Estrela de Grown-ish será fada Sininho na versão live-action de Peter Pan
Depois de vários desenhos retratando Sininho/Tinker Bell como uma fada loirinha, a Disney resolveu mudar radicalmente a imagem da personagem, escalando uma jovem atriz negra para representar sua versão live-action. Segundo apurou o site Deadline, o estúdio contratou Yara Shahidi, estrela da série “Grown-ish” para viver a fadinha na versão com atores de “Peter Pan”, atualmente em desenvolvimento. Os personagens de J. M. Barrie já ganharam inúmeras versões para o cinema desde a criação de Peter Pan em 1911, mas será a primeira vez que Sininho, atualmente mais conhecida pelo nome em inglês Tinker Bell, será interpretada por uma atriz negra. A mudança já é a terceira alteração racial realizada pela Disney em suas novas versões live-action. O estúdio também escalou atrizes negras para os papéis de Ariel, vivida por Halle Bailey no vindouro “A Pequena Sereia”, e de Darling, a dona da Dama, interpretada por Kiersey Clemons no novo “A Dama e o Vagabundo”. Em “Peter Pan and Wendy”, Yara Shahidi vai se juntar a Jude Law, confirmado no papel do Capitão Gancho, e às crianças Alexander Molony (“The Reluctant Landlord”), que vive Peter Pan, e Ever Anderson (filha de Milla Jovovich, que foi a Rainha Vermelha de “Resident Evil 6: O Capítulo Final”) no papel de Wendy. A adaptação está a cargo do cineasta David Lowery, que já filmou uma versão live-action de desenho clássico da Disney, “Meu Amigo, O Dragão” (2016). Ainda não há previsão para a estreia.
HBO estreia as minisséries Third Day e We Are Who We Are
A HBO estreia nesta segunda-feira (14/9) duas de suas atrações mais esperadas do ano. As minisséries “Third Day” e “We Are Who We Are” reúnem astros famosos e nomes de respeito atrás das câmaras, mas tem climas e temas completamente diferentes: o terror, no caso da primeira, e o drama de amadurecimento na segunda. “The Third Day” chega primeiro, às 22h, destacando os atores Jude Law (“Capitã Marvel”) e Naomie Harris (“Moonlight”). Criada por Dennis Kelly (“Utopia”), a trama se passa em uma ilha misteriosa na costa da Grã Bretanha e tem seis episódios divididos em duas partes, “Verão” e “Inverno”. Cada uma dessas estações acompanha um visitante diferente – Law e Harris – naquela comunidade cheia de segredos. Isolada do Reino Unido, a ilha tem costumes pouco convencionais, que assustam os dois protagonistas. Fãs de filmes terror devem perceber que certos detalhes da premissa remetem ao clássico “O Homem de Palha” (1973). Além dos dois protagonistas, o elenco também inclui Emily Watson (“Chernobyl”), Katherine Waterston (“Animais Fantásticos”), Freya Allan (“The Witcher”) e Paddy Considine (“Peaky Blinders”). Já “We Are Who We Are”, que estreia às 23h, é a primeira série dirigida pelo cineasta italiano Luca Guadagnino (de “Me Chame pelo Seu Nome” e “Suspiria”), e traz Alice Braga (“Os Novos Mutantes”) como uma militar lésbica casada com Chloë Sevigny (“Os Mortos Não Morrem”). A série se passa numa base militar dos EUA em Veneto, na Itália, e foi escrita por Guadgnino em parceria com Paolo Giordano (“A Solidão dos Números Primos”), Francesca Manieri (“Minha Filha”) e Sean Conway (“Ray Donovan”). Com fotografia deslumbrante, a atração de oito episódios acompanha dois adolescentes americanos que moram na base devido ao trabalho dos pais, e vai explorar temas típicos dessa fase da vida, como amizade, primeiro amor, confusão e angústia, com ênfase nas questões de identidade sexual – como em “Me Chame pelo Seu Nome” – , refletindo também os problemas dos adultos com quem os jovens vivem. Os dois protagonistas são vividos por Jack Dylan Grazer (o Eddie de “It: A Coisa”, com o cabelo loiro) e a estreante Jordan Kristin Seamon, e o elenco ainda traz o rapper Scott “Kid Cudi” Mescudi (“Westworld”), Faith Alabi (“Cold Feet”), Tom Mercier (“Synonymes”), Spence Moore II (“All American”) e Francesca Scorsese, a filha caçula e adolescente do cineasta Martin Scorsese. Veja abaixo os trailers legendados das duas séries.
