Danilo Gentili recebe nova condenação por ofensas
O ator, humorista e apresentador Danilo Gentili (“Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola”) recebeu sua segunda condenação por ofensas nessa semana. Após ser condenado a seis meses e 28 dias de detenção em regime semiaberto, por injúria contra a deputada federal Maria do Rosário (PT), processo do qual ainda está recorrendo em liberdade, o apresentador do “The Noite” foi condenado a indenizar em R$ 20 mil o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL). A nova decisão não estipula pena de prisão, apenas indenização financeira. O processo foi movido por Freixo há dois anos quando ainda era deputado estadual pelo Rio. Na ocasião, Danilo Gentili comentou no Twitter uma reportagem publicada na coluna Radar, da revista Veja, sobre a ex-mulher de Freixo, que acusava o deputado de ser um “esquerdomacho”. Gentili escreveu no dia 3 de maio de 2017: “Pô, Marcelo Freixo. Você é uma farsa mesmo, hein, seu merda. Aproveitando… E seus black blocs? Mataram mais alguém esses dias?”. O humorista foi condenado pela 26ª Câmara Cívil do Rio de Janeiro por ofensa, injúria, difamação e danos morais. Inicialmente, Freixo havia pedido uma indenização de R$ 100 mil, que foi reduzida para R$ 20 mil. Em sua defesa, Gentili alegou estar em seu direito de liberdade de expressão. A decisão da Justiça, no entanto, entendeu que ele extrapolou todos os limites. “A conduta do réu não se resumiu a tais manifestações, revelando uma verdadeira progressão de ofensas ao autor, o que extrapolou os limites do tolerável e admissível em nosso Estado Democrático de Direito. Se a conduta do réu se revelou lícita em algumas das manifestações, eis que amparada em seu direito constitucional, com a progressão e aumento das postagens, utilizando palavras de baixo calão direcionadas ao autor, a sua conduta revelou-se abusiva e violadora do direito constitucional da personalidade”, diz trecho da decisão. A sentença aponta ainda que Gentili induziu seus seguidores a considerar o autor como assassino e farsante. “O réu extrapolou a crítica política, utilizando-se se de artifícios ilegais e ilegítimos com o único intuito de prejudicar a reputação do autor, além de incitar ódio entre seus seguidores.”
Danilo Gentili é condenado a quase sete meses de prisão por injúria
O ator e apresentador Danilo Gentili foi condenado a seis meses e 28 dias de detenção, em regime semiaberto, pelo crime de injúria praticado contra a deputada federal Maria do Rosário Nunes (PT-RS). Ele ainda poderá recorrer da sentença da 5ª Vara Federal Criminal de São Paulo em liberdade. A condenação se refere a mensagens ofensivas de 2016, em que Gentili chamou a deputada de “nojenta”, “falsa” e “cínica”. Em resposta, Maria do Rosário processou o apresentador do programa “The Noite” e criador da série “Politicamente Incorreto”. A situação se agravou em maio de 2017, quando Gentili recebeu a notificação extrajudicial do processo e postou um vídeo em que aparecia rasgando e esfregou os papéis nas partes íntimas. Ao fazer isso, ele ainda destacou o termo “puta” da palavra deputada. A defesa alegou que o humorista não teve a intenção de atacar Maria do Rosário, mas a juíza Maria Isabel do Prado não reconheceu o argumento. Em sua decisão, ela ressaltou o direito à liberdade de expressão, mas lembra que quando alguém ultrapassa a linha da ética, “surge no Estado de Direito a tutela penal como legítimo instrumento de contenção contra o uso abusivo da liberdade de expressão.” “Verifico que o humorista e apresentador dolosamente injuriou através da internet a deputada federal, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, atribuindo-lhe a alcunha de ‘puta'”, escreveu a magistrada na sentença. Após a publicação da sentença, Gentili voltou a usar as redes sociais para ironizar a Justiça. “Quem vai me levar cigarro?”, ele escreveu para seus seguidores. Por sua vez, Maria do Rosário comemorou a sentença através de nota enviada à imprensa. “A sentença da 5° Vara Federal Criminal de São Paulo deve ser lida como uma convocação à sociedade brasileira de que é necessário retomar o respeito, o bom senso no debate público, nas redes sociais e na vida. Não pode haver impunidade, cabendo ao Judiciário definir os termos da condenação. Considero a decisão um símbolo de que é possível preservar a liberdade de expressão e garantir a dignidade humana. Esta é uma vitória da democracia e da justiça.”
