Confira 20 filmes novos pra ver online no fim de semana
Com cada vez mais opções, a lista de estreias online da semana inclui vários filmes premiados, títulos populares e lançamentos exclusivos de streaming. Entre os principais destaques, “Minari – Em Busca da Felicidade” fez história no Oscar 2021. Vencedor do Festival de Sundance do ano passado, o longa transformou o sul-coreano Steven Yeun (o Glenn de “The Walking Dead”) no primeiro asiático indicado à estatueta de Melhor Ator e a veterana Youn Yuh-Jung (“Sense8”) na primeira asiática vencedora do prêmio da Academia, na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante. Baseado na infância do diretor Lee Isaac Chung (“Lucky Life”), o drama acompanha uma família imigrante que enfrenta dificuldades quando o pai (Yeun) decide se mudar para a zona rural do Arkansas, apostando no sonho americano. Outro destaque de Sundance é “Nuvem Rosa”, estreia da gaúcha Iuli Gerbase, que venceu o Grand Prix do Festival de Sofia, na Bulgária, e foi aclamada pela imprensa americana durante sua passagem pelo festival indie – tem 100% de aprovação no Rotten Tomatoes. O filme da filha do cineasta Carlos Gerbase (“Menos que Nada”) é uma ficção científica que antecipou as quarentenas causadas pelo coronavírus. Escrito em 2017 e filmado em 2019, sua trama acompanha um casal de desconhecidos que, após uma noite de sexo casual, acorda no dia seguinte sob lockdown, quando uma misteriosa nuvem rosa passa a cobrir o mundo, matando quem sai nas ruas. Com a sorte de estar numa casa bem abastecida de alimentos, eles passam os dias, os meses e até os anos presos um com o outro, enquanto os efeitos da quarentena mundial são acompanhados pela TV, videoconferência e redes sociais. Impressionantemente premonitório. As opções mais populares incluem o novo terror da franquia “Jogos Mortais” e o suspense “Pequenos Vestígios” com grande elenco. Mas as melhores diversões são “Kate”, thriller de ação da Netflix que traz Mary Elizabeth Winstead (“Aves de Rapina”) matadora em todos os sentidos, e a cultuada comédia francesa “Jacky in the Kingdom of Women”, que imagina um taleban com gêneros invertidos, em que os homens são submissos. Há também um documentário e um novo drama (“O Dia que Mudou o Mundo”) sobre os eventos de 11 de setembro de 2001 – por sinal, o aniversário da tragédia vai render outra seleção temática com dicas de filmes no sábado (11/9). São, ao todo, 20 indicações de estreias para assistir nas plataformas digitais neste fim de semana. Confira abaixo as sugestões (com trailers). Minari: Em Busca da Felicidade | EUA | Drama (Apple TV, Google Play, YouTube Filmes) A Nuvem Rosa | Brasil | Sci-Fi (Google Play, NOW, Sky Play, Telecine, Vivo Play) Kate | EUA | Ação (Netflix) Jacky in the Kingdom of Women | França | Comédia (MUBI) Pequenos Vestígios | EUA | Suspense (Apple TV, Google Play, HBO Max, Now, Vivo Play, YouTube Filmes) Espiral – O Legado de Jogos Mortais | EUA | Terror (Apple TV, Google Play, NOW, Sky Play, YouTube Filmes) Barry Fritado | EUA | Terror (Vivo Play) O Comandante: Pânico nas Alturas | China | Thriller (Apple TV, Google Play, Now, YouTube Filmes) Ray & Liz | Reino Unido | Drama (MUBI) Veredito | Filipinas | Drama (Reserva Imovision) No Caminho das Dunas | Bélgica | Drama (Supo Mungam Plus) Horas de Museu | Áustria, EUA | Drama (Supo Mungam Plus) Noite de Reis | França, Costa do Marfim | Drama (Google Play, NOW, Sky Play, Telecine, Vivo Play) Belle Époque | França, Bélgica | Drama (Apple TV, Google Plus, YouTube Filmes) O Dia que Mudou o Mundo | Alemanha, França, Líbano | Drama (Apple TV, Google Plus, NOW, YouTube Filmes) Os Conselhos da Noite | Portugal | Drama (Apple TV, Google Play, Looke, NOW, Vivo Play, YouTube Filmes) Anna | Brasil | Drama (NOW, Vivo Play) David Byrne’s American Utopia | EUA | Documentário (Apple TV, Google Play, NOW, YouTube Filmes) Ser James Bond | EUA | Documentário (Apple TV+) 9/11: Inside the President’s War Room | EUA | Documentário (Apple TV+)
Presidente da Coreia do Sul homenageia vitória de Youn Yuh-jung no Oscar 2021
A vitória da veterana estrela sul-coreana Youn Yuh-jung foi festejada como feito histórico em seu país natal. Ela virou foco de atenção da mídia nacional e recebeu congratulações até do presidente da república, Moon Jae-in. “Acima de tudo, é um grande consolo para as pessoas que estão cansadas da covi-19”, escreveu o presidente da Coreia do Sul num comunicado postado em sua conta oficial do Twitter. Ele ainda disse que a vitória escreveu um novo capítulo na história do cinema sul-coreano. Depois que “Parasita” se tornou a primeira produção do país a vencer o Oscar de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Filme Internacional, a conquista de Youn Yuh-jung como Melhor Atriz Coadjuvante por “Minari” foi considerada um reconhecimento contínuo de Hollywood à qualidade dos talentos da indústria cinematográfica local. Moon também escreveu que a história de “Minari”, sobre uma família de imigrantes coreanos nos EUA, demonstrou que “estamos todos intimamente conectados, mesmo se moramos em lugares diferentes”. O governo sul-coreano apoia fortemente a indústria de cinema nacional por meio de incentivo público, cotas e patrocínios de festivais – quase tudo que também existia no Brasil antes do governo Bolsonaro. 배우 윤여정 님의아카데미 여우조연상 수상을국민과 함께 축하합니다. pic.twitter.com/IkqWIL0SRj — 문재인 (@moonriver365) April 26, 2021
