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  • Série

    “A Substância” copiou a série brasileira “A Fórmula”? Comparações levantam debate nas redes sociais

    31 de dezembro de 2024 /

    Semelhanças entre filme internacional e minissérie da Globo rendem discussões sobre originalidade

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  • Etc

    Luisa Arraes e Caio Blat se separam após sete anos de relacionamento

    22 de outubro de 2024 /

    Casal mantinha uma relação aberta e vivia em apartamentos diferentes

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  • Filme

    Guel Arraes é premiado na Europa como Melhor Diretor por “Grande Sertão”

    19 de novembro de 2023 /

    O Festival Tallinn Black Nights, realizado na capital da Estônia, premiou o brasileiro Guel Arraes (“O Auto da Compadecida”) como Melhor Diretor de sua seção Critic’s Pick, pelo filme “Grande Sertão”. Inédito no Brasil, o longa é uma adaptação livre da obra clássica de Guimarães Rosa, passada num período indeterminado, mas próximo dos dias atuais. “Prêmio de direção significa prêmio para os artistas e produtores do filme também, porque ele só é possível se tudo isso funciona junto. É interessante também que um filme tão ancorado na realidade brasileira e na recriação do português que faz Guimarães Rosa tenha se destacado num festival internacional”, ressaltou Arraes em declaração sobre a conquista. Um dos festivais de médio porte mais importantes da Europa, o evento estoniano é acompanhado pela imprensa de todo o mundo e a premiação rendeu artigos nos principais veículos dedicados à indústria cinematográfica dos EUA. No filme, o universo da violência dos jagunços do sertão, da obra de Guimarães Rosa, é transferido para um território de criminosos da periferia urbana, num clima meio de “Cidade de Deus” do pós-apocalipse. Segundo a sinopse, a trama se passa “numa grande comunidade da periferia brasileira chamada ‘Grande Sertão'”, onde a luta entre policiais e criminosos assume ares de guerra e traz à tona questões como lealdade, vida e morte, amor e coragem, Deus e o diabo. A história, narrada por o Riobaldo, é marcada pela presença de um personagem enigmático, Diadorim, que se torna seu grande amigo e desperta sentimentos complexos, atraindo-o para o mundo do crime. A identidade sexual de Diadorim é um mistério constante para Riobaldo, que lida com escolhas morais e dilemas éticos, enquanto busca entender seu lugar no mundo e sua própria natureza, diante da falta de coragem de confessar sua paixão. Nesse percurso transcorrem as batalhas e escaramuças da grande guerra do Sertão. Além dirigir, Guel Arraes também assina o roteiro ao lado de Jorge Furtado (“Vai dar Nada”), e o elenco destaca Caio Blat (“O Mar do Sertão”) como Riobaldo e Luisa Arraes (“Duetto”) como Diadorim. A estreia no Brasil vai acontecer apenas em maio de 2024.

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  • Filme

    Trailer mostra reinvenção de “Grande Sertão” pelo diretor de “O Auto da Compadecida”

    28 de outubro de 2023 /

    A Paris Filmes divulgou o trailer de “Grande Sertão”, uma versão estilizada de “Grande Sertão: Veredas”, obra-prima de Guimarães Rosa. A prévia indica uma adaptação da trama clássica para um cenário que é meio contemporâneo e meio pós-apocalíptico, um Mad Max na Cidade de Deus, em que o universo da violência dos jagunços do sertão é transferido para um território de criminosos da periferia urbana, em uma época indeterminada. Segundo a sinopse, a trama se passa “numa grande comunidade da periferia brasileira chamada ‘Grande Sertão'”, onde a luta entre policiais e criminosos assume ares de guerra e traz à tona questões como lealdade, vida e morte, amor e coragem, Deus e o diabo. A história, narrada por o Riobaldo, é marcada pela presença de um personagem enigmático, Diadorim, que se torna seu grande amigo e desperta sentimentos complexos, atraindo-o para o mundo do crime. A identidade sexual de Diadorim é um mistério constante para Riobaldo, que lida com escolhas morais e dilemas éticos, enquanto busca entender seu lugar no mundo e sua própria natureza, diante da falta de coragem de confessar sua paixão. Nesse percurso transcorrem as batalhas e escaramuças da grande guerra do Sertão. Grande Sertão tem direção de Guel Arraes (“O Auto da Compadecida”), que também assina o roteiro ao lado de Jorge Furtado (“Vai dar Nada”), e o elenco destaca Caio Blat (“O Mar do Sertão”) como Riobaldo e Luisa Arraes (“Duetto”) como Diadorim. A estreia vai acontecer apenas em maio de 2024.