Atriz de Fuller House é indiciada no caso do escândalo universitário americano
A atriz Lori Loughlin (“Fuller House”) e seu marido, Mossimo Giannulli, vão enfrentar novas acusações por participação no escândalo de fraudes universitárias, por meio de subornos para conseguir a admissão de seus filhos em universidades prestigiosas dos Estados Unidos. Além da acusação inicial de conspiração para cometer fraude, Loughlin e Giannulli foram agora indiciados também por lavagem de dinheiro. Segundo investigação do FBI, o casal pagou US$ 500 mil para a USC (Universidade do Sul da Califórnia) para que suas filhas fossem aceitas como bolsistas da equipe de remo da universidade, embora elas não praticassem o esporte – atletas têm vagas preferenciais nas faculdades dos EUA por conta da competitividade dos jogos universitários. O indiciamento oficial de Loughlin aconteceu um dia depois da admissão de culpa de outro grupo de pais e mães acusados na investigação. Integrante do outro grupo, a também atriz Felicity Huffman (“Desperate Housewives”) preferiu se declarar culpada dentro do processo, pulando uma etapa do julgamento. Por sua vez, a atriz de “Três É Demais” (Full House) e “Fuller House” preferiu não se manifestar, indicando que não pretende fazer acordo com a promotoria. A resposta veio de forma contundente com nova acusação. Loughlin já perdeu seu papel recorrente em “Fuller House” por causa do escândalo. Ela não aparecerá na 5ª e última temporada da série da Netflix, embora interprete a Tia Becky desde o início da série “Três é Demais” (1987-1995), que deu origem ao reboot. Ela também foi dispensada da série “Quando Chama o Coração: A Série” (When The Heart Calls) e teve sua série de telefilmes “Garage Sale Mysteries” cancelada – o 16º longa estava em produção no Canadá. A mesma Netflix que limou Loughlin manteve Huffman em duas produções. As diferenças se devem a dois fatores. Em primeiro lugar, a comédia “Otherhood” e a minissérie “When They See Us”, estreladas por Huffman, já estavam gravadas quando o escândalo estourou – “Otherhood” teve o lançamento adiado, mas deve surgir mais tarde. E enquanto Huffman pagou US$ 15 mil para forjar as notas de um filha num exame, arrependeu-se e se recusou a fazer o mesmo para a segunda, Loughlin pagou duas vezes US$ 250 mil para criar falsos currículos esportivos para cada uma de suas duas filhas.
Felicity Huffman se declara culpada em escândalo de fraude universitária nos EUA
Felicity Huffman se declarou culpada nesta segunda-feira (8/4), de pagar subornos para conseguir a admissão de seus filhos em universidades prestigiosas dos Estados Unidos. “Eu estou me declarando culpado pela acusação feita contra mim pelo Ministério Público dos Estados Unidos”, disse a atriz das séries “Desperate Housewives” e “American Crime” numa declaração pública. “Aceito plenamente a minha culpa e, com profundo pesar e vergonha pelo que fiz, total responsabilidade por minhas ações e as conseqüências que resultarem dessas ações”, acrescentou, em um longo pedido de desculpas. A atriz de 56 anos assumiu ter pago US$ 15 mil para que sua filha mais velha tivesse suas notas alteradas para no SAT – o ENEM americano – e com a qualificação falsa conseguisse entrar em faculdades melhores. “Minha filha não sabia absolutamente nada sobre minhas ações e, do meu jeito equivocado e profundamente errado, eu a traí”, continuou Huffman. “Essa transgressão em relação a ela e ao público levarei para o resto da minha vida. Meu desejo de ajudar minha filha não é desculpa para quebrar a lei ou me envolver em desonestidade”. A Justiça não denunciou o marido de Huffman, o ator William H. Macy, estrela da série “Shameless”, no escândalo das admissões universitárias. Huffman pode ser condenada a até cinco anos de prisão pelo crime de transferência fraudulenta de fundos, mas a expectativa é que a justiça não lhe imporá uma sentença tão dura. Além dela, outra atriz famosa, Lori Loughlin, conhecida por seu papel na série “Três É Demais” (Full House) e na sequência “Fuller House”, também foi acusada no mesmo caso, mas não se uniu a Huffman e outros pais que se declararam culpados nesta segunda-feira. As duas atrizes eram as personalidades mais conhecidas de um grupo de 50 pessoas denunciadas na Operação Varsity Blues do FBI, que desbaratou um esquema de fraudes para que filhos de pessoas ricas pudessem entrar com mais facilidade em universidades de elite nos Estados Unidos. Entre os pais envolvidos há diretores executivos de empresas e sócios de importantes escritórios de advocacia. Todos foram detidos e liberados sob fiança para aguardar o julgamento do processo em liberdade. O líder do esquema fraudulento, William Rick Singer, concordou em se declarar culpado de acusações de fraude e está cooperando com as autoridades. Segundo as autoridades, Singer cobrou cerca de US$ 25 milhões para garantir as admissões às universidades por meio de trapaças nas provas ou subornos a treinadores para recrutar estudantes sem habilidades para equipes esportivas das escolas – atletas têm vagas preferenciais nas faculdades dos EUA por conta da competitividade dos jogos universitários.
