Guillermo del Toro desenvolve novo terror com a diretora de Babadook
O cineasta mexicano Guillermo del Toro, vencedor do Oscar por “A Forma da Água” (2017), está desenvolvendo um filme de terror com a diretora australiana Jennifer Kent, responsável por “O Babadook” (2014), um dos melhores exemplares do terror moderno. A novidade foi compartilhada por Kent, em entrevista ao site Bloody Disgusting, sem entrar em detalhes sobre o projeto. “Olha, estamos fazendo algo. Não estou escondendo o jogo, mas não sei se posso falar sobre isso. É algo assustador e eu admiro muito ele [Guillermo] e o seu trabalho”, disse Kent. “Eu o considero um verdadeiro artista, então estou muito animada. Mas ainda estamos nos estágios iniciais do projeto”, acrescentou. O filme mais recente da diretora, “The Nightingale”, teve première no fim de semana no Festival de Sundance, arrancando 85% de aprovação da crítica americana. Estrelado pela italiana Aisling Franciosi (Lyanna Stark em “Game of Thrones”) e pelo inglês Sam Claflin (“Vidas à Deriva”), o longa ainda não possui previsão de estreia comercial.
Anne Hathaway vai estrelar remake de Convenção das Bruxas
Atriz Anne Hathaway (“Oito Mulheres e um Segredo”) vai virar bruxa no remake de “Convenção das Bruxas”, sucesso infantil de 1990 protagonizado por Anjelica Houston. A produção da Warner terá direção de Robert Zemeckis (“De Volta ao Futuro”). A história é uma adaptação do livro infantil “As Bruxas”, de Roald Dahl (autor de “A Fantástica Fábrica de Chocolate”), sobre um garoto que descobre que bruxas são reais e planejam transformar as crianças em ratos, começando por ele próprio. O projeto da refilmagem circula desde 2008. A certa altura, Guillermo Del Toro (“A Forma da Água”) tinha a intenção de comandar o remake, mas teve que abrir mão da função por conflitos em sua agenda. Ele ainda está ligado às filmagens como produtor, junto com seu colega mexicano Alfonso Cuarón (“Roma”). Além de dirigir, Zemeckis também vai escrever a adaptação, que, segundo a revista Variety, promete ser mais próxima do livro de 1973 que do filme de 1990, muito diferente do texto original. Hathaway viverá a líder das bruxas, justamente o papel que foi desempenhado por Anjelica Houston. Ainda não há previsão para o início das filmagens.
Guillermo Del Toro vai produzir remake do terror argentino Aterrorizados
O diretor Guillermo Del Toro, vencedor do Oscar 2018 por “A Forma da Água”, vai produzir um remake do elogiado terror argentino “Aterrorizados” (2017). A refilmagem em inglês está a cargo do diretor do longa original, Demián Rugna, e contará com roteiro de Sacha Gervasi (“Hitchcock”, “Meu Jantar com Hervé”). Para marcar o acordo, a equipe posou para a foto abaixo. “Aterrorizados” acompanha investigadores do paranormal que tentam desvendar fenômenos sobrenaturais que têm assombrado os moradores de uma região de Buenos Aires, capital da Argentina. O remake de “Aterrorizados” não tem previsão de estreia. O filme original é inédito em circuito comercial brasileiro, mas teve première nacional no festival Fantaspoa. A produção venceu os festivais fantásticos de Austin e de Montevidéu. A versão americana será a segunda parceria de Del Toro com um cineasta argentino. Ele lançou a carreira de Andy Muschetti, ao produzir o longa-metragem baseado no curta original do diretor, “Mama”. Após estrear com o “Mama” americano em 2013, Muschetti comandou “It: A Coisa” (2017) e bateu o recorde de bilheteria do gênero terror. Veja o trailer do filme original abaixo.
