William Friedkin dará aula de cinema durante a Mostra de São Paulo
O veterano cineasta americano William Friedkin, de 81 anos, vem ao Brasil para participar da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Além de ser homenageado com uma retrospectivas de seus clássicos, ele vai ministrar uma aula de cinema durante a mostra. A aula acontecerá no dia 22 de outubro, no Cinearte, antes da exibição de um de seus filmes. A retrospectiva programada para a mostra incluirá “Operação França” (1971), “O Exorcista” (1973), “O Comboio do Medo” (1977), “Parceiros da Noite” (1980), “Viver e Morrer em Los Angeles” (1985), “Possuídos” (2006) e “Killer Joe – Matador de Aluguel” (2011). Todos excelentes. A 40ª edição da Mostra de São Paulo acontece entre 20 de outubro a 2 de novembro.
Festival do Rio perde gordura para ficar mais atraente
A 18ª edição do Festival do Rio, que começa nesta quinta (6/10), tem menos gordura que as anteriores, mas ficou mais atraente em termos de programação – “um luxo”, como define a diretora artística Ilda Santiago. “Já tivemos num ano 400 filmes. Ninguém consegue ver isso. E se a pessoa vir 100 terá sempre a sensação ruim de que perdeu 300”, Ilda declarou à imprensa. Este ano serão “apenas” 250 títulos, exibidos em 11 dias, no lugar dos tradicionais 15 dias de duração. Em vez da quantidade, o festival mirou na qualidade. Entre os destaques da programação, que começa com a exibição da sci-fi “A Chegada”, do canadense Denis Villeneuve (“Sicario”), estão os vencedores dos festivais de Cannes e Veneza, respectivamente “Eu, Daniel Blake”, do inglês Ken Loach, que levou a Palma de Ouro, e “A Mulher que se Foi”, do filipino Lav Diaz, detentor do Leão de Ouro. Além destes, a programação inclui três outros filmes premiados este ano em Cannes: “Toni Erdmann”, da alemã Maren Ade, que venceu prêmio da crítica e é um dos mais cotados para o Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira, “É Apenas o Fim do Mundo”, do canadense Xavier Dolan, que levou o Grande Prêmio do Juri, e “Personal Shopper”, estrelado por Kristen Stewart, que rendeu o troféu de Melhor Direção ao francês Olivier Assayas. Já a lista do Festival de Veneza inclui os dois filmes que dividiram o Leão de Prata de Melhor Direção: “La Región Salvaje”, do mexicano Amat Escalante, e “Paradise”, do russo Andrei Konchalovsky. Há ainda novos trabalhos de Terrence Malick (“Voyage of Time”), Wim Wenders (“Os Belos Dias de Aranjuez”), André Téchiné (“Being 17”), Bruno Dumont (“Mistério na Costa Chanel”), Jeff Nichols (“Loving”), Bertrand Bonello (“Sarah Winchester, Ópera Fantasma e Nocturama”), Hong Sang-soo (“Você e os Seus”), Werner Herzog (“Eis os Delírios do Mundo Conectado”), Jim Jarmusch (“Gimme Danger”), Ira Sachs (“Melhores Amigos”), Andrzej Zulawski (“Cosmos”), Sergei Loznitsa (“Austerlitz”), Johnnie To (“Three”), Kelly Reichardt (“Certain Women”), Todd Solondz (“Wiener-Dog”), Terence Davies (“A Canção do Pôr do Sol”) e Kevin Smith (“Yoga Hosers”). Entre os nacionais, a maior curiosidade fica por conta de “Pequeno Segredo”, de David Schurmann, que tentará vaga no Oscar 2017, “Barata Ribeiro, 716”, de Domingos Oliveira, vencedor do Festival de Gramado, o documentário “Cinema Novo”, de Eryk Rocha, premiado no Festival de Cannes, e “Elis”, de Hugo Prata, também premiado em Gramado – todos exibidos fora de competição. Já a mostra competitiva terá novos filmes de Eliane Caffé, Andrucha Waddington e José Luiz Villamarim, além de abrir espaço para estreantes já bem conhecidos do público, como a atriz Leandra Leal, que lança seu primeiro trabalho como diretora. Clique aqui para ver a lista completa dos filmes brasileiros selecionados para o festival. Serão 30 pontos de exibições, entre salas, lonas, projeções ao ar livre no Boulevard Olímpico da Praça Mauá e espaços adaptados como a grande sala de eventos do Palácio das Artes. Além do Odeon, em plena Cinelândia, o festival vai servir também para reinaugurar outro cinema tradicional do centro do Rio, o Roxy, agora com três salas. Entre as programação especial de homenagens deste ano, o evento pega carona no documentário “Cinema Novo” para propor uma espécie de revisão crítica do movimento e ainda outorgar um prêmio de carreira a Cacá Diegues. Também homenageia os 15 anos de “Lavoura Arcaica” (2001), projetando a versão restaurada do filme cultuado de Luiz Fernando Carvalho. E para completar projetará o clássico “Ganga Bruta” (1933), de Humberto Mauro, para saudar o crítico José Carlos Avellar, que morreu este ano, e o lendário Paulo Emílio Salles Gomes, que completaria 100 anos. Era o filme favorito de ambos.
