lightning). Porém, seu papel de maior destaque foi mesmo o derradeiro. Dirigido por Ruben Östlund (“The Square: A Arte da Discórdia”), “Triangle of Sadness” é uma sátira à futilidade dos super-ricos e acompanha modelos, influenciadores e oligarcas de todo o mundo à bordo de um cruzeiro de luxo que acaba naufragando. No filme, Dean interpreta a modelo Yaya, uma dos convidadas desse cruzeiro, contracenando com o americano Woody Harrelson (“Venom: Tempo de Carnificina”), o inglês Harris Dickinson (“King’s Man: A Origem”), a filipina Dolly De Leon (“A Interrupção”), a luxemburguesa Sunnyi Melles (“Fassbinder: Ascensão e Queda de um Gênio”) e a escocesa Amanda Walker (“A Viagem”). “Triangle of Sadness” ainda será exibido no Festival de Toronto e no Festival de Nova York e ainda não tem previsão de estreia no Brasil. Assista ao trailer de “Triangle of Sadness”.
Trailer do filme vencedor do Festival de Cannes 2022 satiriza super-ricos
A Neon divulgou os pôsteres e o trailer de “Triangle of Sadness”, comédia que venceu a Palma de Ouro do Festival de Cannes 2022. A prévia destaca os elementos satíricos da produção, que debocha da futilidade dos super-ricos. A trama acompanha modelos, influenciadores e oligarcas de todo o mundo num cruzeiro de luxo, que acaba naufragando. E destaca em seu elenco o americano Woody Harrelson (“Venom: Tempo de Carnificina”), o inglês Harris Dickinson (“King’s Man: A Origem”), a filipina Dolly De Leon (“A Interrupção”), a luxemburguesa Sunnyi Melles (“Fassbinder: Ascensão e Queda de um Gênio”), a escocesa Amanda Walker (“A Viagem”) e a sul-africana Charlbi Dean (“Raio Negro”/Black Lightining). “Triangle of Sadness” rendeu a segunda Palma de Ouro para o diretor sueco Ruben Östlund, que em 2017 venceu o festival francês com outra crítica social, “The Square: A Arte da Discórdia”, voltada ao mundo das artes. Também é o primeiro filme falado em inglês do cineasta, que já teve um de seus longas, “Força Maior” (2014), refilmado para o público americano em 2020. A estreia vai acontecer em 7 de outubro nos EUA e ainda não há previsão de lançamento no Brasil
Filme que satiriza super-ricos vence Festival de Cannes
O filme “Triangle of Sadness”, do diretor sueco Ruben Ostlund, foi o vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes 2022. A produção agradou por usar humor ácido para ridicularizar os super-ricos. A trama acompanha modelos, influenciadores e oligarcas num cruzeiro de luxo, que acaba naufragando. E destaca em seu elenco o americano Woody Harrelson (“Venom: Tempo de Carnificina”), o inglês Harris Dickinson (“King’s Man: A Origem”) e a sul-africana Charlbi Dean (“Raio Negro”/Black Lightining). Foi a segunda Palma de Ouro de Ostlund, que em 2017 venceu o festival francês com outra crítica social, “The Square: A Arte da Discórdia”, voltada ao mundo das artes. A premiação deste sábado (28/5) também chamou atenção pelos dois empates alcançados entre os filmes vencedores do Grand Prix e o Prêmio do Júri, tradicionalmente considerados o 2º e o 3º lugar da competição. O drama erótico e político “Stars at Noon”, da francesa Claire Denis (“Minha Terra, África”), e a história de amadurecimento de “To Close”, do diretor belga Lukas Dhont (“Girl”), levaram o Grande Prêmio do Júri, enquanto a jornada de um burro apresentada em “EO”, do polonês Jerzy Skolimowski (“Matança Necessária”), e o retrato do conservadorismo heterossexual de “The Eight Mountains”, do casal belga Charlotte Vandermeersch e Felix Van Groeningen (“Alabama Monroe”), empataram no Prêmio do Júri. O cineasta sul-coreano Park Chan-Wook (“Oldboy”) levou o prêmio de Melhor Direção por “Decision do Leave” e o sueco Tarik Saeh (“Metropia”) ficou com a honraria