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  • Série

    Alexandre Borges e Larissa Góes entram na 3ª temporada de “Cine Holliúdy”

    17 de setembro de 2022 /

    O ator Alexandre Borges entrou no elenco da 3ª temporada de “Cine Holliúdy”. De acordo com a coluna de Patricia Kogut, no jornal O Globo, ele viverá o Capiroto e aparecerá em cenas com Francis (Edmilson Filho). Além dele, Larissa Góes também está confirmada na atração. Ela será o novo par de Francisgleydisson (Edimilson Filho), depois que Francisca (Luisa Arraes) for embora de Pitombas. A nova personagem é uma cantora e bailarina de forró cearense que abrirá mão da carreira por amor. Larissa Góes viverá o terceiro par consecutivo de Francis, que a cada temporada tem sofrido por um amor diferente. Ele também se envolveu com a divertida Marylin, interpretada por Letícia Colin, na 1ª temporada. Até aqui, todas deixaram o “cinemista” ao sair da cidadezinha de Pitombas, onde a trama transcorre. O elenco já está gravando a 3ª leva de episódios, que ainda não tem previsão de estreia. Disponível desde o final de agosto completa em streaming, a 2ª temporada ainda está sendo exibida semanalmente na TV Globo.

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  • Filme

    Galã de “365 Dias” participa de filme brasileiro. Veja o trailer

    17 de setembro de 2022 /

    O galã italiano Michele Morrone, conhecido por estrelar a trilogia “365 Dias”, da Netflix, está num filme brasileiro. Ele integra o elenco de “Duetto”, ao lado de Marieta Severo, Luisa Arraes, Gabriel Leone, Maeve Jinkings e Rodrigo Lombardi. Confira o pôster e o trailer abaixo. O longa se passa na Itália, no ano de 1965, e Michele dá vida a um famoso e controverso cantor italiano, Marcello Bianchini, que acaba conhecendo Cora (Luisa Arraes), uma adolescente brasileira que viaja à Itália com a avó (Severo), após perder o pai tragicamente. “Duetto” teve cenas gravadas no Brasil e na Itália. Para a produção, Luisa Arraes, Gabriel Leone e Maeve Jinkings precisaram ter aulas de italiano. Já Marieta dispensou, por ter vivido na Itália durante o exílio dela e de seu ex-marido, o cantor Chico Buarque, no final dos anos 1960. Com direção de Vicente Amorim (“A Princesa da Yakusa”, “Santo”), o filme chega aos cinemas em 29 de setembro.

