Noites sem dormir, facas e brigas. Novo documentário foca Britney Spears após fim da tutela
A cantora Britney Spears terá sua vida documentada novamente, desta vez pela emissora americana Fox. O novo especial da série investigativa “TMZ Investigates” vai narrar a vida da artista no último ano e meio, desde que sua tutela terminou. Intitulado “Britney Spears – The Price Of Freedom” (em tradução O Preço da Liberdade), o programa irá ao ar nos Estados Unidos na próxima segunda-feira (15). No trailer divulgado, uma sequência de revelações mostra a cantora lidando com um sério vício em cafeína. Ela aparece bebendo litros de bebidas com cafeína – café, energéticos e chás – que a fizeram ficar acordada durante três dias seguidos. Outro momento que ganhou destaque na prévia foram comentários de pessoas que cuidavam da artista, que recomendaram manter facas longe de seu alcance. Informantes afirmaram ao TMZ que Spears via as facas como objetos de proteção, por medo de ser internada à força novamente. Em 2008, a cantora foi hospitalizada duas vezes na ala psiquiátrica, para tratar de distúrbios mentais. A situação levou a criação da tutela da cantora, mantida pelo seu pai até a Justiça encerrá-la em 2021. A produção também irá detalhar a relação da Princesa do Pop com a família, marido e filhos. A cantora é mãe de Jayden (16 anos) e Sean (17 anos), frutos de sua relação com o dançarino Kevin Earl Federline. Atualmente, ela é casada com o modelo Sam Asghari. Os dois subiram ao altar em uma cerimônia secreta na casa da cantora, em junho de 2022, mas segundo as fontes do TMZ tem passado por várias brigas, inclusive com violência por parte de Britney. Por sua vez, a cantora planeja lançar sua própria biografia para contar sua história sob seu ponto de vista. Inicialmente, a obra chegaria em fevereiro deste ano, mas precisou ser adiada, após a editora Simon & Schuster receber cartas enviadas por advogados de dois astros que temem ser expostos pela estrela. As preocupações legais sobre a situação causaram o atraso e a obra não tem uma nova previsão de lançamento.
Frankie Goes To Hollywood: Banda pop dos anos 1980 vai ganhar cinebiografia
A história da icônica banda britânica Frankie Goes To Hollywood será contada em um novo filme biográfico. Intitulado “Relax”, em homenagem ao sucesso do grupo lançado em 1983, o longa será baseado no livro de memórias do vocalista Holly Johnson, “A Bone in My Flute”, e contará com Callum Scott Howells (“It’s A Sin”) no papel principal. Dirigido por Bernard Rose, mesmo diretor do videoclipe de “Relax”, o filme explorará a criação e o impacto da música que celebra o amor homossexual. A canção chegou a ser banida pela BBC, emissora de rádio e televisão do Reino Unido, em 1984, mas no mesmo ano entrou na trilha do suspense “Dublê de Corpo”, sucesso de Brian De Palma, o que a ajudou a estourar no mundo inteiro. A Universal Music é detentora do catálogo da banda e manifestou apoio ao projeto, que deve incluir outras músicas como “Two Tribes” e “The Power of Love”. A produção será uma parceria entre a Working Title e a Independent Entertainment. “Frankie Goes To Hollywood foi uma banda inovadora e inabalável que abriu caminho para tantos jovens artistas hoje. A parceria com a Working Title para trazer sua história para a tela é incrivelmente emocionante. Não conseguimos pensar em ninguém melhor do que Bernard Rose e nosso talentoso jovem protagonista, Callum Scott Howells, para dar vida a este momento icônico da história do pop”, comentou Luc Roeg, da Independent Entertainment. Um dos grupos de maior sucesso dos anos 1980 no Reino Unido, Frankie Goes To Hollywood era formada por Holly Johnson (vocal), Paul Rutherford (vocal, teclados), Peter Gill (bateria, percussão), Mark O’Toole (baixo) e Brian Nash (guitarra). O grupo se separou amargamente em 1987, após uma briga antes de um show no Estádio de Wembley, em Londres. Recentemente, os integrantes se reencontraram e subiram juntos ao palco pela primeira vez em quase 40 anos. A banda foi responsável por abrir o Festival Eurovision no último domingo (7/5). “Relax” ainda não tem previsão de lançamento. Lembre o clipe original, a versão do filme “Duble de Corpo” e veja, mais abaixo, o retorno da banda aos palcos. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Holly Johnson (@mrhollyjohnson)
