Demitido pela Disney, James Gunn vai lançar terror “surpresa” ainda este ano
Demitido pela Disney de “Guardiões da Galáxia Vol. 3”, James Gunn já tem filme novo em andamento. Ele está dando os toques finais num longa de terror “surpresa”, que será lançado pela Sony Pictures ainda neste ano. A Screen Gems, divisão da Sony, agendou um filme ainda sem título oficial do cineasta para o dia 30 de novembro. Pelo cronograma, a obra foi filmada em segredo, antes mesmo da polêmica envolvendo o cineasta. James Gunn foi demitido em 20 de julho pelo presidente da Disney, Alan Horn, após campanha da extrema direita dos Estados Unidos, que denunciou antigos tuítes ofensivos do diretor com “piadas” de dez anos atrás sobre pedofilia e estupro. Horn classificou as mensagens como “indefensáveis” e não voltou atrás, mesmo diante de uma carta-aberta do elenco de “Guardiões da Galáxia” e petição de fãs na internet, que já reuniu mais de 380 mil assinaturas. Originalmente, o projeto seria anunciado durante o painel do estúdio na San Diego Comic-Con deste ano, mas foi retirado de última hora, quando a direita atacou o diretor, levando a Disney a implodir os planos da Marvel. Não há qualquer informação disponível sobre a trama ou o elenco do filme, mas não faltam boatos, desde uma adaptação do mangá “Berseck” até uma versão de cinema do game “Bloodborne”, do Playstation 4.
Dave Bautista compara decisão da Disney de não recontratar James Gunn à política de Donald Trump
O ator Dave Bautista continua inconformado com a demissão do diretor James Gunn da franquia “Guardiões da Galáxia”. Após fontes não oficiais confirmarem que a decisão da Disney é irreversível, ele postou um tuíte em que compara a Disney ao governo Trump, usando um slogan da campanha do empresário milionário à presidência dos Estados Unidos. “Obrigado, Disney! Fazendo a América Grande Novamente”, escreveu o intérprete de Drax, em tom sarcástico, usando como referência o slogan “Make America Great Again”, ao linkar um artigo sobre o assunto. Veja abaixo. Gunn foi demitido após tuítes antigos, com piadas envolvendo estupro e pedofilia, serem desenterrados de sua conta pessoal por um grupo de extrema direita, formado por aliados do governo Trump. Apesar dos posts terem uma década, quando o diretor ainda não estava sob contrato da Marvel, a Disney encarou as declarações como algo muito sério e inaceitável para a imagem da empresa. O próprio presidente do estúdio, Alan Horn, emitiu publicamente a ordem de demissão. Entretanto, a Variety afirma que o roteiro escrito por Gunn será usado em “Guardiões da Galáxia Vol. 3”. Bautista chegou a dizer que pediria para sair do filme caso outro roteiro fosse encomendado. Caso isto se confirme, a demissão se tornará uma grande hipocrisia. Afinal, foi justamente por escrever textos (no Twitter) e não por seu trabalho como diretor que ele foi demitido. Agora, a Marvel terá a missão de encontrar um novo diretor para a sequência de “Guardiões da Galáxia”, além de precisar lidar com um elenco insatisfeito. Desde a demissão, Gunn recebeu muito apoio de atores do filme, que se reuniram numa carta aberta em defesa do cineasta, pedindo para que a Disney voltasse atrás. Além disso, uma petição de fãs pelo retorno do diretor ao terceiro filme da saga já soma quase 400 mil assinaturas. Vale revelar que a extrema direita também fez sua petição online contra a recontratação de Gunn. Em um mês, usuários indignados e raivosos somaram pouco mais de 4 mil assinaturas. Uma diferença de 100 mil por cento a menos. Ao ficar do lado dessa minoria, a Disney corre o risco de implodir uma das franquias mais bem-sucedidas da Marvel. Thanks @Disney !! Making America great again! ?? https://t.co/t6A4030xkS — Dave Bautista (@DaveBautista) August 17, 2018
Disney não volta atrás e James Gunn fica fora de Guardiões da Galáxia Vol. 3
