Elliot Page posta primeira foto sem camisa após se assumir transexual
O ator Elliot Page, que deixou de ser Ellen Page ao se assumir transexual no final do ano passado, postou sua primeira foto sem camisa, após a cirurgia de retirada de mamas. Na imagem, o ator aparece próximo a uma piscina e exibe, com um largo sorriso, seu abdômen e peitoral magros. “Primeiro calção de banho deste bebê trans”, comemorou o ator, que ficou famoso em papéis femininos nos filmes “Juno”, “X-Men: Confronto Final” e “A Origem”, além da série “The Umbrella Academy”. Ele também incluiu hashtags para expressar a alegria e a beleza trans. Elliot assumiu publicamente sua nova identidade de gênero em uma postagem no seu Instagram no dia 1º de dezembro de 2020. Na ocasião, descreveu como “maravilhosa” a sensação de “se amar o bastante para finalmente ir atrás do seu ‘eu’ verdadeiro”. Mas nem tudo foi felicidade nessa transição. Menos de um mês após a declaração, Elliot se divorciou da dançarina Emma Portner com quem foi casado por três anos. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por @elliotpage
Billy Porter revela ser soropositivo como seu personagem de “Pose”
Vida e arte voltam a se refletir. O ator Billy Porter revelou publicamente um “segredo” que escondeu por 14 anos. Assim como seu personagem Pray Tell, na série “Pose”, ele é portador do vírus do HIV. O status de soropositivo, descoberto em 2007, permaneceu em segredo para todos fora de seu círculo mais íntimo, inclusive a equipe da série, até recentemente. “Eu sou parte da geração que deveria se cuidar melhor, mas aconteceu comigo de qualquer forma. Foi o pior ano da minha vida”, contou o ator num artigo de capa da revista The Hollywood Reporter nesta quarta (19/5). Em seu relato, Billy Porter contou que foi diagnosticado com diabetes em fevereiro de 2007, declarou falência em março, e recebeu a notícia de que era soropositivo em junho. “A vergonha que eu senti naquela época, adicionada à vergonha que já tinha acumulado em toda a minha vida [pela homofobia] me silenciou, e eu tenho vivido envergonhado e em silêncio por 14 anos. Ser soropositivo, no lugar de onde eu vim, crescendo dentro da igreja pentecostal em uma família muito religiosa, era a punição de Deus”, disse Porter. A declaração revela outras coincidências com a série. No último episódio exibido na TV americana, após ser diagnosticado com apenas seis meses de vida, Pray Tell resolve se despedir da família, revelando ter crescido na igreja e ter mãe e tias profundamente religiosas. Porter diz que pesou na sua decisão de manter o contágio pelo vírus HIV em segredo o medo sobre como isso afetaria sua carreira. “Eu não sabia se seria capaz de atuar se as pessoas erradas descobrissem. Seria uma outra forma de as pessoas discriminarem contra mim, em uma profissão já bastante discriminatória. Então tentei pensar nisso o mínimo possível, bloquei tudo. Mas a quarentena me ensinou muita coisa”, disse. “Agora, não é mais só sobre mim. Chegou o momento de amadurecer e seguir adiante, porque a vergonha pode ser algo destrutivo – se você não lida com ela, a vergonha pode destruir tudo em seu caminho”, disse o ator sobre mudança de perspectiva conquistada com o casamento. O ator sugeriu que vencer um Emmy por “Pose” em 2019 lhe deu mais segurança profissional. Além disso, um ano antes da estreia da série, ele se tornou um homem casado, reforçando sua segurança pessoal. “Isso não poderia ter acontecido em um momento melhor. Todos os sonhos que eu já tive estão se realizando ao mesmo tempo”, afirmou, dizendo que encerrar o segredo