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    10 Filmes: “The Flash” é destaque nas locadoras digitais

    28 de julho de 2023 /

    A relação de filmes novos para ver em casa destaca a estreia de “The Flash” nas locadoras digitais – um mês antes de chegar na HBO Max. O Top 10 da semana também inclui um longa animado da série “Miraculous: As Aventuras de Ladybug”, uma comédia sobre brinquedos dos anos 1990, um thriller com Jackie Chan e John Cena, uma sci-fi alemã, um suspense catalão e muitos romances e dramas. Confira abaixo as dicas de lançamentos.   THE FLASH | VOD*   A nova incursão no multiverso dos super-heróis dividiu a crítica, após ser propagandeada como a melhor adaptação da DC Comics de todos os tempos. Não chegou nem perto do hype plantado pela Warner Bros, embora o filme dirigido por Andy Muschietti, conhecido pelo terror “It – A Coisa”, faça realmente a despedida do Snyderverso (os heróis da Liga de Justiça de Zack Snyder). O roteiro de Christina Hodson (“Aves de Rapina”) adapta um dos arcos mais famosos dos quadrinhos da editora, o crossover “Ponto de Ignição” (Flashpoint). No filme, o velocista interpretado por Ezra Miller volta no tempo para impedir o assassinato de sua mãe e, ao fazer isso, acaba alterando a linha temporal do planeta inteiro. Entre os eventos inesperados, ele encontra uma versão mais jovem de si mesmo (também interpretada por Miller) e, ao mesmo tempo, se depara com um mundo em que a Liga da Justiça nunca existiu. Para piorar, como Superman nunca chegou a Terra, não há ninguém capaz de impedir a invasão do General Zod (Michael Shannon, repetindo seu papel de “O Homem de Aço”). Assim, cabe ao Flash do futuro reunir um grupo de heróis para fazer frente a essa ameaça. Com a ajuda de um Batman mais velho (Michael Keaton, que viveu o herói em filmes de 1989 e 1991), ele consegue encontrar e liberar um kryptoniano para auxiliá-los: Kara, uma nova Supergirl morena, vivida por Sasha Calle (“The Young and the Restless”) – que é a primeira intérprete latina da heroína. A narrativa centrada em viagens no tempo e universos alternativos pode remeter a sucessos como “Vingadores: Ultimato” e “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”, mas a trama sofreu horrores com suas inúmeras refilmagens, que acrescentaram e tiraram personagens, salvaram e mataram heróis, porém deixaram o fan service mais rejeitado de todos os tempos, em que o Flash tem visões de diferentes versões dos personagens da DC – inclusive de filmes que nunca saíram do papel, mas não de sua bem-sucedida versão da TV. O resultado é um filme caríssimo que arrecadou muito pouco, um fracasso retumbante de público e crítica. O que só aumenta a tristeza por seus pontos positivos, em especial a descoberta de Sasha Calle como Supergirl, que, infelizmente, após a fraca bilheteria, não deve ser reaproveitada no futuro da DC planejado pelos novos chefões do estúdio no cinema. Ela é o principal motivo para recomendar a locação.   MIRACULOUS: AS AVENTURAS DE LADYBUG – O FILME | NETFLIX   O primeiro filme baseado na popular série animada de mesmo nome aborda a origem de Ladybug e Cat Noir, recontando a história da dupla de super-heróis e sua luta para proteger Paris de uma ameaça emergente. Escrito e dirigido pelo criador dos personagens, Jeremy Zag, o desenho segue a trajetória de Marinette, uma adolescente desastrada apaixonada por moda, e Adrien, filho de uma boa família, órfão de mãe e negligenciado pelo pai. Os dois jovens vivem como estudantes comuns durante o dia, mas à noite se transformam em super-heróis sem saberem as identidades secretas um do outro. Sua rivalidade, nascida da competição por bons feitos, precisa ser colocada de lado quando os dois se unem contra o mesmo inimigo, que está enchendo Paris de monstros. Desde seu lançamento em 2015, “Miraculous” se tornou um fenômeno global, com a série atualmente em sua 5ª temporada exibida em mais de 150 países. O sucesso da animação também foi capaz de transcender a TV e invadir o mundo dos jogos, brinquedos, e até mesmo passeios temáticos pelo rio Sena, em Paris. Por trás desse sucesso está a Zagtoon, a produtora francesa de Jeremy Zag, especializada em animações infantis, que conseguiu capturar a atenção da juventude global com a saga de Ladybug e Chat Noir.   THE BEANIE BUBBLE | APPLE TV+   A comédia da Apple TV+ explora a fascinante história por trás da febre dos Beanie Babies, bichos de pelúcia que marcaram os anos 1990. A trama gira em torno do inventor dos brinquedos H. Ty Warner (interpretado por um irreconhecível Zach Galifianakis, de “Se Beber Não Case”) e as três mulheres que afirmam ser as verdadeiras mentes por trás dos negócios. Robbie Jones (Elizabeth Banks, de “As Panteras”), uma mecânica de automóveis, começou a empresa com Ty na década de 1980. Na década seguinte, a noiva de Ty, Sheila Harper (Sarah Snook, de “Succession”), afirma que suas filhas jovens inspiraram a ideia e até mesmo projetaram alguns dos animais recheados de pellets de plástico. Finalmente, Maya Kumar (Geraldine Viswanathan, de “Não Vai Dar”), uma estudante de medicina de 17 anos que iniciou como recepcionista na empresa, percebeu como explorar a internet e inventou o site de promoção de produtos que inaugurou o frenesi dos colecionadores no eBay. Junto delas, Ty oscila entre ser carente, encantador, generoso, tóxico e um monstro total. O longa de estreia de Kristin Gore (roteirista de “Futurama”) e Damian Kulash (diretor dos clipes complexos da banda OK Go) traça a ascensão e queda criativa, corporativa e cultural dos Beanie Babies, enquanto examina ricamente seus quatro personagens principais, com todas as informações sobre o negócio de brinquedos que se poderia desejar.   PROJETO EXTRAÇÃO | NETFLIX   O thriller de ação à moda antiga junta Jackie Chan (“O Estrangeiro”) e John Cena (“O Esquadrão Suicida”) contra terroristas. A trama gira em torno de uma refinaria de petróleo de propriedade chinesa no Iraque, que sofre ataques contínuos e busca ajuda de um mercenário. Luo Feng (Chan), ex-oficial das forças especiais, lidera a operação com sua equipe para evacuar todos os trabalhadores. No entanto, uma série de eventos leva ao sequestro de um ônibus de evacuação, com o chefe da empresa de petróleo sendo mantido como refém. Enquanto isso, um dos sequestradores, o ex-marine Chris Van Horne (Cena), é convidado a cooperar com Luo Feng contra um inimigo em comum e ajudá-lo a salvar os prisioneiros que ainda estão sendo mantidos reféns na empresa de petróleo. Apesar da trama séria, o filme aproveita o carisma dos protagonistas para gerar cenas de humor, embora a combinação não seja tão boa quanto nas franquias “Hora do Rush” ou “Bater ou Correr”. A direção é de Scott Waugh (“Need for Speed: O Filme”), o roteiro de Arash Amel (“Grace de Mônaco”) e o elenco ainda traz Pilou Asbæk (“Game of Thrones”) como vilão.   PARAISO | NETFLIX   A produção alemã de ficção científica explora um futuro distópico onde a idade pode ser negociada como uma moeda. Na trama, uma empresa farmacêutica bilionária chamada AEON desenvolveu um método de transferir anos de vida de uma pessoa para outra. Isso permite que indivíduos ricos possam, teoricamente, viver para sempre, enquanto a classe trabalhadora paga o preço, sacrificando décadas de suas vidas em troca de uma grande soma de dinheiro. Os protagonistas são o casal Max (Kostja Ullmann) e Elena (Marlene Tanzcik), que vê seu futuro idílico ser abruptamente interrompido quando Elena é forçada a “pagar” 40 anos de sua vida devido a uma dívida de seguro. A partir desse ponto, eles se arriscam para recuperar os anos perdidos de Elena, enfrentando o sistema.   LIGAÇÕES DO PASSADO | VOD*   O suspense neo-noir catalão explora a compulsão de recuperar um amor fundamental a todo custo, com um toque de “Um Corpo que Cai”, de Alfred Hitchcock. A trama gira em torno de Violeta (Anna Alarcón, de “Bem-Vindos ao Eden”), uma psicóloga aparentemente bem-sucedida que se vê confrontada com uma revelação perturbadora de uma paciente, Rita (Verónica Echegui, de “Intimidade”). Rita conta que seu marido Jan (Alex Brendemühl, de “Silenciadas”) ainda está obcecado por seu primeiro amor de 20 anos atrás, que é ninguém menos que a própria Violeta, e de maneira ousada tenta convencer a psicóloga a ter um encontro com Jan, supostamente para resolver seus problemas conjugais. Enquanto Violeta lida com a situação, flashbacks revelam o impacto devastador de seu romance juvenil na praia, quando ela era uma jovem selvagem. A narrativa, co-escrita pelo diretor Ventura Durall, apresenta um elemento adicional intrigante: Jan é o fundador de uma empresa de presentes mórbidos que grava e entrega mensagens de vídeo póstumas a parentes e amigos de pessoas que estão morrendo. A trama tem um potencial operístico e exagerado, mas Durall dirige de maneira contida, com muitas cenas filmadas à mão, envolvendo os personagens na atmosfera obsessiva, especialmente Pablo Molinero como o marido de Violeta, que se mostra horrorizado com a situação. A cena de sexo explosiva que se segue ao encontro dos ex-amantes é um dos momentos de maior tensão do filme.   FELICIDADE PARA PRINCIPIANTES | NETFLIX   A comédia romântica segue Helen, interpretada por Ellie Kemper (“Unbreakable Kimmy Schmidt”), que após o divórcio decide se reinventar e acaba se inscrevendo em um curso de sobrevivência na trilha dos Apalaches. Lá, ela reencontra Jake, interpretado por Luke Grimes (“Cinquenta Tons de Cinza”), um amigo de seu irmão mais novo, e começa a perceber que o jovem tem mais conteúdo que supunha. Pouco a pouco, os dois começam a se aproximar nas longas caminhadas pelo terreno montanhoso. Convite à autodescoberta e à superação de desafios, o romance na natureza é baseado no livro homônimo de Katherine Center, lançado em 2015, e tem roteiro e direção de Vicky Wight (“O Marido Perdido”).   QUERIDA ZOE | VOD*   Sadie Sink, conhecida por seus papéis marcantes em “Stranger Things” e “A Baleia”, volta a mostrar seu talento no papel de Tess, uma adolescente que luta para lidar com a culpa e o luto após a morte de sua irmã mais nova, Zoe. A trama é conduzida por uma carta que ela escreve para Zoe, na qual expressa seus sentimentos e tenta encontrar um sentido para a tragédia. Adaptado do romance homônimo de Philip Beard, o melodrama explora a dinâmica familiar de Tess, incluindo sua relação com sua mãe (Jessica Capshaw, de “Grey’s Anatomy”), seu pai (Theo Rossi, de “Sons of Anarchy”), sua irmã Em (Vivien Lyra Blair, de “Obi Wan Kenobi”) e um jovem vizinho (o estreante Kweku Collins). Apesar de lidar com temas pesados como luto e culpa, o filme da diretora Gren Wells (“A Estrada Interior”) consegue manter um tom otimista e caloroso. Além disso, a produção rodada em Pittsburgh presta muita atenção aos detalhes locais, o que contribui para a autenticidade da história.   DERRAPADA | VOD*   O novo filme de Pedro Amorim (“Dissonantes”) é um drama sobre gravidez adolescente, que transporta a trama de “Slam”, livro do inglês Nick Hornby (“Alta Fidelidade”), para cenários e realidade brasileiros. O protagonista é um skatista, filho de mãe solteira, que se envolve com uma poeta de slam e acaba engravidando a jovem – apesar de saber tudo o que a mãe passou na juventude, por engravidar aos 16 anos e precisar criar o filho de um pai irresponsável e ausente. No livro, o skatista acaba despertando para a vida ao conhecer a história de seu ídolo, Tony Hawk. Na versão brasileira, o ídolo é Bob Burnquist. O resto do elenco destaca Matheus Costa (“Desapega!”), Heslaine Vieira (“As Five”) e Nanda Costa (“Monster Hunter”).   A CIDADE DOS ABISMOS | VOD*   O primeiro longa de Priscyla Bettim e Renato Coelho Glória transforma uma trama criminal em cinema experimental de protesto. Uma mulher trans (Verónica Valenttino), uma jovem da classe média (Carolina Castanha) e um imigrante africano (Guylain Mukendi) testemunham uma morte brutal num bar de São Paulo na véspera do Natal. Indignados com os rumos da investigação, os três se recusam a ceder à injustiça e decidem ir atrás dos algozes. A...

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    10 Séries: Maratonas da semana incluem “Sintonia” e “The Witcher”

