Incêndio causa explosão e queda de energia nos estúdios da Warner
Os estúdios da Warner Bros. em Burbank, na Califórnia, foram cenário de um incêndio alarmante na tarde desta sexta-feira (30/6). De acordo com o site The Hollywood Reporter, o incidente aconteceu após um transformador explodir no estacionamento do estúdio e chamou a atenção com uma enorme nuvem cinza cobrindo o local. As informações apontam que pessoas próximas ao local ouviram o barulho da explosão por volta das 14h e imediatamente ligaram para o Departamento de Bombeiros. Segundo os portais de notícias americanos, o fogo foi controlado em 30 minutos e não causou danos aos prédios. Além disso, não houve relato de pessoas feridas. Fumaça negra Nas redes sociais, imagens da Warner envolta em fumaça viralizaram, deixando os internautas chocados com a enorme nuvem cinza vinda do local. De acordo com o Daily Mail, um usuário do Twitter afirmou ter ouvido um “grande estrondo” e que a energia “cintilou” antes que o céu se enchesse com a fumaça. Outros também afirmaram que as luzes foram afetadas em alguns quarteirões em torno do famoso estúdio. Algumas fontes afirmaram ao Deadline que a explosão acabou causando uma perda de energia temporária no local. Causa do incêndio Ainda sem uma causa revelada, o acontecimento foi considerado como um “acidente” pelas autoridades, mas as investigações devem continuar, segundo o canal Fox de Los Angeles. Vale mencionar que a Califórnia está lidando com um verão desafiador e se prepara para receber fortes ondas de calor. Durante esse período do ano, a temperatura da região causa secas e diversos incêndios florestais. ATUALIZAÇÃO 🚨 Um incêndio decorrido de um curto circuito nos estúdios da Warner Bros. deixou uma nuvem de fumaça sobre o lote em Burbank. Os bombeiros conseguiram conter o incêndio. NÃO houve feridos. pic.twitter.com/Ubz3EsQEVe — DC Brasil – Fan Account (@_DCCBRASIL) June 30, 2023 RIGHT NOW: Major fire at @wbpictures To all employees, contract workers, and picketers, STAY SAFE!@warnerbros @WGAWest @PreWGAStrike @wgastrikeunite #wb #warnerbros #fire #backlotfire #soundstagefire pic.twitter.com/fLbvVsypdT — Erik Deutscher (@ErikTheAnimal) June 30, 2023 Fire breaks out on Warner Bros. Discovery Studio lot. (Via: Deadline) pic.twitter.com/vapX3H6YIV — The Hollywood Handle (@hollywoodhandle) June 30, 2023 Bad fire happening on the Warner Bros lot pic.twitter.com/F453upv6oU — chris kidder (@chriskidder) June 30, 2023
Ryan Murphy, criador de “Dahmer”, troca Netflix por Disney
Ryan Murphy, criador de vários sucessos recentes do streaming, como “Dahmer: Um Canibal Americano” e “Bem-Vindos à Vizinhança”, decidiu deixar a Netflix após o fim do seu contrato de R$ 300 milhões. O acordo teve um período de vigência de cinco anos para Murphy desenvolver diversas produções no streaming. Sem interesse de renovar o compromisso, o megaprodutor preferiu se juntar a uma das principais concorrentes da Netflix: a Disney. De acordo com a imprensa americana, Murphy está discutindo um novo contrato com sua colega de longa data Dana Walden, que atua como co-presidente na Disney Entertainment. O site revelou que o acordo ainda não foi concluído, mas o plano é trazer Murphy de volta à FX Networks, onde ele criou “American Horror Story”, “Pose”, “Scream Queens”, “Feud” e outras produções. A Disney não quis comentar as negociações. O site The Hollywood Reporter cita a existência de conflitos entre Murphy e Ted Sarandos, diretor de conteúdo da Netflix. A tensão teria acontecido quando Murphy foi anunciado como produtor das séries “American Sports Story” e “American Love Story” na plataforma Hulu, da Disney. Apesar do encerramento do contrato na Netflix, ele vai continuar produzindo as próximas temporadas das séries que