The Third Day: Minissérie de terror com Jude Law ganha trailer legendado
A HBO Brasil divulgou um novo trailer legendado de “The Third Day”, minissérie de terror estrelada por Jude Law (“Capitã Marvel”) e Naomie Harris (“Moonlight”). A minissérie criada por Dennis Kelly (“Utopia”) se passa em uma ilha misteriosa na costa da Grã Bretanha e é dividida em duas partes, “Verão” e “Inverno”. Como mostra a prévia, cada uma dessas estações traz um visitante diferente – Law e Harris – àquela comunidade cheia de segredos. Isolada do Reino Unido, a ilha tem costumes pouco convencionais, que assustam os protagonistas e criam conflito com os moradores. Fãs de filmes terror devem perceber que certos detalhes da premissa remetem ao clássico “O Homem de Palha” (1973). “The Third Day” tem, ao todo, seis episódios escritos por Dennis Kelly (criador da série “Utopia”) e dirigidos pelo cineasta Marc Munden (“A Lenda do Tesouro Perdido”). A atração mantém Jude Law na HBO, após o ator britânico estrelar “The Young Pope” e “The New Pope”. Por coincidência, as minisséries papais também era coproduções do canal pago britânico Sky. O elenco também destaca Emily Watson (“Chernobyl”), Katherine Waterston (“Animais Fantásticos”), Freya Allan (“The Witcher”) e Paddy Considine (“Peaky Blinders”). Originalmente prevista para 11 de maio, a atração foi adiada para setembro devido à pandemia de coronavírus, em dia ainda não divulgado.
Jude Law será Capitão Gancho no novo Peter Pan da Disney
O ator Jude Law (“Capitã Marvel”) está em negociação com a Disney para viver o vilão Capitão Gancho na nova adaptação live-action de “Peter Pan”. O projeto será baseado na animação clássica lançada em 1953 pelo estúdio. Entretanto, terá um título ligeiramente diferente: “Peter Pan & Wendy”. O elenco inclui Alexander Molony (“The Reluctant Landlord”) e Ever Anderson (a Rainha Vermelha de “Resident Evil 6: O Capítulo Final”), que é filha de Milla Jovovich, como os personagens do título. O famoso personagem infantil de J. M. Barrie já ganhou inúmeras versões para o cinema desde sua criação em 1911. A adaptação mais recente foi produzida pela Warner em 2015, com direção de Joe Wright (“Anna Karenina”), mas não conseguiu muito sucesso. O novo filme está a cargo de David Lowery, que assina a direção e escreveu o roteiro com Toby Halbrooks. Os dois repetem, assim, a parceria de outro remake da Disney, “Meu Amigo, O Dragão” (2016). A nova versão faz parte da estratégia da Disney de explorar suas propriedades mais famosas em filmes com atores reais, que começou com “Alice no País das Maravilhas” (2010) e segue firme com os sucessos recentes de “Aladdin” e “O Rei Leão”.
The Nest: Drama com Jude Law e Carrie Coon ganha trailer tenso
A IFC Films divulgou o primeiro trailer de “The Nest”. A prévia revela um drama sombrio de atmosfera tensa e carregada, sobre uma família que se muda para uma mansão rural e começa a discordar sobre tudo. A mansão não é mal-assombrada, mas o clima é quase de terror, conforme a ansiedade do personagem de Jude Law (“Capitã Marvel”) se confronta com a frustração de Carrie Coon (“The Leftovers”). Ele é um empresário que convence a esposa e os filhos a se mudarem para o interior inglês, onde suas ambições e projetos de grandeza ganham contornos considerados traiçoeiros por ela, ameaçando destruir seu casamento. O filme tem roteiro e direção de Sean Durkin, que retorna ao cinema nove anos após impressionar com o thriller indie “Martha Marcy May Marlene” (2011) – responsável por lançar a carreira da atriz Elizabeth Olsen (“Os Vingadores: Ultimato”). “The Nest” já impressionou a crítica durante sua première no Festival de Sundance, no começo do ano, atingindo 83% de aprovação no Rotten Tomatoes. A distribuidora pretende lançá-lo nos cinemas da América do Norte em 18 de setembro, mas ainda não há previsão para o Brasil.