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  • Filme

    Nova versão de “Grande Sertão: Veredas” vai se passar numa favela contemporânea

    21 de setembro de 2021 /

    A nova versão de “Grande Sertão: Veredas” vai se passar numa favela contemporânea. A revelação foi feita pelos responsáveis pela adaptação, os cineastas Jorge Furtado (“Sob Pressão”), que assina o roteiro, e Guel Arraes (“O Auto da Compadecida”), responsável pela direção, durante entrevista da dupla ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura. A prosa clássica de Guimarães Rosa será transposta para um contexto de guerra urbana, e acontecerá numa comunidade batizada justamente como Grande Sertão. Segundo Arraes, a tarefa mais difícil dessa adaptação é preservar a linguagem poética de Guimarães Rosa, por isso a favela do filme não será uma comunidade realista. “A ideia era criar um universo onde coubesse essa prosódia de tom operístico do Guimarães”, explicou Arraes. “É uma favela quase distópica, gigantesca, cercada por um grande muro, que parte do real, mas ‘desrealiza’ para que caiba essa linguagem no filme e pra que essa guerra urbana seja vista como uma ‘Ilíada’”, completa. Eles não confirmaram o elenco, mas já circula em algumas colunas que Luísa Arraes, filha de Guel, e Caio Blat, seu marido, fariam Diadorim e Riobaldo, papéis que foram vividos por Bruna Lombardi e Tony Ramos na adaptação da Globo dos anos 1980, na minissérie “Grandes Sertões”. Além deles, Rodrigo Lombardi, que recentemente gravou a minissérie “O Anjo de Hamburgo” no papel do próprio Guimarães Rosa, será Joca Ramiro, que chefiava os jagunços no romance original e entronizará uma espécie de líder justiceiro da comunidade da versão contemporânea. Vale lembrar que, além da minissérie de 1985, a obra já foi levada ao cinema, num filme de 1965 dirigido pelos irmãos Geraldo e Roberto Santos Pereira. Veja abaixo a íntegra do programa com a entrevista dos cineastas.

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  • Série

    Amor e Sorte: Série sobre casais de quarentena ganha trailer da Globo

    30 de agosto de 2020 /

    A Globo divulgou o primeiro trailer de “Amor e Sorte”, minissérie de comédia que reflete os problemas de convivência gerados pela quarentena de prevenção contra o coronavírus. A prévia reúne cenas das quatro histórias que compõem os capítulos da atração. “Amor e Sorte” reúne casais e famílias da vida real. Cada uma das duplas formadas por Taís Araújo e Lázaro Ramos, Luisa Arraes e Caio Blat, Fabiula Nascimento e Emilio Dantas, e Fernanda Torres e Fernanda Montenegro estrelam um capítulo diferente, que conta uma história completa, passada em suas próprias casas. Além de estrelar, eles também tiveram que operar todo o equipamento de gravação, e, segundo Lázaro Ramos, o estresse foi tanto que quase acabou com seu casamento. Os atores, porém, não interpretam eles mesmos, mas personagens criado por um time de roteiristas de primeira. O episódio protagonizado por Taís e Lázaro, por exemplo, foi escrito por Alexandre Machado. É o primeiro texto do roteirista desde a morte da mulher e parceira Fernanda Young (1970-2019). Jorge Furtado, que é criador de “Mister Brau”, “Sob Pressão” e “Todas as Mulheres do Mundo”, escreveu o capítulo de Luisa Arraes e Caio Blat. Fabiula Nascimento e Emilio Dantas estrelam um episódio escrito por Jô Abdu e Adriana Falcão. E a trama com Fernanda Montenegro e Fernanda Torres foi escrita por Antônio Prata, Chico Matoso, Furtado e a própria Fernanda Torres. Este último é o único capítulo que contará com uma equipe profissional in loco. É que Fernanda é casada com o cineasta Andrucha Waddington. Além disso, dois filhos deles, Pedro e Joaquim, também trabalham no meio. Não é por acaso que esse capítulo tem maior destaque na prévia. É que a gravação, com mais gente envolvida no “set”, resultou mais profissional. A série tem previsão de estreia para setembro.

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  • Série

    Lázaro Ramos diz que gravar série em casa com Taís Araújo quase acabou com casamento

