David Prowse (1935 – 2020)
O ator e fisiculturista David Prowse, que interpretou o personagem Darth Vader na primeira trilogia de “Star Wars”, morreu no sábado (28/11) aos 85 anos, de causa não divulgada. Prowse se destacou como fisiculturista nos anos 1970 e foi seu porte físico imponente que levou o diretor George Lucas a escalá-lo para seu filme. Curiosamente, o cineasta tinha pensado nele para o papel de Chewbacca, mas logo mudou de ideia, levando-o a viver o grande vilão da franquia. Por ter um sotaque britânico muito forte, Prowse foi dublado pelo ator James Earl Jones no papel. Foi uma grande frustração para Prowse ter sua voz apagada no filme, porque seu papel mais famoso até então, Julian, em “Laranja Mecânica” (1971), praticamente não falava em cena. Ao longo da carreira, ele se especializou em viver monstros. Prowse estreou no cinema na comédia “Cassino Royale” (1967), uma paródia dos filmes de James Bond, em que viveu a criatura de Frankenstein, personagem que voltou a viver em “Frankenstein e o Monstro do Inferno” (1974). Ainda foi o Homem Forte em “O Circo dos Vampiros” (1972), um minotauro na série “Doctor Who”, um androide num arco de “Os Seres do Amanhã” (The Tomorrow People), um alienígena feito de nuvens num episódio de “Espaço: 1999” (Space: 1999) e um carrasco em “Criaturas que o Tempo Esqueceu”(1977). Mas também viveu um super-herói numa campanha de trânsito do Reino Unido, o Green Cross Code Man. Quando o primeiro “Star Wars”, então conhecido como “Guerra nas Estrelas”, chegou aos cinemas em 1977, muitos acreditavam que James Earl Jones era quem vivia o vilão, para aumentar a frustração de Prowse. Mas o sucesso da produção foi tamanha, que todos os detalhes de seus bastidores acabaram esmiuçados pelos fãs, dando enfim o reconhecimento que ele sempre buscou. Ele acabou se consagrando como o intérprete de Darth Vader, um dos vilões mais famosos da história do cinema. Prowse voltou a representar a encarnação do lado negro da Força em “O Império Contra-Ataca” (1980) e “O Retorno de Jedi” (1983). Mas continuou ligado ao personagem anos após a trilogia original. Pode-se dizer que ele continuou sendo Vader pelo resto de sua vida, participando de convenções e até mesmo de um filme de fãs, “Saving Star Wars” (2004). Mesmo assim, segundo rumores, teria rompido com a saga em 2010, quando se desentendeu com o diretor George Lucas. Mark Hamill, que deu vida a Luke Skywalker na primeira trilogia de Star Wars, prestou homenagens a Prowse com uma publicação no Twitter. “É muito triste ouvir que David Prowse faleceu. Ele era um homem gentil e muito mais do que Darth Vader. Ator, marido, pai, membro da Ordem do Império Britânico, três vezes campeão britânico de levantamento de peso e ícone da segurança no trânsito com o super-herói Green Cross Code Man”, listou o ator. “Ele amava seus fãs tanto quanto era amado por ele”, finalizou. Anthony Daniels, intérprete do robô C-3PO, também deixou sua mensagem no Twitter. “A figura icônica de David dominou o filme em 1977 e vem dominando desde então. E seguirá fazendo isso”, escreveu.
Música-tema do inédito 007 – Sem Tempo para Morrer é indicada ao Grammy
A música “No Time to Die”, de Billie Eilish, tema de “007 – Sem Tempo para Morrer”, recebeu uma indicação ao Emmy 2021, apesar do filme ter sido adiado para abril de 2021 devido à pandemia de coronavírus. O filme, que marca a despedida de Daniel Craig do papel de James Bond, foi originalmente planejado para chegar aos cinemas na Páscoa passada, mas acabou adiado para novembro. Um mês antes da data prevista, Billie Eilish liberou a música e o clipe em streaming. Mas dias depois o longa sofreu um segundo adiamento, passando para o ano que vem. Com isso, a música, lançada em 1º de outubro, tornou-se elegível para o Grammy, logo depois de dominar a premiação de 2020, que aconteceu em janeiro, quando conquistou cinco vitórias, incluindo Melhor Álbum, Música, Gravação e Arista Nova. A gravação de “No Time to Die” foi produzida pelo irmão de Eilish, Finneas, ao lado de Stephen Lipson, com arranjos orquestrais de Hans Zimmer e Matt Dunkley, e participação instrumental do guitarrista Johnny Marr (ex-The Smiths). Com 18 anos de idade, Eilish é a artista mais jovem da história a compor e gravar uma música-tema dos filmes de James Bond. A indicação para “No Time to Die” foi na categoria Melhor Canção Escrita para Mídia Visual, onde competirá com “Beautiful Ghosts”, cantada por Taylor Swift no musical “Cats”, “Carried Me With You”, cantada por Brandi Carlile na trilha da animação “Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica”, “Stand Up”, entoada por Cynthia Erivo no filme “Harriet”, e o sucesso “Into the Unknown”, cantado por Idina Menzel e Aurora no desenho “Frozen 2”. O vencedor será anunciado em 31 de janeiro de 2021, em cerimônia que será exibida no Brasil pelo canal pago TNT.
