Netflix culpa Brasil por queda nos lucros do 3º trimestre
Plataforma registrou despesa de US$ 619 milhões com tributos no país após decisão do STF
Desenho ideológico “Tuttle Twins” provoca polêmica em canal infantil da Argentina
Série americana sobre economia e bitcoin é alvo de críticas por suposta doutrinação na TV estatal argentina
Felipe Neto desafia Armínio Fraga a viver com salário mínimo após proposta de congelamento: “Topa?”
Influenciador propôs um experimento social ao economista em reação à sugestão de congelar o piso salarial por seis anos
Sony encerra gradualmente produção de discos Blu-Ray
Decisão faz parte de corte na divisão de mídia, em decorrência da popularidade crescente do streaming, e já levou à demissão de 250 funcionários no Japão
Ex-BBBs Michel e Nizam expõem dívidas após encerrar contrato com a Globo
Os ex-participantes do "BBB 24" estão desapegando de prêmios e bens pessoais para abater despesas por participar do programa
Beatriz e Gil do Vigor gravam comercial juntos
Os dois ex-BBBs participaram de uma campanha de uma empresa farmacêutica para celebrar o Dia dos Genéricos
Mais de 100 entidades defendem lei do streaming, atacada por fake news bolsonaristas
Chamada de "PL da Globo" por políticos da direita, projeto de lei é fundamental para a produção de filmes e séries brasileiras
Gil do Vigor lamenta perda de seguidores após dicas de finanças
Gil do Vigor publicou um desabafo na terça-feira (2/1) ao descobrir que perdeu mais de 45 mil seguidores no Instagram. O economista refletiu sobre a troca de conteúdo que fez recentemente, onde passou a dar dicas de finanças, e avaliou que pode não ter agradado seu público. “Não ligo para números, mas apenas para vocês terem uma noção, nos últimos sete dias, eu fiz conteúdo sobre endividamento, depósito do FGTS e hoje sobre os juros do cartão de crédito. Não sofri nenhum cancelamento, mas ainda assim se foram 45 mil seguidores”, ele declarou nos Stories. Apesar do choque, Gil enfatizou que não vai voltar atrás na editoria do perfil somente para recuperar seus seguidores: “Eu seguirei sem me encaixar”, garantiu o ex-BBB. “Eu escolho o que vou postar e quando postar, não deixarei de alertar meus vigorosos e vigorentos, pois é importante e, gostem ou não, seguirei defendendo o que eu acredito, educação”. “Vamos valorizar a educação, pessoal, os criadores de conteúdo que se esforçam para de alguma forma fazer a diferença e existem muitos que fazem um trabalho incrível, fiquem atentos”, completou o ex-BBB.
Bolsonaro encaminha projeto que pode acabar com cinema brasileiro
O governo Bolsonaro está querendo acabar com o financiamento da atividade cinematográfica do país. O jornal Folha de S. Paulo apurou que o projeto do plano orçamentário de 2023, enviado nesta semana ao Congresso, traz a exclusão da Condecine. A taxa é o que mantém a produção do cinema brasileiro. Cobrada junto à indústria de telefonia e audiovisual, Condecine significa, textualmente, Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional. Pela lei, as empresas audiovisuais têm seu lucro taxado para ajudar a produzir novos conteúdos e assim fazer crescer todo o setor, funcionando tanto como fomento como regulação. A verba arrecada é o que alimenta o FSA (Fundo Setorial do Audiovisual), operado pela Ancine (Agência Nacional de Cinema) para financiar produções de filmes, séries e games brasileiros. Não é dinheiro de imposto de renda ou de verbas de outros segmentos, como saúde e educação. Trata-se de uma taxa que incide apenas sobre empresas que faturam com o audiovisual, via exibição nos cinemas, TV paga e outros serviços. No FSA, esse dinheiro garante o investimento em novos projetos de diferentes produtores e nichos. “Toda a diversidade da cultura brasileira pode ser registrada no audiovisual justamente porque a gente tem dinheiro no fundo”, disse Vera Zaverucha, especialista no setor e ex-dirigente da Ancine, para a Folha. “Extinguir a Condecine acaba com o cinema no Brasil, principalmente o que é feito pelas produtoras independentes”, acrescentou. O cineasta André Sturm, diretor do cinema Petra Belas Artes, em São Paulo, disse à Folha que ficou “chocado” e espera que seja “um engano, porque significa interromper o funcionamento do audiovisual brasileiro”. O produtor Manoel Rangel, ex-diretor-presidente da Ancine, acrescenta que a proposta “é mais uma