criou na plataforma, como “Dahmer: Um Canibal Americano”, que vai virar uma antologia focada em serial killers. Contrato milionário demorou a dar resultados A Netflix contratou Murphy em 2018, mesmo ano em que também fechou com Shonda Rhimes. Ambos foram roubados da Disney – Murphy da FX e Rhimes da ABC. Mas enquanto Rhimes demorou a lançar suas séries, vindo a estourar com o sucesso de “Bridgerton” e “Rainha Charlotte”, Murphy lançou rapidamente os primeiros projetos, que foram fracassos já esquecidos, como as minisséries “Hollywood” (2020), “Halston” (2021) e o filme “A Festa de Formatura” (2020). Foi apenas no ano passado, com as séries de suspense “Dahmer: Um Canibal Americano” e “Bem-Vindos à Vizinhança” que Murphy conquistou um público significativo no streaming. Apesar do alto valor, o acordo de Murphy não exigia exclusividade do escritor com a Netflix, uma vez que ele tinha vários projetos com a FX e a Fox. Dessa forma, ele continuou produzindo suas séries “American Horror Story” e “9-1-1”, que passaram a ganhar derivados – “American Horror Stories” e “9-1-1: Lone Star”. Além disso, atrações mais antigas, como “Feud”, foram recentemente reativadas.
Zoe Saldaña se assusta com adiamentos de “Avatar”: “Vou ter 53 anos”
Zoe Saldaña, que interpreta Neytiri na franquia “Avatar”, comentou o adiamento das datas dos filmes da franquia de James Cameron. Recentemente, a Disney anunciou novas datas para as três próximas sequências de “Avatar”, estendendo o calendário de lançamentos até 2031. A atriz compartilhou sua reação inesperada no Instagram. “Ótimo! Vou fazer 53 anos quando o último ‘Avatar’ for lançado”, ela escreveu, em tom de brincadeira, acrescentando um emoji assustado. “Eu tinha 27 anos quando filmei o primeiro ‘Avatar'”, ainda lembrou. Ao lado da atriz, o ator Sam Worthington, que interpreta Jake Sully na franquia, terá 55 anos no lançamento do último filme. Enquanto o diretor, James Cameron, terá 77 anos. Após o primeiro filme lançado em 2009, a Disney levou 13 anos para lançar a primeira sequência. Intitulado “Avatar: O Caminho da Água”, o longa estreou nos cinemas em dezembro de 2022, fez sucesso entre o público e a crítica, e arrecadou US$ 2,3 bilhões em bilheteria no mundo todo. Motivo por trás dos adiamentos da Disney Inicialmente, a Disney planejava lançar as sequências de “Avatar” com um intervalo de dois anos entre cada filme, com o terceiro previsto para 2024. No entanto, as datas foram alteradas devido à greve dos roteiristas, que tem afetado diversas produções em Hollywood. Apesar dos roteiros dos próximos filmes já terem sido finalizados, a produção não deixou de ser impactada pela greve e foi adiada junto a outros filmes do estúdio. “Avatar 3” chegará aos cinemas em 19 de dezembro de 2025, seguido por “Avatar 4” em 21 de dezembro de 2029 e “Avatar 5” em 19 de dezembro de 2031. Nesse ritmo, o último filme da série “Avatar” será lançado 22 anos após o sucesso do filme original. Próximos filmes terão salto temporal Com os adiamentos, aumentam as especulações sobre as tramas dos próximos filmes. Recentemente, James Cameron revelou que “Avatar 3” vai apresentar uma raça antagônica do povo de Pandora, os Na’vi, conhecidos como “Ash People”. Em entrevista a revista Empire, o produtor da franquia, Jon Landau compartilhou alguns detalhes sobre o povo desconhecido pelo público. Ele descreveu a novo tribo como “uma raça agressiva e vulcânica” que será comandada por Varang, líder interpretada por Oona Chaplin, neta de Charlie Chaplin. Além disso, o produtor revelou que haverá um salto temporal para “Avatar 4”, enquanto “Avatar 5” terá parte de sua trama ambientada na Terra. “Vamos fazer isso para abrir os olhos das pessoas, abrir os olhos de Neytiri, para o que existe na Terra”, declarou.