Daniel Craig homenageia Sean Connery: “Um dos maiores do cinema”
A morte de Sean Connery, o primeiro James Bond do cinema, mobilizou fãs e famosos em todo mundo neste sábado (31/10), e Daniel Craig, que atualmente ocupa o papel de 007, também decidiu se manifestar, por meio de um comunicado à imprensa, em que chama seu predecessor de “um dos maiores nomes do cinema”. “É com grande tristeza que recebi a notícia do falecimento de um dos maiores nomes do cinema. Sir Sean Connery será lembrado como Bond e como muito mais. Ele definiu uma era e um estilo. A sagacidade e o charme que ele levou à tela poderia ser medida em mega watts; ele ajudou a criar o blockbuster moderno. Ele continuará a influenciar atores e cineastas em anos por vir. Meus pensamentos estão com sua família e seus entes queridos. Onde quer que ele esteja, espero que haja um campo de golfe”. Connery gostava de jogar golfe, esporte que se tornou seu maior passatempo após sua aposentadoria precoce dos cinemas em 2003 – depois de se estressar com a fracassada produção de “A Liga Extraordinária”. Os produtores atuais dos filmes de 007, Michael G. Wilson e Barbara Broccoli, também emitiram um comunicado sobre sua morte. “Estamos arrasados com a notícia do falecimento de Sir Sean Connery. Ele foi e sempre será lembrado como o James Bond original, cuja marca indelével na história do cinema começou quando ele pronuciou aquelas palavras inesquecíveis, ‘O nome é Bond … James Bond’. Ele revolucionou o mundo com seu retrato corajoso e espirituoso do agente secreto sexy e carismático. Ele é, sem dúvida, o grande responsável pelo sucesso da série de filmes, e seremos eternamente gratos a ele”, afirmaram.
Sean Connery (1930 – 2020)
O ator Sean Connery, o primeiro e melhor James Bond do cinema, morreu neste sábado (31/10) nas ilhas das Bahamas, enquanto dormia, aos 90 anos, após estar “indisposto há algum tempo”. “Um dia triste para todos que conheciam e amavam meu pai e uma triste perda para todas as pessoas ao redor do mundo que gostaram do maravilhoso talento que ele tinha como ator”, disse seu filho Jason à BBC. Lembrado como o espião mais charmoso e elegante do cinema, e fora das telas como um cavaleiro, nomeado pela Rainha Elizabeth II Sir Sean Connery em 2000, ele não podia ser mais diferente da percepção pública de sua imagem. Em contraste, ele não era nenhum pouco refinado – como os atores britânicos de hoje, que estudaram em faculdades de artes para seguir carreira. Ele quase nem estudou. Para virar ator, foram dois dias de aulas de atuação e canto, que lhe renderam uma vaga no coro de uma montagem itinerante do musical “South Pacific”, no início de sua carreira. A busca pelo teatro surgiu da necessidade de pagar de contas, e era apenas mais uma tentativa numa longa lista de empregos temporários do proletário escocês de sotaque carregado, que cresceu na pobreza e fez muitos trabalhos braçais antes de considerar os palcos. Thomas Sean Connery nasceu em 25 de agosto de 1930, o mais velho de dois filhos de pais operários em Edimburgo (seu pai dirigia um caminhão e trabalhava em uma fábrica de borracha). Ele abandonou a escola pouco antes de completar 14 anos e trabalhou em uma variedade de empregos ocasionais, incluindo como leiteiro, pedreiro e salva-vidas. Convocado para servir na Marinha Real, acabou dispensado depois de três anos por ter desenvolvido úlcera e recebeu uma bolsa do governo para se tornar aprendiz de polidor de caixões. Também trabalhou na impressão de um jornal de Edimburgo antes de tentar fazer carreira no fisiculturismo e levantamento de peso. Em 1950, ele competiu no concurso Mr. Universo, terminando em terceiro. Com quase 2 metros de altura e músculos definidos, ainda modelou nu para uma galeria de arte de Edimburgo. A presença imponente e a maneira rude também lhe renderam dinheiro como figurante em peças, séries e filmes. Até que teve a chance de substituir Jack Palance (“Os Brutos Também Amam”) num teleteatro ao vivo da BBC, em 1957. A aclamação recebida por seu desempenho lhe fez perceber que podia viver apenas como ator. Ele estreou no cinema no mesmo ano, como um capanga com problema de dicção no filme de gângster “No Road Back”, e assim assinou seu primeiro contrato com um estúdio, a 20th Century Fox. Em pouco tempo, progrediu para papéis de coadjuvante, contracenando com Lana Turner em “Vítima de uma Paixão” (1958), mas foi a BBC que o lançou como protagonista, no papel-título de “Macbeth” (1960), como Alexandre, o Grande, em “Adventure Story” (1961) e como o Conde Vronsky em “Anna Karenina” (1961). Após interpretar um soldado em “O Mais Longo dos Dias” (1962), a epopeia de Darryl F. Zanuck sobre o Dia D, da 2ª Guerra Mundial, Connery chamou atenção dos produtores americanos Harry Saltzman e Albert Broccoli, que notaram como ele “caminhava como uma pantera”. Durante a conversa inicial, eles ficaram impressionados com seu magnetismo animal, que emanava de sua presunção e falta de filtros. Antes dele, os produtores procuraram David Niven e Cary Grant, atores bem mais velhos, conhecidos por viverem aristocratas e ricos nas telas, mas ambos recusaram um contrato para cinco filmes, que era a oferta inicial. Ao ouvir que o valor era de US$ 1 milhão, Connery aceitou na hora. E embora fosse muito diferente dos intérpretes que Saltzman e Broccoli inicialmente procuravam, transformou James Bond no personagem que todos imaginam agora, quando fecham os olhos: um homem de forte presença física, enorme apelo sexual e carisma de sobra, mas extremamente brutal quando necessário. Connery definiu cada detalhe de James Bond ao estrelar os primeiros cinco filmes produzidos pela United Artists com a superespião britânico do escritor Ian Fleming. Logo após a estreia do primeiro, “007 Contra o Satânico Dr. No” (1962), feito com o orçamento mais baixo de toda franquia, em locações na Jamaica, Connery passou a receber milhares de cartas de fãs por semana. O segundo, “Moscou Contra 007” (1963), foi a única continuação