Morte de MC Marcinho gera reações de Anitta, Ludmilla, D2, Pocah, Babu e Gilberto Gil
A morte de MC Marcinho por infecção generalizada neste sábado (26/8) causou comoção na cena do funk brasileiro. Vários famosos manifestaram homenagens ao cantor de “Glamurosa”, que era chamado de Príncipe do Funk. Uma das primeiras manifestações partiu de MC Cacau, ex-namorada e ex-parceira de MC Marcinho nos anos 1990. Ela compartilhou diversas imagens e momentos ao lado do cantor e agradeceu pelo relacionamento que tiveram. “Cacau e Marcinho sempre vão ser um casal com o mais puro amor. Obrigada pelas milhares de vezes falada: ‘Claudia, eu amo você’”, declarou MC Cacau. De Anitta a Gilberto Gil Outros nomes da música brasileira, de Anitta e Gilberto Gil, também prestaram suas homenagens. Anitta destacou a importância de Marcinho no cenário musical do país em seu perfil no X. “Marcou para sempre o funk e a nossa música. Descanse em paz”, declarou a cantora. Gilberto Gil expressou que Marcinho foi “uma perda imensa para o mundo do funk e da música negra brasileira”. Ludmilla valorizou a importância do artista. “MC Marcinho vai deixar um vazio enorme em nossos corações. Um pilar do nosso movimento funk que nos deixa mas deixa também um legado eterno cheio de lutas, conquistas e uma história linda. Descanse em paz, meu amigo!” “MC Marcinho marcou uma época, gente boa demais, ele é um pilar do funk carioca e da música brasileira. Que descanse em paz”, publicou Marcelo D2. O ator Babu Santana, que gravou “Salve Favela” com o funkeiro, exaltou no Instagram: “Todo mundo fala que você é o Príncipe do Funk, mas para mim você é o rei, Rei do Funk, Rei dos Românticos. Eu te amo, Marcinho! Meus sentimentos à família. Nós aqui na terra, seus fãs, vamos eternizar sua música”. “E agora só restam memórias e as músicas mais históricas de um MC que fez história!”, acrescentou Pocah. Do turismo ao futebol Marcelo Freixo, presidente da Embratur, aproveitou para enaltecer o papel do cantor na descriminalização do funk. “Juntos fizemos e aprovamos a lei que definiu o funk como movimento cultural. Um vitória construída por artistas como MC Marcinho”, afirmou. Até a equipe do Flamengo, clube de preferência de MC Marcinho, lamentou a morte do artista. “O cantor embalou gerações com seus hits e vai deixar saudades em milhões de fãs”, publicou a equipe. Marcelly Garcia, filha do artista, também expressou seu luto nas redes sociais. “Você foi o melhor pai que poderia ser. Descansa”, declarou em seus Stories do Instagram.
João Donato, ícone da MPB, morre aos 88 anos
O cantor e compositor João Donato morreu aos 88 anos nesta segunda-feira (17/7), no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada através de um comunicado oficial, sem divulgar a causa da morte. No Instagram, a equipe do músico informou que o velório será realizado no Theatro Municiapl do Rio, “em horário a ser divulgado brevemente”. “Hoje o céu dos compositores amanheceu mais feliz: João Donato foi para lá tocar suas lindas melodias. Agora, sua alegria e seus acordes permanecem eternos por todo o universo”, escreveu a equipe. Saúde delicada João Donato enfrentava uma série de problemas de saúde e, recentemente, chegou a tratar uma infecção pulmonar. Em junho deste ano, o artista esteve internado, mas a família não divulgou detalhes da condição. No final do mês, o compositor recebeu a visita de seu filho Donatinho. “Vim passar uns dias para mimar o Big Donato, agora que ele teve alta do hospital. Ele pediu para eu cozinhar um dos pratos preferidos dele, o Spagabola (mais conhecido como Spaguetti a Bolognesa)”, publicou na ocasião. Carreira de João Donato João Donato de Oliveira Neto nasceu em Rio Branco, no Acre, em 1934. A paixão pela música começou ainda na infância, quando ganhou um acordeão de presente. Em 1945, a família de Donato se mudou para o Rio de Janeiro, onde ele realizou suas primeiras apresentações no palco em