O Quebra-Nozes: Morgan Freeman entra na nova fábula encantada da Disney
O ator Morgan Freeman (“Truque de Mestre”) entrou no elenco de “O Quebra-Nozes”, nova fábula da Disney. Segundo o site The Hollywood Reporter, ele deve interpretar o personagem misterioso chamado Drosselmeyer, que na história original de E.T.A. Hoffmann é o padrinho da protagonista. A trama de “The Nutcracker and the Four Realms” (título original) gira justamente em torno do boneco quebra-nozes que o padrinho dá de presente para a pequena Clara no Natal, e que ganha vida durante a noite. A produção já definiu que Clara será interpretada por Mackenzie Foy, que viveu a filha de Edward e Bella na “Saga Crepúsculo” (2012), além da jovem Murphy em “Interestelar” (2014). Além dela, o elenco também inclui a bailarina Misty Copeland A produção será dirigida pelo cineasta sueco Lasse Hallström (“Um Porto Seguro”) e vai integrar a nova leva de refilmagens de fábulas clássicas que vem marcando a produção cinematográfica da Disney.
Fantasia adulta de O Conto dos Contos é capaz de encantar e repugnar
O cineasta Matteo Garrone pegou muita gente de surpresa quando, depois de fazer filmes de temática mais realista, com “Gomorra” (2008), resolveu dirigir um filme de fantasia. Mas vale dizer que não é um filme de fantasia convencional. É uma fantasia para adultos. Se bem que muitos contos infantis mais antigos têm uma característica bastante cruel e até violenta. A preocupação com o medo que esses contos poderiam gerar nas crianças é que fez com que fossem atenuados. A própria Bíblia, inclusive, cheia de sangue por todos os lados, é também atenuada quando contada para as crianças. “O Conto dos Contos”, baseado na obra de Giambattista Basile (1566-1632), junta três histórias que se entrecruzam. Histórias bem estranhas que acontecem em três reinados diferentes. A primeira envolve uma rainha que quer muito ter filhos, mas que não consegue. A rainha é vivida por Salma Hayek (“Selvagens”), o rei por John C. Reilly (“Guardiões da Galáxia”). Sua única esperança vem de um homem estranho e até assustador, que diz que ela engravidará se comer o coração de uma besta do mar. E esse coração deverá ser cozido por uma virgem. O que ocorre a seguir é mesmo fantástico. Uma pena que este núcleo se perca ao longo da narrativa, embora tenha um final até bonito. A outra história é talvez a melhor, a de um rei (Vincent Cassel, de “Em Transe”) que se apaixona pela voz de uma mulher simples de seu povoado. Ele julga se tratar de uma jovem donzela, mas a tal mulher é bastante idosa. E, nesse sentido, o filme não economiza nos aspectos grotescos, principalmente quando mostra a pele envelhecida da mulher e sua tentativa de enganar o rei e atraí-lo para uma noite de sexo, apesar de todas as circunstâncias não ajudarem. Felizmente, o filme vai além disso, ao adicionar um tempero mágico em sua trama. A terceira história é a que parece menos interessante a princípio, mas ganha força em seu desenrolar: Toby Jones (série “Wayward Pines”) vive um rei cuja filha adolescente já sente vontade de casar e de sair de seu castelo. No dia em que ela canta uma canção para o pai, o velho entra em contato com uma estranha pulga, que passa a ser seu animal secreto de estimação. A história da pulga, felizmente, funcionará como link para outra história melhor. Trata-se de uma obra estranha, mas que tem uma fotografia e uma direção de arte que se destacam, além de um elenco internacional bem interessante. E embora talvez falte alguma coisa para que o filme alcance o grande público, não deixa de ser um daqueles trabalhos que, só pela estranheza e pela singularidade, já vale a conferida.
