Angelina Jolie ameaça Michelle Pfeiffer em comercial de Malévola 2
A Disney divulgou um novo comercial internacional de “Malévola: Dona do Mal”. A prévia é focada na rivalidade entre a personagem do título, vivida por Angelina Jolie, e da Rainha Ingrith (Michelle Pfeiffer). Malévola usa tom ameaçador para impedir o destino de Aurora (Elle Fanning). Nesta versão do conto de fadas, a Malévola de Angelina Jolie é malvada só de nome e supera suas tendências sombrias para criar a Princesa Aurora como sua própria filha. Mas este não foi o final feliz da história. Ao decidir se casar com o Príncipe Felipe (Harris Dickinson), Aurora cria uma nova ameaça para Malévola na forma de sua sogra, a Rainha Ingrith, que resolve se tornar uma “mãe de verdade” para a jovem. Furiosa, Malévola deixa seus piores instintos prevalecerem ao entrar em guerra contra a mãe de Filipe. “Malévola: Dona do Mal” foi escrita por Jez Butterworth (roteirista de “No Limite do Amanhã”) e Linda Woolverton (do primeiro “Malévola”). A direção está a cargo do norueguês Joachim Rønning (“Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar”) e as novidades do elenco também incluem Ed Skrein (“Deadpool”) e Chiwetel Ejiofor (“12 Anos de Escravidão”). A estreia em 17 de outubro vai encerrar um ano repleto de lançamentos de versões live-action de animações da Disney, após “Dumbo”, “Aladdin” e “O Rei Leão” – sem esquecer de “A Dama e o Vagabundo”, anunciado para streaming.
Angelina Jolie e Michelle Pfeiffer entram em guerra no trailer épico de Malévola 2
A Disney divulgou o trailer completo legendado de “Malévola: Dona do Mal”, que continua a revisão da fábula encantada “A Bela Adormecida”. Nesta versão do conto de fadas, a Malévola de Angelina Jolie é malvada só de nome e supera suas tendências sombrias para criar a Princesa Aurora (Elle Fanning) como sua própria filha. Mas este não foi o final feliz da história, como mostra a prévia épica da sequência. Ao decidir se casar com o Príncipe Felipe (Harris Dickinson), Aurora cria uma nova ameaça para Malévola na forma de sua sogra, a Rainha Ingrith, vivida por Michelle Pfeiffer (“Homem-Formiga e a Vespa”), que resolve se tornar uma “mãe de verdade” para a jovem. Furiosa, Malévola deixa seus piores instintos prevalecerem ao entrar em guerra contra a mãe de Filipe. Mas as manipulações e batalhas ao estilo “Game of Thrones” são apenas o começo, como demonstra a aparição de outras “criaturas”. “Malévola: Dona do Mal” foi escrita por Jez Butterworth (roteirista de “No Limite do Amanhã”) e Linda Woolverton (do primeiro “Malévola”). A direção está a cargo do norueguês Joachim Rønning (“Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar”) e as novidades do elenco também incluem Ed Skrein (“Deadpool”) e Chiwetel Ejiofor (“12 Anos de Escravidão”). A estreia em 17 de outubro vai encerrar um ano repleto de lançamentos de versões live-action de animações da Disney, após “Dumbo”, “Aladdin” e “O Rei Leão” – sem esquecer de “A Dama e o Vagabundo”, anunciado para streaming.