festas de colégio. A primeira gravação profissional aconteceu como integrante da banda do flautista Altamiro Carrilho. Tempos depois, João Donato passou a trabalhar com o violinista Fafá Lemos e tornou-se suplente de Chiquinho do Acordeom. Além disso, João Donato frequentou o Sinatra-Farney Fã Clube por 17 meses. O local fica na Barra da Tijuca e é considerado uma das principais escolas da geração conhecida como Bossa Nova. O artista teve contato com nomes como Tom Jobim, Vinicius de Moraes, João Gilberto e Johnny Alf. No entanto, o pianista não obteve reconhecimento merecido e tampouco fez parte do “esquema”. “Eu não sou bossa nova, eu não sou samba, eu não sou jazz, eu não sou rumba, eu não sou forró. Na verdade, eu sou isso tudo ao mesmo tempo”, comentou o artista ao jornal O Globo. Apesar de não ser um medalhão midiático, João Donato moldou a Música Popular Brasileira (MPB) entre 1960 e 1970 com sua música de estilo único. Ele contribuiu com clássicos como “A Rã”, de Caetano Veloso, “A Paz”, de Leila IV, e “Emoriô”, de Gilberto Gil. Em 2010, João Donato foi reconhecido com um prêmio Grammy Latino na categoria de Melhor Álbum de Jazz, por seu trabalho em “Sambolero”. Oito anos depois, ele ainda foi reconhecido pelo Prêmio da Música Brasileira. O artista também foi indicado à premiação em 2016, na categoria de Melhor Álbum Instrumental com o projeto “Donato Elétrico”. No ano passado, ele disputou a categoria Melhor Álbum de Música Popular Brasileira com “Síntese do Lance”.
Gilberto Gil admite relações com homens: “Somos todos bissexuais”
O cantor Gilberto Gil revelou que já teve relações sexuais com outros homens na época da sua juventude. Em entrevista à revista Veja, publicada nesta sexta-feira (2/6), o artista afirmou que, apesar dos relacionamentos homoafetivos, nunca sentiu atração sexual por pessoas do mesmo sexo. Desde 1998, o cantor de 80 anos é casado com Flora Gil. Durante a conversa, ele declarou acreditar que todos somos bissexuais por uma questão genética. “Somos todos filhos de um pai e de uma mãe, resultado da combinação dos genes de ambos. Portanto, somos todos bissexuais”, argumentou. Embora tenha se relacionado com homens, ele reafirmou que seu interesse pelo gênero feminino é predominante. “Apesar de ter me sentido atraído por mulheres, nunca senti atração por homens. No entanto, por questões de delicadeza natural, educação e afinidade, já estive próximo da sexualidade de outros homens”, revelou. Ele também detalhou que essas experiências ocorreram em um período em que a “sexualidade era algo mais intenso” para ele. “Houve momentos em que me aproximei de outros homens nesse sentido, mas nunca da mesma forma como com as mulheres. Para mim, essas experiências nunca foram equivalentes”, esclareceu. “Atraído como tenho sido pelas mulheres, nunca. Nunca tive tesão num homem, como se diz”, completou. Ao longo da carreira, iniciada no fim dos anos 1950, o artista foi alvo de rumores sobre um suposto envolvimento amoroso com o cantor Caetano Veloso. O veterano negou essas especulações e destacou que sempre encarou os boatos com naturalidade. “Eu encarava essas especulações como uma consequência da nossa proximidade, dos nossos gostos e do encantamento mútuo”, revelou. Ele também ressaltou que essas suposições poderiam ter despertado fantasias a respeito do que poderiam ser possíveis desdobramentos da sexualidade entre eles. “Mas tudo isso não passava de fantasias”, concluiu o artista. Com o passar dos anos, o cantor deu beijos abertamente em colegas da música, como Lulu Santos. Em 2022, os dois publicaram uma foto no Instagram dando um selinho nos bastidores do festival Rock The Mountain. “Um encontro de gente fina, elegante e sincera nos bastidores do Rock The Mountain”, escreveu na legenda. Questionado sobre sua sexualidade há anos, o cantor já havia falado sobre o assunto no século passado. Em 1987, durante sua participação no programa Roda Viva, da TV Cultura, ele respondeu uma pergunta sobre seu jeito “afeminado” durante os shows. “Eu não me acho nada afeminado, no sentido de que eu tente mimetizar, digamos assim, os trejeitos de um personagem feminino”, declarou. Na entrevista de mais de 30 anos atrás, ele deu uma resposta similar a esta declaração mais recente. “Eu acho que tenho em mim um equilíbrio muito natural, muito visível, entre o homem e a mulher dos quais eu sou filho. Acho que comtemplo tanto a minha mãe quanto o meu pai. E eu não posso negar que a minha mãe é uma mulher”, justificou. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Gilberto Gil (@gilbertogil)
Viajando com os Gil: Série da turnê da família de Gilberto Gil ganha trailer
A Amazon Prime Video divulgou o primeiro trailer de “Viajando com os Gil” nesta segunda-feira (29/5). A 2ª temporada do reality documental vai retratar a turnê internacional da família de Gilberto Gil. A nova produção acompanha os bastidores dos shows de “Nós, a Gente”, que celebra os 80 anos do cantor-compositor. A jornada musical foi planejada na temporada anterior do programa, intitulada “Em Casa com os Gil”, e percorreu vários países, acompanhada pela equipe da Conspiração Filmes para as gravações da série. O “elenco” da atração conta com quase 40 pessoas da família de Gilberto Gil. Dentre eles, seus sete filhos (Nara, Marília, Preta, Maria, Bem, José e Bela Gil), além de seus 12 netos e uma bisneta. “Viajando com os Gil” terá seis episódios assinados pelo cineasta Andrucha Waddington (“Sob Pressão”), com roteiro de Hermano Vianna (“Orfeu”) e Sebastian Gadea (“Pesadelo na Cozinha”). A estreia está marcada para 30 de junho.
Erasmo Carlos morre aos 81 anos
O cantor e ator Erasmo Carlos, ícone da Jovem Guarda e do rock brasileiro, morreu nessa terça (22/11) no Rio de Janeiro, aos 81 anos de idade. O cantor chegou a ser internado no Hospital Barra D’Or, na Barra da Tijuca, mas não resistiu. O hospital foi o mesmo local onde Erasmo se internou no início do mês para tratar uma infecção pulmonar. Embora a causa da morte ainda não tenha sido divulgada, Erasmo tratava há alguns meses uma síndrome edemigênica, que ocorre quando há um desequilíbrio bioquímico, dificultando a manutenção dos líquidos dentro dos vasos sanguíneos. Ao longo da sua carreira, o artista compôs mais de 600 músicas, incluindo clássicos como “Minha Fama de Mau”, “Mulher”, “Quero que Tudo Vá para o Inferno”, “Mesmo que Seja Eu”, “É Proibido Fumar” e “Sentado à Beira do Caminho”. Erasmo Esteves, seu nome de batismo, nasceu em 5 de junho de 1941, na Tijuca. Já na infância, teve contato com grandes nomes da MPB, como Tim Maia e Jorge Ben Jor, com quem convivia na vizinhança. Na adolescência, foi ver um show de Bill Haley no Maracanãzinho, onde conheceu seu parceiro no rock, Roberto Carlos, com quem formaria a dupla de compositores mais bem-sucedida do Brasil. No começo, Erasmo não acreditava que conseguiria seguir numa carreira solo. Ele fez parte da banda Snakes, com quem tocou até 1961, e então decidiu trabalhar como assistente do apresentador e produtor Carlos Imperial. Em 1963, ele se tornou vocalista do grupo Renato & Seus Blue Caps, substituindo Ed Wilson, o vocalista original. Além de ter garantido a contratação da banda por uma gravadora, ele fez sucesso gravando uma faixa ao lado de Roberto Carlos – o que marcou a primeira parceria dos dois. O nome artístico que ele adotou, Erasmo Carlos, foi uma homenagem aos parceiros que o ajudaram no início da carreira: Roberto Carlos e Carlos Imperial. Erasmo também era conhecido como Tremendão e como Gigante Gentil. Na década de 1960, Roberto e Erasmo se tornaram os dois principais compositores da Jovem Guarda, movimento musical nacional que foi muito influenciado pelo som dos Beatles. Aos poucos, porém, Erasmo começou a se aproximar da MPB e chegou até a gravar “Aquarela do Brasil”, em 1969, antes de assumir influência da cultura hippie