Prunella Scales, atriz de “Fawlty Towers”, morre aos 93 anos
Estrela da comédia britânica, eternizada como Sybil Fawlty, tinha demência e morreu “em paz” em casa, segundo comunicado dos filhos
Novo Polanski é destruído pela crítica no Festival de Veneza: “Filme de merda”
Exibido no sábado (2/9) no Festival de Veneza, “The Palace” recebeu as piores críticas da carreira do diretor Roman Polanski. A comédia grotesca, cheia de piadas de cocô, vômito e urina, foi considerada um desastre sem a menor graça e recebeu 0% de aprovação no Rotten Tomatoes. Ambientada em um luxuoso hotel suíço na véspera de Ano Novo de 2000, o filme acompanha hóspedes ricos e sem classe fazendo horrores. O elenco inclui John Cleese, Oliver Masucci, Fanny Ardant, Mickey Rourke e o produtor Luca Barbareschi. E o site The Hollywood Reporter resumiu assim a situação: “O diretor nunca teve uma visão edificante da vida, mas ‘The Palace’ não mostra apenas o mundo dos ricos transformado em merda – é basicamente um filme de merda”. “Um filme que usa seu mau gosto como um casaco de vison e oferece pouco em termos de diversão, menos ainda em termos de estilo”, acrescentou o Film Stage. “Um filme tão terrível que o cineasta não pode mais ser defendido por causa de sua genialidade”, resumiu o jornal britânico London Evening Standard. E seu rival The Guardian ainda sugeriu: “Se você pegar o caminho errado e acabar no Palace, pelo amor de Deus, não faça o check-in”. “The Palace” foi considerado tão ruim, mas tão ruim que o site The Wrap chega a creditar que Polanski fez propositalmente a “comédia sombria sem humor” e “grotesca” como “um dedo médio gigante para o mundo”. Devido aos problemas pessoais do diretor, que foi condenado por estupro de menor nos anos 1970, distribuidoras dos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia se recusaram a adquirir o filme para exibição nestes países. Veja o trailer abaixo.
John Cleese fará reboot da série “Fawlty Towers”, sucesso dos anos 1970
O ator John Cleese vai escrever e estrelar um reboot de “Fawlty Towers”, série clássica britânica, que ele estreou entre 1975 e 1979 na rede BBC. A nova versão será produzida pelo cineasta Rob Reiner (“A Princesa Prometida”). “Fawlty Towers” teve apenas duas temporadas de seis episódios cada, mas foi repetida à exaustão. A série acompanhava a rotina da família Fawlty enquanto eles lutavam para manter seu casamento, sanidade e hotel funcionando. A nova versão vai mostrar como o cínico, exagerado e misantrópico Basil Fawlty (Cleese) está lidando com o mundo moderno. A série também vai destacar o relacionamento entre Basil e uma filha que ele acabou de descobrir que tinha – que será interpretada pela própria filha do ator, Camilla Cleese. Além de Reiner, a série também será produzida pela esposa do diretor, Michele Reiner, e por Matthew George (“Uma Guerra Pessoal”), a quem Cleese não poupou elogios. “O que eu gosto em Matt é que, ao contrário de muitos produtores, ele realmente ‘entende’ o processo criativo”, disse Cleese, em comunicado. “Quando nos conhecemos, ele ofereceu uma excelente primeira ideia, e então Matt, minha filha Camilla e eu tivemos uma das melhores sessões criativas de que me lembro. De sobremesa tínhamos um conceito geral tão bom que, alguns dias depois, ganhou a aprovação de Rob e Michele Reiner. Camilla e eu estamos ansiosos para expandi-lo em uma série.” “John Cleese é uma lenda da comédia. Só a ideia de trabalhar com ele me faz rir”, completou Rob Reiner. O novo “Fawlty Towers” ainda não tem previsão de estreia. Embora tenha tido uma curta duração, a série ficou em 1º lugar na lista de 100 melhores séries britânicas promovida pelo British Film Institute, e divulgada em 2000. Já em 2019, a revista Radio Times nomeou a atração como a maior série britânica de todos os tempos, com base em votação feita por especialistas em comédia. Confira abaixo algumas cenas hilárias da série original.