Filme de Woody Allen lidera as bilheterias mundiais em plena pandemia
Woody Allen, quem diria, é o diretor do filme de maior bilheteria do mundo nesta semana. Inédito nos EUA, onde a “cultura do cancelamento” impediu seu lançamento, “Um Dia de Chuva em Nova York” tornou-se o filme mais visto do planeta nos poucos cinemas que estão em atividade. Segundo dados do site Box Office Mojo, o longa acumulou mais de US$ 340 mil na Coreia do Sul desde o seu lançamento em 6 de maio, o que o coloca no topo, já que o país de “Parasita” é o que tem mais cinemas abertos em todo o mundo. O governo sul-coreano não impôs o fechamento das salas durante a pandemia da covid-19, porque a população aderiu voluntariamente às medidas de isolamento social, o que manteve os cinemas vazios. A queda nas bilheterias do primeiro trimestre foi da ordem de 65%, comparado com o mesmo período do ano passado, já que os espectadores relutaram em sair de casa. Com uma política de testagem em massa, a Coreia do Sul conseguiu isolar contaminados e passar pelo pior, e aos poucos retoma algo similar à normalidade. Com isso, o público tem voltado, lentamente, aos cinemas. As bilheterias do fim de semana também contabilizaram ingressos vendidos na Noruega, que reabriu seu parque exibidor na última quinta (7/5), ainda que de forma bastante limitada. Foram 30 salas, o que representa cerca de 15% do total no país. Mesmo assim, 96% dos ingressos foram vendidos. Lá, porém, o filme mais visto foi a animação “Dois Irmãos”, da Disney-Pixar, com modestos US$ 17,2 mil. “Um Dia de Chuva em Nova York” foi exibido sem problemas nos cinemas brasileiros no ano passado. Entretanto, sofreu boicote nos EUA, onde virou alvo de uma campanha de ódio contra o diretor, alimentada por boatos e patrulheiros ideológicos, que ficaram do lado oposto da justiça, ao condenar publicamente Woody Allen por suposto abuso sexual de sua filha Dylan Farrow quando ela era uma criança nos anos 1990. Duas investigações públicas, que duraram meses, inocentaram o diretor da época, concluindo que a menina teria sofrido lavagem cerebral da mãe, Mia Farrow, com quem Allen lutava pela guarda dos filhos. O caso estava esquecido quando a acusação foi revivida por Dylan em 2018, pegando carona no movimento #MeToo, que teve como artífice seu irmão Ronan Farrow, autor de uma das reportagens que denunciaram os abusos de Harvey Weinstein. Sem maior cerimônia, os dois passaram a comparar Allen ao produtor-predador, mesmo que os casos não pudessem ser minimamente comparados. Nem os piores detratores de Allen o acusam de outro abuso, senão o que Dylan diz ter sofrido. O resultado foi que até atores do próprio filme condenaram ao diretor. Timothée Chalamet e Rebecca Hall recusaram-se a promover o longa e ainda doaram seus salários para caridade. Hall, que também estrelou “Vicky Cristina Barcelona”, ainda admitiu sentir “arrependimento” por ter trabalhado com Allen. Por outro lado, Jude Law disse que achava “uma terrível vergonha” o filme ter sido impedido de estrear nos EUA. “Eu adoraria ver isso. As pessoas trabalharam muito e se empenharam muito, obviamente ele próprio também”, disse o ator inglês ao jornal The New York Times em 2018. Mesmo sem a bilheteria americana, “Um Dia de Chuva em Nova York” já arrecadou mais de US$ 20 milhões no mundo, o que supera o faturamento total do filme anterior do diretor, “Roda Gigante” (US$ 15 milhões em 2017). Woody Allen já filmou seu próximo longa, “Rifkin’s Festival”, rodado na Espanha, e ele deve chegar aos cinemas após a reabertura do mercado.