Nomadland vence o Oscar 2021. Confira todos os premiados
Voltando aos eventos presenciais com público reduzido na noite de domingo (25/4), a cerimônia do Oscar 2021 mudou seu palco habitual, evocando um salão de festas na estação de trem Union Station, em Los Angeles. O clima mais intimista permitiu maiores improvisos e naturalidade. Em compensação, a distribuição dos convidados em mesas lembrou o Globo de Ouro, e o ambiente descontraído resultou em agradecimentos mais longos que o habitual. A sucessão de falas só foi aliviada brevemente quando Glenn Close resolveu dançar um rap clássico, criando um momento antológico. Além de discursiva, a cerimônia também buscou confirmar expectativas e premiar os filmes que todos esperavam. Mas não deu o prêmio mais cantado, de Chadwick Boseman como Melhor Ator por “A Voz Suprema do Blues”. Anthony Hopkins ficou com o troféu por “Meu Pai”. O que não pode ser considerado injusto, mas causou desconforto desnecessário graças a uma mudança estratégica na ordem da apresentação dos troféus. A entrega por último do Oscar de Melhor Ator sugeria um encerramento diferenciado, concebido como forma de homenagear Boseman. Entretanto, faltou combinar com os eleitores. Foi um grande anticlímax. Dormindo na hora da premiação, que não teve discursos, Hopkins fez história. Aos 83 anos, tornou-se o ator mais velho premiado pela Academia. Vitórias como a da chinesa Chloé Zhao, segunda mulher a receber o troféu de Melhor Direção – por “Nomadland” e 11 anos após o feito de Kathryn Bigelow com “Guerra ao Terror” – e de Yuh-jung Youn, primeira sul-coreana a vencer um Oscar de interpretação, como Melhor Atriz Coadjuvante por “Minari”, além do Oscar para as primeiras mulheres negras (Mia Neal e Jamika Wilson) na categoria de Maquiagem e Cabelo pelo filme “A Voz Suprema do Blues”, também se destacaram numa cerimônia que avançou a agenda progressista de inclusão em Hollywood. Ao todo, 17 troféus foram conquistados por mulheres, um recorde na Academia, superando os 15 de 2019, até então a maior quantidade de vitórias femininas. Graças ao terceiro Oscar da carreira de Frances McDormand, “Nomadland” também se tornou o filme mais premiado da noite, com três troféus. Um deles, o prêmio principal: Melhor Filme do ano – culminando uma trajetória vencedora que começou em setembro do ano passado com o Leão de Ouro no Festival de Veneza. Em geral, porém, os prêmios foram bem divididos, numa pulverização que não permitiu que nenhuma produção abrisse grande vantagem sobre as demais. Confira abaixo a lista completa dos vencedores do Oscar 2021. Melhor Filme “Nomadland” Melhor Direção Chloé Zhao, por “Nomadland” Melhor Ator Anthony Hopkins, por “Meu Pai” Melhor Atriz Frances McDormand, por “Nomadland” Melhor Ator Coadjuvante Daniel Kaluuya, por “Judas e o Messias Negro” Melhor Atriz Coadjuvante Yuh-jung Youn, por “Minari” Melhor Roteiro Original Emerald Fennell, por “Bela Vingança” Melhor Roteiro Adaptado Christopher Hampton & Florian Zeller, por “Meu Pai” Melhor Fotografia Erik Messerschmidt, por “Mank” Melhor Figurino Ann Roth, por “A Voz Suprema do Blues” Melhor Trilha Sonora Jon Batiste, Trent Reznor & Atticus Ross, por “Soul” Melhor Canção Original “Fight for You” – H.E.R. (“Judas e o Messias Negro”) Melhor Design de Produção Donald Graham Burt e Jan Pascale, por “Mank” Melhor Edição Mikkel E.G. Nielsen, por “O Som do Silêncio” Melhores Efeitos Visuais Andrew Jackson, David Lee, Andrew Lockley e Scott Fisher, por “Tenet” Melhor Cabelo & Maquiagem Sergio Lopez-Rivera, Mia Neal, Jamika Wilson, por “A Voz Suprema do Blues” Melhor Som Nicolas Becker, Jaime Baksht, Michelle Couttolenc, Carlos Cortés e Phillip Bladh, por “O Som do Silêncio” Melhor Documentário “Professor Polvo” Melhor Filme Internacional “Druk – Mais uma Rodada” (Dinamarca) Melhor Animação “Soul” Melhor Curta-metragem “Dois Estranhos” Melhor Curta-metragem de Animação “Se Algo Acontecer… Te Amo” Melhor Documentário em Curta-metragem “Colette”
Conheça os 40 filmes que concorrem ao Oscar 2021
Conseguiu ver todos os filmes que disputam o Oscar 2021? Neste ano, 40 longas foram selecionados – além de 15 curtas – , mas apesar de muitos terem sido disponibilizados em streaming, pelo menos um forte candidato à consagração na cerimônia deste domingo (25/4) ainda permanece inédito no Brasil: “Bela Vingança”, candidato a cinco troféus. Dificultando ainda mais a vida dos cinéfilos, as distribuidoras atrasaram a estreia de outros grandes favoritos, como “Minari”, “Judas e o Messias Negro” e “Nomadland”, que só tiveram lançamentos na véspera da premiação e exclusivamente nos cinemas – fechados até ontem em São Paulo, maior mercado cinematográfico do país. Além disso, alguns filmes da disputa de Melhor Filme Internacional e Documentário não conseguiram chegar