Berta Zemel (1934 – 2021)
A atriz e professora de teatro Berta Zemel morreu na noite de quinta-feira (25/2) em São Paulo, aos 86 anos, em decorrência de broncopneumonia. Filha de imigrantes poloneses, Berta Zemelmacher nasceu na capital paulista em 1934, um ano após a chegada de seus pais ao Brasil. Ao virar atriz, mudou seu nome para facilitar a pronúncia em português, por sugestão do colega Sérgio Cardoso. Com uma carreira que remonta aos anos 1950, ela desenvolveu muitos trabalhos no teatro como atriz e, posteriormente, professora, tendo formado uma geração de atores na escola Teatro Móvel, de São Paulo, ao lado do marido, o ator Wolney de Assis (1937-2015). Sua ligação com as telas também é antiga, vindo desde 1956, como uma das intérpretes principais do “Grande Teatro Tupi”, um dos primeiros programas de ficção da TV brasileira. Sua ascensão, porém, esbarrou na política. Após interpretar um de seus papéis mais populares, a personagem-título da novela “Vitória Bonelli” (1972), na Tupi, optou por ficar em menor evidência, porque seu marido se engajou na militância clandestina contra o regime. Ela abandonou o teatro, virando professora, e fez poucos trabalhos nos anos seguintes. Apesar disso, ainda protagonizou “Os Apóstolos de Judas” (1976) e apareceu em “As Gaivotas” (1979), um dos últimos sucessos da Tupi. Fez ainda “Renúncia” (1982), adaptação da obra de Emmanuel/Chico Xavier na Band, e “Jogo de Amor” (1985), já no SBT. Apesar da longa carreira, Berta Zemel só surgiu na tela da Globo em 1997, numa breve participação como professora na 3ª temporada de “Malhação”, antes de encerrar a trajetória televisiva com a novela “Água na Boca” (2008), na Band. No cinema, ela participou de “O Quarto” (1968), de Rubem Biafora. Mas foi Geraldo Vietri, diretor da novela “Vitória Bonelli”, quem lhe o primeiro destaque cinematográfico, como protagonista do filme “Que Estranha Forma de Amar” (1977), baseado no romance “Iaiá Garcia”, de Machado de Assis. Após três décadas afastada, ela retornou em “Desmundo” (2002), de Alain Fresnot, que lhe rendeu um troféu de Melhor Atriz Coadjuvante no Festival de Brasília, e a motivou a estender as atuações cinematográficas com papéis em “O Casamento de Romeu e Julieta” (2004), de Bruno Barreto, “A Casa de Alice” (2007), de Chico Teixeira, “Fronteira” (2008), de Rafael Conde, e ainda três curtas em 2010. Sua história inspirou o livro biográfico “A Alma das Pedras”, escrito por Rodrigo Antunes Corrêa e publicado na Coleção Aplauso.
Niana Machado (1939 – 2021)
A atriz Niana Machado, que participou da série “Pé na Cova” (2013-2016), morreu aos 82 anos. Miguel Falabella, que escalou a atriz em vários de seus trabalhos na Globo, foi quem deu a notícia em seu Instagram, aproveitando para contar um pouco de sua história com a colega, que começou em 2009, nas gravações de “Toma Lá da Cá”. “Querida Niana Machado, hoje fecham-se as cortinas para você e eu, longe de casa, passo em revista aquela tarde há muitos anos, quando uma figurante de ‘Toma Lá Dá Cá’ chamou minha atenção. Marília deve ter ido te dar um abraço de boas vindas à imensidão, onde seu grito de ‘Piranha!’ vai certamente assustar os anjos mais conservadores”, escreveu Falabella, sem perder o bom humor, lembrando o bordão da personagem Bá em “Pé na Cova” e a saudade de Marília Pêra, sua co-protagonista, que morreu em 2015. “Toda a família ‘Pé na Cova’ (que lhe amou e respeitou) silenciosamente lhe presta a última homenagem. Obrigado por ter sido nossa Bá, a cereja do bolo de um dos trabalhos que mais prazer e alegria me trouxe nessa passagem. Descanse em paz! Um beijo do seu Miguel”, completou ele. Com uma carreira televisiva tardia, Niana começou a aparecer nas telas justamente com “Toma Lá da Cá”, em 2009. Ela também esteve em mais dois trabalhos de Falabella: a novela “Aquele Beijo”, de 2012, e “Brasil a Bordo”, uma comédia de 2017 da Globoplay, em que praticamente repetiu o papel de “Pé na Cova” – sua personagem se chamava Babá Dellacova. Em 2013, ela passou por uma cirurgia para retirar um coágulo do cérebro. A causa da morte da atriz ainda não foi divulgada. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por miguelfalabellareal (@miguelfalabellareal)