    28 de julho de 2023 /

    A programação de séries é marcada por retornos muito aguardados, como a 4ª temporada de “Sintonia”, interrompida num cliffhanger dramático. Alguns hiatos foram curtos, como o desfecho da 3ª temporada de “The Witcher”, retomando a história interrompida há apenas um mês. Por outro lado, “Futurama” passou uma década sem novos episódios. Confira abaixo 10 novidades para iniciar maratonar nesta semana.   SINTONIA 4 | NETFLIX   A 4ª temporada começa no ponto tenso em que o terceiro ano foi interrompido, com o traficante Nando (Christian Malheiros) e os amigos em meio a um fogo cruzado entre policiais e criminosos. No tiroteio que se segue, o funkeiro Doni (Jottapêe) e o próprio Nando são baleados, para desesperado de Rita (Bruna Mascarenhas). Embora tenham sobrevivido, todos sofreram consequências. No caso de Nando, sua esposa é presa pela polícia. Já Doni tem a saúde e a carreira abaladas. Mas nem Rita escapa ilesa, sofrendo forte abalo psicológico, que muda sua visão da vida. “Sintonia” é produzida por Kondzilla, diretor de clipes de funk e dono do canal do YouTube mais visto do Brasil, e escrita por Guilherme Quintella (também roteirista de “Insânia”). A produção é a série brasileira de maior audiência da Netflix. Com cenas fortes de violência e tráfico de drogas, retrata a dura realidade da vida em uma comunidade marginalizada. Ao mesmo tempo, aborda temas como amizade, lealdade, família e religião, explorando as contradições e conflitos que surgem quando esses valores entram em choque. A trama acompanha três amigos que cresceram juntos na mesma favela, influenciados pelo fascínio do funk, do tráfico de drogas e da igreja. Cada um deles transformou suas experiências em caminhos muito divergentes, mas nunca distantes demais.   THE WITCHER 3 – PARTE 2 | NETFLIX   Os episódios que marcam a despedida de Henry Cavill (“O Homem de Aço”) do papel de Geralt de Rivia trazem o protagonista lutando por sua vida, enquanto seus aliados são perseguidos e cercados por inimigos. O final da temporada adapta algumas das páginas mais sangrentas da saga literária do escritor polonês Andrzej Sapkowski, iniciando com um massacre de feiticeiros em Aretusa. Vários personagens encontram a morte, enquanto Geralt tenta salvar sua protegida Siri (Freya Allan) e sua amada Yennefer (Anya Chalotra) do maior ato de traição do Continente. Entretanto, sobreviver se torna cada vez mais difícil, conforme os agentes do Império Nilfgaardiano fecham o cerco, levando a uma luta de vida ou morte – que abre caminho para a substituição de Henry Cavill na trama de fantasia.   BELAS MALDIÇÕES 2 | AMAZON PRIME VIDEO   Originalmente uma minissérie, “Belas Maldições” ganha novos capítulos quase quatro anos após seu lançamento original. Como o primeiro ano utilizou todo o material do livro de Neil Gaiman e Terry Pratchett, a 2ª temporada conta uma história totalmente inédita, produzida por Gaiman. Desta vez, o demônio Aziraphale (David Tennant, ex-“Doctor Who”) e o anjo Crowley (Michael Sheen, de “Masters of Sex”) precisam lidar com o sumiço do arcanjo Gabriel (Jon Hamm, de “Mad Men”). Ao aparecer inesperadamente na porta da livraria de Crowley, completamente perdido e sem saber sua própria identidade, Gabriel acaba com as vidas tranquilos das “aminimigos” entre os mortais em Londres. Enquanto Crowley analisa a situação, Aziraphale está ansioso para resolver o mistério por trás da condição do arcanjo. No entanto, esconder Gabriel pode trazer consequências imprevisíveis e os dois vão precisar confiar um no outro mais uma vez. Todos os episódios são dirigidos por Douglas Mackinnon (“Sherlock”), que também foi responsável pela direção da temporada anterior.   FANTASMAS DE BEIRUTE | PARAMOUNT+   O thriller de espionagem mergulha na vida do terrorista Imad Mughniyeh, um dos homens mais perigosos do mundo, considerado por muitos mais astuto que Osama Bin Laden. Entre outros ataques, Mughniyeh foi responsável pelo infame bombardeio da embaixada americana de Beirute, que deixou dezenas de mortos em 1983 e inaugurou a era dos atentados islâmicos contra os EUA. A minissérie é notável por sua abordagem sombria e sinistra, oferecendo um olhar sem filtro sobre a ascensão ao poder de Mughniyeh e todo o sangue que derramou ao longo do caminho. Criada pelos israelenses Avi Issacharoff e Lior Raz (os mesmos de “Fauda”), a trama acompanha a caçada do líder do Hezbollah, que se estendeu por décadas. Os quatro capítulos são divididos em duas eras distintas: a ascensão ao poder de Mughniyeh, conduzindo ao aumento da violência nos anos 1980 e 1990, e a coordenação da missão de seu assassinato pela CIA e Mossad em 2008. O elenco destaca Amir Khoury (“Fauda”) e Hisham Suliman (“Jerusalem”) dividindo o papel de Mughniyeh, Dina Shihabi (“Altered Carbon”), Navid Negahban (“Homeland”), Dermot Mulroney (“Invasão Secreta”), Garret Dillahunt (“Fear the Walking Dead”) e Iddo Goldberg (“Expresso do Amanhã”). A direção é de Greg Barker (“Sergio”).   MY CRAZY EX-GIRLFRIEND | PARAMOUNT+   A premiada comédia musical de Rachel Bloom e Aline Brosh McKenna (atriz e diretora de “Na Sua Casa ou na Minha?”) finalmente chega ao streaming, oito anos após sua estreia e quatro após seu final. A trama gira em torno de Rebecca Bunch (interpretada por Rachel Bloom), uma advogada de sucesso em Nova York que, apesar de aparentemente ter tudo, sente-se vazia e insatisfeita com a vida que leva. Quando, por acaso, reencontra um antigo namorado de verão, Josh Chan (interpretado por Vincent Rodriguez III), decide que ele é a chave para sua felicidade e resolve abandonar sua carreira promissora para segui-lo até West Covina, Califórnia. Chegando na afastada cidadezinha, Rebecca começa uma nova vida obcecada em reacender seu romance com Josh, mesmo ele já estando em outro relacionamento. Ao longo da série, ela passa pelas situações mais hilárias e, por vezes, surreais influenciada por seu estado emocional instável e por uma série de amigos peculiares que faz no novo local. A narrativa é repleta de momentos musicais, em que os personagens expressam seus pensamentos e emoções através de canto e dança, trazendo uma abordagem inovadora ao gênero. Elogiadíssima por sua originalidade, “My Crazy Ex-Girlfriend” virou cult e venceu quatro Emmys, incluindo categorias de música original e coreografia, antes de se despedir após quatro temporadas, em 2019.   NOVELA | AMAZON PRIME VIDEO   A comédia brasileira traz Monica Iozzi (“Turma da Mônica: Laços”) no papel de uma promissora roteirista de TV e Miguel Falabella (“Sai de Baixo”) como o mentor que se torna seu grande rival. Na trama, Isabel (Iozzi) dedicou sua vida inteira ao sonho de virar autora da novela das nove. Quando a oportunidade enfim chega, ela é traída por seu mentor, Lauro Valente (Falabella), que rouba sua história para emplacar um novo sucesso. No meio dessa confusão, Isabel acaba entrando magicamente na produção televisiva, não como atriz, mas como personagem principal, vendo-se presa no mundo da teledramaturgia e seus clichês. Graças a esse recurso mágico, Isabel passa a enfrentar suas dificuldades afetivas, pondo à prova sua crença de que só é possível ser feliz sozinha – especialmente após formar par com Marcello Antony (“Pequeno Segredo”) no romance do folhetim. Ao mesmo tempo, Valente se desespera ao ver sua novela ganhar rumos inesperados com a presença invasiva de Isabel. A série é uma produção do Porta dos Fundos, criada por por Gabriel Esteves (“Porta dos Fundos: Contrato Vitalício”) e Valentina Castello Branco (“Me Chama de Bruna”), e dirigida por Gigi Soares (“Os Homens São de Marte… E é pra Lá que Eu Vou”) e Renata Pinheiro (“Amor, Plástico e Barulho”).   ENCLAUSURADOS | AMAZON PRIME VIDEO   A antologia argentina explora o comportamento humano sob condições de confinamento físico e emocional. Cada um dos 13 episódios apresenta personagens e situações distintas, variando entre gêneros como suspense e comédia. As tramas incluem um atendente de call center ameaçado por um cliente revoltado, vizinhas presas dentro da lavanderia do prédio, uma reunião de condomínio que foge do controle quando os moradores percebem que estão trancados e amigos que se perdem ao acampar na floresta. Cada episódio propõe uma intriga diferente, mas o denominador comum são sempre as desventuras de personagens que estão confinados. A série foi criada por Marcelo Müller e Benjamín Ávila, respectivamente roteirista e diretor de “Infância Clandestina” (2011) e o elenco é composto por mais de 70 intérpretes, incluindo a veterana Cristina Banegas (“Dois Papas”) e a brasileira Mayana Neiva (“Temporada de Verão”).   D.P. DOG DAY 2 | NETFLIX   A série sul-coreana lança luz sobre a experiência dos jovens do país durante seus dois anos de serviço militar obrigatório. Baseada na popular webcomic “D.P. Dog’s Day”, de Kim Bo-tong, a trama se concentra na unidade D.P. (Deserter Pursuit) do exército, encarregada de capturar desertores. O protagonista é o jovem Ahn Jun-ho (Jung Hae-In, de “Uma Noite de Primavera”), recrutado para atuar como policial do exército sul-coreano e poupado de um ambiente hostil quando é convocado pelo sargento Park Beom-goo (Kim Sung Kyun, de “Seoul em Alta Velocidade”) para se juntar à unidade especial D.P., após demonstrar suas habilidades analíticas. Jun-ho é emparelhado com o cabo Han Ho-yul (Koo Kyo-hwan, de “Invasão Zumbi: Península”), e a trama se desenrola a partir daí. O final da 1ª temporada deixou muitas perguntas sobre o futuro dos personagens principais, que são finalmente respondidas na continuação.   FUTURAMA 11 | STAR+   A chegada da 11ª temporada marca a volta Fry, Leela e Bender após uma década longe da TV. Desde seu lançamento original em 1999, a série passou por vários intervalos e trocas de canais, tendo sua última exibição inédita em 2013. Depois de uma década, a nova temporada aborda o desenrolar da épica história de amor entre Fry e Leela, os segredos ocultos na caixa de areia de Nibbler, a história misteriosa do malévolo Papai Noel robô e o paradeiro dos girinos de Kif e Amy. Além disso, os episódios também refletem o mundo atual, mostrando os personagens diante de uma nova pandemia, o futuro das vacinas, bitcoin, cultura do cancelamento e TV por streaming – além de fazer referências à filmes e séries sci-fi recentes, como “Duna” e “Westworld”. Criada por Matt Groening (“Os Simpsons”), a série retorna com todos os dubladores originais na versão em inglês, incluindo Billy West, Katey Sagal, Tress MacNeille, Maurice LaMarche, Lauren Tom, Phil LaMarr, David Herman e John DiMaggio, que continuam a dar voz aos personagens centrais.   CAPITÃO FALL | NETFLIX   A nova animação adulta de comédia segue Jonathan Fall, um capitão de marinha inexperiente e incapaz, mas de bom coração, que acidentalmente se encontra no comando de um navio de contrabando para um terrível cartel internacional. Apesar de ser o pior capitão de todos os tempos, ele foi contratado com uma missão importante: servir de bode expiatório caso as autoridades detenham o navio contrabandista. Produzida pela dupla norueguesa Jon Iver Helgaker e Jonas Torgersen, criadores da série “Norseman” (2016-2020), comédia sobre um grupo de guerreiros vikings do século VIII. O elenco de vozes destaca o ator Jason Ritter (“Criando Dion” e também conhecido por ser a voz original de Dipper em “Gravity Falls”), além de Christopher Meloni (“Lei e Ordem”), Lesley-Ann Brandt (“Lucifer”), Anthony Carrigan (“Barry”), Alejandro Edda (“Narcos: México”), Adam Devine (“The Righteous Gemstones”) e Trond Fausa (“Oppenheimer”).

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    “Mansão Mal-Assombrada” é principal estreia de cinema da semana

    27 de julho de 2023 /

    O circuito de estreias de cinema ficou pequeno, depois de uma série de lançamentos consecutivos de blockbusters, e nesta semana nenhum filme chega em mais de 500 salas. O maior lançamento, “Mansão Mal-Assombrada”, da Disney, tem distribuição em 472 salas, enquanto “O Convento” ocupa 280. Trata-se de um forte encolhimento em relação às semanas passadas, quando os principais títulos abriram em mais de mil telas. A decisão deve impactar as bilheterias dos estreantes, dificultando o sucesso da comédia sobrenatural da Disney num cenário monopolizado por “Barbie” e outros sucessos. Ao todo, oito títulos entram em cartaz nesta quinta (27/7), mas a maioria com exibições limitadas. Confira a lista completa.   MANSÃO MAL-ASSOMBRADA   A adaptação cinematográfica da famosa atração dos parques da Disney dividiu a crítica dos EUA entre os que gostaram de sua proposta de terror infantil e os que lamentaram a falta de graça das piadas. A trama gira em torno de um astrofísico interpretado por LaKeith Stanfield (“Judas e o Messias Negro”), que está de luto pela perda de sua amada esposa. Ele desenvolveu uma “câmera quântica” capaz de fotografar fantasmas, mas quando o Padre interpretado por Owen Wilson (“Loki”) o encontra, está afundado em tristeza. Ele é trazido de volta à vida pela oferta do padre: uma quantia substancial de dinheiro em troca de sua ajuda para investigar as visitas espectrais noturnas em uma casa a cerca de uma hora de Nova Orleans. A casa recentemente passou para a posse de uma mãe solteira (Rosario Dawson, de “Luke Cage”) e seu jovem filho, que estão presos com o lugar. Reunindo ainda uma médium excêntrica (Tiffany Haddish, de “Sócias em Guerra”) e um professor universitário ainda mais excêntrico (Danny DeVito, de “It’s Always Sunny in Philadelphia”), os protagonistas se juntam para identificar a origem da infestação de fantasmas e, ao explorar o local, descobrem a bola de cristal de Madame Leota (Jamie Lee Curtis, de “Halloween”), que os alerta sobre uma aparição misteriosa conhecida apenas como o “Fantasma da Caixa de Chapéu” – um papel creditado a Jared Leto (“Morbius”), embora o personagem seja totalmente criado por CGI. Apesar de ser uma comédia infantil, “A Mansão Mal-Assombrada” não foge da escuridão inerente a uma história sobre uma casa com espíritos de centenas de pessoas mortas. Há uma quantidade considerável de discussão sobre perda e tristeza, e Stanfield entrega um monólogo sobre sua falecida esposa que é surpreendentemente triste para o que é essencialmente um filme para assustar crianças. Vale lembrar que “Mansão Assombrada” já foi transformada numa comédia com Eddie Murphy, que foi um fracasso de bilheterias em 2003. Mas o estúdio foi destemido e decidiu filmar um roteiro de Kate Dipold, responsável por “Caça-Fantasmas” – também conhecido como “a versão feminina” de “Os Caça-Fantasmas” – , que foi outra atração do gênero terrir infantil a dar prejuízo. A direção é de Justin Simien (“Cara Gente Branca”).   BLUE JEAN   Este elogiadíssimo drama britânico retrata a vida de uma professora lésbica chamada Jean (interpretada por Rosy McEwen, de “O Alienista”) na Inglaterra dos anos 1980, durante o auge do conservadorismo do governo Thatcher. A trama é ambientada em Newcastle, no nordeste industrial da Inglaterra, onde Jean vive uma vida dupla, escondendo sua sexualidade de seus colegas de trabalho e de sua família por medo das consequências. No entanto, ela tem uma família escolhida, composta por outras mulheres queer, incluindo sua namorada, que é abertamente gay e destemida em relação à sua sexualidade. Quando uma nova estudante entra na aula de educação física de Jean e aparece no bar lésbico que ela frequenta com suas amigas, a protagonista se vê forçada a confrontar sua vida dupla e enfrentar a possibilidade de ser exposta em uma sociedade cada vez mais homofóbica. Importante situar que a trama se passa na época da Cláusula 28 (Clause 28), designação legislativa para leis que proibiam a “promoção da homossexualidade” na Grã-Bretanha. Introduzida por Margaret Thatcher, vigorou de 1988 a 2000 na Escócia e até 2003 na Inglaterra e no País de Gales. Com seu impacto devastador, a Seção 28 causou o fechamento de muitas organizações LGBT+ e limitou a expressão da homossexualidade na educação e em outros espaços públicos, contribuindo para a falta de visibilidade e representatividade, e a perseguição e discriminação contínua contra indivíduos LGBTQIAPN+ no Reino Unido. Longa de estreia da diretora Georgia Oakley, “Blue Jean” venceu quatro prêmios no British Independent Film Awards (BIFA) e tem 95% de aprovação da crítica no Rotten Tomatoes. Considerado um filme importantíssimo, serve de lembrete do que aconteceu quando conservadores assumiram o poder – e que vem se repetindo com novas legislações e ameaças anti-LGBTQIA+ atuais.   MISSÃO DE SOBREVIVÊNCIA   O novo thriller de ação de Gerard Butler traz o ator como um agente do MI6, emprestado para a CIA, que se disfarça de técnico de telecomunicações para identificar e destruir instalações subterrâneas de armas nucleares no Irã. Com o casamento em frangalhos, ele reluta em aceitar mais uma missão: atravessar a fronteira para o Afeganistão e viajar por um território hostil ocupado pelo Talibã para destruir uma usina nuclear. No entanto, as coisas rapidamente saem do controle quando ele entra no país e descobre que não tem tanto apoio quanto pensava. Com o reforço apenas de Mo, um intérprete e seu guia na região, ele corre inúmeros perigos para escapar dos Talibãs. Terceiro filme de Butler dirigido por Ric Roman Waugh (após “Invasão ao Serviço Secreto” e “Destruição Final: O Último Refúgio”), o longa tem roteiro de Mitchell LaFortune, um ex-agente de operações especiais, e chega a lembrar “O Pacto”, recente lançamento de Guy Ritchie. A comparação não é positiva para “Missão de Sobrevivência”, que pende mais para os thrillers geopolíticos inspirados por Tom Clancy, feitos a rodo nos anos 1990.   O CONVENTO   Ambientado em um convento isolado nas Highlands da Escócia, o terror traz Jena Malone (“Jogos Vorazes: Em Chamas”) como Grace, uma oftalmologista que chega ao local para investigar a morte violenta de seu irmão Michael, que era um padre. A história oficial é que Michael assassinou outro padre na capela e depois tirou a própria vida ao se jogar de um penhasco, mas Grace, uma cética humanista, não confia em nada relacionado à religião e está mais do que disposta a atribuir o crime às freiras. O filme também explora o passado extremamente conturbado de Grace, que é tão insano que parece pertencer a um filme separado, a história sangrenta do convento e visões da protagonista, que remetem à época medieval. Com direção de Christopher Smith, “O Convento” é uma tentativa artística de contar uma reformulação feminista do terror de possessão. À medida que as pistas da história começam a se desdobrar, no entanto, muitas perguntas permanecem sem resposta, e as explicações vagamente assustadoras tentam deixar claro que isso é o que menos importa. A crítica considerou o roteiro falho e deu apenas 42% de aprovação ao longa no Rotten Tomatoes.   ALMA VIVA   Filmado na região de Trás-os-Montes, em Portugal, o drama vencedor do troféu Sophia (o Oscar português) é narrado pelo ponto de vista de Salomé (Lua Michel), uma menina pré-adolescente que se encontra dividida entre dois mundos: a cultura folclórica repleta de magia da casa de sua amada avó e o materialismo desprovido de sentimentos que levou muitos dessa região pobre de Portugal a emigrar para a França, onde a própria Salomé cresceu. O detalhe é que a obra, primeiro longa-metragem da diretora franco-portuguesa Cristèle Alves Meira, gradualmente se transforma em uma espécie de história de fantasmas, centrada em uma possessão espiritual. A narrativa começa com Salomé retornando ao seu vilarejo familiar nas montanhas portuguesas para passar as férias de verão. Ela tem uma relação muito próxima e especial com sua avó, uma mulher cínica, de caráter forte, mas nobre, que tem certos conhecimentos e práticas que fazem com que alguns na região, incluindo sua própria família, a considerem uma bruxa. Quando a matriarca da família morre repentinamente, os membros da família entram em colapso e aos poucos começam a surgir ressentimentos guardados há muito tempo. Em meio a essa comoção, Salomé começa a acreditar que está possuída pelo espírito da avó. “Alma Viva” não explora o aspecto sobrenatural para das sustos ou gerar tensão de filme de terror, mas como parte de uma parábola. Esta possessão espiritual é retratada como uma forma de Salomé manter a ligação com a avó e, ao mesmo tempo, como um reflexo da luta da menina para reconciliar a cultura folclórica de sua família com o mundo moderno em que vive. A jornada de Salomé, desde hospedar o espírito da avó até rejeitá-lo gentilmente, representa tanto o bom quanto o mau da fascinação por superstições e a cultura popular.   CAPITU E O CAPÍTULO   O novo filme Júlio Bressane é uma incursão no universo de Machado de Assis, mas o escritor é apenas o ponto de partida, não necessariamente a finalidade. A narrativa integra música, poesia, pintura e “até” cinema em seu itinerário experimental, que explora a paixão e a estrutura capitular nos romances de Machado de Assis, particularmente de “Dom Casmurro”, que possui 148 capítulos. Bressane pressupõe que a estrutura fragmentada dos romances do escritor, com capítulos curtos, poderia ser uma manifestação involuntária do quadro de epilepsia que ele sofria. Para explorar essa hipótese, ele utiliza tableaux vivants – cenas estáticas que reproduzem momentos dramáticos importantes do romance – com as participações de atores famosos dando vida a personagens célebres, como Mariana Ximenes (“O Grande Circo Místico”) como Capitu, Enrique Diaz (“Mar do Sertão”) como Casmurro, Vladimir Brichta (“Bingo: O Rei das Manhãs”) como Bentinho e Djin Sganzerla (“Meu Nome é Dindi”) como Sancha. Optando pelo caminho experimental, as cenas representadas não contam toda a história do livro, apenas alguns momentos marcante, como exemplos para o questionamento do diretor sobre o livro de Machado de Assis. Embora seja uma obra que exige do espectador um conhecimento prévio de “Dom Casmurro”, “Capitu e o Capítulo” também oferece uma nova perspectiva sobre o clássico machadiano.   ONDE FICA ESTA RUA? OU SEM ANTES NEM DEPOIS   O documentário sobre o clássico do cinema português “Os Verdes Anos”, de Paulo Rocha, revisita as locações emblemáticas e os temas do filme de 1963, inspirado na Nouvelle Vague francesa, que capturou as ansiedades da época, como o amor inquieto entre os jovens protagonistas e a dificuldade de se integrar em um mundo urbano alienante. A filmagem se desenrola a partir da vista da rua do apartamento de um dos diretores, João Pedro Rodrigues, que foi herdado de seus avós e dá diretamente para um dos cenários do filme original. Rodrigues e o codiretor João Rui Guerra da Mata (ambos de “A Última Vez que Vi Macau”) emergem dessa famosa janela para observar a protagonista do filme de Rocha, Isabel Ruth, que agora tem 80 anos, enquanto ela percorre as mesmas ruas que percorreu 60 anos antes. Feito durante a pandemia, o longa também apresenta uma Lisboa quase vazia de habitantes, dando aos jovens protagonistas de Rocha a condição de fantasmas da memória.