The Third Day: Novo trailer revela adiamento da minissérie estrelada por Jude Law
A HBO adiou a estreia de mais uma atração. O canal pago não vai mais estrear a minissérie “The Third Day” em 11 de maio, como originalmente anunciado. A produção, desenvolvida em parceria com o canal britânico Sky, agora será exibida na temporada de outono na América do Norte, que começa em setembro. O adiamento foi revelado por meio de um novo trailer, o segundo da atração estrelada por Jude Law (“Capitã Marvel”). A minissérie criada por Dennis Kelly (“Utopia”) se passa em uma ilha misteriosa na costa da Grã Bretanha e acompanha um recém-chegado (Law), que ao desembarcar no local se espanta com o mundo nada comum de seus habitantes. Isolada do Reino Unido, a ilha tem rituais pouco convencionais, e essa experiência faz o protagonista reviver um trauma do passado, colocando-o em conflito com os moradores. Fãs de filmes terror devem perceber que certos detalhes da premissa remetem ao clássico “O Homem de Palha” (1973). “The Third Day” tem, ao todo, seis episódios escritos por Dennis Kelly (criador da série “Utopia”) e dirigidos pelo cineasta Marc Munden (“A Lenda do Tesouro Perdido”). A atração mantém Jude Law na HBO, após o ator britânico estrelar “The Young Pope” e “The New Pope”. Por coincidência, as minisséries papais também era coproduções da Sky. Além de Law, o elenco de “The Third Day” ainda inclui Naomie Harris (“Moonlight”), Emily Watson (“Chernobyl”), Katherine Waterston (“Animais Fantásticos”), Freya Allan (“The Witcher”) e Paddy Considine (“Peaky Blinders”). “The Third Day” foi a segunda série adiada pela HBO, com o objetivo de compensar eventuais buracos na programação causados pela pandemia de coronavírus. A primeira foi “The Undoing”, produção estrelada por Nicole Kidman, que também ficou para o segundo semestre.
The Third Day: Jude Law vai parar em ilha sinistra no trailer de série de terror
A HBO divulgou o primeiro trailer de “The Third Day”, minissérie de terror estrelada por Jude Law. A minissérie se passa em uma ilha misteriosa na costa da Grã Bretanha e acompanha Sam (Law), que ao chegar no local descobre o mundo nada comum de seus habitantes. Isolada do Reino Unido, a ilha tem rituais pouco convencionais, e essa experiência faz o protagonista reviver um trauma do passado, colocando-o em conflito com os moradores. Fãs de filmes terror devem perceber que certos detalhes da premissa remetem ao clássico “O Homem de Palha” (1973). “The Third Day” tem, ao todo, seis episódios escritos por Dennis Kelly (criador da série “Utopia”) e dirigidos pelo cineasta Marc Munden (“A Lenda do Tesouro Perdido”). A atração mantém Jude Law na HBO, após o ator britânico estrelar “The Young Pope” e “The New Pope”. Por coincidência, tanto as minisséries papais quanto a nova trama de terror são coproduções do canal americano com o europeu Sky. Além de Law, o elenco de “The Third Day” ainda inclui Naomie Harris (“Moonlight”), Emily Watson (“Chernobyl”), Katherine Waterston (“Animais Fantásticos”) e Freya Allan (“The Witcher”). A estreia está marcada para 11 de maio.
Jude Law vai estrelar série de Taika Waititi baseada em quadrinhos
O ator inglês Jude Law (“Capitã Marvel”) vai estrelar “The Auteur”, minissérie criada por Taika Waititi (“Thor: Ragnarok”) para o canal pago americano Showtime. A produção é uma sátira de Hollywood, contada a partir do ponto de vista do personagem vivido por Law, e se baseia nos quadrinhos homônimos de Rick Spears. Após lançar a maior bomba da história de Hollywood, o produtor Nathan T. Rex (Law) entra em uma espiral descendente de drogas e depravação numa tentativa de ressuscitar sua carreira e salvar sua alma. Mas seu novo projeto já estourou o orçamento e o cronograma, além de ser prejudicado por má publicidade, um roteiro estúpido e a política interna do estúdio. A solução de T. Rex para evitar a extinção? Contratar um serial killer como consultor das cenas de assassinatos… Veja abaixo algumas capas da publicação, que deixam claro o tom gore ultraviolento. Vencedor do Oscar 2020 de Melhor Roteiro Adaptado por “Jojo Rabbit”, Taika Waititi criou a série em parceria com Peter Warren (“Ghost Team)”. Ele também será produtor e pode até dirigir alguns episódios. Mas as gravações devem demorar por conta das agendas dos envolvidos no projeto. Law se prepara para rodar o terceiro filme da série “Animais Fantásticos” e também deve aparecer na continuação de “Capitã Marvel”, enquanto Waititi pretende filmar “Thor: Love and Thunder” ainda neste ano.