Nova série animada de Guillermo Del Toro ganha trailer dublado
A Netflix divulgou os pôsteres e o trailer dublado da série de animação “Os 3 Lá Embaixo: Contos de Arcadia” (3Below: Tales of Arcadia), espécie de continuação de “Caçadores de Trolls”, que foi encerrada após três temporadas. Ambas as séries foram cocriadas por Guillermo Del Toro, cineasta que venceu o Oscar pelo filme “A Forma da Água”. Os protagonistas de “Os 3 Lá Embaixo” foram apresentados durante a 3ª temporada de “Caçadores de Trolls”: são os alienígenas Krel (dublado por Diego Luna, de “Rogue One”, na versão em inglês) e Aja (Tatiana Maslany, de “Orphan Black”), que se disfarçam como humanos para passar despercebidos na cidade de Arcadia. O trailer revela que eles são príncipes de sua raça e estão se escondendo da perseguição de um maligno general que tomou o poder em seu planeta de origem. E que vão estudar no colegial como adolescentes comuns. Ou seja, é a história da série “Roswell”, dos anos 1990. O vídeo traz também breves participações dos protagonistas de “Caçadores de Trolls”: os adolescentes Jim (Emile Hirsch), Claire (Lexi Medrano) e Toby (Charlie Saxton). O elenco de vozes em inglês da nova série ainda inclui nomes como Danny Trejo, Andy Garcia, Ann Dowd, Uzo Aduba e Glenn Close. Veja abaixo o trailer nacional, em que nenhum desses famosos faz a menor diferença, e compare a seguir com a versão que traz a dublagem original.
Cidade cenográfica de Westworld e casas de celebridades são destruídas por grande incêndio na Califórnia
Um incêndio florestal de grandes proporções está devastando as regiões de Malibu e Calabasas, na Califórnia, repleta de casas de celebridades. As residências dos cineastas Scott Derrickson (“Doutor Estranho”), Guillermo del Toro (“A Forma da Água”) e da família Kardashian foram algumas das construções atingidas pelo fogo, que também dizimou uma cidade cenográfica do Velho Oeste do estúdio Paramount, usada em filmes desde 1927 e que atualmente servia como cenário de “Westworld” – só a igrejinha ficou em pé, veja abaixo – , além da mansão em que se passava o reality show “The Bachelor”. O estado de muitas outras construções na região é desconhecido. O diretor Guillermo del Toro publicou no Twitter que havia abandonado sua coleção de itens de fantasia e terror em sua casa ameaçada, enquanto a cantora Melissa Etheridge disse que se mudou para um hotel por conta do fogo. Já Kim Kardashian e sua irmã Kourtney contaram que deixaram suas casas em Calabasas na noite de quinta-feira. “Eu tive apenas uma hora para arrumar malas e desocupar nossa casa”, revelou Kim Kardashian em seu Story do Instagram. Moradores postaram pedidos para ajudar a retirar cavalos e outros animais grandes de ranchos da região, enquanto longas filas de trânsito ocuparam a única rodovia costeira que dá acesso a Malibu. Ao todo, mais de 75 mil casas foram evacuadas na região, após o incêndio, batizado de Woolsey, propagar-se durante a noite de quinta, amplificado por uma forte ventania e o clima seco. Centenas de celebridades e executivos de entretenimento são atraídos pelas grandes propriedades isoladas da região, colinas e vista para o mar das cidades de Malibu e Calabasas. Entre os atuais e ex-residentes estão Barbra Streisand, Tom Hanks, Judd Apatow, Alyssa Milano e Britney Spears. Sad for fans of @WestworldHBO and shows like Dr Quinn Medicine Woman, the Paramount Ranch western town movie set has burned to the ground in the Woolsey Fire @CBSLA #westworld #Woolseyfire pic.twitter.com/DhZWaGbr6g — John Schreiber (@johnschreiber) November 9, 2018
Guillermo Del Toro fará animação gótica de Pinóquio para a Netflix