de Melhor Roteiro por “Boy from Heaven”. Já os troféus de interpretação ficaram com a iraniana Zar Amir Ebrahimi (“Teheran Tabu”), do filme “Holy Spider”, e o veterano sul-coreano Song Kang Ho (o pai de “Parasita”), por “Broker”, novo drama do japonês Hirokazu Koreeda (“Assunto de Família”). Para completar, a Câmera de Ouro, destinada ao melhor trabalho estreante de todo o festival, ficou com as americanas Riley Keough e Gina Gammell por “War Pony”. O filme sobre adolescentes numa reserva indígena dos EUA foi o primeiro longa das duas, mas Riley Keough já tem uma longa carreira como atriz. A neta de Elvis Presley estrelou sucessos como “Magic Mike”, “Mad Max: Estrada da Fúria”, “Docinho da América” e “Zola”. Encabeçado pelo ator francês Vincent Lindon, o júri ainda fez a entrega de um prêmio especial pelos 75 anos do festival, destinado aos irmãos belgas Jean-Pierre e Luc Dardenne, vencedores de duas Palmas de Ouro (por “Rosetta” e “O Filho”) e vários outros troféus do evento francês Para completar, o cinema brasileiro, presente nesta edição de Cannes apenas com a exibição da versão restaurada de “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, acabou contemplado, por meio do projeto de “O Casamento”, de Maíra Bühler, com o fundo Hubert Bals, que ajuda produções cinematográficas a saírem do papel.
Cannes inicia primeiro festival “pós-pandemia”
O Festival de Cannes começa sua 75ª edição nessa terça-feira (17/5), a primeira com todos os eventos marcados para acontecer de forma presencial, após dois anos de pandemia, trocando a ênfase da prevenção da covid por preocupações com a situação na Ucrânia. Começa sem máscaras, mas não sem medo, em meio a boatos e receios bastante difundidos de contaminação – a revista Variety chegou a publicar artigo questionando uma possível explosão de covid devido ao festival. E apenas três meses após o Festival de Berlim acontecer sob um rigoroso protocolo de segurança – como testagem diária, exigência de vacinação e sem festas e eventos públicos. Refletindo a mudança radical de situação, apenas um jornalista internacional participou com máscara da entrevista coletiva de recepção do evento, em que o responsável pela organização, Thierry Frémaux, respondeu a uma única pergunta sobre a política de prevenção do festival. A maior precaução de Frémaux neste ano é a mesma dos últimos anos: evitar contato com o streaming – se possível, lavar as mãos com álcool para evitar ao máximo a transmissão para o festival. Nenhum dos filmes que sua equipe selecionou para as mostras competitivas tem vínculo com a Netflix ou seus rivais – veto iniciado em 2018 e que tornou o Festival de Veneza o favorito das plataformas. Cannes 2022 também colocou em quarentena o Brasil de Bolsonaro. Refletindo o desmonte das políticas de incentivo pelo governo atual, filmes brasileiros ficaram de fora até mesmo do circuito das exibições paralelas oficiais do festival, três anos após “Bacurau” vencer o Prêmio do Júri em Cannes. O evento começa com a exibição fora de competição de “Coupez”, novo filme de Michel Hazanavicius (“O Artista”), uma comédia zumbi que refaz o cult japonês “One Cut of the Dead” em francês. E segue até o dia 28 de maio com cineastas acostumados com premiações, como David Cronenberg, os irmãos Dardenne, James Gray, Cristian Mungiu, Ruben Östlund, Park Chan-Wook, Claire Denis, Valeria Bruni Tedeschi e Kelly Reichard, todos estes disputando a Palma de Ouro com seus novos filmes. Cronenberg já previu que o público não aguentará ver seu longa, “Crimes of the Future”, e espera testemunhar pessoas abandonando a première durante a projeção. O que imediatamente gerou atenção para seu trabalho. Ele é um dos três