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    10 Séries: Novidades incluem documentários de Xuxa e Balão Mágico

    14 de julho de 2023 /

    A lista de séries estreantes da semana é tomada pelo clima de nostalgia, com produções documentais de Xuxa e Balão Mágico, que revivem memórias da infância dos anos 1980, resgatando histórias da TV e da cultura pop brasileiras. Entre as produções estrangeiras, os destaques são novas temporadas de “The Great”, “A Fundação” e “O Verão que Mudou Minha Vida”, além do lançamento da minissérie de suspense “Círculo Fechado”, dirigida pelo cineasta Steven Soderbergh (“Contágio”). O Top 10 também inclui duas animações adultas com enorme potencial cult. Confira a relação completa.   A SUPERFANTÁSTICA HISTÓRIA DO BALÃO | STAR+   A série documental conta a história do “Balão Mágico”, fenômeno infantil dos anos 1980, voltando a reunir Simony, Tob, Mike e Jairzinho para uma conversa franca, que passa a limpo a história do grupo, enquanto cenas históricas são recordadas e exibidas. Mas nem todas as memórias são douradas. Os depoimentos também revivem os momentos de polêmica em torno do grupo. “Balão Mágico” foi um programa infantil de grande sucesso, exibido pela TV Globo entre 1983 a 1986. Originalmente, o projeto surgiu como um grupo musical formado por um casal de crianças, Tob e Simony (que iniciou a carreira aos 3 anos, quando começou a cantar no programa de Raul Gil), mas logo recebeu reforço de dois filhos de celebridades: Jairzinho, filho do cantor Jair Rodriguez, e Mike, filho de Ronald Biggs, ladrão foragido do Reino Unido que gravou punk rock com os Sex Pistols no Rio de Janeiro. Além do sucesso televisivo, a Turma emplacou hits como “Superfantástico” e “Amigos do Peito”, lembrados até hoje. Da origem despretensiosa na música à explosão televisiva, o quarteto recorda tudo: os ginásios lotados, os hits emblemáticos e como a pressão da fama começou a afetá-los, deixando traumas que perduraram até hoje. Com roteiro de Fernando Ceylão (“Zorra Total”) e Beatriz Monteiro (“Caso Evandro”), a série tem direção-geral de Tatiana Issa (de “Pacto Brutal: O Assassinato de Daniela Perez”).   XUXA – O DOCUMENTÁRIO | GLOBOPLAY   Sem filtros, a série documental recorda a carreira de Xuxa com imagens clássicas e depoimentos de pessoas importantes na trajetória de mais de quatro décadas da eterna rainha dos baixinhos. A produção traz à tona fatos desconhecidos do público e que nem mesmo Xuxa sabia ou lembrava, num trabalho de pesquisa profundo, que contou com a direção geral de Pedro Bial (“Linha Direta”) e que destaca participação das Paquitas, de Marlene Mattos, de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, e até de Marcelo Ribeiro, ex-ator mirim que atuou com a famosa em “Amor Estranho Amor” (1982), filme polêmico que causou até processo judicial. Entre seus próprios depoimentos para o programa, Xuxa relata ter sido vítima de diversos tipos de abusos, desde o moral por Marlene, sua empresária por quase duas décadas, até sexuais – na infância e na carreira de modelo. Ela também fala de seus relacionamentos famosos com Pelé e Ayrton Senna, além do impacto do nascimento da filha Sasha em sua vida.   THE GREAT 3 | LIONSGATE+   Ao contrário de outras produções de época, “The Great” é uma comédia, marcada pelo humor ácido de seu criador, Tony McNamara – indicado ao Oscar pelo Roteiro de “A Favorita” (2018), também focado numa monarca do século 18. A série traz Elle Fanning (“Mulheres do Século 20”) como a imperatriz russa Catarina, que trava uma guerra íntima pelo trono com o marido, o czar Pedro III, vivido por Nicholas Hoult (“X-Men: Fênix Negra”). Os protagonistas retornam com disputas e tensões renovadas, após Catarina inadvertidamente assassinar o sósia de Pedro, Pugachev (também interpretado por Hoult). Este incidente coloca um dilema no casamento de Catarina e Pedro e resulta em momentos cômicos e absurdos de aconselhamento matrimonial do século XVIII. As tramas secundárias apresentam duelos até a morte entre meninos de 11 anos e cavalos que se recusam a copular e produzir um “super cavalo europeu”. Além disso, a 3ª temporada explora novas narrativas, com mudanças de poder intrigantes e conflitos interpessoais intensos. Destaca-se o conflito entre Georgina (Charity Wakefield) e Marial (Phoebe Fox) numa reprodução da dinâmica de “A Favorita”, para definir qual delas é a conselheira mais próxima da imperatriz, causando disputas físicas entre as duas mulheres. A chegada do Rei Hugo (Freddie Fox) e da Rainha Agnes (Grace Molony) à corte, fugindo de uma tentativa bem-sucedida de derrubar seu reinado na Suécia, também agita o reino. Mas é a morte inesperada de um personagem relevante que finalmente envia todos os personagens ao caos.   FUNDAÇÃO 2 | APPLE TV+   A ambiciosa série sci-fi baseada na franquia literária de Isaac Asimov retorna para encenar a guerra com o Império Galáctico. A trama clássica dos livros “Fundação” (1951), “Fundação e Império” (1952) e “Segunda Fundação” (1953) são considerados a mais importante trilogia literária da sci-fi. Na trama, o matemático Hari Seldon desenvolve uma fórmula que prevê que os dias do Império estão contatos. Ele descobre que a atual forma de governo vai entrar em colapso e mergulhar a humanidade numa era de trevas, na qual todo o conhecimento será perdido e o homem voltará à barbárie. A descoberta o transforma em inimigo do Império e também origina um grupo conhecido como A Fundação, criado para preservar o conhecimento humano do inevitável apocalipse. Ao se distanciar do material fonte no final da 1ª temporada, os roteiristas David S. Goyer (de “Batman: O Cavaleiro das Trevas”) e Josh Friedman (de “Avatar: O Caminho da Água”) prepararam uma trama original e complexa para o segundo ano, que se passa mais de um século após os eventos anteriores, com a tensão se espalhando por toda a galáxia. A trama acompanha Hari (Jared Harris), Gaal (Lou Llobell), Salvor (Leah Harvey), e os Cleons (interpretados por Lee Pace, Terrence Mann, e Cassian Bilton), que enfrentam a reviravolta de serem clones geneticamente únicos – e não idênticos a Cleon I, como se pensava. Com esta descoberta, a rainha Sareth (Ella-Rae Smith) busca vingança e planeja destruir o Império por dentro. Enquanto isso, a Fundação entra em sua fase religiosa, disseminando a Igreja de Seldon em todo o Alcance Exterior e incitando a Segunda Crise: a guerra com o Império. Para completar, a série deverá abordar o desenvolvimento da “Segunda Fundação”, com a Fundação agora se expandindo para sete ou oito mundos e enfrentando a ameaça total do Império. O elenco destaca Jared Harris (“Chernobyl”) como Hari Seldon, Lee Pace (“Capitã Marvel”) como o imperador Brother Day e Lou Llobell (“Voyagers”) no papel da pioneira da Fundação Gaal Dornick – além de Terrence Mann (“Sense8”), Alfred Enoch (“How to Get Away with Murder”), Leah Harvey (minissérie “Les Misérables”), Laura Birn (“Caçada Mortal”), Mido Hamada (“Counterpart”), Geoffrey Cantor (“Demolidor”), Ella-Rae Smith (“Into the Badlands”) e Daniel MacPherson (“Strike Back”).   CÍRCULO FECHADO | HBO MAX   Dirigida pelo cineasta Steven Soderbergh e escrita por Ed Solomon, que anteriormente colaboraram em “Mosaic”, a minissérie de suspense envolve uma história de conflito de classes e de famílias, imigração e segredos longamente guardados, todos vistos de três pontos de vista distintos e interconectados por um sequestro. O primeiro desses pontos de vista é da misteriosa e supersticiosa chefona do crime Sra. Mahabir (CCH Pounder, de “Avatar: O Caminho da Água”), que acredita que um crime deve ser cometido para restaurar o equilíbrio em sua família após a perda de um ente querido. Seu sobrinho audacioso e ambicioso, Aked (Jharrel Jerome, de “Moonlight”), é encarregado de realizar o ato, com a ajuda dos adolescentes Louis (Gerald Jones) e Xavier (Sheyi Cole, de Um Natal Entre Nós”), recém-chegados da Guiana. No outro extremo do espectro, estão Derek (Timothy Olyphant, de “Justified”) e Sam (Claire Danes, de “Homeland”), um casal rico que mora em um apartamento espaçoso em Nova York e trabalha no império midiático do pai de Sam, o famoso chef de cozinha “Chef Jeff” (Dennis Quaid, de Quatro Vidas de um Cachorro”). O último elemento do triângulo é representado por uma inspetora chamada Melody Harmony (Zazie Beetz, de “Coringa”), uma detetive extremamente inteligente com transtorno de personalidade limítrofe, e seu chefe desleixado e cínico, Manny Broward (Jim Gaffigan, de “Peter Pan”). Quando o sequestro dá errado e desencadeia uma série de eventos, incluindo revelações de crimes cometidos há 20 anos, é a dupla de inspetores que assume a liderança na investigação. Com uma narrativa rica e performances estelares, a série é uma grata surpresa, que junta pontas aparentemente desconexas numa trama complexa e envolvente.   O VERÃO QUE MUDOU MINHA VIDA 2 | AMAZON PRIME VIDEO   Depois de acompanhar Belly (Lola Tung) e seus dilemas amorosos entre os irmãos Conrad (Christopher Briney) e Jeremiah (Gavin Casalegno), em meio às mudanças da puberdade aos 15 anos, os novos episódios lidam com as consequências de sua dúvida. Ao final dos episódios passados, apesar de estar aparentemente comprometida com Jeremiah, ela acaba beijando Conrad. Agora, com os irmãos brigando por sua causa e o retorno do câncer de Susannah (Rachel Blanchard), a volta de Belly a Cousins Beach encontra um verão mais sombrio. E quando até o futuro da amada casa de Susannah é colocado em jogo, ela busca convencer a todos a deixarem as picuinhas de lado para reunir a gangue e salvar suas amizades. Vale lembrar que a história de “O Verão que Mudou Minha Vida” faz parte de uma trilogia literária de Jenny Han – que é mais conhecida como autora de outra trilogia: “Para Todos os Garotos”, adaptada com sucesso na Netflix. Os novos episódios sãos baseados em “Sem Você Não É Verão”, o segundo livro da saga. O novo ano segue com Jenny Han como showrunner ao lado de Sarah Kucserka (“Alta Fidelidade”).   | OS PROTETORES | STAR+   A comédia argentina acompanha um trio de empresários que resolvem se unir para agenciar a carreira de grandes craques de futebol, como Lionel Messi, que faz sua estreia como ator na produção. O problema é que o negócio dá tão certo que gera inimigos no ramo. E logo eles são vítimas de uma ataque hacker que faz com que percam todos os seus clientes. Assim, os personagens vividos por Adrián Suar (“O Futebol ou Eu”), Andrés Parra (“El Presidente”) e Gustavo Bermúdez (“El Host”) precisam correr para limpar seus nomes, recuperar os clientes e até evitar atentados fatais. A série é uma criação do cineasta Marcos Carnevale (“Inseparáveis”) e já se encontra renovada para a 2ª temporada.   EAST NEW YORK | HBO MAX   A série policial criada pelos especialistas William Finkelstein (“Law & Order”) e Mike Flynn (“Power Book III: Raising Kanan”) traz Amanda Warren (“The Purge”) como a inspetora negra Regina Haywood. Promovida a nova chefe do 74º Distrito do Leste de Nova York, ela resolve promover mudanças na polícia para enfrentar a agitação social e os primeiros sinais de gentrificação no local, um bairro de classe trabalhadora na periferia do Brooklyn. Com laços familiares com a área, Haywood pretende implantar métodos criativos para proteger sua amada comunidade com a ajuda de seus oficiais e detetives. Mas, antes disso, ela tem o desafio de conquistar os policiais, tanto os céticos em relação à sua promoção quando os que resistem às mudanças que ela está desesperada para fazer. Apesar de críticas positivas, a atração foi cancelada em maio, ao final da 1ª temporada, mas deixou sua história completa. Além de Warren, o elenco inclui Jimmy Smits (“Sons of Anarchy”), Ruben Santiago-Hudson (“Relações Perigosas”), Kevin Rankin (“Unforgettable”), Richard Kind (“Big Mouth”), Elizabeth Rodriguez (“Shameless”), Lavel Schley (“O Pior Vizinho do Mundo”) e Olivia Luccardi (“Candy Land”).   ZUM 100: BUCKET LIST OF THE DEAD | NETFLIX   Adaptação do popular mangá de Haro Asô, autor de “Alice in Borderland”, a história segue Akira Tendō, um jovem de 24 anos que, preso em um emprego corporativo desgastante no Japão, se vê subitamente imerso no apocalipse zumbi. A perspectiva aterrorizante, no entanto, traz um alívio surpreendente para Akira – ele nunca mais precisará trabalhar novamente. Este evento cataclísmico acaba se tornando o catalisador para Akira voltar a...

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    10 Filmes: O novo Bird Box e as principais estreias do streaming

