Cineasta brasileira aponta semelhanças entre curta vencedor do Oscar e filme dirigido por ela
Gabriela Lamas afirma que "Eu Não Sou Um Robô", curta belga premiado, se parece com produção lançada por ela em 2020
Artistas mexicanos parodiam “Emilia Pérez” com estereótipos franceses
Filme indicado ao Oscar provoca críticas no México, levando artistas locais a responderem com curta-metragem satírico
Woody Allen vai dublar curta animado espanhol
"Mr. Fischer's Chair" revisita o Campeonato Mundial de Xadrez de 1972 e também credita o cineasta como co-produtor
Luísa Sonza lança “Escândalo Íntimo – O Filme” na internet
Projeto é um curta, que reúne cenas dos clipes com narração da cantora, mas sem músicas de seu disco
Curta brasileiro “Amarela” concorre à Palma de Ouro em Cannes
Selecionado para o festival francês, filme de André Hayato Saito retrata a experiência de uma adolescente durante a final da Copa de 1998
Sony lança curta animado inédito do Homem-Aranha. Veja
Desenho traz Miles Morales enfrentando crise de ansiedade ao dividir seu cotidiano de adolescente com vida de super-herói
Manu Gavassi repercute com vídeo de crítica à indústria musical atual
Manu Gavassi lançou um curta-metragem no Youtube e redes sociais, intitulado “Programa de Proteção à Carreira Artística”, que rapidamente viralizou e atraiu comentários de vários famosos. Escrito, dirigido e protagonizado em dose dupla pela artista, a produção faz uma sátira sobre agências de assessoria de carreira artística. O vídeo traz Manu expressando seu desejo de retornar à música, momento em que é confrontada com opções para alavancar a carreira, incluindo “opções de polêmica”, como término de namoro e traição, refletindo a fórmula demandada pela indústria fonográfica. Caso não queira seguir as dicas, ela precisa assumir que está pronta para o fracasso. Em outra fase, a atendente (também interpretada por ela) lhe oferece conceitos temáticos para enquadrar seu próximo lançamento. E desta vez a alternativa para não querer se enquadrar é fazer publicidade no Instagram. O vídeo culmina com uma cena poderosa: Manu decide, então, desistir da carreira, mas é forçada a voltar para a cadeira e forçada a se submeter. A atendente do programa enfatiza então como a sensibilidade e o tempo necessário para o processo criativo de alguns artistas são incompatíveis com as normas de sucesso atuais. Essa cena, em particular, parece ter ressoado fortemente com os artistas que assistiram ao vídeo. Repercussão Cantoras como Anitta, Ludmilla, Priscilla Alcântara e Mariana Xavier comentaram que se viram refletidas no vídeo. Anitta, por exemplo, comentou ironicamente sobre a frequência com que se viu em situações semelhantes descritas no curta: “Levanta a mão quem também foi pra essa salinha 10 vezes esse ano”, ela mencionou. Priscilla, recentemente transicionada do gospel para o pop, se emocionou com o vídeo, descrevendo sua reação como “Chorrindo. Incrível”. Já a atriz Mariana Xavier refletiu sobre as pressões da indústria, afirmando: “Tenho pensado tanto sobre isso. Sobre como o modelo atual do ‘sucesso’, nos cobrando produtividade e presença maciças, nos empurra na direção contrária à essência que faz de nós artistas”. Giulia (ex-B), que fez uma alteração no nome artístico, também elogiou: “Te venero. Isso tá demais. Já assisti 10 vezes, no mínimo.” Mas a iniciativa também sofreu críticas. A jornalista Carol Prado, do grupo Globo, chamou a crítica de Gavasi de “rasa como um pires” e ainda detonou a postura de artistas do mainstream que criticam a indústria enquanto se beneficiam dela. Novo projeto O vídeo chama atenção para Manu no momento em que ela inicia um novo projeto, que incluirá três músicas e quatro curtas-metragens. “Programa de Proteção à Carreira Artística” é apenas o primeiro curta da nova fase. Uma postagem do Instagram mostrou que os próximos curtas contarão com participações especiais das atrizes Leticia Colin e Pathy de Jesus. Além disso, mostrarão Manu em diversas situações na cidade de São Paulo, incluindo cenas em que ela aparece cantando em um bar e em uma reunião tensa.