diretores norte-americanos da competição, junto com James Gray e Kelly Reichard. Neste ano, a maioria dos títulos que vai disputar a Palma de Ouro deste ano vem da Europa. Tem até um filme de cineasta russo, contrariando boicotes políticos de outros festivais devido à guerra na Ucrânia. A lista de Cannes inclui uma obra de Kirill Serebrennikov, que, como aponta a organização, é dissidente e saiu da Rússia para viver em Berlim. A trama, por sinal, seria vetada por Putin, já que aborda a mulher de Tchaïkovski, compositor russo que teria relações com outros homens – a Rússia proíbe filmes de “propaganda gay”. O festival também vai exibir, fora de competição, uma produção angustiante ligada à guerra atual: “Mariupolis 2”, documentário que teve as filmagens interrompidas depois que o diretor lituano Mantas Kvedaravicius foi capturado e assassinado pelo exército da Rússia na cidade ocupada de Mariupol – seis anos antes dela ser destruída por bombas russas. Sessões não competitivas também contemplarão novos filmes de mestres europeus, como o italiano Marco Bellocchio, o francês Oliver Assayas e o ucraniano Sergei Loznitsa, que misteriosamente ficaram fora da competição principal. Apesar disso, as grandes sessões de gala paralelas às disputas de Cannes mantêm sua tradição de ser a extensão hollywoodiana do festival, com sessões cheias de estrelas para atrair o grande público – e a mídia – para Cannes. A première mundial de “Top Gun: Maverick” vai acontecer na Croisette, acompanhada por uma homenagem ao astro Tom Cruise, além do lançamento de “Elvis”, cinebiografia do Rei do Rock dirigida por Baz Luhrmann, e “Three Thousand Years of Longing”, a aguardada volta de George Miller após impactar o cinema com “Mad Max: Estrada da Fúria” há sete anos. Fãs de música ainda verão documentários inéditos sobre Jerry Lee Lewis (dirigido por Ethan Coen!) e David Bowie. Além disso, o festival recebe várias mostras paralelas, como Um Certo Olhar, Quinzena dos Realizadores e Semana da Crítica, tem Sessões da Meia-Noite para filmes fantásticos, a mostra Cannes Classics para restaurações, em que será exibida a versão 4k de “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, de Glauber Rocha, e até exibições de filmes na praia. E sem esquecer o Marché du Film, o principal mercado europeu do cinema, em que produtores do mundo inteiro buscam negociar contratos de distribuição e parcerias internacionais para suas novas produções. A agitação cinematográfica que começa nesta terça só termina daqui a 11 dias, quando o júri presidido pelo ator francês Vincent Lindon (“Titane”) entregar a Palma de Ouro para o melhor filme do evento. Confira abaixo a lista atualizada dos títulos em competição nas principais mostras do evento. Concorrentes à Palma de Ouro Armageddon Time, de James Gray Boy From Heaven, de Tarik Saleh Broker, de Kore-Eda Hirokazu Close, de Lukas Dhont Crimes of the Future, de David Cronenberg Decision to Leave, de Park Chan-Wook Eo, de Jerzy Skolimowski Frere et Soeur, de Arnaud Desplechin Holy Spider, de Ali Abbasi Leila’s Brothers, de Saeed Roustaee Forever Young, de Valeria Bruni Tedeschi Mother and Son, de Leonor Serraille Nostalgia, de Mario Martone Pacification, de Albert Serra Showing Up, de Kelly Reichardt Stars at Noon, de Claire Denis Tchaïkovski’s Wife, de Kirill Serebrennikov The Eight Mountains, de Felix Van Groeningen e Charlotte Vandermeersch Triangle of Sadness, de Ruben Östlund Tori and Lokita, de Jean-Pierre e Luc Daradenne RMN, de Cristian Mungiu Mostra Um Certo Olhar All the People I’ll Never Be, de Davy Chou Burning Days, de Emin Alper Butterfly Vision, de Maksim Nakonechnyi Corsage, de Marie Kreutzer Domingo and the Midst, de Ariel