Kristen Stewart causa em tapete vermelho com visual andrógino e sem sutiã
A atriz Kristen Stewart (“Acima das Nuvens”) causou no tapete vermelho da première de “Certas Mulheres”, que aconteceu na noite de segunda (3/10) durante o Festival de Nova York. Ela apareceu loira, de cabelos curtos e com roupas mais, digamos, masculinas, enquanto as demais atrizes capricharam nos vestidos de gala. Entretanto, ela não cansou de ser sexy, como demonstraram as câmeras hipnotizadas por um detalhe de seu visual andrógino: o blazer roxo aberto, usado sem sutiã. Além dela, as atrizes Michelle Williams (“Sete Dias com Marilyn”), Laura Dern (“Livre”) e Lily Gladstone (“Subterranea”) também estão no elenco do longa dirigido por Kelly Reichardt (“Movimentos Noturnos”). Mas a internet só viu Kristen, de tantos cliques que inspirou. Ao participar da sessão de perguntas e respostas, após a exibição do filme, ela reapareceu com uma camiseta branca sob o blazer. Em “Certas Mulheres”, Kristen interpreta Beth Travis, uma jovem advogada que viaja para bem longe de casa para encarar o desafio de dar aulas pela primeira vez. No meio disso tudo, a personagem começa uma grande amizade com uma fazendeira solitária.
A Cidade Onde Envelheço vence o Festival de Biarritz na França
Após vencer o Festival de Brasília, o filme “A Cidade Onde Envelheço”, de Marília Rocha, conquistou o Prêmio “Abraço”, principal estatueta do Festival de Cinema da América Latina de Biarritz, na França. Este é o primeiro longa de ficção de Marília, que já dirigiu três documentários apresentados em outros festivais internacionais: “A Falta que Ne faz” (2009), “Acácio” (2008) e “Aboio” (2005). Protagonizado pelas portuguesas Elizabete Francisca e Francisca Manuel, “A Cidade Onde Envelheço” acompanha o choque cultural de uma jovem portuguesa que chega ao Brasil para visitar uma amiga de seu país natal, que se mudou há um ano para o clima tropical. Além de “A Cidade Onde Envelheço”, o júri de Biarritz também destacou “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho, como um Prêmio Especial e o troféu de Melhor Atriz, para Sonia Braga. O Prêmio de Melhor Ator foi para Alejandro Sieveking, por seu papel no argentino “El Invierno”, de Emiliano Torres, que também levou o Prêmio da Crítica. Já o Prêmio do Público ficou com o venezuelano “El Amparo”, de Robert Calzadilla.
Mostra de São Paulo trará exposição e cópia restaurada de Persona, nos 50 anos da obra-prima de Bergman
A 40ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo está trazendo ao Brasil a exposição “Behind the Mask — 50 Years of Persona” (Por trás da máscara — 50 anos de Persona), que promove um passeio audiovisual pelo mais experimental e enigmático trabalho do cineasta sueco Ingmar Bergman, que foi lançado no Brasil com o título “Quando Duas Mulheres Pecam”. Concebida originalmente para ocupar o Bergman Center, centro cultural que promove o acervo do diretor, a exibição foi reformatada para as dimensões do Itaú Cultural, na Avenida Paulista, onde ficará em cartaz entre os dias 15 de outubro e 6 de novembro. Composta por textos, fotos dos bastidores das filmagens, cartazes, objetos relacionados à produção, painéis interativos e videoinstalações, a exposição oferece extenso material que ajuda a contextualizar “Persona” na trajetória profissional e pessoal de Bergman, e o momento em que chegou aos cinemas. É a primeira parceria firmada entre a mostra brasileira e o órgão sueco, que planeja uma grande celebração para marcar o centenário de nascimento de Bergman, em 2018. Além da exposição, a Mostra também terá sessões com uma cópia restaurada do longa de 1966 e debate sobre a obra com a participação de Helén Beltrame-Linné, a brasileira que dirige o Bergman Center desde 2014. A história de “Persona” envolve um momento conturbado da vida do diretor. Bergman escrevera o roteiro de um longa-metragem para a atriz Bibi Andersson, com quem tivera um relacionamento amoroso, mas ficou doente antes de iniciar as filmagens. Enquanto estava no hospital, viu uma foto em que Bibi e a também atriz Liv Ullmann estavam juntas e, inspirado pela semelhança física entre elas, desenvolveu o argumento de “Persona”, drama psicológico sobre duas mulheres cujas identidades se fundem gradualmente uma na outra. Quando chegou aos cinemas, a obra dividiu opiniões, causando estranheza e maravilhamento. Por todas as suas ambições psicológicas e narrativas (supercloses, fusão de imagens, “queima” do filme em plena projeção), “Persona” se tornou um dos filmes mais comentados dos anos 1960, a ponto de a crítica de arte americana Susan Sontag publicar um ensaio em que dizia que o filme estava “fadado a incomodar, aturdir e frustrar a maioria do público”.