A Noite das Bruxas: Novo mistério de Agatha Christie é principal estreia de cinema
O novo filme de mistério “A Noite das Bruxas” volta a trazer o detetive Hercule Poirot, vivido por Kenneth Brannagh, de volta aos cinemas. Com distribuição modesta em 600 salas, ele é lançamento mais amplo desta quinta (14/9) e terá a companhia da comédia brasileira “Tire 5 Cartas”, entre os principais lançamentos da semana, que também incluem o média metragem de Pedro Almodóver “Estranha Forma de Vida”, o relançamento comemorativo do cult sul-coreano “Old Boy”, o suspense intenso “Sem Ar”, a animação brasileira “A Ilha dos Ilus” e outros títulos. Confira detalhes e trailers abaixo. A NOITE DAS BRUXAS O terceiro filme recente de mistérios de Agatha Christie, dirigido e estrelado por Kenneth Brannagh como o detetive Hercule Poirot, adapta um dos últimos e menos conhecidos livros da escritora britânica, em contraste com as produções anteriores, “Assassinato no Expresso Oriente” (2017) e “Morte no Nilo” (2022), baseadas em obras populares. Isso permite ao roteirista Michael Green tomar muitas liberdades com a história, que encontra Poirot já aposentado em Veneza, onde é persuadido por sua amiga Ariadne Oliver (interpretada por Tina Fey, de “30 Rock”) a participar de uma sessão espírita. O objetivo é descobrir se a médium Joyce (Michelle Yeoh, vencedora do Oscar por “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”) é uma farsante. O evento ocorre no palazzo onde uma mulher chamada Alicia morreu sob circunstâncias misteriosas. Durante a sessão, um dos convidados morre, instigando Poirot a iniciar uma investigação para identificar o assassino entre os presentes. O filme conta com um elenco internacional, que inclui Kelly Reilly (“Yellowstone”) como Rowena Drake, Jamie Dornan e Jude Hill (ambos do premiado filme “Belfast” de Branagh), e se destaca por seu design de produção e atmosfera gótica. Diferentemente das outras obras, esta pende para o fantástico, incluindo elementos sobrenaturais, aproximando-se do terror, embora preserve a essência de um mistério de Poirot. TIRE 5 CARTAS O novo filme de Diego Freitas (“Depois do Universo”) é uma comédia de trambiqueiros com acenos sobrenaturais. A trama se concentra em Fátima, interpretada por Lilia Cabral (“Divã”), uma taróloga que engana seus clientes com a cumplicidade de seu marido Lindoval (Stepan Nercessian, de “Os Parças”), ex-cover de Sidney Magal. A reviravolta ocorre quando um anel valioso e roubado entra em cena. Fátima decide ficar com o anel e foge para São Luís do Maranhão, sua terra natal, desencadeando uma série de eventos. O filme se destaca por ser a maior produção cinematográfica inteiramente rodada em São Luís e não deixou de incluir talentos locais, como Áurea Maranhão e César Boaes. Além disso, o elenco conta com participações especiais dos cantores Alcione e Sidney Magal, e influenciadores digitais como Thaynara OG e Mathy Lemos. ESTRANHA FORMA DE VIDA O mini western queer de 31 minutos de Pedro Almodóvar se desenrola em torno dos personagens Jake e Silva, vividos por Ethan Hawke (“Cavaleiro da Lua”) e Pedro Pascal (“The Last of Us”). Ambos foram um casal secreto 25 anos atrás e agora têm ocupações conflitantes: Jake se tornou o xerife da cidade desértica de Bitter Creek, enquanto Silva reaparece em sua vida com objetivos inicialmente misteriosos. Silva busca reacender um antigo romance, mas Jake enfrenta um dilema moral ligado às suas responsabilidades como xerife. O filme examina