Disney adia filmes da Marvel e joga “Avatar 3” para 2025
A Disney anunciou mudanças drásticas nas datas de lançamentos de seus filmes, incluindo longas da Marvel e “Star Wars”, além de postergar ainda mais as sequências de “Avatar”. O estúdio precisou interromper filmagens devido à greve dos roteiristas que tem afetado Hollywood. Apesar de as estreias deste ano ficarem intactas, os lançamentos que estavam agendados a partir de 2024 sofreram com o impacto. O adiamento das continuações de “Avatar” ganharam destaque pelo longo período de distância de “Avatar 2”, lançado em dezembro do ano passado. “Avatar 3” chegaria aos cinemas em 20 de dezembro de 2024, mas foi jogado para 19 de dezembro de 2025. Essa mudança impacta os outros filmes da franquia, com “Avatar 4” passando de 18 de dezembro de 2026 para 21 de dezembro de 2029, enquanto “Avatar 5” vai de 22 de dezembro de 2028 para 19 de dezembro de 2031, três anos depois da previsão inicial. Embora todos os roteiros de “Avatar” já estejam finalizados, a greve afeta o cronograma das produções. No Twitter, o produtor Jon Landau comentou que os filmes, dirigidos por James Cameron, exigem tempo e esforço. “Cada filme Avatar é uma tarefa emocionante, porém épica, que requer tempo para alcançar o nível de qualidade almejado por nós, cineastas, e esperado pelo público”, escreveu. “A equipe está trabalhando arduamente e mal pode esperar para levar o público de volta a Pandora em dezembro de 2025”. Próximo “Vingadores” apenas em 2026 No caso dos filmes do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU), a maior preocupação gira em torno dos títulos em pré-produção, que ainda não deram início as gravações. Dentre eles, “Thunderbolts” e “Blade”. Enquanto a estreia de “Thunderbolts” permanece em 2024, passando de 26 de julho para 20 de dezembro, e nova versão de “Blade” virou a página do calendário, adiada – novamente – de 6 de setembro de 2024 para 14 de fevereiro de 2025. As duas produções ainda não tem os roteiros finalizados, assim como “Vingadores: Dinastia Kang”, que estava previsto para 2 de maio de 2025 e foi adiado para 1º de maio de 2026. “Vingadores: Guerras Secretas” também teve seu lançamento adiado por mais um ano, passando de 1º de maio de 2026 para 7 de maio de 2027. A produção que está mais encaminhada é “Deadpool 3”, que agora estreia em 3 de maio de 2024. Enquanto isso, o novo filme do Capitão América, com subtítulo “Brave New World” (Admirável Mundo Novo, em tradução livre), foi empurrado para 26 de julho de 2024. Por fim, a estreia do novo “Quarteto Fantástico” passou de 14 de fevereiro para 2 de maio 2025. Star Wars e live-action de Moana Ainda sem títulos oficiais ou sinopses reveladas, os próximos filmes de “Star Wars” só vão começar a chegar em 2025. O primeiro será lançado em 19 de dezembro de 2025 e outro em 18 de dezembro de 2026, com uma distância de apenas seis meses um do outro. Em compensação, a versão live-action de “Moana”, estrelada por Dwayne “The Rock” Johnson, teve sua data de lançamento marcada para 27 de junho de 2025, cerca de uma semana antes da data anteriormente planejada, que era 2 de julho. Each Avatar film is an exciting but epic undertaking that takes time to bring to the quality level we as filmmakers strive for and audiences have come to expect. The team is hard at work and can’t wait to bring audiences back to Pandora in December 2025. pic.twitter.com/DrFX01qzTa — Jon Landau (@jonlandau) June 13, 2023
Johnny Depp ironiza retorno ao cinema: “Não fui a lugar nenhum”