O Bem-Amado volta em streaming para mostrar que Brasil virou Sucupira
A clássica novela “O Bem-Amado” estreou em streaming nesta segunda (15/2), disponibilizada pelo Globoplay. E seu retorno, quase meio século após sua exibição original, surpreendeu público e imprensa pela atualidade de sua trama. Em seus capítulos, a antiga Sucupira de Odorico Paraguaçu ressurge quase como uma premonição sobre o Brasil atual de Jair Bolsonaro. Adaptação feita por Dias Gomes de sua própria peça “Odorico, O Bem-Amado e Os Mistérios do Amor e da Morte” (1962), a obra foi exibida originalmente em 1973 como a primeira novela à cores da Globo. Foi também a primeira exportada e a primeira a conquistar premiação internacional. Marcou época por muitos motivos, mas principalmente graças à fantástica interpretação de Paulo Gracindo no papel do prefeito corrupto Odorico Paraguaçu. O personagem fez tanto sucesso que depois ainda rendeu uma série e permaneceu culturalmente relevante a ponto de ganhar um filme recente (de 2010) com Marco Nanini no papel principal. “O Bem-Amado” também lançou as carreiras da atriz Sandra Brea e até de Lima Duarte como ator da Globo – ele tinha sido contratado como diretor, um ano antes. Ela vivia a filha de Odorico e ele interpretou o matador Zeca Diabo. A história criticava o Brasil do regime militar, satirizando o cotidiano da cidade fictícia de Sucupira. Mas mesmo enfrentando censura – a ditadura proibiu que se falasse em “coronéis”, entre outras coisas – , pintou um retrato da política nacional que se revela extremamente atual no Brasil de Bolsonaro. Candidato a prefeito de Sucupira, o corrupto Odorico Paraguaçu era considerado um mito pela maior parte da população que acreditava em suas mentiras. Ele se elege com a promessa de inaugurar o primeiro cemitério na cidade, mas, como não morria ninguém, resolveu permitir o retorno do matador Zeca Diabo, com a esperança de que ele matasse alguém. Só que Zeca Diabo virou crente e prometeu nunca mais matar ninguém. A esperança do prefeito se volta então para uma epidemia de tifo, na metade da trama, que o levar a querer atrapalhar uma campanha de vacinação (do médico vivido por Jardel Filho) que pode impedir as mortes. Esta não é a única possível coincidência com a realidade atual. Odorico também reagiu com um sonoro “E daí?” ao ser informado sobre a ameaça à saúde da população de Sucupira, disse que não admitia que um adversário político fosse reconhecido por providenciar vacinas e afirmou que iria interceptar os imunizantes para distribuir ele mesmo num posto de saúde que iria inaugurar, ficando com as glórias pelo esforço alheio. O personagem também vivia fazendo trapaças e espalhando mentiras (fake news) para derrotar seus adversários, era aliado das fanáticas religiosas locais, as irmãs Cajazeiras (Ida Gomes, Dorinha Durval e Dirce Migliaccio), defensoras da moral e dos bons costumes, queria controlar a polícia e enxergava a imprensa como sua maior inimiga, perseguindo o principal jornalista da cidade (vivido por Carlos Eduardo Dolabella) por denunciar seus desmandos. Confira abaixo uma cena que confirma como a trama de quase meio século atrás tornou-se extremamente atual.