Midway: Filme de guerra do diretor de Independence Day ganha trailer explosivo
A Lionsgate divulgou o pôster, sete fotos e o primeiro trailer de “Midway”, versão do cineasta Roland Emmerich (de “Independence Day”) para uma das batalhas navais mais famosas da 2ª Guerra Mundial. A prévia enfatiza a principal característica dos filmes do diretor: destruição em escala grandiosa, com cenas do ataque japonês à base de Pearl Harbor, que encerrou a neutralidade dos Estados Unidos na guerra, e a grande batalha que se seguiu no oceano Pacífico, em que os americanos revidaram. O diferencial para outros filmes do período é mesmo a escala maximizada da ação. Mas não é a primeira vez que “Midway” é vendida com grandiosidade cinematográfica. Em 1976, “A Batalha de Midway”, estrelada por um grandioso elenco masculino – Charlton Heston, Henry Fonda, James Coburn, Robert Mitchum, Glenn Ford, Robert Wagner, Cliff Robertson e Toshirô Mifune – , foi o segundo filme a usar a tecnologia sonora Senssuround, criada para intensificar os tremores do filme de desastre “Terremoto” (1974). Em tempos modernos, outro adepto do cinema bombástico, o diretor Michael Bay, já usou de estilo explosivo em projeto similar, “Pearl Harbor”, fracasso dispendioso de público e crítica em 2001. “Midway” tem a vantagem – ou desvantagem, dependendo do ponto do vista – de vir após “Dunkirk” (2017), que reviveu o interesse em filmes do gênero. Muitas das tomadas aéreas que aparecem na prévia evocam o filme de Christopher Nolan. O confronto marítimo retratado no longa aconteceu ao longo de quatro dias em junho de 1942, entre a marinha americana e uma numerosa frota japonesa, que pretendia um novo ataque-surpresa aos EUA, seis meses após atacar Pearl Harbor, agressão que marcou o início da guerra no Oceano Pacífico. Mas a invasão japonesa foi antecipada pela interceptação e decifração de códigos secretos, permitindo às forças americanas saberem exatamente quando e por onde os navios inimigos chegariam. O resultado foi a destruição da frota invasora e um grande golpe na capacidade japonesa de tentar levar a guerra aos EUA. A produção da Lionsgate é estrelada por Ed Skrein (“Deadpool”), Luke Evans (“Drácula: A História Nunca Contada”), Patrick Wilson (“Aquaman”), Dennis Quaid (“Quatro Vidas de um Cachorro”), Woody Harrelson (“Três Anúncios para um Crime”), Mandy Moore (“This Is Us”), Darren Criss (“American Crime Story”), Nick Jonas (“Jumanji: Bem-Vindo à Selva”) e Aaron Eckhart (“Invasão a Londres”). A estreia está marcada para 7 de novembro no Brasil, um dia antes do lançamento nos Estados Unidos.
Malévola: Dona do Mal ganha primeiro trailer legendado
A Disney divulgou o primeiro trailer legendado da continuação de “Malévola”, que traz Angelina Jolie em clima de Rainha do Mal – ou, como revela o título nacional da produção: “Dona do Mal”. O filme original, lançado em 2014, fez mais de US$ 750 milhões nas bilheterias mundiais, ao revisitar o famoso conto de fadas da “Bela Adormecida” sob o ponto de vista da vilã. A trama mostrava que Malévola foi vítima da ganância de um rei inescrupuloso, que cortou suas asas e a abandonou para reinar sobre o sombrio pântano mágico do reino. Mas a prévia mostra a personagem como uma bruxa aterradora, de grandes asas negras, que volta a ameaçar o reino e assustar a Princesa Aurora (novamente vivida por Elle Fanning). Entre as novidades do elenco estão Michelle Pfeiffer (“Homem-Formiga e a Vespa”), Ed Skrein (“Deadpool”) e Chiwetel Ejiofor (“12 Anos de Escravidão”). “Malévola: Dona do Mal” foi escrita por Jez Butterworth (roteirista de “No Limite do Amanhã”) e Linda Woolverton (do primeiro “Malévola”) e a direção está a cargo do norueguês Joachim Rønning (“Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar”). A estreia em 17 de outubro vai encerrar um ano repleto de lançamentos de versões live-action de animações da Disney, após “Dumbo”, “O Rei Leão” e “Aladdin” – sem esquecer de “A Dama e o Vagabundo” em streaming.
Vídeo compara novo filme de Hellboy com os quadrinhos originais
A Lionsgate divulgou um vídeo de “Hellboy” focado nos quadrinhos do personagem. Repleto de cenas inéditas, o vídeo faz comparações do filme com as imagens concebidas por Mike Mignola, criador do herói, acompanhadas por depoimentos do próprio artista e do elenco da adaptação. O novo filme adapta a trama de quadrinhos conhecida como “The Wild Hunt”, uma minissérie de oito capítulos que introduz a ameaça de Nimue, a maior de todas as bruxas britânicas – e, segundo a lenda arthuriana, amante de Merlin. O papel é desempenhado por Milla Jovovich (da franquia “Resident Evil”). Escrito por Andrew Cosby (criador da série “Eureka”) e dirigido por Neil Marshall (“Legionário”, série “Game of Thrones”), o reboot de “Hellboy” ainda inclui em seu elenco Ian McShane (série “American Gods”), Sasha Lane (“American Honey”), Daniel Dae Kim (“Hawaii Five-0”), Penelope Mitchell (“The Vampire Diaries”), Sophie Okonedo (“Depois da Terra”) e Kristina Klebe (“Halloween – O Início”). A estreia está marcada para 16 de maio no Brasil, um mês depois do lançamento nos Estados Unidos.