a tempo nem em streaming – e “Quo Vadis, Aida” estreou só na sexta em VOD. Assim fica difícil. Por isso, visando ajudar a situar o público interessado na entrega dos prêmios, preparamos um lista diferenciada dos 40 longas que disputam troféus. Diferente da tradicional listagem por categoria divulgada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA e reproduzida pela imprensa em todo o mundo, a relação foi organizada por filmes. Cada longa que concorre ao Oscar pode ser visto abaixo acompanhado por suas respectivas indicações e representado por seus trailers, o que facilita a identificação, dá uma ideia do que trata cada título e evidencia quais são os mais nomeados. Os vencedores serão conhecidos durante a transmissão televisiva marcada para começar a partir das 20h nos canais pagos TNT e TNT Séries, na plataforma TNT Go e na rede Globo (somente o final, após o “Big Brother Brasil”). Obs: A expressão “Design de Produção” foi simplificada como Cenografia com o intuito de melhorar sua compreensão e diminuir a quantidade de caracteres das indicações. Mank | Filme, Direção, Ator, Atriz Coadjuvante, Fotografia, Edição, Cenografia, Figurino, Trilha, Som, Cabelo & Maquiagem Nomadland | Filme, Direção, Atriz, Roteiro Adaptado, Fotografia, Edição Minari | Filme, Direção, Ator, Atriz Coadjuvante, Roteiro Original, Trilha Judas e o Messias Negro | Filme, Ator Coadjuvante 1, Ator Coadjuvante 2, Roteiro Original, Fotografia, Canção Os 7 de Chicago | Filme, Ator Coadjuvante, Roteiro Original, Fotografia, Edição, Canção Meu Pai | Filme, Ator, Atriz Coadjuvante, Roteiro Adaptado, Cenografia, Edição O Som do Silêncio | Filme, Ator, Ator Coadjuvante, Roteiro Original, Edição, Som Bela Vingança | Filme, Direção, Atriz, Roteiro Original, Edição A Voz Suprema do Blues | Ator, Atriz, Figurino, Cenografia, Cabelo & Maquiagem Relatos do Mundo | Fotografia, Cenografia, Trilha, Som Uma Noite em Miami | Ator Coadjuvante, Roteiro Adaptado, Canção Soul | Animação, Trilha, Som Borat: Fita de Cinema Seguinte | Atriz Coadjuvante, Roteiro Adaptado Druk – Mais uma Rodada | Direção, Filme Internacional Collective | Documentário, Filme Internacional Era Uma Vez um Sonho | Atriz Coadjuvante, Cabelo & Maquiagem Tenet | Cenografia, Efeitos Visuais Mulan | Figurino, Efeitos Visuais Emma. | Figurino, Cabelo & Maquiagem Pinóquio | Figurino, Cabelo & Maquiagem Os Estados Unidos vs. Billie Holiday | Atriz Pieces of a Woman | Atriz O Tigre Branco | Roteiro Adaptado Amor e Monstros | Efeitos Visuais O Céu da Meia-Noite | Efeitos Visuais O Grande Ivan | Efeitos Visuais Greyhound: Na Mira do Inimigo | Som Destacamento Blood | Trilha Festival Eurovision da Canção | Canção Rosa e Momo | Canção Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica | Animação A Caminho da Lua | Animação Shaun, o Carneiro: O Filme – A Fazenda Contra-Ataca | Animação Wolfwalkers | Animação Quo Vadis, Aida? | Filme Internacional Better Days | Filme Internacional O Homem que Vendeu sua Pele | Filme Internacional Crip Camp: Revolução Pela Inclusão | Documentário
Spirit Awards: “Nomadland” é o grande vencedor do “Oscar independente”
O drama “Nomadland” venceu o Independent Film Spirit Awards 2021, considerado o Oscar do cinema independente, que aconteceu virtualmente na noite de quinta-feira (22/4). Além de Melhor Filme do Ano, o longa de Chloé Zhao também conquistou dois troféus para sua cineasta, Melhor Direção e Melhor Edição, e o reconhecimento ao cinematógrafo Joshua James Richards com o Spirit de Melhor Fotografia. Com quatro troféus, “Nomadland” foi o filme mais vitorioso do último evento realizado antes da noite mais importante da temporada de premiações cinematográficas, o Oscar 2021. A consagração reforça ainda mais o favoritismo do longa da produtora Searchlight Pictures ao prêmio da Academia. Caso isso se confirme, será um contraste com o resultado do ano passado, quando “A Despedida”, de Lulu Wang, venceu os Spirit Awards e nem sequer foi indicado a qualquer categoria do Oscar. A principal diferença deste ano é que, devido à pandemia, os grandes estúdios adiaram seus principais títulos e os filmes independentes se tornaram os maiores lançamentos de 2020. Logo atrás de “Nomadland”, o filme com mais conquistas foi “O Som do Silêncio”, produção da Amazon que conquistou três prêmios, incluindo Melhor Filme de Estreia e o surpreendente Spirit de Melhor Ator para Riz Ahmed, que, contrariando outras cerimônias, impediu novo tributo póstumo a Chadwick Boseman, indicado por seu último filme, “A Voz Suprema do Blues”. Outro bom resultado foi obtido por “Bela Vingança”, que rendeu a estatueta de Melhor Atriz para Carey Mulligan e de Melhor Roteiro para sua diretora, Emerald Fennell. “Minari” também saiu premiado, com a conquista da sul-coreana Yuh-Jung Youn como Melhor Atriz Coadjuvante. Já o troféu de Ator Coadjuvante ficou com Paul Raci, também de “O Som do Silêncio”, na ausência dos dois astros favoritos de “Judas e o Messias Negro”. Daniel Kaluuya e LaKeith Stanfield não competiram porque seu filme foi financiado pela Warner (não independente) com um orçamento