    14 de julho de 2023 /

    Filmes de terror marcam a programação de estreias para ver em casa nesta semana, com o lançamento do derivado espanhol de “Bird Box” na Netflix e mais dois títulos elogiados – e inéditos – nas locadoras digitais. A relação de destaques ainda inclui a superprodução “Babilônia”, dramas indies e europeus, além de dois documentários – um de rock e outro brasileiro. Confira abaixo a curadoria do Top 10.   BIRD BOX BARCELONA | NETFLIX   Derivado do sucesso apocalíptico “Bird Box”, estrelado por Sandra Bullock em 2018, o filme é uma história paralela, passada em Barcelona e com um elenco espanhol. A trama acompanha a proliferação de casos de loucura e suicídio pela Europa, concentrando-se num grupo de sobreviventes na cidade do título, que tentam escapar ao caos cobrindo os olhos com vendas, para não ser influenciado pela ameaça que ninguém pode ver. O detalhe é que um grupo de fanáticos faz questão que todos vejam as criaturas enlouquecedoras. O elenco conta com alguns astros conhecidos dos filmes de Pedro Almodóvar, como Lola Dueñas (“Abraços Partidos”), Michelle Jenner (“Julieta”) e o argentino Leonardo Sbaraglia (“Dor e Gloria”), além de Diego Calva (“Aceleradas”), Mario Casas (“As Bruxas de Zugarramurdi”), Alejandra Howard (“Fátima: A História de um Milagre”), Patrick Criado (“Antidisturbios”), Celia Freijeiro (“Uma Visão Diferente”), Gonzalo de Castro (“Sob Suspeita”), a inglesa Georgina Campbell (“Krypton”) e a menina alemã Naila Schuberth (“Blackout”). Roteiro e direção estão a cargo dos irmãos Álex e David Pastor, responsáveis pelo bom thriller apocalíptico “Virus”, pelas séries “Incorporated” e “The Head: Mistério na Antártida”, além do suspense “A Casa” na própria Netflix. Mas a crítica internacional achou o trabalho apenas mediano.   PISCINA INFINITA | VOD*   O novo horror de Brandon Cronenberg (“Possessor”), filho do mestre David Cronenberg (“Crimes of the Future”), passa-se num resort tropical de luxo, onde James, um escritor com bloqueio criativo (Alexander Skarsgård, de “Succession”), e sua esposa rica (Cleopatra Coleman, de “Dopesick”) tiram férias ao estilo “The White Lotus”. No entanto, a suposta tranquilidade do paraíso rapidamente desmorona quando eles são convidados por outro casal, que inclui a fã sedutora do escritor, Gabi (Mia Goth, de “Pearl”), para explorar o lado mais sombrio do país tropical. Enquanto Skarsgård apresenta uma performance cativante ao revelar instintos ferais e masoquistas, é Goth quem mantém o público na ponta dos pés com sua energia arrebatadora, alternando entre sutileza e histeria de maneira espetacular. Um acidente de carro resultante de uma noite de bebedeira coloca o protagonista em um dilema de vida ou morte, levando a trama a um rumo bizarro, com a revelação de um sistema de justiça peculiar que permite aos turistas ricos testemunhar e experimentar a sua própria morte por meio de clones. Cronenberg, seguindo os passos de seu pai, constrói uma trama que vai além do simples terror, com uma narrativa marcada pela paranoia e a sátira da elite, inspirado nos clássicos surrealistas do mestre Luis Buñuel. A visão distorcida de luxo, orgias e hedonismo, bem como o conflito entre a riqueza e a pobreza, são capturados de forma habilidosa e visceral, dando ao filme um toque de humor negro. A despeito do clima pesado e das situações perturbadoras, a narrativa é frequentemente permeada por momentos de comédia e mudanças súbitas de tom. Embora o filme seja instigante e assustador em sua maneira macabra e provocativa, também oferece uma profundidade de caracterização raramente encontrada em filmes de horror mais convencionais.   EIGHT FOR SILVER | VOD*   O terror gótico estrelado por Boyd Holbrook (“Logan”) e Kelly Reilly (“Yellowstone”) faz uma releitura da lenda do lobisomem. A trama se passa numa propriedade rural remota do final do século 19, que começa a sofrer ataques sobrenaturais. Após aldeões espalharem rumores sobre uma maldição, o patologista John McBride (Holbrook), que perdeu a família para um surto semelhante anos antes, chega para investigar o caso que envolve a aristocrática família Laurent. A narrativa envolve um grupo de capangas contratado pela família Laurent para exterminar um acampamento de ciganos em suas terras, o que provoca uma maldição que se manifesta através de transformações em lobisomens. Paralelamente, a comunidade enfrenta uma epidemia de cólera e desafios criados pela separação das classes. Com isso, a trama oferece uma visão única das lendas de lobisomens, misturando momentos de horror com contexto social e cultural. Também conhecido como “The Cursed”, o filme escrito e dirigido por Sean Ellis (“Operação Anthropoid”) foi exibido nos festivais de Sundance e Sitges, e atingiu 76% de aprovação no site Rotten Tomatoes (alta para terror).   BABILÔNIA | PARAMOUNT+   Grande extravagância do diretor Damien Chazelle (“La La Land”), o filme é uma recriação da Era de Ouro da indústria cinematográfica americana, durante a transição do cinema mudo para o falado, como muito sexo, drogas e jazz. A maioria dos personagens é fictícia, mas inspirada em pessoas reais. Depois de viver Sharon Tate em “Era uma Vez… em Hollywood”, Margot Robbie interpreta uma versão cocainômana de Clara Bow, símbolo sexual dos anos 1920, Já o personagem de Brad Pitt (que venceu o Oscar por “Era uma Vez em… Hollywood”) é baseado em grandes atores do período, como John Gilbert, que teve dificuldades de se adaptar às mudanças tecnológicas trazidas pela sonorização. A encenação é exageradíssima, tudo é histérico, mas não faltam os que adoram justamente esse aspecto da produção. Por sinal, mesmo com críticas negativas (56% de aprovação no Rotten Tomatoes), o filme venceu 40 prêmios por sua realização técnica e foi indicado a três Oscars. Além de Pitt e Robbie, o elenco estelar inclui Diego Calva (“Narcos: México”), Tobey Maguire (“Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”), Samara Weaving (“Casamento Sangrento”), Olivia Wilde (“O Caso Richard Jewell”), Jovan Adepo (“Watchmen”), Li Jun Li (“Evil”), Jean Smart (“Hacks”), P.J. Byrne (“The Boys”), Lukas Haas (“O Regresso”), Olivia Hamilton (“La La Land”), Max Minghella (“The Handmaid’s Tale”), Rory Scovel (“Physical”), Katherine Waterston (“Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore”), Eric Roberts (“Vício Inerente”), Ethan Suplee (“Dog – A Aventura de Uma Vida”), Phoebe Tonkin (“The Originals”), Jeff Garlin (“Curb Your Enthusiasm”) e o baixista Flea (“Queen & Slim”), da banda Red Hot Chili Peppers.   SEM ALTERNATIVA | VOD*   O drama de William Dickerson (“Detour”) é uma adaptação do romance de estreia do próprio diretor, lançado em 2012 e inspirado em sua própria vida, incluindo a luta de sua irmã contra a doença mental e o vício, que culminou em seu suicídio em 2014. Ambientada num subúrbio de classe alta de Nova York, a obra retrata a adolescência de dois irmãos durante o auge do grunge, pouco depois da morte de Kurt Cobain em 1994. Thomas e Bridget Harrison, interpretados pelos novatos Conor Proft e Michaela Cavazos, são filhos de um juiz conservador envolvido em escândalos (Harry Hamlin, de “As Bruxas Mayfair”). Thomas é o baterista de uma banda pop punk e Bridget usa o rap para expressar sua insatisfação com o mundo. Ao mesmo tempo em que Thomas se concentra em sua banda e na ansiedade pela resposta de sua candidatura à universidade, Bridget lida com o equilíbrio delicado entre antidepressivos e um crescente alcoolismo. Ambos encontram na música um meio de expressão e uma fuga de suas realidades. Bridget logo adota o nome artístico de Bri Da B e começa a ganhar destaque no cenário do hip-hop local, enquanto Thomas aspira transformar sua banda no “novo Nirvana”. A obra se destaca por sua abordagem autêntica e profundamente sentida da adolescência, trazendo uma perspectiva sincera sobre as dificuldades de crescer em meio à turbulência da doença mental e as mudanças na cena musical da época.   STARS AT NOON | VOD*   Dirigido pela aclamada cineasta francesa Claire Denis (“High Life”), o drama ambientado na Nicarágua contemporânea acompanha a história de Trish, uma jornalista americana interpretada por Margaret Qualley (“Maid”). Chegando ao país com grandes ambições profissionais, ela rapidamente se vê em um modo de sobrevivência, tendo suas esperanças e recursos financeiros desgastados ao longo do tempo. Inicialmente movida por um idealismo juvenil, ela agora flutua entre bares e camas aleatórias, buscando manter-se em um país turbulento. Sua vida toma um rumo diferente quando conhece Daniel (interpretado por Joe Alwyn, de “Duas Rainhas”), um inglês misterioso que afirma trabalhar para uma empresa de petróleo. O que se inicia como uma atração superficial pela disponibilidade financeira de Daniel, rapidamente se transforma em uma intensa paixão, conduzindo a trama por uma paisagem de motéis baratos e paredes suadas, em meio ao tumulto social da Nicarágua. Mas as tensões políticas e conflitos que se desenrolam ao redor do casal são ofuscados por seus encontros intensos. Com uma performance mercurial de Qualley e Alwyn, “Stars at Noon” oferece uma representação poderosa de corpos entrelaçados, desconforto cultural e lutas por sobrevivência. Baseada no romance homônimo de 1986 de Denis Johnson, a narrativa não convencional apresenta uma abordagem honesta à experiência do expatriado, que é, ao mesmo tempo, fascinante e inquietante.   TRÊS MULHERES – UMA ESPERANÇA| VOD*   Inspirado em eventos reais, o drama europeu é ambientado nos últimos dias da 2ª Guerra Mundial, após um trem carregado de prisioneiros judeus ser abandonado por soldados nazistas em fuga das tropas soviéticas. Interceptados pelos comunistas, os passageiros famintos e doentes encontram refúgio numa pequena aldeia alemã sob controle do Exército Vermelho. A protagonista do filme, Simone (Hanna van Vliet, de “Anne+: O Filme”), é instruída pela líder comunista Vera (Eugénie Anselin, de “Nós Duas”) a morar na casa de uma órfã chamada Winnie (Anna Bachmann, de “Loverboy”), que teve os pais assassinados durante a invasão. A situação é complicada pela epidemia de tifo que os soviéticos tentam controlar. Enfrentando circunstâncias difíceis, as três mulheres acabam unindo seus destinos, enquanto cada uma enfrenta suas próprias injustiças e tormentos. Roteiro e direção são da holandesa Saskia Diesing (“Nena”).   A SALA DOS PROFESSORES | FILMICCA   O longa-metragem de estreia da diretora croata Sonja Tarokić centra-se na vida de Anamarija, uma conselheira escolar trintona interpretada por Marina Redžepović (“Batalha dos Zumbis”) em seu primeiro papel principal num grande filme. Ao começar seu trabalho numa escola primária de Zagreb, ela enfrenta uma série de desafios enquanto tenta ajudar seus alunos e lida com a dinâmica complicada da instituição. Anamarija confronta inúmeros problemas, desde um aluno problemático que luta contra a dinâmica familiar até a oposição que enfrenta de Vedrana (Nives Ivanković), a diretora da escola. No entanto, o conflito central se dá com Siniša (Stojan Matavulj), um professor de História excêntrico e paranoico que prefere evitar o convívio com os demais colegas de trabalho. Este insistente clima de caos e tensão na escola leva Anamarija a perceber que, para sobreviver neste ambiente, precisará sacrificar sua própria integridade. Apesar das múltiplas tramas e subtramas, o longa se concentra em grande parte na escola, com apenas alguns desvios para um passeio e algumas cenas na casa de Anamarija. Tarokić adota uma abordagem à la Robert Altman, criando uma mise-en-scène complexa, executada com excelência, que se desenvolve em um murmúrio incessante de vozes de adultos e crianças. A estratégia é de proporcionar, com atraso, informações sobre eventos chave que ocorrem frequentemente fora de cena, reforçando a sensação de caos mal controlado. Embora a obra seja dominada por vermelhos e brancos, a performance arrebatadora de Matavulj como o professor de História e a manipulação deliciosa de Ivanković como a diretora aparentemente ignorante são as características que adicionam tensão e tempero ao filme.   SIRENS | FILMICCA   A obra da diretora marroquino-americana Rita Baghdadi mergulha na vida das integrantes da banda de thrash metal Slave to Sirens, formada nos arredores de Beirute, Líbano. A banda, composta por cinco mulheres, é conduzida por suas fundadoras, Lilas Mayassi e Shery Bechara, que além de serem musicistas talentosas, enfrentam o desafio de se expressarem através de um gênero musical que não é exatamente popular em sua região. A narrativa é centrada em Lilas, uma guitarrista obstinada e apaixonada que mantém em segredo seu interesse por garotas. Lilas e Shery não apenas compartilham uma química musical intensa, mas também um passado complicado....

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    “Missão: Impossível 7” é a grande estreia da semana nos cinemas

    13 de julho de 2023 /

    Um dos filmes mais esperados do ano, “Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1” começa a ser exibido em 1,3 mil salas nesta quinta (13/7), acompanhado de elogios rasgados da crítica internacional e enorme expectativa do público. Tom Cruise fará o impossível ocupando mais de um terço do circuito brasileiro. Apesar disso, duas fantasias românticas também terão lançamento amplo: “O Portal Secreto”, com distribuição em mais de 300 telas, e a produção brasileira “Perdida”, que chega em 500. Confira a seguir todas as estreias da semana no cinema.   MISSÃO: IMPOSSÍVEL – ACERTO DE CONTAS PARTE 1   Tom Cruise volta a impressionar os fãs de cinema no papel de Ethan Hunt, o agente incansável da MIF (Força Missão Impossível), que desta vez enfrenta um inimigo conhecido como a Entidade, um programa de inteligência artificial prestes a ganhar consciência e ameaçar a existência do mundo. Ao lado do protagonista, um elenco de apoio composto por Rebecca Ferguson, Ving Rhames, Simon Pegg, Vanessa Kirby e a nova adição, Hayley Atwell (a “Agente Carter”), junta-se para combater esta ameaça iminente. A trama em si é mera desculpa para um impressionante desfile de cenas vertiginosas passadas num cenário global, que vão desde o deserto árabe até a capital italiana, sem esquecer os abismos da Noruega, enquanto Ethan e sua equipe envolvem-se em perseguições frenéticas de carros, saltos de paraquedas de tirar o fôlego e lutas em cima de um trem em disparada. A dedicação de Cruise e sua insistência em realizar suas próprias cenas de ação se traduzem em sequências que justificam o nome de “Missão: Impossível” – e que são uma característica definidora da franquia. Mas desta vez o filme não é apenas um festival de ação, pois também explora a paranoia mundial em torno da recente ascensão da inteligência artificial. Unanimidade entre a crítica, com 98% de aprovação no Rotten Tomatoes, o filme também tem um desfecho trágico para os fãs da franquia, enquanto prepara o terreno para o que está por vir no próximo capítulo da saga.   O PORTAL SECRETO   A nova fantasia ao estilo “Harry Potter” é uma adaptação do romance de Tom Holt e se desenrola em JW Wells & Co, uma venerável corporação mágica londrina, responsável por orquestrar todos os incidentes diários de coincidência e imprevistos que ocorrem na vida urbana. Inicialmente, o recém-chegado estagiário Paul Carpenter (Patrick Gibson, de “Sombra e Ossos”) desconhece completamente a verdadeira função da empresa quando aceita o emprego. Diferente de sua colega novata Sophie (Sophie Wilde, de “Eden”), que possui habilidades empáticas, ele parece não ter talentos notáveis. Por isso, se sente aliviado quando o CEO da empresa (Christoph Waltz, de “Django Livre”) o encarrega de encontrar uma porta mágica que desapareceu em algum lugar da empresa. Mas, nessa busca, ele se vê constantemente surpreendido por essa espécie de Hogwarts corporativa, repleta de regras arbitrárias e objetos misteriosos. Dirigido pelo experiente diretor de TV Jeffrey Walker (“H2O: Meninas Sereias”) e co-produzido pela Jim Henson Company (produtora dos “Muppets”), o filme também destaca em seu elenco o veterano Sam Neill (“Jurassic Park”) como um gerente impiedoso, que têm planos diferentes para o futuro do mundo. Com elementos de fantasia e comédia, “A Porta Portátil” também apresenta um toque de sátira e brinca com a ideia da porta capaz de conduzir à diferentes dimensões. No entanto, a história central gira em torno dos protagonistas e de seu envolvimento romântico, tornando o filme uma raridade dentro do cinema comercial familiar.   PERDIDA   Giovanna Grigio (“Rebelde”) estrela a adaptação do livro de Carina Rissi, que conta uma fantasia romântica com viagem no tempo. Na trama, Sofia (Grigio) é uma jovem moderna apaixonada por obras antigas, como os clássicos de Jane Austen. Ao tentar convencer uma editora a investir no nicho, ela acaba se frustrando com o pedido negado. Logo em seguida, a personagem é transportada para um mundo semelhante ao dos livros que tanto gosta, ambientados no século 19. Completamente perdida, Sofia conta com a ajuda do encantador Ian Clarke (Bruno Montaleone, de “Verdades Secretas”) para resolver o mistério por trás de sua chegada naquele lugar – enquanto vive seu próprio romance de época. Primeiro longa dirigido por Katherine Chediak Putnam e Dean Law (do curta “Inferno”), o elenco ainda conta com Nathália Falcão (“Desalma”), Bia Arantes (“Órfãos da Terra”), Sérgio Malheiros (“Um Natal Cheio de Graça”), Hélio de la Peña (“Conversa Piada”) e Luciana Paes (“Galeria Futuro”).   A NOITE DO DIA 12   O thriller vencedor de seis prêmio César (o Oscar da França), incluindo Melhor Filme francês do ano, é a investigação de um crime real: o assassinato de Clara, uma estudante de 21 anos (interpretada por Lulu Cotton-Frapier, de “Instituto Voltaire”), que é morta de forma brutal no interior do país. Após sair da casa de sua melhor amiga em uma festa do pijama, ela decide voltar para casa sozinha às 3 da manhã, sendo atacada por uma figura encapuzada que a queima viva. O caso é entregue à polícia de Grenoble, liderada pelo recém-promovido Capitão Yohan Vivès (Bastien Bouillon, de “A Garota Radiante”), um jovem reservado e de comportamento neutro, que tem como parceiro o veterano Marceau (interpretado por Bouli Lanners, de “Adeus, Idiotas”) de temperamento explosivo. Ao longo da investigação, são apresentados diversos suspeitos, cada um mais sinistro que o outro, mas todos acabam descartados por serem óbvios demais, mantendo a audiência sempre na expectativa de uma solução. A obra do cineasta Dominik Moll (“Eden”) utiliza a narrativa não apenas para solucionar o mistério, mas também para explorar as dinâmicas e hipocrisias existentes dentro da própria força policial. O filme sugere que o assassinato de Clara, além de uma tragédia pessoal, é um reflexo das dinâmicas sociais e do sexismo. Embora a investigação seja o foco central, as ambiguidades e o clima sombrio da história refletem a realidade crua, afastando-se das convenções típicas das histórias de crime.   HERÓI DE SANGUE   O drama de guerra explora a história não muito difundida dos Tirailleurs Senegaleses – regimentos de africanos colonizados que foram forçados a servir no exército francês durante a 1ª Guerra Mundial. Dirigido por Mathieu Vadepied (“La Vie en Grand”), acompanha um pai (interpretado por Omar Sy, de “Lupin”) que voluntariamente se alista para proteger seu filho (interpretado por Alassane Diong, de “O Rei das Sombras”), no auge da sangrenta Batalha de Verdun. Bakary, um pacífico pastor em Senegal, se vê no meio da guerra quando seu filho de 17 anos é recrutado pelo exército francês. Para salvaguardar a vida de Thierno, Bakary também se alista, levando a dupla para as trincheiras da 1ª Guerra Mundial. O tenente francês branco, Chambreau (interpretado por Jonas Bloquet, de “1899”), nomeia Thierno como cabo após um ato heroico na batalha, colocando-o numa posição curiosa, comandando um esquadrão que também inclui seu próprio pai. Enquanto isso, Bakary faz todo o possível para ambos escaparem. Além da representação visceral do campo de batalha, o filme apresenta momentos intensos de conflito entre duas gerações, simbolizados pelas visões contrastantes de Bakary e Thierno. Enquanto Bakary sonha em retornar ao Senegal e retomar sua vida pacífica como pastor de gado, Thierno começa a vislumbrar a possibilidade de construir uma nova vida na França. Ao mesmo tempo, o filme destaca-se pela maneira como toca em temas de colonialismo e imperialismo durante a guerra.   LUZ NOS TRÓPICOS   A cineasta franco-colombiana Paula Gaitán (“Exilados do Vulcão”) conta 4 horas de histórias paralelas, separadas por 150 anos no Tempo, num mesmo espaço fluvial. O filme se desdobra em torno da jornada de um jovem indígena, interpretado por Begê Muniz, que parte em busca de sua ancestralidade Kuikuro, numa viagem pelo Parque do Xingu até as águas do Pantanal. Esta narrativa é entrelaçada com cenas que retratam a rotina de colonizadores franceses e portugueses explorando a floresta amazônica, que oferecem perspectivas contrastantes em idiomas português, francês, kuikuro e outros. Gaitán é conhecida por sua habilidade em mesclar registros documentais e ficcionais. “Luz nos Trópicos” convida o espectador para uma jornada de metamorfoses, apresentando uma mistura de imagens de arquivos, película, Super 8, 16mm, documentação dialógica, experimentação pictórica e rítmica, cinema de fluxo e cortes rápidos. E inclui até uma performance musical de batuques liderada por Arrigo Barnabé, que interpreta um dos estrangeiros da trama. Reconhecido em vários festivais de cinema, o longa longuíssimo foi exibido na 70ª edição do Festival de Berlim e venceu o 9º Olhar de Cinema, mostra de cinema independente de Curitiba.