direta de sua fase como James Bond e ele dizia que também era seu favorito. Mas foi o terceiro, “007 Contra Goldfinger” (1964), que transformou a franquia num fenômeno mundial. Ele ainda fez “007 Contra a Chantagem Atômica” (1965) e ao chegar ao quinto longa, “Com 007 Só Se Vive Duas Vezes” (1967), já tinha se tornado um dos maiores astros de cinema do mundo. Os primeiros filmes de Connery como Bond fizeram tanto sucesso que lançaram moda, inspirando imitadores, paródias e influenciaram para sempre a cultura pop com suas frases icônicas, carros cheio de gadgets, Bond girls e supervilões obcecados em dominar o mundo. Mas quando Saltzman e Broccoli lhe ofereceram mais US$ 1 milhão para renovar seu contrato, Connery disse não. Entre os filmes de 007, ele tinha se diversificado, filmando até um clássico do suspense com Alfred Hitchcock, “Marnie, Confissões de uma Ladra” (1964), e outra produção marcante com Sidney Lumet, “A Colina dos Homens Perdidos” (1965). Portanto, não lhe faltavam ofertas de papéis. Enquanto isso, “007 – A Serviço Secreto de Sua Majestade” (1969) foi rejeitado pelo público, tornando-se um desastre de bilheteria e o único filme do espião estrelado pelo australiano George Lazenby – apesar de, em contraste, ter um dos melhores roteiros da saga. Os produtores voltaram a procurá-lo e Connery então aceitou o maior salário já oferecido para um ator até então, US$ 1,25 milhão por um filme, mais um acordo com o estúdio United Artists para financiar dois outros filmes para ele. E assim James Bond voltou a ser quem era em “007 – Os Diamantes São Eternos” (1971). Com o dinheiro que ganhou para viver 007 mais uma vez, Connery fundou um fundo educacional com o objetivo de ajudar crianças carentes na Escócia. Paralelamente, ele também criou sua própria produtora e retomou sua parceria com Sidney Lumet, estrelando “O Golpe de John Anderson” (1971), “Até os Deuses Erram” (1973) e a adaptação de Agatha Christie “Assassinato no Expresso Oriente” (1974). Mas quando Saltzman e Broccoli lhe procuraram novamente para fazer “Com 007 Viva e Deixe Morrer” (1973), ele disse estar “farto de toda a história de James Bond” e recusou a impressionante oferta de US$ 5 milhões, fazendo com que a franquia trocasse de mãos, para a consagração da versão suave e debochada de Bond, vivida por Roger Moore. Mesmo assim, Connery retrataria 007 uma última vez, aos 52 anos, no apropriadamente intitulado “007 – Nunca Mais Outra Vez”, pelo qual recebeu uma fortuna não revelada da Warner Bros em 1983. O filme só existiu por causa de uma brecha contratual nos direitos do personagem e não foi considerado parte da franquia oficial. O ator continuou sua carreira de sucesso por mais três décadas, variando radicalmente sua filmografia, por meio de títulos como a bizarra e cultuada sci-fi “Zardoz” (1974), de John Boorman, o épico “O Homem que Queria ser Rei” (1975), de John Huston, que lhe valeu uma amizade para toda a vida com Michael Caine, a emocionante aventura medieval “Robin e Marian” (1976), sobre o fim da vida de Robin Hood, dirigida por Richard Lester, o clássico de guerra “Uma Ponte Longe Demais” (1977), de Richard Attenborough, etc. Ele acompanhou os tempos e virou astro de superproduções do cinema hollywoodiano pós-“Guerra nas Estrelas”, repleto de efeitos visuais, estrelando a catástrofe apocalíptica “Meteoro” (1979), de Ronald Neame, o western espacial “Outland: Comando Titânio” (1981), de Peter Hyams, as fantasias “Os Bandidos do Tempo” (1981), de Terry Gilliam, e “Highlander: O Guerreiro Imortal” (1986), mas principalmente “Indiana Jones e a Última Cruzada” (1989), de Steven Spielberg, como o pai do personagem de Harrison Ford. A década também lhe rendeu consagração em dois blockbusters: a adaptação do best-seller “O Nome da Rosa” (1986), dirigida por Jean-Jacques Annaud, pela qual foi premiado com o BAFTA (o “Oscar britânico”) de Melhor Ator, e o célebre filme “Os Intocáveis” (1987), maior sucesso da carreira do diretor Brian de Palma. O papel do policial honesto Jim Malone, integrante da equipe intocável de Elliot Ness (Kevin Costner), marcou seu desempenho mais elogiado e seu primeiro e único Oscar, como Melhor Ator Coadjuvante de 1988. Seu nome continuou a lotar cinemas durante os anos 1990, em sucessos como “A Caçada ao Outubro Vermelho” (1990), que lançou o personagem Jack Ryan nas telas, a aventura “O Curandeiro da Selva” (1992), em que veio filmar no Brasil, e em thrillers como “A Rocha” (1996), ao lado de Nicolas Cage, e “Armadilha” (1999), ao lado de Catherine Zeta-Jones. Mas aos poucos foi se envolvendo em produções que, apesar de extremamente caras, tinham cada vez menor qualidade. “Os Vingadores” (1998), que adaptou a série homônima da TV britânica, e principalmente “A Liga Extraordinária” (2003), baseado nos quadrinhos de Alan Moore, marcaram seu desencanto pelo cinema, levando-o a decidir-se por uma aposentadoria precoce. Connery recusou fortunas e apelos de vários cineastas, ao longos dos anos, para mudar de ideia. Mas sua decisão era final, feito o título de seu último filme de 007. “Nunca mais outra vez”. Fora das telas, ele se casou duas vezes: com a falecida atriz australiana Diane Cilento (“Tom Jones”, “O Homem de Palha”), com quem teve um filho, e a artista francesa Micheline Roquebrune, que permaneceu a seu lado desde 1975 – e em meio a muitos casos bem documentados de infidelidade do ator. Os produtores atuais dos filmes de 007, Michael G. Wilson e Barbara Broccoli, emitiram um comunicado sobre sua morte. “Estamos arrasados com a notícia do falecimento de Sir Sean Connery. Ele foi e sempre será lembrado como o James Bond original, cuja marca indelével na história do cinema começou quando ele pronuciou aquelas palavras inesquecíveis, ‘O nome é Bond … James Bond’. Ele revolucionou o mundo com seu retrato corajoso e espirituoso do agente secreto sexy e carismático. Ele é, sem dúvida, o grande responsável pelo sucesso da série de filmes, e seremos eternamente gratos a ele.”
