Mães Paralelas: Novo filme de Almodóvar ganha trailer da Netflix
A Netflix divulgou o trailer legendado de “Mães Paralelas”, o novo filme de Pedro Almodóvar, que será lançado diretamente em streaming após ser premiado no Festival de Veneza. A prévia gira em torno da maternidade da personagem de Penélope Cruz, que volta a trabalhar com o diretor na esteira do sucesso de “Dor e Glória”. O filme reforça a mudança temática na produção de Almodóvar, que trocou o desejo, principal manifestação de seus primeiros trabalhos, por histórias de maternidade. A mudança já aconteceu há bastante tempo, como se pode constatar no vencedor do Oscar de 1999 “Tudo Sobre Minha Mãe” e em “Volver”, indicado ao Oscar de 2006. E esteve presente de forma clara em “Dor e Glória”, o filme mais recente e autobiográfico do diretor, que também trouxe Penélope Cruz no papel de mãe. Além de Cruz, o filme tem como protagonistas Aitana Sánchez Gijón (“Velvet Colección”) e a novata Milena Smit (“No Matarás”), e ainda destaca Israel Elejalde (“Veneno”) e outras duas colaboradoras de longa data de Almodóvar, Julieta Serrano e Rossy de Palma, que trabalharam juntas em “Mulheres à Beira de um Colapso Nervoso” (1988) – o primeiro longa do cineasta espanhol indicado ao Oscar. “Mães Paralelas” estreia em 18 de fevereiro em streaming.
Novo filme de Pedro Almodóvar será lançado no Brasil pela Netflix
A Netflix anunciou que será responsável por lançar “Madres Paralelas”, de Pedro Almodóvar, no Brasil. O novo filme do cineasta espanhol, que rendeu o troféu de Melhor Atriz para Penélope Cruz no recente Festival de Veneza, “chega aqui no começo de 2022”, de acordo com uma postagem da plataforma nas redes sociais. A revista americana Variety confirmou que a plataforma comprou os direitos de distribuição do longa para toda a América Latina. “Madres Paralelas” será o primeiro longa do diretor distribuído em streaming no Brasil. Mas o negócio tem precedentes, já que o anúncio acontece poucos dias após o curta “A Voz Humana”, dirigido por Almodóvar, chegar em VOD no país. A trama de “Madres Paralelas” gira em torno da maternidade da personagem de Penélope Cruz, que volta a trabalhar com o diretor após o sucesso de “Dor e Glória”. O elenco também destaca Aitana Sánchez Gijón (“Velvet Colección”) e a novata Milena Smit (“No Matarás”), além de Israel Elejalde (“Veneno”) e outras duas colaboradoras de longa data de Almodóvar, Julieta Serrano e Rossy de Palma, que trabalharam juntas em “Mulheres à Beira de um Colapso Nervoso” (1988) – o primeiro longa do cineasta espanhol indicado ao Oscar. Confira abaixo o anúncio da plataforma. Eu gosto de começar o feriado com boas notícias. Madres Paralelas, o mais novo filme do diretor Pedro Almodóvar, chega aqui no começo de 2022. pic.twitter.com/g6mfTTrHbK — netflixbrasil (@NetflixBrasil) November 2, 2021
Almodóvar triunfa sob aplausos e elogios na abertura do Festival de Veneza