O Quebra-Nozes: Atriz mirim da Saga Crepúsculo vai estrelar a nova fábula da Disney
A Disney escalou a jovem Mackenzie Foy, que viveu a filha de Edward e Bella na “Saga Crepúsculo” (2012), além da jovem Murphy em “Interestelar” (2014), como protagonista de sua nova versão com atores da fábula “O Quebra-Nozes”. Inspirado na fábula encantada de E.T.A. Hoffmann e no famoso balé de Pyotr Ilyich Tchaikovsky, “The Nutcracker and the Four Realms” (título original) contará a história de Clara, uma menina que ganha um boneco quebra-nozes do seu padrinho na noite de Natal e descobre que o boneco ganha vida durante a noite. A história do “Quebra-Nozes” já rendeu muitas versões cinematográficas, inclusive da própria Disney, quando integrou um dos segmentos da animação clássica “Fantasia” (1940). O filme mais recente foi o musical “O Quebra Nozes: A História Que Ninguém Contou” (2010), com letras de Tim Rice (“O Rei Leão”) e participação da atriz Elle Fanning (a Bela Adormecida de “Malévola”). A nova versão da Disney será dirigida pelo cineasta sueco Lasse Hallström (“Um Porto Seguro”) e vai integrar a leva de refilmagens de fábulas clássicas que vem ocupando o cronograma do estúdio.
Once Upon a Time: Escalado intérprete do Conde de Monte Cristo
O ator Craig Horner (série “Legend of the Seeker”) foi escalado na 6ª temporada de “Once Upon a Time” no papel do Conde de Monte Cristo. O personagem dos folhetins francesas nunca ganhou uma adaptação animada da Disney, ao contrário da maioria dos demais personagens da atração, baseada nas fábulas encantadas. Horner vai se juntar às demais novidades da temporada, como as participações de Aladdin e Jafar, vividos respectivamente por Deniz Akdeniz (“Guerreiros do Amanhã”) e Oded Fehr (série “Covert Affairs”). A aparição da dupla já rendeu vídeo, exibido na San Diego Comic-Con. Em outra notícia sobre o elenco, foi confirmado o retorno da atriz Jessy Schram como Cinderela na 6ª temporada da série, que estreia em 25 de setembro nos EUA.
Once Upon a Time: Rainha Má e Aladdin surgem em vídeos da 6ª temporada
A rede americana ABC divulgou dois vídeos da 6ª temporada de “Once Upon a Time”. Exibidos na Comic-Con, um deles faz uma recapitulação da trajetória de Regina (Lana Parrilla), a Rainha Má, para destacar o resgate de sua maldade, enquanto o outro exibe o começo da temporada, que introduz dois novos personagens das fábulas da Disney, Aladdin e Jafar, vividos respectivamente por Deniz Akdeniz (“Guerreiros do Amanhã”) e Oded Fehr (série “Covert Affairs”). Curiosamente, Jafar era um dos personagens da série derivada “Once Upon a Time in Neverland”, interpretado por Naveen Andrews (série “Lost”), mas a nova aparição parece ignorar a versão que não deu certo – o spin-off foi cancelado na 1ª temporada. A série vai voltar com um episódio chamado “Savior”, cujo título que se refere a Aladdin. Na prévia, ele é chamado de “salvador”, com ironia, por Jafar. A 6ª temporada estreia em 25 de setembro nos EUA.
Descendentes 2 ganha primeiro teaser
O Disney Channel divulgou o primeiro teaser do telefilme “Descendentes 2”. Com apenas 14 segundos, o vídeo mostra o quarteto principal do primeiro filme, caminhando e conversando, até sentir a presença ameaçadora da nova personagem, a filha de Úrsula, vilã de “A Pequena Sereia”, que os observa numa bola de vidro no fundo do mar. A franquia se passa num reino idílico, após o príncipe herdeiro, filho da Bela e a Fera, oferecer uma chance de redenção para os filhos dos maiores antagonistas dos contos de fadas, que foram presos em uma ilha com todos os vilões, ajudantes, madrastas e meia-irmãs malvadas. Assim, os adolescentes Carlos, Mal, Evvie e Jay são autorizados a entrar no reino e frequentar a escola ao lado dos filhos da Fada Madrinha, Bela Adormecida, Rapunzel e Mulan, devendo decidir se seguirão os passos de seus pais e ajudarão os vilões a recuperar seu poder ou abraçarão a oportunidade de se tornarem pessoas boas. A continuação voltará a contar com os atores Dove Cameron (série “Liv and Maddie”), Booboo Stewart (saga “Crepúsculo”), Cameron Boyce (série “Jessie”) e Sofia Carlson (série “Faking It”) como os filhos dos vilões Malévola (de “A Bela Adormecida”), Jafar (“Aladim”), Cruella De Vil (“101 Dálmatas”) e a Rainha Má (“Branca de Neve e os Sete Anões”), respectivamente. A principal novidade será justamente a inclusão de Uma, a filha de Ursula, interpretada por China Anne McClain (série “Programa de Talentos”). Novamente dirigido por Kenny Ortega (trilogia “High School Musical”), o telefilme só deve estrear em 2017.