Apesar da carta aberta do elenco da franquia “Guardiões da Galáxia” e petições de fãs pedindo o retorno do diretor James Gunn ao terceiro filme da saga, a Walt Disney Company não vai recontratá-lo. De acordo com a revista Variety, o diretor se reuniu com o presidente dos estúdios Disney, Alan Horn, responsável por sua demissão. O encontro foi pedido insistentemente pela equipe de Gunn, mas Horn o aceitou apenas por cortesia e para “esclarecer as coisas”, na descrição da publicação, que ainda revelou que Kevin Feige, presidente do Marvel Studios, estava convenientemente indisponível para participar da reunião. Gunn foi demitido após tuítes antigos, com piadas envolvendo estupro e pedofilia, serem desenterrados de sua conta pessoal por um grupo de extrema direita. Apesar dos posts terem uma década, quando o diretor ainda não estava sob contrato da Marvel, a Disney encarou as declarações como algo muito sério e inaceitável para a imagem da empresa. Além disso, o próprio presidente Alan Horn emitiu publicamente a ordem de demissão. O cargo é muito grande, assim como o ego, para voltar atrás. Entretanto, a Variety afirma que o roteiro de Gunn será usado em “Guardiões da Galáxia Vol. 3”. Caso isto se confirme, a demissão se tornará uma grande hipocrisia. Afinal, foi justamente por escrever textos (no Twitter) e não por seu trabalho como diretor que ele foi demitido. Agora, a Marvel terá a missão de encontrar um novo diretor para a sequência de “Guardiões da Galáxia”, além de precisar lidar com um elenco insatisfeito. Já o cineasta deve começar a analisar em breve a proposta para dirigir um filme dos super-heróis da DC Comics, rival histórica da Marvel, ou aceitar propostas para voltar ao cinema indie. Mas esta decisão pode demorar, já que sua demissão precisa cumprir rituais jurídicos. Gunn tem direito a uma indenização por quebra de contrato da Disney sem justa causa. Ele não tuitou ou fez qualquer coisa ofensiva durante a vigência de seu acordo com a Marvel.
Marvel estaria pressionando Disney a recontratar James Gunn para Guardiões da Galáxia Vol. 3
A Marvel Studios estaria fazendo lobby junto à Walt Disney Pictures para recontratar o diretor James Gunn, demitido em 20 de julho de “Guardiões da Galáxia Vol. 3”, quando tuítes de conteúdo ofensivo, publicados há uma década, foram resgatados de sua conta na rede social por militantes da extrema direita dos Estados Unidos. Segundo apurou o site Deadline, a conversa entre Marvel e Disney é consequência da carta aberta do elenco de “Guardiões da Galáxia”, que professou lealdade ao diretor. Na mensagem, os atores declararam repetidamente que queriam ver Gunn recontratado. O texto foi assinado por todos os protagonistas da franquia – Chris Pratt (Senhor das Estrelas), Zoe Saldana (Gamora), Dave Bautista (Drax), Bradley Cooper (Rocket), Vin Diesel (Groot), Karen Gillan (Nebula), Pom Klementieff (Mantis), Sean Gunn (Kraglin) e Michael Rooker (Yondu). Para completar, os fãs dos filmes dos “Guardiões da Galáxia” lançaram uma petição pedindo a recontratação do diretor, que já registrou mais de 374 mil assinaturas. Gunn, enquanto isso, parou de se manifestar. Ele pediu desculpas e justificou os tuítes, a href=”https://pipocamoderna.com.br/2018/07/direita-americana-resgata-piadas-ofensivas-de-james-gunn-que-se-desculpa-e-explica-o-contexto/”>contextualizando as piadas sobre pedofilia e estupro ao lembrar o tipo de filmes transgressores que fazia na época. O cineasta chegou a dizer que respeitava a decisão da Disney e estava pronto para sofrer as consequências. Ele já havia finalizado o roteiro de “Guardiões da Galáxia Vol. 3” e estava preparado para começar a pré-produção. Por conta disso, Dave Bautista, o mais inconformado do elenco, avisou que pretende pedir para ser dispensado de seu contrato e substituído na produção, caso o roteiro de Gunn não seja utilizado. O problema é que o diretor foi demitido pelo próprio presidente da Disney, Alan Horn, que classificou as mensagens denunciadas pela direita como “indefensáveis”: “As atitudes ofensivas e as declarações de James no Twitter são indefensáveis e inconsistentes com os valores do nosso estúdio e nós cortamos relações com ele”. Por outro lado, o fato de a Warner cobiçar Gunn para comandar filmes da DC Comics, como foi revelado na quinta-feira (9/8), pode estar tirando o sono do próprio Horn, e alimentando o empenho de Kevin Feige, presidente do Marvel Studios, para encontrar uma solução conciliadora que resulte na recontratação do diretor.