O cineasta Guillermo Del Toro, vencedor do Oscar 2018 por “A Forma da Água”, fechou com a Netflix a produção de sua animação gótica de “Pinóquio”, um projeto antigo que ele desenvolve desde o começo do século. Curiosamente, o anuncio da produção foi feito pela Netflix como se fosse um projeto novo, salvo apenas por uma frase de Del Toro: “Eu queria fazer esse filme há mais tempo que me lembro”. “Nenhuma forma de arte influenciou minha vida e meu trabalho mais do que a animação e nenhum personagem na história teve uma conexão pessoal tão profunda comigo quanto Pinóquio”, disse del Toro no comunicado da Netflix. “Em nossa história, Pinóquio é uma alma inocente com um pai indiferente, que se perde em um mundo que não consegue compreender. Ele embarca em uma jornada extraordinária que o deixa com uma compreensão profunda de seu pai e do mundo real”, completou. Apesar do comunicado avisar que a produção vai começar neste outono norte-americano (nossa primavera), as características do “novo” projeto são as mesmas da animação iniciada há vários anos. Trata-se de uma versão em stop-motion da fábula clássica, com bonecos animados quadro a quadro, que teve suas primeiras imagens divulgadas em 2011. Veja abaixo. Assim como naquela ocasião, Del Toro segue dividindo a direção de “Pinóquio” com Mark Gustafson, animador de “O Fantástico Sr. Raposo” (2009). O roteiro, por sua vez, é compartilhado por Del Toro e Patrick McHale, que criou a minissérie animada “Over the Garden Wall” e escreveu episódios de “Adventure Time”. E o design é inspirado na arte de Gris Grimly, ilustrador de livros infantis que desenhou um “Pinóquio” gótico em 2002. Para completar, os bonecos do filme são construídos pelo estúdio Mackinnon & Saunders, conhecido por seu trabalho em “A Noiva Cadáver” (2005), e a Jim Henson Company, responsável pelos Muppets, coproduz os trabalhos com Del Toro. O anúncio só não confirma se o roqueiro Nick Cave continua envolvido no projeto. Ele seria originalmente o consultor musical. “Pinóquio” será o segundo projeto de Del Toro para a Netflix. O cineasta produz a série animada “Trollhunters” para a plataforma de streaming. Além desse filme, Del Toro também está comprometido com o roteiro e a direção do remake de “O Beco das Almas Perdidas” (Nightmare Alley, 1947) para a Fox Searchlight, estúdio que produziu “A Forma da Água”.
Filme da Netflix vence Festival de Veneza e o mundo cinematográfico nunca mais será o mesmo
E agora? A cerimônia de premiação do Festival de Veneza 2018, realizada nesta sábado (8/9), consagrou a Netflix, com o Leão de Ouro conquistado por “Roma”, um dos três filmes da plataforma que disputava a competição e um dos mais aplaudidos do evento. Filmado em preto e branco e falado em espanhol, “Roma” retrata as memórias da infância do diretor Alfonso Cuarón, na Cidade do México no começo dos anos 1970, pela ótica da empregada doméstica Cleo. Durante a première, Cuarón, que já tem o Oscar de Melhor Diretor no currículo por “Gravidade”, comentou que “Roma” jamais seria feito sem o apoio da Netflix, por se tratar de um filme em preto e branco. Subentende-se que, além do pouco interesse de outros estúdios, nenhuma distribuidora de cinema consideraria apoiar seu lançamento, pela pouca viabilidade comercial da produção. Mas a Confederação Internacional dos Cinemas de Arte e Experimentais (CICAE) lançou um manifesto pedindo para Veneza voltar atrás e retirar os filmes da Netflix da competição. A entidade conclamava que os festivais de cinema deveriam ser reservados para longas que terão distribuição em salas apropriadas ao redor do mundo. A nota citou como exemplo positivo o Festival de Cannes, da França, que barrou os longas da Netflix. Só que esta decisão custou caro ao festival francês, que reuniu uma das seleções mais fracas de sua existência, e fortaleceu Veneza, que trouxe obras-primas produzidas pela Netflix, entre elas a versão restaurada e finalizada de “O Outro Lado do Vento”, último filme de Orson Welles, que morreu antes de completá-lo. Produtora que mais lança filmes no mundo na atualidade, a Netflix também assinou o longa que abriu o Festival de Toronto nesta semana, “Outlaw King”, de título mal-traduzido como seu antônimo no Brasil, “Legítimo Rei”. “Roma” também marcou o segundo ano seguido em que o Leão de Ouro de Veneza foi para uma obra de cineasta mexicano. Em 2017, o prêmio ficou com “A Forma da Água”, de Guillermo del Toro, que acabou depois vencendo o Oscar. Del Toro presidiu o júri deste ano. A consagração do prêmio principal chama atenção. Mas não foi a única vitória da Netflix em Veneza. Outra produção da plataforma conquistou um prêmio importante. Os irmãos Joel e Ethan Coen conquistaram o troféu de Melhor Roteiro pelo western “The Ballad of Buster Scruggs”. Ambos os filmes