Cena de Hellboy destaca a vilã vivida por Milla Jovovich
A Lionsgate divulgou uma cena inédita de “Hellboy”, reboot da franquia baseada nos quadrinhos de Mike Mignola. A prévia mostra uma tentativa da vilã vivida por Milla Jovovich (franquia “Resident Evil”) para convencer o protagonista a cumprir seu destino e causar o fim do mundo. A nova versão traz o ator David Harbour (o xerife Hopper na série “Stranger Things”) no papel consagrado por Ron Perlman e dispensa os demais heróis sobrenaturais vistos nos dois filmes anteriores, trocando-os por personagens vividos por Sasha Lane (“American Honey”) e Daniel Dae Kim (“Hawaii Five-0”), além de trazer Ian McShane (série “American Gods”) no papel do Professor Bruttenholm, interpretado pelo saudoso John Hurt nos longas originais. Para completar, Milla Jovovich tem o papel de Nimue, a maior de todas as bruxas britânicas, que volta à vida para trazer o apocalipse. Com roteiro de Andrew Cosby (criador da série “Eureka”) e direção de Neil Marshall (“Game of Thrones”), o filme estreia em 11 de abril no Brasil, um dia antes do lançamento nos Estados Unidos.
Angelina Jolie ilustra primeiro pôster da continuação de Malévola, que ganhou título oficial e data de estreia
A Disney divulgou o primeiro pôster da continuação de “Malévola”, que destaca Angelina Jolie e revela o título oficial da produção. A sequência vai se chamar, em inglês, “Maleficent: Mistress of Evil”. O cartaz também revela uma nova data de estreia: 18 de outubro de 2019 nos EUA – ainda sem confirmação no Brasil. A expectativa era que o longa só chegasse aos cinemas em 2020 para evitar o acúmulo de versões live-action de animações da Disney. Com o adiantamento, o estúdio vai lançar mais fábulas que filmes da Marvel em 2019 – além do segundo filme de “Malévola”, chegam ainda este ano “Dumbo”, “O Rei Leão” e “Aladdin”, sem esquecer de “A Dama e o Vagabundo” em streaming. A produção será a segunda continuação da atual leva de adaptações live-action da Disney. A primeira foi “Alice Através do Espelho”, que fracassou em 2016. O filme original, lançado em 2014, fez mais de US$ 750 milhões nas bilheterias mundiais, ao revisitar o famoso conto de fadas da “Bela Adormecida” sob o ponto de vista da vilã. A trama mostrava que Malévola foi vítima da ganância de um rei inescrupuloso, que cortou suas asas e a abandonou para reinar sobre o sombrio pântano mágico do reino. Além de Jolie de volta ao papel-título, o novo filme também trará Elle Fanning novamente como a princesa Aurora. Já as novidades no elenco ficam por conta de Michelle Pfeiffer (“Homem-Formiga e a Vespa”), Ed Skrein (“Deadpool”) e Chiwetel Ejiofor (“12 Anos de Escravidão”). A sequência foi escrita por Jez Butterworth (roteirista de “No Limite do Amanhã”) e Linda Woolverton (do primeiro “Malévola”) e a direção está a cargo do norueguês Joachim Rønning (“Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar”).