Warner quer diretor de Guardiões da Galáxia nos filmes da DC Comics
Demitido pela Disney, James Gunn não vai ficar desempregado por muito tempo. Segundo apurou a revista The Hollywood Reporter, o diretor da franquia “Guardiões da Galáxia” tem sido sondado por vários estúdios, inclusive a Warner, que gostaria de contar com ele em adaptações dos super-herói da DC Comics. O diretor foi demitido em 20 de julho pelo presidente da Disney, Alan Horn, após campanha da extrema direita dos Estados Unidos, que denunciou antigos tuítes ofensivos do diretor com “piadas” de dez anos atrás sobre pedofilia e estupro. Horn classificou as mensagens como “indefensáveis”: “As atitudes ofensivas e as declarações de James no Twitter são indefensáveis e inconsistentes com os valores do nosso estúdio e nós cortamos relações com ele”. Mas os demais estúdios não são tão identificados com o público infantil e estariam dispostos a contratá-lo, especialmente após a manifestação coletiva de apoio do elenco de “Guardiões da Galáxia”, que publicou uma carta aberta conclamando a Disney a recontratá-lo para o terceiro filme da franquia. A revista conversou com alguns executivos e registrou comentários, sem identificar seus autores. “Eu trabalharia com ele em um piscar de olhos”, disse, por exemplo, um executivo sênior de um estúdio identificado como grande rival da Disney. Ofertas oficiais ainda não foram feitas, porque James Gunn não pode discutir com outros estúdios enquanto não terminar de negociar os detalhes de sua demissão com a Disney. Ele ainda tem direito a uma indenização, já que o estúdio quebrou seu contrato. Os tuítes denunciados foram feitos muitos anos antes de Gunn ser contratado para dirigir os filmes da Marvel, por isso sua demissão não tem justificativa legal. Além disso, há boatos de que a Marvel estaria tentando salvar o relacionamento com o diretor, pressionando a Disney a aceitar a filmagem do roteiro que Gunn escreveu para “Guardiões da Galáxia Vol. 3” e mantê-lo sob contrato para um próximo filme. A situação estaria gerando um impasse, que impede maiores definições na carreira do cineasta. “Fui avisado de que não podemos lhe oferecer nada até que a questão da Disney esteja 100% resolvida”, disse outro executivo de estúdio, registrado pelo THR. A publicação confirmou, porém, que a Warner Bros. é um dos principais interessados nos serviços do diretor, mas há também produtoras menores, vencedoras do Oscar, na lista de pretendentes ao talento do cineasta. Vale lembrar, de todo modo, que a Warner tem planos para realizar um filme da Tropa dos Lanternas Verdes, que é basicamente os Guardiões da Galáxia da DC Comics, e este projeto ainda não tem diretor encaixado. Deve demorar alguns meses até um anúncio oficial, mas James Gunn não será renegado por Hollywood, como aconteceu com Roseanne Barr também por conta de tuítes. A grande diferença entre os dois é que o caso do diretor foi instigado por ativistas de extrema direita, que reviraram sua lata de lixo até encontrar seus podres de uma década atrás, enquanto a atriz e produtora manifestou seu racismo de forma espontânea e em período recente. Um executivo chegou a comentar sobre se havia potencial polêmico numa contratação do diretor. “A maioria das pessoas acha que seus comentários eram derivados do estilo de comédia provocativa” que ele fazia na época. “Ter um senso de humor inadequado não deveria ser considerado um crime.”
