Framboesa de Ouro 2019: Holmes & Watson é o pior filme e Donald Trump o pior ator do ano
A organização do Framboesa de Ouro, que anualmente premia os piores do cinema, anunciou seus “grandes” vencedores de 2019 em cerimônia realizada neste sábado (23/2) em Los Angeles. E o troféu menos cobiçado do evento, Pior Filme do ano, foi para a comédia “Holmes & Watson”. Além de Pior Filme, “Holmes & Watson” foi o pior em mais três categorias: Direção (Etan Cohen), Ator Coadjuvante (John C. Reilly) e Continuação, “Remake” ou Cópia. Claramente, o grande vencedor dos Razzies, como o troféu também é conhecido. O filme é tão ruim que nem teve lançamento no Brasil. E só perdeu na disputa de Pior Ator porque Will Ferrell enfrentou um concorrente de peso. Ninguém menos que o presidente dos Estados Unidos foi eleito o Pior Ator do ano, por sua “interpretação” de si mesmo nos documentários “Death of a Nation” e “Fahrenheit 11/9”. Trump ainda venceu outro prêmio, numa indicação da politização do Framboesa de Outro, como Pior Dupla do cinema, formada por ele e seu ego “perpetuando a mesquinharia”. Mas as críticas ao governo atual dos Estados Unidos não ficaram nisso. Kellyanne Conway, assessora de Trump, foi considerada a Pior Atriz Coadjuvante por sua “interpretação” de si mesma em “Fahrenheit 11/9”. Além de Trump, outra artista também faturou duas estatuetas de framboesas douradas: Melissa McCarthy, como Pior Atriz pelos filmes “Alma da Festa” e “Crimes em Happytime”, simultaneamente ao prêmio de “Redenção” – único troféu positivo da premiação, que significa que ela já deu a volta por cima – por “Poderia Me Perdoar?”, pelo qual concorre ao Oscar de Melhor Atriz no domingo (24/2). A framboesa de Pior Roteiro, por sua vez, ficou com “Cinquenta Tons de Liberdade”, o último filme da trilogia erótica “Cinquenta Tons”. Neste ano, ainda foi instituído um prêmio especial, Barry L. Bumstead, destinado ao pior fracasso de bilheteria da temporada. A desonra foi concedida para “O Clube dos Meninos Bilionários”, um fiasco estrelado por Kevin Spacey, banido de Hollywood após ser denunciado por assédio sexual. Confira abaixo todos os vencedores do Framboesa de Ouro 2019. Pior Filme “Holmes & Watson” Pior Atriz Melissa McCarthy, por “Crimes em Happytime” e “Alma da Festa” Pior Ator Donald Trump, por “Death of a Nation” e “Fahrenheit 11/9” Pior Ator Coadjuvante John C. Reilly, por “Holmes & Watson” Pior Atriz Coadjuvante Kellyanne Conway, por “Fahrenheit 11/9” Pior Dupla Donald Trump e seu ego, por “Death of a Nation” e “Fahrenheit 11/9” Pior Remake, Cópia ou Sequência “Holmes & Watson” Pior Direção Etan Cohen, por “Holmes & Watson” Pior Roteiro Niall Leonard, por “Cinquenta Tons de Liberdade” Pior Fracasso “O Clube dos Meninos Bilionários” Redenção Melissa McCarthy, por “Poderia Me Perdoar?”