Lula decreta luto oficial de três dias por morte de Rita Lee
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou, nesta terça-feira (9/5), luto oficial de três dias pela morte da cantora e compositora Rita Lee, aos 75 anos. O texto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). Em sua conta no Twitter, o presidente também prestou homenagem à falecida cantora. “Rita Lee Jones é um dos maiores e mais geniais nomes da música brasileira. Cantora, compositora, atriz e multiinstrumentista. Uma artista a frente do seu tempo. Julgava inapropriado o título de rainha do rock, mas o apelido faz jus a sua trajetória”, escreveu. Para Lula, a artista deixou um grande marco na música brasileira com sua ousadia e criatividade. “Não poupava nada nem ninguém com o seu humor e eloquência. Enfrentou o machismo na vida e na música e inspirou gerações de mulheres no rock e na arte. Jamais será esquecida e deixa na música e em livros seu legado para milhões de fãs no mundo inteiro. Meu abraço fraterno aos filhos Beto, João e Antônio, familiares e amigos. Rita, agora falta você”, concluiu. Rita Lee morreu na noite de segunda (8/5) em sua casa, em São Paulo, de acordo com a divulgação de seu perfil oficial. O velório, aberto ao público, será realizado na quarta (10/5), das 10h às 17h, na capital paulista, terra natal da artista. “De acordo com a vontade de Rita, seu corpo será cremado. A cerimônia será particular. Neste momento de profunda tristeza, a família agradece o carinho e o amor de todos”, diz nota da família. Rita Lee deixa o marido, Roberto de Carvalho, e três filhos – Beto, de 45 anos, João, de 44, e Antônio, de 42. Este foi o primeiro luto oficial do terceiro mandato de Lula. O último luto estabelecido pelo estado brasileiro foi em 31 de dezembro, ainda no governo de Jair Bolsonaro, pela morte do Papa Emérito Bento 16. Rita Lee Jones é um dos maiores e mais geniais nomes da música brasileira. Cantora, compositora, atriz e multiinstrumentista. Uma artista a frente do seu tempo. Julgava inapropriado o título de rainha do rock, mas o apelido faz jus a sua trajetória. Rita ajudou a transformar a… — Lula (@LulaOficial) May 9, 2023
Rita Lee teve 80 músicas em trilhas de novelas
Recordista em gravações em trilhas de novelas, Rita Lee deixou sua marca em 79 folhetins da Globo e um do SBT, embalando desde personagens até aberturas das produções. A cantora, que morreu na noite de segunda-feira (8/5) aos 75 anos, chegou a ganhar uma coletânea da gravadora Som Livre em 2001, chamada justamente “Rita Lee – Novelas”, destacando 16 sucessos da cantora que fizeram parte da história da TV brasileira. Mas muita coisa ficou de fora. Desde que lançou a primeira canção, “Sucesso Aqui Vou Eu”, em “A Próxima Atração” (1970), ela se tornou a favorita dos produtores das trilhas. Só a música “Erva Venenosa” apareceu em quatro novelas: “Um Anjo Caiu do Céu” (2001), “Cobras & Lagartos” (2006), “Escrito nas Estrelas” (2010) e “Malhação” (2013)”, na Globo, além de “Chiquititas” (2013), no SBT. De trilha de personagem, ela chegou às aberturas em 1978, com “O Pulo do Gato” – que tinha como tema “Eu e Meu Gato”. Dois anos depois, estourou com a música da abertura de “Chega Mais” (1980), seguida por “Flagra” em “Final Feliz” (1982). Também gravou os temas de “Sassaricando” (1987), “Lua Cheia de Amor” (1990), “A Próxima Vítima” (1995), mas se arrependeu de fazer o tema de “Zazá” (1997). Ela ficou traumatizada com “Zazá”, porque “fui convidada para acrescer o refrão chatinho que acabou por destruir a música de vez: ‘Cadê Zazá, Zazá, Zazá…’. Disse que nunca mais faria outra abertura de novela, mas quebrou a promessa 13 anos depois, quando gravou o tema de “Ti Ti Ti” para o remake de 2010 – a música da versão original já era de Rita, mas a gravação foi feita pela banda metrô em 1985. “Emplacar um tema de abertura de novela é faca de um gume só, ou seja, sua música queima mais depressa