007: Sem Tempo para Morrer teve lançamento negociado em streaming
Netflix, Apple e Amazon teriam tentado comprar os direitos exclusivos de exibição de “007: Sem Tempo para Morrer” para lançamento em streaming. Quem apurou as negociações foi a agência de notícias Bloomberg. E ao ir atrás de confirmação, a revista Variety descobriu que o negócio não aconteceu porque a MGM pediu muito caro: US$ 600 milhões. As empresas de streaming teria buscado a MGM após o primeiro adiamento do filme, que inicialmente estava previsto para abril deste ano e foi atrasado por seis meses em março, tornando-se o primeiro grande lançamento de cinema afetado pela pandemia. No início de outubro, porém, o filme sofreu nova mudança de calendário e agora só será lançado um ano após a data original. Oficialmente, porém, a MGM informou que “Não comentamos boatos”. “O filme não está à venda. O lançamento do filme foi adiado até abril de 2021 para preservar a experiência cinematográfica dos espectadores”, diz um comunicado da empresa. O filme custa mais de US$ 250 milhões para ser produzido e, devido aos adiamentos causados pela pandemia do coronavírus, o estúdio teria desperdiçado mais US$ 50 milhões em campanhas promocionais que não serviram para nada, pois, com a nova data, o filme ainda está longe de estrear. Por outro lado, “007: Sem Tempo para Morrer” tem várias parcerias promocionais para ajudar a abater esses custos – entre elas com os carros Land Rover, relógios Omega e cervejas Heineken. Essas empresas esperam que o filme chegue aos cinemas e poderiam argumentar não ter investido para um lançamento por streaming. A negociação, porém, tem precedentes. Após a pandemia, vários estúdios venderam seus filmes para serviços de streaming. A Sony, em particular, conseguiu aval de seus parceiros publicitários, McDonald’s e Crown Royal, para levar “Um Príncipe em Nova York 2” para a Amazon. “007: Sem Tempo Para Morrer” será o último filme de Daniel Craig como James Bond e trará com Rami Malek como o grande vilão da vez. Com direção de Cary Joji Fukunaga (“Beasts of No Nation”), o lançamento está marcado para 1 de abril no Brasil – data que, ironicamente, parece uma pegadinha.
Margaret Nolan (1943 – 2020)
A atriz Margaret Nolan, que ficou conhecida como mulher de ouro do filme “007 Contra Goldfinger”, morreu em 5 de outubro passado, aos 76 anos. Além de aparecer na abertura e no pôster de “Goldfinger”, ela também teve um papel no longa e se destacou em diversas comédias britânicas, participando até de um filme com os Beatles. Nolan começou sua carreira nas artes como modelo, adotando o pseudônimo de Vicky Kennedy no início dos anos 1960, mas retomou seu nome de nascimento assim que começou a atuar. Seu corpo cheio de curvas chamou atenção dos produtores do canal britânico ITV, que a lançaram em seu primeiro papel de garota sexy num episódio de 1963 da série clássica “O Santo” (The Saint), ao lado do futuro 007 Roger Moore. Ela chegou ao cinema no ano seguinte, em nada menos que cinco filmes. Nolan viveu uma candidata a miss na comédia “Um Corpo de Mulher”, teve uma cena em “Os Reis do Ié-Ié-Ié”, primeiro filme dos Beatles, juntou-se a outra banda de Liverpool, Gerry & The Pacemakers, em “Frenéticos do Ritmo”, e ainda apareceu em “Saturday Night Out”. Mas foi mesmo com “007 Contra Goldfinger” que atingiu status de ícone na Inglaterra. Embora tenha aparecido no filme como Dink, massageando James Bond (Sean Connery), seu desempenho mais lembrado acontece na famosa sequência de abertura, como a modelo pintada de ouro, que serve de tela para cenas da produção, projetadas sobre o corpo. O visual mod-psicodélico também foi evocado no pôster do filme, com Connery estampado sobre sua pele dourada. Esse trabalho lhe rendeu vários convites para voltar a ser modelo, inclusive uma sessão de fotos para a revista Playboy, mas ela não quis largar o cinema. Depois de filmar “Três Quartos em Manhattan” (1965) com o francês Marcel Carné, apareceu na sua primeira comédia besteirol da franquia “Carry On”, “Pra Frente, Vaqueiro” (1965), e encontrou seu nicho como comediante. Embora tenha aparecido no terror “O Caçador de Bruxas” (1968), com Vincent Price, ela transformou o papel de garota sexy numa bem-sucedida filmografia de humor, contracenando inclusive com os americanos Warren Beatty e Jerry Lewis, respectivamente em “A Deliciosa Viuvinha” (1966) e “Um Golpe das Arábias” (1968). Ao ser convidada para mais quatro filmes de “Carry On”, entre eles os sucessos “Manda Ver, Henry” (1971) e “Simplesmente Garotas” (1973), conseguiu manter sua popularidade até meados dos anos 1970. Nolan ainda atuou em diversos episódios de séries britânicas famosas, incluindo “Danger Man”, “Secret Agent”, “The Persuaders” e “Q”, e chegou a ser dirigida por Alfred Hitchcock em “Frenesi”, mas sua cena foi cortada na edição que chegou aos cinemas em 1972. Assim que as ofertas de trabalho diminuíram, no começo dos anos 1980, ela decidiu se reinventar. Mudou-se para a Espanha e passou a trabalhar com fotografia, realizando experiências visuais com fotomontagens. Suas obras foram aclamadas e exibidas em galerias de arte de Londres. Ela só voltou a atuar por insistência de um fã. O diretor Edgar Wright a escalou para um pequeno papel em seu próximo filme, “Last Night in Soho”, que ela completou antes de morrer. “Ela estava no meio de tudo que era cool nos anos 1960”, descreveu Wright em suas redes sociais, ao lamentar a morte da atriz. A atriz deixa dois filhos. Um deles, Oscar Deeks, deu sequência a duas paixões da mãe, virando diretor de fotografia de cinema. Não só isso: sua carreira começou como assistente de fotografia em “007 – Cassino Royale” (2006).