Framboesa de Ouro divulga piores filmes e atores do ano, de Robin Hood a Donald Trump
A organização do Framboesa de Ouro, que anualmente premia os piores do cinema, anunciou nesta segunda (21/1) a lista dos indicados a seu troféu em 2019. Conhecido também como Razzie Awards, o “anti-Oscar” selecionou alguns suspeitos de sempre, como Johnny Depp, Will Ferrell e John Travolta, e algumas novidades, como Donald Trump. Mas a comediante Melissa McCarthy conseguiu o raro feito de ser indicada por dois filmes ruins ao mesmo tempo, apesar de estar cotada para o Oscar por um terceiro (“Poderia Me Perdoar?”). Única estrela com espírito esportivo suficiente para ir à cerimônia receber seu prêmio de Pior Atriz, Sandra Bullock já passou por situação similar, quando venceu o Razzie e o Oscar no mesmo ano – em 2010, respectivamente por “Maluca Paixão” e “Um Sonho Possível”. Entre os longas, a lista homenageia a ruindade de “Robin Hood: A Origem”, “Gotti”, “Crimes em Happytime”, “Holmes & Watson” e “A Maldição da Casa Winchester”, que disputam o prêmio máximo, de Pior Filme do ano. O Framboesa de Ouro vai revelar seus vencedores em cerimônia marcada para o dia 23 de fevereiro em Los Angeles, uma noite antes do Oscar 2019. Confira abaixo todos os indicados. Pior Filme “Gotti” “Crimes em Happytime” “Holmes & Watson” “Robin Hood: A Origem” “A Maldição da Casa Winchester” Pior Atriz Jennifer Garner, por “A Justiceira” Amber Heard, por “London Fields” Melissa McCarthy, por “Crimes em Happytime” e “Alma da Festa” Helen Mirren, por “A Maldição da Casa Winchester” Amanda Seyfried, por “Espectador Profissional” Pior Ator Johnny Depp, por “Gnomeu e Julieta: O Mistério do Jardim” Will Ferrell, por “Holmes & Watson” John Travolta, por “Gotti” Donald Trump, por “Death of a Nation” e “Fahrenheit 11/9” Bruce Willis, por “Desejo de Matar” Pior Ator Coadjuvante Jamie Foxx, por “Robin Hood: A Origem” Ludacris, por “Show Dogs” Joel McHale, por “Crimes em Happytime” John C. Reilly, por “Holmes & Watson” Justice Smith, por “Jurassic World: Reino Ameaçado” Pior Atriz Coadjuvante Kellyanne Conway, por “Fahrenheit 11/9” Marcia Gay Harden, por “Cinquenta Tons de Liberdade” Kelly Preston, por “Gotti” Jaz Sinclair, por “Slender Man: Pesadelo Sem Rosto” Melania Trump, por “Fahrenheit 11/9” Pior “Combo” Quaisquer dois atores ou bonecos (especialmente nas cenas de sexo), por “Crimes em Happytime” Johnny Depp e sua carreira moribunda (ele está fazendo vozes de desenhos animados!), por “Gnomeu e Julieta: O Segredo do Jardim” Will Ferrell e John C. Reilly (arruinando dois personagens amados da literatura), por “Holmes & Watson” Kelly Preston e John Travolta (ganhando críticas à lá “A Reconquista”), por “Gotti” Donald Trump e seu egoísmo eterno, por “Death of a Nation” e “Fahrenheit 11/9” Pior Remake, Cópia ou Sequência “Death of a Nation” (remake de “Os Estados Unidos da Hillary”) “Desejo de Matar” “Holmes & Watson” “Megatubarão” (cópia de “Tubarão”) “Robin Hood: A Origem” Pior Direção Ethan Cohen, por “Holmes & Watson” Kevin Connolly, por “Gotti” James Foley, por “Cinquenta Tons de Liberdade” Brian Henson, por “Crimes em Happytime” Peter e Michael Sprieg, por “A Maldição da Casa Winchester” Pior Roteiro Dinesh D’Souza e Bruce Schooley, por “Fahrenheit 11/9” Niall Leonard, por “Cinquenta Tons de Liberdade” Leo Rossi e Lem Dobbs, por “Gotti” Todd Berger, por “Crimes em Happytime” Tom Vaughan, Peter e Michael Sprieg, por “A Maldição da Casa Winchester”
O Mistério do Relógio na Parede estreia em 1º lugar na América do Norte
A estreia de “O Mistério do Relógio na Parede” faturou US$ 26,8 milhões nos cinemas dos Estados Unidos e Canadá, suficiente para abrir em 1º lugar e se destacar numa semana péssima para novidades. Dos outros três lançamentos amplos na sexta (21/9), quem se deu melhor foi um documentário, o que dá a dimensão do desastre. O desempenho do terror infantil dirigido pelo ex-sanguinário Eli Roth (“O Albergue”) também sacramentou a transformação de Jack Black em astro de filmes fantasiosos para crianças, seguindo seu sucesso no gênero com “Jumanji: Bem-Vindo à Selva” (2017) e “Goosebumps – Monstros e Arrepios” (2015). A bilheteria de “O Mistério do Relógio na Parede” ficou, por sinal, entre as arrecadações de estreia dos outros dois longas, que fizeram, respectivamente, US$ 36,1 milhões e US$ 23,6 milhões em seus fins de semana inaugurais. Mas a