    20 de agosto de 2020 /

    Lázaro Ramos contou que produzir a série “Amor e Sorte” durante a quarentena, sozinho com a mulher – e os filhos – em sua casa, quase rendeu separação de Taís Araujo. “O estresse foi grande. A gente quebrou muito pau”, contou o ator para Ingrid Guimarães, durante participação no programa “Além da Conta: Novo (A)Normal”, no GNT. Ele disse que lidar com o dia-a-dia dos afazeres domésticos e cuidar dos filhos pequenos – João Vicente, de 8 anos, e Maria Antônia, de 5 – acumulou estresse com o trabalho intenso da produção da série. “A gente nunca administrou tanta coisa junto. Achei que a gente fosse separar. Não era pela quarentena, era trabalhar na quarentena”, explicou. “A gente adora trabalhar junto e fez um seriado para a Globo aqui em casa. Só que a gente operava câmera, montava luz, os técnicos remotamente falando com a gente e orientando como fazer. A gente passou por isso”, acrescentou. Além de atuar diante das câmeras, os artistas precisaram assumir também a parte técnica da produção para gravar os episódios da série. A trabalheira afetou a harmonia do casal, mas não chegou ao limite. “Eu entendi que, agora, não largo dela por mais nada. Porque se passou da quarentena, se passou das brigas da quarentena, se ainda tem o tesãosinho de vez em quando… Agora não largo mais”, brincou Ramos. “Amor e Sorte” também vai reunir outros casais e famílias da vida real. Além de Taís Araújo e Lázaro Ramos, também participam Luisa Arraes e Caio Blat; Fabiula Nascimento e Emilio Dantas; Fernanda Torres e Fernanda Montenegro. Cada uma dessas duplas vai estrelar um episódio diferente da série, que vai tratar do isolamento social aproveitando atores que são casados ou, no caso das Fernandas, mãe e filha que passam a quarentena juntas por causa da pandemia de coronavírus. A série também usa as casas dos atores como cenário, entregando todo o equipamento de gravação no local e ensinando os intérpretes a como operá-lo. Os atores, porém, não interpretarão eles mesmos, mas personagens criado por um time de roteiristas de primeira. O episódio protagonizado por Taís Araújo e Lázaro Ramos, por exemplo, foi escrito por Alexandre Machado. É o primeiro texto do roteirista desde a morte da mulher e parceira Fernanda Young (1970-2019). Jorge Furtado, que é criador de “Mister Brau”, “Sob Pressão” e “Todas as Mulheres do Mundo”, escreveu o capítulo de Luisa Arraes e Caio Blat. Fabiula Nascimento e Emilio Dantas estrelam um episódio escrito por Jô Abdu e Adriana Falcão. E a trama com Fernanda Montenegro e Fernanda Torres foi escrita por Antônio Prata, Chico Matoso, Furtado e a própria Fernanda Torres. Este último é o único capítulo que contará com uma equipe profissional in loco. É que Fernanda é casada com o cineasta Andrucha Waddington e dois filhos deles, Pedro e Joaquim, também trabalham no meio. Graças a isso, a gravação terá mais gente envolvida no “set” residencial. Ou mais quebra-pau, como aconteceu com Taís e Lázaro. A série tem previsão de estreia para setembro.

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  • Série

    Globo prepara série de comédia sobre quarentena com casais reais

    20 de julho de 2020 /

    A rede Globo pretende aproveitar casais e famílias da vida real para fazer uma série de comédia sobre “amores possíveis” em tempos de quarentena. Cada um dos quatro episódios da nova série será protagonizado por uma dupla: Taís Araújo e Lázaro Ramos; Luisa Arraes e Caio Blat; Fabiula Nascimento e Emilio Dantas; Fernanda Torres e Fernanda Montenegro. “A ideia veio de uma urgência de fazer alguma coisa, de trabalhar, de contar histórias”, contou o diretor Jorge Furtado ao UOL. A ideia, no caso, foi de criar textos para aproveitar atores que são casados ou, no caso das Fernandas, mãe e filha que estão vivendo o isolamento social juntas por causa da pandemia de coronavírus. A série também vai usar as casas dos atores como cenário, entregando todo o equipamento de gravação no local e ensinando os intérpretes a como operá-lo. “Eles operam tudo que a gente pede. A câmera que vai para a casa deles é uma câmera muito mais simples, ‘pocket’, do que a gente costuma trabalhar nos estúdios. De um jeito que eles consigam fazer. Eles recebem microfones. Tem que posicionar ‘boom’, lapela, botar refletor, operar a câmera, ajustar tripé, fazer absolutamente tudo, com todos nós aqui, de cada departamento, instruindo”, contou a diretora artística Patrícia Pedrosa, que definiu o projeto como um “reality show da dramaturgia”. Cada episódio foi encomendado a autores diferentes. O protagonizado por Taís Araújo e Lázaro Ramos foi escrito por Alexandre Machado. É o primeiro texto do roteirista desde a morte da mulher e parceira Fernanda Young (1970-2019). Furtado, que é criador de “Mister Brau”, “Sob Pressão” e “Todas as Mulheres do Mundo”, escreveu o capítulo de Luisa Arraes e Caio Blat. Fabiula Nascimento e Emilio Dantas estrelam um episódio escrito por Jô Abdu e Adriana Falcão. E a trama com Fernanda Montenegro e Fernanda Torres foi escrita por Antônio Prata, Chico Matoso, Furtado e a própria Fernanda Torres. Este último é o único capítulo que contará com uma equipe profissional in loco. É que Fernanda é casada com o cineasta Andrucha Waddington e dois filhos deles, Pedro e Joaquim, também trabalham no meio. Graças a isso, a gravação terá mais gente envolvida no “set” residencial. Cada episódio da série deve ter cerca de 25 minutos e um tom “leve”, com um pouco de drama, mas pegada de comédia. Com título provisório de “Amores Possíveis”, mesmo nome de um filme de Sandra Werneck, com Murilo Benício e Carolina Ferraz, exibido em 2001, a exibição está prevista para as terças-feiras de setembro na Globo.