“Clifford – O Gigante Cão Vermelho” terá continuação
A Paramount confirmou ter encomendado a sequência de “Clifford – O Gigante Cão Vermelho”, após a boa arrecadação do filme nos EUA. Ainda inédito no Brasil, o longa infantil já arrecadou US$ 34,5 milhões desde seu lançamento há duas semanas, mesmo tendo sido lançado simultaneamente em streaming nos EUA, na plataforma Paramount+. Com trama simples, o filme conta a origem do cachorro do título, criado pelo desenhista Norman Bridwell (1928–2014), e diverte com os problemas causados por seu tamanho descomunal. O estúdio pretende trazer de volta a equipe original, mas as negociações estão em fase inicial. A adaptação original foi escrita por David Ronn e Jay Scherick, que já tinham levado os Smurfs ao mundo live-action em dois longa-metragens (em 2011 e 2013). Já a direção ficou a cargo de Walt Becker, que também teve experiência anterior com bichos de CGI, no filme “Alvin e os Esquilos: Na Estrada” (2015). O elenco, por sua vez, destaca a menina Darby Camp (“Big Little Lies”), Jack Whitehall (“Belas Maldições”), Tony Hale (“Veep”), Sienna Guillory (“Fortitude”), David Alan Grier (“Meu Pai e Outros Vexames”), Horatio Sanz (“Black Monday”), o menino Izaac Wang (“Bons Meninos”) e o veterano John Cleese (do Mounty Pyton). A estreia está marcada para 2 de dezembro no Brasil, quase três meses depois do lançamento nos EUA (17/9). Veja abaixo o trailer da produção em duas versões: com a dublagem em português e com as vozes originais em inglês.
“Clifford – O Gigante Cão Vermelho” ganha trailer com trilha do BTS
A Paramount divulgou o pôster e o trailer completo de “Clifford – O Gigante Cão Vermelho”. Embalado pelo hit “Dynamite”, do BTS, o vídeo conta a origem do cachorro do título e diverte com os problemas causados por seu tamanho descomunal. O humor ajuda muito a criar simpatia com a versão cinematográfica do bicho, que em seu primeiro teaser foi rejeitado pelos fãs dos quadrinhos e comparado a um monstro de filme de terror, numa reação negativa à computação realista utilizada para lhe dar vida. Graças ao trailer, ele já não parece mais tão assustador – apesar de engolir um cachorro inteiro numa única bocada, ops. O filme baseado no personagem do desenhista Norman Bridwell (1928–2014) foi escrito por David Ronn e Jay Scherick, que já tinham levado os Smurfs ao mundo live-action em dois longa-metragens (em 2011 e 2013). Já a direção ficou a cargo de Walt Becker, que também teve experiência anterior com bichos de CGI, no filme “Alvin e os Esquilos: Na Estrada” (2015). O elenco, por sua vez, destaca a menina Darby Camp (“Big Little Lies”), Jack Whitehall (“Belas Maldições”), Tony Hale (“Veep”), Sienna Guillory (“Fortitude”), David Alan Grier (“Meu Pai e Outros Vexames”), Horatio Sanz (“Black Monday”), o menino Izaac Wang (“Bons Meninos”) e o veterano John Cleese (do Mounty Pyton). A estreia está marcada para 2 de dezembro no Brasil, quase três meses depois do lançamento nos EUA (17/9). Veja abaixo o trailer em duas versões: com a dublagem em português e com as vozes originais em inglês.