temas de amor, responsabilidade e conflito interno. A produção abrange não apenas as tensões românticas, mas também dilemas éticos, já que ambos os personagens se encontram ligados a uma busca por um jovem fora da lei. Esta complexa teia de eventos leva a uma prova de lealdade entre Jake e Silva. A trama, mesmo que breve, apresenta um rico pano de fundo visual, com um design de produção patrocinado pela grife francesa Saint Laurent. A obra foi descrita por Almodóvar como sua resposta ao icônico filme “O Segredo de Brokeback Mountain”, e chama atenção por suas escolhas visuais audaciosas, humor e personagens multifacetados, que proporcionam uma nova abordagem ao gênero western, brincando com suas convenções enquanto as homenageia. OLD BOY O clássico de Park Chan-wook volta aos cinemas em comemoração aos 20 anos de seu lançamento. Divisor de águas, “Old Boy” chamou atenção mundial para o cinema sul-coreano ao vencer o Grande Prêmio do Júri do Festival de Cannes. E se hoje é aclamado, na época da estreia dividiu opiniões por sua violência e reviravolta chocante. A produção é um thriller psicológico que narra a história de Oh Daesu (Choi Min-sik). Após uma noite de bebedeira, Daesu desaparece e acaba confinado em uma sala por 15 anos, sem saber o motivo ou o responsável por seu cárcere. A televisão se torna seu único contato com o mundo externo, e durante esse período ele descobre que se tornou suspeito de assassinato. Mas a prisão é apenas o começo da história, que deslancha quando Daesu é libertado, também sem motivo aparente, e busca se vingar. Ele tenta desvendar a identidade de seu captor e entender as razões por trás de seu encarceramento privado. O filme é conhecido por sua estrutura cuidadosamente elaborada e pela intensidade emocional, que não se limita apenas à violência física, mas se estende às complexidades dos personagens e suas motivações. O enredo se desenrola de forma a questionar não apenas “quem” é o responsável pelo encarceramento de Daesu, mas também “por que” ele foi aprisionado, tornando-se um estudo aprofundado da condição humana. O roteiro também introduz outros personagens importantes, como uma chef de sushi interpretada por Gang Hye-jung, que se torna uma aliada significativa para Daesu – e que choca o público ao ter seu papel na trama desvendado. Ao longo dos anos, a obra-prima de Park Chan-wook tem sido estudada em detalhes, rendendo diversas críticas e análises. Os elementos de vingança e fatalidade presentes na história costumam ser comparados a peças de vingança de Shakespeare, enquanto a violência foi alinhada ao cinema de Quentin Tarantino. Mas o filme não se destaca só por sua narrativa, mas também por sua realização técnica, incluindo uma cena de luta em que Daesu usa um martelo num corredor que se tornou icônica. Embora violento, “Old Boy” é muito mais pesado em seus aspectos psicológicos, que o tornam uma sessão de cinema realmente desconfortável. SEM AR Na linha dos thrillers de sobrevivência com garotas no fundo do mar, o longa de Maximilian Erlenwein (“Stereo”) é mais “Além das Profundezas” (2020) que “Medo Profundo” (2017). A produção alemã é, na verdade, um remake do filme norueguês, que troca a gélida paisagem nórdica por uma praia ensolarada na ilha de Malta. A trama acompanha duas irmãs, May (Louisa Krause) e Drew (Sophie Lowe), em uma situação desesperadora, quando um mergulho totalmente equipado termina com May presa por uma rocha no fundo do mar. A narrativa ganha urgência com a contagem