O filme de abertura do Festival de Veneza, “Madres Paralelas”, de Pedro Almodóvar, levantou a plateia da histórica Sala Grande, com nove minutos de aplausos ao seu final. O drama, que traça a complicada relação de duas mulheres (Penélope Cruz e a novata Milena Smit) que se conhecem nohospital onde vão dar à luz, também recebeu algumas das críticas mais positivas da carreira do diretor espanhol. Com o colorido de sempre, mas com investimento no melodrama em vez do humor, o filme foi considerado “triunfante” pelo site americano Deadline, uma “ternura infinita” pela revista Time, “obra fascinante” segundo o Hollywood Reporter, “o trabalho de um artista que alcançou o auge de seu ofício e perguntou: ‘O que vem a seguir?’, escreveu o site The Wrap, “o melhor de Pedro Almodóvar desde ‘Tudo Sobre Minha Mãe'”, comparou a Variety. A produção reforça a mudança temática na filmografia de Almodóvar, que trocou o desejo, principal manifestação de seus primeiros trabalhos, por histórias de maternidade. A mudança já aconteceu há bastante tempo, como se pode constatar no vencedor do Oscar de 1999 “Tudo Sobre Minha Mãe” e em “Volver”, indicado ao Oscar de 2006. E esteve presente de forma clara em “Dor e Glória” (2019), o filme mais recente e autobiográfico do diretor, que também trouxe Penélope Cruz no papel de mãe. O elenco também destaca Aitana Sánchez Gijón (“Velvet Colección”), Israel Elejalde (“Veneno”) e outras duas colaboradoras de longa data de Almodóvar, Julieta Serrano e Rossy de Palma, que trabalharam juntas em “Mulheres à Beira de um Colapso Nervoso” (1988) – o primeiro longa do cineasta espanhol indicado ao Oscar, e que teve sua première justamente no Festival de Veneza. “Madres Paralelas” estreia em 8 de outubro na Espanha e em dezembro nos EUA, mas ainda não tem previsão de lançamento no Brasil. Veja abaixo o trailer da produção.
Madres Paralelas: Veja o trailer do novo filme de Pedro Almodóvar
Após a polêmica da censura ao pôster no Instagram, “Madres Paralelas”, o novo filme de Pedro Almodóvar, ganhou seu primeiro trailer completo. A prévia gira em torno da maternidade da personagem de Penélope Cruz, que volta a trabalhar com o diretor na esteira do sucesso de “Dor e Glória”. O filme reforça a mudança temática na produção de Almodóvar, que trocou o desejo, principal manifestação de seus primeiros trabalhos, por histórias de maternidade. A mudança já aconteceu há bastante tempo, como se pode constatar no vencedor do Oscar de 1999 “Tudo Sobre Minha Mãe” e em “Volver”, indicado ao Oscar de 2006. E esteve presente de forma clara em “Dor e Glória”, o filme mais recente e autobiográfico do diretor, que também trouxe Penélope Cruz no papel de mãe. Além de Cruz, o filme tem como protagonistas Aitana Sánchez Gijón (“Velvet Colección”) e a novata Milena Smit (“No Matarás”), e ainda destaca Israel Elejalde (“Veneno”) e outras duas colaboradoras de longa data de Almodóvar, Julieta Serrano e Rossy de Palma, que trabalharam juntas em “Mulheres à Beira de um Colapso Nervoso” (1988) – o primeiro longa do cineasta espanhol indicado ao Oscar. Filme de abertura do Festival de Veneza 2021, que começa em 1 de setembro, “Madres Paralelas” estreia logo em seguida na Espanha e em dezembro nos EUA, mas ainda não tem previsão de lançamento no Brasil.