devem ganhar exibição limitada em cinemas nos Estados Unidos para se qualificar para a disputa do Oscar. “Roma” está fora da briga pelo Oscar de Melhor Filme por ser falado em espanhol, mas deve despontar em várias outras categorias, inclusive Melhor Direção. Por outro lado, a conquista em Veneza deve mobilizar ainda mais as entidades de proprietários de cinema para impedir maiores reconhecimentos a filmes da plataforma. Trata-se de um feudo histórico que a empresa de tecnologia de streaming tenta invadir. E deter sua invasão é encarada como uma luta até a morte, a morte do circuito cinematográfico tradicional. A vitória em Veneza dá mais armas para a Netflix, confirmando que seus lançamentos podem, sim, ter qualidade artística. Ao mesmo tempo, o reconhecimento de “Roma” deve acirrar ainda mais a discussão sobre o que é cinema. E nisto vale lembrar que a projeção cinematográfica é hoje completamente digitalizada e feita em telas de multiplexes cada vez menores. Afinal, quem defende as salas de cinema jamais se importou à mínima com a preservação do filme em si – a película. Hoje em dia, produções feitas para o streaming ou para serem projetados numa tela são exatamente iguais, rodadas pelas mesmas câmeras digitais e finalizadas pelo mesmo processo de pós-produção. E nenhuma delas são filmes no sentido estrito da palavra. A conquista de “Roma” dá início a uma discussão que pode conduzir à queda de um império. Sobre os demais prêmios, vale destacar que “The Nightingale”, o único filme dirigido por mulher na competição, venceu dois troféus após a australiana Jennifer Kent ser chamada de prostituta por um crítico italiano. Levou o Prêmio Especial do Júri e o de Melhor Ator ou Atriz Novo, vencido pelo aborígene Baykali Ganambarr. “The Favourite”, do grego Yorgos Lanthimos, também conquistou dois troféus: o Grande Prêmio do Júri, também conhecido como Leão de Prata, destinado ao segundo melhor longa do festival, e Melhor Atriz para Olivia Colman (que estrelará a 3ª temporada de “The Crown” na… Netlix). O prêmio de Melhor Ator ficou com Willem Dafoe, por sua interpretação do pintor Van Gogh na cinebiografia “At Eternity’s Gate”, e o de Melhor Direção para o francês Jacques Audiard por seu primeiro filme falado em inglês, o western “The Sisters Brothers”. Confira abaixo a lista completa dos prêmios. Melhor Filme (Leão de Ouro) “Roma”, de Alfonso Cuarón Grande Prêmio do Júri (Leão de Prata) “The Favourite”, de Yorgos Lanthimos Prêmio Especial do Júri “The Nightingale”, de Jennifer Kent Melhor Diretor Jacques Audiard (“The Sisters Brothers”) Melhor Atriz Olivia Colman (“The Favourite”) Melhor Ator Willem Dafoe (“At Eternity’s Gate”) Melhor Roteiro Joel & Ethan Coen (“The Ballad Of Buster Scruggs”) Melhor Ator ou Atriz Novo Baykali Ganambarr (“The Nightingale”)
Festival de Veneza começa com mais prestígio e mais polêmicas que nunca
O Festival de Veneza começa nesta quarta (29/8) com o prestígio de ter premiado o último vencedor do Oscar e de ser o tapete vermelho mágico que mais vezes levou à consagração da Academia dos Estados Unidos neste século. Mas também com muitas polêmicas, as novas e as velhas de sempre. Enquanto seu diretor artístico Alberto Barbera celebra o número de talentos e astros que desfilarão pelo Lido até 8 de setembro, “tão grande que é impossível lembrar todos os nomes agora”, o cineasta Guillermo del Toro, vencedor do festival passado (e do Oscar) por “A Forma da Água” e presidente do júri deste ano, apelou para a organização do evento para que aumente o número de filmes dirigidos por mulheres. Pelo segundo ano seguido, a seleção principal do Festival de Veneza tem só um filme dirigido por mulher – “The Nightingale”, de Jennifer Kent. “Eu acho que o objetivo tem que ser 50% [de filmes dirigidos por mulheres] até 2020. Se conseguirmos alcançar até 2019, ainda melhor”, comentou Del Toro, durante a entrevista coletiva que deu início ao festival. “Esse é um problema de verdade, na nossa cultura em geral”. “Não é uma questão de estabelecer uma ‘cota’, mas uma questão de se sincronizar ao tempo em que vivemos, ao momento em que estamos tendo essa conversa. Eu acho que isso é necessário há décadas, senão séculos. Não é uma polêmica, é