e da música soul de seus velhos amigos Tim Maia e Jorge Ben. Seu disco “Carlos, Erasmo”, lançado em 1971, foi bastante polêmico, especialmente por causa de uma faixa “De Noite na Cama”, escrita por Caetano Veloso, que era uma ode à maconha. Marcou época. Na década seguinte, ele iniciou o projeto “Erasmo Convida” (1980), pioneiro por ser o primeiro disco totalmente de duetos no Brasil, feito em parceria com grandes artistas, como Nara Leão, Maria Bethânia, Gal Costa, Wanderléa, Gilberto Gil, Rita Lee, Tim Maia, Jorge Ben, entre outros. Nesse período, ele também se posicionou na linha de frente de causas importantes como a defesa do meio ambiente, que cantou na impactante “Panorama Ecológico” (1978), sem esquecer de “O Progresso” (1978), “As Baleias” (1982), “Amazônia” (1989) e outras gravadas por Roberto. Fez também uma ode ao feminismo em “Mulher” (1981) e chegou a escandalizar conservadores com um clássico LGBTGQIA+, elogiando a beleza da musa transexual Robert Close em “Dá um Close Nela” (1984). Erasmo também marcou presença na primeira edição do Rock in Rio, que aconteceu em 1985. Após um tempo distante da mídia, ele aproveitou os 30 anos da Jovem Guarda em 1995 para retomar ao rock como novos shows, lançando no ano seguinte o álbum “É Preciso Saber Viver”, com regravações de canções de seu repertório. Ao longo dos anos, Erasmo Carlos fez parcerias de sucessos com grandes nomes da música brasileira, como Chico Buarque, Lulu Santos, Zeca Pagodinho, Skank, Los Hermanos, Djavan, Adriana Calcanhotto, Marisa Monte, Frejat, Marisa e Milton Nascimento. E seguia gravando neste século, sendo reconhecido dias antes de morrer com o Grammy Latino. Na última quinta-feira (17/11), Erasmo recebeu o troféu pelo Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa, “O Futuro Pertence À… Jovem Guarda”, lançado em fevereiro, que fazia uma releitura de canções do período da Jovem Guarda que ele nunca tinha gravado anteriormente. Além da conhecida carreira musical, Erasmo Carlos também se destacou no cinema. Sua estreia na tela chega a anteceder a Jovem Guarda: foi na comédia “Minha Sogra É da Polícia” (1958), dirigida por Aloisio T. de Carvalho. Mas foi ao lado de Roberto Carlos e da cantora Wanderlea que virou astro das telas, no programa musical “Jovem Guarda”, na Record TV, e num par de filmes inspirados pelas comédias dos Beatles: “Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa” (1968) e “Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora” (1971). Paralelamente, ele também estendeu a parceria com Wanderlea em “Agnaldo, Perigo à Vista” (1969), estrelado pelo cantor Agnaldo Rayol. E ainda apareceu na comédia “Os Machões” (1972) e no infantil “O Cavalinho Azul” (1984). Depois de muitas décadas, ele retomou a carreira de ator nos últimos anos, estrelando o drama musical “Paraíso Perdido” (2018), que homenageava a música brega, e a comédia juvenil “Modo Avião” (2020), produção da Netflix estrelada por Larissa Manoela. Nesse meio tempo, Erasmo também viu sua vida ser transformada em filme. Intitulada “Minha Fama de Mau”, a cinebiografia trouxe o ator Chay Suede no papel de Erasmo, revivendo a juventude do artista. Seu último trabalho foi lançado no mês passado, a canção “Nanda”, feita em parceria com Celso Fonseca. A música foi uma homenagem à atriz Fernanda Montenegro. Ao saber de sua morte, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva foi às redes sociais para prestar uma homenagem. “Erasmo carlos, muito além da Jovem Guarda, foi cantor e compositor de extremo talento, autor de muitas das canções que mais emocionaram brasileiros nas últimas décadas. Tremendão, amigo de fé, irmão camarada, cantou amores, a força da mulher e a preocupação com o meio ambiente”, disse. “Deixa saudades e dezenas de músicas que sempre estarão em nossas lembranças e na trilha sonora de nossas vidas. Meus sentimentos aos familiares, amigos e fãs de Erasmo Carlos”, concluiu.