superior ao limite de US$ 22,5 milhões estabelecido como critério para a disputa do Spirit Awards. A lista de Melhor Filme Internacional incluía o brasileiro “Bacurau”, mas foi vencida pelo drama bósnio “Quo Vadis, Aida?”, lançado nesta semana em VOD no Brasil. A premiação ainda incluiu categorias de TV, que destacaram as séries “I May Destroy You” e “Nada Ortodoxa”. Veja abaixo a relação completa dos premiados. CINEMA Melhor Filme “Nomadland” Melhor Filme de Estreia “O Som do Silêncio” Melhor Direção Chloe Zhao (“Nomadland”) Melhor Atriz Carey Mulligan (“Bela Vingança”) Melhor Ator Riz Ahmed (“O Som do Silêncio”) Melhor Atriz Coadjuvante Yuh-jung Youn (“Minari”) Melhor Ator Coadjuvante Paul Raci (“O Som do Silêncio”) Melhor Roteiro Emerald Fennell (“Bela Vingança”) Melhor Roteiro de Estreia Andy Siara (“Palm Springs”) Melhor Fotografia Joshua James Richards (“Nomadland”) Melhor Edição Chloe Zhao (“Nomadland”) Melhor Documentário “Crip Camp” Melhor Filme Internacional “Quo Vadis, Aida?” Prêmio John Cassavetes “Residue” Prêmio Piaget de Melhor Produtor Gerry Kim Prêmio Revelação – Someone to Watch Ekwa Msangi (“Farewell Amor”) Prêmio Truer Than Fiction Elegance Bratton (“Pier Kids”) Prêmio Robert Altman “Uma Noite em Miami” TELEVISÃO Melhor Série Nova “I May Destroy You” Melhor Série Documental “Immigration Nation” Melhor Atriz em Série Shira Haas (“Nada Ortodoxa”) Melhor Ator em Série Amit Rahav (“Nada Ortodoxa”) Melhor Elenco em Série Nova “I May Destroy You”
Na véspera do Oscar, cinemas exibem Nomadland, Minari e Judas e o Messias Negro
Depois de nova reabertura, os cinemas correm para exibir os filmes do Oscar. Em São Paulo, a normalização só acontece a partir de sábado (24/4), na véspera da premiação, destacando na programação os dramas indies que disputam o reconhecimento da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA. A lista de estreias inclui “Minari – Em Busca da Felicidade” e “Judas e o Messias Negro”, que se juntam a “Nomadland”, disponibilizado de forma invisível na semana passada, quando praticamente não havia cinemas abertos. Os três vão se encontrar ainda com o resistente “Meu Pai”, que teve lançamento simultâneo em VOD (video on demand) há duas semanas, na véspera da mais recente fechamento das salas de exibição. “Minari” e “Nomadland” já fizeram história no Oscar 2021. O primeiro, vencedor do Festival de Sundance deste ano, transformou o sul-coreano Steven Yeun (o Glenn de “The Walking Dead”) no primeiro asiático indicado ao Oscar de Melhor Ator, enquanto o segundo, colecionador de prêmios nos festivais de Veneza, Toronto, Critics Choice, Globo de Ouro e sindicatos de Hollywood, rendeu indicação inédita à chinesa Chloé Zhao, primeira cineasta asiática a disputar o troféu de Melhor Direção – e ela é favoritaça. “Judas e o Messias Negro” também se distingue no Oscar pela inclusão de seus dois intérpretes principais, Daniel Kaluuya e LaKeith Stanfield, na disputa como Melhores Atores Coadjuvantes. Kaluuya tem vencido todas as disputas da categoria. Na verdade, os três lançamentos concorrem a muitos outros prêmios, além de travarem disputa direta pelo Oscar de Melhor Filme do ano – consagração reservada para “Nomadland”. Road movie com influência de documentários, “Nomadland” é estrelado por Frances McDormand, que já tem dois Oscars na prateleira por “Fargo” (1996) e “Três Anúncios para um Crime” (2017). Na trama, ela vive uma viúva que perdeu tudo, inclusive o rumo, viajando pelos EUA numa van durante a implosão financeira de sua cidade, estado e país, enquanto encontra outros nômades motorizados na mesma situação. Baseado na infância do diretor Lee Isaac Chung (“Lucky Life”), “Minari” acompanha uma família sul-coreana que enfrenta dificuldades quando o pai (Yeun) decide se mudar para a zona rural do Arkansas, apostando no sonho americano. O resultado é o filme mais dramático e emocional do Oscar. Dramatização da história dos Panteras Negras, “Judas e o Messias Negro” traz Daniel Kaluuya como o Messias Negro do título, o revolucionário Fred Hampton, líder dos Panteras que consegue unir diferentes minorias e é traído por William O’Neal, o Judas vivido por LaKeith Stanfield, criminoso recrutado pelo FBI para se infiltrar no movimento em troca de liberdade. Veja abaixo os trailers das três opções. Nomadland | EUA | 2020 Minari – Em Busca da Felicidade | EUA | 2020 Judas e o Messias Negro | EUA | 2020
BAFTA 2021: Nomadland vence o “Oscar britânico”