Pedro Almodóvar critica Instagram por censura ao cartaz de seu novo filme
O diretor espanhol Pedro Almodóvar pronunciou-se nesta quinta-feira (12/8) contra a censura que sofreu no Instagram, após o cartaz de seu novo filme, “Madres Paralelas”, ter sido bloqueado na página de sua produtora, El Deseo. A arte do cartaz destaca a foto de um mamilo escorrendo leite no interior de um desenho geométrico com forma de olho, numa montagem que transforma o leite derramado na metáfora visual de um choro. A mensagem estética reflete o tema do filme, que aborda a maternidade a partir de perspectivas diferentes. “Madres Paralelas” gira em torno de mães que dão à luz no mesmo dia e acompanha os primeiros anos de vida das crianças. Graças à repercussão negativa da censura, o cartaz foi restabelecido na quarta (11/8) e a empresa Facebook, dona do Instagram, emitiu um pedido oficial de desculpas. Em seu comunicado, publicado na conta oficial de Penélope Cruz, uma das atrizes do novo filme, o diretor agradeceu aos fãs e à imprensa por terem “conseguido que as mentes por trás do algoritmo que decide o que é, ou não, obsceno e ofensivo tenham recuado e permitido que o cartaz circule livremente”. Almodóvar aproveitou para condenar a censura por algoritmo. “Temos que nos manter em alerta antes que as máquinas decidam o que podemos fazer e o que não podemos fazer”, advertiu Almodóvar. “Sempre confiei na amabilidade dos desconhecidos, mas desde que sejam humanos, e um algoritmo não é humano”, acrescentou. Filme de abertura do Festival de Veneza 2021, que começa em 1 de setembro, “Madres Paralelas” reforça a mudança temática da filmografia do diretor espanhol, que trocou o desejo, principal manifestação de seus primeiros trabalhos, por histórias de maternidade. A mudança já aconteceu há bastante tempo, como se pode constatar no vencedor do Oscar de 1999 “Tudo Sobre Minha Mãe” e em “Volver”, indicado ao Oscar de 2006. E esteve presente de forma clara em “Dor e Glória”, o filme mais recente e autobiográfico do diretor. Penélope Cruz, que estrelou “Volver” e “Dor e Glória”, entre outros filmes do Almodóvar, volta a trabalhar com o cineasta na nova produção, dividindo o protagonismo com Aitana Sánchez Gijón (“Velvet Colección”) e a novata Milena Smit (“No Matarás”), além de Israel Elejalde (“Veneno”) e de outras duas colaboradoras de longa data de Almodóvar, Julieta Serrano e Rossy de Palma, que trabalharam juntas em “Mulheres à Beira de um Colapso Nervoso” (1988) – o primeiro longa do cineasta espanhol indicado ao Oscar. “Madres Paralelas” estreia ainda em setembro na Europa, em dezembro nos EUA e ainda não tem previsão de lançamento no Brasil. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Penélope Cruz (@penelopecruzoficial)
Instagram se desculpa por censurar pôster do novo filme de Pedro Almodóvar
O Instagram se desculpou oficialmente por bloquear a imagem do pôster de “Madres Paralelas”, do cineasta Pedro Almodóvar, da página da produtora do filme, após classificar a imagem como imprópria por conter um mamilo feminino. A plataforma proíbe que seios femininos sejam exibidos em sua rede. “Fazemos, no entanto, exceções para permitir nudez em determinadas circunstâncias, o que inclui quando há um contexto artístico claro. Por isso, restauramos as postagens compartilhando o pôster do filme de Almodóvar no Instagram, e sentimos muito por qualquer confusão causada”, disse o Facebook, dono do Instagram, em um comunicado. Com a liberação, a arte voltou a aparecer no Instagram da El Deseo. Veja abaixo. Seu criador, o designer espanhol Javier Jaén, festejou a mudança de atitude da plataforma. “Um milhão de agradecimentos a todos vocês que tornaram isso possível compartilhando o pôster. Graças a El Deseo e a Pedro Almodóvar pela coragem, integridade e liberdade”, ele escreveu, ao lado de um post do comunicado da rede social. A arte do cartaz destaca a foto de um mamilo