que baseado em palha de milho e não se recebe um tostão sequer. A tal da ‘Zazá’, por exemplo, foi péssimo para mim: era uma homenagem bacana a Fernanda Montenegro como Mulher Maravilha”, disse ela ao Jornal do Brasil em 1997. Além das novelas, Rita Lee fez trilhas de outros programas, como o “TV Mulher”, que abria ao som de “Cor de Rosa Choque”, a série “Pé na Cova”, que teve a música “Hino dos Malucos”, e a minissérie “Todas as Mulheres do Mundo” (2020), que reuniu cinco sucessos da cantora. Lembre abaixo 9 aberturas clássicas embaladas por músicas de Rita Lee em produções da rede Globo. | TV MULHER | | PULO DO GATO | | CHEGA MAIS | | FINAL FELIZ | | SASSARICANDO | | LUA CHEIA DE AMOR | | A PRÓXIMA VÍTIMA | | ZAZÁ | | TI TI TI |
Da cobra de Alice Cooper à cama do Yes, conheça os melhores “causos” de Rita Lee
A cantora Rita Lee, falecida na noite de segunda (8/5) aos 75 anos, não causou apenas no rock. Ela aprontou bastante nos bastidores. E contou algns detalhas nas páginas de “Rita Lee – Uma Autobiografia”. A obra, que chegou a vender 205 mil exemplares em seus quatro primeiros meses, é um best-seller graças ao tom informal, em que Rita conta histórias divertidas, como a vez que roubou a cobra de Alice Cooper, e também pesadas, como aborto e seu período na prisão. Ela falou, inclusive, sobre sua polêmica saída dos Mutantes e a própria morte. Publicado pela editora Globo em 2016, o livro voltou ao topo da lista dos mais vendidos da Amazon nesta terça (9/5), após o anúncio da morte da artista. Confira alguns trechos abaixo. Sobre Os Mutantes: “Minha saída do grupo aconteceu bem nos moldes de ‘o noivo é o último a saber’, no caso, a noiva. Depois de passar o dia fora, chego ao ensaio e me deparo com um clima tendo/denso. Era um tal de um desviar a cara pra lá, o outro olhar para o teto, firular instrumento e coisa e tal. Até que Arnaldo quebra o gelo, toma a palavra e me comunica, não nessas palavras, mas o sentido era o mesmo, que naquele velório o defunto era eu. ‘A gente resolveu que a partir de agora você está fora dos Mutantes porque nós resolvemos seguir na linha progressiva-virtuose e você não tem calibre como instrumentista.’ Uma escarrada na cara seria menos humilhante. Em vez de me atirar de joelhos chorando e pedindo perdão por ter nascido mulher, fiz a silenciosa elegante. Me retirei da sala em clima dramático, fiz a mala, peguei Danny (a cachorra) e adiós.” Sobre ir parar na cama da banda Yes: “Impressionante como em cada esquina de Londres a gente encontrava um brazuca órgão do tropicalismo. Na rua dou de cara com Toninho Peticov, sempre animado e sabendo tudo o que rolava na cidade. A pedida para o dia seguinte era Elton John no Crystal Palace abrindo para o Yes. Hãã? Seria aquele o prato frio da vingança por ter sido expulsa da banda? Enquanto ‘os the brazilian Sim’ copiavam o som deles no Brasil, eu os assistia ao vivo em Londres. Na metade da apresentação de Elton, tomei uma pedrinha que foi bater nos primeiros acordes do Yes. Com LSD impossível não existe, não me pergunte como fui parar no palco sentadinho no maior flerte. Também não me pergunte como fui parar no camarim deles e muito menos acordar descabelada, plissada, godê numa cama rodeada de um monte de outros achados e perdidos humanos. Rita, quem diria, você groupie do Yes!” Sobre o roubo da cobra de Alice Cooper: “Tudo porque uma hora lá ele entra no palco chacoalhando violentamente uma cobra e depois de fazer seu número de fodão, atira a bichinha no chão e pisoteia. Um contrarregra entrava na moita e a recolhia (…). Passei a lábia no segurança do backstage e entrei (…) De cara fui com a cara do roadie, um inglês chamado Andy Mills. Digamos que fomos com a cara um do outro e cinco minutos depois fugimos de lá levando a gaiola com a jiboia e de quebra outra jiboinha bebê que seria treinada também para atuar nas micagens grotescas do canalha. A cobra que foi maltratada no palco chamava-se Mouchie, aquela mesma que está na capa do disco ‘Killer’. A cobrinha bebê era Angel e adorava se enrolar de pulseira no braço dos humanos.” Sobre a gravidez na cadeia e a ajuda de Regina: “Só pode ter sido manobra do meu Anjo da Guarda ter acontecido justamente no dia em que eu estava tendo um sangramento com cólicas insuportáveis (…) O perigo de aborto era real. Nada foi feito. Naquele exato momento, chega uma carcereira dizendo: ‘Rita Lee, chegou uma artista famosa aqui na portaria e tá junto com o filhinho rodando a baiana querendo te levar de qualquer jeito’ (…) Céus quem seria essa santa porreta que me aparece exatamente na hora que eu mais preciso, Nossa Senhora das Roqueiras? Chego corcunda de dor na sala do delegado e quem vem me dar um abraço dos mais fofos que já recebi na vida? Elis, aquela que fazia cara feia para os roqueiros! Elis, a musa mor da MPB! (…) O delegadinho da vez, sem saber se pedia autógrafo ou enfiava a cara no apontador de lápis, fazia papel do falsinho atencioso, ora oferecendo cafezinho, ora perguntando sobre música. Elis ignorou o cara e disse em alto e bom som: ‘Se um médico não chegar em cinco minutos, você é que vai precisar de um cafezinho, porque eu vou convocar uma coletiva e denunciar o que está acontecendo aqui com minha amiga Rita Lee.'” Sobre o aborto que sofreu: “Já em casa, continuamos [Rita e Roberto de Carvalho] ‘fazendo amor no-chão-no-mar-na-lua-na-melodia-por-telepatia’ várias vezes ao dia e, claro, em pouquíssimo tempo embarriguei novamente. Gravidez extrauterina, disse o médico, a se pensar numa curetagem levando em conta a recente cesariana complicada ainda em fase de cicatrização. O que me fez decidir mesmo por interromper foi a hemorragia que aconteceu dias depois e pirei de vez. Mesmo já tendo abandonado a religião, entre no ‘mea-culpa’ catolicista e me autocondenei ao mármore do inferno. Até hoje me chicoteio pensando que talvez aquele baby poderia ter vingado, que foi um ato precipitado, que daquele momento em diante eu estaria condenada a lamentar a decisão para o resto da vida (…) Nenhuma mulher faz aborto sorrindo. Cabe a elas, e somente a elas, a decisão de interromper uma gravidez, assim como de segurar sozinhas as consequências moral, espiritual e oskimbau.” Sobre sua música favorita: “Minha música favorita, ‘Mania de Você’, composta em cinco minutos com o inspiradíssimo script de uma recém-trepada perfeita. Sem pudores, o casal se mostrava de corpo e alma, oferecendo a trilha sonora da sexualidade elegante para motel cinco estrelas nenhum botar defeito”. Sobre a inspiração sexual: “O casal de coelhos R & R continuava firme e forte. A graça era transar em locais inusitados, de banheiros de avião a praias desertas, de banheiras de espuma a escadas de incêndio, de elevadores de serviço a camarins de shows. Com essa bagagem erótico‑musical, partimos para um novo disco, o Lança perfume, a consagração total das nossas parcerias, cada vez mais autobiográficas. Éramos crème de la crème para voyeurs auditivos, com os sugestivos ‘me vira de ponta cabeça, me faz de gato e sapato, me deixa de quatro no ato, me enche de amor…’, ‘Misto-quente, sanduíche de gente, empapuçados de amor…’ e ‘Me deixar levar por um beijo eterno, mais quente que o inferno’. E assim caminhava a paixonite sem pudores de dois famintos diante de pratos cheios de sedução, mergulhados na gula da paixão.” Sobre a própria morte: “Quando eu morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta. Algumas rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá, colegas dirão que farei falta no mundo da música, quem sabe até deem meu nome para uma rua sem saída. Os fãs, esses sinceros, empunharão capas dos meus discos e entoarão ‘Ovelha negra’, as TVs já devem ter na manga um resumo da minha trajetória para exibir no telejornal do dia e uma notinha do obituário de algumas revistas há de sair. Nas redes virtuais, alguns dirão: “‘Ué, pensei que a véia já tivesse morrido, kkk’. Nenhum político se atreverá a comparecer ao meu velório, uma vez que nunca compareci ao palanque de nenhum deles e me levantaria do caixão para vaiá-los. Enquanto isso, estarei eu de alma presente no céu tocando minha autoharp e cantando para Deus: ‘Thank you Lord, finally sedated’. Epitáfio: ela nunca foi um bom exemplo, mas era gente boa.”