Atriz de Smallville se declara culpada por sua participação em seita sexual
A ex-atriz Allison Mack, conhecida pelo papel de Chloe Sullivan na série “Smallville”, mudou sua declaração sobre sua participação na seita NXIVM e seu círculo DOS. Após se declarar inicialmente inocente de promover escravidão sexual e tráfico de mulheres, ela se assumiu culpada de extorsão e conspiração criminosa, ao comparecer novamente ao tribunal nesta segunda (8/4), em Nova York. A mudança pode fazer parte de um acordo entre os seus advogados e os promotores que cuidam do caso. A atriz pode ter concordado com uma admissão de culpa para suavizar as acusações e se tornar testemunha do Estado contra o líder da seita, Keith Raniere. Ela foi a única ré do caso a se dizer culpada. Raniere, a herdeira milionária Clare Bronfman e outra integrante do círculo interno da seita, Kathy Russell, declaram-se inocentes. “Eu preciso admitir a culpa pela minha conduta. Eu me sinto muito mal pelo meu papel neste caso. Eu peço desculpas à minha família e às boas pessoas que eu machuquei com a minha aderência equivocada aos ensinamentos de Keith Raniere”, disse Mack no tribunal. Ela chorou durante a audiência, dizendo que acreditava que “a intensão de Raniere era ajudar as pessoas”. “Eu estava errada”, assumiu. A sentença será proferida em 11 de setembro. Mack é acusada de recrutar várias mulheres para a seita, prometendo que se tratava de um programa de aperfeiçoamento pessoal onde elas seriam ajudadas por outras mulheres a alcançarem os seus objetivos. Conforme as recrutadas passavam pelos diferentes níveis da organização, acabavam se transformando em escravas sexuais, submetidas à liderança de Raniere. Mack foi presa em conexão com o caso, assim como o próprio Raniere. A atriz pagou fiança de US$ 5 milhões e espera julgamento em prisão domiciliar na casa dos pais, em Los Alamitos, na Califórnia (EUA). Este escândalo veio à tona quando uma reportagem do jornal The New York Times, publicada em novembro de 2017, denunciou a escravidão sexual promovida pela seita e apontou a atriz como braço-direito do falso guru Rainiere. Iniciada como um grupo de auto-ajuda, a organização chegou a receber matrículas de 16 mil pessoas nos cursos do grupo NXIVM. Ranieri se promovia como um guru de auto-ajuda para famosos, mas usava palestras da organização para selecionar mulheres bonitas como escravas sexuais, que eram convidadas a ingressar no círculo interno, chamado de DOS (abreviatura de “dominus obsequious sororium”), onde a iniciação incluía ter as iniciais de Ranieri marcadas à ferro e fogo na pele. A estrutura da seita se baseava em um esquema-pirâmide. Além de pagar o curso inicial, as participantes eram obrigadas a comprar aulas adicionais com preço ainda mais elevado e motivadas a recrutar outras mulheres e a marcá-las com suas iniciais para “subir” dentro da hierarquia da organização e assim obter privilégios, como se aproveitar das demais escravas. Havia uma condição prévia para participar: ceder informações comprometedoras sobre amigos e familiares, tirar fotos sem roupas e controlar os pertences das recrutas captadas. Nesta sociedade secreta, Raniere era o único homem, conhecido como o “Amo das companheiras obedientes”. Ele era “dono” de um harém. E as escravas dele, por sua vez, tinham um grupo de servas para si, e assim por diante. Todas as escravas precisavam obedecer aos mestres 24 horas por dia e recrutar outras mulheres para a seita. Caso não conseguissem, eram submetidas a castigos como surras. Além disso, elas tinham que tomar banhos de água fria e ficar 12 horas sem comer, mantendo uma dieta diária de apenas 500 a 800 calorias, pois, segundo o “mestre supremo”, mulheres magras eram mais vigorosas. Esta história bizarra deve virar série, após a produtora Annapurna fechar um acordo com o jornalista Barry Meier, autora da reportagem-denúncia publicada no New York Times, para produzir uma adaptação televisiva de suas descobertas.