Escalante Meza Father and Soldier, de Mathieu Vadepied Godland, de Hlynur Palmason Harka, de Lotfy Nathan Joyland, de Saim Sadiq Les Pires, de Lise Akoka e Romane Gueret Mediterranean Fever, de Maha Haj Metronom, de Alexandru Belc More than Ever, de Emily Atef Plan 75, de Hayakawa Chie Rodeo, de Lola Quivoron Sick of Myself, de Kristoffer Borgli The Blue Caftan, de Maryam Touzani The Silent Twins, de Agnieszka Smocynska The Stranger, de Thomas M. Wright The Worst Ones, de Lise Akoka e Romane Gueret War Pony, de Riley Keough e Gina Gammell Quinzena dos Realizadores 1976, de Manuela Martelli A Male, de Fabian Hernández Ashkal, de Youssef Chebbi Continental Drift, de Lionel Baier De Humani Corporis Fabrica, de Véréna Paravel, Lucien Castaing-Taylor Enys Men, de Mark Jenkin Falcon Lake, de Charlotte Le Bom Fogo-Fátuo, de João Pedro Rodrigues Funny Pages, de Owen Kline God’s Creatures, de Anna Rose Holmer, Saela Davis Les Harkis, de Philippe Faucon Men, de Alex Garland (exibição especial) One Fine Morning, de Mia Hansen-Løve Pamfir, de Dmytro Sukholytkyy-Sobchuk Paris Memories, de Alice Winocour Scarlet, de Pietro Marcello The Dam, de Ali Cherri The Five Devils, de Léa Mysius The Green Perfume, de Nicolas Pariser The Mountain, de Thomas Salvador The Super 8 Years, de Annie Ernaux, David Ernaux-Briot The Water, de Elena López Riera Under the Fig Trees, de Erige Sehiri
Terror que venceu Festival de Cannes representará a França no Oscar
O terror “Titane”, vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes, será o representante da França no Oscar, disputando com produções de outros países uma das cinco indicações na categoria de Melhor Filme Internacional. Dirigido por Julia Ducournau, o filme radicaliza o estilo repulsivo de “Raw”, longa de estreia da cineasta que deu muito o que falar ao ser lançado na seção Semana da Crítica de Cannes em 2016. A trama combina terror corporal, filme de serial killer feminina, fetiche sexual por carros e é estrelado pelo veterano Vincent Lindon (“O Valor de um Homem”) e a estreante Agathe Rousselle. O filme estreou em 1 de outubro nos Estados Unidos, onde chamou atenção pelo desempenho inesperado. Lançado em 562 cinemas dos EUA, fez US$ 515 mil em seu primeiro fim de semana para cravar a maior estreia de um filme vencedor da Palma de Ouro não falado em inglês no mercado norte-americano em todos os tempos. Em menos de duas semanas, já arrecadou mais de US$ 1 milhão. “Titane” terá première no Brasil durante a Mostra de São Paulo, que começa em 21 de outubro, antes de ser lançado pela plataforma de streaming MUBI. Já a 94ª cerimônia do Oscar está marcada para 27 de março de 2022 em Los Angeles. Veja abaixo o teaser do lançamento no MUBI.
Titane: Veja o trailer intenso do vencedor do Festival de Cannes 2021
A Altitude Films divulgou o pôster e o primeiro trailer de “Titane”, da cineasta francesa Julia Ducournau, que neste fim de semana venceu a Palma de Ouro como Melhor Filme do Festival de Cannes 2021. O filme radicaliza o estilo repulsivo de “Raw”, longa de estreia de Ducournau que deu muito o que falar ao ser lançado na seção Semana da Crítica de Cannes em 2016. A trama combina terror corporal, filme de serial killer feminina, fetiche sexual por carros e é estrelado pelo veterano Vincent Lindon (“O Valor de um Homem”) e a estreante Agathe Rousselle. “Titane” foi apenas o segundo longa dirigido por uma mulher a conquistar a Palma de Ouro. Antes dela, somente a neozelandesa Jane Campion tinha realizado a façanha, ao vencer em 1993 por “O Piano”. Já em cartaz na França, onde teve lançamento comercial um dia depois de sua première em Cannes, o filme vai chegar ao Brasil pela plataforma de streaming MUBI.
