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    Infiel: Último roteiro de cinema de Ingmar Bergman vai virar minissérie

    4 de julho de 2022 /

    O último roteiro cinematográfico escrito pelo mestre Ingmar Bergman (1918–2007) será transformado numa minissérie de seis episódios pelo canal sueco STV. Anunciado nesta segunda-feira (4/7), o projeto é uma adaptação do filme “Infiel”, escrito por Berman e dirigido por Liv Ullmann no ano 2000. A adaptação será uma coprodução com o estúdio dinamarquês Miso Film (que fez a série “The Rain” na Newtflix) e contará com direção do cineasta Tomas Alfredson (“O Espião Que Sabia Demais”). “Finalmente é a hora de fazer uma série de televisão do drama chocante de Ingmar Bergman”, disse Alfredson, no comunicado do projeto. A trama original explora a relação entre amor e paixão ardente, por meio de um triângulo amoroso que traz dolorosas consequências para a protagonista – que se envolve romanticamente com um amigo de seu marido. A história é vagamente baseada nas experiências de adultério do premiado diretor sueco e está sendo adaptada por Sara Johnsen (roteirista da série distópica “Occupied”). “Infiel” será a segunda minissérie seguida baseada num roteiro de Bergman, após a HBO lançar “Cenas de um Casamento” no ano passado. Veja abaixo o trailer do filme original – dublado em inglês para lançamento nos EUA.

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    Oscar Isaac descobriu ter feito cena de nu frontal pelas redes sociais

    19 de outubro de 2021 /

    O astro Oscar Isaac (“Star Wars: A Ascensão Skywalker”) descobriu ter protagonizado uma cena de nu frontal na minissérie “Scenes from a Marriage” (Cenas de um Casamento) pelas redes sociais. Em entrevista ao programa de TV “The View”, da rede americana ABC, ele contou que não tinha percebido tudo o que a gravação mostrava e só foi se dar conta por causa da repercussão. “Fiquei surpreso porque não sabia que isso ia ao ar. Você recebe o material para olhar e pensa ‘ok, não me importo com isso’. Mas eu vi em um laptop bem escuro e não percebi o que estava acontecendo lá embaixo”, contou o ator. “Foi uma surpresa quando comecei a ler essas coisas do tipo ‘É totalmente frontal’, e eu pensei ‘Do que vocês estão falando?’. Então eu vi, e claro como dia na tela grande da TV, está lá para todos verem.” Ao lado da atriz Jessica Chastain (“It – Capítulo 2”), sua parceira na produção, ele ainda brincou: “De nada, Twitter”. Por sua vez, Jessica Chastain revelou que não teve problemas para gravar as cenas de nudez total, mas exigiu que houvesse um equilíbrio entre a dupla. “Eu disse: ‘Estou confortável com toda a nudez, mas qualquer parte do meu corpo que você mostrar, você vai ter que mostrar o mesmo do Oscar”. A minissérie traz os dois atores como um casal em crise, acompanhando a desintegração de seu casamento. A produção é um remake americano da “Cenas de um Casamento” original, obra-prima do cineasta sueco Ingmar Bergman, inspirada por experiências do próprio diretor, incluindo seu relacionamento com a atriz Liv Ullmann, que estrelou a produção original – filmada com um orçamento pequeno em Estocolmo e Fårö em 1972. Depois de ser exibida na TV sueca em seis partes, a obra clássica foi condensada em uma versão para o cinema (de 2h49 minutos!) em 1974, ocasião em que venceu o Globo de Ouro de Melhor Filme em Língua Estrangeira. A exibição influenciou cineastas como Woody Allen e Richard Linklater, e ainda foi apontada como responsável pelo aumento na taxa de divórcios na Suécia nos anos 1970. “Cenas de um Casamento” também foi adaptada para o teatro e recebeu uma continuação, “Saraband”, em 2003, que se tornou o último longa da carreira de Bergman, falecido em 2007. A nova versão foi comandada pelo israelense Hagai Levi, criador das séries “The Affair” e “Em Terapia”, que escreveu e dirigiu os cinco episódios, exibidos entre 12 de setembro e 10 de outubro na HBO. A atração completa pode ser vista atualmente na HBO Max. Veja abaixo o trailer da minissérie e a divertida entrevista dos dois atores no programa “The View”.