Presidente dos EUA quer que Estado e FBI investiguem ator de Empire
A justiça americana não permite que uma pessoa seja julgada duas vezes por um mesmo crime. Mas o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quer que o ator Jussie Smollett seja. Isto porque a promotoria desistiu do julgamento inicial. Usando o Twitter, Trump chamou o caso de “revoltante” e disse que ele será analisado pelo FBI e pelo Departamento de Justiça. “O FBI e o Departamento de Justiça vão revisar o revoltante caso Jussie Smollett em Chicago. É uma vergonha para a nossa nação”, escreveu o mandatário da nação americana nesta quinta (28/3). É mais um desdobramento polêmico do caso que se iniciou em janeiro, quando o astro da série “Empire” alegou ter sido vítima de um ataque racista e homofóbico, ao sair de um restaurante em Chicago. Semanas depois, ele foi acusado pela polícia de ter forjado o crime – supostamente por estar insatisfeito com o seu salário na série. Na terça-feira, os promotores de Chicago decidiram desistir do caso e entraram em acordo com os advogados de Smollett para que ele apenas deixasse com o estado os US$ 10 mil que pagou como fiança quando foi preso. A decisão de abandonar as acusações foi tomada pela promotora chefe Kim Foxx, justificando-se ao dizer que Smollett seria apenas condenado a prestar serviço comunitário se o caso fosse a julgamento. Como ele já realiza trabalho voluntário em Chicago, ela considerou que a condenação seria redundante. Entretanto, o caso só foi abandonado depois de várias supostas provas e alegações feitas pelo chefe de polícia de Chicago terem sido contestadas publicamente. Fontes do site TMZ afirmam que a ação da promotoria simplesmente “se desintegrou” nas últimas semanas. Apesar de testemunhar que seus agressores eram brancos, as autoridades prenderam dois homens negros como suspeitos. Eles são irmãos e pelo menos um deles já trabalhou como figurante na série da rede Fox. Em entrevista coletiva pouco antes da prisão do ator, o superintendente da polícia de Chicago, Eddie Johnson, apresentou um cheque assinado por Smollett para os irmãos como prova das acusações. Entretanto, em depoimento à polícia, os irmãos supostamente contratados por Smollett disseram que o dinheiro que receberam do ator na verdade era pagamento pela prestação de serviços como personal trainers. Há fotos no Instagram desse trabalho. Johnson também afirmou à imprensa que Smollett havia escrito uma carta de conteúdo ameaçador que chegou ao set de “Empire” alguns dias antes do ataque. Na realidade, segundo o TMZ, as investigações da polícia e do FBI não conseguiram determinar que o ator foi autor da carta. Ao prender o ator, a polícia de Chicago ainda declarou que o ataque foi “um golpe publicitário” para chamar atenção visando obter um aumento de salário. Mas a revista The Hollywood Reporter fez sua própria investigação sobre essas afirmações e descobriu que Smollett já tem um dos maiores salários do elenco de “Empire”, tinha conseguido aumento recente e não negociava com os produtores por mais dinheiro. Nem seus agentes nem a Fox sabiam que ele queria receber mais. Antes desta hipótese ser apresentada, a investigação teria vazado que o objetivo do suposto falso ataque seria evitar que ele fosse dispensado da série. Só que os roteiristas de “Empire” e a rede Fox também rechaçaram essa teoria, alegando que nunca houve planos para dispensá-lo. Além disso, ao contrário do que disse a promotora a respeito de uma possível condenação render serviços comunitários, o ator de 36 anos enfrentava 16 acusações de conduta desordeira e cada acusação implicava em uma pena máxima de três anos de prisão e uma multa de US$ 25 mil. Levado diante de um juiz, ele se declarou inocente e esperava voltar ao tribunal no dia 12 de abril para o início do julgamento. “Jussie foi atacado por duas pessoas que ele não conseguiu identificar em 29 de janeiro. Ele foi uma vítima, mas foi tratado como vilão e criminoso, graças à declarações falsas e inapropriadas feitas ao público [pela polícia]”, disseram os advogados do ator em comunicado oficial. “Jussie e muitas outras pessoas foram prejudicadas por estas ações injustas”, continuaram. “Toda esta situação serve para nos lembrar que um caso criminal não deve ser julgado no tribunal da opinião pública. Fazer isso é errado”. Além de Trump, o prefeito e o chefe de polícia de Chicago continuam usando a mídia para atacar o ator, após acusações e afirmações levianas levaram à implosão judicial do caso.
Prefeito de Chicago ataca Jussie Smollett: sem moral, ética ou decência
O Prefeito de Chicago, Rahm Emanuel, e o chefe de polícia da cidade, Eddie Johnson, atacaram Jussie Smollett após o ator da série “Empire” se pronunciar sobre o cancelamento de seu julgamento por supostamente forjar um ataque racista e homofóbico contra si mesmo. Emanuel foi um dos políticos mais estridentes no embalo da acusação da polícia de que Smollett teria mentido sobre o ataque apenas para conseguir aumentar seu salário. E Johnson foi quem elucubrou sobre esses motivos alegados para a encenação da violência, além de ter trazido à público cheques contestados e testemunhos retratados, que implodiram o caso da promotoria. O Superintendente da Polícia disse que defendia o trabalho de seu departamento e acreditava que as acusações contra o ator de “Empire” foram justificadas. “Todos sabemos o que aconteceu mesta manhã”, disse ele. “E todos vocês sabem de que lado eu fico nisso. Eu acho que a justiça foi cumprida? Não. Eu acho que esta cidade ainda merece um pedido de desculpas.” Ele continuou: “Se alguém me acusasse de fazer qualquer coisa que pudesse comprometer minha integridade, eu iria querer o meu dia no tribunal. Ouvi dizer que eles [equipe jurídica de Smollett] queriam seu dia no tribunal só para as câmeras de TV. Os Estados Unidos poderiam saber a verdade, mas não, eles escolheram esconder-se atrás de segredos e negociar um acordo para contornar o sistema judicial. Meu trabalho como policial é investigar um incidente, reunir provas, reunir os fatos e apresentá-las ao Procurador do Estado. Foi o que fizemos. Eu apoio a investigação dos detetives”. Quanto ao valor de