The Rhythm Section: Thriller estrelado por Blake Lively tem pior estreia de todos os tempos nos EUA
O lançamento de “The Rhythm Section” nos EUA e Canadá bateu um recorde de arrecadação. Mas de forma negativa. Foi um fiasco recordista. O thriller de ação estrelado por Blake Lively fez apenas US$ 2,8 milhões em seu primeiro fim de semana e assim ganhou o título de pior bilheteria de estreia ampla (em mais de 3 mil telas) na América do Norte em todos os tempos, rendendo menos de US$ 1 mil por tela. Por isso, mesmo com um orçamento mediano (US$ 50 milhões) para o gênero, dará grande prejuízo. Segundo o site Deadline, a estimativa é de uma perda em torno de US$ 30 milhões. Antes de estrear em 10º lugar do ranking, a produção chegou a ser interrompida, devido a um acidente no set com sua estrela. Blake Lively machucou a mão nas filmagens em 2017. Além da produção ficar parada por seis meses para ela se recuperar, o cronograma de lançamento ainda precisou sofrer novo adiamento devido à gravidez da atriz. Mas Lively não pode ser culpada pelo fracasso. Seu desempenho diante das câmeras é o única unanimidade positiva de “The Rhythm Section”, e possivelmente a razão de o filme não ter ficado com uma nota pior entre a crítica. A avaliação do longa, porém, é muito negativa: média de 33% no Rotten Tomatoes. Primeiro filme de ação dirigido por uma mulher (Reed Marano, da série “The Handmaid’s Tale”) em 2020 – o próximo é “Aves de Rapina” – , “The Rhythm Section” não deve ter grande distribuição internacional após o fracasso norte-americano. Na verdade, a Paramount já vinha cortando gastos com o filme, inclusive em sua divulgação, que foi bastante econômica. Isto porque sabia que tinha uma bomba desde sua exibição-teste em 2018, quando se tornou um dos filmes de pior nota de teste da história do estúdio. Como optou por não fazer refilmagens, considerando o roteiro problemático, a Paramount já esperava por um fracasso. Talvez a surpresa tenha sido o tamanho de sua rejeição. Ressalte-se que os comentários negativos da imprensa concentraram-se no roteiro genérico e previsível de Mark Burnell, escritor “quase brasileiro” estreante no cinema, que adaptou seu próprio livro para a Eon (produtora dos filmes de 007). A participação da Eon ainda ajudou a vender uma ideia equivocada, de que Stephanie Patrick, a personagem de Blake Lively, era uma “James Bond de saias”, enquanto o filme tem o ritmo mais lento de um noir. A Paramount esperava transformar o longa em franquia – Burnell tem mais livros com Stephanie. Mas isso foi por água abaixo. O filme, por sinal, não deve ser distribuído nos cinemas brasileiros. Não recebeu título nacional e provavelmente sairá direto em VOD (locação digital) no país em que Burnell cresceu. Confira abaixo o trailer do longa, divulgado há menos de duas semanas nos EUA.
Contágio: Clássico de Steven Soderbergh vira hit em streaming após surto de Coronavirus
O filme “Contágio”, de Steven Soderbergh, disparou em pedidos de locação em serviços de VOD, devido ao surto do Coronavírus, que já registrou mais de 6 mil casos ao redor do mundo. A procura pela produção de 2011 aumentou tanto que o longa entrou na lista dos filmes mais vistos no iTunes, nove anos após seu lançamento nos cinemas. A trama de “Contágio”, escrita por Scott Z. Burns (dos recentes “O Relatório” e “A Lavanderia”), mostrava uma epidemia mundial originada na China, cujos sintomas iniciais pareciam uma gripe, e que rapidamente se espalha pelo no mundo inteiro, transmitida inicialmente por turistas vindos do território chinês. A semelhança com o caso real do Cornonavirus é impressionante. Confira abaixo o trailer original do longa, que tem um elenco impressionante (Matt Damon, Gwyneth Paltrow, Kate Winslet, Jude Law, Laurence Fishburne e Marion Cotillard, entre outros).