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    10 Séries: Produções brasileiras dominam programação da semana

    7 de julho de 2023 /

    Metade da lista de séries da primeira semana de julho é formada por produções brasileiras, voltadas ao público adolescente e infantil, com destaque para “De Volta aos 15”, a atração de Maisa na Netflix. Entre as opções para adultos, contam-se a volta de “O Poder e a Lei”, também na Netflix, e a estreia de “Os Horrores de Dolores Rouch”, na Prime Video. Confira abaixo a seleção com os 10 títulos novos que mais chamam atenção na programação semanal de streaming.   | DE VOLTA AOS 15 | NETFLIX   A série estrelada por Maisa e Camila Queiroz é uma espécie de “De Repente 30” às avessas. Adaptação do livro homônimo de Bruna Vieira, a trama gira em torno de Anita, que num momento de crise com a vida adulta deseja poder mudar várias decisões do passado para ter uma vida melhor. Assim, de uma hora para outra, ela se vê de volta à época em que tinha 15 anos de idade. E rapidamente decide mudar algumas coisas do passado para melhorar sua vida e de seus amigos, geralmente com resultados desastrosos no presente. A 2ª temporada introduz uma reviravolta: um novo viajante no tempo. Além de Anita (Camila Queiroz/Maisa), agora Joel (Antonio Carrara/Gabriel Stauffer) também consegue voltar ao passado. Tudo acontece aquando Anita de 30 anos resolve voltar novamente aos 15 para tentar consertar a vida da irmã, Luiza (Amanda Azevedo/Mariana Rios). Contudo, Joel consegue acessar a conta da amiga no Floguinho e, assim, também se torna um viajante no tempo. Só que sua presença altera os fatos do passado e acaba com todas as mudanças positivas feitas por Anita.   | A VIDA PELA FRENTE – PARTE 2 | GLOBOPLAY   A Globoplay estreia a Parte 2, com os episódios finais dessa representação intensa da adolescência no final dos anos 1990 no Rio de Janeiro. A nova série brasileira acompanha a jornada de Liz (interpretada por Nina Tomsic), uma estudante do ensino médio que se muda para uma escola de elite e é absorvida por um grupo diversificado de amigos. Tal como em “Elite”, a história é impulsionada por uma tragédia – a morte de uma das amigas do grupo, Beta (Flora Camolese) – e a incerteza sobre se foi um acidente ou suicídio. O enredo mistura flashbacks e momentos atuais para explorar as circunstâncias em torno da morte de Beta e o impacto em todos os envolvidos, um dispositivo narrativo também usado em “Elite”. A série também não foge de cenas fortes e sem censura, apresentando o consumo de drogas e a energia sexual dos jovens de forma bastante direta. Mas tem sua própria identidade, graças ao fato de ser inspirada pelas vivências das criadoras e amigas de infância Leandra Leal, Rita Toledo e Carol Benjamin, que narram as angústias que experimentaram às vésperas do bug do milênio. A trilha sonora, composta por sucessos das décadas de 1990 e 2000, contribui para o tom nostálgico. A produção combina um misto de jovens talentos e veteranos consagrados, como Ângelo Antônio, Stella Rabello, Gustavo Vaz, e a própria Leandra Leal, e foi lançada em dois blocos de cinco episódios, com o segundo lançado na quinta (6/7).   | O PODER E A LEI 2 | NETFLIX   Baseada na franquia literária “The Lincoln Lawyer” de Michael Connelly, a série acompanha o advogado Mickey Haller (Manuel Garcia-Rulfo), que nos novos episódios vai misturar sua vida romântica com o trabalho para defender um interesse amoroso na Justiça. A atriz Lana Parilla, conhecida por viver a Rainha Má na série de fantasia “Once Upon A Time”, é quem rouba o coração do protagonista. No trama, ela interpreta Lisa Trammell, uma chef de cozinha querida pela comunidade que ajuda os necessitados, mas que acaba sendo presa e acusada de assassinar um banqueiro explorador. Esta não é a primeira vez que o personagem de Connelly chega às telas. Anteriormente, a obra foi adaptada no filme “O Poder e a Lei” (2011), estrelado por Matthew McConaughey. Para não repetir a história apresentada no longa, a série teve como ponto de partida o segundo livro da franquia literária, “O Veredicto de Chumbo”. Já a 2ª temporada vai pular o terceiro volume para adaptar o quarto livro, “A Quinta Testemunha”. A produção é de David E. Kelley, o prolífico produtor-roteirista que criou “Big Little Lies”, “The Undoing”, “Big Sky” e “Nove Desconhecidos”, entre muitas outras séries. Seu parceiro no projeto é o co-roteirista e showrunner Ted Humphrey (“The Good Wife”). Além de Manuel Garcia-Rulfo (“O Pior Vizinho do Mundo”) no papel principal, o elenco destaca Neve Campbell (“Pânico”) como a primeira ex-esposa de Mickey, Krista Warner (“Priorities”) como a filha adolescente do ex-casal e Becki Newton (“Ugly Betty”) como a segundo ex-esposa. Um detalhe interessante é que as ex-mulheres também trabalham com Direito e acabam se envolvendo nos casos do advogado, tanto para auxiliar em relação à defesa quanto para enfrentá-lo nas acusações contra seus clientes.   | OS HORRORES DE DOLORES ROACH | AMAZON PRIME VIDEO   A comédia de terror traz Justina Machado (“One Day at a Time”) como a personagem do título, uma mulher recém-liberada da prisão que, após ficar presa injustamente por 16 anos, precisa recomeçar a vida do zero. Ao retornar ao seu bairro, Dolores reencontra um antigo amigo, Luis (Alejandro Hernández), que a acolhe permitindo que trabalhe como massagista no porão de sua loja de empanadas. No entanto, quando Dolores tem sua renda ameaçada, ela é levada a extremos para sobreviver. Criação de Dara Resnik (produtora executiva em “Demolidor”) e Aaron Mark (produziu episódio em “Into the Dark”), a série é baseada num podcast homônimo de sucesso do Spotify, e sua história grotesca envolve até canibalismo.   | CELEBRITY | NETFLIX   O K-drama gira em torno de Seo Ah-ri (interpretada por Park Gyu-young, de “Sweet Home”), uma influenciadora que conquista a fama de maneira quase acidental. Ex-rica, que ficou arruinada devido à falência do negócio do pai, ela ganha a vida vendendo cosméticos baratos de porta em porta. A necessidade de escapar das circunstâncias em que ela e a mãe se encontram a conduz por uma jornada de traição e fama através das redes sociais. No entanto, ao final do primeiro episódio, o verdadeiro gancho da série é revelado e, de repente, todos na abastada rede de influenciadores sociais se revelam como potenciais assassinos. Mesmo que parte dos episódios seja focado em frivolidades, “Celebrity” combina um bom mistério em sua crítica à atual cultura de influencers, obcecada pela fama a qualquer preço.   | VEJO VOCÊ NA PRÓXIMA VIDA | NETFLIX   A comédia romântica sul-coreana é centrada em Ban Ji-eum (interpretada por Shin Hye-sun, de “Inocência”), uma mulher que se lembra de suas vidas passadas e está atualmente vivendo sua 19ª vida. Em sua vida anterior, ela prometeu nunca abandonar Mun Seo-ha (interpretado na versão adulta por Ahn Bo-hyun, de “Undercover”), um amigo próximo que acabou se envolvendo em um trágico acidente. Em sua vida atual, ela está determinada a encontrar Seo-ha e, após muitos anos de busca, finalmente descobre seu paradeiro. A trama se desenrola quando Ban Ji-eum se infiltra na vida de Seo-ha, entrando para trabalhar na mesma empresa que ele e tentando, aos poucos, convencê-lo de sua promessa passada e do vínculo inquebrável que compartilharam. A série, adaptada de uma webtoon de mesmo nome, destaca-se por não complicar sua premissa de reencarnação, tornando-a acessível aos espectadores. A equipe técnica conta com a direção de Lee Na-jeong, que trabalhou em séries conhecidas como “Fight For My Way” e “Love Alarm”, e embora possa cair em território familiar dos dramas românticos coreanos, também tem a oportunidade de explorar novos caminhos enquanto Ji-eum tenta convencer Seo-ha de sua verdadeira identidade.   | USE SUA VOZ | HBO MAX   Projetada para o público infanto-juvenil, a atração é protagonizada pelo grupo musical BFF Girls, formado por Bia Torres, Laura Castro e Giu Nassa na 1ª temporada do “The Voice Kids”. A trama acontece no Colégio Use Sua Voz, onde, após um misterioso apagão nas vésperas das audições do Núcleo Musical da escola, alunos e professores unem-se para descobrir quem está sabotando as apresentações. Apesar do mistério, a série é imbuída de humor e leveza infantil. As personagens interpretadas pelas integrantes do BFF Girls foram inspiradas diretamente nas personalidades das próprias artistas, trazendo autenticidade e proximidade com o público-alvo. Além disso, Bia, Laura e Giu foram essenciais na roteirização da série, contribuindo com suas perspectivas e ideias, principalmente em questões musicais. Este envolvimento na criação reflete na trilha sonora de “Use Sua Voz”, composta por músicas inéditas do grupo, que abordam temas como empoderamento feminino, amizade, diversidade e amor, explorando gêneros como pop, rock, R&B e música eletrônica. Além das protagonistas, o elenco conta com nomes reconhecidos como Robson Nunes (“Auto Posto”), Sérgio Loroza (“Barba, Cabelo e Bigode”), Fafy Siqueira (“Juntos e Enrolados”) e Marianna Armellini (“El Presidente”), além de participações das cantoras MC Soffia e Karin Hils (do Rouge). A direção é de Adolpho Knauth (“O Melhor Verão das Nossas Vidas”).   | MARCELO, MARMELO, MARTELO | PARAMOUNT+   A série infantil é baseada na obra homônima de Ruth Rocha sobre um menino criativo que defende seu jeito próprio de falar, pensar e se vestir. Dirigida por Eduardo Vaisman (“Nada Suspeitos”), a produção acompanha Marcelo e seu estilo peculiar para inventar palavras ao lado de seus três melhores amigos no bairro do Caramelo: Catapimba, o mais rápido jogador de futebol; Teresinha, menina muito organizada; e Gabriela, que é superinteligente e tem o chute mais poderoso do bairro. Vale mencionar que esta é a primeira vez que Ruth Rocha concordou que seus personagens clássicos, criados em 1976, fossem retratados nas telas. Com roteiro de Alice Gomes (“A Última Abolição”) e Thamires S. Gomes (“Tô de Graça”), a série conta com elenco mirim liderado por Enzo Rosetti, Davi Martins, Lara Capuzzo e Rihanna Barbosa. Ao lado deles, atores experientes como Antoniela Canto (“A Pedra da Serpente”), Billy Saga (“The Prisoner’s Dilemma”), Karin Hils (“A Infância de Romeu e Julieta”), Oscar Filho (“Carrossel 2”), Priscila Sol (“Carinha de Anjo”) e Theo Werneck (“O Homem Cordial) dão vida aos personagens adultos. “Marcelo, Marmelo, Martelo” também foi um dos últimos trabalhos da atriz Marcia Manfredini (“A Grande Família”), que faleceu em dezembro de 2022, aos 62 anos.   | ACORDA, CARLO! | NETFLIX   A nova animação do criador do “Irmão do Jorel” acompanha Carlo, garotinho de sete anos que cai em um feitiço e dorme por 22 anos. Quando ele acorda, percebe que tudo mudou, inclusive seus melhores amigos. Enquanto ele continua criança, eles viraram adultos sérios. São também um monstro e uma passarinha. Sem desistir de reconquistar os amigos, ele usa sua positividade, inocência e total desconhecimento dos instintos básicos da vida para inspirá-los a retomar sua juventude e se divertirem junto com ele. A série tem 13 episódios, é dirigida por Juliano Enrico (o criador do “Irmão do Jorel”) e produzida pelo Copa Studio, com Zé Brandão e Vivian Amadio na produção. Os episódios contam com direção de voz de Melissa Garcia e produção musical de Zé Ruivo, que também fazem parte do mesmo time criativo de “Irmão do Jorel”.   | MINHAS AVENTURAS COM SUPERMAN | HBO MAX   A série animada apresenta uma nova abordagem para o personagem icônico da DC. O enredo segue as aventuras do jovem Clark Kent (dublado por Jack Quaid, de “The Boys”) e seus amigos Lois Lane (Alice Lee, de “Zoey e a Sua Fantástica Playlist”) e Jimmy Olsen (Ishmel Sahid, de “Cousins for Life”), enquanto navegam pelo começo de suas carreiras e desafios pessoais. Ao mesmo tempo, Clark também está no início de sua jornada para se tornar o Superman, ainda descobrindo a extensão de seus poderes e como equilibrá-los com sua identidade humana. Na narrativa, Clark acabou de conseguir um estágio no Daily Planet, junto com seu melhor amigo e colega de quarto, Jimmy, onde conhecem a ligeiramente mais experiente estagiária Lois e formam um trio próximo, diferente da dinâmica tradicional de herói/ajudante/interesse...

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    10 Filmes: “Velozes e Furiosos 10” e as estreias em streaming