US$ 10 mil Smollett perdeu, o prefeito disse: “US$ 10 mil nem chega perto do que a cidade gastou em recursos [na investigação do suposto ataque]. E ele fez isso tudo em nome da autopromoção”. Emanuel insistiu que Smollett usou as “leis. princípios e valores” por trás da legislação de crimes de ódio “para auto-promover sua carreira”. Ele acrescentou que isso representava um custo para todos os indivíduos, “homens e mulheres homossexuais que um dia dirão que foram vítimas de um crime de ódio e agora serão duvidados; pessoas de fé, muçulmanas ou qualquer outra fé, que serão vítimas de crimes de ódio; pessoas de todas as esferas da vida, antecedentes, raça, etnia, orientação sexual, agora isso lança uma sombra sobre se eles estão dizendo a verdade”. Exaltando-se, o prefeito sugeriu que, por ser ator, Smollett foi privilegiado pela promotoria: “Onde está a responsabilidade do sistema? Você não pode, devido à posição de uma pessoa, aplicar um conjunto de regras a ela e outro conjunto de regras a todos os outros. De outra forma, você vendo este jogo em universidades onde as pessoas pagam extra para obter seus filhos uma posição especial nas universidades. Agora você tem uma pessoa por causa de sua posição e trabalho ser tratado de uma forma que ninguém nunca seria.” Depois que as acusações foram oficialmente retiradas na manhã de terça-feira, Smollet deu uma entrevista coletiva e que voltou a repetir sua inocência e manteve sua história sobre o que supostamente aconteceu na noite em janeiro em teria sido atacado. Essa declaração injuriou Emanuel. “O Sr. Smollett ainda está dizendo que é inocente, ainda reclamando do departamento de polícia de Chicago. Como ele ousa? Como ele ousa? Mesmo depois dessa pá de cal, ainda não demonstra senso de responsabilidade pelo que fez… Esta é uma pessoa que agora foi liberada sem ser responsabilizada pelo erro moral e ético de suas ações.” Ele acrescentou: “Você tem uma pessoa usando leis de crimes de ódio que estão nos códigos penais para proteger as minorias da violência para fazer avançar sua carreira e conseguir sua recompensa financeira. Não há decência neste homem?” A decisão de abandonar as acusações foi tomada pela promotora Kim Foxx. Ela explicou que, se fosse a julgamento, Smollett teria no máximo que prestar serviço comunitário, mas como o ator já realiza trabalho voluntário em Chicago, a condenação seria redundante. Entretanto, fontes do site TMZ afirmam que o caso da promotoria “se desintegrou” nas últimas semanas. Smollett foi acusado de pagar dois homens que conheceu no set da série “Empire” para atacá-lo nas ruas de Chicago no fim de janeiro, supostamente para criar comoção nacional em torno de seu nome. Abertamente gay, ele teria sido agredido por dois homens que gritavam palavras racistas e homofóbicas, ao sair de um restaurante em 29 de janeiro, e o caso inspirou uma grande onda de solidariedade. Mas apesar de testemunhar que seus agressores eram brancos, as autoridades prenderam dois homens negros como suspeitos. Eles são irmãos e pelo menos um deles já trabalhou como figurante na série da rede Fox. A polícia teria encontrado evidências em suas casas e eles se tornaram colaboradores da investigação, transformando o próprio ator em suspeito. A polícia de Chicago diz que chegou aos dois irmãos de origem nigeriana por meio do complexo sistema de vigilância por vídeo que existe em Chicago. Os vídeos foram elogiadíssimos no detalhamento de como os investigadores conseguiram identificar os suspeitos. Entretanto, nenhum vídeo da agressão foi visto, embora ela tenha ocorrido diante de câmeras – estariam viradas para o lado errado. Ao prender o ator, a polícia de Chicago afirmou que o ataque foi “um golpe publicitário” para chamar atenção visando obter um aumento de salário. Mas a revista The Hollywood Reporter fez sua própria investigação sobre essas afirmações e descobriu que Smollett já tem um dos maiores salários do elenco de “Empire”, tinha conseguido aumento recente e não negociava com os produtores por mais dinheiro. Nem seus agentes nem a Fox sabiam que ele queria receber mais. Antes desta hipótese ser apresentada, a investigação teria vazado que o objetivo do suposto falso ataque seria evitar que ele fosse dispensado da série. Só que os roteiristas de “Empire” e a rede Fox também rechaçaram essa teoria, alegando que nunca houve planos para dispensá-lo. Em entrevista coletiva pouco antes da prisão do ator, o superintendente da polícia de Chicago, Eddie Johnson, apresentou um cheque assinado por Smollett para os irmãos como prova das acusações. Entretanto, em depoimento à polícia, os irmãos supostamente contratados por Smollett disseram que o dinheiro que receberam do ator na verdade era pagamento pela prestação de serviços como personal trainers. Há fotos no Instagram desse trabalho. Johnson também afirmou à imprensa que Smollett havia escrito uma carta de conteúdo ameaçador que chegou ao set de “Empire” alguns dias antes do ataque. Na realidade, segundo o TMZ, as investigações da polícia e do FBI não conseguiram determinar que o ator foi autor da carta. Além disso, ao contrário do que disse a promotora a respeito de uma possível condenação render serviços comunitários, o ator de 36 anos enfrentava 16 acusações de conduta desordeira e cada acusação implicava em uma pena máxima de três anos de prisão e uma multa de US$ 25 mil. Levado diante de um juiz, ele se declarou inocente e esperava voltar ao tribunal no dia 12 de abril para o início do julgamento. “Jussie foi atacado por duas pessoas que ele não conseguiu identificar em 29 de janeiro. Ele foi uma vítima, mas foi tratado como vilão e criminoso, graças à declarações falsas e inapropriadas feitas ao público [pela polícia]”, disseram os advogados do ator em comunicado oficial. “Jussie e muitas outras pessoas foram prejudicadas por estas ações injustas”, continuaram. “Toda esta situação serve para nos lembrar que um caso criminal não deve ser julgado no tribunal da opinião pública. Fazer isso é errado”. O prefeito e o chefe de polícia de Chicago continuam usando a mídia para atacar o ator, após acusações e afirmações levianas levaram à implosão judicial do caso.