007 – Sem Tempo para Morrer é adiado para abril de 2021
O lançamento de “007 – Sem Tempo para Morrer”, 25º filme da franquia James Bond, foi adiado mais uma vez nesta sexta-feira (2/10). Prevista para novembro, a estreia agora foi transferida para 2 de abril de 2021 nos Estados Unidos. “Entendemos que o adiamento vai ser decepcionante para nossos fãs, mas estamos ansiosos para compartilhar ‘Sem Tempo para Morrer’ no ano que vem”, afirmou o estúdio MGM em comunicado. Com o novo adiamento, o filme vai chegar aos cinemas um ano após a data originalmente prevista. A previsão de sua estreia era 31 de março de 2020 em Londres, mas algumas semanas antes o lançamento precisou ser atrasado por causa da pandemia de coronavírus. Embora a nova data tenha sido divulgada apenas para os EUA, os demais mercados devem acompanhar o adiamento. Os prejuízos causados pela nova mudança são milionários, uma vez que os gastos de marketing estão sendo feitos desde 2019. Na quinta (1/10), a cantora Billie Eilish divulgou o clipe da música-tema, fazendo com que fosse conhecida, em retrospecto, meio ano antes da estreia do filme.
Billie EIlish lança clipe sombrio do tema de 007 – Sem Tempo Para Morrer
A cantora Billie EIlish divulgou nesta quinta (1/10) o clipe sombrio de “No Time to Die”, música-tema do filme “007 – Sem Tempo Para Morrer”. A canção se diferencia de outras gravações dos longas de James Bond por ser incrivelmente romântica. Aos 18 anos, Billie é também a mais jovem cantora e compositora de um tema de 007 na história da franquia. Ela canta sobre um relacionamento trágico, com traições e corações partidos, enquanto o vídeo enfatiza os olhares trocados entre o casal protagonista do filme – muito mais que as inevitáveis cenas de ação. O tom melancólico reflete o que os trailers adiantaram sobre a trama de “007 – Sem Tempo Para Morrer”, que envolve um segredo de Madeleine Swann (Léa Seydoux), a paixão do agente secreto James Bond (Daniel Craig), relacionado ao vilão da vez, o deformado Safin (Rami Malek). O último filme de James Bond estrelado por Daniel Craig tem direção de Cary Joji Fukunaga (“Beasts of No Nation”) e estreia prevista para 19 novembro no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA, após adiamento devido à pandemia de coronavírus.
Michael Lonsdale (1931 – 2020)
O ator Michael Lonsdale, que ficou conhecido como o herói de “O Dia do Chacal” e o vilão de “007 Contra o Foguete da Morte”, morreu nesta segunda-feira (21/8) em sua casa em Paris aos 89 anos, após uma carreira de seis décadas. Filho de pai britânico e mãe francesa, Lonsdale cresceu em Londres e no Marrocos, onde descobriu o cinema de Hollywood em sessões com as tropas americanas durante a 2ª Guerra Mundial, mas só foi se dedicar às artes ao regressar a Paris em 1947, por influência de seu tio Marcel Arland, diretor da revista literária NRF. Ele estreou no teatro aos 24 anos e logo se mostrou interessado por experiências radicais, em adaptações de Eugène Ionesco e em parcerias com Marguerite Duras. A estreia no cinema aconteceu em 1956, sob o nome Michel Lonsdale. Ele participou de várias produções francesas até sofrer sua metamorfose, virando Michael ao ser escalado por Orson Welles em “O Processo” (1962), adaptação do célebre texto de Kafka rodada na França com Anthony Perkins e Jeanne Moreau. Dois anos depois, voltou a ser dirigido na França por outro mestre de Hollywood, Fred Zinnemann, no drama de guerra “A Voz do Sangue” (1964). Mas apesar da experiência com dois dos maiores cineastas hollywoodianos, decidiu retomar o nome Michel e mergulhar no cinema de arte francês, atuando em clássicos da nouvelle vague como “A Noiva Estava de Preto” (1968) e “Beijos Proibidos” (1968), ambos de François Truffaut, “Sopro no Coração” (1971), de Louis Malle, e “Não me Toque” (1971) e “Out 1: Spectre” (1972), os dois de Jacques Rivette. Entretanto, Fred Zinnemann não o esqueceu e se tornou responsável por introduzi-lo no cinema britânico, ao lhe dar um papel de destaque na adaptação do thriller “O Dia do Chacal” (1973), como o obstinado detetive Lebel, que enfrentou o vilão Carlos Chacal. Ele chegou a ser indicado ao BAFTA (o Oscar britânico), mas não foi desta vez que voltou a ser Michael, permanecendo no cinema francês com papéis em “Deslizamentos Progressivos do Prazer” (1974), de Alain Robbe-Grillet, e “O Fantasma da Liberdade” (1974), de Luis Buñuel, onde chegou a mostrar seu traseiro em cenas sadomasoquistas, pelo “amor à arte”. Paralelamente, aprofundou sua relação com a escritora Marguerite Duras, estrelando quatro filmes que ela dirigiu: “Destruir, Disse Ela” (1969), “Amarelo o Sol” (1971) e “India Song” (1975), onde se destacou como um vice-cônsul