o fez “sentir o coração mais leve”. “Como uma pessoa negra, especialmente um homem negro neste planeta, você precisa ser perfeito se não quiser ser morto. Mas olhe para mim: eu sou uma estatística, mas também a transcendi. Ser HIV positivo, hoje em dia, é isso. Eu vou morrer por algum outro motivo antes de morrer de AIDS. A minha contagem de glóbulos brancos [células que cuidam da imunidade do corpo] é duas vezes maior do que a sua, por causa da medicação que eu tomo”, apontou sobre como as expectativas mudaram desde os anos 1990, época retratada em “Pose”, e que hoje é bastante normal viver com HIV. “Tenho certeza que isso vai me seguir por aí. Tenho certeza que vão me introduzir como: ‘O ator HIV positivo, blá blá blá’. Okay. Tudo bem. Não é a única coisa que eu sou. Sou muito mais do que meu diagnóstico. Se você não quiser trabalhar comigo por causa do meu status, então você não merece trabalhar comigo”, conclui. E depois do episódio de “Pose” exibido nos EUA no último domingo, em que ele canta como uma anjo, chora como um mártir e abala uma comunidade inteira com sua presença, quem não gostaria de contar com o enorme talento de Billy Porter em qualquer trabalho? Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Billy Porter (@theebillyporter) Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Billy Porter (@theebillyporter)
Trailer da comédia “Quem Vai Ficar com Mário?” revela música inédita de Pabllo Vittar
A Paris Filmes divulgou o pôster e o trailer de “Quem Vai Ficar com Mário?”, comédia LGBTQIA+ que inclui uma música inédita de Pabllo Vittar em sua trilha sonora. A canção “O Menino e o Espelho” toca ao final da prévia. A trama é uma farsa romântica que evoca os tempos de “A Gaiola das Loucas”, peça de 1973 que já ganhou duas versões de cinema, sempre com atores heterossexuais se passando por gays. “Quem Vai Ficar com Mário?” repete a fórmula em seus papéis centrais, embora os tempos atuais exijam um mínimo de representatividade – gays interpretando gays. Assim como em “A Gaiola das Loucas”, a trama de “Quem Vai Ficar com Mário?” gira em torno de homens gays que precisam se passar por heterossexuais. A diferença é que agora quem vai parar no armário é o filho e não o pai. Claro, há várias outras distinções, mas quando o núcleo estrelado por Nany People (“Acredite, um Espírito Baixou em Mim”), uma legítima representante da comunidade LGBTQIA+, entra em cena, a farsa básica da “mãe” de “A Gaiola das Loucas” é encenada em toda a sua extensão. Daniel Rocha (de “Irmãos Freitas”) vive o Mário do título. Que Mário? Aquele do armário, que resolve visitar sua família tradicional para contar para seu pai (José Victor Castiel, de “Chuteira Preta”) que é gay e mora junto com seu namorado (Felipe Abib, de “Vai que dá Certo”). Mas os planos são atropelados por seu irmão mais velho (Rômulo Arantes Neto, de “Depois a Louca Sou Eu”), que resolve se assumir antes e quase mata o pai conservador. No hospital, o pai coloca Mário à frente da cervejaria da família no lugar do irmão. Pressionado a agir como hetero, o rapaz acaba se envolvendo com Ana (Letícia Lima, de “Amor de Mãe”), uma coach empresarial ousada que veio ajudar a modernizar os negócios. Só que seu namorado resolve visitá-lo e agora eles precisam lidar com a farsa. A maior farsa, porém, é que os citados são todos (menos Nany) atores heteros (pelo que se sabe) vivendo gays que tentam se passar por heteros. Letícia Lima e Daniel Rocha chegaram até mesmo a namorar. O filme tem direção de Hsu Chien (“Ninguém Entra, Ninguém Sai”) e estreia nos cinemas no dia 27 de maio.