Lori Loughlin e Felicity Huffman são processadas em US$ 500 bilhões por fraude universitária
As atrizes Lori Loughlin (“Fuller House”) e Felicity Huffman (“Desperate Housewives”) estão sendo processadas em nada menos do que US$ 500 bilhões por uma mãe que alega que seu filho foi prejudicado pelo esquema de fraude no qual vários pais pagaram subornos para que suas crianças entrassem em universidades de elite. De acordo com o site Deadline, que teve acesso ao processo, a reclamante é Jennifer Kay Toy, uma professora do estado da Califórnia. Ela deu entrada na ação contra as atrizes e outras dezenas de acusados em 13 de março, um dia após a polícia deter os envolvidos no caso. Toy acusa os réus de sofrimento emocional, conspiração civil e fraude. Nos documentos, a mulher afirma que seu filho, Joshua, se inscreveu para algumas das faculdades envolvidas no escândalo, mas não foi aceito – apesar de supostamente ter obtido notas altas. “Estou furiosa e magoada porque sinto que meu filho, meu único filho, teve seu acesso negado à faculdade não porque não estudou ou se esforçou o suficiente, mas porque indivíduos ricos acharam que era normal mentir, trapacear, roubar e subornar para colocar seus filhos em uma boa faculdade”, escreveu ela. Documentos apresentados pelas autoridades mostram que as pessoas investigadas na Operação Varsity Blues pagaram milhões em propinas para que seus filhos entrassem em faculdades como Georgetown, Stanford, UCLA, USC e Yale, independente de suas notas no Ensino Médio ou no SAT (o Enem americano). As investigações estão centradas em um homem da Califórnia que “ajudava estudantes a entrar na universidade” ao falsificar suas notas do SAT ou fingir que eles eram atletas com direito a bolsa de estudos. A polícia informou que os pais pagavam para essa pessoa tendo pleno conhecimento do que ele estava fazendo. Lori Loughlin e seu marido, Mossimo Giannulli, foram acusados de pagar US$ 500 mil para o intermediário para que suas filhas fossem aceitas na USC como atletas do remo, embora elas não praticassem este esporte. Felicity Huffman teria pago US$ 15 mil para que a filha mais velha fosse aprovada em outra universidade. Ela também tentou fazer o mesmo esquema para a filha mais nova, mas desistiu. O marido da atriz, William H. Macy, não foi implicado no caso pelos investigadores.
Após escândalo de fraude universitária, Lori Loughlin não participará da última temporada de Fuller House
Após ser dispensada das produções do canal Hallmark que estrelava, fontes de várias publicações americanas revelaram que a atriz Lori Loughlin também não deve participar da 5ª e última temporada de “Fuller House”, sitcom da Netflix que retoma os personagens da serie clássica “Três É Demais”. Loughlin foi uma das estrelas de “Três é Demais”, exibida entre 1988 e 1995, e reprisava em “Fuller House” o papel de Tia Becky. O afastamento da atração da Netflix a deixa desempregada, após o cancelamento de sua série de telefilmes “Garage Sale Mysteries” – o 16º longa estava em produção no Canadá – e a suspensão da exibição de “Quando Chama o Coração: A Série” (When The Heart Calls) para os roteiristas encontrarem uma forma de retirar sua personagem da trama. Ela e cerca de 50 pessoas, incluindo outra atriz, Felicity Huffman (de “Desperate Housewives”), foram acusadas de pagar para que seus filhos fossem aprovados em universidades de elite, passando por cima do sistema de seleção por méritos – o Enem americano. Loughlin e o marido chegaram a ser presos. Eles pagaram US$ 1 milhão de fiança cada um para responderem ao processo em liberdade. O valor é bem mais elevado do que os US$ 500 mil que o casal teria pago para aprovar suas duas filhas na USC (Universidade do Sul da Califórnia) na cota da equipe de atletismo da universidade, embora elas não participassem do grupo. As filhas, Olivia Jade e Isabella Rose, não retornarão às aulas na universidade após as férias de primavera. Elas temem a represália de outros alunos e decidiram, segundo o site americano TMZ, não continuar na universidade. Olivia, que tem um canal de quase 2 milhões de inscritos no YouTube, chegou a publicar em agosto do ano passado um vídeo afirmando que não se importava com os estudos. Ao responder a perguntas dos seguidores sobre como pretendia conciliar a faculdade com o trabalho, ela disse que “não sabia quantas aulas conseguiria frequentar” e que contaria com a compreensão dos professores. A jovem também disse que estava mais ansiosa para participar dos jogos e das festas organizadas pelos estudantes, e admitiu que “não ligava muito para a escola, como seus fãs sabiam”. Numa entrevista concedida ao site The Blast, ela afirmou que seus pais a obrigaram a estudar porque eles não tiveram educação superior, mas que sua prioridade era ser uma influenciadora digital. Após o escândalo, a jovem de 19 anos perdeu a parceria com a marca de cosméticos Sephora, com quem lançara uma linha com seu nome.