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    Remake de “Cenas de um Casamento” ganha trailer com Oscar Issac e Jessica Chastain

    17 de agosto de 2021 /

    A HBO Max divulgou o pôster e o segundo trailer legendado de “Scenes from a Marriage”, minissérie que traz Oscar Issac (“Star Wars: A Ascensão Skywalker”) e Jessica Chastain (“It – Capítulo 2”) como um casal em crise. A produção é um remake americano de “Cenas de um Casamento”, obra-prima do cineasta sueco Ingmar Bergman. A minissérie original de 1973 acompanhava a desintegração do casamento de Marianne, uma advogada de família especializada em divórcio, e Johan, durante um período de 10 anos. E foi inspirada nas experiências do próprio Bergman, incluindo seu relacionamento com a atriz Liv Ullmann, que estrelou a produção original – filmada com um orçamento pequeno em Estocolmo e Fårö em 1972. Depois de ser exibida na TV sueca em seis partes, a minissérie foi condensada em uma versão para o cinema (de 2h49 minutos!) em 1974, ocasião em que venceu o Globo de Ouro de Melhor Filme em Língua Estrangeira. A obra influenciou cineastas como Woody Allen e Richard Linklater, e ainda foi apontada como responsável pelo aumento na taxa de divórcios na Suécia nos anos 1970. “Cenas de um Casamento” ainda foi adaptado para o teatro e recebeu uma continuação, “Saraband”, em 2003, que se tornou o último longa da carreira de Bergman, falecido em 2007. A nova versão está a cargo do israelense Hagai Levi, criador das séries “The Affair” e “Em Terapia”, que escreve e dirige os cinco episódios. Outros nomes do elenco são Nicole Beharie (“Sleepy Hollow”), Tovah Feldshuh (“The Walking Dead”), Maury Ginsberg (“Manifest”), Sunita Mani (“GLOW”) e a menina Lily Jane (“Sand Dollar Cove”). A atração terá première em 1 de setembro no Festival de Veneza e chega logo em seguida, em 12 de setembro, no canal HBO e na plataforma HBO Max.

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    Remake de “Cenas de um Casamento” ganha trailer com Oscar Issac e Jessica Chastain

    8 de julho de 2021 /

    A HBO divulgou o trailer legendado de “Scenes from a Marriage”, minissérie que traz Oscar Issac (“Star Wars: A Ascensão Skywalker”) e Jessica Chastain (“It – Capítulo 2”) como um casal em crise. A produção é um remake americano de “Cenas de um Casamento”, obra-prima de Ingmar Bergman. A minissérie original de 1973 acompanhava a desintegração do casamento de Marianne, uma advogada de família especializada em divórcio, e Johan, durante um período de 10 anos. E foi inspirada nas experiências do próprio Bergman, incluindo seu relacionamento com a atriz Liv Ullmann, que estrelou a produção original – filmada com um orçamento pequeno em Estocolmo e Fårö em 1972. Depois de ser exibida na TV sueca em seis partes, a minissérie foi condensada em uma versão para o cinema (de 2h49 minutos!) em 1974, ocasião em que venceu o Globo de Ouro de Melhor Filme em Língua Estrangeira. A obra influenciou cineastas como Woody Allen e Richard Linklater, e ainda foi apontada como responsável pelo aumento na taxa de divórcios na Suécia nos anos 1970. “Cenas de um Casamento” ainda foi adaptado para o teatro e recebeu uma continuação, “Saraband”, em 2003, que se tornou o último longa da carreira de Bergman, falecido em 2007. A nova versão está a cargo do israelense Hagai Levi, criador das séries “The Affair” e “Em Terapia”, que escreve e dirige os cinco episódios. Outros nomes do elenco são Nicole Beharie (“Sleepy Hollow”), Tovah Feldshuh (“The Walking Dead”), Maury Ginsberg (“Manifest”), Sunita Mani (“GLOW”) e a menina Lily Jane (“Sand Dollar Cove”). A estreia está marcada para setembro na TV paga e na plataforma de streaming HBO Max.