escorrendo leite no interior de um desenho geométrico com forma de olho, numa montagem que transforma o leite derramado na metáfora visual de um choro. A mensagem estética reflete o tema do filme, que aborda a maternidade a partir de perspectivas diferentes. A trama gira em torno de mães que dão à luz no mesmo dia e acompanha os dois primeiros anos de vida das crianças. Filme de abertura do Festival de Veneza 2021, que começa em 1 de setembro, “Madres Paralelas” reforça a mudança temática da filmografia do diretor espanhol, que trocou o desejo, principal manifestação de seus primeiros trabalhos, por histórias de maternidade. A mudança já aconteceu há bastante tempo, como se pode constatar no vencedor do Oscar de 1999 “Tudo Sobre Minha Mãe” e em “Volver”, indicado ao Oscar de 2006. E esteve presente de forma clara em “Dor e Glória”, o filme mais recente e autobiográfico do diretor. Penélope Cruz, que estrelou “Volver” e “Dor e Glória”, entre outros filmes do Almodóvar, volta a trabalhar com o cineasta na nova produção, dividindo o protagonismo com Aitana Sánchez Gijón (“Velvet Colección”) e a novata Milena Smit (“No Matarás”), além de Israel Elejalde (“Veneno”) e de outras duas colaboradoras de longa data de Almodóvar, Julieta Serrano e Rossy de Palma, que trabalharam juntas em “Mulheres à Beira de um Colapso Nervoso” (1988) – o primeiro longa do cineasta espanhol indicado ao Oscar. “Madres Paralelas” estreia ainda em setembro na Europa, em dezembro nos EUA e ainda não tem previsão de lançamento no Brasil. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por El Deseo (@eldeseo_) Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Javier Jaén (@javier_jaen)
Instagram censura pôster do novo filme de Pedro Almodóvar
O bom e velho Instagram não falha. O cartaz do novo filme do diretor espanhol Pedro Almodóvar, “Madres Paralelas”, que mostra um mamilo derramando uma gota de leite, foi, conforme previsto, bloqueado na rede social por desrespeitar as condições de uso. A plataforma proíbe que seios femininos sejam exibidos em sua rede. O cartaz era um trabalho artístico, que colocava a foto do mamilo escorrendo leite no interior de um desenho geométrico com forma de olho. A montagem transformava o leite derramado na metáfora visual de um choro, de forma a refletir o tema do filme, que aborda a maternidade a partir de perspectivas diferentes. A trama gira em torno de mães que dão à luz no mesmo dia e acompanha os dois primeiros anos de vida das crianças. “Você deveria ter vergonha, Instagram”, denunciou o artista responsável pela ilustração, o designer espanhol Javier Jaén, após a censura. Inconformado, ele voltou a postar o cartaz e pediu para os seguidores compartilharem a imagem. “Como era de se esperar o Instagram retirou o cartaz que fizemos para o último filme de Almodóvar, ‘Madres Paralelas’. Vou postar de novo. Obrigado por compartilhar”, escreveu o designer ao lado da nova publicação, que por enquanto ainda está no ar em sua conta no Instagram. Filme de abertura do Festival de Veneza 2021, que começa em 1 de setembro, “Madres Paralelas” reforça a mudança temática da filmografia do diretor espanhol, que trocou o desejo, principal manifestação de seus primeiros trabalhos, por histórias de maternidade. A mudança já aconteceu há bastante tempo, como se pode constatar no vencedor do Oscar de 1999 “Tudo Sobre Minha Mãe” e em “Volver”, indicado ao Oscar de 2006. E esteve presente de forma clara em “Dor e Glória”, o filme mais recente e autobiográfico do diretor. Penélope Cruz, que estrelou “Volver” e “Dor e Glória”, entre outros filmes do Almodóvar, volta a trabalhar com o cineasta na nova produção, dividindo o protagonismo com Aitana Sánchez Gijón (“Velvet Colección”) e a novata Milena Smit (“No Matarás”), além de Israel Elejalde (“Veneno”) e de outras duas colaboradoras de longa data de Almodóvar, Julieta Serrano e Rossy de Palma, que trabalharam juntas em “Mulheres à Beira de um Colapso Nervoso” (1988) – o primeiro longa do cineasta espanhol indicado ao Oscar. “Madres Paralelas” estreia ainda em setembro na Europa, em dezembro nos EUA e ainda não tem previsão de lançamento no Brasil. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Javier Jaén (@javier_jaen)