Cantora Gal Costa morre aos 77 anos
A cantora Gal Costa, um dos principais nomes da música brasileira, morreu nesta quarta (9/11), em São Paulo, aos 77 anos. A causa da morte ainda é desconhecida, mas ela estava reclusa após passar por uma cirurgia de retirada de um nódulo na fossa nasal direita em setembro. Desde então, ela cancelou vários shows, inclusive sua participação no festival Primavera Sound, que aconteceu em São Paulo no último final de semana. Dona de uma carreira que se estendeu por 57 anos, Gal Costa lançou clássicos da MPB como “Baby”, “Meu Nome É Gal”, “Chuva de Prata”, “Meu Bem, Meu Mal”, “Pérola Negra”, “Barato Total” e muitos muitos outros. Maria da Graça Costa Penna Burgos nasceu em 26 de setembro de 1945 em Salvador. Desde pequena, foi incentivada pela mãe a seguir a carreira na música. A mãe precisou criá-la sozinha, visto que seu pai morreu quando ela ainda era adolescente. Durante a juventude, Gal Costa trabalhou como balconista de uma loja de discos em Salvador, onde teve o seu primeiro contato com a música brasileira. Ela contava que foi nessa loja que descobriu a música de João Gilberto. Nessa época, Gal Costa costumava cantar e tocar violão em festas. No início dos anos 1960, foi apresentada a Caetano Veloso, com quem criou um forte vínculo pessoal e artístico. Sua estreia na música profissional foi justamente ao lado de Caetano Veloso, quando, em 1967, eles lançaram o álbum compartilhado “Domingo”. Em seguida, ela se aproximou de Maria Bethânia e Gilberto Gil, e os quatro formaram o grupo Doces Bárbaros. Ao longo dos anos 1960 e 1970, Gal Costa apresentou uma mistura de estilos musicais e fez parcerias com músicos como Jorge Ben Jor em “Que Pena (Ela já não gosta mais de mim)” e novamente com Caetano Veloso em “Cinema Olympia”. Ela também foi apresentada à Jovem Guarda e à Tropicália com a canção “Meu Nome é Gal”, composta por Roberto Carlos e Erasmo Carlos. No início da década de 1970, Gal foi responsável por um dos espetáculos de maior repercussão da história da MPB, o “Fa-Tal”, dirigido pelo poeta Waly Salomão, que também virou um álbum ao vivo cultuado. Em 1971, ela ajudou a revelar o compositor Luiz Melodia com “Pérola Negra”, mesmo ano em que lançou a famosa canção “Vapor Barato”, feita em parceria com Jards Macalé e Waly Salomão. Sua carreira se expandiu nessa época para a TV, auxiliada por sucessos como “Modinha para Gabriela”, tocada na abertura da novela da Globo “Gabriela”, inspirada na obra de Jorge Amado. Uma curiosidade é que, além de cantar a música de abertura, Gal quase estrelou a novela. “O Daniel Filho me convidou, na época, para fazer o papel da Gabriela”, contou ela, numa entrevista publicada no livro “Teletema”, de Guilherme Bryan e Vincent Villari. “Não aceitei por medo, porque achava que não era atriz. Aí me chamaram para cantar. E acabei me tornando a voz dos personagens do Jorge Amado”, lembrou ela. “Em todas as trilhas que fizeram a partir de então para novelas ou filmes sobre os personagens de Jorge Amado, eu estive. A novela era maravilhosa e a música de abertura também”, completou. Seu álbum “Água Viva”, de 1978, era composto por hits como “Folhetim”, de Chico Buarque, e “Paula e Bebeto”, de Milton Nascimento e Caetano. Na década de 1980, ela se divertiu ao “chocar a sociedade” posando nua para a revista Status, quando estava prestes a completar 40 anos. Outras parcerias de sucesso foram com Chico Buarque, em “A História de Lily Braun” e “Futuros Amantes”, com Djavan em “Azul” e “Nuvem Negra”, com Moraes Moreira em “Festa do Interior”, e com Cazuza em “Brasil”, que foi usada na abertura da novela “Vale Tudo” em 1988. As “polêmicas” continuaram com os seus shows da turnê de “O Sorriso do Gato de Alice”, de 1994 – baseado no disco homônimo produzido pelo americano Arto Lindsay. Durante a música “Brasil”, abria a blusa e cantava com os seios à mostra, o que