irresponsabilidade do governo Bolsonaro com as contas públicas, a cultura brasileira e a produção audiovisual” e “uma insanidade dos tecnocratas a serviço do lobby de determinadas empresas”. Ele acusa: “Um governo que tem apenas mais três meses de exercício de mandato não tem o direito de mudar algo que foi construído em anos de atuação pública do país para o desenvolvimento do audiovisual.” Debora Ivanov, da Gullane, uma das maiores produtoras do país, aponta para o caos que virá com o fim do Condecine. “Ele é responsável por toda a cadeia produtiva, gerando milhares de postos de trabalho, ampliando nossa presença nos canais de TV por assinatura, conquistando prêmios e mercados pelo mundo, além de contribuir com o incremento da economia.” O fim da Condecine pode realmente criar a maior crise já enfrentada pelo cinema nacional, pior até que a implosão associada ao fim da Embrafilme e do Concine decretado por Fernando Collor, outro presidente de direita. Em 1992, último ano do governo Collor, apenas três filmes brasileiros chegaram às telas, em resultado direto de suas ações. Foram iniciativas como a Lei do Audiovisual, o Condecine e o FSA, criados nos governos de Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Lula, num entendimento em comum sobre as necessidades da indústria audiovisual, que permitiram desde a chamada Retomada do setor até o crescimento do número de cinemas e bilheterias no Brasil. Bolsonaro já havia vetado integralmente o projeto que prorrogava a Lei do Audiovisual. Também vetou o Recine, que incentivava a criação de novos cinemas, além de várias leis de fomento, como a Lei Paulo Gustavo. Também deixou vencer a política de cotas de telas e proibiu apoio de estatais a filmes e eventos do setor. Tudo isto em plena pandemia, num ataque frontal contra a economia. Para justificar seu plano de destruição, Bolsonaro chegou a dizer que o Brasil não faz filmes bons. “Há quanto tempo a gente não faz um bom filme, não é?”, ele disse sobre a indústria nacional numa live de 2019 – ignorando, para variar todas as premiações em festival internacionais que contrariam a distorção. Seus vetos anteriores, porém, foram revertidos no Congresso, onde o orçamento de 2023 será discutido. Artistas e associações do setor devem reagir em peso contra a medida e pressionar por novo veto.
Filme de herdeira da Disney critica executivos milionários e salários baixos na Disneylândia
A produtora Fork Films divulgou o primeiro trailer de “The American Dream and Other Fairy Tales”, documentário que expõe as condições miseráveis dos trabalhadores da Disneylândia, em contraste com a vida luxuosa dos altos executivos da Disney. O diferencial deste documentário é que ele foi dirigido por Kathleen Hughes (“The Armor of Light”) em parceria com a ativista social Abigail Disney, neta de Roy O. Disney, um dos fundadores da The Walt Disney Company ao lado do seu irmão Walt. O filme apresenta o olhar de Abigail Disney sobre a economia disfuncional e desigual dos Estados Unidos, questionando o motivo pelo qual o “sonho americano” funciona para os ricos, mas é um pesadelo para os pobres. Usando a história de sua família, a Abigail explora como essa injustiça sistêmica se consolidou na sociedade, ao mesmo tempo que tentar imaginar o caminho para um futuro mais justo. No trailer, é possível ver um pouco da briga comprada por Abigail Disney contra injustiça social, inclusive em sua empresa. Ela tem criticado abertamente as práticas salariais da The Walt Disney Company, clamando por mais igualdade salarial, o que a levou a ser chamada de “socialista” pelo Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos EUA. Em certo momento, Abigail exemplifica a injustiça salarial. Ela fala que um zelador da Disneylândia precisaria trabalhar por dois mil anos para ganhar o que Bob Iger (antigo presidente da Disney) ganhava em um. “Esta não é apenas a história da Disney”, diz ela. “É a história de quase metade dos trabalhadores americanos que mal conseguem sobreviver.” Recheado de elogios da crítica, que o definem como “convincente”, “poderoso” e “um estudo de caso sobre a falta de coração do corporativismo”, “The American Dream and Other Fairy Tales” teve première no Festival de Sundance e vai iniciar sua trajetória no circuito de exibição limitada nos EUA em 16 de setembro. Ainda não há previsão de lançamento no Brasil.