crítica considerou o novo título o mais fraco da trinca, com 68% de aprovação no Rotten Tomatoes – contra 76% de “Jumanji” e 77% de “Goosebumps”. O Top 3 se completou com a comédia de suspense “Um Pequeno Favor”, atualmente com US$ 32,6 milhões em duas semanas de arrecadação, e “A Freira”, que atingiu a marca de US$ 100 milhões no seu terceiro final de semana. Com a soma das bilheterias de outros 80 mercados, o terror já está prestes a totalizar US$ 300 milhões em todo o mundo – um fenômeno. Entre as estreias, o novo documentário de Michael Moore, “Fahrenheit 11/9”, foi a que se deu melhor, em 8º lugar e com US$ 3,1 milhões de faturamento. A crítica gostou: 78%. Mas é um filme para convertidos, que não vai convencer ninguém que já não acredita que Donald Trump é o anticristo. Com exibição em quase mil salas a mais, o resultado do drama “A Vida em Si” (Life Itself), de Dan Fogelman, sugere que o criador da série “This Is Us” deve continuar na televisão. Chamar de desastre é subestimar o tamanho da tragédia. Feito para fazer chorar, “Life Itself” irritou a crítica, com apenas 13% de aprovação. Fogelman retrucou como se fosse mulher, afirmando que a maioria dos críticos são homens, e homens não gostam de filmes com sentimentos. A pior recepção, porém, foi do próprio público, que deixou “A Vida em Si” fora do Top 10 – em 11º lugar, com 2,1 milhões. A última estreia ampla da lista é o thriller de humor negro “Assassination Nation”. Um dos filmes mais falados do último Festival de Sundance, desapontou ao não conseguir capitalizar o hype nas bilheterias. Fez só US$ 1 milhão e abriu em 15º lugar. Mas teve a menor distribuição de todas, em 1,4 mil salas – 1,2 mil a menos que “A Vida em Si”. Atualização dos julgamentos das bruxas de Salém para os tempos das redes sociais, “Assassination Nation” atingiu 65% de aprovação no Rotten Tomatoes e não tem previsão para chegar ao Brasil. Confira abaixo os rendimentos dos 10 filmes mais vistos no final de semana nos Estados Unidos e no Canadá, e clique em seus títulos para ler mais sobre cada produção. BILHETERIAS: TOP 10 América do Norte 1. O Mistério do Relógio na Parede Fim de semana: US$ 26,8m Total EUA e Canadá: 26,8m Total Mundo: US$ 29,9m 2. Um Pequeno Favor Fim de semana: US$ 10,4m Total EUA e Canadá: US$ 32,5m Total Mundo: US$ 42,5m 3. A Freira Fim de semana: US$ 10,2m Total EUA e Canadá: US$ 100,8m Total Mundo: US$ 292,5m 4. O Predador Fim de semana: US$ 8,7m Total EUA e Canadá: US$ 40,4m Total Mundo: US$ 94,9m 5. Podres de Ricos Fim de semana: US$ 6,5m Total EUA e Canadá: US$ 159,4m Total Mundo: US$ 206,4m 6. White Boy Rick Fim de semana: US$ 5m Total EUA e Canadá: US$ 17,4m Total Mundo: US$ 17,4m 7. A Justiceira Fim de semana: US$ 3,7m Total EUA e Canadá: US$ 30,3m Total Mundo: US$ 36,3m 8. Fahrenheit 11/9 Fim de semana: US$ 3,1m Total EUA e Canadá: US$ 3,1m Total Mundo: US$ 3,1m 9. Megatubarão Fim de semana: US$ 2,3m Total EUA e Canadá: US$ 140,5m Total Mundo: US$ 516,4m 10. Buscando… Fim de semana: US$ 2,1m Total EUA e Canadá: US$ 23,1m Total Mundo: US$ 54,2m
Trailer de novo documentário de Michael Moore retrata governo Trump como distopia
O cineasta Michael Moore lançou seu novo ataque ao partido republicano, com o trailer de “Fahrenheit 11/9”, seu novo documentário. O título faz referência à data em que Trump venceu a eleição americana, 9 de novembro de 2016, e também ao mais famoso documentário da carreira do diretor, “Fahrenheit 11 de setembro” (Fahrenheit 9/11), em que ele criticava o governo de George W. Bush e sua reação aos atentados de 2001. A prévia mostra que o novo filme não tem nenhum foco, ao entrevistar pessoas aleatórias e mostrar Moore abrindo mangueiras em nome do governador do Michigan Rick Snyder – que enfrentou uma crise de abastecimento de água. Moore também faz uma colagem de declarações polêmicas de Trump para traçar um retrato distópico dos Estados Unidos, um país que não permite mais o chamado “sonho americano” para imigrantes e minorias. Supostamente, o filme examina a investigação que pode render um Impeachment contra Trump, que é acusado de conspirar com autoridades russas para derrotar Hillary Clinton nas eleições de 2016, além de tentar obstruir a justiça para impedir que os fatos fossem averiguados. Mas nenhuma cena ligada a esse escândalo aparece na prévia. “Fahrenheit 11/9” chega aos cinemas norte-americanos em 21 de setembro.