Dave Bautista avisa que sairá de Guardiões da Galáxia se terceiro filme não usar o roteiro de James Gunn
O ator Dave Bautista, intérprete de Drax nos filmes dos “Guardiões da Galáxia”, continua defendendo o diretor James Gunn após a Disney demiti-lo do comando de “Guardiões da Galáxia Vol. 3” e de qualquer projeto relacionado ao estúdio. O diretor foi demitido em 20 de julho pelo presidente da Disney, Alan Horn, após campanha da extrema direita dos Estados Unidos, que denunciou antigos tuítes ofensivos do diretor com “piadas” de dez anos atrás sobre pedofilia e estupro. Horn classificou as mensagens como “indefensáveis”: “As atitudes ofensivas e as declarações de James no Twitter são indefensáveis e inconsistentes com os valores do nosso estúdio e nós cortamos relações com ele”. O intérprete de Dax foi o primeiro a discordar, logo no começo da polêmica. E segue sem ter mudado de ideia, a ponto de não querer mais trabalhar nos filmes da Marvel. Em entrevista ao Shortlist, Bautista revelou que pretende pedir à Marvel para liberá-lo de seu contrato. Após revelar que Gunn já havia entregado o roteiro de “Guardiões da Galáxia Vol. 3”, o ator afirmou que prefere sair da franquia se a história for descartada. “Minha posição atual é a de que se a Marvel não usar aquele roteiro, então vou pedir para que me libertem do meu contrato, me cortem da produção ou contratem outro ator no meu lugar. Estaria fazendo um desserviço a James caso não agisse”, declarou Bautista. “Não é o caso de defender os tuítes dele, mas foi uma campanha de difamação contra um homem bom. Conversei com Chris Pratt no dia seguinte ao ocorrido e ele, por ser bastante religioso, queria um tempo para rezar e refletir, mas eu estava mais para: f****** isso. Isso é besteira. James é uma das pessoas mais gentis e decentes que já conheci”, defendeu o ator. Além de Bautista, vários integrantes da franquia manifestaram-se individualmente e o elenco se juntou numa manifestação coletiva de apoio, publicando uma carta aberta pedindo a recontratação de Gunn. Além disso, uma petição de fãs com o mesmo objetivo foi criada na internet e já conta com mais de 370 mil assinaturas. A Disney ainda está negociando detalhes da demissão do diretor, que deve ter direito a uma indenização, já que o estúdio quebrou seu contrato. Os tuítes denunciados foram feitos muitos anos antes de Gunn ser contratado para dirigir os filmes da Marvel, por isso sua demissão não tem justificativa legal. Nenhuma decisão sobre o roteiro que ele entregou ou sobre seu substituto foi anunciada.
Dave Bautista desabafa que só fará Guardiões da Galáxia Vol. 3 porque é obrigado
O ator Dave Bautista, intérprete de Drax em “Guardiões da Galáxia”, tem sido a voz mais crítica contra a decisão da Disney de demitir James Gunn da direção do terceiro filme da franquia. Bautista afirmou que fará o “Volume 3” dos Guardiões da Galáxia por ter obrigações contratuais para isso, mas que a situação lhe dá náuseas. “Eu vou fazer o que legalmente sou obrigado a fazer. Mas ‘Guardiões’ sem James Gunn não foi o que assinei. ‘Guardiões’ sem ele não é ‘Guardiões'”, afirmou Bautista em seu Twitter, em resposta ao questionamento de um seguidor. Mas ele acrescentou: “Me dá muitas náuseas trabalhar para alguém que está dando poder a uma campanha de fascistas na internet. É assim que sinto”, desabafou ele, referindo-se à Disney, que cedeu à pressão de um grupo de extrema direita que trouxe à tona tuítes de Gunn feitos a uma década com piadas impróprias sobre pedofilia e estupro. O responsável pelo ataque também tinha tuítes impróprios em sua timeline e fez acordo judicial para cumprir pena por agressão e evitar prisão por estupro. Mesmo assim, continuou sua campanha para atacar outros artistas “de esquerda”, como a atriz Sarah Silverman, que dubla Vanellope no desenho de “Detona Ralph”. Entretanto, apenas Gunn foi demitido. O diretor foi defendido por fãs e pelo elenco dos “Guardiões da Galáxia”, que assinou uma carta aberta pedindo sua volta. No entanto, o diretor aceitou a decisão da Disney de demiti-lo sem relutar. E, após se desculpar com os fãs, não se manifestou mais nas redes sociais. I will do what Im legally obligated to do but @Guardians without @JamesGunn is not what I signed up for. GOTG w/o @JamesGunn just isn’t GOTG. Its also pretty nauseating to work for someone who’d empower a smear campaign by fascists #cybernazis . That’s just how I feel https://t.co/Ym4FwruVDu — Dave Bautista (@DaveBautista) August 5, 2018