Olivia Wilde é criticada por comparar sua transformação em diretora a “sair do armário”
Olivia Wilde virou alvo de críticas após dizer que sua transição de atriz para diretora foi como “sair do armário”. Elogiadíssima por sua estreia atrás das câmeras com “Fora de Série” (2019), atualmente ela está dirigindo seu segundo longa-metragem, “Don’t Worry Darling”, e já teria negociado comandar uma produção ainda secreta da Marvel. “Eu me sinto mais ou menos como alguém saindo do armário. Há esse sentimento de honestidade em relação ao que realmente quero fazer e meu conforto vem de estar sendo sincera comigo, o que não acontecia há muito tempo”, disse a atriz ao podcast OffCamera sobre sua experiência ao dirigir o primeiro longa. Detalhe: a entrevista que viralizou nesta segunda (10/5) foi feita em 2019, época do lançamento de “Fora de Série”! E “coming out” não foi a única fala que gerou controvérsia na internet. Ao falar sobre seu divórcio com Tao Ruspoli em 2011, ela disse que cogitou “um tipo suave de relacionamento lésbico, apenas beijos suaves e tesouradas”. A patrulha vigilante das redes sociais não gostou das declarações antigas e não faltou quem acusasse as metáforas da atriz de conterem homofobia. Um usuário do Twitter disse que ela simplesmente não poderia fazer essas comparações: “Sim, Olivia Wilde, branca, rica, magra, famosa, você ter passado de atriz para diretora é realmente igual a uma pessoa da comunidade LGBTQIA+ que saiu do armário recentemente em uma sociedade preconceituosa e possivelmente em uma família lgbtfóbica.” Enquanto os americanos ficam ofendidos com o jeito hipster sem noção de Wilde – que, por sinal, é bissexual assumida – , no Brasil uma jogadora profissional de futebol escreve no Twitter que Paulo Gustavo vai para o inferno por ser gay. Diferenças.
Filme sobre Boy George troca produtora e agenda filmagens
O filme biográfico de Boy George, cantor da banda dos anos 1980 Culture Club, mudou sua produção da MGM para a Millennium Media, planejando acelerar o início dos trabalhos. O cronograma atual visa começar as filmagens em Londres durante o próximo verão europeu (nosso inverno). O próprio Boy George contou as novidades num vídeo divulgado nesta terça (20/4), no qual ainda afirma que a busca pelo elenco está em andamento. Ele chegou a revelar que Daniel Mays (“Belas Maldições”, “White Lies”) vai viver seu pai e que “há rumores de Keanu Reeves aparecendo”. Quando o projeto foi anunciado em 2019, a atriz Sophie Turner (a Sansa de “Game of Thrones”) se candidatou a viver o cantor. Intitulada “Karma Chameleon”, a cinebiografia está a cargo do roteirista e diretor Sacha Gervasi (“Hitchcock”, “Meu Jantar com Hervé”) e vai cobrir da juventude de George, trabalhando numa chapelaria no Blitz, club londrino onde aconteceu a explosão da cena “new romantic”, até o seu sucesso com os hits “Karma Chameleon”, “Miss Me Blind” e “Do You Really Want to Hurt Me”, à frente do Culture Club. Conhecido pelo visual andrógino com o qual se apresentava, George se tornou um ícone do movimento LGBTQIA+ no Reino Unido e em todo o mundo. O cantor, que se identificava como bissexual no auge do sucesso do Culture Club, passou a se declarar abertamente gay nos anos 2000. Juntando o sucesso do Culture Club com seus álbuns solo, George já vendeu mais de 100 milhões de singles e 50 milhões de álbuns ao redor do mundo. O músico também escreveu duas autobiografias que se tornaram best-sellers, “Take It Like a Man” (1995) e “Straight” (2004). E teve uma carreira como DJ. Dos anos 1980 até recentemente, ele também lutou contra o vício em drogas, especificamente a heroína. O filme de Boy George é reflexo do sucesso de “Bohemian Rhapsody”, focado em Freddie Mercury, e “Rocketman”, sobre Elton John, e faz parte de uma tendência que levará várias outras cinebiografias musicais aos cinemas nos próximos anos, abrangendo as carreiras de artistas tão diferentes quanto Aretha Franklin, Robbie Williams, os Ramones e os Bee Gees. Veja abaixo o vídeo do anúncio e o clipe da música que dá nome à produção.