um problema de verdade”, concluiu. Barbera tinha dito que se demitiria se implementassem cotas no festival, justificando que qualidade não tem gênero. Mas até o Brasil já demonstrou que isso é falácia, ao apresentar os candidatos a representar o país no Oscar, numa lista com 40% de filmes dirigidos por mulheres. Além disso, o Festival de Toronto, que acontece quase simultaneamente a Veneza, fez o compromisso descrito por del Toro, de ter metade de sua programação preenchida por filmes de cineastas femininas até 2020. Mais que isso, está apoiando uma marcha de mulheres, com pautas de igualdade de direitos, durante sua programação. O problema de Veneza, festival mais antigo do mundo, é a cultura machista italiana, alimentada por séculos de educação católica. Por isso, enquanto mulheres se preparam para celebrar suas conquistas na América do Norte, outras mulheres planejam protestar contra a dificuldade de encontrar espaço no festival de cinema europeu. O choque de visões de mundo é enorme. Mas esta não é a única polêmica alimentada pela programação do Festival de Veneza. O evento também estendeu seu tapete para as produções da Netlix, apresentando seis no total, e nisso entrou em sintonia com Toronto, seu rival do outro lado do Atlântico. Ambos aceitaram a realidade dos fatos, de que a Netflix é hoje a maior produtora de filmes do mundo e, em busca por validação, tem investido em cineastas consagrados, de Martin Scorsese a Alfonso Cuarón. Enquanto Cannes se deixou intimidar pelo bullying dos donos de cinema, a ponto de barrar a Netflix de competir pela Palma de Ouro, Veneza terá produções de streaming disputando o Leão de Ouro. E, considerando o impacto obtido pelos filmes do festival italiano no Oscar, virou peça estratégica dos planos de dominação mundial da plataforma. Quando Ryan Gosling pisar no Lido para a première de “O Primeiro Homem”, de Damien Chazelle, que abrirá o festival, será um pequeno passo para o ator de Hollywood, mas um grande passo para o cinema mundial. Visto cada vez mais como marco inaugural da temporada de prêmios, para destacar quem tem potencial de Oscar, Veneza pode colocar “Roma”, produção da Netflix dirigida por Cuarón, na rota da consagração da Academia. E até comprovar que Lady Gaga é atriz e Bradley Cooper é diretor, com a colaboração dos dois em “Nasce uma Estrela”. O festival que começa nesta quarta apontará muitos rumos para o cinema nos próximos meses, mas nem por isso deixará de ser convocado a entrar em maior sintonia com os rumos do mundo em geral.
O Primeiro Homem, novo filme do diretor de La La Land, abrirá o Festival de Veneza 2018
O drama histórico “O Primeiro Homem”, sobre a missão espacial que transformou o astronauta Neil Armstrong no primeiro homem a caminhar na lua, foi selecionado para abrir o Festival de Veneza 2018. Será a segunda vez que um filme do diretor Damien Chazelle abrirá o festival italiano, após ser aplaudido de pé no evento de 2016 por “La La Land”. No novo filme, ele volta a trabalhar com o ator de “La La Land”. Ryan Gosling tem o papel de Neil Armstrong na produção, que mostra os bastidores de sua viagem espacial, revelando o custo humano da missão, descrita como a mais perigosa de todos os tempos, mas lembrada também como uma das mais bem-sucedidas. “É uma obra muito pessoal, original e cativante”, disse o diretor do festival, Alberto Barbera, em comunicado, afirmando se trata de um trabalho “maravilhosamente inesperado no contexto dos filmes épicos dos dias atuais, e uma confirmação do grande talento de um dos diretores contemporâneos mais importantes do cinema americano”. Chazelle, de 33 anos, disse estar ansioso pela estreia mundial do filme no festival. “Recebo o convite de Veneza com humildade e estou entusiasmado por voltar”, disse. “É especialmente comovente compartilhar essa notícia tão perto do aniversário do pouso na lua”. No ano passado, o vencedor do Festival de Veneza foi “A Forma da Água”, de Guillermo Del Toro, que acabou vencendo também o Oscar 2018. Este ano, Del Toro irá presidir o júri da mostra competitiva do evento, que começa em 29 de agosto e vai até 8 de setembro na Itália. Será a 75ª edição do evento, que é o mais antigo festival de cinema do mundo.