Lembre 20 dos maiores sucessos de Rita Lee com vídeos clássicos
Morta na noite de segunda (8/2), Rita Lee deixa um legado de músicas clássicas do pop/rock brasileiro, que vão desde a psicodelia dos Mutantes até o rock grunge mais recente, passando pelo rock’n’roll dos anos 1970 e o pop das FMs da década de 1980. Pioneira do rock brasileiro, batizada de rainha do rock nacional, Rita Lee Jones injetou feminismo na música popular e festejou o prazer em todos os seus pormenores, desde o simples contato com a natureza até a paixão sexual. E também protestou muito contra as convenções, com uma coleção de músicas inesquecíveis. Uma mostra desse catálogo pode ser vista e ouvida abaixo, em 20 clipes, trechos de shows, participações em programas televisivos e outros registros audiovisuais selecionados no YouTube. A lista vai de “Arrombou à Festa” a “Caso Sério”, sem ordem cronológica, mas num desfile sonoro de afinidades musicais, que juntam “Ando Meio Desligado” com “Superestafa” e muitas faixas d”Esse Tal de Rock Enrow”, além de baladas de sucesso como “Mania de Você” e “Ovelha Negra”. Agora só falta você apertar o play.
Rita Lee, a rainha do rock nacional, morre aos 75 anos
Rita Lee, uma das maiores cantoras e compositoras brasileiras, morreu na noite de segunda-feira (8/5). Ela estava com 75 anos e lutava contra um câncer de pulmão, descoberto em 2021. Nas redes sociais, a família da artista divulgou a triste notícia. “Comunicamos o falecimento de Rita Lee em sua residência, em São Paulo, capital, no final da noite de ontem, cercada de todo o amor de sua família, como sempre desejou”, escreveram. O velório de Rita Lee será aberto ao público na quarta-feira (10/5), das 10h às 17h, no Planetário do Parque Ibirapuera, em São Paulo. A cantora deixa um legado revolucionário na história do rock nacional devido à explosão criativa de sua carreira, iniciada em pleno tropicalismo. Ao longo da carreira, ela apresentou uma variedade de tópicos políticos disfarçados de entretenimento, que ajudaram a apresentar ao público brasileiro ideias feministas como sexualidade feminina e prazer. Ela também foi uma ávida ativista dos direitos dos animais. Rita Lee Jones nasceu em São Paulo, em 31 de dezembro de 1947. Ela era uma das filhas do dentista Charles Jones, descendente de imigrantes americanos, e da pianista Romilda Padula, que incentivou a cantora a estudar o instrumento e a cantar com as irmãs. Com 16 anos, Rita integrou as Teenage Singers, um trio vocal feminino que se apresentava em festas escolares. Na época, o produtor Tony Campello descobriu o grupo e as convidou para participar de gravações como backing vocals. Em 1964, a cantora entrou no grupo de rock Six Sided Rockers, que teve mudanças de formações e de nomes. Dois anos depois, o grupo se tornou os famosos Mutantes, formado por Rita Lee, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias. Os Mutantes foram fundamentais na era do tropicalismo por unir psicodelia e ritmos locais. Eles se tornaram o grupo nacional com maior reconhecimento entre as estrelas do rock mundial, como por Kurt Cobain, David Byrne, Jack White, e outros. Já em 1967, o trio acompanhou o cantor Gilberto Gil em “Domingo no Parque”, apresentado no 3º Festival de Música Popular Brasileira, da Record. No ano seguinte, eles seguiram Caetano Veloso em “É Proibido Proibir” no 3º Festival Internacional da Canção, promovido pela Globo. E foram vaiados por uma juventude de esquerda, que era contra guitarras elétricas. Rita Lee fez parte dos Mutantes entre 1966 e 1972, no período considerado como o mais marcante e criativo da banda. Nessa fase, o fim do relacionamento com Arnaldo Baptista coincidiu com a despedida da cantora no trio. Contudo, o primeiro álbum solo de Rita Lee, intitulado “Build up”, foi lançado ainda antes dela deixar o grupo, em 1970. A cantora também lançou “Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida”, ainda gravado