Depois de aplausos na première de “Jean du Barry” no Festival de Cannes, Johnny Depp chegou atrasado à entrevista coletiva do filme para ironizar perguntas sobre sua carreira feitas pela imprensa internacional presente ao evento francês. Para começar, ressaltou que nunca desapareceu do cenário cinematográfico e que a ideia de um “retorno” é bizarra. “Fico me perguntando sobre a palavra ‘retorno’ porque não fui a lugar nenhum”, disse, acrescentando que continua morando do lado de Hollywood. Entretanto, o ator assumiu ter enfrentado um boicote durante sua disputa judicial com a ex-esposa, Amber Heard. “Você tem que ter sangue de barata (ou não ter pulso) para não perceber, ou sentir, que isso está acontecendo. Claro que, quando você é convidado a se demitir do filme que está fazendo por algo que é apenas um monte de vogais e consoantes flutuando no ar, sim, você se sente um pouco boicotado”, confessou. Devido a sua imagem vinculada ao processo e centenas de protestos contra o ator, ele acabou afastado das filmagens de “Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore”, em que voltaria a viver o vilão Gellert Grindelwald, e também teve seu futuro na franquia “Piratas do Caribe” dado como encerrado. Apesar disso, afirmou que a sensação de boicote já passou. Com seu novo filme de origem francesa, o ator declarou que não depende mais de Hollywood para dar continuidade na carreira. “Não penso em Hollywood. Não preciso mais de Hollywood para mim”, afirmou. Sobre os tantos protestos, sobretudo nas redes sociais, em relação à sua presença em Cannes, Depp disse que a maioria das coisas que escrevem sobre ele e sua vida é “ficção escrita de maneira horrível e fantástica”. “Quem são estas pessoas? Por que elas se importam com isso? Algum tipo de gente, um bando de gente que está atrás da luz de um computador, anônima”, observou. Fazendo-se de sonsa, a diretora do filme alegou ignorância sobre as polêmicas. “Eu não sei o que se publica sobre Depp, eu não leio notícias”, disse Maïween. “Jeanne Du Barry” marca o primeiro filme protagonizado por Depp em três anos. Dirigido por Maïwenn, o longa tem enfrentado polêmicas que vão além do “retorno” de Depp, relacionadas ao caso de agressão da diretora contra um jornalista francês. Mesmo diante desse caldo, o filme foi escolhido para abrir o 76º Festival de Cannes. A recepção calorosa do longa no evento, que rendeu aplausos de sete minutos após o término da sessão, emocionou Depp. Contudo, o filme teve uma recepção mista entre os críticos. No site especializado Rotten Tomatoes, o longa clássico marca 60% de aprovação. Ainda não há previsão de estreia do filme no Brasil.
Netflix lança trailer de documentário sobre Arnold Schwarzenegger
A Netflix divulgou o pôster e o trailer de “Arnold”, série documental sobre o ator Arnold Schwarzenegger (“O Exterminador do Futuro”). Com três episódios, a produção narra o sucesso do ícone de ação no fisiculturismo, sua ascensão nas bilheterias de Hollywood e sua carreira política como governador da Califórnia. “Haverá problemas e problemas, mas quero fazer as coisas que todo mundo chama de impossível”, diz Schwarzenegger em uma das cenas da prévia, que mostra as várias atividades do astro e também detalhes sobre a sua vida pessoal. O projeto conta com a direção de Lesley Chilcott (“Watson”) e produção executiva de Allen Hughes (“O Livro de Eli”). Além disso, o astro está prestes a protagonizar, na mesma Netflix, a comédia de ação “Fubar”, que estreia em 25 de maio. “Arnold” chega ao streaming em 7 de junho.