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    Cenas de um Casamento: Clássico de Bergman vai virar série com Oscar Issac

    9 de julho de 2020 /

    A HBO vai produzir um remake de “Cenas de um Casamento”, obra-prima de Ingmar Bergman. Originalmente uma minissérie de 1973, a atração voltará a seu formato inicial numa nova minissérie estrelada por Oscar Issac (“Star Wars: A Ascensão Skywalker”). A atriz Michelle Williams (“Todo o Dinheiro do Mundo”) está cotada para completar o casal. A história explora a desintegração do casamento entre Marianne, uma advogada de família especializada em divórcio, e Johan, durante um período de 10 anos. A trama foi inspirada nas próprias experiências de Bergman, incluindo seu relacionamento com a atriz Liv Ullmann, que estrelou a produção original – filmada com um orçamento pequeno em Estocolmo e Fårö em 1972. Depois de ser exibida na TV sueca em seis partes, a minissérie foi condensada em uma versão para o cinema (de 2h49 minutos!) em 1974 e venceu o Globo de Ouro de Melhor Filme em Língua Estrangeira. A obra influenciou cineastas como Woody Allen e Richard Linklater, e ainda foi apontada como responsável pelo aumento na taxa de divórcios na Suécia durante sua exibição. “Cenas de um Casamento” também foi adaptado para o teatro e recebeu uma continuação, “Saraband”, em 2003, que se tornou o último longa de Bergman. A adaptação está a cargo do israelense Hagai Levi, o criador das séries “The Affair” e “Em Terapia”. Ele vai escrever e dirigir os episódios. Não há previsão para a estreia.

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    Bibi Andersson (1935 – 2019)

    15 de abril de 2019 /

    A aclamada atriz sueca Bibi Andersson, que estrelou mais de uma dúzia de filmes de Ingmar Bergman, morreu aos 83 anos. A diretora Christina Olofson, amiga de longa data de Andersson, confirmou sua morte na mídia sueca no domingo (14/4). Andersson começou a atuar na adolescência e teve uma vasta carreira no cinema, na televisão e no palco, mas se tornou mundialmente conhecida por seu trabalho com Bergman. Ele a descobriu como atriz de comerciais, enquanto dirigia um anúncio para sabão em 1951 e a lançou no mesmo ano em “Senhoria Julia”. Ela acabou participando em 14 dos filmes do diretor, entre as décadas de 1950 e metade dos anos 1970. Inicialmente, Bergman escalou a atriz para papéis que transformavam sua beleza numa representação da inocência e da pureza. Chamava atenção como o sol parecia brilhar quando ela aparecia em cena, como a gentil esposa e mãe de “O Sétimo Selo” (1957). E como parecia sair de um conto de fada em “Morangos Silvestres” (1957), colhendo frutas na floresta. Bergman, no entanto, viu mais na atriz que uma loira deslumbrante. No mesmo filme, ele também a escalou como uma caroneira de língua afiada, fumando cachimbo e com um corte de cabelo curto. Andersson ganhou reconhecimento internacional logo em seguida com “No Limiar da Vida” (1958), que rendeu prêmios para suas quatro atrizes no Festival de Cannes – além de consagrar Bergman com o troféu de Melhor Diretor. Isso a tornou cortejada para diversos trabalhos com diferentes cineastas. Foi premiada como Melhor Atriz no Festival de Berlim por “A Amante Sueca” (1962), de Vilgot Sjöman. E logo Hollywood bateu à sua porta. Ela apareceu ao lado de James Garner e Sidney Poitier no western violento “Duelo em Diablo Canyon” (1966), como uma mulher sequestrada por Apaches que, uma vez resgatada, quer retornar para os índios. Também foi dirigida por John Huston em “Carta ao Kremlin” (1970), interpretou a esposa de Steve McQueen em “Um Inimigo do Povo” (1978), contracenou com Paul Newman na sci-fi “O Quinteto” (1979), dirigida por Robert Altman, embarcou no desastre “Aeroporto 79: O Concorde” (1979) e participou de “Entre a Vida e a Morte (1983), suspense do infame James Toback. Fez, ainda, vários filmes na Itália – a comédia “Você é a Favor ou Contra o Divórcio?” (1966), o giallo “O Sádico de Alma Negra” (1969), o drama “Entre Duas Paixões” (1970), etc. Tudo isso entre suas participações nos projetos de Bergman, filmes como “A Paixão de Ana” (1969) e a minissérie “Cenas de um Casamento” (1973), dividindo o protagonismo com Liv Ullman. A dupla Andersson e Ullman se cristalizou em “Quando Duas Mulheres Pecam” (mais conhecido pelo título original “Persona”), em 1966. A intensa atuação das duas atrizes, respectivamente enfermeira e paciente psiquiátrica, entrou para a história do cinema. E rendeu a Andersson seu primeiro de quatro prêmios Guldbagge (o equivalente sueco ao Oscar). Mas logo Bergman faria sua escolha por Ullman, a quem dedicou o posto de musa em seus filmes seguintes. A carreira de Andersson também incluiu três décadas de trabalho com o Royal Dramatic Theatre de Estocolmo, estrelando clássicos de Shakespeare, Molière e Chekhov, e duas aparições na Broadway nos anos 1970. Ela ainda trabalhou como diretora de teatro na Suécia, à frente de várias peças. E, durante a guerra civil na Iugoslávia, trabalhou com ONGs para levar o teatro e outras formas de cultura à região atingida pela guerra. Andersson fez poucos filmes depois do fim de sua parceria com Bergman nos anos 1970. Além dos americanos já citados, os destaques incluem o clássico sueco “A Festa de Babette” (1987) e o épico medieval “Arn: O Cavaleiro Templário” (2008), produção mais cara do cinema da Suécia, que lhe rendeu seu quarto Guldbagge. Sua última aparição no cinema foi na continuação deste filme, lançada em 2008.