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  • Filme

    Rasga Coração atualiza conflitos de gerações para a era da intolerância

    23 de dezembro de 2018 /

    Oduvaldo Vianna Filho, o Vianninha (1936-1974), escreveu em 1970 a peça “Rasga Coração”, que dá origem ao novo filme de Jorge Furtado – com roteiro dele, de Ana Luiza Azevedo e de Vicente Moreno. O centro de toda a narrativa é a relação pai e filho, permeada pela política, por valores de vida, por estratégias de ação, com o pressuposto de que os jovens querem mudar o mundo e construir algo em que acreditem genuinamente. A motivação psicológica é clara: os jovens precisam se diferenciar dos pais, ter identidade própria, conquistar autonomia. Para isso, o rapaz terá que “matar o pai”, no sentido simbólico. Negar o pai, rejeitá-lo, tirá-lo da sua vida, momentaneamente. Ou, pelo menos, distanciar-se dele, isolar-se. E buscar os seus caminhos individuais. Com esse substrato, “Rasga Coração”, a peça, refletindo o momento de ebulição de 1968, em contraponto à opressão da ditadura militar, coloca a alternativa hippie de vida e de política frente à ação típica dos movimentos de esquerda tradicionais, reformista e revolucionário. A revolução agora é outra: passa pela negação da guerra, pela liberdade, mas também pela comida, pela vestimenta, pela busca de novos padrões de comportamento e de vida. Esse choque geracional, no entanto, não é novo. Repete o que foi vivido pelo pai quando filho, na juventude. Ele fará tudo para, como pai, não repetir o que viveu como filho. Mas conseguirá? É um enfrentamento necessário, difícil e permanente, no sentido de se repetir ao longo da história e nos mais diversos espaços geográficos. O filme de Jorge Furtado atualiza essa narrativa, trazendo a questão de gênero para os comportamentos. A mãe, Nena (Drica Moraes), reage ao que imagina ser um encontro homossexual porque confunde a namorada do garoto com outro garoto, pela vestimenta “masculina” da menina. Luca, o filho (Chay Suede), acaba pintando as unhas de vermelho e usando uma ampla saia, os novos modos de encarar o sexo estão mais descomplicados. Participa da invasão da sua escola, em lugar das reuniões e ações políticas que visam a toda a sociedade, por exemplo. A tecnologia também se atualiza. As formas de comunicação mais instantâneas geram outro tipo de respostas. Os projetos de longo prazo, como o consultório médico do futuro, já não servem. Novos modelos de atuação médica são valorizados. Mas a rejeição do caminho planejado e acomodado já é um legado daquela era hippie. Vista hoje, a trama de “Rasga Coração” mantém sua atualidade. Até porque esses confrontos pai-filho, permeados pela dinâmica social e política do país, apresentam atitudes que se repetem e se renovam. Quando os jovens de agora lutam pela preservação do planeta e priorizam questões globais a questões nacionais ou latino-americanas, dá para entender. O que Vianninha talvez não projetasse é que a oposição à esquerda racional e careta poderia se tornar uma juventude de extrema direita, violenta, com traços racistas, misóginos, homofóbicos, intolerantes. Isso não soa como evolução, assusta. Jorge Furtado, ao falar sobre o filme e perguntado sobre qual seria a revolução do momento, optou pela efetivação do diálogo com quem pensa diferente, combatendo o ódio e em busca do mínimo denominador comum que nos une como brasileiros. Muito lúcido. O talento de Jorge Furtado como cineasta não deixa margem a dúvidas. Bastaria lembrar de “Ilha das Flores”, de 1989, o curta mais festejado e premiado da história do cinema brasileiro. E ele faz muita coisa há décadas, na Casa de Cinema de Porto Alegre e na TV. O elenco de “Rasga Coração” é também recheado de talentos. Marco Ricca, o Manguari pai, é sempre um grande ator em cena. João Pedro Zappa está bem no papel de Manguari filho, embora sua caracterização física seja um tanto caricata, não convencendo em relação à figura mostrada do adulto em que se tornou. Drica Moraes, excelente como a mãe Nena, Chay Suede, muito bem como Luca, o filho. Luísa Arraes mostra força e segurança como Mil. Lorde Bundinha é uma oportunidade para o ator George Sauma extravasar seus dotes histriônicos. Enfim, o elenco todo é bem homogêneo, e brilha. O filme envolve, comunica e faz pensar.