Steven Soderbergh fará continuação de Sexo, Mentiras e Videotape
O diretor Steven Soderbergh está trabalhando em uma sequência de seu primeiro longa de ficção, “Sexo, Mentiras e Videotape”, de 1989, com as atrizes Andie MacDowell e Laura San Giacomo, que retomarão seus papéis como as irmãs protagonistas da trama. Soderbergh confirmou o projeto durante uma entrevista recente à Filmmaker Magazine, realizada para divulgar sua nova comédia dramática, “Let Them All Talk”, que chega na HBO Max na quinta-feira (17/12). “Sexo, Mentiras e Videotape” estreou no Festival de Sundance de 1989, onde ganhou um prêmio do público, abrindo uma trajetória de consagração que culminou com a Palma de Ouro em Cannes e o prêmio de Melhor Ator no festival para James Spader, o protagonista masculino. Soderbergh ainda acabou indicado ao Oscar na categoria de Roteiro Original. Ele já tinha falado em maio que estava escrevendo um roteiro para a continuação da história de 31 anos atrás. Agora, conversando sobre projetos desenvolvidos durante a pandemia, aprofundou: “Quando pensei recentemente em ‘Sexo, Mentiras e Videotape’, percebi que queria ver um filme sobre as duas irmãs 30 anos depois. Uma delas teve um filho que tem quase a mesma idade que ela tinha no original. Andie [MacDowell] e Laura [San Giacomo] concordaram em fazer.” No filme original, a personagem de MacDowell é infeliz e casada com um advogado da Louisiana, retratado por Peter Gallagher, que está tendo um caso com a cunhada. O personagem errante de Spader surge como amigo de faculdade do advogado, que tem uma fascinação por gravar vídeos de entrevistas com mulheres. Ele inicia um relacionamento com MacDowell, que leva ao fim do casamento dela. Soderbergh não deu outros detalhes sobre a sequência, mas revelou outro projeto sobre seus primeiros filmes. Ele explicou que recuperou os direitos de sete de seus longas mais antigos e planeja reeditá-los para lançar uma coleção com as versões originais e as versões reeditadas. Atualmente, ele está trabalhando na edição de seu segundo longa de ficção, o thriller de mistério “Kafka” de 1991, estrelado por Jeremy Irons. “Você sabe que não leio mais o que os críticos escrevem sobre meus filmes, mas naquela época eu li, e quando olhei para ‘Kafka’ novamente, pensei que eles não tinham visto o que estava lá”, explicou ele. “É um filme para jovens e está longe de ser perfeito, mas também é um filme muito mais ambicioso do que ‘Sexo, Mentiras e Videotape’. E acho que você pode ver nisso o tipo de carreira que eu teria”, ponderou.
Steven Soderbergh escreveu sequência de Sexo, Mentiras e Videotape na quarentena
O diretor Steven Soderbergh revelou em entrevista ao programa “NightCap Live”, do YouTube, que está trabalhando numa sequência de seu primeiro longa-metragem, “Sexo, Mentiras e Videotape”, vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes em 1989. Conversando com o apresentador Dan Dunn, o cineasta contou ter aproveitado o isolamento social para escrever o roteiro e afirmou que estava ansioso para filmá-lo, assim que possível. Segundo Soderbergh, a escrita foi a maneira que ele encontrou para se manter ativo e são durante a quarentena, e que o resultado foi o período mais criativo de sua carreira desde 1985. “Nas primeiras seis ou sete semanas de quarentena, eu já tinha escrito três roteiros diferentes”, revelou. Além da sequência de “Sexo, Mentiras e Videotape”, o cineasta também reescreveu o roteiro de um filme não revelado e adaptou o livro policial “City of the Sun”, de David Levien, um dos roteiristas de “Treze Homens e Um Novo Segredo”, que ele dirigiu em 2007. “Eu perguntei a David se podia adaptar o primeiro dos quatro romances que ele escreveu sobre [o detetive Frank Behr]. Ele disse ‘claro’”, contou Soderbergh, afirmando ainda que não sabe se o roteiro será levado às telas. “Vamos ver o que acontece agora, mas é um ótimo livro”. Soderbergh já comandou filmes de muito sucesso, como “Traffic”, Erin Brockovich” e a trilogia “Onze Homens e um Segredo”, mas ultimamente tem sido mais lembrado como o diretor de “Contágio”, obra que previu muitos dos desdobramentos da pandemia real de coronavírus. Veja a íntegra do programa abaixo.