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    Documentário sobre os 100 anos de Bergman projeta defeitos no brilho do gênio

    26 de julho de 2018 /

    O cineasta sueco Ingmar Bergman (1918-2007) é, indubitavelmente, um dos maiores talentos revelados pela história do cinema, em todos os tempos. Um dos poucos que merece, genuinamente, ser chamado de gênio. Seu trabalho no cinema inclui uma obra tão densa, rica e sofisticada, que não pode ser esquecida e merece ser sempre revista, principalmente na tela grande. Isso tem acontecido por conta do centenário de Bergman neste 2018. Algumas de suas obras-primas têm sido reexibidas em cópias restauradas nos cinemas. É o caso de “Gritos e Sussurros” (1972), “Persona” (1966), “Fanny e Alexander” (1982), “Cenas de um Casamento” (1974), “Face a Face” (1975), entre outras. O documentário recém-lançado “Bergman – 100 Anos”, de Jane Magnusson, reconhece esse talento todo e enfatiza a espantosa produtividade de Bergman, apontando para o ano de 1957. É incrível constatar que duas das maiores obras-primas do cinema tenham sido realizadas por ele nesse mesmo ano: “O Sétimo Selo” e “Morangos Silvestres’. Ainda em 1957, ele faria o filme “No Limiar da Vida”, montaria duas peças importantíssimas no teatro sueco, “Peer Gynt”, de Ibsen, e “Fausto”, de Goethe. Faria, ainda, duas outras peças teatrais e um telefilme. Isso aos 38 anos, já com seis filhos de três mulheres diferentes. Nesse ano, e nos seguintes, essa produtividade se manteve, em meio a dores estomacais que faziam com que ele se alimentasse basicamente de bolacha Maria e iogurte, tendo tido episódios de internação hospitalar por conta disso. O filme de Jane Magnusson está interessado em compreender como esse homem lidou com essas coisas simultaneamente e de que modo vida e obra se imbricam. Com isso, celebra a genialidade do trabalho que Bergman realizou, mas se debruça no lado negro da força, ou seja, nos problemas e defeitos pessoais que marcaram o diretor. Aborda, por exemplo, seu gênio difícil, sua competitividade com lances de crueldade, sua infidelidade em relação às mulheres e seu descaso em relação aos filhos. E sua condição de workaholic, indispensável para explicar tal produtividade. Lembra que Bergman chegou a ser um admirador de Hitler na juventude, e outras coisas mais. Uma homenagem nada chapa branca, portanto. Confesso que não me agradou muito essa “humanização” do artista, que se comporta como desconstrução de sua figura mítica. Ele próprio tratava de questões como essas em seus escritos, reconhecendo defeitos, admitindo erros e falhas de caráter. Mas, segundo o documentário “Bergman – 100 Anos”, ele mentia frequentemente. Muitas histórias que ele conta que viveu na infância, segundo seu irmão mais velho, não foram vividas por ele, mas pelo irmão. Enfim, não se poderia confiar nem no que ele escreveu a respeito de si mesmo. Pode ser, mas que importa isso agora? Tudo que ele viveu ou observou serviu de base para suas histórias, seus questionamentos, e habitou alguns dos personagens mais complexos de sua filmografia, com destaque para as mulheres. Um grande criador se vale de tudo isso, mescla e retrabalha lembranças, modifica, amplia, inventa. Além do que, a memória é seletiva, para todo mundo. Quantas vezes a gente acredita que viu e viveu coisas que, de fato, não aconteceram. Ou não desse modo, pelo menos. A obra de Ingmar Bergman é tão grande que tudo isso parece pouco relevante e não explica muita coisa, não. Temer a morte, ou as dores e sofrimentos que podem vir antes dela, todo mundo teme. Mas quantos, em função disso, produziram obras de arte significativas para nos fazer refletir sobre o tema, como Bergman fez em muitos de seus filmes? Bergman viveu 89 anos e deixou uma marca inconfundível na produção artística mundial. Seus filmes estão aí para testemunhar. Os livros que escreveu, também. Das grandes montagens teatrais restaram fotos e depoimentos. Celebrar os 100 anos do seu nascimento deve ser motivo de orgulho para toda a humanidade.