    7 de julho de 2023 /

    Um dos maiores blockbusters do ano chega nas locadoras digitais, junto com filmes inéditos de terror e uma variedade de títulos em streaming. Confira os 10 principais lançamentos para ver em casa neste fim de semana.   VELOZES E FURIOSOS 10 | VOD*   Maior, mais cheia de famosos e cada vez mais cara, a franquia de ação festeja o exagero e apresenta seu melhor antagonista no 10º filme. Psicopata divertido, comparado até ao Coringa, o vilão vivido por Jason Momoa (o Aquaman) é filho do chefão do 5º longa e foi um dos criminosos (então anônimos) que enfrentaram o time de Dominic Toretto (Vin Diesel) na ponte Rio-Niterói. Em sua vingança, não faltam as inevitáveis cenas de corrida e destruição de veículos de todos os tipos, com os mais diferentes artefatos e de formas sempre criativas. Mas sua performance é o principal efeito visual do filme, que tem um roteiro fraquinho e chama mais atenção pela quantidade de astros em cena. “Velozes e Furiosos 10” reúne uma constelação. Até John Cena e Jason Statham retomam seus papéis – com direito à parceria entre Statham e seu ex-falecido inimigo Sung Kang, insinuada na cena pós-créditos do filme anterior. O elenco destaca, claro, os protagonistas da trilogia inicial: Vin Diesel, Jordana Brewster, Michelle Rodriguez, Tyrese Gibson, Ludacris e Sung Kang. Além de aquisições mais recentes, como Nathalie Emmanuel, Scott Eastwood, Helen Mirren, a vilã favorita Charlize Theron e os citados Cena e Statham. A estes ainda se somam os “novatos” Momoa, Brie Larson (“Capitã Marvel”), Alan Ritchson (“Reacher”), Rita Moreno (das duas versões de “Amor, Sublime Amor”) e Daniela Melchior (“O Esquadrão Suicida”), sem esquecer da participação “secreta” da cena pós-créditos e da figurante de luxo Ludmilla. Quem dirige esses vingadores do cinema de ação é o francês Louis Leterrier (“Truque de Mestre”), que assumiu o comando do longa após o começo da produção – inicialmente prevista para ser dirigida por Justin Lin (“Velozes e Furiosos 9”). Impressionando os executivos da Universal, ele já se garantiu antecipadamente à frente do 11º longa – que pode ou não encerrar a saga da família Toretto em 2025/26.   FRIO NOS OSSOS | HBO MAX   Thriller intenso de invasão domiciliar, o filme de Matthias Hoene (“Cockneys vs. Zombies”) se passa durante uma tempestade em uma fazenda remota, onde uma mãe (Joely Richardson, de “O Amante de Lady Chatterley”), luta de maneira extremamente intensa para proteger sua família. Junto a ela estão sua filha adolescente (Sadie Soverall, de “Fate: A Saga Winx”) e o marido doente, que celebra seu aniversário quando são interrompidos pela chegada inesperada de dois irmãos, Matty (Harry Cadby, de “Red Rose”) e Jack (Neil Linpow, de “Pesadelos Mortais”, que também é o roteirista do filme). A história é inicialmente simples: Matty e Jack, buscando abrigo após um acidente de carro, encontrando ajuda na fazenda isolada. No entanto, a suposta inocência dos irmãos logo dá lugar à tensão quando fica claro que eles estão fugindo da lei. No entanto, a força de Mama não deve ser subestimada, e é aqui que o filme subverte as expectativas típicas do gênero. Richardson oferece uma performance convincente, equilibrando os momentos de ação com sua maternidade calorosa, enquanto a família lida com os invasores cada vez mais ameaçadores. À medida que a tempestade se intensifica, os segredos de cada personagem se desenrolam, criando uma narrativa carregada de emoções complexas e disputas pela sobrevivência.   NOCEBO | VOD*   O terror acompanha Christine (Eva Green, de “Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan”), uma bem-sucedida designer de moda, que vive uma vida aparentemente perfeita com seu marido (Mark Strong, de “Shazam!”) e sua filha. Após um incidente perturbador durante um de seus desfiles, ela passa a sofrer de uma doença misteriosa, não diagnosticada, que a deixa constantemente esgotada e aflita. Sem conseguir ajuda médica, a situação só muda quando uma jovem filipina (Chai Fonacier, de “Born Beautiful”) bate em sua porta, alegando ser a nova babá. Sem lembrar de tê-la contratado, devido à perda de memória que a acomete, Christine se surpreende quando a jovem lhe introduz remédios caseiros que ajudam em sua recuperação. Por outro lado, seu marido mostra-se cético e preocupado com o controle que a desconhecida passa a exercer sobre a esposa. O filme tem a marca de Lorcan Finnegan, cineasta irlandês que vem se destacando no cinema fantástico, principalmente após o sucesso de crítica de “Viveiro” (Vivarium, 2019). O diretor costuma explorar temas complexos e atuais, como o impacto da urbanização desenfreada, os efeitos psicológicos do isolamento e as questões sociais envolvidas na economia globalizada. Seus filmes geralmente são repletos de suspense e mistério, com narrativas que desafiam o público a questionar a realidade apresentada. Em “Nocivo”, seu olhar particular transforma em terror questões de exploração de mão de obra em países pobres, culpa e injustiças sociais, além de abordar conceitos psicológicos, como o efeito nocebo – o oposto do efeito placebo, onde a crença de que algo irá prejudicar a saúde acaba por manifestar sintomas reais de doenças.   | URUBUS | VOD*   O drama impactante leva o espectador a conhecer o universo dos pichadores da periferia, suas motivações e desafios, e reencena a célebre pichação das paredes brancas da Bienal de São Paulo em 2008. A trama gira em torno do líder de um grupo de pichadores que escala os edifícios mais altos para deixar sua marca. Quando o protagonista (vivido pelo estreante Gustavo Garcez) conhece uma estudante de arte (Bella Camero, de “Marighella”), seus mundos colidem resultando na invasão da 28ª Bienal. O feito transforma os jovens invisíveis da periferia em protagonistas de um polêmico debate cultural. Com estética semi-documental vibrante, o primeiro longa de Claudio Borrelli (que apareceu como personagem no documentário “Pichadores”) tem produção do cineasta Fernando Meirelles (“Cidade de Deus”) e venceu vários prêmios internacionais, em festivais nos EUA e Europa, além dos troféus da Crítica e do Público como Melhor Filme da 45ª Mostra de São Paulo.   MEUS SOGROS TÃO PRO CRIME | NETFLIX   A nova comédia traz Adam Devine (“Megarrromântico”) como um gerente de banco que finalmente conhece os pais de sua noiva, mas logo passa a suspeitar que eles são os ladrões que roubaram seu banco durante a semana do casamento. A história mistura humor com ação, remetendo a longas como “Entrando Numa Fria” (2000) e “Vizinhos Espiões” (2016). E conta com uma reviravolta: quando a noiva é raptada por criminosos que exigem o pagamento de US$ 5 milhões para libertá-la, o gerente decide se juntar aos sogros num novo roubo de banco para salvar a amada. O elenco destaca ainda Nina Dobrev (“The Vampire Diaries”) como a noiva, além de Pierce Brosnan (“Mamma Mia: Lá Vamos Nós de Novo!”) e Ellen Barkin (“Animal Kingdom”) como os sogros. A direção é de Tyler Spindel (“A Missy Errada”) e a produção é de ninguém menos que Adam Sandler (“Mistério em Paris”).   ALERTA MÁXIMO | AMAZON PRIME VIDEO   O thriller de ação traz Gerard Butler (“Invasão ao Serviço Secreto”) como um piloto de voo comercial, que se vê forçado a aterrissar seu avião lotado numa zona de guerra por causa de uma terrível tempestade. Mas escapar do desastre é só o começo da história. Em pouco tempo, ele precisa se juntar a um criminoso algemado (Mike Colter, o “Luke Cage”) para salvar seus passageiros, que são aprisionados por guerrilheiros. De forma curiosa, essa história lembra um pouco a premissa de “Eclipse Mortal” (2000), só que sem os elementos de ficção científica. Mas a crítica americana entrou a bordo, considerando o longa melhor que as produções genéricas de ação estreladas pelo ator escocês nos últimos anos – 76% de aprovação no Rotten Tomatoes. Os méritos pertencem ao diretor francês Jean-François Richet, que vem causando boas impressões desde seu clássico “Inimigo Público nº 1” (2008). O sucesso de bilheteria garantiu a produção de uma continuação.   SEMPRE EM FRENTE | HBO MAX   Primeiro filme de Joaquin Phoenix após vencer o Oscar por “Coringa”, o drama em preto e branco traz o ator como um documentarista que pretende entrevistar crianças sobre a situação do mundo. Nesse processo, estabelece um relacionamento tênue, mas transformador, com seu sobrinho sem filtros de 8 anos, que ele leva em suas viagens. “Sempre em Frente” tem roteiro e direção de Mike Mills, que não lançava uma nova obra desde “Mulheres do Século 20” em 2016. E embora tenha passado ao largo do Oscar, o menino Woody Norman (“Troia: A Queda de Uma Cidade”), que vive o sobrinho, foi indicado ao BAFTA (o Oscar britânico) como Melhor Ator Coadjuvante. Elogiadíssimo pela crítica, atingiu uma avaliação até mais positiva que muitos indicados ao prêmios da Academia – 94% de aprovação no Rotten Tomatoes.   SAM & KATE | VOD*   A comédia romântica traz os veteranos Dustin Hoffman (“Os Meyerowitz: Família Não Se Escolhe”) e Sissy Spacek (“O Velho e a Arma”) atuando ao lado dos seus respectivos filhos da vida real, Jake Hoffman (“Wu-Tang: An American Saga”) e Schuyler Fisk (“A Babá”). Na trama, Sam (Jake) é um jovem artista que vive com seu pai, Bill (Dustin). A relação dos dois, que já não era das melhores, é abalada quando Sam se apaixona por Kate (Fisk), uma mulher que ele conheceu recentemente, ao mesmo tempo que seu pai se apaixona pela mãe dela, Tina (Spacek). Com 74% de aprovação no Rotten Tomatoes, o filme foi produzido pela atriz Amy Adams (“A Mulher na Janela”) e dirigido pelo seu marido, o ator Darren Le Gallo (“Then We Got Help!”), em sua estreia na função.   UMA FAMÍLIA PERFEITAMENTE NORMAL | FILMICCA   A diretora estreante Malou Reymann baseou-se em suas próprias experiências de infância para contar a história desse drama premiado no Festival de Roterdã. Passada nos anos 1990, a narrativa é centrada na perspectiva de Emma, uma garota dinamarquesa de 11 anos, que tem um choque ao ser comunicada do divórcio dos pais, devido à decisão do pai Thomas (Mikkel Boe Følsgaard, de “The Rain”) de mudar de gênero e se assumir como Agnete. O filme atingiu 71% de aprovação no Rotten Tomatoes por sua abordagem direta e honesta, sem sensacionalismos, e é considerado uma contribuição valiosa para a representação da experiência transgênero no cinema. Ao mesmo tempo em que retrata a alegria de Agnete por finalmente poder viver como sua verdadeira identidade, não ignora o sofrimento de sua filha para entender e aceitar a mudança radical no pai, a quem sempre viu como um companheiro de futebol e modelo masculino, que agora acredita ter perdido.   WHAM! | NETFLIX   O documentário musical lembra a carreira do Wham!, dupla pop formada por George Michael e Andrew Ridgeley, que foi um fenômeno nos anos 1980 com hits como “Wake Me Up Before You Go-Go” e “Last Christmas”. Composto por imagens de arquivo e várias entrevistas, o filme conta a história de amizade da dupla, que se conheceu na infância e se apresentou junta de 1981 até 1986, quando se separaram. Após cinco anos e três álbuns de estúdio, George Michael decidiu seguir carreira solo, tornando-se ainda mais famoso – até morrer aos 53 anos, no Natal de 2016. A direção é de Chris Smith, do documentário “Fyre Festival: Fiasco no Caribe” (2019).     * Os lançamentos em VOD (video on demand) podem ser alugados individualmente em plataformas como Apple TV, Claro TV+, Google Play, Loja Prime, Microsoft Store, Vivo Play e YouTube, entre outras, que funcionam como locadoras digitais sem a necessidade de assinatura mensal.

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    “Sobrenatural 5” e Zé do Caixão assombram a programação de cinema

    6 de julho de 2023 /

    O circuito aproveita uma pausa na sucessão de blockbusters de ação para trazer o terror de volta aos cinemas, após mais de um mês sem lançamentos do gênero. O quinto filme da franquia “Sobrenatural” é o maior lançamento desta quinta-feira (6/7). E vem acompanhado de outro título sombrio, com a exibição em circuito limitado de um antigo filme perdido de Zé do Caixão, o mestre do horror brasileiro. Entre os destaques da programação, também há uma nova comédia criminal de François Ozon (“Frantz”). Ao todo, sete títulos entram em cartaz nas maiores cidades, cinco deles brasileiros. Confira abaixo a relação completa.   | SOBRENATURAL: A PORTA VERMELHA |   O quinto filme da franquia de terror se passa 13 anos após os acontecimentos do longa original e marca a estreia do ator Patrick Wilson (“Invocação do Mal”) como diretor. Com sua presença também no elenco, a trama traz o foco de volta à família original, os Lamberts, com Josh (Wilson), Renai (Rose Byrne, de “Vizinhos”) e seu filho já crescido Dalton (Ty Simpkins, visto recentemente em “A Baleia”) enfrentando problemas novos e mais assustadores. Vale lembrar que, enquanto os dois primeiros filmes traziam os Lamberts como personagens principais, o terceiro e quarto foram centrados na parapsicóloga Elise Rainier (Lin Shaye). Na trama, Josh está entrando na faculdade, quando começa a lembrar vagamente de ter sido assombrado na infância. Conforme as visões ficam mais nítidas, o terror também se torna mais próximo e faz com que a família decida acabar com todos os segredos para enfrentar tudo o que os assombra. O roteiro é assinado por Scott Teems (“Halloween Kills”), que se baseou numa história desenvolvida por um dos criadores da franquia, o roteirista Leigh Whannell. Whannell também produz o filme, junto com James Wan (diretor do original), Oren Peli (produtor da franquia) e Jason Blum (dono do estúdio Blumhouse).   | A PRAGA |   O terror de estética trash é nada menos que um filme perdido de José Mojica Marins, o mais famoso cineasta brasileiro do gênero, que faleceu em fevereiro de 2020. Com narração feita pelo próprio Zé do Caixão, personagem icônico de Marins, “A Praga” conta a história de Juvenal (Felipe Von Rhein), um jovem que, ignorando os perigos, provoca uma velha senhora e acaba sendo amaldiçoado com uma fome insaciável por carne crua. A trama se desenrola com uma corrida desesperada para se livrar da praga e sobreviver aos horrores proferidos pela bruxa. O roteiro foi escrito pelo próprio Mojica ao lado do parceiro de longa data, o roteirista Rubens Francisco Luchetti, conhecido por escrever os filmes mais populares do Ivan Cardoso, “O Segredo da Múmia” (1982) e “As Sete Vampiras” (1986), além de quadrinhos clássicos de terror dos anos 1960. O projeto, por sinal, é dessa época. Começou como parte da antologia “Além, Muito Além do Além”, escrita por Luchetti e exibida pela TV Bandeirantes em 1966. Mas o material foi perdido em um incêndio na emissora. Apesar de Mojica ter tentado refilmar a obra na década de 1980, ele não conseguiu concluí-la. Nos últimos 15 anos, o diretor Eugenio Puppo se dedicou a encontrar os rolos originais do filme perdido. Com negativos restaurados em 4K, a trilha sonora foi remasterizada e as cores foram ajustadas. Em uma parceria da Heco Produções com a Elo Studios, o filme foi finalmente finalizado para chegar aos cinemas.   | O CRIME É MEU |   O premiado cineasta francês François Ozon (“Frantz”) dirige essa divertida farsa, em que um crime transforma a vida de uma atriz fracassada. A trama se passa na Paris dos anos 1930, quando Madeleine, uma atriz pobre e endividada, e sua melhor amiga Pauline, uma advogada desempregada, estão prestes a ser despejadas. Tudo muda quando elas se tornam suspeitas de um crime e Madeline decide confessar ter assassinado um famoso produtor. Com a ajuda de Pauline, ela consegue ser absolvida por legítima defesa. O julgamento a torna famosa, rendendo-lhe convites para peças e mudando sua trajetória. Mas assim que sua nova vida começa, outra mulher aparece, dizendo-se a verdadeira assassina. O elenco destaca Nadia Tereszkiewicz (“A Última Rainha”), Rebecca Marder (“A Garota Radiante”), Isabelle Huppert (“A Sindicalista”), Fabrice Luchini (“O Melhor Está por Vir”) e Dany Boon (“Mistério em Paris”).   | UM DIA CINCO ESTRELAS |   Estevam Nabote (“Tô de Graça”) estrela a nova comédia de Hsu Chien (“Desapega!”) como um homem apaixonado por Mozão, um Opala dos anos 1970. Quando a situação econômica aparte, ele decide trabalhar como motorista de aplicativo. O filme acompanha as situações inusitadas e divertidas que mudam sua vida a partir do novo trabalho. O título, entretanto, não reflete nada disso, referindo-se a um dia de spa de sua sogra, vivida por Nanny People (“Quem Vai Ficar com Mario?”). Com clima de sitcom do Multishow, o elenco também destaca Aline Campos (“Vai que Cola”) e Danielle Winits (“Esposa de Aluguel”).   | OS AVENTUREIROS – A ORIGEM |   Depois de vários filmes digitais, Luccas Neto lança suas aventuras juvenis pela primeira vez no cinema, sem mudar as características genéricas e os efeitos baratos. Na trama, Luccas e seus amigos decidem invadir o laboratório do recém-desaparecido cientista Honório Flacksman e acabam sugados para um portal que os levam para outra dimensão – a Cidade da Alegria. Lá, eles são abordados pela chefe dos Guardiões, que os interroga, suspeitando que estejam envolvidos no recente sumiço do mapa das Pedras do Poder. Para completar, também viram super-heróis, com direito a uniformes e codinome. A direção é de André Pellenz (“Detetives do Prédio Azul”).   | CANÇÃO AO LONGE |   O novo drama da mineira Clarissa Campolina (“Girimunho”) explora a busca de identidade e de um lugar no mundo. A protagonista vivida pela estreante Mônica Maria deseja mudar-se da casa, que compartilha com a mãe e a avó, e onde se sente deslocada. Ela é a única mulher de pele escura na família. Nesse movimento, Jimena também lida com sua origem, seu corpo, suas escolhas e se depara com o preconceito e o silêncio de suas relações familiares.   | ODESZA – THE LAST GOODBYE CINEMATIC EXPERIENCE |   O documentário registra a nova turnê da dupla americana de música eletrônica Odesza. Por meio de entrevistas com os artistas, seus fãs e membros de sua equipe criativa, o filme oferece uma visão divertida e sincera sobre a conexão entre a banda e seus fãs, sobre como as experiências de vida moldaram a criação de seu último álbum e como Odesza foi de aspirante a músicos de uma cidade interiorana a três vezes indicado ao prêmio Grammy.