Forum Spcine revela importância do setor audiovisual para a economia
A Secretaria de Cultura da cidade de São Paulo apresenta entre esta terça (10/5) e quinta (11/5) o Forum Spcine, evento que reúne representantes do setor audiovisual da América Latina para discutir a agenda de retomada do audiovisual no pós-pandemia, mas principalmente apresentar dados financeiros do setor, num balanço do impacto econômico gerado pelos seis anos de funcionamento da agência paulistana de fomento. Os dados do retorno da Spcine são impressionantes. O levantamento contábil da agência indica que cada R$ 1 investido pela prefeitura paulistana na produção de um filme ou série na cidade gerou mais de R$ 20 para a economia municipal. A Spcine também pesquisou o retorno financeiro do fomento nacional para revelar que cada real investido por mecanismos como as leis de incentivo federal e o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) retornam aos cofres públicos R$ 15 em impostos. O que torna mais difícil para o governo Bolsonaro defender veto, congelar ou desmontar iniciativas que visam estimular o crescimento do setor. Outra informação para desmontar argumentos de quem não consegue ver importância econômica na Cultura: estimativas da Ancine, a Agência Nacional do Cinema, apontam que o setor audiovisual brasileiro movimentou em 2018, último ano antes do estrago causado por Bolsonaro, um valor maior do que as indústrias têxtil e farmacêutica, estimulando também empresas prestadoras de serviços como hotelaria, alimentação e transporte para as equipes – serviços que estão entre os mais afetados pela pandemia. “A sociedade conhece pouco os dados do setor audiovisual. Não tem como a gente debater políticas para o setor sem entender quão estratégico ele é”, afirma Viviane Ferreira, presidente da Spcine, comentando os valores para o jornal Folha de S. Paulo. Para ela, os dados obtidos pelo serviço de inteligência da agência junto à Secretaria Municipal da Fazenda, o IBGE e a Ancine “mostram para a gente que a economia criativa faz sentido.” O levantamento indica ainda que a produção audiovisual emprega anualmente cerca de 210 mil pessoas apenas na cidade de São Paulo, além de outras 290 mil de forma indireta, por meio da rede de serviços que estimula, movimentando R$ 5 bilhões no próprio setor audiovisual e outros R$ 6 bilhões em áreas relacionadas. Apesar disso, a Ancine congelou sua política de incentivo durante o governo Bolsonaro, com uma paralisação no repasse da verba do FSA que atrasou centenas de produções de cinema e televisão no país e causou preocupação no setor. Um montante de R$ 5 milhões do FSA seria destinado a 52 projetos de editais da Spcine, que ainda não foram liberados aos realizadores. Tão importante quanto as revelações feitas por estes dados é o próprio sucesso da Spcine. Embora o Brasil esteja acostumado com as destruições de iniciativas bem-sucedidas a cada mudança de governo, como Bolsonaro fez com o Bolsa Família, a Spcine demonstra que progresso é seguir em frente e não parar para recomeçar sempre. Afinal, a agência foi uma boa ideia de um governo petista, iniciada na gestão do prefeito Fernando Haddad, que foi encapada e fortalecida por um rival, o falecido prefeito tucano Bruno Covas, que ampliou seu alcance para meios digitais e lhe destinou maior investimento. Agora, o atual prefeito Ricardo Nunes incluiu estudos da Spcine na legislação municipal, ao assinar nesta terça (10/5), durante a abertura do Forum, decreto que estabelece normas e viabiliza filmagens em ZER (Zonas Exclusivamente Residenciais) na capital paulista. “Isso diminui a dificuldade do diálogo para se fazer filmagens nos bairros da cidade. Isso é um grande avanço”, afirmou a secretária municipal de Cultura, Aline Torres. Não há melhor exemplo de como a continuidade de políticas públicas é fundamental para o crescimento do país.
Coreia do Norte diz que “Round 6” representa fracasso violento do capitalismo
O sucesso de “Round 6” cruzou a fronteira extremamente vigiada entre as Coreias e passou a ser usado pela ditadura repressiva da Coréia do Norte como prova de que a cultura capitalista da Coréia do Sul é um fracasso “violento”. O site de propaganda norte-coreano Arirang Meari publicou uma crítica do drama de sobrevivência, descrevendo-o como um retrato da “triste realidade de uma sociedade sul-coreana violenta”. “’Round 6′ ganhou popularidade porque expõe a realidade da cultura capitalista sul-coreana”, diz o texto publicado na terça (12/10), e revela “um mundo em que só o dinheiro importa – um horror infernal”, no qual “a corrupção e os canalhas imorais são comuns”. “É a atual sociedade sul-coreana, onde o número de perdedores da competição acirrada por empregos, imóveis e ações aumenta dramaticamente”, segue o artigo de Arirang Meari. A Netflix não comentou a crítica comunista negativa. A trama da atração acompanha 456 competidores que, sufocados por dívidas, aceitam participar de uma competição mortal de origem misteriosa, lutando uns contra os outros em uma série de jogos infantis pela chance de ganhar 45,6 bilhões de won (cerca de US$ 38,5 milhões) em dinheiro. Um arco de história que pode ter enfurecido particularmente o regime da Coreia do Norte envolve a principal personagem feminina da história, Kang Sae-byeok (Jung Ho-yeon), que é um desertora norte-coreana e entrou no torneio para tirar seu irmão mais novo de um orfanato e resgatar sua mãe, detida na China depois de fugir da Coreia do Norte. Série mais popular da Netflix em todos os tempos, “Round 6” bateu o recorde de visualizações da plataforma ao ser assistida por 111 milhões de perfis de assinantes em todo o mundo, nos primeiros 25 dias de sua disponibilização.