Um Dia de Chuva em Nova York mostra desilusão de Woody Allen com a vida
Chegará o dia em que os filmes dos anos 2010 de Woody Allen serão revalorizados. Claro que isso só o tempo dirá, mas, a impressão que dá, vendo “Um Dia de Chuva em Nova York” (2019), é que o tom do filme lembra bastante o de algumas obras de Éric Rohmer ou de Hong Sang-soo. Não há um compromisso com o naturalismo nas interpretações, no ritmo das falas. No caso do filme de Allen, a velocidade dos acontecimentos é coerente com a agilidade dos diálogos. Há, como sempre, a projeção da própria persona de Woody Allen em seus personagens, e isso se vê em ambos os protagonistas. Enquanto Timothée Chalamet simboliza aquele aspecto mais amargo e pouco entusiasmado com a vida, ainda que não tanto quanto o protagonista de “Homem Irracional” (2015), que chegava ao niilismo, temos também a personagem entusiasmada, vivida com encanto por Elle Fanning. Ele vem de uma família abastada de Manhattan, embora não fique nada à vontade com suas origens e viva fugindo dos familiares e de uma festa que deveria estar presente; ela também vem de família rica, seu pai é um banqueiro em Tucson, Arizona, mas é alvo de chacota, por causa do lugar de origem, pelos amigos nova-yorquinos de Gatsby (personagem de Chalamet), que a consideram uma caipira. O filme começa com uma narração em voice-over por Gatsby, que confessa estar apaixonado por Ashleigh (Fanning), e isso lhe traz mais prazer de viver. Ela precisa ir a Nova York para entrevistar um famoso diretor de cinema para seu trabalho na faculdade e os dois partem para um par de dias em Manhattan. Gatsby tinha seus planos para o dia com Ashleigh: visitar museus, comer em bons restaurantes, passear bastante. Mas aí surgem alguns empecilhos, já que o diretor (Liev Schreiber), muito provavelmente por parecer atraído pela jovem estudante, decide dar-lhe um furo de reportagem, dizer o quanto está desgostoso com o projeto e ainda por cima mostrar uma prévia do novo filme, ainda em fase de produção. Uma oportunidade dessas Ashleigh não ia perder. E por isso vai adiando o encontro com o namorado, que vai sendo cada vez mais deixado de lado. As trajetórias de Gatsby e Ashleigh vão seguindo por caminhos opostos com relação ao encaminhamento de como ver a vida: enquanto ela parece uma criança em uma loja de doces à frente daquele universo hollywoodiano, com homens mais velhos da indústria bastante interessados sexualmente naquela jovem bela e com um figurino que lembra uma colegial, ela parece totalmente dona da situação, tanto por ser desejada até mesmo por um ator símbolo sexual (personagem de Diego Luna). Enquanto isso, sentindo uma falta enorme da namorada, Gatsby visita um set de filmagens de um amigo estudante de cinema e dá de cara com a irmã de uma ex-namorada, Chan (Selena Gomez), uma personagem atraente. Ele acaba participando do filme e a cena de beijo dos dois, num dos takes, é um dos pontos altos da temperatura erótica do filme. A outra cena boa, sensualmente falando, envolve a chegada de Ashleigh à casa do personagem de Diego Luna. Há quem veja a situação de Ahsleigh, ao final dessa situação, como humilhante, e talvez seja mesmo, mas há também algo de belamente erótico e perverso. Paralelamente, enquanto Ashleigh recebe uma bofetada ao ser exposta ao doce e ao amargo do showbizz hollywoodiano, Gatsby, ao ter uma conversa com a mãe, passa a ter uma ideia melhor de sua vida e de suas origens. Assim, “Um Dia de Chuva em Nova York” se torna um filme que apresenta uma visão agridoce da vida, num clima de desilusão que mistura parte do romantismo visto recentemente em “Magia ao Luar” (2014) com a amargura e a certeza de que a vida é que dá as cartas de “Café Society” (2016). Completando tudo isso, a fotografia linda do mestre Vittorio Storaro, que trabalhou com Allen no anterior “Roda Gigante” (2017), apresenta uma luz tão bela e tão própria do trabalho do cinematógrafo, que só é um pouco suavizada pela presença da chuva, símbolo das situações emocionalmente instáveis da vida de todos os personagens. Além do mais, não deixa de ser um alívio poder compartilhar mais uma vez o universo familiar e delicioso dos filmes de Allen, depois de tanta confusão causada pelas acusações de sua filha adotiva, que quase impediram o lançamento do filme, ao resgatar polêmicas da década de 1990 jamais comprovadas, mas revigoradas nesse momento de caça às bruxas. Mesmo agora, depois de ter entrado em um acordo com a Amazon, “Um Dia de Chuva em Nova York” segue inédito em seu país de origem. Enquanto isso, Allen já tem um novo filme em fase de pós-produção, rodado na Espanha.