Apesar dos apelos do elenco de Guardiões da Galáxia, Disney não deve recontratar James Gunn
Apesar da carta aberta do elenco da franquia “Guardiões da Galáxia” pedindo o retorno do diretor James Gunn ao terceiro filme da saga, a Walt Disney Company não deve de recontratá-lo. É o que fontes do estúdio afirmaram à revista Variety. Gunn foi demitido após tuítes antigos, com piadas envolvendo estupro e pedofilia, serem desenterrados de sua conta pessoal por um grupo de extrema direita. Apesar dos posts terem uma década, quando o diretor ainda não estava sob contrato da Marvel, o estúdio encarou as declarações como algo muito sério e inaceitável para a imagem da empresa. Além disso, o próprio presidente da Disney, Alan Horn, emitiu publicamente a ordem de demissão. O cargo é muito grande, assim como o ego, para voltar atrás. “Eu não vejo a Disney recontratando-o”, disse a fonte citada pela revista. “Aqueles tuítes foram muito horríveis e a Disney exige um nível de discrição dos seus empregados maior do que os outros estúdios”, continuou. A Variety também apurou que a demissão de Gunn foi referendada por Bob Iger, CEO da Disney, o que mostra que a decisão foi unânime dentro da companhia. Ainda de acordo com a revista, apesar de a carta enviada pelos atores deixar aberta a possibilidade de o elenco abandonar a produção, caso a Disney não chame Gunn de volta, o estúdio acredita que o bom senso vai prevalecer e que nenhum deles está disposto a pagar a multa rescisória por não cumprir seus contratos. Antes da demissão de Gunn, as filmagens de Guardiões da Galáxia Vol. 3 estavam previstas para começar em janeiro de 2019 e o lançamento do filme marcado para 2020. Além de dirigir, ele também era responsável pelo roteiro, que já estava pronto. E vinha sendo apontado por Kevin Feige, presidente do Marvel Studios, como o responsável pela próxima fase de filmes do estúdio, devido ao seu conhecimento dos personagens cósmicos dos quadrinhos. Agora, a Marvel vai precisar voltar vários passos atrás e recomeçar tudo do zero, inclusive a história de “Guardiões da Galáxia Vol. 3” – que, possivelmente, nem seja mais lançado com este título.
Elenco de Guardiões da Galáxia se junta para defender o diretor James Gunn e pedir sua volta para o Vol. 3
O maior inimigo da Marvel no cinema existe na vida real: é a extrema direita americana. Após cair numa cilada de conspiradores de direita e demitir precipitadamente o diretor James Gunn, por piadas impróprias que ele postou no Twitter na década passada, antes de ser contratado pela companhia, a Disney acabou vítima de “fogo amigo”, vendo-se numa – situação que parece sair de seus filmes – “guerra civil” contra os “super-heróis da Marvel” por suas decisões. Os intérpretes dos “Guardiões da Galáxia” publicaram uma carta aberta nesta segunda-feira (30/7), em que se posicionam claramente em defesa do diretor da franquia, dispensado pelo estúdio da produção de “Guardiões da Galáxia Vol. 3”. O conteúdo tenta manter o confronto de opiniões em tom civilizado, mas tuítes individuais de alguns integrantes do elenco sugerem ânimos mais exaltados, o que deixa a produção do terceiro filme da franquia em situação insustentável. A Marvel pode precisar reescalar o elenco inteiro se for adiante com o projeto sem James Gunn. “Para nossos amigos e fãs: Nós apoiamos completamente James Gunn”, começa a carta. “Nós todos ficamos chocados com sua abrupta demissão na semana passada, e intencionalmente esperamos esses dez dias para pensar, orar, ouvir e discutir sobre isso. Nesse tempo, nos vimos encorajados pela torrente de apoio vinda de fãs e membros da mídia que gostariam de ver James reinstituído como diretor do ‘Volume 3’, assim como desencorajados por aqueles que foram tão facilmente enganados e acreditaram nas muitas teorias de conspiração que o envolveram”. “Estar nos filmes de ‘Guardiões da Galáxia’ foi uma honra na vida de cada um de nós”, continua o elenco. “Não podemos deixar esse momento passar sem expressar nosso amor, apoio e gratidão a James. Não estamos aqui para defender suas piadas de anos atrás, mas sim para dividir a experiência que tivemos no tempo que passamos juntos no set de ‘Guardiões da Galáxia Vol. 1’ e ‘Vol. 2’. O caráter que ele mostrou após sua demissão é consistente com o do homem que vimos todos os dias no set, e suas desculpas, agora e anos atrás, acreditamos ser de coração – um coração que conhecemos, confiamos e amamos. Ao escalar cada um de nós para ajudá-lo a contar essa história de desajustados que encontram a redenção, ele mudou