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  • Filme

    Jorge Furtado vai filmar a peça censurada Rasga Coração, de Vianinha

    7 de novembro de 2017 /

    O diretor Jorge Furtado (“Real Beleza”) vai filmar o texto da peça “Rasga Coração”, de Oduvaldo Vianna Filho, o Vianinha (criador de “A Grande Família”), centrada em política e no conflito de gerações. A peça foi proibida de ser encenada em 1974 e ficou cinco anos censurada pela ditadura militar. “Rasga Coração” foi o último texto teatral de Vianinha, integrante do Teatro de Arena de São Paulo, que logo após terminar o texto morreu de câncer pulmonar, aos 38 anos de idade. O texto chegou a circular clandestinamente em cópias mimeografadas, mas o grande público só foi conhecer seu conteúdo durante o processo de abertura democrática, com a primeira encenação no Rio de Janeiro em 1979, trazendo Raul Cortez no papel principal e Lucélia Santos, Ary Fontoura e Vera Holtz no elenco. A versão de cinema deve manter os temas, mas provavelmente atualizará a história para os dias atuais, uma vez que o recorte da história propicia a mudança – e a luta contra o Estado Novo pode confundir a cabeça de uma esquerda que “mudou de ideia” sobre Getúlio Vargas. Além disso, é impossível ignorar que Furtado gravou vídeos para o PT em defesa contra a perseguição “política” de Lula. Na trama, um militante político, depois de 40 anos de lutas, vê o filho acusá-lo de conservadorismo. Sem dinheiro para pagar as contas, sofrendo com as dores de uma artrite crônica e num crescente conflito com o filho, ele reflete sobre seu passado e se vê repetindo as mesmas atitudes de seu pai. Intercalando fragmentos de vários momentos da vida do protagonista, a história atravessa 40 anos da vida política brasileira. O roteiro é assinado pelo diretor ao lado de Ana Luiza Azevedo (criadora da série “Doce de Mãe”) e Vicente Moreno (“A Última Estrada da Praia”). O elenco destaca Marco Ricca (“Chatô: O Rei do Brasil”) e Chay Suede (“A Frente Fria que a Chuva Traz”) como o pai e o filho do conflito central, além de Luisa Arraes, Drica Moraes, George Sauma, João Pedro Zappa, Duda Meneghetti, Kiko Mascarenhas, Fabio Enriquez, Nelson Diniz, Anderson Vieira e Cinândrea Guterres. A Casa de Cinema de Porto Alegre é responsável pela produção do longa, que será filmado até o começo de dezembro na capital gaúcha, com previsão de lançamento para setembro de 2018.

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