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    Estreias: Uma Quase Dupla e Ilha dos Cachorros chegam aos cinemas

    19 de julho de 2018 /

    Em tempo de férias escolares e de animações na liderança das bilheterias, “Ilha dos Cachorros” seria a estreia mais pertinente da semana. Mas infelizmente não tem um lançamento a altura. Nesta quinta (19/7) com apenas sete novidades nos cinemas, o lançamento mais amplo é da comédia brasileira “Uma Quase Dupla”, que mesmo assim chega em 369 salas – “apenas” mil salas a menos que “pré-estreia” de blockbuster americano recente. Versão tabajara das comédias de duplas de “tiras”, “Uma Quase Dupla” traz Tatá Werneck (“TOC: Transtornada Obsessiva Compulsiva”) como uma policial durona de cidade grande, que é forçada a fazer parceria com um policial delicado de cidade pequena, interpretado por Cauã Reymond (“Reza a Lenda”). Juntos, eles arrebentam portas, se estapeiam, revisam piadas do antigo “Zorra Total” e levam tombos gratuitos. Esta variação nacional de “Chumbo Grosso” (2007) tem direção de Marcus Baldini (de “Bruna Surfistinha” e “Os Homens São de Marte e é Pra Lá Que Eu Vou”). Já “Ilha dos Cachorros” é a obra que abriu o Festival de Berlim em fevereiro passado, rendeu o troféu de Melhor Direção a Wes Anderson e, com 90% de aprovação no Rotten Tomatoes, deve disputar o Oscar na categoria de Animação. Apesar disso, está sendo tratada com grande descaso no Brasil, último país do mundo em que chega aos cinemas, com distribuição em circuito intermediário e depois de seu lançamento em Blu-ray nos Estados Unidos. Do que se trata: segunda animação da carreira de Anderson, após “O Fantástico Sr. Raposo” (2009), a trama apresenta um futuro distópico em stop-motion, onde uma epidemia de gripe canina levou um político corrupto a isolar todos os cachorros numa ilha do Japão. Lá, os animais precisam lutar por restos de comida no lixo. Isto não impede um garotinho de ir até o local para tentar resgatar seu animalzinho de estimação e sensibilizar os demais cachorros a ajudá-lo na busca. O problema é que, como eles falam inglês, não entendem o que diz o menino japonês. Comédia para fãs de basquete, “Tio Drew” é o outro filme americano da programação. Traz o astro da NBA Kyrie Irving no papel do título, maquiado como “Vovô Sem Vergonha”, para parecer um velhinho que joga basquete como um atleta novinho. E quando um técnico que investiu todo seu dinheiro num time amador vê o talento de Drew, resolve transformá-lo em seu principal jogador. Mas Drew tem seu próprio time, e escala para jogar consigo os veteranos Shaquille O’Neal e Reggie Miller, entre outros “Vovô…Zonos”. É uma grande bobagem, que nasceu como comercial Pepsi-Cola. O personagem Tio Drew surgiu numa campanha do refrigerante de 2012 e o filme foi integrando na campanha de 2018. Como se sabe que beber refrigerante faz mal à saúde, a trama pode até servir de alerta não intencional, ao mostrar que um atleta como Irving vira velho da noite pro dia após abusar de Pepsi-Cola. Mas os gênios do marketing não devem ter pensado nisso quando investiram nessa produção. O destaque do circuito limitado é o drama francês “Orgulho”. Dirigido pelo ator israelense Yvan Attal (“Munique”), analisa o racismo no ambiente acadêmico, ao mostrar um renomado professor de Direito (o veterano Daniel Auteuil, de “Cache”) que ofende uma estudante imigrante de sua classe. Em vez de ser demitido, o professor recebe um “castigo”: ajudar a jovem a se preparar para um concurso de eloquência. A questão conduz a outro dilema ético: ela vai se sujeitar a trabalhar com seu torturador e ele, por acaso, não aproveitará a oportunidade para retomar seus comentários racistas? O fiel da balança é que, caso a aluna se recuse, o professor será demitido. Mas ela não sabe disso. Camélia Jordana, que vive a estudante, venceu o César (o Oscar francês) de Revelação do ano por seu papel. Os outros filmes são produções europeias medianas. O drama francês “Primavera em Casablanca” é uma antologia de intolerância, com cinco narrativas que formam um “Crash” marroquino. Melhor, o austríaco “Egon Schiele – Morte e a Donzela” é