Elenco de Glee se reencontra em homenagem à Naya Rivera
O elenco de “Glee” se reuniu virtualmente na noite de quinta-feira (8/4) para homenagear Naya Rivera, atriz que faleceu aos 33 anos em julho de 2020. O tributo à intérprete de Santana Lopez aconteceu durante o GLAAD Media Awards, premiação que destaca o melhor da representação LGBTQIA+ na mídia. Introduzida por Demi Lovato, que chegou a participar de “Glee”, a homenagem contou com participações de Heather Morris, Amber Riley, Harry Shum Jr., Chris Colfer, Darren Criss, Jenna Ushkowitz, Kevin McHale, Jane Lynch, Matthew Morrison, Jessalyn Gilsig, Dot-Marie Jones, Vanessa Lengies, Alex Newell, Jacob Artist, Lauren Potter e Becca Tobin, que lembraram os momentos compartilhados com a colega nas gravações e a importância da personagem da atriz para a representação LGBTQIA+ como a primeira adolescente latina a assumir um romance lésbico na TV. Inicialmente, os organizadores do evento pretendiam reunir o elenco para um número musical no palco da premiação, mas a pandemia atrapalhou os planos, que firam restritos a comentários por videoconferência. Confira a homenagem abaixo.
Queer as Folk: Pioneira série gay vai ganhar novo remake
A série britânica “Queer as Folk”, pioneira na abordagem do universo gay na televisão, vai ganhar um segundo remake americano produzido pela plataforma de streaming Peacock. O serviço de streaming da NBCUniversal encomendou oito episódios de uma releitura da série original de Russel T. Davies. A nova versão está sendo desenvolvida por Stephen Dunn (“Little America”) desde o final de 2018, quando as negociações visavam um lançamento no canal pago Bravo, que faz parte do mesmo conglomerado. O novo “Queer as Folk” irá explorar um grupo diversificado de amigos em Nova Orleans cujas vidas são transformadas após uma tragédia. Será a segunda vez que a série de Davies ganhará uma adaptação para o público dos Estados Unidos. Um ano após a estreia da atração original, Ron Cowen e Daniel Lipman criaram uma versão ambientada em Pittsburgh para o canal pago Showtime, que pegou as histórias passadas na Inglaterra e as expandiu ao longo de cinco temporadas, entre 2000 e 2005. O remake acabou se tornando o primeiro drama da TV americana protagonizado por homens gays, o que ajudou a inaugurar uma nova era de programação, abrindo caminho para inúmeras séries LGBTQIA+. Já a versão original, criada em 1999 por Russell T. Davies (que também foi responsável pelo revival de “Doctor Who” em 2005) para o Channel 4, acompanhava dois amigos gays, vividos por Aidan Gillen (o Mindinho de “Game of Thrones”) e Craig Kelly (“Titanic”), em sua busca por diversão na noite de Manchester. Numa dessas noites, essa diversão se manifesta na forma de um adolescente em fase de descoberta sexual, interpretado por Charlie Hunnam (o Jax de “Sons of Anarchy”). A série original durou só 10 episódios (oito na 1ª temporada), mas foi suficiente para gerar uma revolução comportamental na televisão. Relembre a série original e o primeiro remake com os trailers abaixo.
Bolsonaro cumpre ameaça e Ancine começa mudança para Brasília
Enquanto a pandemia continua a ocupar o noticiário, o governo Bolsonaro segue passando a boiada. A coluna de Lauro Jardim, no jornal o Globo, revelou que a Ancine iniciou um processo para diminuir a sua presença física no Rio de Janeiro. No final da semana passada, a agência desocupou um andar inteiro de um prédio no Centro da cidade e a expectativa é que, ainda em abril, um andar no prédio da Anatel, em Brasília, seja disponibilizado para a agência. Em janeiro, o Ministério das Comunicações sugeriu que poderia realizar uma fusão entre a Ancine e a Anatel, entidades de pastas e funções completamente distintas. Neste sentido, a mudança da Ancine para o prédio da Anatel seria praticamente uma declaração de intenções. Bolsonaro tem se mostrado insatisfeito com a Ancine desde o começo de seu governo. Em agosto de 2019, ele ameaçou pela primeira vez a transferência do órgão colegiado para Brasília, como parte de um plano para a Ancine “deixar de ser uma agência e passar a ser uma secretaria subordinada a nós”. O objetivo, segundo