Disney exige que showrunners trabalhem durante greve dos roteiristas
O departamento jurídico da ABC Signature, estúdio responsável por várias séries da Disney, enviou uma carta aos showrunners de suas séries, informando que, apesar da greve dos roteiristas nos EUA, eles deveriam continuar realizando suas funções de produção, não relacionadas à escrita. “Queremos especificamente reiterar que, como showrunner ou roteirista, você não está dispensado de realizar a suas funções como showrunner e/ou produtor na sua série como resultado da greve do Sindicato dos Roteiristas dos EUA (WGA, na sigla em inglês). Seu contrato com o estúdio requer que você realize suas funções como showrunner e/ou produtor, mesmo que a WGA tente multá-lo por prestar tais serviços durante a greve”, escreveu Bob McPhail, o assistente do chefe de aconselhamento da ABC Signature, empresa pertencente à Disney, na carta enviada aos showrunners. “Suas funções como showrunner e/ou produtor não estão dispensadas, suspensas ou terminadas até que você seja notificado por escrito pelo estúdio.” A carta foi enviada na quarta (3/5), o segundo dia da greve do Sindicato dos Roteiristas dos EUA, após a paralisação das negociações com a Aliança de Produtores de Cinema e Televisão (AMPTP, na sigla em inglês), que representa estúdios e streamings. O Sindicato dos Roteiristas decretou greve geral na terça (2/5) em busca de aumentos em seus salários e outras reinvindicações financeiras ligadas aos streaming, além de exigirem controle no uso de inteligência artificial na criação de roteiros pelos estúdios. Os showrunners, que geralmente também são roteiristas, suspenderam suas atividades em várias séries. Num caso extremo, “O Senhor dos Anéis: O Anel do Poder” está terminando de gravar os episódios de sua 2ª temporada sem a presença dos showrunners no set, com todas as decisões deixadas a cargo dos diretores e produtores. Em sua nota, a ABC Signature defende que showrunners podem executar várias atividades, inclusive de roteiro, que a WGA considera função de produtores. “Você pode, juntamente com outros serviços não escritos, ser obrigado a realizar serviços de produtor”, como fazer cortes nos roteiros para economia de tempo, pequenas mudanças nos diálogos ou narrações durante a produção e “mudanças nas direções técnicas ou de cena”. Esses são deveres que, segundo o contrato do WGA, produtores não-escritores podem realizar em qualquer projeto. Só que as regras de greve do WGA proíbem explicitamente que os membros do sindicato realizem essas atividades durante a paralisação de trabalho. “As regras proíbem jornada dupla (membros que ocupam cargos duplos) e a realização de quaisquer serviços de escrita”, diz a WGA, o que coloca os showrunners em uma posição difícil, entre as exigências dos empregadores e do próprio sindicato.
“Cobra Kai”, “Yellowjackets” e mais séries são paralisadas pela greve dos roteiristas dos EUA
Com a greve movimentada pelo Sindicato dos Roteiristas de cinema, séries e programas de TV dos EUA, a indústria americana do entretenimento enfrenta um momento complicado. Programas ao vivo e talk shows são os principais afetados por terem uma demanda imediata, mas muitas séries também não ficam ilesas. “Cobra Kai”, “Yellowjackets”, “Power Book III: Raising Kanan” e “Abbott Elementary” são algumas das produções que foram paralisadas. Segundo o Sindicato dos Roteiristas dos EUA (WGA, na sigla em inglês), a greve é um resultado da falta de ajustes de salário e direitos trabalhistas para roteiristas em Hollywood. Com o sucesso de streamings e novas tecnologias no mercado, grandes companhias como Disney e Netflix se recusam a entrar em acordo para um aumento salarial e remuneração específica para o streaming. Como consequência, diversas salas de roteiristas tiveram suas atividades pausadas. Por outro lado, há séries que já estão com os roteiros finalizados, como é o caso de “A Casa do Dragão”. Para o alívio da HBO, o material escrito para a 2ª temporada do spin-off de “Game of Thrones” já estava concluído. De acordo com a Variaty, o cronograma de gravações segue sem alterações, mas sem alternativas caso haja necessidade de reescrita nos episódios. Sucesso na Netflix, a produção da 6ª temporada de “Cobra Kai” foi a