Bailarina Misty Copeland é primeira artista confirmada na fábula Quebra Nozes da Disney
A bailarina Misty Copeland é a primeira artista contratada para a nova adaptação do balé “Quebra Nozes”, produzido pela Disney. Ela postou a capa do roteiro em seu Instagram (veja abaixo). Copeland, que ficou famosa ao se tornar a primeira mulher negra a tomar o posto de primeira bailarina no American Ballet Theatre, vai estrear no cinema com a produção. Entretanto, segundo o site da revista Variey, seu papel é pequeno, restrito à cena de balé solo do filme. A produção será dirigida pelo cineasta sueco Lasse Hallström (“Um Porto Seguro”) e vai integrar a nova leva de refilmagens de fábulas clássicas que vem ocupando o cronograma do estúdio. Inspirado no famoso balé de Pyotr Ilyich Tchaikovsky, “The Nutcracker and the Four Realms” (título original) contará a história de Clara, uma menina que ganha um boneco quebra-nozes do seu padrinho na noite de Natal e descobre que o boneco ganha vida durante a noite. O balé de Tchaikovsky já rendeu muitas versões cinematográficas, inclusive da própria Disney, quando integrou um dos segmentos da animação clássica “Fantasia” (1940). O filme mais recente foi o musical “O Quebra Nozes: A História Que Ninguém Contou” (2010), com letras de Tim Rice (“O Rei Leão”) e participação da atriz Elle Fanning (a Bela Adormecida de “Malévola”). Já o mais recente filme de Lasse Hallström foi o drama culinário “A 100 Passos de um Sonho” (2015), que fez um sucesso modesto nas bilheterias mundiais, arrecadando US$ 88,8 milhões (para um orçamento de US$ 22 milhões). Atualmente, ele trabalha na pós-produção da comédia dramática “A Dog’s Purpose”, com Britt Robertson (“Tomorrowland”) e Bradley Cooper (“Sniper Americano”), que chega aos cinemas americanos em 27 de janeiro. I’m thrilled to be a part of this amazing project with Disney and the wonderful Lasse Hallstrom. #TheNutcracker #MoreToCome Uma foto publicada por Misty Copeland (@mistyonpointe) em Jul 13, 2016 às 8:59 PDT
A Bela e a Fera: Nova versão da fábula com Emma Watson ganha primeiro pôster
A Disney divulgou o primeiro pôster de “A Bela e a Fera”, sua nova adaptação de fábula encantada. A arte destaca a rosa que levou Bela para a mansão da Fera. Assim como “Mogli, o Menino Lobo”, atualmente em cartaz, o filme é uma adaptação com atores de um desenho clássico do estúdio, portanto mais fiel à versão da própria Disney do que à fábula original. Isto o diferencia de outros filmes baseados na história medieval, como a recente adaptação francesa, com Vincent Cassel (“Em Transe”) e Léa Seydoux (“007 Contra Spectre”). O filme traz Emma Watson (franquia “Harry Potter”) como a Bela, Dan Stevens (série “Downton Abbey”) como a Fera, Luke Evans (“Drácula – A História Nunca Contada”) como o vilão Gaston e um elenco de coadjuvantes famosos, formado por Josh Gad (“Jobs”), Stanley Tucci (“Jogos Vorazes”), Emma Thompson (“Walt nos Bastidores de Mary Poppins”), Kevin Kline (“Última Viagem a Vegas”), Ewan McGregor (“Jack, o Caçador de Gigantes”) e Ian McKellen (franquia “O Hobbit”). A direção é de Bill Condon (“A Saga Crepúsculo: Amanhecer”), o roteiro de Stephen Chbosky (que dirigiu Emma Watson no drama adolescente “As Vantagens de Ser Invisível”) e a trilha de Alan Menken, que ganhou dois Oscars pelo clássico animado em 1991. Por sinal, o filme contará com regravações das canções originais, além de várias músicas inéditas compostas por Menken e Tim Rice. Ou seja, “A Bela e a Fera” preservará a característica musical da animação. A estreia está marcada para o dia 16 de março no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA.