Manchester à Beira-Mar: Trailer legendado multiplica críticas elogiosas a Casey Affleck
A Sony divulgou o pôster e o trailer legendado de “Manchester à Beira-Mar”, drama do diretor e roteirista Kenneth Lonergan (autor do roteiro de “Gangues de Nova York”). A trama mostra Casey Affleck (“Interestelar”) sendo obrigado a cuidar do sobrinho após a morte do pai do garoto, além de muitos trechos de críticas elogiosas, a ponto de “Obra-prima” parecer o slogan da produção. O elenco de “Manchester By the Sea” ainda inclui Michelle Williams (“Oz, Mágico e Poderoso”), Lucas Hedges (“O Teorema Zero”), Kyle Chandler (série “Bloodline”), Matthew Broderick (“Roubo nas Alturas”), Gretchen Mol (série “Boardwalk Empire”), e C.J. Wilson (“Um Senhor Estagiário”). O filme fez muito barulho no Festival de Sundance, mas não chegou a vencer nada. Mesmo assim, o marketing do estúdio já ensaia a possibilidade de Casey Affleck ser indicado pela primeira vez à estatueta de Melhor Ator, posicionando sua estreia na época das premiações de fim de ano. A estreia está marcada para 18 de novembro nos EUA e apenas em 12 de janeiro no Brasil.
Paterson: Elogiado drama de Jim Jarmusch com Adam Driver ganha 20 fotos e primeiro trailer
A Amazon divulgou 20 fotos, o pôster e o primeiro trailer de “Paterson”, novo longa do cultuado diretor indie Jim Jarmusch (“Amantes Eternos”). O filme acompanha um motorista de ônibus chamado Paterson na cidade que se chama Paterson. Mas também inclui outra peculiaridade: o motorista é interpretado por Adam Driver (driver, claro, é motorista em inglês). A redundância faz parte da estratégia do diretor, que busca apresentar a banalidade do cotidiano, de onde seu protagonista extrai poesia. Literalmente. Enquanto não dirige seu ônibus pela cidadezinha de Nova Jersey, o motorista Driver escreve poemas. E a trama é contada em estrofes, uma para cada dia da semana, ao longo de uma semana em sua vida. A escolha da locação não foi casual. Paterson foi lar dos poetas Allen Ginsberg e William Carlos Williams. Ambos tinham em comum o uso da linguagem coloquial e versos que refletiam o cotidiano. Paterson, o personagem, também escreve sobre o que vive. Mas sua vida é monótona, com uma mulher dona de casa (a iraniana Golshifteh Farahani, de “Êxodo: Deuses e Reis”), um cachorro e um emprego tedioso. Exibido no Festival de Cannes, “Paterson” arrancou muitos elogios da crítica – alguns destacados no cartaz e na prévia, que pincela o cotidiano do protagonista. A estreia está marcada para 28 de dezembro nos EUA, data final para filmes que aspiram ao Oscar, mas não há previsão de lançamento no Brasil.