Bolsonaro, era sujeitar a aprovação de projetos a seus “filtros” (ou gosto) pessoais. “Se não puder ter filtro, nós extinguiremos a Ancine. Privatizaremos ou extinguiremos. Não pode é dinheiro público ficar usado para filme pornográfico”, afirmou. Um mês depois desta declaração e inconformado com a demora para conseguir o que queria, Bolsonaro foi mais longe e ameaçou “degolar” os integrantes da Ancine: “Se a Ancine não tivesse, na sua cabeça toda, mandato, já tinha degolado todo mundo”. A ameaça foi completada por um gesto com as mãos sob o pescoço que representa o assassinato por meio de degola. Desde a posse de Bolsonaro, a Ancine enfrenta uma crise sem precedentes, atuando com um presidente interino nunca efetivado e com uma diretoria incompleta, que não tem seus diretores nomeados. Enquanto isso, a arrecadação das taxas Condecine e Fistel, pagas pela indústria de telefonia e audiovisual para o financiamento público de novas produções brasileiras de cinema e TV, acumula uma fortuna não contabilizada em cofres que têm sido blindados de investigação, sem que projetos novos – ou muito poucos – sejam beneficiados com a verba do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). Apenas os valores arrecadados em 2018 (para serem investidos em 2019) foram divulgados (e somente em dezembro de 2019): um montante de R$ 703,7 milhões. Desde então, as taxas fecharam mais dois anos de arrecadação não revelada, podendo ter ultrapassado R$ 2 bilhões de dinheiro sem uso – ou com mau uso. O Ministério Público Federal (MPF) questionou, num ofício datado de 13 de outubro do ano passado, porque a Ancine tinha aprovado apenas um projeto para obter recursos do FSA num período de dez meses, pedindo que a agência tornasse públicos relatórios anuais de gestão do FSA. “Apuramos que houve uma ordem da procuradoria da Ancine de que não fosse dado andamento a processos, a não ser aqueles que obtivessem liminar na Justiça. Houve, portanto, negligência ao correto andamento desses procedimentos, como houve ação deliberada de paralisação”, denunciou o procurador. Mas um juiz da 11ª Vara Federal do Rio de Janeiro barrou a investigação, aceitando a explicação de que “a culpa é da burocracia”. Na ocasião, já havia ao menos 194 mandados de segurança impetrados contra a Ancine na Justiça Federal do Rio, em razão da demora na análise de projetos audiovisuais. Neste meio tempo, a Ancine mudou sua atividade principal, deixando de ser uma instituição de fomento para virar um escritório de cobranças, aproveitando uma orientação do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre problemas de prestações de contas para rever centenas de balanços anteriormente aprovados de produções com mais de 20 anos, como “Madame Satã”, de 2002, “Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida”, de 2004, e “Xuxa Gêmeas”, de 2006. Por coincidência, depois de a apresentadora Xuxa Meneghel criticar o governo Bolsonaro e após o presidente dizer que iria rever aprovação de filmes de temática LGBTQ pela Ancine. “Confesso que não entendi por que gastar dinheiro público com um filme desses”, disse Bolsonaro em agosto passado. Enquanto escondia os valores de arrecadação do FSA, a Ancine também fez parceria com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul para assumir ainda outra função, oferecendo empréstimos financeiros para produtores de cinema. Neste caso, a ideia original do FSA, de investimento à fundo perdido, foi substituída por um negócio batizado de “linha de crédito emergencial” que passaria a cobrar juros – para terceiros (banco) ou para a própria Ancine (em parceria com banco). O que a Ancine faria com o lucro obtido com as taxas de empréstimo? Na segunda-feira (5/4), deputados da Comissão de Cultura da Câmara classificaram de “perseguição política” a paralisação nas atividades da Ancine e a demora na liberação de recursos para produções já contempladas em editais da agência. Convidado para debater com os integrantes da comissão, o presidente interino da entidade, Alex Braga, alegou que a questão foi judicializada e, por isso, não iria comparecer. Quem pode desaparecer a seguir é a própria Ancine.