regressiva do suprimento limitado de oxigênio das irmãs. A relação já tensa entre as duas é extrapolada pela necessidade iminente de sobrevivência, especialmente quando Drew tem que tomar decisões cruciais para salvar May num local sem suprimento ou outros habitantes que possam ajudá-la. O filme se destaca principalmente pela sua fotografia subaquática e pelas atuações de Krause e Lowe, que conseguem transmitir a tensão e o desespero da situação de forma convincente. Enquanto May é apresentada como a mais experiente e calma, Drew se revela uma personagem igualmente competente e engenhosa em situações críticas. A narrativa evita clichês comuns em filmes de suspense e sobrevivência, optando por um desenvolvimento mais realista dos eventos. A ÚLTIMA RAINHA Ambientado na Argélia do século 16, o épico histórico explora a aliança frágil entre o Rei Salim Toumi (Tahar Zaoui) e o pirata Aruj (Dali Benssalah) para derrotar os ocupantes espanhóis. Quando o rei é assassinado, o reino entra em caos. A Rainha Zaphira, interpretada por Adila Bendimerad, que também co-escreveu, co-dirigiu e co-produziu o filme, emerge como uma figura de resistência. A obra é a estreia na direção de longas de Damien Ounouri e Bendimerad, e teve trajetória em festivais, incluindo Veneza, onde encontrou receptividade, especialmente entre o público da diáspora argelina. A trama mergulha na história de Zaphira, inicialmente uma mulher politicamente ingênua que se transforma após a morte do rei. O enredo engloba a tensão sexual e a possível traição envolvendo Aruj, destacando principalmente cenas eletrizantes de diálogo entre Benssalah e Bendimerad. O filme também foi notado pelo seu vestuário opulento e sequências de ação ambiciosas, embora tenha como pontos negativos o excesso de didatismo para apresentar o pano de fundo histórico para o público internacional. A ILHA DOS ILUS O primeiro longa animado de Goiás a estrear no cinema acompanha Pocó, que está pronto para nascer e viver sua vida de cachorro. Porém, é enviado para uma família errada, o que o obriga a voltar para a Ilha dos Ilús, local mítico onde todos os animais “vivem” antes de nascerem. Inconformado, Pocó quer conhecer sua verdadeira família, mesmo que, para isso, precise descobrir a todo custo uma passagem secreta, que somente Rinco, o lider do clã dos animais rejeitados, sabe encontrar. Sua melhor amiga Oli o ajuda nessa jornada, só que ela é uma espiã da Gakra, uma réptil maligna que pretende invadir a ilha e abalar todo o reino animal. Voltado para crianças de 5 a 12 anos, o filme de Paulo G C Miranda venceu a categoria de Melhor Longa de Animação no Festival Infantil de Moscou (Rússia). PESSOAS HUMANAS Este suspense B panamenho-brasileiro de 2018 acompanha James, um imigrante colombiano que integra uma organização criminosa nos Estados Unidos, mas precisa voltar à sua terra natal, Medelín, com um único objetivo: conseguir um fígado e contrabandeá-lo de volta para os Estados Unidos. Nessa viagem, ele encontra outros criminosos, incluindo um brasileiro chamado João, e revive memórias de seu próprio passado violento. O papel de João é vivido por um brasileiro de verdade, o ator Roberto Birindelli (de “Dom”), mas o protagonista colombiano é interpretado pelo venezuelano Luis Fernandez, mais conhecido por novelas locais. AFTER: PARA SEMPRE O casal Tessa (Josephine Langford) e Hardin (Hero Fiennes Tiffin) vai tentar nova reconciliação, após quatro vexames de bilheteria e crítica. Com menos cenas quentes, o