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    As 10 melhores séries lançadas em junho

    2 de julho de 2023 /

    Com tantos lançamentos de séries em streaming, é muito fácil deixar passar títulos que não ganham tanta promoção. Por isso, toda virada de mês a gente faz um Top 10 para destacar os sucessos e as descobertas do período. Confira abaixo para ver se está em dia com as melhores séries lançadas em junho.       | OS OUTROS | GLOBOPLAY   O novo drama brasileiro aborda de forma contundente a escalada do ódio e intolerância entre vizinhos de um condomínio. Protagonizada por Adriana Esteves (“Medida Provisória”), Thomás Aquino (“Bacurau”), Maeve Jinkings (“Aquarius”), Milhem Cortaz (“O Lobo Atrás da Porta”), Eduardo Sterblitch (“Os Parças”) e Drica Moraes (“Sob Pressão”), a série apresenta a história de duas famílias que entram em conflito após uma briga entre seus filhos adolescentes. A história escrita por Lucas Paraizo, responsável também pelos roteiros de “Sob Pressão”, gira em torno de Cibele (Adriana Esteves), uma mãe superprotetora, e Amâncio (Thomas Aquino), um pai zeloso, cujo filho Marcinho (Antonio Haddad) é espancado por Rogério (Paulo Mendes), o filho de outro morador do condomínio, Wando (Milhem Cortaz). O enredo evolui de maneira surpreendentemente realista, transformando o espectador em um morador do condomínio Barra Diamond, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, enquanto as tensões se intensificam entre as duas famílias. A construção dessas tensões é tão crua e imersiva que a série se torna um espelho da sociedade, obrigando o espectador a se questionar: “Como eu agiria nessa situação?” Por trás das portas do condomínio, há ainda vários outros dramas se desenrolando, incluindo situações com a síndica Dona Lúcia (Drica Moraes), o porteiro Elvis (Rodrigo Garcia) e o vizinho Sérgio (Eduardo Sterblitch), um ex-policial. Essas histórias se cruzam a medida que o conflito central se desenrola e toma proporções absurdas, alimentando uma crescente sensação de tragédia iminente. Além de superenvolvente, a série também é um convite à reflexão.   | JACK RYAN 4 | AMAZON PRIME VIDEO   A série de ação estrelada por John Krasinski (“Um Lugar Silencioso”) chega ao fim com uma última aventura do personagem criado pelo escritor Tom Clancy. Na história, Jack Ryan é encarregado de desenterrar a corrupção da CIA como novo vice-diretor interino da agência. E ao fazê-lo, descobre uma série de operações suspeitas que expõem a convergência de um cartel de drogas com uma organização terrorista. A temporada volta a contar com o elenco de apoio tradicional, que inclui Wendell Pierce (“The Wire”), Michael Kelly (“House of Cards”), Betty Gabriel (“Corra!”) e Abbie Cornish (“Segredo Entre Amigas”), mas também traz novos rostos, principalmente Michael Peña (“Homem-Formiga”) como um aliado pouco usual de Ryan no submundo sul-americano das drogas. O título completo da atração é “Tom Clancy’s Jack Ryan”, mas ironicamente a série não é uma adaptação literal dos livros do escritor Tom Clancy, como foram os primeiros filmes do personagem nos anos 1990. As histórias acompanham o começo da carreira de Ryan na CIA em situações originais concebidas pelo primeiro showrunner, Carlton Cuse (séries “Lost”, “Bates Motel”), em parceria com o ex-marine Graham Roland (roteirista das séries “Lost” e “Fringe”). A produção é da Platinum Dunes, empresa de Michael Bay (o diretor de “Transformers”), e a realização dos seis episódios finais é comandada por Vaun Wilmott (criador de “Dominion”).   | JOE PICKETT | PARAMOUNT+   O neo-western contemporâneo é baseado na obra literária de C.J. Box, que também inspirou a série “Big Sky”. A trama policial rural se passa em Wyoming, nos EUA, e acompanha um guarda florestal – vivido de forma convincente por Michael Dorman (“Patriota”) – que se encontra no meio de uma série de homicídios. Na trama, Joe Pickett, um homem modesto e de princípios inabaláveis, se muda com sua esposa Marybeth (Julianna Guill, de “The Resident”) e suas duas filhas para a pequena cidade de Saddlestring. Ao começar seu novo trabalho como guarda florestal, ele imediatamente enfrenta a resistência da comunidade quando multa o governador por pescar sem licença. O clima piora quando um caçador local aparece morto em sua propriedade, levando Joe e Marybeth a um emaranhado de mistérios e perigos.   | SWIMMING WITH SHARKS | AMAZON PRIME VIDEO   Kiernan Shipka, que protagonizou “O Mundo Sombrio de Sabrina”, volta às séries nessa atração baseada no filme “O Preço da Ambição” (Swimming with Sharks). Com seis episódios, a minissérie é uma versão feminina do longa de 1995, em que Frank Whaley vivia um jovem e ingênuo assistente de estúdio de Hollywood, que virava o jogo contra seu chefe produtor incrivelmente abusivo, interpretado por Kevin Spacey. Na nova versão, Shipka interpreta uma estagiária da Fountain Pictures, que parece uma ingênua recém-chegada a Hollywood, impressionada com a notória CEO do estúdio. Mas, na verdade, ela fez uma extensa pesquisa sobre sua chefe e não foi por acidente que conseguiu o estágio. À medida que sua obsessão cresce, ela demonstra ser capaz de tudo para se aproximar da produtora poderosa. O papel da chefe do estúdio é vivido pela alemã Diane Kruger (“As Agentes 355”) e o bom elenco também inclui Donald Sutherland (“Jogos Vorazes”), Thomas Dekker (“O Círculo Secreto”), Finn Jones (“Punho de Ferro”), Erica Alexander (“Raio Negro/Black Lightning”), Ross Butler (“Shazam!”) e Gerardo Celasco (“Next”).   | SOU DE VIRGEM | AMAZON PRIME VIDEO   A comédia surreal traz Jharrel Jerome (premiado com o Emmy por “Olhos que Condenam”) como Cootie, um adolescente negro gigante de 4 metros. A série acompanha suas experiências enquanto ele lida com restrições físicas, busca amizade e amor, e enfrenta os desafios de crescer em uma sociedade marcada pelo preconceito e pelo impacto da cultura comercial. Embora seja uma comédia, a atração criada pelo cineasta Boots Riley (“Desculpe te Incomodar”) é apresentada como parábola com questões profundas sobre identidade, justiça e sobrevivência em um mundo que nem sempre é acolhedor para pessoas negras que queiram fazer coisas grandes na vida. Aplaudida pela crítica dos EUA, tem 95% de aprovação no Rotten Tomatoes.   | EU NUNCA… 4 | NETFLIX   Criada por Mindy Kaling e Lang Fisher (ambos de “Projeto Mindy”), a série é uma comédia de amadurecimento que acompanha a adolescente indiana-americana Devi (Maitreyi Ramakrishnan). A jovem é uma estudante superdotada do Ensino Médio que frequentemente encara algumas situações complicadas, muitas delas envolvendo suas paixões, como Paxton Hall-Yoshida (Darren Barnet) e Ben Gross (Jaren Lewison), e conflitos com sua família imigrante. Na 4ª e última temporada, Devi vai se formar, perder a virgindade e desenvolver uma nova paixão: Ethan, personagem de Michael Cimino (“Love, Victor”), que chega logo após a saída de Paxton para a faculdade. A expectativa para o final é descobrir com quem ela decide ficar. Além disso, a derradeira leva de episódios traz um casamento surpresa.   | STAR TREK: STRANGE NEW WORLDS 2 | PARAMOUNT+   A série que serve de prólogo para a franquia “Star Trek” retorna com novas aventuras espaciais e muitas curiosidades, como o primeiro encontro entre as versões jovens do Capitão Kirk e Uhura, o relacionamento romântico entre Spock e a enfermeira Chapel, e o crossover mais inusitado da franquia, com a série animada “Star Trek: Lower Decks” – via versões live-action dos personagens da animação, interpretados por seus dubladores originais. A atração acompanha as viagens especais do Capitão Pike (Anson Mount), ao lado de Spock (Ethan Peck) e da Número 1 (Rebecca Romijn) a bordo da nave Enterprise. E se originou como um spin-off, após o trio ter grande destaque na 2ª temporada de “Star Trek: Discovery”. Só que os personagens são muito mais antigos que qualquer série da franquia. Eles protagonizavam o piloto original de 1964, que foi reprovado e quase impediu o surgimento do fenômeno “Star Trek” – ou “Jornada nas Estrelas” no Brasil. Apenas Spock foi mantido quando a série foi reformulada, com Pike substituído pelo Capitão Kirk num novo piloto, finalmente aprovado em 1966. Apesar do descarte, os espectadores puderam ver uma prévia da tripulação original num episódio de flashback de duas partes que marcou época em 1966, com cenas recicladas do piloto rejeitado. Até que, em 2019, os produtores de “Star Trek: Discovery” resolveram resgatar aqueles personagens, levando os trekkers à loucura. Em pouco tempo, uma campanha tomou as redes sociais pedindo uma nova série focado nas aventuras perdidas da espaçonave Enterprise, apresentando o Capitão Pike (e não Kirk) na ponte de comando. Um detalhe curioso é que a série também introduz versões mais jovens de Uhura (personagem clássica de Nichelle Nichols na “Jornada nas Estrelas” de 1966), da enfermeira Christine Chapel (originalmente vivida por Majel Barrett Roddenberry, esposa do criador de “Star Trek”, em 1966) e do próprio Capitão Kirk (eternizado por William Shatner nos anos 1960), interpretados respectivamente por Celia Rose Gooding (da montagem da Broadway “Jagged Little Pill”), Jess Bush (“Playing for Keeps”) e Paul Wesley (“The Vampire Diaries”). Ainda há Babs Olusanmokun (“Black Mirror”) no papel do Dr. M’Benga, oficial médico que apareceu em dois episódios de “Jornada nas Estrelas”, e uma novidade curiosa: Christina Chong (“Tom & Jerry – O Filme”) como uma descendente do famoso vilão Khan entre as personagens inéditas da produção. A série foi desenvolvida por Akiva Goldsman (criador de “Titãs”), Alex Kurtzman (roteirista do reboot de “Star Trek”, de 2009) e Jenny Lumet (criadora de “Clarice”).   | INVASÃO SECRETA | DISNEY+   Mais lenta que os fanboys podiam esperar, e sem os famosos super-heróis do estúdio, a nova série da Marvel chega em clima de thriller de espionagem ao streaming. A trama dá continuidade ao gancho de “Capitã Marvel” (2019), que apresentou os skrulls – alienígenas que podem mudar de forma, assumindo a aparência de qualquer pessoa. Baseado nos quadrinhos homônimos publicados em 2008, a história mostra uma facção maligna dos alienígenas que planeja se infiltrar nos governos da Terra, usando sua capacidade metamorfas para dominar o planeta sem que ninguém saiba. Diante da ameaça, Nick Fury (Samuel L. Jakcson) retorna do exílio para impedir que isso aconteça. O personagem conta com a ajuda do skrull Talos (Ben Mendelsohn) e Maria Hill (Cobie Smulders), e logo no primeiro episódio vê um importante aliado morrer em seus braços. Essa surpresa dá um tom mais sério à produção, que ainda inclui entre seus personagens o agente Everett Ross (Martin Freeman) e James “Rhodey” Rhodes (Don Cheadle), também conhecido como Máquina de Combate, além de marcar a estreia das atrizes Olivia Colman (“A Filha Perdida”) e Emilia Clarke (“Game of Thrones”) no Universo Compartilhado Marvel (MCU). Colman interpreta a agente do serviço secreto britânico Sonya Falsworth, que tem uma história de longa data com Fury, enquanto Clarke dá vida a G’iah, a filha rebelde de Talos. A atração foi escrita por Kyle Bradstreet (“Mr. Robot”) e tem direção de Thomas Bezucha, que fez sucesso durante a pandemia com o thriller “Deixe-o Partir” (estrelado por Kevin Costner).   | BLACK MIRROR 6 | NETFLIX   Após um hiato de quatro anos, a série antológica de sci-fi está de volta. E desta vez nem a Netflix escapa de sua abordagem ácida – no melhor episódio, uma mulher comum descobre que uma plataforma de streaming lançou um drama baseado em sua vida, estrelado pela famosa atriz Salma Hayek Pinault (“Casa Gucci”). Criada e co-dirigida por Charlie Brooker, “Black Mirror” estreou em dezembro de 2011 no Channel 4 do Reino Unido e foi adquirida pela Netflix a partir da 3ª temporada em 2016. Ao virar exclusiva do streaming, a série venceu oito Emmys, incluindo o prêmio de Melhor Filme para TV pelos episódios “San Junipero” (2017), “USS Callister” (2018) e “Bandersnatch” (2019). Em seu sexto ano, a série se reinventa ao trocar o futuro pelo passado. Três dos cinco episódios são ambientados em décadas anteriores, enquanto um quarto se desenrola no presente, mas se concentra principalmente em eventos antigos. Tem ansiedade diante da ascensão da IA (inteligência artificial), mas também personagens obcecados por fitas VHS. E, para completar, o último capítulo nem é sci-fi, mas um terror sobrenatural com direito até à aparição de um demônio. Repleto de famosos, o elenco da 6ª temporada conta com Annie Murphy (“Schitt’s Creek”),...

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    10 séries: “The Witcher”, “Jack Ryan” e as novidades da semana

    30 de junho de 2023 /

    A programação de séries da semana está cheia de ação, com as novas lutas de “The Witcher”, as últimas explosões de “Jack Ryan”, o final de “Titãs” e o começo de “Sequestro no Ar”, sem esquecer do kung fu de “Warrior” e as investigações do policial estreante “Joe Pickett”. Além disso, as novidades da streaming também incluem drama, comédia e terror. Confira o Top 10.   | THE WITCHER 3 | NETFLIX   A temporada que marca a despedida de Henry Cavill (“O Homem de Aço”) do papel de Geralt de Rivia, protagonista da série, traz o personagem enfrentando feiticeiros e monstros perigosos com sua espada para defender sua protegida Siri (Freya Allan), alvo de várias facções inimigas. Mas a jovem também revela destreza, após o treinamento com Geralt na temporada passada. Além disso, a dupla passa a contar com a ajuda de Yennefer (Anya Chalotra), que volta a praticar magia, além de aprofundar sua aliança e romance com o protagonista. Esta parceria, entretanto, é malvista por todos os poderosos do Continente. Baseada numa famosa saga literária de fantasia, criada pelo escritor polonês Andrzej Sapkowski, a série se passa num mundo medieval repleto de monstros e mágica, onde as guerras e as conspirações são constantes. A 3ª temporada será dividida em duas partes: o volume 2 chega daqui a um mês, em 27 de julho. Cada vez mais comum, essa divisão tem ajudado as produções da Netflix a conquistarem audiências mais elevadas.   | JACK RYAN 4 | AMAZON PRIME VIDEO   A série de ação estrelada por John Krasinski (“Um Lugar Silencioso”) chega ao fim com uma última aventura do personagem criado pelo escritor Tom Clancy. Na história, Jack Ryan é encarregado de desenterrar a corrupção da CIA como novo vice-diretor interino da agência. E ao fazê-lo, descobre uma série de operações suspeitas que expõem a convergência de um cartel de drogas com uma organização terrorista. A temporada volta a contar com o elenco de apoio tradicional, que inclui Wendell Pierce (“The Wire”), Michael Kelly (“House of Cards”), Betty Gabriel (“Corra!”) e Abbie Cornish (“Segredo Entre Amigas”), mas também traz novos rostos, principalmente Michael Peña (“Homem-Formiga”) como um aliado pouco usual de Ryan no submundo sul-americano das drogas. O título completo da atração é “Tom Clancy’s Jack Ryan”, mas ironicamente a série não é uma adaptação literal dos livros do escritor Tom Clancy, como foram os primeiros filmes do personagem nos anos 1990. As histórias acompanham o começo da carreira de Ryan na CIA em situações originais concebidas pelo primeiro showrunner, Carlton Cuse (séries “Lost”, “Bates Motel”), em parceria com o ex-marine Graham Roland (roteirista das séries “Lost” e “Fringe”). A produção é da Platinum Dunes, empresa de Michael Bay (o diretor de “Transformers”), e a realização dos seis episódios finais é comandada por Vaun Wilmott (criador de “Dominion”).   | SEQUESTRO NO AR | APPLE TV+   O thriller estrelado e produzido por Idris Elba (“Velozes e Furiosos: Hobbs & Shaw”) é praticamente todo passado num avião sequestrado por homens armados, com seus episódios acompanhando a ação em tempo real. Elba vive um dos passageiros, que também é um negociador profissional de reféns. Diante da situação, ele decide usar sua astúcia para salvar sua vida e dos demais passageiros do voo com destino a Londres. O projeto é o primeiro resultado do contrato de exclusividade fechado entre a Apple TV+ e o ator britânico, por meio de sua produtora Green Door Pictures, e foi desenvolvido por George Kay, criador do maior sucesso francês da Netflix, “Lupin”. O elenco também inclui Archie Panjabi (“Departure”), Holly Aird (“A Descoberta das Bruxas”), Kate Phillips (“Peaky Blinders”), Max Beesley (“Esquema de Risco – Operação Fortune”), Ben Miles (“The Crown”), James Burrows (“Lutando pela Família”) e Neil Maskell (“Utopia”).   | SOU DE VIRGEM | AMAZON PRIME VIDEO   A comédia surreal traz Jharrel Jerome (premiado com o Emmy por “Olhos que Condenam”) como Cootie, um adolescente negro gigante de 4 metros. A série acompanha suas experiências enquanto ele lida com restrições físicas, busca amizade e amor, e enfrenta os desafios de crescer em uma sociedade marcada pelo preconceito e pelo impacto da cultura comercial. Embora seja uma comédia, a atração criada pelo cineasta Boots Riley (“Desculpe te Incomodar”) é apresentada como parábola com questões profundas sobre identidade, justiça e sobrevivência em um mundo que nem sempre é acolhedor para pessoas negras que queiram fazer coisas grandes na vida. Aplaudida pela crítica dos EUA, tem 95% de aprovação no Rotten Tomatoes.   | SWIMMING WITH SHARKS | AMAZON PRIME VIDEO   Kiernan Shipka, que protagonizou “O Mundo Sombrio de Sabrina”, volta às séries nessa atração baseada no filme “O Preço da Ambição” (Swimming with Sharks). Com seis episódios, a minissérie é uma versão feminina do longa de 1995, em que Frank Whaley vivia um jovem e ingênuo assistente de estúdio de Hollywood, que virava o jogo contra seu chefe produtor incrivelmente abusivo, interpretado por Kevin Spacey. Na nova versão, Shipka interpreta uma estagiária da Fountain Pictures, que parece uma ingênua recém-chegada a Hollywood, impressionada com a notória CEO do estúdio. Mas, na verdade, ela fez uma extensa pesquisa sobre sua chefe e não foi por acidente que conseguiu o estágio. À medida que sua obsessão cresce, ela demonstra ser capaz de tudo para se aproximar da produtora poderosa. O papel da chefe do estúdio é vivido pela alemã Diane Kruger (“As Agentes 355”) e o bom elenco também inclui Donald Sutherland (“Jogos Vorazes”), Thomas Dekker (“O Círculo Secreto”), Finn Jones (“Punho de Ferro”), Erica Alexander (“Raio Negro/Black Lightning”), Ross Butler (“Shazam!”) e Gerardo Celasco (“Next”).   | JOE PICKETT | PARAMOUNT+   O neo-western contemporâneo é baseado na obra literária de C.J. Box, que também inspirou a série “Big Sky”. A trama policial rural se passa em Wyoming, nos EUA, e acompanha um guarda florestal – vivido de forma convincente por Michael Dorman (“Patriota”) – que se encontra no meio de uma série de homicídios. Na trama, Joe Pickett, um homem modesto e de princípios inabaláveis, se muda com sua esposa Marybeth (Julianna Guill, de “The Resident”) e suas duas filhas para a pequena cidade de Saddlestring. Ao começar seu novo trabalho como guarda florestal, ele imediatamente enfrenta a resistência da comunidade quando multa o governador por pescar sem licença. O clima piora quando um caçador local aparece morto em sua propriedade, levando Joe e Marybeth a um emaranhado de mistérios e perigos. Criada pelos irmãos Drew Dowdle e John Erick Dowdle (“Waco”), a série já produziu uma 2ª temporada.   | WARRIOR 3 | HBO MAX   Inspirada num projeto antigo do astro Bruce Lee (“Operação Dragão”), a série repleta de ação e artes marciais foi concebido antes do astro morrer subitamente em 1973, aos 32 anos de idade. Os manuscritos que detalhavam a trama acabaram recuperados por sua filha, Shannon Lee (“Operação Águia”), e ganharam roupagem moderna com roteiro de Jonathan Tropper, cocriador da série “Banshee”. A trama acompanha um lutador talentoso, mas moralmente corrupto, na Chinatown de San Francisco durante a segunda metade do século 19. O protagonista é Ah Sahm (Andrew Koji, da série “The Innocents”), um prodígio das artes marciais que chega da China em circunstâncias misteriosas para virar um dos principais integrantes de uma organização criminosa. A série tem produção do cineasta Justin Lin (franquia “Velozes e Furiosos”), que também assinou o piloto da atração, e seu elenco inclui Hoon Lee (“Banshee”), Olivia Cheng (“Deadly Class”), Jason Tobin (“Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio”), Dianne Doan (“Vikings”), Joe Taslim (“Operação Invasão”), Rich Ting (“The Man in the High Castle”), Dean Jagger (“Game of Thrones”), Langley Kirkwood (“Dominion”), Kieran Bew (“Rellik”) e, na 2ª temporada, Chen Tang (“Mulan”).   | TITÃS 4 | NETFLIX   A temporada final homenageia os quadrinhos de Marv Wolfman e George Perez – que ancoraram a 1ª temporada – , ao narrar a história do Irmão Sangue, um dos mais famosos vilões dos Titãs nos anos 1980. Na produção, o líder religioso carismático é vivido por Joseph Morgan, intérprete de Klaus Mikaelson em “The Originals”. A princípio relutante, ele se revela aos poucos um psicopata sádico com planos apocalípticos. Mas há mais vilões na trama. Franka Potente (“Identidade Bourne”) vive May Bennett, a Matriarca do Caos, braço direito e sacerdotiza de Sangue, Lisa Ambalavanar (“The A List”) interpreta Jinx, uma poderosa feiticeira capaz de manipular os elementos da Terra, e Titus Welliver (“Bosch”) aparece como Lex Luthor. Feita para encerrar a série criada por por Greg Berlanti (criador do “Arrowverse”), Akiva Goldsman (criador de “Star Trek: Picard”) e Geoff Johns (criador de “Stargirl”), a trama também envolve um dilema de Superboy (Joshua Orpin), dividido entre sua aliança com os Titãs e a herança de Luthor, e revela grandes mudanças nos poderes e destinos dos personagens principais, Asa Noturna (Brenton Thwaites), Ravena (Teagan Croft), Estelar (Anna Diop), Mutano (Ryan Potter) e Robin/Tim Drake (Jay Lycurgo).   | DELETE | NETFLIX   A produção tailandesa explora os aspectos mais sombrios das relações humanas através da premissa intrigante de um celular misterioso, capaz de fazer pessoas desaparecerem completamente. Criada por Parkpoom Wongpoom, roteirista-diretor do cultuado terror tailandês “Espíritos: A Morte Está ao seu Lado” (Shutter), a série mergulha na dinâmica intrincada das relações, segredos e as profundas consequências que surgem quando se recebe o poder de apagar alguém. O elenco inclui Chutimon Chuengcharoensukying, conhecida por sua participação no sucesso tailandês “Fome de Sucesso” (2023), Nat Kitcharit (“Soco no Estômago”) como um escritor famoso, Ice Natara (“Voice”) como o herdeiro de uma família rica, e ah-Sarika Sartsilpsupa (“A Escola Amaldiçoada”) como uma mulher presa em um casamento controlador. Embora oficialmente seja classificada como uma série de suspense, “Delete” é na verdade um híbrido de gêneros, incorporando elementos de drama, mistério e até mesmo horror, especialmente no final chocante da temporada.   | GRANDES EXPECTATIVAS | STAR+   A série baseada no clássico literário de Charles Dickens, conhecido no Brasil com o título de “Grandes Esperanças”, segue o caminho de “Bridgerton” em sua proposta mais inclusiva, ao trazer atores e atrizes negros interpretando personagens descritos como brancos no livro original. A conhecida história acompanha um órfão chamado Pip a quem foi concedida uma fortuna para que se transforme num cavalheiro. Entretanto, sem saber a origem do dinheiro, ele comete o erro de dar às costas às suas origens humildes, nutrindo uma paixão não correspondida por uma jovem aristocrata fria. A adaptação foi escrita por Steven Knight (criador de “Peaky Blinders”), a produção ficou por conta do ator Tom Hardy (“Venom: Tempo de Carnificina”) e do cineasta Ridley Scott (“Casa Gucci”), e o elenco grandioso reúne Fionn Whitehead (“Dunkirk”), a vencedora do Oscar Olivia Colman (“A Favorita”), Matt Berry (“O Que Fazemos nas Sombras”), Shalom Brune-Franklin (“The Tourist”) e Ashley Thomas (“Eles”).