primeira a ser paralisada. O co-criador da série, Jon Hurwitz, postou uma foto com a equipe de roteiristas no Twitter e confirmou que o grupo não estava no set de filmagens. Dessa forma, as gravações da última temporada devem ser atrasadas. Já nos estúdios da Showtime, a série “Yellowjackets” também foi afetada pela greve. No Twitter, a co-criadora Ashley Lyle revelou que o trabalho foi interrompido. Segundo ela, os roteiristas haviam se reunido apenas uma vez antes da greve para a produção da 3ª temporada. Mesmo assim, Lyle declarou estar animada para voltar assim que o Sindicato dos Roteiristas dos EUA (WGA, na sigla em inglês) conseguir um acordo justo. A sitcom “Night Court”, da NBC, acabou de encerrar a produção da 2ª temporada, mas deveria retomar as gravações na próxima semana. No entanto, a continuidade do projeto é impossível sem os escritores, por isso a série deve ficar pausada por enquanto. A escritora de “Abbott Elementary”, Brittani Nichols, também comentou a greve em uma entrevista ao Democracy Now, afirmando que a indústria é capaz de atender aos pedidos dos roteiristas, mas os estúdios priorizam Wall Street, não os trabalhadores. A série está entre aquelas que estão paralisadas no momento. Grandes sucessos da TV nos EUA, “The Late Show”, “Jimmy Kimmel Live!”, “The Tonight Show” e “Late Night” seguem paralisados e vão transmitir reprises durante seu horário na grade televisiva. O famoso programa humorístico “Saturday Night Live” também pausou a produção e irá ao ar com os episódios já gravados.
Talk shows e “Saturday Night Live” saem do ar devido à greve dos roteiristas dos EUA
A greve dos roteiristas, que iniciou nesta segunda-feira (2/4), ocasionou a suspensão de alguns dos principais programas noturnos de Hollywood. O “Jimmy Kimmel Live!” da ABC, “Late Show With Stephen Colbert” da CBS, “Tonight Show Starring Jimmy Fallon” e “Late Night With Seth Meyers” da NBC, “The Daily Show” da Comedy Central, “Real Time With Bill Maher” e “Last Week Tonight With John Oliver”, da HBO, além do popular humorístico “Saturday Night Live”, da NBC, tiveram suas produções interrompidas depois que o Sindicato dos Roteiristas dos EUA (WGA, na sigla em inglês) oficializou a greve entre os profissionais. Por hora, para resolver o problema, as emissoras da TV aberta passarão reprises. Já a HBO decidiu exibir filmes no lugar de seus programas. “Sem [nossos roteiristas], este programa se chamaria ‘The Late Show’ com um cara tagarelando sobre Senhor dos Anéis e barcos durante uma hora. Esta negociação afeta toda a nossa equipe, que trabalha tão duro para trazer este programa todas as noites, é por isso que todos, inclusive eu mesmo, esperam que ambos os lados cheguem a um acordo”, disse o apresentador Steve Colbert. Ele continuou: “Eu apoio a negociação coletiva. Esta nação deve muito aos sindicatos. Eles são a razão pela qual temos fins de semana e, por extensão, porque temos o ‘TGI Fridays’. Então, da próxima vez que você saborear um hambúrguer whiskey glazed blaze, agradeça a um sindicato”. Seth Meyers também expressou apoio ao sindicato e aos seus escritores, dizendo: “Uma redação forte é essencial para este programa – é essencial para qualquer programa em que o apresentador, como eu, seja, na melhor das hipóteses, um intérprete C+. Eu realmente preciso das piadas. Eu amo escrever, amo escrever para TV e para este programa”, afirmou. “Ninguém tem direito a um emprego na indústria do entretenimento, mas aqueles que têm um emprego nessa indústria têm direito a uma remuneração justa. Eles têm direito a ganhar a vida – acho que é um pedido muito razoável feita pelo sindicato e tem meu apoio”. O Sindicato dos Roteiristas iniciou a greve após impasse nas negociações com a Aliança dos Produtores de TV e Filmes (AMPTP, na sigla em inglês), que representa os estúdios e serviços de streaming,. As negociações foram canceladas na segunda-feira (1/5), mesmo dia em que contrato dos escritores com os estúdios expirou. As demandas do sindicato incluem aumento dos salários para programas de streaming, transparência de dados, níveis mínimos de contratação para roteiristas, residuais por permanência de trabalhos em streaming e regulamentações sobre o uso de Inteligência Artificial na escrita.