A Academia Britânica das Artes Cinematográficas e Televisivas (BAFTA, na sigla em inglês) entregou seus prêmios principais na tarde desde domingo (11/4) num cerimônia híbrida, com participação virtual dos indicados, que consagrou “Nomadland” como o Melhor Filme do ano. O longa de Chloé Zhao venceu quatro troféus no total, a maior quantidade de vitórias de qualquer filme no evento. Além da consagração principal, recebeu os BAFTA Awards de Melhor Direção, Atriz (Frances McDormand) e Fotografia (Joshua James Richards). A vitória se soma ao Globo de Ouro, ao Critics Choice, ao Leão de Ouro no Festival de Veneza e ao Prêmio principal no Festival de Toronto, aumentando o favoritismo do filme no Oscar 2021. “Bela Vingança” também se saiu bem, reconhecido como o Melhor Filme Britânico e o Melhor Roteiro Original – escrito pela cineasta estreante Emerald Fennell. Mas a grande surpresa ficou por conta de “Meu Pai”, que também levou dois troféus: Melhor Roteiro Adaptado, assinado pelo diretor Florian Zellner em parceria com Christopher Hampton, e Melhor Ator para Anthony Hopkins. Ambos os prêmios foram merecidos, mas a vitória de Hopkins surpreendeu por interromper a unanimidade consternada em torno do falecido Chadwick Boseman, que vinha ganhando todas as disputas contra o veterano astro inglês com sua performance final em “A Voz Suprema do Blues”. Os BAFTA Awards de 2021 foram a primeira edição da premiação realizada após o escândalo #BAFTAsSoWhite do ano passado, quando apenas atores brancos foram indicados a prêmios. Este ano, a sul-coreana Yuh-Jung Youn e o preto britânico Daniel Kaluuya foram premiados como Melhores Coadjuvantes, respectivamente por “Minari” e “Judas e o Messias Negro”. Sem esquecer que Chloé Zhao, Melhor Diretora do ano, é uma jovem cineasta chinesa. A premiação, que normalmente acontece em apenas uma noite, foi dividida em dois eventos distintos ao longo do fim de semana, em meio a dramas de bastidores, como a súbita ausência do presidente da Academia Britânica, ninguém menos que o Príncipe William, que decidiu se afastar de suas funções em luto pela morte do avô, o Príncipe Philip, falecido na sexta-feira passada (9/4). Confira abaixo a lista completa dos premiados (com vídeos) nos BAFTA Awards de 2021. Melhor Filme | Nomadland Melhor Filme Britânico | Bela Vingança Melhor Direção | Chloé Zhao | Nomadland Melhor Atriz | Frances McDormand | Nomadland Melhor Ator | Anthony Hopkins | Meu Pai Melhor Atriz Coadjuvante | Yuh-Jung Youn | Minari Melhor Ator Coadjuvante | Daniel Kaluuya | Judas e o Messias Negro Melhor Roteiro Adaptado | Florian Zellner & Christopher Hampton | Meu Pai Melhor Roteiro Original | Emerald Fennell | Bela Vingança Melhor Animação | Soul Melhor Documentário | My Octopus Teacher Melhor Filme em Língua Não-Inglesa | Druk – Mais uma Rodada Melhor Cineasta Britânico Estreante | Remi Weekes | O Que Ficou Para Trás Melhor Intérprete Estreante | Bukky Bakray | Rocks Melhor Trilha Sonora | Jon Batiste, Trent Reznor & Atticus Ross | Soul Melhor Fotografia | Joshua James Richards | Nomadland Melhor Edição | Mikkel E.G. Nielsen | O Som do Silêncio Melhor Design de Produção | Donald Graham Burt & Jan Pascalen | Mank Melhor Figurino | Ann Roth | A Voz Suprema do Blues Melhor Cabelo e Maquiagem | Matiki Anoff, Larry M. Cherry, Sergio Lopez-Rivera & Mia Neal | A Voz Suprema do Blues Melhor Som | Jaime Baksht, Nicolas Becker, Phillip Bladh, Carlos Cortés & Michelle Couttolenc | O Som do Silêncio Melhores Efeitos Visuais | Scott Fisher, Andrew Jackson & Andrew Lockley | Tenet Melhor Escalação de Elenco | Lucy Pardee | Rocks Melhor Curta Britânico | The Present Melhor Curta Britânico de Animação | The Owl And The Pussycat
SAG Awards consagra Chadwick Boseman e Viola Davis em premiação histórica
O SAG Awards, premiação do Sindicato dos Atores dos EUA e principal prévia das categorias de interpretação do Oscar, realizou sua 27ª edição no domingo (4/4). Sem exibição para o Brasil, o evento foi o mais curto da história da premiação, com uma hora corrida de participações pré-gravadas e agradecimentos por vídeo. Mas seu saldo foi histórico. Para começar, o prêmio confirmou o favoritismo de Chadwick Boseman, vencedor do troféu póstumo de Melhor Ator pelo último papel de sua carreira, em “A Voz Suprema do Blues”. O ator faleceu em agosto do ano passado, aos 43 anos, em decorrência de um câncer de cólon, após esconder a doença dos estúdios, colegas e fãs por quatro anos, e também venceu postumamente o Globo de Ouro e o Critics Choice. Além dele, Viola Davis foi premiada como Melhor Atriz pelo mesmo filme, lançado pela Netflix em dezembro. A última vez que intérpretes de um mesmo filme venceram as duas estatuetas principais do Sindicato foi há 21 anos, com “Beleza Americana”. Apesar da conquista dupla de “A Voz Suprema do Blues” nas categorias principais, o prêmio de Melhor Elenco foi para outra produção da Netflix: “Os 7 de Chicago”. Com isso, Michael Keaton estabeleceu um recorde, ao se tornar a primeira pessoa a ganhar três SAG Awards como parte de um elenco premiado, após seus troféus em 2014, como integrante de “Birdman”, e em 2015 com os atores de “Spotlight”. Já os dois Melhores Coadjuvantes foram Daniel Kaluuya, por “Judas e o Messias Negro”, e a sul-coreana Youn Yuh-jung, que viveu a vovó de “Minari”, ambos lançamentos do circuito cinematográfico. O resultado é um marco, porque, pela primeira vez na história do SAG Awards, as quatro maiores honrarias individuais de cinema não foram para brancos. Os vencedores foram três atores negros e uma atriz asiática. O grande vencedor do evento, porém, foi mesmo a Netflix, que somou às três estatuetas da disputa de filmes mais quatro prêmios nas categorias “televisivas”. Dois troféus