com o trio, em 1972. Após deixar o grupo, a carreira de Rita Lee tomou forma com um novo grupo, nomeado de Tutti Frutti – com Luis Sérgio Carlini e Lee Marcucci, entre outros. Nesse período, a artista gravou cinco álbuns e ganhou destaque com o lançamento de “Fruto Proibido”, em 1975. O disco, que contém os sucessos “Agora Só Falta Você”, “Esse Tal de Roque Enrow” e “Ovelha Negra”, vendeu 200 mil cópias e deu à Rita Lee o apelido de “Rainha do Rock Brasileiro. No ano seguinte, ela conheceu e se apaixonou por seu futuro marido, o guitarrista Roberto de Carvalho. E durante sua primeira gravidez foi presa por porte e uso de maconha – para “servir de exemplo à juventude da época”. Condenada, ficou um ano em prisão domiciliar, precisando de permissões especiais do juiz para sair de casa e fazer shows. É desta época a música “Arrombou a Festa”, que criticava o cenário da MPB da época — e que vendeu mais de 250 mil cópias. Mas o sucesso estava apenas começando. Sua estreia musical em novelas aconteceu em 1978, com o folhetim “O Pulo do Gato”, no qual cantou o tema “Eu e Meu Gato”. A partir de 1979, a cantora firmou parceria com Roberto de Carvalho e se aventurou de vez na carreira solo com canções de pop-rock. O álbum “Rita Lee”, com os sucessos “Mania de Você”, “Chega Mais” e “Doce Vampiro”, marcou uma virada comercial em sua carreira, levando a cantora às trilhas de novela da Globo com as duas últimas faixas. Ela chegou a virar personagem da novela “Vamp” e cantar “Doce Vampiro” num dos capítulos da produção. O estouro foi ainda maior no disco seguinte, de 1980, com “Lança Perfume”, “Baila Comigo”, “Nem Luxo, Nem Lixo” e outras faixas. A parceria com o marido fez que o disco de 1982 fosse chamado de “Rita Lee e Roberto de Carvalho”, com hits como “Flagra” e “Cor de Rosa Choque” – duas trilhas da Globo, que marcaram as aberturas da novela “Final Feliz” e do programa “TV Mulher”. Ela se apresentou na primeira edição do Rock in Rio e seguiu gravando e tocando até 1991, quando o casal tirou um hiato de quatro anos para retornar com o álbum “A Marca da Zorra” e abrir os shows nacionais dos Rollings Stones. Numa vida digna de estrela do rock, Rita Lee caiu da varanda de seu sítio sob efeito de remédios em 1996. Na ocasião, ela quebrou o recôndito maxilar. Segundo o “Fantástico”, a cantora só conseguiu largar o álcool e as drogas em janeiro de 2006. Em 2001, Rita Lee ganhou um Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock em Língua Portuguesa com o disco “3001”. Nos anos seguintes, ela recebeu mais cinco indicações e, em 2022, venceu o prêmio de Excelência Musical pelo conjunto da obra. A cantora anunciou que deixaria de fazer shows por causa da fragilidade física em 2012. Na mesma época, Rita se tornou usuária do Twitter e informou que não estava se aposentando da música. Para provar, lançou um álbum no mesmo ano, “Reza”, saiu em abril de 2012. A faixa-título foi descrita pela cantora como uma “reza de proteção de invejas, raivas e pragas”. Mas este acabou sendo seu último álbum de estúdio. Ao todo, Rita Lee gravou 40 álbuns, sendo apenas 6 com os Mutantes – dois deles, como artista “solo”. Em 2016, a artista lançou sua primeira autobiografia com revelações intensas, como caso de abuso sexual infantil, luta contra o alcoolismo e até expulsão dos Mutantes. O livro se tornou um sucesso de vendas. No mês passado, Rita Lee anunciou mais uma autobiografia, escrita pelo jornalista Guilherme Samora, com detalhes sobre o câncer de pulmão que ela enfrentava há dois anos. A cantora passou por tratamentos de imunoterapia e radioterapia, e chegou a ser considerada curada da doença em abril de 2022. “Achei que nada mais tão digno de nota pudesse acontecer em minha vidinha besta. Mas é aquela velha história: enquanto a gente faz planos e acha que sabe de alguma coisa, Deus dá uma risadinha sarcástica”, disse a artista. Rita Lee deixa três filhos, Roberto, João e Antônio.