uma cinebiografia sexy do pintor do famoso quadro “Morte e a Donzela” com muitas modelos nuas. Por fim, o documentário sueco “Bergman – 100 Anos” celebra a carreira do cineasta Ingmar Bergman no ano do centenário de seu nascimento. Confira abaixo mais detalhes dos filmes, com sinopses oficiais e trailers, para ficar por dentro das estreias da semana nos cinemas. Ilha dos Cachorros | EUA | Animação Atari Kobayashi é um garoto japonês de 12 anos de idade. Ele mora na cidade de Megasaki, sob tutela do corrupto prefeito Kobayashi. O político aprova uma nova lei que proíbe os cachorros de morarem no local, fazendo com que todos os animais sejam enviados a uma ilha vizinha repleta de lixo. Como não aceita se separar do cachorro Spots, Atari convoca os amigos, rouba um jato em miniatura em parte em busca de seu fiel amigo, aventura que transforma completamente a vida da cidade. Uma Quase Dupla | Brasil | Comédia Quando uma série de assassinatos abala a bucólica rotina da cidade de Joinlândia, o calmo e pacato subdelegado Claudio (Cauã Reymond) recebe a ajuda da destemida e experiente investigadora Keyla (Tatá Werneck) nas investigações. No entanto, a diferença de ritmo e a falta de química dos dois só atrapalha a solução do misterioso caso. Tio Drew | EUA | Comédia Dax (Lil Rel Howery) é um grande fã de basquete, que atua como técnico de um time amador. Ele decide gastar todas as suas economias para garantir a presença de sua equipe em um campeonato de basquete de rua realizado no Harlem, em Nova York, de olho no prêmio de US$ 100 mil ao vencedor. No entanto, após uma série de eventos desastrosos, ele perde o controle do grupo e precisa urgentemente formar uma nova equipe. Para resolver o problema, ele recruta uma grande lenda do esporte, o incrível tio Drew (Kyrie Irving), que está aposentado há anos. Com um novo time repleto de setentões, Dax acredita que finalmente conseguirá alcançar uma vitória em sua carreira esportiva. O Orgulho | França | Drama Neïla Salah (Camélia Jordana), moradora do subúrbio de Paris, quer ser advogada e desde o primeiro dia de aula na universidade entra em confronto com Pierre Mazard (Daniel Auteuil), veterano professor conhecido por seus ataques explosivos de preconceito e arrogância. Filmado pelos alunos fazendo comentários extremamente grosseiros e racistas, ele é desafiado a preparar Neïla para vencer um concurso acadêmico de retórica em troca de uma segunda chance de seus superiores. As diferenças são muitas, assim como é enorme a quantidade de ensinamentos que um pode oferecer ao outro – caso consigam se entender. Primavera em Casablanca | França | Drama Cinco histórias separadas, uma ambientada na década de 1980, nas montanhas do Atlas, e as outras nos dias atuais, em Casablanca, Marrocos. No entanto, a distância temporal dessas narrativas não impede que a intolerância, a ignorância e a dificuldade em aceitar as diferenças, sejam as mesmas em todas elas. Egon Schiele – Morte e a Donzela | Áustria | Drama Egon Schiele foi um dos artistas mais provocativos de Viena no início do século 20. O jovem talentoso e sedutor conduziu sua vida e obra de acordo com as mulheres que o cercavam: Gerti, sua irmã mais nova e primeira musa, e Wally, paixão de sua vida, imortalizada na famosa pintura “Morte e a Donzela”. Causador de escândalos sociais, ele atraiu a atenção de artistas ousados como Gustav Klimt. Bergman – 100 anos | Suécia | Documentário Em 2018, o diretor sueco Ingmar Bergman, falecido em 2007, teria completado 100 anos. Este documentário resgata a obra monumental do cineasta, autor de filmes como “O Sétimo Selo”, “Morangos Silvestres”, “Persona”, “Gritos e Sussurros”, “Luz de Inverno”, “O Ovo da Serpente” e “Fanny e Alexander”. O foco é o ano de 1957, quando Bergman lança dois filmes, filma mais dois, dirige um telefilme e quatro peças de teatro. Conversando com atores, colaboradores, críticos e historiadores, o filme traça o retrato de um homem obsessivo, instável, difícil de lidar, mas ao mesmo tempo um dos maiores artistas da história da Suécia, e também o primeiro diretor a receber a “Palma das Palmas” no festival de Cannes.