torturado, repetindo o papel em “Son Nom de Venise dans Calcutta Désert” (1976). No mesmo ano de “India Song”, que o projetou como protagonista, Lonsdale estrelou o clássico “Sessão Especial de Justiça” (1975), de Costa-Gravas, cuja denúncia do sistema penal à serviço de governos corruptos (no caso, da França ocupada por nazistas) rendeu discussões acaloradas – assim como censura – em vários países. A repercussão do filme de Costa-Gravas o projetou para além da França, levando-o a trabalhar com o inglês Joseph Losey (“Galileu”, “A Inglesa Romântica” e “Cidadão Klein”) e o austríaco Peter Handke (“A Mulher Canhota”), o que o colocou no radar dos produtores da franquia “007”. Em “007 Contra o Foguete da Morte” (1979), Lonsdale viveu o diabólico Drax, um industrial bilionário e pianista, que pretendia envenenar a população da Terra e, em seguida, repovoar o planeta com alguns escolhidos, que ele selecionou para viver em sua estação espacial. O ator comparou seu personagem a Hitler em uma entrevista de 2012. “Ele queria destruir todo mundo e fazer surgir uma nova ordem de jovens muito atléticos… ele estava completamente louco.” Para enfrentar o James Bond vivido por Roger Moore, Lonsdale decidiu voltar a ser Michael e assim foi “adotado” pelo cinema britânico, aparecendo em seguida num dos filmes ingleses mais bem-sucedidos de todos os tempos, “Carruagens de Fogo” (1981). Lonsdale também participou do blockbuster “O Nome da Rosa” (1986) e de vários filmes notáveis dos anos seguintes, firmando parceria com o mestre do drama de época britânico James Ivory nos clássicos “Vestígios do Dia” (1993) e “Jefferson em Paris” (1995), no qual interpretou o imperador Luis XVI. Apesar do sucesso em inglês, ele nunca filmou nos EUA, mas trabalhou em mais três thrillers de diretores americanos famosos. Dois desses filmes foram dirigidos na Inglaterra por John Frankenheimer: “O Documento Holcroft” (1985), estrelado por Michael Caine, e “Ronin” (1998), em que contracenou com Robert De Niro. O terceiro foi “Munique” (2005), de Steven Spielberg, em cenas rodadas na França. Mesmo com essas experiências, ele nunca se interessou por Hollywood, preferindo trabalhar com cineastas europeus como Milos Forman (“Sombras de Goya”), François Ozon (“O Amor em 5 Tempos”), Catherine Breillat (“A Última Amante”), Ermanno Olmi (“A Aldeia de Cartão”), Xavier Beauvois (“Homens e Deuses”) e até o centenário cineasta português Manoel de Oliveira (no último longa do diretor, “O Gebo e a Sombra”). Ativo até 2016, quando se aposentou, Lonsdale só foi receber seu primeiro grande prêmio na véspera de seus 80 anos, o César (equivalente francês do Oscar) por seu papel coadjuvante como sacerdote livre e heroico em “Homens e Deuses” (2010). A consagração como homem de fé foi importante não apenas para a carreira de Lonsdale. Ele professava fé cristã pela influência de uma madrinha cega e, em 1987, ingressou na Renovação Carismática Católica antes de fundar o “Magnificat”, um grupo de oração para artistas. Solteiro e sem filhos, Lonsdale também foi pintor e emprestou sua voz inconfundível a inúmeros documentários e audiolivros.
007: Sem Tempo Para Morrer ganha 13 pôsteres de personagens
A MGM divulgou uma nova coleção de pôsteres de “007: Sem Tempo Para Morrer”, reunindo a maioria – mas não todos – os personagens. São nada menos que 13 cartazes e mesmo assim faltou Blofeld, por exemplo. A trama da continuação envolve um segredo de Madeleine Swann (Léa Seydoux), a paixão do agente secreto 007, que é relacionado ao vilão da vez, o deformado Safin (Rami Malek). Graças a isso, James Bond (Daniel Craig) abandona a aposentadoria para embarcar numa última missão, aliando-se a velhos amigos. Chamar de amigo o vilão Blofeld (Christoph Waltz), de “007 Contra Spectre” (2015), é um pouco exagerado. Mas os demais, M (Ralph Fiennes), Q (Ben Whishaw) e Eve Moneypenny (Naomie Harris) apoiam Bond desde “007: Operação Skyfall” (2012). Além deles, o filme traz de volta o parceiro mais antigo ainda vivo na franquia, o agente da CIA Felix Leiter (Jeffrey Wright), visto em “007: Cassino Royale” (2006) e “007: Quantum of Solace” (2008), além de Bill Tanner (Rory Kinnear), presente desde “007: Quantum of Solace”. A lista ainda inclui novos aliados, encarnados por Ana de Armas (“Blade Runner 2049”), Lashana Lynch (“Capitã Marvel”), que interpreta uma 007, e Billy Magnussen (“A Noite do Jogo”), além de ameaças encarnadas por David Dencik (“Chernobyl”) e Dali Benssalah (“Les Sauvages”). O filme dirigido por Cary Joji Fukunaga (“Beasts of No Nation”) marcará a despedida de Daniel Craig do papel de James Bond e tem estreia marcada para 19 de novembro no Brasil, um dia antes do lançamento previsto nos EUA.