Descendentes 2 contará com os filhos do Capitão Gancho e Ursula
O canal pago americano Disney Channel anunciou a produção do telefilme “Descendentes 2”, que além de resgatar o elenco original irá apresentar novos personagens, como os filhos do Capitão Gancho e de Ursula. A trama se passa num reino idílico, após o príncipe herdeiro, filho da Bela e a Fera, oferecer uma chance de redenção para os filhos dos maiores antagonistas dos contos de fadas, que foram presos em uma ilha proibida com todos os vilões, ajudantes, madrastas e meia-irmãs malvadas. Assim, os adolescentes Carlos, Mal, Evvie e Jay são autorizados a entrar no reino e frequentar a escola ao lado dos filhos da Fada Madrinha, Bela Adormecida, Rapunzel e Mulan, devendo decidir se seguirão os passos de seus pais e ajudarão os vilões a recuperar seu poder ou abraçarão a oportunidade de se tornarem pessoas boas. A continuação voltará a contar com os atores Dove Cameron (série “Liv and Maddie”), Booboo Stewart (saga “Crepúsculo”), Cameron Boyce (série “Jessie”) e Sofia Carlson (série “Faking It”) como os filhos dos vilões Malévola (de “A Bela Adormecida”), Jafar (“Aladim”), Cruella De Vil (“101 Dálmatas”) e a Rainha Má (“Branca de Neve e os Sete Anões”), respectivamente. A novidade será a inclusão da filha de Ursula, de “A Pequena Sereia”, interpretada por China Anne McClain (série “Programa de Talentos”), e o filho do Capitão Gancho, de “Peter Pan”, ainda não escalado. China Anne McClain, por sinal, já dubla Freddie, a filha de Ursula, na série animada “Descendants: Wicked World”, derivada do primeiro telefilme. O primeiro “Descendentes” foi ao ar em julho de 2015, conquistando uma das maiores audiências da TV paga dos Estados Unidos, com mais de 12 milhões de telespectadores. “Descendentes 2” também contará com a volta do diretor Kenny Ortega (trilogia “High School Musical”) e a previsão de estreia é para daqui a um ano, no verão norte-americano de 2017.