Novo filme de Hellboy ganha 16 fotos inéditas
A Lionsgate divulgou 16 fotos inéditas de “Hellboy”, reboot da franquia baseada nos quadrinhos de Mike Mignola. As imagens destacam o elenco renovado e o clima sombrio da trama, dirigida por Neil Marshall (“Game of Thrones”). A nova versão traz o ator David Harbour (o xerife Hopper na série “Stranger Things”) no papel consagrado por Ron Perlman e dispensa os demais heróis sobrenaturais vistos nos dois filmes anteriores, dirigidos por Guillermo Del Toro, trocando-os por personagens vividos por Sasha Lane (“American Honey”) e Daniel Dae Kim (“Hawaii Five-0”), além de trazer Ian McShane (série “American Gods”) no papel do Professor Bruttenholm, interpretado pelo saudoso John Hurt nos longas originais. Para completar, ainda há destaque para Milla Jovovich (franquia “Resident Evil”) no papel da vilã Nimue. Assinado por Andrew Cosby (criador da série “Eureka”), o roteiro adapta a trama de quadrinhos conhecida como “The Wild Hunt”. Trata-se de uma aventura em que Hellboy enfrenta Nimue, a maior de todas as bruxas britânicas – e, segundo a lenda arthuriana, amante de Merlin – , que volta à vida para trazer o apocalipse. A estreia está marcada para 11 de abril no Brasil, um dia antes do lançamento nos Estados Unidos.
Hellboy solta palavrões e piadas em novo trailer repleto de monstros digitais
A Lionsgate divulgou novos pôsteres e o segundo trailer de “Hellboy”, desta vez em versão “red band” (para maiores). Na prática, isto significa apenas mais palavrões, o que não faz diferença para quem vê sem legendas. De resto, o novo vídeo traz muito mais efeitos, que conjuram criaturas monstruosas e um clima sombrio. E que bom que o visual é caprichado, pois nenhuma das piadas apresentada nesses “melhores momentos” funciona. A ênfase nos efeitos digitais também é uma forma de demarcar a diferença entre este filme e os anteriores, dirigido por ninguém menos que Guillermo Del Toro (“A Forma da Água”), um fã de efeitos práticos de maquiagem. O novo diretor é Neil Marshall que, antes de comandar episódios de “Game of Thrones”, também era especialista em filmes de terror. A trilha continua nada a ver (mais um cover, desta vez de “Smoke on the Water”, do Deep Purple), e o vídeo ainda inclui uma versão resumida da origem do personagem-título – uma característica de reboots com mudança completa de elenco. A nova versão dos quadrinhos de Mike Mignola traz o ator David Harbour (o xerife Hopper na série “Stranger Things”) no papel consagrado por Ron Perlman e dispensa os demais heróis sobrenaturais vistos nos filmes de Del Toro, trocando-os por novos personagens vividos por Sasha Lane (“American Honey”) e Daniel Dae Kim (“Hawaii Five-0”), além de trazer Ian McShane (série “American Gods”) no papel do Professor Bruttenholm, interpretado pelo saudoso John Hurt nos longas originais. Para completar, ainda há destaque para Milla Jovovich (franquia “Resident Evil”) no papel da vilã Nimue. Assinado por Andrew Cosby (criador da série “Eureka”), o roteiro adapta a trama de quadrinhos conhecida como “The Wild Hunt”. Trata-se de uma aventura em que Hellboy enfrenta Nimue, a maior de todas as bruxas britânicas – e, segundo a lenda arthuriana, amante de Merlin – , que volta à vida para trazer o apocalipse. A estreia está marcada para 11 de abril no Brasil, um dia antes do lançamento nos Estados Unidos.