nossas vidas para sempre. Acreditamos que o tema da redenção nunca foi tão atual quanto agora”. “Cada um de nós está ansioso para atuar com o nosso amigo James no futuro. Sua história não acaba aqui – nem de longe”, escrevem a seguir. A carta segue condenando a forma como as redes sociais e a opinião pública condenam personalidades acusadas de crimes ou expostas por supostos preconceitos de forma apressada e sem critério, citando o que aconteceu com o diretor como um exemplo de ‘um bom homem’ que passou por “assassinato de caráter”. “É nossa esperança que o que aconteceu possa servir como exemplo para todos nós percebermos a enorme responsabilidade que temos, conosco e uns com os outros, ao decidirmos gravar as nossas palavras na internet. Como sociedade, podemos aprender com essa experiência que devemos pensar duas vezes antes de decidir o que queremos expressar, de forma que usemos esse poder para ajudar e curar, ao invés de machucar”. O texto se conclui: “Obrigado por tirarem tempo para ler nossas palavras”. Assinam Chris Pratt (Senhor das Estrelas), Zoe Saldana (Gamora), Dave Bautista (Drax), Bradley Cooper (Rocket), Vin Diesel (Groot), Karen Gillan (Nebula), Pom Klementieff (Mantis), Sean Gunn (Kraglin) e Michael Rooker (Yondu). O ator Chris Pratt, intérprete do Senhor das Estrelas, ainda acrescentou, ao postar a carta em sua conta no Instagram: “Embora eu não apoie as piadas inapropriadas de James Gunn de anos atrás, ele é um bom homem. Eu, pessoalmente, adoraria vê-lo reinstituído como diretor do Volume 3”. “Guardiões da Galáxia, Vol. 3” segue previsto para 2020 no calendário da Disney, embora ainda não haja notícias sobre um diretor substituto para Gunn, sobre sua readmissão ou sobre nova escalação de elenco. Although I don’t support James Gunn’s inappropriate jokes from years ago, he is a good man. I’d personally love to see him reinstated as director of Volume 3. If you please, read the following statement- signed by our entire cast. Uma publicação compartilhada por chris pratt (@prattprattpratt) em 30 de Jul, 2018 às 9:41 PDT
Diretor do último Star Wars apaga 20 mil tuítes após demissão de James Gunn por posts ofensivos
O diretor Rian Johnson, de “Star Wars: Os Últimos Jedi”, apagou cerca de 20 mil tuítes de sua conta pessoal após a Disney demitir James Gunn, diretor da franquia “Guardiões da Galáxia”, por posts ofensivas de uma década atrás, garimpados por integrantes da extrema direita dos Estados Unidos. Ele usou um aplicativo, o TweetDelete, para apagar os textos em massa. Questionado no próprio Twitter pelo site de cultura pop “The Mary Sue”, Johnson explicou que não se trata de nenhuma recomendação oficial do estúdio. A ação, disse ele, foi no sentido de destruir qualquer munição disponível para militantes de direita que eventualmente tentem destruir sua carreira. “(Não é) Nenhuma recomendação, e não acho que jamais tenha tuitado qualquer coisa assim tão ruim”, Johnson escreveu. “Mas são nove anos de material escrito em grande parte como algo efêmero. Se o novo normal é permitir que os ‘trolls’ investiguem os perfis em busca de munição, essa atitute me parece um ‘por que não?’.” Na esteira das acusações contra Harvey Weinstein, Hollywood adotou uma mentalidade de “tolerãncia zero” que se estendeu também a observações ofensivas. Além da demissão de James Gunn da franquia “Guardiões da Galáxia”, a Disney afastou James Lasseter, chefe do departamento de animação do estúdio, após denúncias de assédio, e o seu canal de TV, ABC, cancelou a série “Roseanne” devido a um tuíte racista publicado por sua criadora e protagonista Roseanne Barr. Ciente da sensibilidade atual dos estúdios, o grupo de extrema direita liderado por Mike Cernovich, responsável por expôr os tuítes ofensivos de James Gunn e de ser um dos principais mentores das “fake news” contra Hillary Clinton nas últimas eleições presidenciais dos EUA, está varrendo as redes sociais atrás de material polêmico para causar mais demissões entre os críticos do governo de Donald Trump. Entretanto, o próprio Cernovich apagou milhares de tuítes e foi condenado por coisa pior que piadas de mal gosto. Acusado por estupro em 2003, ele acabou fechando um acordo judicial para ser condenado “apenas” por agressão e cumpriu uma pena de serviços comunitários. Ao responder um dos ataques do moralista, o comediante Michael Ian Black lembrou do fato: “Há uma diferença qualitativa entre um comediante que faz piadas – mesmo piadas ofensivas (eu) – e alguém acusado de estupro em 2003 (você)”.