Madres Paralelas: Novo filme de Pedro Almodóvar desafia Instagram com pôster artístico
A El Deseo, produtora de Pedro Almodóvar, divulgou o pôster do novo filme do cineasta, “Madres Paralelas”, nas redes sociais. O mais curioso é que o Instagram [ainda] não bloqueou o cartaz, apesar de conter o close de um seio feminino, algo que a plataforma proíbe que seja exibido em sua rede. A arte inclui a foto de um mamilo escorrendo leite. A imagem ocupa um desenho geométrico com forma de olho, que transforma o leite derramado na metáfora visual de um choro. A apresentação reflete o tema do filme, que abordará a maternidade a partir de perspectivas diferentes. A trama gira em torno de mães que dão à luz no mesmo dia e acompanha os dois primeiros anos de vida das crianças. O filme reforça a mudança temática na produção mais recente do diretor, que trocou o desejo, principal manifestação de seus primeiros trabalhos, por histórias de maternidade. A mudança já aconteceu há bastante tempo, como se pode constatar no vencedor do Oscar de 1999 “Tudo Sobre Minha Mãe” e em “Volver”, indicado ao Oscar de 2006. E esteve presente de forma clara em “Dor e Glória”, o filme mais recente e autobiográfico do diretor. Penélope Cruz, que estrelou “Volver” e “Dor e Glória”, entre outros filmes do Almodóvar, volta a trabalhar com o diretor na nova produção, dividindo o protagonismo com Aitana Sánchez Gijón (“Velvet Colección”) e a novata Milena Smit (“No Matarás”), além de Israel Elejalde (“Veneno”) e de outras duas colaboradoras de longa data de Almodóvar, Julieta Serrano e Rossy de Palma, que trabalharam juntas em “Mulheres à Beira de um Colapso Nervoso” (1988) – o primeiro longa do cineasta espanhol indicado ao Oscar. Filme de abertura do Festival de Veneza 2021, que começa em 1 de setembro, “Madres Paralelas” estreia logo em seguida na Espanha e em dezembro nos EUA, mas ainda não há previsão para seu lançamento no Brasil. Teaser Póster oficial de #MadresParalelas de #PedroAlmodóvar. En salas españolas el 10 de septiembre. pic.twitter.com/33cIfAYEMe — el deseo (@eldeseo) August 9, 2021 Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por El Deseo (@eldeseo_)
Novo filme de Pedro Almodóvar ganha primeiro teaser
A Sony divulgou o primeiro teaser de “Madres Paralelas”, que volta a reunir o diretor Pedro Almodóvar com a atriz Penélope Cruz. A trama gira em torno de mães que dão à luz no mesmo dia. O filme acompanha a vida paralela dos dois primeiros anos de vida de seus filhos. O filme reforça a mudança temática na produção mais recente do diretor, que trocou o desejo, principal manifestação de seus primeiros trabalhos, por histórias de maternidade. A mudança já aconteceu há bastante tempo, como se pode constatar no vencedor do Oscar de 1999 “Tudo Sobre Minha Mãe” e em “Volver”, indicado ao Oscar de 2006 – e que também foi estrelado por Cruz. E esteve presente de forma clara em “Dor e Glória”, o filme mais recente e autobiográfico do diretor, em que Cruz interpretou a mãe do protagonista. No novo longa, Cruz divide o protagonismo com Aitana Sánchez Gijón (“Velvet Colección”) e a novata Milena Smit (“No Matarás”), além de Israel Elejalde (“Veneno”) e de duas colaboradoras de longa data de Almodóvar, Julieta Serrano e Rossy de Palma, que trabalharam juntas em “Mulheres à Beira de um Colapso Nervoso” (1988), primeiro longa do cineasta espanhol a ser indicado ao Oscar. Filme de abertura do Festival de Veneza 2021, em 1 de setembro, “Madres Paralelas” estreia logo em seguida na Espanha e em dezembro nos EUA. Ainda não há previsão para seu lançamento no Brasil.