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    Greta Gerwig e Mia Wasikowska filmarão na ilha em que morou Ingmar Bergman

    21 de maio de 2017 /

    A francesa Mia Hansen-Love, premiada como Melhor Diretora no Festival de Berlim deste ano por “O Que Está Por Vir?”, vai filmar seu primeiro longa falado em inglês, após dez anos de carreira. Intitulado “Bergman Island”, a produção será estrelada por Greta Gerwig (“Francis Ha”), Mia Wasikowska (“Alice Através do Espelho”) e John Turturro (“Transformers”). Escrito pela própria diretora, o filme vai se passar nas Ilhas Faroe, onde o cineasta sueco Ingmar Bergman (“O Sétimo Selo”, “Morangos Silvestres”) viveu os últimos anos de sua vida. A trama gira em torno de um jovem casal de cineastas americanos, que prepara os roteiros dos próximos filmes de suas carreira, buscando se inspirar no local em que viveu um dos maiores mestres da sétima arte. Segundo a sinopse, na medida em que o tempo avança, as linhas entre ficção e realidade começam a se confundir. O detalhe é que a metalinguagem que parece existir no projeto também pode incluir entrelinhas autobiográficas. Não se sabe até que ponto o romance entre Mia Hansen-Love e o cineasta francês Olivier Assayas (“Personal Shopper”), possa ter servido de inspiração para o projeto. A estreia de “Bergman Island” só deve acontecer em 2019.

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    Roteiro inédito de Ingmar Bergman será filmado por uma de suas maiores inimigas