vieram por “The Crown”, como Melhor Elenco e Melhor Atriz de Série Dramática, com Gillian Anderson. Os demais foram reconhecimentos a Jason Bateman, Melhor Ator de Série Dramática por “Ozark”, e Anya Taylor-Joy, Melhor Atriz de Minissérie por “O Gambito da Rainha”. Como o SAG-AFTRA representa cerca de 160 mil atores e outros profissionais (apresentadores, telejornalistas) da indústria de entretenimento dos Estados Unidos, sua premiação é uma das mais representativas da temporada que antecede o Oscar. Não por acaso, o SAG Awards costuma antecipar muito aproximadamente os resultados da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, quase sempre coincidindo em pelo menos três dos quatro vencedores do Oscar como Melhor Ator, Atriz e Coadjuvantes. A 93ª edição do Oscar está marcada para o dia 25 de abril, com transmissão ao vivo no Brasil pelos canais Globo e TNT. Confira abaixo a lista completa dos vencedores do SAG Awards 2021. CINEMA Melhor Ator Chadwick Boseman, “A Voz Suprema do Blues” Melhor Atriz Viola Davis, “A Voz Suprema do Blues” Melhor Ator Coadjuvante Daniel Kaluuya, “Judas e o Messias Negro” Melhor Atriz Coadjuvante Youn Yuh-jung, “Minari” Melhor Elenco “Os 7 de Chicago” Melhor Equipe de Dublês ”Mulher-Maravilha 1984″ TV Melhor Ator em Série – Drama Jason Bateman, “Ozark” Melhor Atriz em Série – Drama Gillian Anderson, “The Crown” Melhor Elenco em Série – Drama “The Crown” Melhor Ator em Série – Comédia Jason Sudeikis, “Ted Lasso” Melhor Atriz em Série – Comédia Catherine O’Hara, “Schitt’s Creek” Melhor Elenco em Série – Comédia “Schitt’s Creek” Melhor Ator em Minissérie ou Telefilme Mark Ruffalo, “I Know This Much Is True” Melhor Atriz em Minissérie ou Telefilme Anya Taylor-Joy, “O Gambito da Rainha” Melhor Equipe de Dublês “The Mandalorian”
Steven Yeun vai estrelar primeira série desde “The Walking Dead”
A Netflix adquiriu os direitos de “Beef”, que marca a volta de Steven Yeun às séries após sua inesquecível saída de “The Walking Dead” em 2016. Indicado ao Oscar de Melhor Ator por “Minari”, Yeun vai estrelar “Beef” ao lado de Ali Wong (“Bela, Recatada e do Lar/American Housewife”), como duas pessoas que deixam um incidente consumir todos os seus pensamentos e ações. A série foi criada por Lee Sung-Jin (roteirista de “Duas Garotas em Apuros/2 Broke Girls” e showrunner de “Dave”) e é uma produção do estúdio A24, responsável por “Minari”. “Estamos incrivelmente entusiasmados em colaborar com Lee Sung Jin e ajudar a dar vida a esta rica série junto com os inimitáveis Steven Yeun e Ali Wong. [Lee] criou um mundo ousado e às vezes ultrajante. É um estudo de caráter honesto e poderoso de duas pessoas que procuram por conexão das maneiras mais improváveis”, disse Jinny Howe, VP de Desenvolvimento de Séries Originais da Netflix. Embora “Beef” seja sua primeira aparição numa série live-action em cinco anos, Yeun tem sido ouvido como dublador de várias séries animadas desde 2016 – a lista abrange de “Caçadores de Trolls: Contos de Arcadia” (e todos os seus derivados) até “Invincible”, que estreia na Amazon nesta sexta (26/3).
Minari lidera bilheterias da Coreia do Sul pela terceira semana
O filme indie americano “Minari – Em Busca da Felicidade” surpreendeu sua produtora, a Plan B Entertainment de Brad Pitt, ao se tornar um blockbuster na Coreia do Sul, superando estreias locais e até o lançamento da animação “Raya e o Último Dragão”, da Disney. “Minari” estreou em 1º lugar nas bilheterias sul-coreanas há três fins de semana e se mantém no topo desde então, com uma arrecadação que sofre apenas pequenas quedas a cada nova apuração. Em sua terceira semana na liderança, o longa de Lee Isaac Chung rendeu US$ 1 milhão nas bilheterias. Com isso, o total acumulado do filme na Coreia do Sul chegou a US$ 5,63 milhões, após 19 dias de lançamento, de acordo com dados do Korean Film Council. O montante faz de “Minari” o terceiro filme de maior bilheteria do ano no país. Só é superado por duas animações: “Soul”, da Disney/Pixar, que faturou US$ 16,6 milhões até o momento, e o fenômeno japonês “Demon Slayer The Movie: Mugen Train”, com US$ 11,5 milhões. Capitalizando o interesse da imprensa local, especialmente pela atuação da veterana atriz sul-coreana Youn Yuh-jung (“Sense8”), a vovó da trama, a distribuidora local Pancinema colocou o filme dirigido por Lee Isaac Chung em 1.162 telas. E a expectativa é que o sucesso continue por mais algumas semanas, graças às conquistas do filme na temporada de premiações nos Estados Unidos. Vencedor do Festival de Sundance em janeiro de 2020, “Minari” conquistou recentemente o Globo de Ouro e o Critics Choice como Melhor Filme em Língua Estrangeira, tendo sido enquadrado nesta categoria por se dividir entre diálogos em inglês e coreanos. Além disso, disputa seis categorias do Oscar 2021, inclusive Melhor Filme do ano. O drama acompanha uma família sul-coreana que luta para se estabelecer no interior rural dos EUA. O elenco também destaca Steven Yeun (o Glenn de “The Walking Dead”), Yeri Han (“Secret Zoo”) e o menino Alan Kim, que venceu o Critics Choice de Melhor Ator Jovem.