Pedro Almodóvar filmará novo filme sobre mães com Penélope Cruz
A atriz Penélope Cruz e o diretor Pedro Almodóvar vão se juntar mais uma vez no filme “Madres Paralelas”. Almodóvar manteve “Madres Paralelas” em banho-maria por algum tempo, mas à medida que os meses de lockdown se desenrolaram durante a pandemia de covid-19 na Espanha, ele conseguiu focar e terminar o roteiro, que gira em torno de mães que dão à luz no mesmo dia. O filme acompanha a vida paralela dos dois primeiros anos de vida de seus filhos, disse Almodóvar à agência de notícias espanhola EFE, em junho. O novo filme reflete uma mudança temática na filmografia do diretor, que trocou o desejo, principal manifestação de seus primeiros filmes, por histórias de maternidade. A mudança já aconteceu há bastante tempo, como se constatar no vencedor do Oscar de 1999 “Tudo Sobre Minha Mãe” e em “Volver”, indicado ao Oscar de 2006 – e que também foi estrelado por Cruz. E esteve presente de forma clara em “Dor e Glória”, o filme mais recente e autobiográfico do diretor, em que Cruz interpretou a mãe do protagonista. “Com ‘Madres paralelas’ volto ao universo feminino, à maternidade, à família. Falo da importância dos ancestrais e descendentes. A inevitável presença de memória. Há muitas mães na minha filmografia, as que fazem parte dessa história são muito diferentes”, disse Almodóvar em comunicado. No novo longa, Cruz dividirá o protagonismo com Aitana Sánchez Gijón (“Velvet Colección”) e a novata Milena Smit (“No Matarás”), além de Israel Elejalde (“Veneno”) e de duas colaboradoras de longa data de Almodóvar, Julieta Serrano e Rossy de Palma, que trabalharam juntas em “Mulheres à Beira de um Colapso Nervoso” (1988), primeiro longa do cineasta espanhol indicado ao Oscar. “Como contador de histórias, mães imperfeitas me inspiram mais neste momento. Penélope Cruz, Aitana Sánchez Gijón e a jovem Milena Smit farão as três mães do filme, acompanhadas por Israel Elejalde como protagonista masculino. É também uma nova colaboração com as minhas queridas Julieta Serrano e Rossy de Palma. ‘Madres Paralelas’ será um drama intenso. Ou assim espero”, completou Almodóvar. As filmagens estão agendadas para o final de março.
Novo filme de Pedro Almodóvar vai representar a Espanha no Oscar
O novo filme do cineasta Pedro Almodóvar, “Dor e Glória”, foi selecionado pela Academia Espanhola de Cinema para representar o país na disputa por uma vaga na categoria de Melhor Filme Internacional (antiga Melhor Filme em Língua Estrangeira) do Oscar 2020. Com isso, o diretor soma sete indicações para representar seu país no prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos. Seu primeiro filme indicado foi “Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos”, que conseguiu virar finalista em 1989, aparecendo entre os cinco títulos selecionados ao prêmio. Almodóvar acabou vencendo a categoria em 1999, com “Tudo Sobre Minha Mãe”. Quatro anos depois, ele voltou a ser premiado com “Fale com Ela”, mas na categoria de Melhor Roteiro Original. “Estamos muito emocionados por representar a Espanha”, declarou a produtora Esther García, como representante do diretor espanhol, que no momento viaja para a América do Norte para apresentar o longa-metragem nos Estados Unidos e no Canadá. Segundo a produtora, o lançamento nos cinemas norte-americanos permitirá que o filme “concorra em outras categorias” do Oscar. Protagonizado por Antonio Banderas, que recebeu o prêmio de Melhor Ator no Festival de Cannes deste ano, “Dor e Glória” segue um famoso cineasta em crise, com o coração partido e saudade de sua querida mãe. O papel representou a oitava parceria entre o ator e Almodóvar, começada em 1982, quando filmaram “Labirinto das Paixões” (1982). A lista com todos os candidatos ainda passará pela triagem de um comitê da Academia, que divulgará uma relação dos melhores, geralmente nove pré-selecionados, no final do ano. Dentro desses, cinco serão escolhidos para disputar o Oscar. O candidato do Brasil na disputa por uma vaga é “A Vida Invisível”, do diretor Karim Aïnouz. Os finalistas à premiação do Oscar 2020 serão divulgados no dia 13 de janeiro e a cerimônia de entrega dos prêmios acontecerá no dia 9 de fevereiro, em Los Angeles.