Alice Através do Espelho exagera nos efeitos para compensar falta de imaginação
Na adaptação de 2010, dirigida por Tim Burton, a Disney transformou Alice, a protagonista dos livros de Lewis Carroll, na escolhida. A “The One”, como o Neo de “Matrix” (1999), indicada por uma profecia para salvar o País das Maravilhas de todo o mal. Nada contra adaptações ou atualizações, mas houve um choque de intenções e expectativas. É um filme lindo de se ver, mas dominado por um vazio emocional. Pelo menos, tentou dizer algo e tinha a criatividade de Tim Burton à frente do projeto, mesmo que controlada pelo estúdio. Seis anos depois, “Alice Através do Espelho”, a continuação desnecessária – feita em consequência da surpreendente (e inexplicável) arrecadação de mais de US$ 1 bilhão do primeiro longa nas bilheterias mundiais –, não tem nada (ou quase nada) para contar. Apenas recicla o que Burton imaginou em nome de uma trama sem pé nem cabeça. Desta vez, o cineasta assume o posto de produtor executivo. A direção ficou com o funcionário do mês da Disney, James Bobin, que fez uma graninha para o estúdio com o reboot de “Os Muppets” (2011). Acontece que ele não é Tim Burton, que é como aquele jogador veterano, craque de bola, que mesmo perto da hora de se aposentar, o time não funciona sem sua presença em campo. E notamos sua distância, a começar pela direção de arte pouco inspirada. Bobin concentra em tomadas internas o que há de bom para ser apreciado do visual. Nas cenas externas, carregadas de CGI, a inspiração passa longe do que a mente de Tim Burton é capaz de reproduzir. Se o próprio não foi tão feliz no “primeiro” “Alice”, imagine o que a criatividade de James Bobin pôde proporcionar ao segundo filme? Repare bem, principalmente nas sequências em que Alice viaja numa esfera por cima das ondas do mar. O exagero de CGI é tão grotesco que as imagens lembram menu interativo de escolha de cenas em blu-rays e DVDs. Claro que são boas as intenções do diretor e da roteirista Linda Woolverton, que também assinou o filme de 2010, afinal “Alice Através do Espelho” começa explorando a liberdade feminina e o choque entre velhas e novas gerações. com a protagonista viajando pelo tempo com o intuito de mudar o curso da história. Mas o desenvolvimento é superficial, até porque as ambições e os conflitos de Alice são colocados em segundo plano, para ajudar o insuportável Chapeleiro e colocá-lo no centro da trama – porque é preciso justificar o salário alto do decadente Johnny Depp. Com Depp em cena, Alice ignora até mesmo a perda do pai em suas viagens pelo tempo. Será que não passou pela cabeça dela que havia ali uma chance de trazê-lo de volta? Mas o que importa é deixar o Chapeleiro feliz. Sem mais nem menos, o coitadinho lembrou que tem uma família e precisa encontrá-la. Mas como está tristinho e é preguiçoso como todos os outros personagens do País das Maravilhas, a bucha sobra para a pobre Alice, que é retirada de sua rotina para entrar num mundo de sonhos sem graça mais uma vez. Isso quer dizer que ela pode voltar sempre que um amiguinho quiser? É uma pena que a obra de um gênio como Lewis Carroll seja adaptada para enriquecer um estúdio obcecado pelo potencial lucrativo de uma franquia. Essa não é a versão para o cinema do livro “Alice Através do Espelho”, que tem outra história, mas uma mera continuação inferior do filme de Tim Burton. Nada se salva. Nem Mia Wasikowska, que se esforça para segurar a onda, mas não pode competir com tantos personagens digitais e careteiros. Nem mesmo Sacha Baron Cohen, uma novidade na série personificando o Tempo. E o maior elogio que o ator pode receber é que ele entrega uma atuação menos irritante que a de Johnny Depp. Após uma sucessão de efeitos visuais desastrosos e um roteiro sem imaginação, o Tempo de Sacha Baron Cohen resume o sentimento dos espectadores, ao dizer à protagonista: “Por favor, não volte mais aqui!”