Ataques de Lumena e Karol Conká juntam Chiquititas na torcida por Carla Dias no BBB 21
Karol Conká e Lumena são responsáveis por unir virtualmente as “Chiquititas” originais. Enquanto a rapper curitibana pegou o costume de desdenhar de Carla Dias no “BBB 21” por seu passado de ex-Chiquitita, a ativista sugeriu que o programa era racista por não ter crianças negras. Mas as duas erraram feio. Carla tinha 7 anos quando participou da novela do SBT, de 1997 a 1999, no papel de Maria, uma das órfãs do Raio de Luz. Mas se ela for como outras ex-Chiquititas, lembrar desse trabalho só vai lhe encher de orgulho. As colegas da atriz no elenco da novela demonstraram, nas redes sociais e em entrevistas, muita satisfação por terem feito parte do produção, que marcou época na televisão brasileira e ainda revelou talentos como Débora Falabella, Sthefany Brito, Kayky Brito e Bruno Gagliasso, todos ex-“Chiquititas”. A atriz Flávia Monteiro, que viveu a professora Carolina, postou um vídeo emocionado nas redes sociais em que exalta Carla e o trabalho na novela. “Conheço o caráter da Carla e fiquei muito aflita com as coisas que aconteceram lá dentro, com a sensação de querer proteger… Fiquei muito emocionada com as falas dela, que bom que ela está enxergando, lá dentro deve ser muito difícil. Dá vontade de entrar na televisão e falar, acorda!”, registrou. Ela tem publicado vários comentários sobre o programa, lamentando “aquela galera” que “combinou de criar situações para desestabilizar a Carla”. “Olha o nível dessa gente. Só nos resta torcer para que a pequena consiga manter o equilíbrio diante dessas atitudes doentias”, descreveu no Twitter. Já no Instagram, Flávia publicou uma foto da época da produção para lembrar que está fazendo 20 anos que a novela acabou. “Quero aproveitar e deixar aqui registrado o quanto sou grata e o meu amor profundo à todos que participaram da novela e partilharam comigo essa fase tão iluminada”, exaltou. Além da “professora”, atrizes que eram crianças na época da produção repercutiram o tratamento recebido pela colega no “BBB”. Giselle Medeiros, que interpretou a chiquitita Dani, lamentou que Karol Conká e Lumena tentem diminuir Carla por ser ex-atriz mirim. “Algumas pessoas têm o costume de dizer que atores são dissimulados, falsos, mentirosos, mas não sabem que pra ser ator é necessário muita, mas muita sensibilidade e empatia. Se colocar no lugar do outro não é simples, não existe uma técnica ou fórmula mágica, mas esses ingredientes estão em abundância na essência da Carla”, disse numa reportagem do UOL. Ela ainda destacou que a experiência de trabalhar em “Chiquititas”, gravada na Argentina, e a responsabilidade de se fazer uma novela com 7 anos foi dificílima. “São poucos que sabem da luta e foco que tivemos para participar desse trabalho, deixamos familiares, amigos, estilo de vida aqui no Brasil e fomos em busca do nosso sonho, estudo e horas de gravação”, lembrou. “Não foi ‘conto de fadas’, foi necessário muita garra e determinação, e a Carlinha, que mal sabia ler, já tinha a responsabilidade de decorar textos, gravar e se mostrava guerreira desde pequena sempre com um sorriso lindo no rosto, ninguém apagará isso”. Vivian Nagura, a chiquitita Bel, comparou as atitudes de Carla e Karol no reality show. “Achei uma falta de respeito e de integridade da participante Karol Conká. Por um surto e por uma situação criada em sua mente agiu de forma descompensada e alienada”. Em contraste, ela achou “a atitude da Carlinha fina e equilibrada. Haja inteligência emocional para esse tipo de pessoa!”. Renata Del Bianco, que foi Vivi em “Chiquititas”, quis dar um conselho. “Se eu pudesse sentar com a Carlinha agora, a primeira coisa que falaria é para se unir com o G3 [Gilberto, Sarah e Juliette], são pessoas do bem, são pessoas com caráter, estão jogando de uma forma leve e divertida. Diria para ela prestar a atenção para as pessoas que estão a volta dela e para confiar nos seus instintos, ela é racional, sensata, consegue distinguir quem está certo e quem está errado, só que lá dentro é mais complicado.” Ela também reproduziu, em suas redes sociais, a fala de Lumena, que criticou a novela do SBT por não ter negros no elenco. E apontou: “Alguém avisa pra Lumena que nas duas versões de ‘Chiquititas’ tinham sim artistas negros! Quer Militar?! Pelo menos tem que saber o que esta falando!” Aretha Oliveira, que interpretou a Pata, uma das meninas negras, também focou no comentário infeliz de