Escândalo de fraude escolar de Felicity Huffman imita sua personagem em Desperate Housewives
A atriz Felicity Huffman foi uma das 50 pessoas presas e indiciadas no início desta semana, durante a Operação Varsity Blues do FBI, que desbaratou um esquema de pagamentos de propinas para fraudar o sistema de admissão nas principais universidades americanas. Documentos judiciais dizem que a atriz pagou US$ 15 mil em doação de caridade disfarçada para que sua filha pudesse participar do esquema e entrar na faculdade de sua escolha, independente da nota no SAT (o ENEM americano). O site BuzzFeed reparou que já tinha visto esta história antes e com a mesma protagonista. Coincidentemente, a personagem de Huffman na série “Desperate Housewives” fez algo muito semelhante na 1ª temporada da antiga série da rede ABC, encerrada em 2012 depois de oito temporadas. No quinto episódio – exibido em 2004 – , Lynette Scavo (Huffman) e seu marido Tom (Doug Savant) chegam à conclusão de que devem abrir o bolso se quiserem que seus filhos gêmeos sejam aceitos numa prestigiosa escola particular. Ao discutir o que poderia fazer para seus filhos serem aprovados sobre outros candidatos, Lynette conclui que “uma doação generosa garantirá que nossos filhos superem eles”. Tom pergunta quanto dinheiro eles devem doar, o que leva Lynette a sugerir “US$ 15 mil” – a mesma quantia que Huffman supostamente pagou para ajudar sua filha a entrar na faculdade. Huffman foi solta sob fiança, após pagar US$ 250 mil. Além dela, a atriz Lori Loughlin, conhecida por seu papel em “Três É Demais”, também foi presa devido ao esquema. Em seu caso, a fiança foi de US$ 1 milhão, porque ela pagou bem mais (US$ 500 mil) para as filhas entrarem na faculdade.
Atriz de Fuller House paga US$ 1 milhão de fiança e é dispensada pelo canal Hallmark após prisão
A atriz Lori Loughlin, conhecida por seu papel em “Três É Demais”, pagou uma fiança de US$ 1 milhão para ser liberada da prisão resultante da Operação Varsity Blues, realizada pelo FBI, para desbaratar fraudes no sistema de ensino dos Estados Unidos. Ela e cerca de 50 pessoas, incluindo outra atriz, Felicity Huffman, são acusadas de pagar para que seus filhos fossem aprovados em universidades de elite, passando por cima do sistema de seleção por méritos – o Enem americano. Seu marido, Mossimo Giannulli, também foi preso e precisou pagar outra fiança de US$ 1 milhão para ser liberado. O valor é bem mais elevado do que os US$ 500 mil que o casal teria pago para aprovar suas duas filhas na USC (Universidade do Sul da Califórnia) na cota da equipe de atletismo da universidade, embora elas não participassem do grupo. As más notícias não ficaram nisso. Após a repercussão negativa do caso, a atriz foi dispensada de seu contrato com o canal pago Hallmark, onde estrelava a série de telefilmes “Garage Sale Mysteries”. O 16º longa da série estava em produção no Canadá. Ela também deve sair da série canadense “Quando Chama o Coração: A Série” (When The Heart Calls), produção da CTV que é exibida pelo Hallmark nos Estados Unidos. Mas seu futuro em relação às aparições em “Fuller House”, continuação de “Três É Demais” na Netflix, permanece em aberto. Loughlin estava trabalhando no Canadá quando o escândalo explodiu, Ela prontamente viajou até Los Angeles para se entregar e chegou quando sua marido já estava sendo indiciado. Além dela, a atriz Felicity Huffman (de “Desperate Housewives”) também foi solta sob fiança, mas seu pagamento foi bem mais modesto: US$ 250 mil para ser liberada. É que ela e seu marido, o ator William H. Macy (indicado ao Oscar em 1997 por “Fargo”), também teriam pago suborno bem menor, US$ 15 mil, para que a filha mais velha fosse aprovada. Eles consideraram fazer o mesmo esquema para a filha mais nova, mas desistiram. As investigações estão centradas em um homem da Califórnia que “ajudava estudantes a entrar na universidade”. A polícia federal americana informou que os pais pagavam para essa pessoa tendo pleno conhecimento do que ele estava fazendo.