sempre chocava os fãs mais conservadores e moralistas. Ela ganhou os prêmios Sharp e APCA do ano com esse trabalho. Mais recentemente, Gal Costa lançou o álbum “Recanto” (2012), fez uma homenagem a Lupicínio Rodrigues, que ela considerava uma das suas grandes influências, lançou “Estratosférica” (2016) e chegou até a fazer parceria com Marília Mendonça, em “Cuidando de Longe” (2018). Ao todo, ela lançou mais de 40 álbuns ao longo da sua carreira, incluindo discos de estúdio e ao vivo. Além da sua carreira nos palcos, Gal Costa também fez algumas aparições na TV e no cinema, aparecendo, por exemplo, na novela “Dancin’ Days” (1979) para cantar a música “Folhetim”, de Chico Buarque. Porém, seu maior papel como atriz foi no filme “O Mandarim” (1995), dirigido por Júlio Bressane, que contava a história da música popular brasileira no século 20. Gal Costa interpretou Carmen Miranda no filme. Suas canções também fizeram parte da trilha sonora da novela “Água Viva” (1980), da minissérie “Anos Rebeldes” (1992), das novelas “Velho Chico” (2016) e “Os Dias Eram Assim” (2017), e do filme “Bacurau” (2019). Discreta em sua vida pessoal, Gal nunca foi casada, mas manteve relacionamentos estáveis, entre outros com o violonista Marco Pereira, a cantora Marina Lima e a atriz Lúcia Veríssimo. A notícia da sua morte foi recebida com tristeza por diversos artistas, celebridades e até o presidente eleito Lula, que manifestaram sua admiração pela cantora nas redes sociais. Confira abaixo algumas dessas manifestações. Nossa irmãzinha se foi… Gal, a quem chamava de Gaúcha. Fica a saudade pra mim, pra todos que eram próximos e pra tanta gente na extensão deste Brasil que se encantava com seu canto. Agora o canto dela fica conosco pro resto das nossas vidas, pra o tempo todo da nossa história. pic.twitter.com/TVigEg3shB — Gilberto Gil (@gilbertogil) November 9, 2022 Perdemos hoje uma das maiores vozes da música popular brasileira. Uma parte imensurável da nossa cultura que nunca será esquecida. Gal Costa eterna. 🖤 — Juliette (@juliette) November 9, 2022 Gal Costa foi das maiores cantoras do mundo, das nossas principais artistas a levar o nome e os sons do Brasil para todo o planeta. Seu talento, técnica e ousadia enriqueceu e renovou nossa cultura, embalou e marcou a vida de milhões de brasileiros. 📸 @ricardostuckert pic.twitter.com/4jU2SBcHuq — Lula (@LulaOficial) November 9, 2022 Gal Costa, gênia magistral perfeita da música brasileira. Sentiremos pra sempre sua falta, mas na arte você se fez imortal. 🖤pic.twitter.com/6Kk2mUHwAp — Felipe Neto 🦉 (@felipeneto) November 9, 2022 Eu te amo e vou te amar pra sempre, @GalCosta. As saudades serão eternas. pic.twitter.com/2cKPPmyp2Y — Milton Bituca Nascimento (@MiltonBituca) November 9, 2022 Gal costa foi um presente q a existência nos deu. Tô arrasado, mas em algum lugar no meio d toda tristeza, também sinto um calorzinho no peito d gratidão. Q alegria poder ter tido a oportunidade de ouvi-la, vê-la e ter trabalhado com ela. Eterna mestra, mais eterna ainda agora😭 — emicida (@emicida) November 9, 2022
Série com a família de Gilberto Gil ganha trailer
A Amazon divulgou o trailer da série documental sobre a família do cantor Gilberto Gil. “Em Casa com os Gil” acompanha a família Gil reunida por duas semanas em sua casa de campo para criar um show inédito, que contará apenas com a participação dos familiares no palco – os filhos, netos e noras do artista. Os episódios da série mostrarão mais sobre a intimidade de todos os parentes, trazendo a rotina, a interação e os conflitos entre eles, enquanto preparam a turnê em família, que vai celebrar os 80 anos do cantor-compositor. O “elenco” conta com Gilberto, Preta, Bela, Flor, Flora, Bem, José, João, Francisco, Nara, Marília e Maria, ao lado de outros Gils. Idealizada pelo cineasta Andrucha Waddington (“Eu, Tu, Eles”, “Casa de Areia”, “Sob Pressão”) com roteiro de Hermano Vianna (“Orfeu”) e produção da Conspiração, a série será lançada no Prime Video em mais de 240 países e territórios em todo o mundo no dia 24 de junho. Além do trailer, foi disponibilizada, na plataforma Amazon Music, uma nova versão da canção “Realce” que fará parte da trilha sonora da atração.