Aos 73 anos, Angela Ro Ro cancela shows por motivos de saúde
A cantora Angela Ro Ro teve que cancelar seu retorno triunfal aos palcos após ser internada para a realização de exames. A notícia foi descoberta pela colunista Mariana Morais. A saúde da artista de 73 anos impossibilitou a realização do espetáculo “Cheia de Amor pra Dar”, que conta histórias de sua carreira e a origem da música “Malandragem”, composta por Cazuza e Frejat. Segundo as informações, o evento estava marcado para acontecer na próxima sexta-feira (12/5), no palco do Teatro Rival, no Rio de Janeiro. “O show de Angela Ro Ro remarcado para o dia 12 de maio está cancelado por motivos de saúde da artista. Esperamos que ela se restabeleça prontamente, e o público compreenda a situação”, comunicou o Teatro Rival. “Agradecemos a compreensão e temos certeza de que logo nossa querida Angela Ro Ro estará bem de saúde e poderá nos dar muitas alegrias com seus incríveis shows”, concluiu. Até o momento, a assessoria de Angela Ro Ro não se pronunciou. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Teatro Rival (@teatro.rival)
Justiça decide a favor de Ed Sheeran em acusação de plágio
O júri de um tribunal em Nova York deliberou que o artista britânico Ed Sheeran não cometeu plágio. O artista foi acusado de plágio pelos herdeiros de Ed Townsend, co-autor da música “Let’s Get It On” com Marvin Gaye, na composição de seu sucesso mundial “Thinking Out Loud”. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (4/5). Sheeran abraçou a sua equipe jurídica após júri concluir que ele criou a sua música de forma “independente”. Após o veredicto, Sheeran leu uma nota diante do prédio do tribunal. “Precisamos que os compositores e a comunidade de escritores se unam para trazer de volta o bom senso. Essas reivindicações devem ser interrompidas para que o processo criativo possa continuar e todos possamos voltar a fazer música. E, ao mesmo tempo, precisamos absolutamente de indivíduos confiáveis, verdadeiros especialistas, para ajudar a apoiar o processo e proteger os direitos autorais”, disse. Durante o julgamento, o advogado da família de Ed Townsend, Ben Crump, argumentou que Sheeran havia feito um medley das duas músicas durante um show, mostrando assim a grande semelhança entre elas. No entanto, Sheeran negou as acusações, afirmando que também fez o mesmo medley com outras músicas, e que seria um “idiota” se tivesse copiado “Let’s Get It On” e depois tocado na frente de uma grande audiência de 20 mil pessoas. A defesa de Sheeran argumentou que os acordes presentes nas duas músicas são comuns na música pop, mas que as melodias das canções são completamente diferentes. Especialistas convocados pela defesa ainda mostraram outras músicas com a mesma progressão de acordes, entre elas “Georgy Girl”, sucesso dos anos 1960 lançado antes da gravação de Marvin Gaye. Enquanto isso, Kathryn Townsend, filha de Ed Townsend, contratou os seus próprios musicólogos para obter “clareza pessoal” sobre o assunto. Vale lembrar que, num julgamento semelhante em 2018, o compositor Robin Thicke e o produtor-compositor Pharrell Williams foram condenados por plágio na gravação de “Blurred Lines” e precisaram indenizar em quase US$ 5 milhões a família de Marvin Gaye por copiarem no hit acordes da música “Got to Give it Up”, lançada em 1977. Ed Sheeran também já tinha enfrentado batalhas legais sobre a sua música no passado. Em 2022, um juiz decidiu a favor de Sheeran em um caso envolvendo a música “Shape of You”, no qual ele foi acusado de copiar “Oh Why” do artista Sami Switch. Em 2016, ele também foi processado por seu single “Photograph”, mas o caso foi resolvido fora do tribunal. Após a sua vitória na justiça no ano passado, Ed Sheeran postou um vídeo na sua conta no Instagram expressando receio com relação a diversos casos que vinham ocorrendo nos últimos anos, todos envolvendo direitos autorais. “É realmente prejudicial para a indústria da composição. Existem poucas notas e acordes usados na música pop. A coincidência está sempre prestes a acontecer se 60 mil músicas estiverem sendo lançadas todos os dias no Spotify. São 22 milhões de músicas por ano e há apenas 12 notas disponíveis. Eu não sou uma entidade. Eu não sou uma corporação. Eu sou um ser humano. Eu sou pai. Eu sou um marido. Eu sou um filho. Ações judiciais não são uma experiência agradável”, completou.
Harry Styles emociona com robô em história de amor no clipe de “Satellite”
Harry Styles lançou nesta quarta-feira (3) o videoclipe de “Satellite”, que faz parte de seu terceiro álbum de estúdio “Harry´s House” (2022). O clipe conta uma história de amor ao estilo Pixar, protagonizada por um pequeno robô que viaja pelo país em busca de seu amado, o rover Curiosity da NASA, lançado rumo a Marte. O vídeo começa com Harry nos bastidores de um show, enquanto o robô fica fascinado pela imagem de um Mars Rover, robô que vaga pelo planeta Marte. A partir daí, o robô sai em uma jornada em busca de seu amado, partindo de Los Angeles. Ao longo do clipe, ele passa por paisagens deslumbrantes dos Estados Unidos, incluindo a famosa placa de Hollywood e o Grand Canyon. Viajando rumo ao Centro Espacial Kennedy, da NASA, na Flórida, a pequena máquina acaba encontrando Harry novamente. Logo em seguida, o robô olha para o céu, na esperança de se conectar com seu amado, mas em seguida sua bateria acaba. Com efeitos visuais bem trabalhados, o clipe emocionou fãs do cantor com uma mensagem sobre amor e perseverança. A direção é de Aube Perrie, responsável pelo clipe anterior do cantor, “Music for a Sushi Restaurant”, que também deu o que falar. Os fãs têm elogiado a criatividade e originalidade do cantor nessa era musical mais recente. Aclamado pelo público e pelos críticos, o álbum “Harry’s House” recebeu o prêmio de Álbum do Ano pelo Grammy, em fevereiro deste ano. “Satellite” é o quarto single do projeto, que também emplacou os hits “As It Was”, “Late Night Talking” e “Music for a Sushi Restaurant”.