John Cleese revela ter retirado “um pequeno pedaço de câncer”
O ator e comediante britânico John Cleese anunciou em seu perfil no Twitter que retirou um tumor da perna na última sexta-feira (5). Aos 80 anos, o integrante do grupo Monty Python disse que tudo ocorreu bem e que, segundo o médico, foi “apenas um arranhão”. Cleese explicou que seu médico retirou “um pequeno pedaço de câncer” de uma das pernas. “Na minha idade, esse tipo de coisa acontece uma vez por semana”, brincou o humorista, que também estrelou a clássica série da BBC “Fawlty Towers”. Ele será visto a seguir na comédia “The Very Excellent Mr. Dundee”, estrelada por Paul Hogan, o eterno “Crocodilo Dundee”, que já foi filmada, mas ainda não tem previsão de estreia. Had a minor operation on Friday A surgeon cut a small cancerous bit out of my leg Very minor. At my age this sort of thing happens about once a week He did a beautiful job, sewed it up and said " Tis but a scratch " — John Cleese (@JohnCleese) June 8, 2020
Terry Jones (1942 – 2020)
O ator, roteirista e diretor Terry Jones, um dos membros da trupe de comédia britânica Monty Python, morreu na noite de terça (21/1) aos 77 anos. Jones lutava contra a demência desde pelo menos 2016, quando o seu filho, Bill, revelou a doença para o público. O comediante passou seus últimos anos sem conseguir falar. “Nos últimos dias, a mulher, filhos, família estendida e amigos de Terry estiveram constantemente em contato com ele. Todos nós perdemos um homem gentil, engraçado, caloroso, criativo e amoroso, cuja individualidade, intelecto e humor deram prazer a milhões durante seis décadas de carreira”, comentou a família em comunicado oficial. Nascido no País de Gales, Jones estudou na Universidade de Oxford, onde conheceu seu amigo e parceiro de longa data Michael Palin. Os dois formaram seu primeiro grupo humorístico na faculdade, o Oxford Revue, e após a formatura, estrearam juntos na TV, no programa humorístico “Twice a Fortnight”, em 1967. Dois anos depois, eles criaram “The Complete and Utter History of Britain”, que apresentava feitos históricos do passado distante como se existisse reportagem televisiva na época. No programa seguinte, “Do Not Adjust Your Set”, eles encontraram Eric Idle, que havia atuado ao lado de John Cleese e Graham Chapman no clube teatral da Universidade de Cambridge. Os cinco – junto com Terry Gilliam, que Cleese conhecera em Nova York – decidiram juntar seus talentos em um novo humorístico, o “Monty Python Flying Circus”, que foi transmitido pela BBC durante quatro temporadas, entre 1969 e 1974. O programa revolucionou a comédia britânica, a ponto de seus integrantes serem considerados os Beatles do humor – e os próprios Beatles eram fãs assumidos. Por suas inciativas inovadoras, Jones seria o equivalente ao John Lennon do grupo. Entre suas performances mais famosas da série, ele viveu um cardeal inapto da Inquisição Espanhola, um membro do Hell’s Grannies, um grupo de mulheres idosas que aterrorizam as ruas de Londres, um garçom francês excessivamente apologético e um pianista nu que frequentemente aparecia em cenas usadas para separar blocos humorísticos, mas principalmente por suas representações de donas-de-casa de meia-idade, muitas vezes com vozes histericamente falsas, marca que ele levou ao cinema ao interpretar a mãe de Brian, em “A Vida de Brian” (1979), que também dirigiu. Mais talentoso dos Python para organizar esquetes, Jones virou, ao lado de Terry Gilliam, o diretor oficial dos filmes do grupo após o fim do programa televisivo. Em “Monty Python em Busca do Cálice Sagrado” (1975), também interpretou, entre outros papéis, Sir Bedevere, o Sábio, o Príncipe Herbert (“Pai, eu só quero cantar!”) e um membro dos temidos Cavaleiros que dizem “Ni”. Ele assumiu sozinho a direção de “A Vida de Brian”, considerado um dos filmes ingleses mais engraçados de todos os tempos, após Gilliam concordar que sua abordagem era mais adequada ao estilo de apresentação do grupo, mas os dois voltaram a trabalhar