Personal Shopper: Filme de fantasmas com Kristen Stewart ganha novo trailer
A IFC Films divulgou o trailer americano de “Personal Shopper”, produção que marca o reencontro da atriz Kristen Stewart com o diretor francês Olivier Assayas, após a bem-sucedida parceria em “Acima das Nuvens”. A primeira parceria rendeu à americana o César (o Oscar francês) de Melhor Atriz Coadjuvante do cinema francês em 2015. A segunda deu ao cineasta o troféu de Melhor Direção no Festival de Cannes deste ano. A prévia revela o lado místico da trama, ao trazer Kristen explicando para Lars Eidinger (também de “Acima das Nuvens”) que pretende ficar em Paris até ser contatada por seu irmão gêmeo recém-falecido, respeitando um acordo mediúnico que ambos fizeram a respeito de quem morresse primeiro. Logo em seguida, ela aparece aterrorizada, encontrando sinais de fantasmas. O elenco internacional também inclui a austríaca Nora von Waldstätten (mais uma integrante de “Acima das Nuvens”), a francesa Sigrid Bouaziz (série “The Tunnel”) e o norueguês Anders Danielsen Lie (“Oslo, 31 de Agosto”). O filme ainda será exibido nos festivais de Nova York e Londres, antes de estrear comercialmente na França em dezembro. O lançamento americano está previsto apenas para março e ainda não há previsão para sua chegada ao Brasil.
Ficção científica A Chegada vai abrir o Festival do Rio 2016
O filme “A Chegada”, do canadense Denis Villeneuve (“Sicario”), vai abrir o Festival do Rio na próxima quinta-feira (6/10). Elogiadíssimo em sua première no Festival de Veneza, o longa é uma ficção científica de “discos” voadores. Na trama, Amy Adams (“Batman vs. Superman”) vive uma especialista em linguística convocado pelo governo americano para tentar estabelecer comunicação com uma nave que pousou nos EUA, durante a chegada de uma dúzia de veículos espaciais na Terra, buscando entender a intenção dos visitantes. O filme é baseado no conto “Story of Your Life” de Ted Chiang, laureado com os prêmios Hugo e Nebula (as mais importantes premiações da ficção científica), numa adaptação escrita por Eric Heisserer (“Quando as Luzes se Apagam”) e que também inclui Jeremy Renner (“Capitão América: Guerra Civil”) e Forest Whitaker (“O Mordomo da Casa Branca”) em seu elenco. A exibição no Rio acontecerá antes mesmo da estreia comercial americana, prevista apenas para 11 de novembro. O lançamento nacional é ainda mais distante, marcado pela distribuidora para 9 de fevereiro nos cinemas brasileiros. Confira aqui o trailer legendado de “A Chegada” e aproveite para conhecer também os demais filmes da programação internacional do Festival do Rio, entre eles os vencedores dos festivais de Cannes e Veneza deste ano.
A Cidade Onde Envelheço vence o Festival de Brasília
Primeiro longa de ficção da documentarista Marília Rocha, “A Cidade Onde Envelheço” foi o grande vencedor do 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Ao todo, o filme recebeu quatro troféus Candangos. Além de Melhor Filme, também rendeu o prêmio de Melhor Direção para Rocha, Ator Coadjuvante para Wederson Neguinho, e Atriz, que foi dividido entre Elizabete Francisca e Francisca Manuel. O filme conta o drama de Teresa (Elizabete Francisca Santos), uma jovem portuguesa que decide deixar seu país para morar no Brasil, onde já está uma amiga (Francisca Manuel). O choque cultural rendeu alguns dos momentos mais bem-humorados do festival. Ao contrário do júri, o público preferiu um documentário, “Martírio”, de Vincent Carelli, que retrata o drama dos índios Guarani Kaiowá, no Mato Grosso do Sul, em luta centenária para permanecer em seu território. Foi um dos longas mais aplaudidos durante a competição e também ganhou um Prêmio Especial do Júri. A animação “Quando os Dias Eram Eternos”, de Marcus Vinicius Vasconcelos, venceu como melhor curta. Segundo a organização do festival, cerca de 30 mil pessoas assistiram aos filmes deste ano. Mas, após a abertura marcada por forastemer, o encerramento aconteceu sem a presença de autoridades e com poucos premiados para receber os troféus. Retomando a tradição de lançar novos filmes, todos os longas em competição no evento eram inéditos no Brasil. Confira abaixo a relação dos longas premiados e a lista completa dos vencedores no site do festival. Longas Premiados no Festival de Brasília 2016 Melhor Filme A Cidade Onde Envelheço Melhor Filme – Júri Popular Martírio Melhor Filme – Júri da Crítica Rifle Prêmio Especial do Júri Martírio Melhor Direção Marília Rocha (A Cidade Onde Envelheço) Melhor Ator Rômulo Braga (Elon Não Acredita na Morte) Melhor Atriz Elizabete Francisca e Francisca Manuel (A Cidade Onde Envelheço) Melhor Ator Coadjuvante Wederson Neguinho (A Cidade Onde Envelheço) Melhor Atriz Coadjuvante Samya De Lavor (O Último Trago) Melhor Roteiro Rifle Melhor Fotografia O Último Trago Melhor Direção de Arte Deserto Melhor Trilha Sonora Vinte Anos Melhor Som Rifle Melhor Montagem O Último Trago Prêmio Conterrâneos Vinte Anos Prêmio Marco Antônio Guimarães Martírio