Atrizes Felicity Huffman e Lori Loughlin são presas em operação do FBI sobre fraudes no vestibular americano
As atrizes Felicity Huffman, que estrelou “Desperate Housewives” e foi indicada em 2006 ao Oscar de Melhor Atriz por sua atuação em “Transamérica”, e Lori Loughlin, conhecida pela série “Três é Demais” (Full House) e integrante recorrente do atual revival “Fuller House”, foram presas e estão sendo investigadas por pagar suborno para que seus filhos fossem aprovados no equivalente americano ao processo do vestibular. Elas deverão ser soltas após prestar depoimentos. O suborno teria sido pago pelos investigados para que os filhos fossem aprovados em escolas de alto nível, como Georgetown, Stanford, UCLA e Yale com mudanças nas notas do SAT (o ENEM americano) ou como atletas recrutados, independentemente de suas capacidades atléticas de fato. Além delas, dezenas de treinadores da divisão de futebol americano universitário, a NCAA Division I, também foram incluídos nas investigações. Documentos apresentados pelas autoridades mostram que as pessoas investigadas pagaram milhões em propinas para que seus filhos entrassem nessas faculdades. As investigações estão centradas em um homem da Califórnia que “ajudava estudantes a entrar na universidade”. A polícia informou que os pais pagavam para essa pessoa tendo pleno conhecimento do que ele estava fazendo. Lori e seu marido Mossimo Giannulli foram acusados de pagar US$ 500 mil para a USC (University of South California) em troca das duas filhas serem aprovadas na equipe esportiva da universidade, embora elas não participassem do grupo. Felicity e seu marido, o ator William H. Macy (protagonista da série “Shameless” e indicado ao Oscar em 1997 de Melhor Ator Coadjuvante por “Fargo”), teriam pago US$ 15 mil para que melhorar a nota do SAT da filha mais velha, visando sua aprovação. Eles também tentaram fazer o mesmo esquema para a filha mais nova, mas desistiram. O FBI gravou conversas telefônicas que comprovariam os crimes, que incluem fraude, suborno e lavagem de dinheiro. Mas Macy não foi indiciado. As prisões foram resultado de uma operação da polícia federal americana, batizada de Operação Varsity Blues em homenagem a um filme de 1999, batizado no Brasil de “Marcação Cerrada”. Cerca de 200 agente do FBI participaram da investigação e seus desdobramentos. A promotoria de Boston informou que ainda não decidiu se vai processar os alunos, além dos pais. Mas declarou que as universidades não são responsáveis pelos crimes, mas vítimas.
Cardeal denunciado no novo filme de François Ozon é condenado por acobertar abusos da Igreja na França
O cardeal Philippe Barbarin, um dos padres católicos abordados no filme “Grâce à Dieu”, de François Ozon, vencedor do Urso de Prata no recente Festival de Berlim, foi considerado culpado de encobrir o abuso sexual de crianças pela justiça francesa nesta quinta-feira (7/3), durante julgamento realizado na cidade de Lyon. Ele foi condenado a seis meses de prisão, mas a sentença foi convertida em condicional – ele se mantém em liberdade se não violar a lei. Barbarin anunciou que renunciaria à igreja após ser condenado por acobertar os casos de abuso sexual praticados por padres na França, em particular o caso do padre Bernard Preynat, que é alvo do filme de Ozon. Preynat foi à justiça para tentar impedir o lançamento de “Grâce à Dieu”, alegando que o filme era o linchamento público de alguém que não tinha sido condenado pela justiça. O caso dele também irá a julgamento, em data ainda não definida. Os advogados de Barbarin também acusaram o filme de ter responsabilidade pela condenação de seu cliente, dizendo que Ozon influenciou os juízes. “Foi difícil para o tribunal resistir à pressão com um filme”, disse o advogado Jean-Felix Luciani. “Isso coloca questões reais sobre o respeito pela justiça.” Em entrevista ao jornal Le Parisien, Ozon elogiou a decisão. “Esta é simbolicamente uma decisão muito importante para todas as vítimas de abuso sexual, o que permitirá uma maior liberdade de expressão”, disse o diretor. “A justiça não precisou do meu filme para dar seu veredito. Os fatos já eram amplamente conhecidos – em artigos, livros, relatos e especialmente nos testemunhos das vítimas”. O filme de Ozon conta a história do nascimento de La Parole Liberee, uma organização dedicada a denunciar os abusos cometidos por padres, e segue três vítimas que se unem para levar a público suas histórias. A forte repercussão do caso, que levou até o Papa Francisco a se pronunciar, fez com que “Grâce à Dieu” se tornasse um sucesso na França, com 500 mil ingressos vendidos desde seu lançamento em 20 de fevereiro – o que é muito para um drama de tema tão pesado.