Lumena. “Em uma coisa a Lumena está certa, ela realmente não assistiu ‘Chiquititas’ (e perdeu uma novelão por sinal). Eu no caso fiquei do começo ao fim, mas nos quase 4 anos de novela houve outras crianças negras também, como Dani, Neco, Mosca, Binho e Polyana…” Ela concordou que artistas negros precisam “estar em mais espaços de forma igualitária, não queremos ser ‘o único’ ou ‘um dos poucos'”. Mas ressaltou: “Não tenho dúvida que estamos lutando duro para isso, e que aos poucos as mudanças começaram a acontecer. Falta muito? Com certeza, mas negar cada conquista não é o caminho jamais…” Aretha concluiu falando do orgulho de ter interpretado uma das personagens mais queridas da novela. “Só agradeço a possibilidade de ter estado ali, por tudo que isso representou na minha vida e da minha família, e por tantas meninas terem se sentido representadas pela Pata, nossa Pata!” Veja abaixo. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Aretha Oliveira (@arethaoliveiraoficial) Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Renata Del Bianco (@renatabdb) Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Flavia Monteiro (@flaviamonteiro) Desculpem o desabafo, não me aguentei…🥺🤍🦋#bbb21 #estamosjuntos pic.twitter.com/UUv7Oeyt7u — Flavia Monteiro (@monteirosflavia) February 8, 2021 Hj é dia de festa! 🎉 E infelizmente soube q aquela galera 🤘🏼 combinou de criar situações p desestabilizar a @Carladiaz. Olha o nível dessa gente😓, só nos resta torcer p q a pequena consiga manter o equilíbrio diante dessas atitudes doentias. #ContigoCarlaDiaz #DiazNoBBB #BBB21 pic.twitter.com/KgGM3AD1hl — Flavia Monteiro (@monteirosflavia) February 11, 2021 “não sou atriz de Chiquititas” 🙄🐍Um grande favor! #bbb21 — Flavia Monteiro (@monteirosflavia) February 12, 2021
Camila Queiroz troca Globo por Netflix
Camila Queiroz rompeu seu contrato de longo prazo com a Globo para trabalhar na Netflix. Segundo a coluna de Leo Dias, ela e o marido, Klebber Toledo, já estão gravando a versão nacional do reality “Casamento às Cegas”. Destacando-se na TV aberta desde 2015, quando protagonizou “Verdades Secretas”, a atriz agora passará a trabalhar por obra na emissora carioca, começando essa nova etapa justamente na continuação da novela de Walcyr Carrasco, que será gravada a partir de março. Em comunicado, a assessoria de Queiroz informou que “a atriz decidiu unilateralmente passar a trabalhar com a TV Globo em um novo formato” e que havia informado a emissora sobre sua decisão de não renovar o contrato longo em dezembro do ano passado. Rumores acrescentam tempero na história, ao espalhar que a situação teria gerado um grande mal-estar na Globo. Mas como já era para a atriz ter rodado “Verdades Secretas 2” no ano passado e todos os capítulos destacam Angel, a sua personagem, a Globo optou por um novo contrato limitado somente para essa obra. “Camila Queiroz está contratada pela Globo para fazer ‘Verdades Secretas 2’, como obra certa. A atriz não faz mais parte do banco de talentos com prazo longo”, confirma a Globo em seu próprio comunicado. Os mesmos rumores plantados por “fontes” da Globo sugerem que ela “fez uma besteira” ao fechar com a concorrência. Avaliam que a atriz trocou uma carreira de futuro, como protagonista de novelas, por um reality show incerto, que, como tudo na Netflix, pode não passar da 1ª temporada. No entanto, o comunicado da assessoria da atriz contesta essa versão, afirmando que ela saiu da Globo antes de fechar com “outra empresa” e tem diversos projetos em desenvolvimento, “que em breve serão anunciados”. Antes de assinar para estrelar “Verdades Secretas 2”, ela andava esquecida na Globo, tendo aparecido pela última vez como uma golpista na novela “Verão 90” (2019). A continuação da história se passará seis anos após o desfecho de “Verdades Secretas”, que mostrou Angel matando o homem que passou de seu cliente a padrasto (Rodrigo Lombardi), depois do suicídio de sua mãe, que havia descoberto o caso entre os dois. Ela estará falida, viúva e com um filho para criar. A trama será disponibilizada primeiramente no Globoplay e não tem data para ser exibida na TV aberta. Já o reality “Casamento às Cegas” mostra homens e mulheres que ficam noivos sem se conhecer pessoalmente. Os candidatos se comunicam por telas que não mostram suas imagens. No fim, há um casamento de verdade. Camila Queiroz e Klebber Toledo serão os apresentadores, replicando o formato americano, apresentado pelo casal Nick e Vanessa Lachey.