Vídeo legendado apresenta o vilão de 007 – Sem Tempo para Morrer
A Universal divulgou um novo vídeo legendado de “007 – Sem Tempo para Morrer”, que destaca Safin, o enigmático vilão vivido por Rami Malek. Entre muitas cenas inéditas, a prévia revela a extensão da ameaça do criminoso, disposto a matar milhões para ser “meticuloso”, e inclui depoimentos de Malek sobre o personagem, seu primeiro após vencer o Oscar por “Bohemian Rhapsody”. Alternando-se entre uma máscara branca e expressões sinistras de um rosto deformado, Malek explica que o vilão se vê como o verdadeiro herói da história e se prova “um adversário formidável” para a despedida de Daniel Craig do papel de James Bond. Ainda pouco esmiuçada, a trama de “007 – Sem Tempo para Morrer” envolve um segredo de Madeleine Swann (Léa Seydoux), a paixão do agente secreto 007, que é relacionado ao deformado Safin. Graças a isso, James Bond (Craig) abandona a aposentadoria para embarcar numa última missão, aliando-se a velhos amigos. Chamar de amigo o vilão Blofeld (Christoph Waltz), de “007 Contra Spectre” (2015), é um pouco exagerado. Mas os demais, M (Ralph Fiennes), Q (Ben Whishaw) e Eve Moneypenny (Naomie Harris) apoiam Bond desde “007: Operação Skyfall” (2012). Além deles, o filme traz de volta o parceiro mais antigo ainda vivo na franquia, o agente da CIA Felix Leiter (Jeffrey Wright), visto em “007: Cassino Royale” (2006) e “007: Quantum of Solace” (2008). Mas também há novas aliadas, encarnadas por Ana de Armas (“Blade Runner 2049”) e Lashana Lynch (“Capitã Marvel”), que interpreta uma nova 007. O filme dirigido por Cary Joji Fukunaga (“Beasts of No Nation”) tem estreia marcada para 19 de novembro no Brasil, um dia antes do lançamento previsto nos EUA.
Diana Rigg (1938 – 2020)
Diana Rigg, a célebre atriz britânica das séries “Os Vingadores” e “Game of Thrones”, morreu nesta quinta (10/9) aos 82 anos. Ela foi diagnosticada com câncer em março, de acordo com sua filha Rachael Stirling, e “passou seus últimos meses refletindo alegremente sobre sua vida extraordinária, cheia de amor, risos e um profundo orgulho de sua profissão”. No auge de sua popularidade, Rigg foi eleita a “estrela mais sexy da TV em todos os tempos” pela revista TV Guide. Isto aconteceu quando ela foi escalada como a sedutora espiã Emma Peel em “Os Vingadores”, seu primeiro papel na televisão. Enid Diana Elizabeth Rigg nasceu em 20 de julho de 1938, em Doncaster, Inglaterra, mas passou a infância com a família em Jodhpur, na Índia, onde seu pai trabalhava como gerente da ferrovia estadual. Tinha só 8 anos quando precisou a aprender a ser independente, enviada para estudar num internato na Inglaterra. “A Índia me deu um começo de vida glorioso”, disse Rigg em uma biografia de 2004 escrita por Kathleen Tracy. “Isso me deu independência de espírito”. Mas a transição para a triste Inglaterra foi difícil: “A escola não queria ser cruel, mas foi. Eu me sentia como um peixe fora d’água. Não conhecia ninguém. Comecei do zero… Com uma experiência como essa, sua vida muda. Você nunca mais dependerá de seus pais.” Notando seus dotes artísticos, os professores estimularam Rigg a estudar artes dramáticas. Ela estudou na Royal Academy of Dramatic Art, começou a trabalhar como modelo e, após uma breve passagem pela Royal Shakespeare Company, foi contratada para fazer sua estreia na TV. Rigg nunca tinha visto a série “Os Vingadores”, que, após as primeira temporadas com Honor Blackman, perdera a protagonista. Blackman abandonara a série para assumir o icônico papel de Pussy Galore em “007 Contra Goldfinger” (1964), e foi substituída brevemente por Julie Stevens. Mas a nova personagem, Venus Smith, não empolgou o público acostumado com Catherine Gale, a espiã que vestia couro, interpretada por Blackman. A série também estava prestes a começar a ser transmitida nos EUA e se tornar uma produção a cores, quando os produtores conceberam Emma Peel, cujo nome era um trocadilho para “M-Appeal”, apelo aos homens. A atriz interpretou a agente sexy em 51 episódios, de 1965 a 1968, e mostrou que era mais que tinha mais que sex appeal. Ela foi indicada a dois Emmys pelo papel. Como a terceira e mais popular das quatro parceiras femininas de John Steed (personagem de Patrick Macnee) na série britânica, Peel se tornou um ícone na Inglaterra e nos Estados Unidos. Além de sexy, sua independência e ousadia também trouxeram feminismo às aventuras de espionagem da série, fazendo com que “Os Vingadores” se tornasse uma das séries mais modernas da TV. De fato, era literalmente mod e também psicodélica. “Os Vingadores” marcou tanto a TV britânica que Rigg e suas colegas espiãs foram homenageadas pelo BAFTA em 2011 pelo legado de suas personagens à cultura pop. “Ela estava à frente de seu tempo”, disse Rigg em outra homenagem, um tributo de aniversário de 50 anos de Emma Peel, apresentado pelo British Film Institute. “Por acaso, ela se tornou essa mulher de vanguarda, e meu Deus, tive a sorte de ter a chance de interpretar essa mulher. Durante anos depois disso, as pessoas continuaram vindo até mim para dizer: ‘Você era minha heroína’ – não eu, Emma – ‘e me encorajou a fazer isso e aquilo.’ Sem exagerar na influência dela, eu realmente acho que ela foi uma influência muito, muito potente nas mulheres que reivindicaram seu lugar neste mundo.” Depois de duas temporadas, Rigg saiu de “Os Vingadores” para voltar à Royal Shakespeare Company. Os fãs ficaram devastados, mas esta decisão fez com que ela estreasse no cinema em 1968 numa adaptação de Shakespeare, “Sonhos de um Noite de Verão”, ao lado dos colegas da companhia, – ninguém menos que Helen Mirren, Ian Holm e Judi Dench. Diana pertencia a esta geração. No ano seguinte, a atriz protagonizou a comédia “O Sindicato do Crime” (1969), ao lado de Oliver Reed, e se tornou a primeira mulher a se casar com o agente secreto James Bond no cinema, em “007 – A Serviço Secreto de Sua Majestade” (1969). A carreira cinematográfica deslanchou, com papéis em “Júlio César” (1970), “Hospital” (1971), que lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro, e “As 7 Máscaras da Morte” (1973). Entretanto, ela não resistiu à proposta de estrelar sua própria série americana, batizada com seu nome. Em “Diana”, Rigg interpretou uma estilista de moda que trabalhava em uma loja de departamentos em Nova York após seu divórcio. Mas a atração era moderna demais para 1973 e acabou cancelada na 1ª temporada. Com o fim da série, descobriu que não conseguia mais papéis no cinema. Mas seguiu carreira na TV americana. Ela chegou a ser novamente indicada ao Emmy em 1975, pelo telefilme “In This House of Brede”, como uma mulher de negócios que se torna uma freira beneditina enclausurada. A atriz acabou voltando ao Reino Unido, onde passou a atuar em produções da BBC, montagens teatrais e eventuais filmes britânicos, como o mistério “Assassinato num Dia de Sol” (1982). Em 1994, foi nomeada Comandante da Ordem do Império Britânico por suas contribuições ao cinema e ao teatro, e de 1998 a 2008 serviu como reitora da Universidade de Stirling, na Escócia. A década de 1990 também a consagrou no palco e na telinha. Rigg ganhou seu Tony (o Oscar do teatro) em 1994 por interpretar o papel-título de “Medea”, e finalmente venceu o fugidio Emmy em 1997, pelo papel da governanta antagônica numa adaptação televisiva de “Rebecca, a Mulher Inesquecível”, de Daphne du Maurier. Ela seguia com pequenas aparições nas telas, incluindo “Doctor Who”, até ser escalada em outro papel que marcou época, como Lady Olenna, a “Rainha de Espinhos”, líder da casa Tyrell que enfrentou a ira da vilã Cersei em “Game of Thrones”. Rigg foi indicada a mais quatro Emmys por esse trabalho na série da HBO. Depois de “Game of Thrones”, ela viveu outra nobre na TV, a Duquesa de Buccleuch, na série “Vitória: A Vida de uma Rainha” (Victoria, 2017), mas o trabalho que lhe deu mais alegria, no final de sua vida, foi contracenar com a filha, Rachael Stirling, na série “The Detectorists”, entre 2015 e 2017. “Nós apenas continuamos rindo”, disse Rigg sobre a experiência. “A pessoas levam esse trabalho muito a sério. E é sério, é muito, muito sério, porque é uma comunhão entre você, o público e nós, os atores – mas, ao mesmo tempo, uma das minhas necessidades reais é me divertir”. Os últimos trabalhos da atriz, o filme “Last Night in Soho”, de Edgar Wright (“Em Ritmo de Fuga”), e a minissérie “Black Narcissus”, da BBC, devem estrear nos próximos meses.
007: Sem Tempo Para Morrer ganha novo trailer legendado repleto de ação
A Universal divulgou pôsteres e o novo trailer legendado de “007: Sem Tempo Para Morrer” repleto de cenas de ação. A prévia explora cada personagem, além de trazer muitas explosões, tiroteios sem fim e apresentar aliados e vilões. Entre as cenas mais mirabolantes, há até um avião que vira submarino. A trama envolve um segredo de Madeleine Swann (Léa Seydoux), a paixão do agente secreto 007, que é relacionado ao vilão da vez, o deformado Safin (Rami Malek). Graças a isso, James Bond (Daniel Craig) abandona a aposentadoria para embarcar numa última missão, aliando-se a velhos amigos. Chamar de amigo o vilão Blofeld (Christoph Waltz), de “007 Contra Spectre” (2015), é um pouco exagerado. Mas os demais, M (Ralph Fiennes), Q (Ben Whishaw) e Eve Moneypenny (Naomie Harris) apoiam Bond desde “007: Operação Skyfall” (2012). Além deles, o filme traz de volta o parceiro mais antigo ainda vivo na franquia, o agente da CIA Felix Leiter (Jeffrey Wright), visto em “007: Cassino Royale” (2006) e “007: Quantum of Solace” (2008). Mas também há novas aliadas, encarnadas por Ana de Armas (“Blade Runner 2049”) e Lashana Lynch (“Capitã Marvel”), que interpreta uma nova 007. O filme dirigido por Cary Joji Fukunaga (“Beasts of No Nation”) marcará a despedida de Daniel Craig do papel de James Bond e tem estreia marcada para 19 de novembro no Brasil, um dia antes do lançamento previsto nos EUA.