Rafael Infante vai lançar música com Sandra de Sá
Rafael Infante, conhecido por suas atuações no “Porta dos Fundos”, está prestes a retomar sua carreira musical. Na sexta-feira (19/5), ele vai lançar a canção “Eu me Livrei de Você”, uma parceria inédita com a cantora Sandra de Sá. Nos Stories do Instagram, o cantor brincou com a possível surpresa de seus fãs com a notícia. “Eu sei, às vezes, é difícil digerir isso. ‘Mas como assim? Eu conheço você fazendo uma coisa’. Mas é isso, essa também é a minha arte e dia 19/5 tem um lançamento lindo, com uma participação absurda nessa faixa”, contou ele. Infante aproveitou para explicar a origem da canção e como interpreta a letra nos dias atuais. “Eu fiz anos atrás quando tava terminando um relacionamento. E hoje, quando eu tava fazendo o arranjo, eu fiquei pensando que nós temos dificuldade em encerrar ciclos, né? Seja relacionamentos, amizades. Ciclos, até ciclos de momento da sua vida. Mudanças, nós temos essa tendência”, refletiu. Antes de fazer sucesso como ator, Rafael Infante já se aventurava na área da música. Ele foi integrante da banda Preto Tu, que chegou a abrir shows de grandes nomes, como Elza Soares. Atualmente, Rafael Infante está no ar como participante e dançarino no “Dança dos Famosos”, quadro do “Domingão com Huck”.
Ed Sheeran ameaça deixar a música se for condenado por plágio
Ed Sheeran afirmou na segunda-feira (1/5) que pode deixar a carreira musical caso seja condenado por um suposto plágio em “Thinking Out Loud”, hit lançado em 2015. Em 2017, o cantor foi processo pelos herdeiros do falecido Ed Townsend por ter utilizado partes de “Let’s Get it On”, escrita por Townsend junto com Marvin Gaye, na criação da música viral. Os herdeiros alegam que o ruivo deveria compartilhar os lucros por ter violado os direitos autorais. O caso só chegou nos tribunais neste ano. Na ação, os herdeiros pedem cerca de 100 milhões de euros como indenização, ou seja, mais de R$ 500 milhões na cotação atual. Segundo o Daily Mail, o artista teria ficado revoltado durante o julgamento, que ocorre na cidade de Nova York. “Se isso acontecer, não faço mais música, vou parar. Acho realmente um insulto dedicar toda a minha vida a ser um artista e compositor, e ter alguém diminuindo isso”, disse Sheeran. A defesa de Sheeran ainda reforçou que a estrutura musical utilizada na canção está disponível on-line. “As duas músicas compartilham versões de uma progressão de acordes semelhante e desprotegida que estava disponível gratuitamente para todos os compositores”, disseram durante o processo. Já os advogados da família Townsend rebateram a informação com um vídeo de Ed Sheeran, onde o músico teria feito uma “transição perfeita” entre as duas músicas durante uma apresentação ao vivo. Eles acreditam ser uma confissão de “roubo”. Ed Sheeran, por sua vez, alegou que já combinou “Thinking Out Loud” com outros hits musicais de acordes semelhantes à obra, como “Crazy in Love”, de Van Morrison, e “I Will Always Love You”, de Dolly Parton. “Eu misturo músicas em muitos shows. Muitas músicas têm acordes semelhantes. Você pode ir de ‘Let it Be’ para ‘No Woman No Cry’ e voltar. E, francamente, se eu tivesse feito o que você está me acusando, eu seria um idiota em subir no palco para 20 mil pessoas e fazer isso”, afirmou. Se a Justiça entender que Ed Sheeran é considero culpado, haverá um novo julgamento para determinar o valor da indenização por uso de direitos autorais.