Círculo de Fogo vai virar série animada com produção de Guillermo del Toro
A Netflix se prepara para soltar monstros gigantes em streaming, com um trio de produções animadas baseadas em franquias famosas do popular subgênero dos kaiju. São duas novas versões de personagens icônicos e uma adaptação de um saga recente do cinema. A série “Pacific Rim” vai transformar em desenhos o universo dos dois filmes de “Círculo de Fogo”. Ainda não está confirmado, mas o projeto pode marcar o retorno de Guillermo del Toro à franquia. O cineasta, que dirigiu o primeiro filme de 2013, seria um dos produtores da nova atração, que mostrará os Jaegers, robôs gigantes, enfrentando uma invasão dos Kaiju, os grandes monstros que surgem do mar. Del Toro já tem uma relação com a Netflix como produtor da série animada “Caçadores de Trolls” (Trollhunters). Entre as releituras de clássicos, o herói dos anos 1960 “Ultraman” voltará em nova identidade, um homem que possui o espírito e o DNA do lendário personagem, que se transforma quando usa o uniforme ultra metálico para enfrentar o mal – isto é, kaijus. Para completar, a plataforma vai lançar mundialmente o novo longa animado do mais famoso kaiju do cinema. “Godzilla: City on the Edge of Battle” é o segundo longa da franquia e continua a história de “Godzilla: Planet of Monsters”, passado no futuro distante, quando a Terra foi devastada pelo rei dos monstros. A animação foi lançada em maio nos cinemas do Japão e já chega em 18 de julho na Netflix.
Robert Zemeckis vai dirigir remake de Convenção das Bruxas
O cineasta Robert Zemeckis (“Forest Gump”) está em negociações para dirigir a nova adaptação de “Convenção das Bruxas”. O filme é baseado no romance infantil “As Bruxas”, de Roald Dahl (autor de “A Fantástica Fábrica de Chocolate”), que ganhou uma versão famosa em 1990 com Anjelica Huston. No livro, originalmente publicado em 1973, um garoto descobre que as feiticeiras são reais quando as encontra em uma convenção em um hotel. O plano delas é transformar as crianças em ratos. O projeto da refilmagem circula desde 2008. A certa altura, Guillermo Del Toro (“A Forma da Água”) tinha a intenção de dirigir o remake, mas teve que abrir mão da função por conflitos em sua agenda. Ele ainda está ligado às filmagens como produtor, junto com seu colega mexicano Alfonso Cuarón (“Gravidade”). Além de dirigir, Zemeckis também vai escrever a adaptação, que, segundo a revista Variety, promete ser mais próxima do texto original, em contraste com a versão de 1990, muito diferente. Ainda não há previsão para o início das filmagens.
Guillermo Del Toro desenvolve antologia de terror para a Netflix
O cineasta mexicano Guillermo Del Toro, vencedor do Oscar 2018 por “A Forma da Água”, fechou com a Netflix a produção de uma série de terror, no formato de antologia. Intitulada “Cabinet of Curiosities”, mas divulgada com um apêndice em referência ao nome do diretor – “”Guillermo del Toro’s Cabinet of Curiosities”” – , a série é uma coleção de histórias de assombração selecionadas por Del Toro, descritas como sofisticadas e aterrorizantes. Além de ser responsável pela criação da série, Del Toro também vai dirigir alguns episódios e escolher a equipe de roteiristas e diretores que darão vida aos contos assustadores. Ainda não há definição sobre a quantidade de episódios da série ou previsão de estreia. A antologia estende a colaboração entre o cineasta e Netflix, que começou com a animação “Trollhunters”, também criada por Del Toro.