quinto filme pelo menos justifica porque a franquia se chama “After”. Uma dica: Hardin escreve um livro. Mas a dura verdade é que o romance do casal demonstrou não ter futuro desde o primeiro filme. Com míseros 17% de aprovação no site Rotten Tomatoes, o “After” inicial refletiu sua origem como fanfic ao materializar todos os clichês do gênero, com uma protagonista romântica recatada que encontra um rebelde bonitão e “perde a cabeça”. Mas o clima quentinho de “Cinquenta Tons de Cinza” sem perversões e para adolescentes empolgou muitas meninas. Assim, veio a continuação, “After: Depois da Verdade”, considerada ainda pior com apenas 14% de aprovação. E com faturamento de apenas US$ 2 milhões nas bilheterias dos EUA em 2020 – antes da pandemia! Finalmente, “After – Depois do Desencontro” (2021) conseguiu realizar a façanha que todos esperavam: atingiu 0% com a crítica, mantendo a bilheteria pingada de US$ 2 milhões no mercado doméstico. O desempenho crítico não piorou com “After: Depois da Promessa”, porque 0% é o limite, mas a bilheteria caiu para US$ 1 milhão no ano passado. Que expectativa se pode ter agora em relação ao quinto título? A direção destes últimos é de Castille Landon, que tem planos de fazer pelo menos mais dois longas. Seríssimo. MIRANTE O mirante é a janela de um apartamento em Porto Alegre em que o diretor Rodrigo John registra as mudanças do Brasil durante o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Nas janelas no centro da cidade, o lado de fora e o de dentro se sobrepõem.
Trailer apresenta série inspirada em curta vencedor do Oscar
A HBO Max divulgou o trailer da série animada baseada em “Hair Love”, produção premiada com o Oscar de Melhor Curta de Animação em 2020. O cineasta Matthew A. Cherry, que escreveu, dirigiu e produziu o curta original, é o responsável pela nova atração, batizada de “Young Love”. Ele trabalhou com o veterano animador Carl Jones (“The Boondocks”, “Black Dynamite”) para expandir o mundo da família Young – incluindo os pais Stephen e Angela, sua pequena filha Zuri e seu gato de estimação Rocky. A adaptação em série A trama edificante do curta original seguia a primeira tentativa de um pai afro-americano de arrumar o cabelo da filha, enquanto sua esposa se recuperava de um tratamento de câncer no hospital. A ideia para o projeto surgiu do desejo de Matthew de promover o amor ao cabelo negro, e ao mesmo tempo contrariar o estereótipo do pai negro ausente. A série vai mostrar o cotidiano da família, enquanto eles tentam equilibrar carreiras, casamento, paternidade, questões sociais e dinâmicas multigeracionais, esforçando-se para conseguir uma vida melhor. O elenco de dubladores inclui Kid Cudi (“Não Olhe para Cima”), Issa Rae (“Insecure”), Loretta Devine (“Grey’s Anatomy”), Harry Lennix (“The Blacklist”), Sheryl Lee Ralph (“Abbott Elementary”), a menina Brooke Monroe Conaway (“Soul Santa”) e a cantora Tamar Braxton. A origem de “Hair Love” Vale lembrar que “Hair Love” começou como uma produção independente, realizada graças a uma campanha de financiamento coletivo e só se materializou graças à dedicação do diretor, que era jogador de futebol americano antes de decidir seguir sua paixão pelo cinema. O curta é sua primeira animação, mas ele já tinha dirigido um longa, “9 Rides” (2016), premiado no circuito dos festivais indies dos EUA. Um mês depois de vencer o Oscar, “Hair Love” foi adquirido pela Sony, que está por trás do projeto da série. A estreia está marcada para 21 de setembro.