Com streaming e diversidade, Oscar 2021 é o mais diferente de todos
A relação de indicados ao Oscar 2021 é um retrato da situação do mercado cinematográfico atual, impactado pela pandemia de coronavírus, em que faltam blockbusters e cada vez mais filmes são lançados diretamente em streaming. O título com mais indicações, “Mank”, é da Netflix. E dos oito que disputam a categoria principal, apenas um foi produzido por um grande estúdio tradicional, “Judas e o Messias Negro”, da Warner. A retração causada pela covid-19 sepultou todos os argumentos contra o streaming, que tinha um detrator declarado em Steven Spielberg. O famoso cineasta chegou a esboçar um movimento para barrar produções do gênero no Oscar. Mas a natureza agiu de forma inesperada, mudando o destino da humanidade e da Academia. A pandemia também precipitou um grande aumento na compra de Smart TVs de tamanho família, diminuindo as diferenças entre as telas grandes do cinema e as da sala de estar. A questão de se o Oscar estaria pronto para aceitar o streaming foi superada com as 35 indicações conquistadas pela Netflix, um total não visto desde a “era de ouro” da Miramax de Harvey Weinstein, que acumulou 40 em 2003. Além disso, só o streaming tem apostado no mais cinematográfico de todos os formatos: o filme em preto e branco. Após produzir dessa forma o premiado “Roma”, de Alfonso Cuarón, a Netflix emplacou “Mank”, de David Fincher, na disputa de Melhor Filme. Antes da Netflix, o último filme em preto e branco a disputar – e vencer – o Oscar foi “O Artista” em 2012, uma produção francesa. O último longa americano tinha sido “A Lista de Schindler” em 1994 – dirigido adivinhe por quem? – , de Steven Spielberg. A falta de blockbusters também resgatou a participação do cinema independente na premiação da Academia. Desde a consagração de “Moonlight”, em 2017, os indicados vinham privilegiando produções de distribuição ampla e grandes bilheterias. A vitória de “Parasita”, no ano passado, foi notável não apenas por destacar um filme estrangeiro, mas por destoar do sucesso comercial de todos os demais concorrentes, a começar pelo longa com mais indicações, “Coringa” (US$ 1 bilhão nas bilheterias). A guinada pós-“Moonlight” se deu por pressão da rede ABC, que exibe o Oscar na TV americana, em reação à queda da audiência da cerimônia. Por conta disso, a Academia chegou até a cogitar, brevemente, a inclusão de uma categoria de Oscar de Filme Popular, mas abandonou as discussões após o tema se provar controverso entre seus membros. Com a relação dos indicados em 2021, a ABC pode precisar fazer grande esforço de marketing para impedir um recorde negativo. Mas se a audiência tende a ser baixa com filmes pouco vistos (pois o público só torce pelo que conhece), o streaming também pode ser um fator para mudar as expectativas. Com muitos candidatos disponíveis na Netflix, Amazon, Disney Plus e em VOD, qualquer um pode fazer um “festival” com os indicados no conforto do lar. O fato de o streaming e o cinema indie voltarem a ser temas principais das discussões acerta do Oscar ainda demonstra como a premiação se distanciou das críticas do #OscarSoWhite. Os questionamentos raciais ficaram para outros prêmios, enquanto a Academia avança cada vez mais em sua política de inclusão. O Oscar 2021 marca muitos avanços. Pela primeira vez, um longa com uma equipe de produtores totalmente negra, “Judas e o Messias Negro”, está sendo recebida na competição de Melhor Filme. Pela primeira vez, um intérprete de descendência asiática, Steven Yeun (“Minari”), vai concorrer ao prêmio de Melhor Ator. E pela primeira vez duas mulheres, Chloé Zhao (“Nomadland”) e Emerald Fennell (“Bela Vingança”), disputarão o Oscar de Melhor Direção – prêmio até hoje vencido apenas por uma cineasta, Kathryn Bigelow por “Guerra ao Terror” em 2010. Chloé Zhao, a diretora de “Nomadland”, ainda entrou na lista seleta de cineastas com quatro indicações individuais num único ano – número inferior apenas à façanha do fenômeno Walt Disney, indicado seis vezes em 1954. Para aumentar a representatividade, Chloé Zhao é chinesa. E pelo segundo ano consecutivo (depois de “Parasita” no ano passado), um filme com um elenco central composto por atores de ascendência coreana, “Minari”, vai disputar a categoria principal. De fato, o impulso por maior diversidade não se limitou a raça, gênero e até idade, seguindo ainda a inclinação recente da Academia para se tornar um órgão mais internacional. Isto pode ser visto na inclusão do grande cineasta dinamarquês Thomas Vinterberg na disputa de Melhor Direção por “Druk – Mais uma Rodada” (que também foi nomeado como Melhor Filme Internacional), no lugar de nomes como Aaron Sorkin, por “Os Sete de Chicago”, ou Regina King, por “Uma Noite em Miami”. Neste contexto, vale reparar que “Colectiv”, de Alexander Nanau, vencedor da Competição Internacional do É Tudo Verdade 2020, tornou-se não só o primeiro longa romeno a disputar o prêmio de Melhor Filme Internacional, mas também o segundo título já nomeado simultaneamente para esta categoria e Melhor Documentário, depois do turco-macedônio “Honeyland” no ano passado. Entre os intérpretes, o falecido Chadwick Boseman é favoritíssimo a vencer um Oscar póstumo de Melhor Ator por seu desempenho no último papel de sua carreira, em “A Voz Suprema do Blues”. O fato dele levar vantagem numa categoria que ainda inclui Riz Ahmed (“O Som do Silêncio”) e Steven Yeun (“Minari”), além de reconhecer os veteranos Anthony Hopkins (“Meu Pai”) e Gary Oldman (“Mank”), serve de resumo para o tamanho da inclusão e diversidade atingidos pelos Oscar 2021. Também chamou atenção a seleção de Daniel Kaluuya e LaKeith Stanfield na disputa de Coadjuvante, uma vez que ambos atuam no mesmo filme, “Judas e o Messias Negro”. O ponto mais polêmico da relação, por sinal, ficou nas categorias de interpretação, em que Glenn Close emplacou uma indicação após ser ridicularizada com sua inclusão no Framboesa de Ouro de Pior Atriz Coadjuvante do ano. Seu filme, “Era uma Vez um Sonho”, também é considerado um dos piores de 2020. Mas ela é uma das grandes atrizes que nunca venceu o Oscar… Seja qual for o resultado da premiação, em 25 de abril, o Oscar 2021 já é diferente de todos os que o antecederam.