Mostra exibe filmes clássicos de hip-hop em São Paulo
A 3ª Mostra de Filme Hip-Hop vai exibir 14 filmes dedicados ou inspirados pelo gênero musical no CineSesc, em São Paulo, com entrada gratuita a partir desta quarta (28/9). A abertura acontece com “Wave Twisters” (2001), de Syd Garon e Eric Henry, o primeira longa de animação do hip-hop. Mas a maior parte da seleção foca a “old school”, com filmes clássicos dos anos 1980. Há, por exemplo, “Breakin'” (1984), que revelou Ice-T, “Krush Groove” (1985), estrelado por Run-DMC, LL Cool J, Kurtis Blow, Fat Boys e Beastie Boys, e “Beat Street – A Loucura do Ritmo” (1984), que tem uma história não muito diferente da série “Get Down” e traz o lendário b-boy Crazy Legs mostrando porque é considerado o maior dançarino de break de todos os tempos e… Vin Diesel como figurante! Além disso, há o documentário mais recente dos Beastie Boys, “Awesome; I Fuckin’ Shot That!” (2006), que registra um show do trio em Nova York, e um filme de Adam Yauch, o integrante falecido da banda, “Gunnin’ for that #1 Shot”, sobre um time de basquete. A mostra, que tem curadoria do ex-VJ da MTV Rodrigo Brandão, também presta homenagem a Bobbito Garcia, lendário radialista, jogador de basquete de rua e cineasta, com três de seus filmes. E fecha, no dia 5 de outubro, lembrando um ícone do rap brasileiro, com o doc “Sabotage: Maestro do Canão” (2015), de Ivan Vale Ferreira.
The Eyes of My Mother: Veja o trailer de um dos terrores mais falados e premiados do ano
A Magnolia Pictures divulgou o pôster e o trailer de “The Eyes of My Mother”, o terror mais comentado do último Festival de Sundance e grande vencedor do Fantastic Cinema Festival. Filmado em preto e branco, o filme evoca temas de “Psicose” (1960) com uma bizarria toda própria. A prévia atmosférica introduz a protagonista, vivida pela portuguesa Kika Magalhães (“Patient: 23”), que conta para uma visita incauta, ao som de um fado triste, o que aprendeu na infância com sua mãe cirurgiã. Vivendo no isolamento de uma fazenda distante, ela foi ensinada desde cedo a entender a anatomia humana e não se impressionar com a morte. O filme foi escrito e dirigido por Nicolas Pesce, que estreia no cinema após realizar alguns clipes musicais – inclusive da argentina Tei Shi. O elenco também inclui Diana Agostini (“O Miado do Gato”), Clara Wong (série “Vinyl”) e Will Brill (“Not Fade Away”). A estreia está marcada para 2 de dezembro nos EUA e não há previsão de lançamento para o Brasil.
Aquarius vai tentar emplacar Sonia Braga como Melhor Atriz no Oscar
A Vitagraph Films, empresa responsável pela distribuição do brasileiro “Aquarius” nos Estados Unidos, irá lançar uma campanha para tentar uma indicação de Melhor Atriz para Sonia Braga no Oscar. A informação foi passada pelo diretor Kleber Mendonça Filho ao site americano Screen Daily. Embora a indicação de Sonia tenha muita torcida, é importante dimensionar a campanha do filme, que não seria muito diferente caso tivesse sido escolhido como representante brasileiro para a categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira. A distribuidora americana Vitagraph é muito pequena, nem canal tem no YouTube, e não contará com grande orçamento para divulgar a estreia do filme nos cinemas, que dirá bancar corrida ao Oscar. Segundo Filho, a campanha começará em duas semanas com um jantar em Los Angeles. Enquanto isso, campanhas caríssimas dos grandes estúdios de Hollywood incluirão anúncios na mídia, envios de Blu-ray e diversos mimos. Vale lembrar que Fernanda Montenegro teve apoio do estúdio Sony Pictures Classics quando conseguiu sua indicação ao Oscar por “Central do Brasil” (1998), enquanto as diversas indicações de “Cidade de Deus” (2002) ocorreram com empurrão da Miramax, dos irmãos Weinsten, que sabem como poucos o que fazer para conquistar Oscars. “Aquarius” chega aos cinemas dos EUA com exibição no Festival de Cinema de Nova York, que começa na sexta (30/9), e terá lançamento comercial em 14 de outubro, em circuito limitado.