Estreias: Alice Através do Espelho desencanta em grande circuito
Mais uma semana, mais um candidato a blockbuster. “Alice Através do Espelho” chega em 1.102 salas do país, mais que o dobro do primeiro título da franquia em 2010 (487 telas), ocupando dois terços do parque exibidor nacional. Deste total, 666 telas são 3D e 12 IMAX (ou seja, todos do país). Mas se a criatividade do primeiro filme, dirigido por Tim Burton, inaugurou a tendência das fábulas encantadas com atores reais da Disney, o novo representa o primeiro sinal de esgotamento da fórmula. A continuação de “Alice no País das Maravilhas”, com direção de James Bobin (“Os Muppets”), é um desencanto completo. O colorido excessivo se junta à falta de coerência e as interpretações exageradas para conjurar muitos fogos de artifício. Mas sob o visual deslumbrante, só há fumaça e canastrice. Tiques, afetação e vozes irritantes dão o tom dos personagens, em especial o Chapeleiro Louco de Johnny Depp, que já figura como um das piores interpretações de sua carreira. Com 28% de aprovação no site americano Rotten Tomatoes, a sequência do filme de 2010 (56%, na época) é oficialmente podre. Outro lançamento infantil ocupa 463 salas. A animação “Peppa Pig – As Botas de Ouro e Outras Histórias” é uma coletânea de curtas da porquinha Peppa Pig, sucesso da TV paga britânica, que no Brasil tem sua série exibida na TV Cultura e na Discovery Kids. Difícil é entender o apelo de assistir TV no cinema. Apenas um lançamento adulto ganha distribuição ampla: “Jogo do Dinheiro”, de Jodie Foster (“Um Novo Despertar”), que reúne os astros George Clooney e Julia Roberts (parceiros da franquia “11 Homens e um Segredo”), em 220 salas. Thriller com muitas camadas, acompanha um apresentador de programa financeiro que, enquanto está “ao vivo”, torna-se refém de um telespectador armado, que perdeu tudo seguindo suas dicas e exige saber porquê ele foi mal intencionado. 55% no Rotten Tomatoes. O circuito limitado dá destaque para “A Garota do Livro”, drama indie sobre pedofilia, em 41 salas. Emily VanCamp (“Capitão América: Guerra Civil”) interpreta uma editora literária que precisa lidar com um trauma do passado, quando um escritor best-seller reaparece em sua vida. Longa de estreia da diretora Marya Cohn, teve boa recepção da crítica americana, com 91% no Rotten Tomatoes. “Roteiro de Casamento”, de Juan Taratuto (“Um Namorado para Minha Esposa), mostra que o cinema argentino também é capaz de produzir comédias tão bobas quanto o Brasil. A história, com projeção em 35 salas, gira em torno de um ator ególatra, que para se relacionar com uma atriz iniciante passa a interpretar um roteiro criado especialmente para o namoro dar certo. Mesmo assim, a trama não vira um besteirol e até introduz citações sofisticadas. Melhor lançamento internacional da semana, o francês “O Valor de um Homem” tem obviamente a pior distribuição, chegando a apenas três salas. Dirigido por Stéphane Brizé (“Mademoiselle Chambon”), traz Vincent Lindon (“Bastardos”) como um profissional desempregado que, entrando na Terceira Idade, precisa reajustar suas expectativas durante o período de crise financeira. É uma porrada dramática, que apresenta de forma crua e dolorida a banalidade da vida. Lindon foi premiado no Festival de Cannes do ano passado pelo papel, além de ter vencido o César (o Oscar francês). A programação ainda traz quatro estreias nacionais. Dois lançamentos são documentários. Da premiada diretora Sandra Werneck (“Cazuza – O Tempo Não Para”), “Os Outros” exibe o cotidiano de três “covers” oficiais de artistas populares – Roberto Carlos, Cazuza e Ivete Sangalo – em dez salas. Já “São Sebastião do Rio de Janeiro – A Formação de uma Cidade” foca a evolução do urbanismo do Rio de Janeiro, em quatro salas. “Uma Noite em Sampa”, de Ugo Giorgetti, é um drama social disfarçado de suspense, que explora clichês da luta de classe numa situação de paranoia não muito distante da visão distópica de “Uma Noite de Crime” (2013), mas que tem mais em comum com a espera de “Festa” (1989), do próprio Giorgetti. Acompanha um grupo de privilegiados – e alguns manequins de plástico… – , que trocaram a cidade vista nos telejornais sensacionalistas de José Luiz Datena e Marcelo Rezende pela segurança dos subúrbios, mas que decidem aproveitar as delícias da capital numa excursão a bordo de um ônibus seguro. Até que, após um jantar num restaurante caríssimo, o motorista some e o medo de passar uma noite paulista se instala. Tudo, porém, acontece numa locação única e o pavor paralisante é mais um estado de espírito que uma ameaça real. O circuito não foi divulgado, mas uma rápida pesquisa aponta exibição numa sala em São Paulo. Com maior alcance, “Ponto Zero” marca a estreia de José Pedro Goulart em longa-metragem, após impressionar com curtas nos anos 1980 e ir ganhar dinheiro com a publicidade. Longe de se mostrar “novato”, o cineasta gaúcho revela excelente domínio de cena, técnica e acabamento, além de apresentar uma narrativa muito bem desenvolvida, como se tivesse burilado o roteiro ao longo de vários anos até deixá-lo brilhante. Seu filme é diferente de tudo que se tem feito no cinema brasileiro nos últimos tempos. Ambicioso, com um toque de experimentalismo, mas bastante coeso, o filme acompanha uma noite de fuga de um adolescente em busca de sexo, um ato de rebeldia numa vida de submissão, que cobra um preço caro – e não apenas por ser sexo pago. Ocupa 13 salas.