Dor e Glória reflete criatividade e desejo de Pedro Almodóvar
“Dor e Glória”, de Pedro Almodóvar, centra-se no personagem Salvador Mallo, um cineasta que já traz no nome a convivência dos contrários. Seu momento atual e suas lembranças são marcados pela dor e pela glória. A dor porque já está envelhecido e sentindo-se sem condições de filmar, a razão de ser de sua vida, com as doenças tomando conta de seu corpo. Desde as dores de coluna, as dores de cabeça, os engasgos frequentes, até a depressão pela perda de amores e de vitalidade. Uma animação, muito bem realizada, nos mostra o que são essas dores que acometem o corpo, cheia de cores, com didatismo e humor. Com Almodóvar, a dor também fica divertida. Como sempre foi nos seus filmes. A cabeça continua produzindo, escrevendo histórias a partir de experiências vividas, desejadas ou imaginadas, que agora não se destinarão ao cinema. Mas também não são contos literários. Um momento de declínio que produz uma crise existencial. Esses belos escritos, que acabarão sendo representados ou filmados, são a revelação de uma vida de criatividade, de sucesso e admiração internacionais, que é evidente. O relançamento de um filme chamado “Sabor”, realizado há 30 anos e que produziu uma inimizade com o ator principal, faz com que se reate seu contato e, por meio dele, um velho amor reaparece. A glória também vem das lembranças infantis, da vida na casa caverna, da mãe pobre, forte, batalhadora, do canto que abriu caminho ao estudo patrocinado junto aos padres, do primeiro desejo que se manifesta numa febre. O talento de escritor e a inclinação precoce na direção do cinema já dominam a cena. Desde sempre. Embora hoje doloroso, há um caminho a seguir e não será pela via da heroína que combate a dor, mas escraviza. Será novamente pelo desejo que novos ânimos poderão surgir. Não por acaso, a produtora de Pedro e seu irmão Agustín Almodóvar chama-se El Deseo. Ele é visto como o motor da existência. O protagonista Salvador Mallo, brilhantemente interpretado por Antonio Banderas, remete, é claro, à própria figura de Pedro Almodóvar, mas não pode se considerar uma autobiografia. Aí estão lembranças, recordações, mas também acontecimentos que poderiam ter existido ou ser fictícios, expectativas, decepções, hipóteses, exageros. Sentimentos e impressões que passam, se transformam. Elementos de uma vida que abrem perspectivas para um novo personagem, que dialoga com seu inspirador. Este, por sua vez, realiza sua autoanálise, encarando a morte como algo já mais próximo e palpável. Em alguns momentos, até desejável. O filme é lindo, profundo, e traz um time de atores e atrizes magnífico, além de Banderas. O argentino Leonardo Sbaraglia, como Federico, um ator já muito tarimbado e conhecido do cinema dos hermanos. Penélope Cruz, sempre luminosa, faz Jacinta, a mãe. Ambos vivem papéis de coadjuvantes, mas brilham. Asier Etxeandia, como Alberto Crespo, tem um trabalho competente num papel importante. E outras grandes mulheres estão lá: Nora Navas, como Mercedes, Julieta Serrano, como a mãe já idosa, Susi Sánchez e a participação de Cecília Roth, que já atuou em tantos filmes do diretor, compõem um elenco à altura para esse novo grande trabalho almodovariano. Há poucos anos, escrevi um livro destacando a sexualidade e a transgressão no cinema de Almodóvar. O diretor continua fiel a esses temas norteadores, assim como à utilização da metalinguagem. Em seus filmes, outros filmes e peças são feitos – aqui, “Vício” e “O Primeiro Desejo” são as realizações. O construir artístico, a escrita, a filmagem, a distribuição e exibição dos filmes, o trabalho dos atores e atrizes, além do próprio diretor, evidentemente, enriquecem a experiência cinematográfica do espectador. Recentemente exibido no Festival de Cannes, “Dor e Glória” teve excelente acolhida. Levou o prêmio de Melhor Ator para Antonio Banderas. Mas merecia mais.