Alita – Anjo de Combate tem ambição demais para seu próprio bem
Após duas décadas existindo como filme apenas na cabeça de James Cameron, o mangá cyberpunk “Alita: Anjo de Combate”, de Yukito Kishiro, finalmente ganhou a adaptação hollywoodiana que o cineasta visionário tanto sonhou. Mas dirigido por Robert Rodriguez, porque Cameron anda mais preocupado com as sequências de “Avatar”. Mesmo assim, o resultado (ainda bem) tem muito mais a cara do cineasta de produções monumentais como “Titanic”, “Avatar” e “O Exterminador do Futuro 2” que a do diretor de filmes baratos como “El Mariachi”, “Machete”, “Planeta Terror” e “Sin City”. Rodriguez nunca escondeu que estava fazendo um filme de (escrito e produzido por) James Cameron, o que se pode vislumbrar na megalomania impressa da primeira à última cena, um espetáculo em escala gigantesca que mantém o espectador imerso na ação. A premissa é básica, a trama soa familiar, mas o mérito de Cameron e Rodriguez como contadores de histórias é nunca deixar de envolver o espectador. Não fazem isso por meio do roteiro, que jamais foi o forte de Cameron, que adora diálogos ralos e bregas (I’d give you my heart?), nem somente com os efeitos digitais da turma de Peter Jackson, que são realmente impressionantes (a parte do Motorball é um espanto), nem apenas com as cenas de ação. Mas com uma somatória de elementos. Inclusive, quando abraça uma brutalidade típica do começo da carreira de Cameron (e de Paul Verhoeven, vai), trazendo mais violência para a tela que se espera de um tradicional blockbuster para toda a família. A trama imersiva, os efeitos e a ação também ganham credibilidade devido ao carisma de Rosa Salazar (da franquia “Maze Runner”) como intérprete da personagem principal. Mesmo emprestando seus dotes físicos e artísticos para a captura de movimento dar vida à adorável ciborgue, é sua humanidade como atriz que faz com que o público se importe com Alita; que ria e se emocione com suas descobertas, ora alegres, ora dolorosas, de um mundo que ela esqueceu e no qual possui um papel definitivo que jamais imaginou. Isso desde o momento em que têm seus pedaços encontrados num ferro-velho e reconstruídos por um cientista (Christoph Waltz). Mesmo destruída e com olhos de dimensões irreais – uma homenagem ao mangá original – , ela consegue funcionar, porque Rosa Salazar faz acreditar que ela é real – a ponto de sua interpretação deixar as participações de Jennifer Connelly e Mahershala Ali em segundo plano. Infelizmente, porém, por mais que o esforço seja legítimo, o filme acaba não correspondendo. Resulta em apenas mais uma sci-fi/fantasia genérica feita para virar franquia, ao sucumbir ao impulso atual da indústria para gerar sequels e prequels, numa combinação letal com a megalomania de James Cameron. “Avatar” terá várias sequências, como sabemos, mas o diretor fez do original de 2009 um filme certinho, fechado, completo. É gigantesco tanto na ambição quanto na execução, mas vai direto ao ponto. Como arrebentou nas bilheterias, Cameron teve o sinal verde que queria para continuar a saga. Mas se tivesse naufragado, goste-se ou não, continuaria sendo um filme único. Já “Alita” foi pensada, desde o começo, para ter continuação. Entretanto, seria um filme melhor se Cameron e Rodriguez se concentrassem em desenvolver uma história fechada, focada num arco menor. Em vez disso, a trama, digamos assim, parece ainda estar na metade quando rolam os créditos finais. Com isso, o filme resulta equivocadamente incompleto e preocupado acima de tudo em preparar o público para as continuações. E isso é de uma irresponsabilidade absurda, já que a decisão criativa de explorar a franquia depende do sucesso financeiro, o que as bilheterias da estreia já colocaram em risco.
Se a Rua Beale Falasse usa a beleza do amor para enfrentar a feiura do racismo
O cinema poucas vezes neste século soube traduzir o amor em imagens tão belas. Na adaptação do livro “Se a Rua Beale Falasse”, o cineasta Barry Jenkins (de “Moonlight”) faz com imagens o que o autor James Baldwin faz com palavras: pura poesia. Mas há uma razão para o filme ser tão belo. Jenkins quer que o amor vença a dureza da realidade, os preconceitos e o racismo nojento que destrói sonhos. Como os do jovem casal Tish (a estreante KiKi Layne) e Fonny (Stephan James), que cresceram juntos e se apaixonaram nos anos dourados da juventude. Mas antes de entrarem na complexidade da vida adulta e em entre as quatro paredes que testam a força de qualquer relacionamento, ela engravida e Fonny é preso injustamente. A acusação é estupro, mas estamos