Ministério da Justiça muda classificação de As Five após cenas quentes
O Ministério da Justiça mudar a classificação indicativa da série “As Five”, da plataforma Globoplay, após várias cenas quentes darem o que falar nas redes sociais. Antes inadequada para menores de 14 anos, agora a série é imprópria para menores de 16. A alegação para a mudança foi “a presença de drogas, violência e conteúdo sexual”. Concebida pelo cineasta Cao Hambúrguer, a trama reflete a fase adulta das protagonistas adolescentes de “Malhação – Viva A Diferença”. Num dos episódios que mais movimentaram a web, Dira Paes contracenou cenas quentes com Manoela Aliperti. A exibição levou o nome da atriz veterana aos TrendingTopics do Twitter. Mais recentemente, também repercutiu um beijo triplo entre Rafael Vitti, Sophia Abrahão e Ana Hikari. As cenas costuma render elogios à produção e até declarações apaixonadas para as atrizes. Cao Hamburger já terminou de escrever os roteiros da 2ª temporada, que agora estão sendo submetidos à avaliação dos executivos da Globoplay. Com o fim da 1ª temporada nos próximos dias, eles vão avaliar o que funcionou e o que não foi tão bem para, então, fazer algum ajuste.
As Five: 2ª temporada já está toda escrita
O cineasta, produtor e roteirista Cao Hamburger (de “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias” e “Xingu”) já terminou de escrever os roteiros da 2ª temporada de “As Five”. Apesar desse trabalho adiantado, os capítulos ainda precisam ser submetidos à avaliação dos executivos da Globoplay. Com o fim da 1ª temporada nos próximos dias, eles vão avaliar o que funcionou e o que não foi tão bem para, então, fazer algum ajuste. O drama juvenil é derivado de “Malhação: Viva a Diferença”, atração premiada com o Emmy Kids Internacional. Concebido por Cao Hamburger , o spin-off é bem mais adulto e mostra o que aconteceu com as “Five”, as cinco protagonistas da história original, após cada uma seguir um rumo diferente no final da trama exibida entre entre 2017 e 2018 – e recentemente reprisada na rede Globo. O elenco volta a reunir Ana Hikari, Daphne Bozaski, Gabriela Medvedovski, Manoela Aliperti e Heslaine Vieira.
Nicette Bruno (1933 – 2020)
A atriz Nicette Bruno morreu na manhã deste domingo (20/12), aos 87 anos, após ficar mais de uma semana internada com covid-19 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro. De acordo com o boletim médico, seu estado de saúde “era considerado muito grave”. Ela estava sedada e dependente de ventilação mecânica, e morreu por “complicações decorrentes da Covid-19”. Os filhos de Nicette, Bárbara Bruno, Beth Goulart e João Goulart Filho, chegaram a fazer correntes de orações nas redes sociais pela recuperação da mãe, informando aos seguidores da gravidade da doença. A vida da atriz foi toda dedicada à atuação, além da espiritualidade. Nicette Xavier Miessa nasceu em Niterói em 7 de janeiro de 1933 e começou a carreira ainda pequena, aos 4 anos, em um programa infantil na Rádio Guanabara. Ela dizia que foi por isso que adotou o sobrenome da mãe, Eleonor Bruno Xavier, cuja família já tinha tradição artística. Precoce, tomou gosto pelo teatro aos nove anos, ao ingressar no grupo da Associação Cristã de Moços (ACM). Depois disso, passou pelo Teatro Universitário e pelo Teatro do Estudante, criado pelo ator Paschoal Carlos Magno. Aos 14 anos, já era atriz profissional na Companhia Dulcina-Odilon, da atriz Dulcina de Morais, na qual estreou na peça “A Filha de Iório”. Pela atuação como Ornela, recebeu prêmio como atriz revelação da Associação Brasileira de Críticas Teatrais. A paixão pelo teatro também a levou ao casamento com o colega ator Paulo Goulart. Ela tinha 19 anos quando o conheceu, ao contracenarem na peça “Senhorita Minha Mãe”, no Teatro de Alumínio, futuro Paço Municipal, em São Paulo. Os dois se casaram dois anos depois, em 1954, e compartilharam quase 60 anos de casamento. Ficaram juntos até a morte de Paulo, em 2014, e tiveram três filhos que seguiram a carreira dos pais: O casal também fundou em 1953 a companhia Teatro Íntimo de Nicette Bruno, que teve participação de nomes como Tônia Carrero e Walmor Chagas. Paralelamente, Nicette começou sua carreira na televisão. Pioneira, ela estreou junto da TV Tupi (primeiro canal do Brasil) em 1950, participando de recitais e de teleteatros, chegando a comandar a série “Teatro Nicette Bruno”, além de integrar a primeira adaptação do “Sítio do Picapau Amarelo”, exibida entre 1952 e 1962. Anos depois, ela estrelaria outra versão da obra de Monteiro Lobato, produzida pela Globo entre 2001 e 2004, como Dona Benta. A primeira novela foi “Os Fantoches”, realizada em 1967 na TV Excelsior. Mas logo voltou à Tupi para participar de grandes êxitos de audiência, como “A Muralha” (1968), “Sangue do Meu Sangue” (1969), “Meu Pé de Laranja Lima” (1970), “Éramos Seis” (1977) e, finalmente, a inacabada “Como Salvar Meu Casamento” (1979), tirada do ar com a extinção da emissora. Nicette foi para a Globo em 1981 após convite do diretor e ator Fabio Sabag para fazer parte da série “Obrigado, Doutor” como a freira Júlia, auxiliar do protagonista interpretado por Francisco Cuoco. Mas logo vieram as novelas, em papéis sempre importantes. Em “Sétimo Sentido” (1982), de Janete Clair, foi mãe da paranormal vivida por Regina Duarte. Em “Louco Amor” (1983), de Gilberto Braga, interpretou a cozinheira Isolda, que guardava o segredo da novela. Ao longo dos anos, integrou os elencos de atrações que marcaram época, como “Selva de Pedra” (1986), “Rainha da Sucata” (1990) e “Mulheres de Areia” (1993), sempre como mulheres de bem. A primeira vilã só veio em 1997, quando viveu a malvada Úrsula, em “O Amor Está no Ar”. Depois de três anos no novo “Sítio do Picapau Amarelo”, voltou a novelas convidada por Walcyr Carrasco, participando de “Alma Gêmea” (2005) como Ofélia, e “Sete Pecados” (2007), como Juju, grande amor do personagem de Ary Fontoura. A partir daí, teve presença constante nas telas, atuando em “A Vida da Gente” (2011), “Salve Jorge” (2012), “Joia Rara” (2013), “I Love Paraisópolis” (2015), “Pega Pega” (2017) e “Órfãos da Terra” (2019). Mesmo com o sucesso na televisão, a atriz nunca deixou o teatro, estrelando várias montagens e recebendo vários prêmios por seus trabalhos no palco. Mesmo com tanta experiência, ela nunca deixou de se reinventar. A morte de Paulo Goulart incentivou Nicette a fazer o primeiro monólogo de sua carreira, “Perdas e Ganhos”, em 2014, a partir de texto da escritora gaúcha Lya Luft. A direção e adaptação da peça que rodou o Brasil foi feita por sua filha, Beth. A intensa atividade no teatro e na TV, porém, deixou pouco tempo para o cinema. Nicette fez poucos filmes, estrelando como ela mesma “A Marcha” (1972), de Oswaldo Sampaio, e só voltando à tela grande em tempos mais recentes, em filmes como “A Guerra dos Rocha” (2008), de Jorge Fernando, “Doidas e Santas” (2016), de Paulo Thiago, e “O Avental Rosa” (2018), de Jayme Monjardim, todos em papéis de destaque. Sua última aparição nas telas foi ocasionada por uma homenagem da Globo. Nicette foi convidada a participar do remake de “Éramos Seis” como uma freira, na reta final da novela, para encontrar a personagem Lola (Gloria Pires), que ela interpretou na versão original da novela em sua juventude.
Rosaly Papadopol (1956 – 2020)
A atriz Rosaly Papadopol morreu na madrugada desta quarta-feira (16/12), em um hospital de São Paulo, após batalha contra um câncer no baço, aos 64 anos. Ela lutava há aproximadamente dois anos contra o câncer, que era bastante agressivo. Em suas redes sociais, chegou a publicar registros do tratamento e da queda de cabelo. Rosaly iniciou sua vida artística em 1975 no teatro, atuando inclusive no musical “Saudades do Brasil”, ao lado de Elis Regina. A maior parte da carreira foi sobre os palcos. Mas ela apareceu em diversas novelas e até em filmes. Sua estreia nas telas aconteceu em 1978, na novela “Salário Mínimo”, da TV Tupi, e no filme “As Amantes Latinas”, de Luiz Castellini. Ela também integrou o elenco de “Éramos Seis” (1994) e “Dona Anja” (1996), no SBT. Na Globo, trabalhou nas novelas “Porto dos Milagres” (2001), “Agora é Que São Elas” (2003), “Bang Bang” (2005), “Belíssima” (2005), “Pé na Jaca” (2006) e “Malhação” (2009), além da série “Minha Nada Mole Vida” (2006). Seus destaques cinematográficos ainda incluem “Nasce uma Mulher” (1985), de Roberto Santos, “Anjos da Noite” (1987), de Wilson Barros, “Lua Cheia” (1989), de Alain Fresnot, “O Príncipe” (2002), de Ugo Giorgetti, e “Bellini e a Esfinge” (2002), de Roberto Santucci. Seu último trabalho foi em 2018, quando fez uma participação especial nos dois primeiros episódios da série “Samantha!”, da Netflix.