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    10 filmes: “Nimona”, “O Pacto” e os destaques da semana

    30 de junho de 2023 /

    A animação “Nimona”, da Netflix, e o drama de guerra “O Pacto”, da Prime Video, são os principais lançamentos da semana nas plataformas de streaming por assinatura, enquanto filmes vistos recentemente nas telonas chegam às locadoras digitais – incluindo o fraco “Cavaleiros do Zodíaco”. Ainda há opções cult no Mubi e o excelente thriller “Desaparecida”, do novo gênero screenlife, que desembarca do cinema na HBO Max. Confira 10 novidades da programação para ver em casa.   | NIMONA | NETFLIX   A animação segue uma garota aventureira que cria caos por onde passa com sua capacidade de mudar de forma e se transformar em qualquer bicho. Determinada a se tornar uma das vilãs mais famosas do reino que habita, ela busca parceria com um criminoso acusado de matar a Rainha. O detalhe é que o cavaleiro Ballister Boldheart jura que é inocente e do bem, mas nem seu grande amor acredita. A única pessoa disposta a ajudá-lo a encontrar o verdadeiro culpado é a garota radical. O elenco de vozes destaca Chloë Grace Moretz (“Carrie, A Estranha”) no papel-título e Riz Ahmed (“O Som do Silêncio”) como Ballister. Baseada nos ilustrações que foram febre no Tumblr, “Nimona” foi criada como um webcomic pelo ilustrador ND Stevenson em 2012 e transformado logo depois num best-seller, lançado pela editora HarperCollins em 2015. Inicialmente, a graphic novel seria transformada em filme pela 20th Century Fox Animation (atual 20th Century Animation), mas o projeto foi cancelado quando a Disney adquiriu o estúdio em 2019. A Netflix aproveitou a oportunidade e trouxe a adaptação para seu streaming com os diretores Nick Bruno e Troy Quane, que trabalharam juntos em “Um Espião Animal” (2019).   | O PACTO | AMAZON PRIME VIDEO   O novo filme de ação de Guy Ritchie (“Infiltrado”) leva Jake Gyllenhaal (“Homem-Aranha: De Volta para Casa”) para a guerra no Afeganistão. Na trama, o ator vive um soldado que é ferido pelos talibãs e só sobrevive por causa do heroísmo de seu intérprete. Seu personagem é o sargento John Kinley, que em sua última missão no Afeganistão se juntou a um intérprete local chamado Ahmed para fazer um levantamento da região. Quando sua unidade é emboscada durante uma patrulha, Kinley e Ahmed são os únicos sobreviventes. Com combatentes inimigos em perseguição, Ahmed arrisca a própria vida para carregar Kinley ferido, por quilômetros de terreno extenuante, até a segurança. Sentindo uma dívida de vida, o militar pretende enviar passagens para Ahmed e sua família escaparem do talibã. Mas, ao voltar aos EUA, descobre que o tradutor não recebeu o salvo conduto que lhe foi prometido e se encontra visado, em meio à volta do talibã ao poder. Determinado a proteger seu amigo e pagar sua dívida, Kinley retorna sozinho ao pais para resgatar Ahmed e sua família antes que as milícias locais os alcancem primeiro. Ritchie encontrou inspiração para a história após conversar com soldados que combateram no Afeganistão e no Iraque, comovendo-se com suas relações com os intérpretes que arriscaram suas vidas para ajudá-los nas regiões de conflitos. O elenco também destaca Alexander Ludwig (“Vikings”), Antony Starr (“The Boys”), Emily Beecham (“1899”) e Dar Salim (“Caranguejo Negro”) como Ahmed.   | DESAPARECIDA | HBO MAX   Continuação temática de “Buscando…” (2018), o filme usa a mesma abordagem estética, mas apresenta novos personagens e uma mudança na dinâmica da situação: em vez de ser um pai buscando pela filha (como no original), agora é uma filha que investiga o desaparecimento da mãe. Storm Reid (“Euphoria”) passa o final de semana sozinha enquanto sua mãe (Nia Long, de “Como Seria Se…?”) viaja com o namorado. Porém, ao notar o sumiço da mãe e sem ajuda da polícia, a jovem resolve investigar o que aconteceu por contra própria – e tudo pela tela de seu computador. Realizado num formato conhecido como “desktop horror” ou “desktop film”, na qual toda a ação acontece na tela de um computador, “Buscando…” foi um sucesso de público e de crítica, com mais de US$ 75 milhões nas bilheterias e uma avaliação positiva de 92% no Rotten Tomatoes. A sequência foi escrito e dirigido por Nicholas D. Johnson e Will Merrick, que trabalharam como editores no longa de 2018, e atingiu 87% de aprovação.   | O SONHO DE GRETA | MUBI   A comédia ambientada na Austrália dos anos 1970 acompanha Greta Driscoll (Bethany Whitmore, de “Picnic at Hanging Rock”), uma adolescente que no seu primeiro dia em uma nova escola faz amizade com Elliott (Harrison Feldman, de “Upper Middle Bogan”), um nerd com uma grande personalidade, que é rejeitado pelos descolados da turma. O grande conflito do filme se dá quando os pais de Greta decidem fazer uma festa de aniversário de 15 anos para ela, convidando todos os seus colegas de escola, para seu desespero. A festa acaba desencadeando uma série de eventos surrealistas e fantásticos que a transportam para um mundo onde ela encontra criaturas míticas, e enfrenta seus próprios medos e inseguranças sobre o amadurecimento. Marcado por características visuais distintas, que lembram “Napoleon Dinamite”, e uma estética surrealista, a estreia cinematográfica da diretora de teatro australiana Rosemary Myers conquistou a crítica e foi indicado a oito prêmios da Academia Australiana de Cinema, vencendo a categoria de Melhor Figurino.   | GILFRIENDS AND GIRLFRIENDS | MUBI   A comédia romântica lésbica passada em Barcelona faz homenagem à nouvelle vague e, especificamente, ao naturalismo de Éric Rohmer, refletido no título do filme, que remete à “Boyfriends and Girlfriends” de 1987. Além de dirigir, Zaida Carmona estrela a produção como uma personagem com seu próprio nome, que volta para Barcelona com o coração partido após ter sido abandonada pela ex-namorada. Enquanto Zaida se envolve na vida amorosa de suas amigas, o espectador é levado a uma série de encontros e desencontros românticos envolvendo um círculo de amizades lésbicas. Apesar de seu orçamento reduzido e da aparente simplicidade, o romance indie conseguiu captar a atenção da crítica e do público durante sua passagem por diversos festivais de cinema, pela forma descontraída com que lida com a temática do amor e relacionamentos e pela habilidade de Zaida Carmona de entrelaçar a iconografia cinéfila e sáfica.   | MEU VIZINHO ADOLF | VOD*   A comédia sombria traz o veterano ator britânico David Hayman (“Macbeth: Ambição e Guerra”) interpretando Polsky, um imigrante europeu de 70 anos vivendo em um país sul-americano em 1960. Sua vida tranquila é perturbada pela chegada de um misterioso alemão, “Sr. Herzog” (Udo Kier, de “Bacurau”), que ele suspeita ser ninguém menos que o próprio Adolf Hitler. Grande parte do filme gira em torno das tentativas de Polsky de provar a identidade do vizinho de forma bastante farsesca, mantendo o público em suspense sobre a verdade até os momentos finais. Embora a narrativa se desdobre puramente da perspectiva de Polsky, Kier comanda a tela como o enigmático Herzog, oscilando entre um valentão de pavio curto e um homem envelhecido tentando escapar de seu passado turbulento. A direção é do russo Leon Prudovsky (“Five Hours from Paris”).   | PALAVRAS NAS PAREDES DO BANHEIRO | NETFLIX   O drama dirigido por Thor Freudenthal, de “Diário de um Banana” (2010) e “Percy Jackson e o Mar de Monstros” (2013), encaixa-se na tendência mórbida dos romances com adolescentes doentes, que se popularizou após o sucesso de “A Culpa É das Estrelas” (2014). A adaptação do best-seller de Julia Walton acompanha um garoto que descobre sofrer de esquizofrenia. A diferença em relação a outras produções sobre o tema é que o filme traz o ponto de vista do doente, mostrando as visões que o afligem. Além disso, como mencionado, é um romance entre dois atores atraentes, Charlie Plummer (“Espontânea”) e Taylor Russell (“Até os Ossos”).   | TEMPO | STAR+   O terror de M. Night Shyamalan oferece uma premissa instigante, que literalmente morre na praia. Uma praia isolada, cercada por falésias, em que turistas, atraídos pela promessa de uma paisagem única e exclusiva, são aterrorizados por um inesperado envelhecimento em ritmo acelerado. Em poucos minutos, crianças viram jovem adultos, enquanto os pais começam a enrugar e ninguém consegue deixar o local, sofrendo a ação brutal do tempo. O filme é uma adaptação da graphic novel francesa “Sandcastle”, de Pierre Oscar Levy e do artista Frederik Peeters, roteirizada pelo próprio Shyamalan. E tem um grande elenco, formado por Gael Garcia Bernal (“Wasp Network”), Thomasin Mackenzie (“Jojo Rabbit”), Vicky Krieps (“Trama Fantasma”), Alex Wolff (“Hereditário”), Eliza Scanlen (“Adoráveis Mulheres”), Aaron Pierre (“Krypton”), Embeth Davidtz (“O Espetacular Homem-Aranha”), Abbey Lee (“Lovecraft Country”), Nikki Amuka-Bird (“Avenue 5”), Rufus Sewell (“O Homem do Castelo Alto”), Emun Elliott (“Fale com as Abelhas”) e Ken Leung (“Inumanos”).   | MAFIA MAMMA – DE REPENTE CRIMINOSA | VOD*   Toni Collette (“Hereditário”) viva uma dona de casa que, após ser traída pelo marido, descobre que seu avô distante morreu e ela precisará assumir os negócios da família: um verdadeiro império da máfia. Com a ajuda de sua assistente de confiança (Monica Bellucci, de “Assassino Sem Rastro”), ela pretende desafiar as expectativas de todos, inclusive as dela própria, ao embarcar em sua empreitada no mundo do crime. Mas faz isso da forma mais atrapalhada do mundo e sem ter nunca visto “O Poderoso Chefão”. A direção é de Catherine Hardwicke (“Crepúsculo”).   | OS CAVALEIROS DO ZODÍACO – SAINT SEIYA: O COMEÇO | VOD*   Baseado no popular mangá de Masami Kurumada e no anime que foi uma grande febre no Brasil da década de 1990, a trama acompanha jovens recrutados para se tornarem cavaleiros de Atena e defensores da humanidade, com destaque para Seiya, que recebe a Armadura de Pégaso e, ao lado de seus amigos, luta para proteger Saori Kido, a reencarnação da deusa, de seus inimigos. O detalhe é que esta versão live-action é uma produção de orçamento mediano, com efeitos visuais questionáveis e um diretor estreante, o polonês Tomasz Baginski (produtor de “The Witcher”). Para completar, um elenco ocidental se soma às opções problemáticas, destacando Famke Janssen (Jean Grey/Fênix Negra na primeira trilogia de “X-Men”), Sean Bean (“Game of Thrones” e “Expresso do Amanhã”), Madison Iseman (“Jumanji: Próxima Fase”), Mark Dacascos (“John Wick 3”), Nick Stahl (“O Exterminador do Futuro 3”) e Mackenyu Arata (“Círculo de Fogo: A Revolta”), que vive o protagonista Seiya. Só há um detalhe positivo: as lutas são coreografadas pelo veterano Andy Cheng, que trabalhou como coordenador de dublês de “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”.     * Os lançamentos em VOD (video on demand) podem ser alugados individualmente em plataformas como Apple TV, Claro TV+, Google Play, Loja Prime, Microsoft Store, Vivo Play e YouTube, entre outras, que funcionam como locadoras digitais sem a necessidade de assinatura mensal.

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