falando de uma sentença decretada pela cor da pele. Se hoje seria missão impossível para um inocente sair da cadeia com esse peso nas costas, imagine para um homem negro em plena década de 1970. É natural pensar que, a partir deste ponto, “Se a Rua Beale Falasse” ganhará status de novelão, mas Barry Jenkins não quer saber de melodrama. Também não quer transformar a prisão de Fonny em busca de justiça a qualquer preço ou fazer do personagem um mártir. O diretor e roteirista está interessado em contrastes, embora deixe clara sua intenção de preferir o amor ao discurso político e social, tarefa que cabe a quem assistir ao filme. Para cada sorriso, uma lágrima. Para cada cena feliz, uma tristeza chega repentinamente para equilibrar o tom. Por exemplo, repare na cena em que os pais de Tish convidam a família de Fonny para o anúncio da gravidez da menina. A alegria logo dá lugar a um estressante desentendimento, carregado de mágoa, como uma reviravolta que acontece no meio de encontros casuais nas melhores famílias. Em outra cena, Fonny e um amigo tem um papo descontraído, pouco a pouco substituído pela melancolia e o medo causado pelo racismo. Existem outras cenas que revelam essa dualidade, como a abertura do filme, com Tish e Fonny caminhando juntos para Barry Jenkins mostrá-los logo depois separados por um vidro. Mas não pense que o choro sempre interrompe um sorriso, porque Barry Jenkins se recusa a abraçar a tragédia mesmo nos momentos mais difíceis para o casal. O cineasta nunca esconde a existência do ódio e a ameaça dos brancos racistas, mas não é panfletário, e coloca o amor acima de tudo. Quando não há mais esperança, ele tem a ousadia de entregar uma cena de parto natural, que representa um novo começo e é uma das coisas mais maravilhosas do cinema recente. Onde Barry Jenkins e o diretor de fotografia James Laxton colocaram a maldita câmera nesta cena? Teria sido um truque de CGI e edição imperceptível como fez Alejandro González Iñárritu ao longo de “Birdman”? Provavelmente, apenas a magia do cinema. Jenkins ainda é jovem e tem muito para dar à sétima arte. Mas ele está no controle de seu ofício em “Se a Rua Beale Falasse”. Só um diretor experiente deixaria a trama fluir sem ruídos na narrativa ao entrelaçar seu filme com idas e vindas entre passado e presente. A montagem se confunde na linha temporal, mas se organiza facilmente na mente do espectador embriagado com tanta beleza. Sua sintonia profunda com a música belíssima de Nicholas Britell é o cinema dizendo que a vida tem trilha sonora. E é curioso que Jenkins abra o filme contando o elo do jazz e Louis Armstrong com a Rua Beale, em New Orleans, mas jamais mostre músicos exercendo suas profissões. Ele mostra discos tocando e é só. É como se a música tocasse para valer apenas nas mentes de Tish e Fonny. Para completar, é preciso destacar ainda a bravura de Regina King como a mãe de Tish, que coloca o amor pela filha acima de sua própria vida. É tudo muito honesto e direto, com personagens excessivamente em closes, olhando para dentro de nossos olhos. O racismo é real e você precisa ver que ele está lá. Mas também precisa ter esperança e se agarrar ao que te faz feliz.
Alita: Anjo de Combate pede para não ser subestimada em novo comercial
A Fox divulgou o comercial de “Alita: Anjo de Combate” exibido no intervalo do Super Bowl na TV americana. O vídeo traz a protagonista dizendo que não é para subestimá-la, o que é um marketing metalinguístico, considerando as críticas negativas da imprensa. Além de Rosa Salazar (de “Bird Box”) no papel-título, o filme traz Christoph Waltz (“Django Livre”), Jennifer Connelly (“Noé”), Keean Johnson (série “Nashville”), Mahershala Ali (“Moonlight”), Casper Van Dien (“Tropas Estrelares”), Michelle Rodriguez (“Velozes e Furiosos”), Ed Skrein (“Deadpool”) e Eiza González (“Em Ritmo de Fuga”) em dois papéis diferentes. A história adapta o mangá criado por Yukito Kishiro em 1990 sobre a ciborgue do século 26 chamada Alita, que é encontrada em um ferro-velho por um cientista. Sem memórias, ela demonstra uma habilidade letal para as artes marciais e tenta ser aceita entre os humanos, enquanto é perseguida por conta de seu passado. A adaptação foi escrita pelo cineasta James Cameron (“Avatar”), que também assina a produção e tinha planos para dirigir o filme, mas perdeu o ímpeto ao mergulhar na megalomania das sequências de “Avatar”. Assim, o longa passou para as mãos de Robert Rodriguez (“Sin City”). A estreia está marcada para o dia 14 de fevereiro no Brasil, um dia antes do lançamento nos Estados Unidos.