Artistas da Globo recebem multa milionária da Receita Federal
Depois de devassa da Receita Federal, 43 artistas que mantinham vínculos como PJ (pessoa jurídica) com a Globo nos últimos anos começaram a receber as primeiras autuações fiscais. Nos documentos, o órgão do governo federal aponta um suposto conluio entre os artistas e insinua existir uma “associação criminosa” nos acordos. Outras emissoras que procedem de forma similar não foram enquadradas. Já a Globo é apontada “como solidariamente responsável pelo pagamento da autuação”, o que significa que a cobrança pode ser feita para os artistas ou para a empresa. Advogado tributarista que defende os 43 artistas da Globo, Leonardo Antonelli, irmão da atriz Giovanna Antonelli, disse ao blog Notícias da TV que a tentativa da receita “de imputar a prática de crime contra a ordem tributária praticado pela emissora em conluio com o ator… não faz o menor sentido”, já que a “pejotização” é uma relação de trabalho que o próprio órgão do governo federal reconhece como “comum”. Ele lembra que, pela lei brasileira, “os serviços intelectuais, de natureza artística ou cultural, em caráter personalíssimo, sujeitam-se ao regime de tributação de pessoas jurídicas”. Em agosto, quando ficou claro que o governo atacaria os artistas da Globo, Deborah Secco lembrou: “Com oito anos eu já trabalhava. Fiz filmes, peças de teatro, campanhas publicitárias e coproduções de longas. E, para fazer tudo isso, no Brasil ou no mundo, tem que ser através de uma pessoa jurídica”. As multas aplicadas, em alguns casos, ultrapassam R$ 10 milhões por artista. Para evitar o pagamento, a defesa entrou com um recurso administrativo na própria Receita Federal. Além das multas, a Receita encaminhou as investigações ao Ministério Público Federal, sob a alegação de crimes contra a ordem financeira. “Não bastasse o artista ser obrigado a devolver mais do que recebeu nos últimos cinco anos, ainda poderá ser processado criminalmente e quiçá condenado à prisão. Parece uma novela mexicana de ficção”, lamentou Antonelli, que classifica a ação como um exemplo de “insegurança jurídica” do país. “Estamos ingressando paralelamente em juízo e confiantes de que o Poder Judiciário irá, ao final, reconhecer que essa diferença não é devida e que o uso de pessoa jurídica (pejotização) está previsto em lei e é lícito”, disse o tributarista, sobre sua estratégia para impedir supostos abusos cometidos no que pode ser uma ação (não fiscal, mas) política. De fato, apesar de outras grandes emissoras, como SBT, Record, Band e RedeTV!, terem parte de seus artistas, executivos e jornalistas contratados como PJ, não há informações que os profissionais dessas empresas tenham recebido notificações para prestar contas ao fisco. Também não há indícios de que a ex-secretária de Cultura, Regina Duarte, e o atual, Mário Frias, ex-funcionários da Globo, tiveram as contas examinadas. O presidente Jair Bolsonaro já declarou que considera o Grupo Globo seu “inimigo” e chegou a sugerir que pode não renovar a concessão para que a empresa continue a operar seus canais de TV. Após acusar a Globo de praticar “jornalismo sujo”, Bolsonaro registrou sua ameaça num vídeo, divulgado em novembro do ano passado. “Pague tudo o que deve. Certidões negativas, tudo. Para não ter problema. Não vou passar a mão na cabeça de ninguém. Da Globo nem de ninguém. Vocês têm que tá em dia para renovar a concessão. Tô avisando antes para não dizer que estou perseguindo vocês”, declarou o presidente na ocasião, mais transtornado que o costume, mas em seu habitual estilo retórico de dizer que não está fazendo o que está fazendo.