    27 de outubro de 2016 /

    Um roteiro até então desconhecido, escrito pelo cineasta sueco Ingmar Bergman para uma antologia nunca concluída, que contaria também com obras do italiano Federico Fellini e do japonês Akira Kurosawa, finalmente vai sair do papel e virar filme, informou o jornal Dagens Nyheter. Intitulado “Sessenta e Quatro Minutos com Rebecka” e apontado como uma trama feminista, o roteiro foi escrito em 1969, mas a colaboração entre os lendários diretores não foi a frente. Por conta disso, texto ficou guardado até o início dos anos 2000, quando Bergman doou sua coleção para a fundação criada para preservar sua obra. A diretora que irá conduzir as filmagens, porém, talvez fosse vetada pelo próprio Bergman. Os dois eram inimigos declarados e se comportavam de forma hostil um com o outro até a morte do diretor, em 2007. Isto porque Bergman, apesar de seu cinema de grandes personagens femininas, era visto como tradicionalista e patriarcal, enquanto Suzanne Osten foi uma das fundadoras do movimento Grupo 8, coletivo feminista radical. Além disso, os dois também tiveram conflitos pessoais. A mãe de Suzanne, crítica de cinema e cineasta, havia trabalhado com Bergman em um de seus primeiros filmes, mas não conseguiu progredir numa indústria dominada por homens. O primeiro filme de Suzanne, “Mamma”, narra sua luta nesse meio, e retrata Bergman de forma pouco lisonjeira. Em 1990, quando lançou “The Guardian Angel”, Suzanne ganhou prêmios em vários festivais, mas não conseguiu nenhuma das oito estatuetas a que concorria no Festival de Glasgow. Bergman era o presidente do júri e ela atribui a ele sua derrota. Logo depois, a cineasta mandou uma longa carta atacando o diretor. Segundo Suzanne, Bergman teria dito a um amigo em comum para não trabalhar com ela. “Não chegue perto dela, eu vou dar um tiro nela”, teria dito o cineasta. O roteiro foi parar nas mãos de Suzanne de forma curiosa. E sem o seu envolvimento, talvez ele nunca fosse filmado. É que a ideia original se limitava à transformação do texto numa radionovela, a ser gravada em comemoração ao centenário de Bergman, em 2018. Como o diretor do departamento de drama da rádio nacional da Suécia, Sveriges Radio, era ex-aluno de Suzanne, ele ofereceu a tarefa de dirigir a versão radiofônica para a ex-professora, sem saber a fundo os problemas entre os dois cineastas. Contra todas as expectativas, Suzanne adorou o texto e decidiu ir além, adaptando a obra também para o cinema. “No começo, eu estava um pouco relutante”, contou a cineasta ao jornal The Guardian. “Eu tinha zero ideia do que era. E então eu fiquei muito entusiasmada quando li. Eu gritei na hora: uau! Ele foi feminista por 64 minutos!”. Muitos dos roteiros do cineasta sueco não chegaram a ser filmados, mas “Sessenta e Quatro minutos com Rebecka” se mantinha desconhecido mesmo dos mais dedicados estudiosos da obra do mestre sueco, segundo o Instituto Bergman. O roteiro finalmente se tornar conhecido por ocasião da radionovela, que irá ao ar no dia 6 de novembro. Já o lançamento do longa metragem está previsto para 2018, quando será comemorado o centenário de Bergman.

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    Mostra de São Paulo trará exposição e cópia restaurada de Persona, nos 50 anos da obra-prima de Bergman

    2 de outubro de 2016 /

    A 40ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo está trazendo ao Brasil a exposição “Behind the Mask — 50 Years of Persona” (Por trás da máscara — 50 anos de Persona), que promove um passeio audiovisual pelo mais experimental e enigmático trabalho do cineasta sueco Ingmar Bergman, que foi lançado no Brasil com o título “Quando Duas Mulheres Pecam”. Concebida originalmente para ocupar o Bergman Center, centro cultural que promove o acervo do diretor, a exibição foi reformatada para as dimensões do Itaú Cultural, na Avenida Paulista, onde ficará em cartaz entre os dias 15 de outubro e 6 de novembro. Composta por textos, fotos dos bastidores das filmagens, cartazes, objetos relacionados à produção, painéis interativos e videoinstalações, a exposição oferece extenso material que ajuda a contextualizar “Persona” na trajetória profissional e pessoal de Bergman, e o momento em que chegou aos cinemas. É a primeira parceria firmada entre a mostra brasileira e o órgão sueco, que planeja uma grande celebração para marcar o centenário de nascimento de Bergman, em 2018. Além da exposição, a Mostra também terá sessões com uma cópia restaurada do longa de 1966 e debate sobre a obra com a participação de Helén Beltrame-Linné, a brasileira que dirige o Bergman Center desde 2014. A história de “Persona” envolve um momento conturbado da vida do diretor. Bergman escrevera o roteiro de um longa-metragem para a atriz Bibi Andersson, com quem tivera um relacionamento amoroso, mas ficou doente antes de iniciar as filmagens. Enquanto estava no hospital, viu uma foto em que Bibi e a também atriz Liv Ullmann estavam juntas e, inspirado pela semelhança física entre elas, desenvolveu o argumento de “Persona”, drama psicológico sobre duas mulheres cujas identidades se fundem gradualmente uma na outra. Quando chegou aos cinemas, a obra dividiu opiniões, causando estranheza e maravilhamento. Por todas as suas ambições psicológicas e narrativas (supercloses, fusão de imagens, “queima” do filme em plena projeção), “Persona” se tornou um dos filmes mais comentados dos anos 1960, a ponto de a crítica de arte americana Susan Sontag publicar um ensaio em que dizia que o filme estava “fadado a incomodar, aturdir e frustrar a maioria do público”.

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