Greve de roteiristas paralisa produção de filmes e programação de TV nos EUA
Cerca de 11 mil roteiristas de cinema, séries e programas de TV entraram em greve nesta terça-feira (2/4), nos EUA. As paralisações devem afetar imediatamente a produção televisiva dos EUA, principalmente as atrações ao vivo, talk shows e programas de variedade. Segundo o Sindicato dos Roteiristas dos EUA (WGA, na sigla em inglês), a decisão foi o resultado de impasse nas sucessivas tentativas de acordo entre os roteiristas profissionais – que pedem aumento salarial -, e os grandes estúdios, como Disney e Netflix, que se recusam a negociar. Os apelos dos roteiristas incluem defasagem dos salários, que não acompanham os ajustes da inflação, produção de séries com temporadas mais curtas e, portanto, salários menores e também a falta de pagamento por ganhos residuais – ou seja que a remuneração por reprises, que já ocorre na TV aberta ou paga, seja estendida ao streaming. Por exemplo, até hoje, o elenco e os roteiristas de séries como “Friends” recebem cada vez que o programa é retransmitido. Contudo, o mesmo não ocorre com relação à permanência das séries nas plataformas de streaming, já que os roteiristas ganham um valor fixo pelo seu trabalho. Outro fator que está em jogo é a questão das novas tecnologias. Os profissionais querem a regulamentação do uso de Inteligência Artificial para a escrita de roteiros. Atualmente, o WGA pede uma lei que proíba o uso de IA para escrever ou adaptar um texto. A AMPTP (Alliance of Motion Picture and Television Picture), que representa os estúdios, por sua vez, quer realizar reuniões anuais para discutir sobre o uso da tecnologia em novos projetos. A última vez que a categoria entrou em greve foi entre os meses de novembro de 2007 e janeiro de 2008. Na época, a suspensão durou 100 dias e custou US$ 2,1 milhões para a economia da Califórnia. Além disso, filmes e séries tiveram que ser adiados ou encurtados. Produções como “Breaking Bad”, “Heroes”, “Grey’s Anatomy” e “Lost” foram algumas que sofreram as consequências da paralisação. No momento, não existe previsão para o fim da greve e nem de um possível acordo entre roteiristas e estúdios.
O Simpatizante: Série de Robert Downey Jr. ganha primeiro trailer
A HBO divulgou o primeiro teaser da minissérie “O Simpatizante” (The Sympathizer), estrelada e produzida por Robert Downey Jr. (“Vingadores: Ultimato”), que estreará em 2024. O vídeo apresenta um vislumbre dos quatro personagens interpretados pelo ator na trama, além de destacar o protagonista vivido por Hoa Xuande (“Cowboy Bebop”), um espião comunista infiltrado em Hollywood durante a Guerra do Vietnã. A série adapta o livro satírico homônimo de 2015 do professor vietnamita-americano Viet Thanh Nguyen, consagrado com o Prêmio Pulitzer. A história acompanha um espião norte-vietnamita, que se passa por refugiado sul-vietnamita para viver nos EUA, onde acaba virando consultor cultural de uma grande produção de Hollywood sobre a Guerra do Vietnã, no estilo de “Platoon” e “Apocalypse Now”. Xuande interpreta o personagem principal, conhecido apenas como “Capitão”. Ele saiu do Vietnã durante a queda de Saigon em 1975, indo parar nos EUA, onde se envolve com uma comunidade de exilados do sul da Califórnia e, eventualmente, entra no mundo do cinema. Já Downey Jr. desempenha vários papéis, representando elementos diferentes do establishment americano, incluindo um congressista emergente, um agente da CIA e um diretor de cinema. O elenco também conta com a atriz canadense Sandra Oh (“Killing Eve”) e vários atores vietnamitas como Fred Nguyen Khan (“District 31”), Toan Le (“Pé Grande”), Vy Le (“MacGyver”), Duy Nguyen (“Stage of Love”), Kayli Tran (“Ambulância – Um Dia de Crime”) e VyVy Nguyen (“Wasted”). A adaptação foi escrita pelo roteirista Don McKellar (“Ensaio Sobre a Cegueira”) e terá episódios dirigidos pelo sul-coreano Park Chan-wook (“Oldboy”), o brasileiro Fernando Meirelles (também de “Ensaio Sobre a Cegueira”) e Marc Munden (“Utopia”). Além de atuar, Downey Jr. é um dos produtores, junto com sua esposa e sócia Susan Downey, Chan-wook, McKellar e executivos do estúdio indie A24.