Conheça os indicados ao Oscar 2021
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA revelou nesta segunda (15/3) a lista dos indicados ao Oscar 2021, a maior premiação do cinema americano. O filme “Mank”, de David Fincher, lançado pela Netflix, foi o mais nomeado com um total de 10 indicações, seguido por nada menos que seis filmes empatados com seis indicações cada um: “Nomadland”, “Judas e o Messias Negro”, “Bela Vingança”, “O Som do Silêncio”, “Meu Pai” e “Os 7 de Chicago”. Além destes citados, a disputa do Melhor Filme também inclui “Minari”. Pela primeira vez, a categoria de Melhor Direção destaca duas mulheres na disputa: Chloé Zhao (“Nomadland”) e Emerald Fennell (“Bela Vingança”) concorrem à estatueta. A lista também destaca a inclusão Chadwick Boseman, que disputa o Oscar de Melhor Ator com uma indicação póstuma por “A Voz Suprema do Blues”. Conhecido pelo papel-título de “Pantera Negra”, o ator morreu no ano passado, aos 43 anos, após batalha contra o câncer. Outra curiosidade é que este ano a relação de indicados é menor. As categorias de Mixagem e Edição de Som foram mescladas e agora os profissionais da área disputam apenas o Melhor Som. Normalmente realizado em fevereiro ou março, o Oscar vai acontecer este ano no dia 25 de abril, com transmissão ao vivo no Brasil pelos canais Globo e TNT. Confira abaixo a lista completa dos indicados ao Oscar 2021. Melhor Filme “Meu Pai” “Judas e o Messias Negro” “Mank” “Minari” “Nomadland” “Bela Vingança” “O Som do Silêncio” “Os 7 de Chicago” Melhor Direção Thomas Vinterberg, por “Druk – Mais uma Rodada” David Fincher, por “Mank” Lee Isaac Chung, por “Minari” Chloé Zhao, por “Nomadland” Emerald Fennell, por “Bela Vingança” Melhor Ator Riz Ahmed, por “O Som do Silêncio” Chadwick Boseman, por “A Voz Suprema do Blues” Anthony Hopkins, por “Meu Pai” Gary Oldman, por “Mank” Steven Yeun, por “Minari” Melhor Atriz Viola Davis, por “A Voz Suprema do Blues” Andra Day, por “Os Estados Unidos vs. Billie Holiday” Vanessa Kirby, por “Pieces of a Woman” Frances McDormand, por “Nomadland” Carey Mulligan, por “Bela Vingança” Melhor Ator Coadjuvante Sacha Baron Cohen, por “Os 7 de Chicago” Daniel Kaluuya, por “Judas e o Messias Negro” Leslie Odom Jr., por “Uma Noite em Miami” Paul Raci, por “O Som do Silêncio” LaKeith Stanfield, por “Judas e o Messias Negro” Melhor Atriz Coadjuvante Maria Bakalova, por “Borat: Fita de Cinema Seguinte” Glenn Close, por “Era Uma Vez um Sonho” Olivia Colman, por “Meu Pai” Amanda Seyfried, por “Mank” Yuh-jung Youn, por “Minari” Melhor Roteiro Original Will Berson & Chaka King, por “Judas e o Messias Negro” Lee Isaac Chung, por “Minari” Emerald Fennell, por “Bela Vingança” Darius Marder & Abraham Marder, por “O Som do Silêncio” Aaron Sorkin, por “Os 7 de Chicago” Melhor Roteiro Adaptado Sacha Baron Cohen, Anthony Hines, Dan Swimer, Peter Baynham, Erica Rivinoja, Dan Mazer, Jena Friedman & Lee Kern, por “Borat: Fita de Cinema Seguinte” Christopher Hampton & Florian Zeller, por “Meu Pai” Chloé Zhao, por “Nomadland” Kemp Powers, por “Uma Noite em Miami” Ramin Bahrani, por “O Tigre Branco” Melhor Fotografia Sean Bobbitt, por “Judas e o Messias Negro” Erik Messerschmidt, por “Mank” Dariusz Wolski, por “Relatos do Mundo” Joshua James Richards, por “Nomadland” Phedon Papamichael, por “Os 7 de Chicago” Melhor Figurino Alexandra Byrne, por “Emma.” Ann Roth, por “A Voz Suprema do Blues” Trish Summerville, por “Mank” Bina Daigeler, por “Mulan” Massimo Cantini Parrini, por “Pinóquio” Melhor Trilha Sonora Terence Blanchard, por “Destacamento Blood” Trent Reznor & Atticus Ross, por “Mank” Emile Mosseri, por “Minari” James Newton Howard, por “Relatos do Mundo” Jon Batiste, Trent Reznor & Atticus Ross, por “Soul” Melhor Canção Original “Fight for You” – H.E.R. (“Judas e o Messias Negro”) “Hear My Voice” – Celeste (“Os 7 de Chicago”) “Husavik” – Fire Saga (“Festival Eurovision da Canção”) “Io Si (Seen)” – Laura Pausini (“Rosa & Momo”) “Speak Now” – Leslie Odom Jr. (“Uma Noite em Miami”) Melhor Design de Produção Peter Francis, por “Meu Pai” Mark Ricker, por “A Voz Suprema do Blues” Donald Graham Burt, por “Mank” David Crank, por “Relatos do Mundo” Nathan Crowley, por “Tenet” Melhor Edição Yorgos Lamprinos, por “Meu Pai” Chloé Zhao, por “Nomadland” Frédéric Thoraval, por “Bela Vingança” Mikkel E.G. Nielsen, por “O Som do Silêncio” Alan Baumgarten, por “Os 7 de Chicago” Melhores Efeitos Visuais “Love and Monsters” “O Céu da Meia-Noite” “Mulan” “O Grande Ivan” “Tenet” Melhor Cabelo & Maquiagem “Emma.” “Era uma Vez um Sonho” “A Voz Suprema do Blues” “Mank” “Pinóquio” Melhor Som “Greyhound” “Mank” “Relatos do Mundo” “Soul” “O Som do Silêncio” Melhor Documentário “Collective” “Crip Camp: Revolução Pela Inclusão” “The Mole Agent” “My Octopus Teacher” “Time” Melhor Filme Internacional “Druk – Mais uma Rodada” (Dinamarca) “Better Days” (Hong Kong) “Collective” (Romênia) “O Homem que Vendeu sua Pele” (Tunísia) “Quo Vadis, Aida?” (Bósnia) Melhor Animação “Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica” “Over the Moon” “Shaun, o Carneiro: O Filme – A Fazenda Contra-Ataca” “Soul” “Wolfwalkers” Melhor Dcumentário em Curta-metragem “Colette” “A Concerto is a Conversation” “Do Not Split” “Hunger Ward” “A Love Song for Latasha” Melhor Curta-metragem de Animação “Burrow” “Genius Loci” “Se Algo Acontecer… Te Amo” “Opera” “Yes-People” Melhor Curta-metragem “Feeling Through” “The Letter Room” “The Present” “Two Distant Strangers” “White Eye”