Criador de Rick and Morty se desculpa por vídeo ofensivo usado pela extrema direita para pedir sua demissão
Novo alvo da extrema direita dos Estados Unidos, o roteirista-produtor Dan Harmon, um dos criadores do desenho “Rick and Morty” para o Adult Swim, bloco adulto do Cartoon Network, emitiu um pedido de desculpas pelo vídeo descoberto pelos paladinos da moral que querem sua demissão. O grupo de apoiadores de Donald Trump, liderado por Mike Cernovich, responsável por expôr os tuítes ofensivos de James Gunn, que levaram o diretor
Comediante que dublou desenho de Hércules provoca Disney por demissão de James Gunn
O comediante Bobcat Goldthwait resolveu protestar de forma provocativa contra a decisão da Disney de demitir o diretor James Gunn de “Guardiões da Galáxia Vol. 3”. O cineasta foi demitido na sexta (20/7) após campanha da extrema direita dos Estados Unidos, que denunciou antigos tuítes ofensivos do diretor com “piadas” de dez anos atrás sobre pedofilia e estupro. O presidente da Disney, Alan Horn, classificou as mensagens como “indefensáveis”: “As atitudes ofensivas e as declarações de James no Twitter são indefensáveis e inconsistentes com os valores do nosso estúdio e nós cortamos relações com ele”. Goldthwait, que deu voz vilão Dor, capanga de Hades em “Hércules”, animação produzida pela Disney em 1997, resolveu pedir para a Disney também demiti-lo. Ou melhor, em seu caso, tirar sua voz de uma vindoura atração do parque do estúdio, onde ele reprisaria o papel de “Hércules”. “Eu amo James Gunn. Ele é um amigo leal, muito talentoso, compassivo e gentil. Eu queria dizer algo, e aqui está: Querida Disney, eu odiaria que você ficasse como hipócrita, então estou sugerindo que vocês removam minha voz de uma atração que está chegando ao seu parque”, escreveu o comediante. “O que acontece é que, anos atrás, eu fiz um monte de piadas sarcasticamente chocantes e ofensivas. Muitas delas eu considero vergonhosas hoje em dia, e odiaria que a Disney ficasse mal na foto, visto que eu sou abertamente um crítico do presidente e de sua administração, e vocês parecem tomar suas decisões baseadas nas ordens de alguns de seus apoiadores mais radicais”, continuou, se referindo ao fato de que os tuítes de Gunn foram trazidos a tona por um apoiador de Donald Trump, conhecido por criar teorias de conspiração falsas durante a campanha presidencial de 2016. “Eu acho que James Woods também gravou algumas falas para essa atração do parque, por que vocês não dão uma olhada nos tuítes dele? São bem loucos!”, prosseguiu. Por ironia, o intérprete de Hades no mesmo desenho tem causado polêmica no Twitter por suas postagens agressivas em defesa de Trump. Por isso, não é alvo da campanha “moralista” da extrema direita. “Por fim, para deixar claro, eu apoio sobreviventes de abuso sexual, e também estive pensando: Vocês ainda ganham dinheiro com o seu filme ‘Energia Pura’? Estou perguntando para um amigo”, completa, sarcasticamente, citando o filme de 1995 dirigido por Victor Salva, que foi preso por abusar sexualmente de um ator mirim. Além de dublar o vilão no filme, Bobcat Goldthwait também fez a voz do personagem na série animada de “Hércules” e em várias atrações da Disney, sem esquecer que é lembrado até hoje por sua participação na franquia “Loucademia de Polícia” como o Cadete Zed. A Disney não emitiu nenhum tipo de declaração oficial respondendo ao post do comediante.