Quentin Tarantino pode filmar seu último longa ainda este ano
A aposentadoria de Quentin Tarantino (“Era Uma Vez em Hollywood”) parece estar mais próxima do que nunca. De acordo com fontes do The Hollywood Reporter, o celebrado cineasta teria definido seu último filme, intitulado “The Movie Critic”, e o filmaria ainda este ano. O enredo deve ser ambientado na cidade de Los Angeles na década de 1970, e deve acompanhar uma mulher crítica de cinema, mas os detalhes estão sendo mantidos em total segredo. Especula-se que a história seja baseada em Pauline Kael, uma das críticas de cinema mais influentes de todos os tempos, falecida em 2001. Ela era conhecida por suas intensas brigas com editores e cineastas. No final dos anos 1970, Kael teve uma breve passagem trabalhando como consultora da Paramount, cargo que ela aceitou a pedido do ator Warren Beatty (“O Céu Pode Esperar”). O momento desse trabalho na Paramount parece coincidir com o cenário do roteiro – e o cineasta é conhecido por ter um profundo respeito por Kael, aumentando as chances de ela ser o tema do filme. Ainda segundo o jornal, Tarantino assina o roteiro do longa-metragem e planeja iniciar as filmagens em setembro a novembro deste ano. Ele deve ofertar o projeto para estúdios ainda nesta semana. A Sony é a mais cotada para assumir a produção, pois foi a responsável por “Era Uma Vez em Hollywood” (2019). Na época, a produtora fechou um acordo exclusivo em que os direitos autorais são revertidos para Tarantino ao longo do tempo. Em relação ao elenco, tudo que se sabe é que, se este realmente for seu último filme, não faltarão opções para Tarantino. Estrelas como Leonardo DiCaprio (“Não Olhe Pra Cima”), Brad Pitt (“Babilônia”), Christoph Waltz (“A Crônica Francesa”), Uma Thurman (“Em Guerra com o Vovô”), Samuel L. Jackson (“Capitã Marvel”) e Margot Robbie (“Amsterdã”) trabalharam em seus projetos anteriores. Vale lembrar que, há muito tempo, o cineasta afirma que quer dirigir dez longas ou se aposentar quando tiver 60 anos. Ele já filmou nove obras (se contarmos os dois volumes de “Kill Bill” como apenas um) e fará 60 anos no próximo dia 27 de março. Em 2012, ele falou sobre o assunto com a revista Playboy: “Quero parar em um determinado ponto. Os diretores não melhoram à medida que envelhecem. Normalmente, os piores filmes de sua filmografia são aqueles quatro últimos. Eu me importo muito com a minha filmografia. E um filme ruim estraga três bons”. E completou: “Não quero aquela comédia ruim e fora de moda em minha filmografia, um filme que faz as pessoas pensarem que estou ultrapassado. Quando os diretores ficam desatualizados, não é bonito”. Tarantino é um dos autores mais celebrados de Hollywood, obcecado com a história do cinema e gêneros “antiquados” como westerns, blaxploitation e chopsocky (kung fu de Hong Kong). Sua paixão por esses “subgêneros” lhe rendeu duas vitórias no Oscar de Melhor Roteiro (por “Pulp Fiction” e “Django Livre”), além de três indicações para Melhor Direção e uma indicação para Melhor Filme. Embora planeje se aposentar do cinema, Tarantino não irá se afastar das artes: ele expressou interesse em dirigir séries limitadas ou peças de teatro. Em 2021, o autor publicou seu primeiro romance, uma dramatização de “Era uma vez em Hollywood”.