Série inédita sobre família de Gilberto Gil garante 2ª temporada
A Amazon Prime Video vai realizar uma 2ª temporada da série documental sobre a família do imortal Gilberto Gil. Atualmente em fase de pós-produção, a 1ª temporada acompanhou a família ao longo de 20 dias, isolada num sítio em Araras, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, para preparar o show “Nós, A Gente”, que junta Gil e sua família no palco – Preta, Bela, Flor, Flora, Bem, José, João, Francisco, Nara, Marília, Maria e outros Gils. Já a 2ª temporada vai acompanhar a turnê pela Europa, onde estão previstas 12 apresentações por diferentes países. Idealizada e dirigida pelo cineasta Andrucha Waddington (“Sob Pressão”) com roteiro de Hermano Vianna (“Esquenta!”) e produção da Conspiração Filmes, a série tem lançamento marcado para julho.
Gilberto Gil é eleito novo imortal da Academia Brasileira de Letras
O músico Gilberto Gil foi eleito nesta quinta (11/11) como novo imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL). Ele vai se juntar à atriz Fernanda Montenegro, eleita na semana passada, num processo de renovação entre os septuagenários da casa. O cantor e compositor de 79 anos ocupará a cadeira 20, que tem como patrono o médico e jornalista Joaquim Manuel de Macedo. Ele substitui o jornalista Murilo Melo Filho, morto em maio de 2020. Gil disputava a posição com o poeta e compositor Salgado Maranhão (7 votos) e com o escritor Ricardo Daudt (nenhum voto). Sua eleição também dobra a “diversidade” da ABL, que agora tem agora dois membros negros – além de Gil, o acadêmico Domício Proença Filho. Além da vasta carreira musical, Gilberto Gil é embaixador da ONU para agricultura e alimentação desde 2001, além de ter atuado como ministro da Cultura do Brasil, entre 2003 e 2008, durante os dois mandatos do ex-presidente Lula. “Muito feliz em ser eleito para a cadeira 20 da Academia Brasileira de Letras. Obrigado a todos pela torcida e obrigado aos agora colegas de Academia pela escolha”, escreveu Gil em seu Instagram após a confirmação do resultado. Gilberto Gil e Fernanda Montenegro devem assumir suas cadeiras apenas em março de 2022. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Gilberto Gil (@gilbertogil)
Fernanda Montenegro se candidata à vaga na Academia Brasileira de Letras
A atriz Fernanda Montenegro oficializou sua candidatura para a Academia Brasileira de Letras (ABL). Sua assessoria de imprensa informou que ela já enviou sua carta de inscrição para disputar a cadeira 17, pertencente a Affonso Arinos de Mello Franco, que faleceu em março de 2020. Além dela, o cantor e compositor Gilberto Gil também confirmou na quinta-feira (5/8) sua candidatura para a ABL. Mas os dois não são necessariamente concorrentes. A instituição perdeu outros três “imortais”, que terão as cadeiras abertas nos próximos dias. São eles o jornalista Murilo Melo Filho, morto em 27 de maio de 2020, o professor Alfredo Bosi, morto em 7 de abril de 2021, e o ex-vice-presidente do Brasil Marco Maciel, falecido em 12 de junho. Segundo o jornal O Globo, a candidatura de Fernanda Montenegro teria sido um pedido dos próprios acadêmicos, que sonham com sua companhia nos tradicionais chás das quintas-feiras. Um dos maiores nomes do teatro e do cinema do país, ela também tem uma relação forte com a poesia e a ficção, como demonstram suas diversas leituras públicas. Isto facilita muito sua campanha (oficialmente de 60 dias) pela vaga. A participação de Fernanda e Gil também coincide com uma iniciativa da Academia para abrir suas portas para a cultura popular.