Kate Winslet diz conhecer atores gays que escondem sexualidade por medo de Hollywood
A atriz Kate Winslet, que viveu uma lésbica em seu recente filme “Ammonite”, diz que conhece pelo menos quatro atores gays que têm medo de revelar sua sexualidade, acreditando que não conseguiriam mais papéis em Hollywood. Em entrevista ao jornal The Sunday Times, Winslet contou que ainda há muito temor nos bastidores da indústria cinematográfica entre os atores LGBTQIA+. “Eu não posso te dizer o número de jovens atores que eu conheço – alguns bem conhecidos, alguns começando – que estão com medo de que sua sexualidade seja revelada e que isso os impeça de serem escalados para papéis heterossexuais”, disse ela. “Um conhecido ator acabou de chamar um agente americano e o agente disse: ‘Eu entendo que você é bissexual. Eu não divulgaria isso’. Posso pensar em pelo menos quatro atores escondendo absolutamente sua sexualidade. É doloroso. Porque eles temem ser descobertos”, completou. Ela lamentou que esse tipo de situação, que lembra a época de Rock Hudson, ainda aconteça no século 21. “É uma má notícia. Hollywood tem que deixar de lado essa porcaria datada”, disparou. “Isso deveria ser quase ilegal. Você não acreditaria como isso é difundido. E não pode ser apenas confinado à questão sobre atores gays só poderem interpretar papéis gays. Porque os atores, em alguns casos, estão optando por não se assumir por motivos pessoais.” Para que haja uma mudança, a atriz acredita que mais pessoas teriam de falar sobre o tema para evidenciar o problema. “Não pretendo intimidar ou enfrentar Hollywood. Estamos apenas falando sobre jovens atores que podem estar pensando em ingressar nessa profissão e encontrar uma maneira de torná-la mais aberta. Para que haja menos julgamento, discriminação e homofobia”, concluiu.
Lil Nas X sai do armário e vai parar no inferno em clipe radicalmente gay
Lil Nas X vai do paraíso ao inferno no clipe radicalmente gay de “Montero (Call Me By Your Name)”. Com um título que referencia o romance homossexual retratado no filme “Me Chame pelo Seu Nome”, o vídeo é repleto de cenas LGBTQIA+. Algumas são capazes de causar fortes emoções (em mais de um sentido), como a lap dance hardcore feita por Lil Nas X no diabo. As cenas incluem muitos efeitos visuais, em que o rapper se faz de vítima e algoz, aparecendo em dose dupla com a ajuda da computação gráfica, que o multiplica na tela. E, ao final, ele se mostra tão “levado” que até assume o trono do inferno. A historinha não deixa de refletir uma “culpa cristã” por o rapper se assumir gay. É a primeira vez que Lil Nas X “se chama pelo seu nome” e demonstra sua sexualidade de forma explícita. E como resultado da ousadia… vai parar no inferno. Montero é o nome de batismo do autor do hit “Old Town Road”, que lançou a nova canção para se dirigir a ele mesmo quanto tinha 14 anos. “Caro Montero de 14 anos, escrevi uma música com o seu nome”, explicou no Twitter. “Eu sei que nós prometemos a nós mesmos nunca sair do armário, nunca ser ‘aquele tipo’ de pessoa gay. Eu sei que nós prometemos morrer com esse segredo, mas esse clipe vai abrir as portas para tantas pessoas queer simplesmente existirem”, acrescentou. O rapper ainda assumiu que estava “muito assustado” com a possível repercussão do clipe, temendo acusações de que ele estava “promovendo a agenda gay”. “Mas a verdade é que eu estou, mesmo. A minha agenda é fazer as pessoas entenderem que não devem se meter na vida das outras pessoas, ditando quem elas deveriam ser”, completou. O próprio Montero/Lil Nas X é creditado como diretor do clipe, em parceria com a ucraniana Tanu Muino (que fez “Up”, de Cardi B).