juntos em “O Sentido da Vida” (1983), último longa de ficção da trupe. Após a separação dos Pythons, Jones continuou dirigindo filmes, como as comédias “Serviços Íntimos” (1987), “As Aventuras de Erik, o Viking” (1989) e “Amigos para Sempre” (1996). Também trabalhou como roteirista, criando “Labirinto, a Magia do Tempo” (1986), fantasia estrelada por David Bowie, e “Ferocidade Máxima” (1995), divertida comédia em que reviveu a parceria com John Cleese, além de ter criado vários programas televisivos e iniciado uma carreira paralela como escritor. Ele publicou 20 romances de ficção infanto-juvenil e ainda se tornou um autor reconhecido de livros sobre a Idade Média. Esta parte mais séria de sua carreira levou-o a apresentar diversos programas documentais sobre o período medieval, que frequentemente ofereciam uma visão alternativa da época. Inclusive, chegou a ser indicado ao Emmy em 2004 por “Medieval Lives”, em que argumentava que a Idade Média foi um período muito mais sofisticado do que a maioria acredita. Nos últimos anos, retomou as parcerias clássicas com os Python, dirigindo o filme “Absolutamente Impossível” (2015), primeiro longa a reunir todos os membros (ainda vivos) dos Python desde “O Sentido da Vida”, e juntando-se a seus colegas no palco para um retorno que virou a despedida do grupo, durante a curta turnê de humor “Monty Python Live (Mostly)”, realizada em Londres em 2014. Ele também dirigiu e dublou a animação “Boom Bust Boom” (2015) e deixou gravada sua participação em “The Land of Sometimes”, uma fantasia animada ainda inédita, que também traz as vozes de Ewan McGregor e Helena Bonham-Carter, num esforço derradeiro que virou seu papel final, enfrentando a doença que primeiro tirou sua fala e por fim sua vida.
Andrew Sachs (1930 – 2016)
Morreu Andrew Sachs, comediante que brilhou na cultuada série britânica “Fawlty Towers”, ao lado de John Cleese. Ele tinha 86 anos e faleceu em novembro em uma casa de repouso em Londres, diagnosticado com demência, mas a notícia só foi anunciada no final de semana. Nascido em 7 de Abril de 1930, em Berlim, Sachs mudou-se com seus pais para a Inglaterra aos 8 anos, em fuga da crescente perseguição do regime nazista. Ainda adolescente, tentou seguir carreira no cinema, mas só conseguiu fazer figurações em “Grito de Indignação” (1947) e “As Vidas e Aventuras de Nicholas Nickleby” (1947). Sem desistir, focou-se no teatro, começando como assistente de palco de produções londrinas, até conseguir passar em testes para o elenco dos teleteatros da rede BBC. Depois de fazer participações em diversas séries, entrou para seu primeiro elenco fixo em 1975, vivendo o papel que marcaria sua carreira: o garçom espanhol Manuel do hotel fictício Fawlty Towers. Um dos personagens mais icônicos da história da TV britânica, Manuel era um garçom bem-intencionado, mas totalmente atrapalhado, que mal entendia inglês, e vivia constantemente sendo repreendido por seu chefe, Basil Fawlty (Cleese). Manuel acabou se tornou o personagem mais popular da série, mas Sachs pagou um preço físico por isso, machucando-se gravemente duas vezes durante as gravações – numa delas, sendo queimado por ácido. Infelizmente para os fãs, as produções da BBC costumam ser curtas e “Fawlty Towers” teve apenas duas temporadas, cada uma com seis episódios apenas, e separadas por quatro anos de intervalo entre uma e outra. Após o fim de “Fawlty Towers” em 1979, ele continuou a trabalhar em inúmeras produções da rede pública britânica, mas sem a mesma repercussão, incluindo, em 2009, aos 79 anos de idade, um arco na longeva e interminável novela “Coronation Street”, e mais recentemente, em 2015, aos 85 anos, na igualmente eterna “EastEnders”. No cinema, Sachs ainda apareceu, entre outros filmes, em “A História do Mundo, Parte I” (1981), de Mel Brooks e, mais recentemente, na comédia “O Quarteto” (2012), dirigida por Dustin Hoffman. Seu último trabalho foi como dublador de um relógio na fantasia “Alice Através do Espelho” (2016).