Alice no País dos Espelhos: Veja dois vídeos de bastidores e duas cenas da nova fábula da Disney
A Disney divulgou dois vídeos de bastidores legendados e duas cenas de “Alice no País dos Espelhos”, que revelam partes importantes da história. As duas cenas se passam em torno da famosa mesa de chá da fábula criada por Lewis Carroll, enquanto os vídeos trazem depoimentos do elenco e da equipe técnica. Um deles revela que Tim Burton pode ter desistido de dirigir o filme, mas, como produtor, é responsável por manter a coesão visual com o primeiro longa, além de ser o nome mais citado pelos demais integrantes da produção. Com o retorno dos principais integrantes de “Alice no País das Maravilhas” (2010), o filme tem direção de James Bobin (“Os Muppets”) e estreia nesta quinta (26/5) no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA. https://www.youtube.com/watch?v=bfDj5hkDBok https://www.youtube.com/watch?v=mht35L7R65k
Teaser de A Bela e a Fera bate recorde de visualizações de Star Wars
“A Bela e a Fera” já é um fenômeno. O primeiro teaser original (a versão em inglês) do filme, disponível na página oficial da Disney no YouTube, foi visto 91,8 milhões de vezes em apenas 24 horas. O número é recorde, superando com folga o antigo líder deste ranking, “Star Wars: O Despertar da Força”, visto 88 milhões de vezes em seu primeiro dia. Confira abaixo a versão do teaser legendada em português. “Star Wars: O Despertar da Força” ainda possui o recorde de trailer completo mais visto em 24h, com 112 milhões de visualizações no ano passado. Por enquanto, o trailer completo de “A Bela e a Fera” não tem previsão para ser divulgado. A antecipação é reflexo de um momento único na história da Disney, cujo domínio do mercado cinematográfico é tão amplo que celebra quebra de recordes em cima de suas próprias produções. Assim como “Mogli, o Menino Lobo”, atualmente em cartaz, “A Bela e a Fera” é uma adaptação com atores de um desenho clássico do estúdio, portanto mais fiel à versão da própria Disney do que à fábula original. Isto o diferencia de outros filmes baseados na história medieval, como a recente adaptação francesa com Vincent Cassel (“Em Transe”) e Léa Seydoux (“007 Contra Spectre”). O filme traz Emma Watson (franquia “Harry Potter”) como a Bela, Dan Stevens (série “Downton Abbey”) como a Fera, Luke Evans (“Drácula – A História Nunca Contada”) como o vilão Gaston e um elenco de coadjuvantes famosos, formado por Josh Gad (“Jobs”), Stanley Tucci (“Jogos Vorazes”), Emma Thompson (“Walt nos Bastidores de Mary Poppins”), Kevin Kline (“Última Viagem a Vegas”), Ewan McGregor (“Jack, o Caçador de Gigantes”) e Ian McKellen (franquia “O Hobbit”). A direção é de Bill Condon (“A Saga Crepúsculo: Amanhecer”), o roteiro de Stephen Chbosky (que dirigiu Emma Watson no drama adolescente “As Vantagens de Ser Invisível”) e a trilha de Alan Menken, que ganhou dois Oscars pelo clássico animado em 1991. Por sinal, o filme contará com regravações das canções originais, além de várias músicas inéditas compostas por Menken e Tim Rice. Ou seja, “A Bela e a Fera” preservará a característica musical da animação. Ainda distante, a estreia está marcada para o dia 16 de março no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA.