Filmes online: Única estreia dos cinemas também é destaque da locação digital
Com duas indicações ao Oscar 2021, o drama dinamarquês “Druk – Mais uma Rodada” chega simultaneamente aos cinemas e às plataformas online do Brasil neste fim de semana. Na verdade, a obra de Thomas Vinterberg é o único filme com distribuição física nesta quinta (25/5) no circuito cinematográfico, que não conta com as principais capitais sob o impacto dos fechamentos causados pela pandemia de coronavírus. “Druk” concorre ao Oscar de Melhor Direção (com Vinterberg) e é favoritíssimo como Melhor Filme Internacional, após vencer o Festival de Londres, o César (o Oscar francês) da categoria e o prêmio de Melhor Filme Europeu, conferido pela Academia Europeia de Cinema. A trama gira em torno de Martin, interpretado por Madds Mikkelsen, professor, marido e pai que já foi brilhante, mas se torna apenas uma sombra de si mesmo após embarcar numa jornada alcoólica com colegas acadêmicos para testar uma teoria. Esta é segunda parceria entre Vinterberg e Mikkelsen, após o êxito do também premiado “A Caça” (2012). Em contraste com a falta de salas abertas durante o agravamento do contágio, “Druk” chega junto de outros bons lançamentos nas muitas plataformas digitais que oferecem locação digital e streaming no país – entre eles o muito falado documentário de Britney Spears. Conheça abaixo as dicas e os trailers dos 10 melhores lançamentos de “cinema em casa” desta semana. Druk – Mais uma Rodada | Dinamarca | 2020 (Apple TV, Google Play, NOW, YouTube Filmes) Fale com as Abelhas | EUA | 2019 (Apple TV, Looke, NOW, Sky Play e Vivo Play) A Madeline de Madeline | EUA | 2019 (Apple TV, NOW, Vivo Play) Filhos da Tempestade | África do Sul | 2019 (Apple TV, Looke, NOW, Vivo Play) Oleg | Letônia, Lituânia | 2019 (MUBI) Bad Trip | EUA | 2019 (Netflix) As Fantasias de Lucas | México | 2019 (Disney+) A Semana da Minha Vida | EUA | 2021 (Netflix) Framing Britney Spears | EUA | 2021 (Globoplay) Projeto Mercury: Os Sete Escolhidos | EUA | 2020 (Disney Plus)
Elenco de Glee vai voltar a se juntar em homenagem a Naya Rivera
O elenco de “Glee” vai voltar a se encontrar durante a cerimônia do GLAAD Media Awards 2021 para homenagear a colega Naya Rivera, que faleceu durante um passeio de barco no ano passado, aos 33 anos. O evento marcado para 8 de abril busca celebrar a diversidade no audiovisual, e a reunião de “Glee” também comemorará o aniversário de dez anos da saída do armário da personagem da atriz, Santana Lopez, que se assume lésbica na série. A homenagem contará com a presença de Chris Colfer (Kurt Hummel), Darren Criss (Blaine Anderson), Jane Lynch (Sue Sylvester), Kevin McHale (Artie Abrams), Heather Morris (Brittany S. Pierce), Amber Riley (Mercedes Jones), Harry Shum Jr. (Mike Chang), Matthew Morrison (Will Schuester), Jacob Artist (Jake Puckerman), Vanessa Lengies (Sugar Motta), Alex Newell (Wade Adams), Becca Tobin (Kitty Wilde) e Jenna Ushkowitz (Tina Cohen-Chang). O reencontro ainda contará com a presença de Demi Lovato, que fez participações especiais na atração. Ela vai introduzir o número musical dos astros de “Glee” durante a cerimônia de premiação.
Tudo por Ela: Adaptação de mangá lésbico ganha trailer legendado
A Netflix divulgou dois pôsteres e o trailer legendado de “Tudo por Ela” (Ride or Die), novo filme do premiado cineasta japonês Ryuichi Hiroki, conhecido por obras provocantes como “Vibrator” (2003) e “Kabukicho: O Hotel do Amor” (2014). A prévia mostra como uma mulher (Honami Satô, de “Daughter of Lupin”) convence sua amante apaixonada (Kiko Mizuhara, de “Ataque dos Titãs”) a matar seu marido para que as duas possam viver juntas. Mas, em meio à fuga, a jovem transformada em assassina recebe o pedido para matar outra pessoa em nome do relacionamento. A trama é baseada no mangá “Gunjō”, criado por Ching Nakamura, que mistura romance lésbico e suspense criminal. A estreia está marcada para 15 de abril.