Amazon prepara série sobre a família de Gilberto Gil
A Amazon vai produzir uma série documental sobre a família do cantor Gilberto Gil. O programa será lançado no Prime Video em mais de 240 países e territórios em todo o mundo. A produção vai retratar a família Gil reunida por duas semanas em sua casa de campo para criar um show inédito, que contará apenas com a participação dos familiares no palco – como os filhos, netos e noras do artista de 78 anos. Os episódios da série mostrarão mais sobre a intimidade dos Gil, trazendo a rotina, a interação e os conflitos entre eles, enquanto preparam a turnê do ano que vem. O “elenco” conta com Gilberto, Preta, Bela, Flor, Flora, Bem, José, João, Francisco, Nara, Marília e Maria, ao lado de outros Gils, e foi idealizada pelo cineasta Andrucha Waddington (“Eu, Tu, Eles”, “Casa de Areia”, “Sob Pressão”) com a produção da Conspiração. As gravações começaram nesta semana.
DiCaprio, Katy Perry, Joaquin Phoenix e outros artistas pedem para Biden isolar Bolsonaro
Artistas americanos e brasileiros assinaram uma carta nesta terça-feira (20/4), pedindo para que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, isole e não faça qualquer acordo ambiental com Jair Bolsonaro. Os dois devem se encontrar na Cúpula do Clima, que tem início na quinta-feira (22/4). A iniciativa acontece após a circulação de um vídeo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), compartilhado por artistas, que avisa para Biden não confiar nas mentiras de Bolsonaro. Na semana passada, Bolsonaro escreveu ao presidente americano uma carta com várias promessas vazias, incluindo, por exemplo, o que já estava prometido desde Dilma Rousseff na assinatura do Acordo de Paris sobre o clima: acabar com desmatamento até 2030. Entre os artistas que assinaram a carta contra o acordo com Bolsonaro estão Leonardo DiCaprio, Katy Perry, Gilberto Gil, Joaquin Phoenix, Mark Ruffalo, Jane Fonda, Sigourney Weaver, Sonia Braga, Wagner Moura, Caetano Veloso, Fernando Meirelles e Philip Glass. Eles apelam a Biden para ouvir lideranças indígenas e ambientalistas, e dialogar com governos estaduais em vez do presidente, que está sendo investigado na Suíça por genocídio contra indígenas e que incentiva as passadas de boiada de um Ministro do Meio Ambiente acusado no STF (Supremo Tribunal Federal) de defender o desmatamento criminoso. “Nós apelamos ao seu governo para ouvir o pedido deles (indígenas e ambientalistas) e não se comprometer com nenhum acordo com o Brasil a esta altura”, escrevem eles. “Unimo-nos a uma coalizão crescente ao fazer um apelo ao seu governo para rejeitar qualquer acordo com o Brasil até o desmatamento ser reduzido, os direitos humanos serem respeitados e uma participação significativa da sociedade civil ser alcançada”, acrescenta a carta. Em 2020, o desmatamento na parte brasileira da Amazônia atingiu recordes históricos e destruiu uma área com 14 vezes o tamanho da cidade de Nova York, segundo dados do próprio governo brasileiro.