Marieta Severo tem alta e se recupera em casa de covid-19
A atriz Marieta Severo, que estava internada havia oito dias em razão de complicações da covid-19, recebeu alta na manhã deste sábado (12/12), no Rio. Segundo sua assessoria, ela está se recuperando em casa. Marieta foi hospitalizada no último dia 4, no Hospital da Copa Star, após a constatação de uma pneumonia leve. Os primeiros sintomas, febre e dores de cabeça, foram sentidos no último em 24 de novembro, um dia antes de fazer o exame que diagnosticou a covid-19. Aos 74 anos, ela faz parte do grupo que tem maior risco de desenvolver um quadro mais grave da covid-19.
Barbara Windsor (1937 – 2020)
A atriz britânica Barbara Windsor, bastante popular no Reino Unido por estrelar mais de 1,5 mil episódios da longeva novela “EastEnders” e os filmes da franquia “Carry on”, como “Manda Ver, Doutor” (1967) e “Fuzarca no Acampamento” (1969), morreu na última quinta-feira (10/12), aos 83 anos, de causas não reveladas. Ela teria morrido “em paz” na casa de repouso que vivia em Londres, ao lado do marido, Scott Mitchell. “Eu perdi minha mulher, minha melhor amiga e minha alma gêmea. Meu coração e minha vida nunca mais serão os mesmos sem você”, disse o viúvo. Acompanhada pelo marido, Barbara lidou em seus últimos sete anos com o Alzheimer. “Sempre serei imensamente orgulhoso da coragem, dignidade e generosidade com que Barbara lidou com sua doença, enquanto ainda tentava ajudar outros, sensibilizando enquanto pôde”, explicou Mitchell. Nascida no condado de Londres, Barbara começou sua carreira no teatro aos 13 anos. Seu primeiro filme foi a comédia colegial “The Belles of St. Trinian’s” (1954), quando tinha 17. No total, ela fez 31 longas-metragens, nove deles da franquia cômica britânica “Carry On”, lançados entre as décadas de 1960 e 1970. Outros títulos de destaque em sua filmografia incluem a comédia “Ela Era Irresistível” (1960), com Jayne Mansfield, o drama racial “Lá Fora Ruge o Ódio” (1961), o cultuado “Névoas do Terror” (1965), em que Sherlock Holmes investiga os crimes de Jack, o Estripador, a fantasia musical “O Calhambeque Mágico” (1968), com Dick Van Dyke, e a comédia “O Namoradinho” (1971), com Twiggy. Seu papel mais conhecido no Reino Unido foi o de Peggy Mitchell, a proprietária do pub The Queen Victoria na novela “EastEnders”, da BBC. Barbara entrou no elenco em 1994 e logo popularizou o bordão “Saiam do meu pub!”. Apesar de ter sido diagnosticada com Alzheimer em 2014, ela continuou trabalhando na atração até 2016. Depois de se afastar da TV, Barbara foi condecorada dama pela familia real britânica, por sua contribuição para o entretenimento e para a filantropia do país. Apesar de lutar contra os sintomas da doença, no ano passado encontrou-se com o primeiro-ministro Boris Johnson para aumentar a conscientização sobre o mal de Alzheimer.
Giovanna Antonelli testa positivo para covid-19
Giovanna Antonelli é a mais nova atriz da Globo a testar positivo para o novo coronavírus. Ela recebeu o resultado positivo nesta quarta-feira (9/12), depois de realizar um teste para a doença na semana passada. A atriz estava participando das gravações da próxima novela das 19h da Rede Globo, “Quanto Mais Vida Melhor”, e precisou ser afastada. Segundo a assessoria da atriz, Giovanna “está bem, cumprindo a quarentena em casa e semana que vem volta a trabalhar”. Atualmente, ela também aparece na reprise de “Laços de Família”, em que interpreta a personagem Capitu. Em novembro passado, a atriz contou que o elenco da novela fazia testes de covid-19 todos os dias. Ela não é a primeira atriz a testar positivo enquanto participa de gravações da Globo. As colegas Marieta Severo e Andréia Horta também foram diagnosticadas. As duas trabalham em outra novela inédita da emissora, “Um lugar ao Sol”, trama das 21h que sucederá “Amor de Mãe”. Além delas, o ator Marco Ricca, que também faz parte do elenco desta produção, está internado há uma semana em UTI devido ao coronavírus. Mas ele ainda não tinha começado sua participação no set.