Documentário revela que brasileiros passam mais de 5 horas por dia no celular
Um novo documentário francês, “Dopamina – Os Efeitos das Redes Sociais no Cérebro”, revelou que os brasileiros passam, em média, 5 horas e 30 minutos por dia diante das telas de celulares. Esse tempo é superior ao gasto em países como França e Alemanha, onde a média é de cerca de 3h30, e nos Estados Unidos, onde o tempo médio gira em torno de 4 horas. A psicologia por trás dos smartphones Especialistas entrevistados no documentário explicam como esse padrão de comportamento já se transformou em hábito. “Quando somos recompensados de forma imprevisível, seja com likes, mensagens ou descobertas inesperadas, nosso cérebro entra em um estado de antecipação. A incerteza dessas recompensas cria um loop vicioso, onde nos sentimos compelidos a rolar o feed em busca de mais gratificação”, explica Laurent Madelain, especialista em comportamento humano. Com o tempo, a motivação inicial de receber recompensas é substituída pela rotina diária. Ao entrar no metrô ou esperar em uma fila, nosso cérebro automaticamente recorre ao telefone, sem pensar na possível recompensa. A própria situação se torna um gatilho para o uso do smartphone. Busca incessante por estímulos Mesmo que as recompensas se tornem escassas ou inexistentes, ainda continuamos rolando o feed em busca de algo interessante. Essa busca incessante por estímulos novos e agradáveis é alimentada pela memória de experiências passadas e pela esperança de que algo valioso esteja à espreita nas próximas rolagens. O documentário dirigido por Léo Favier e produzido pela ARTE France e Les Bons Clients investiga os impactos do consumo excessivo de smartphones e aplicativos. levanta questionamentos sobre essa conexão contínua com nossos dispositivos. “Estamos aproveitando ao máximo nosso tempo de forma produtiva? Ou estamos nos perdendo em um ciclo vicioso de hábitos digitais? É essencial refletirmos sobre nosso uso de smartphones e redes sociais, reconhecendo a importância de estabelecer um equilíbrio saudável entre a tecnologia e o mundo real”, questiona a obra. Onde assistir “Dopamina – Os Efeitos das Redes Sociais no Cérebro” será exibido no fim de agosto no canal pago Curta!, mas já está disponível em Curta!On – Clube de Documentários, acessível na Claro TV+ e pelo site curtaon.com.br. Novos assinantes inscritos pelo site têm sete dias de degustação gratuita de todo o conteúdo. Veja o trailer abaixo.
Continuação de “Up: Altas Aventuras” ganha trailer
A Disney divulgou o primeiro trailer do curta “Carl’s Date” (“Encontro do Carl”, em tradução literal), que dá continuidade a história de “Up: Altas Aventuras” (2009). A animação é mais uma produção da Disney com a Pixar e faz uma homenagem ao ator Ed Asner, voz original do ranzinza Carl Frederickson, que faleceu em 2021. Na prévia, o personagem aparece atordoado, preparando-se para um encontro e recebe a ajuda de Dug, seu cachorro falante. Na trama, Carl está relutando em ir ao seu primeiro encontro após a morte de sua esposa, Ellie, enquanto Dug tenta ajudar o colega com algumas dicas que deram certo com os conhecidos dele. O problema é que os amigos de Dug também são cachorros. A direção do curta é de Bob Peterson, que co-escreveu e co-dirigiu a animação original. O diretor também empresta a voz para Dug. O curta será lançado nos cinemas junto a animação “Elementos”, no dia 15 de junho. Curta-metragens acompanham estreias da Pixar Com o anúncio de “Carl’s Date”, a Disney retoma a tradição de sempre apresentar um curta animado antes da exibição de seus longas. O último filme do estúdio que veio acompanhando de um curta foi “Os Incríveis 2” (2018). O desenho extra foi “Bao”, que ganhou o Oscar de Melhor Curta-Metragem de Animação em 2019. “Up – Altas Aventuras” é um dos filmes mais celebrados da Pixar. Sucesso de público e crítica, o filme fez história ao se tornar a segunda animação (depois de “A Bela e a Fera”) a ser indicada ao Oscar de Melhor Filme. Ao todo, recebeu 5 indicações ao prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA e venceu duas categorias: Melhor Filme de Animação e Melhor Trilha-Sonora. Homenagem a Ed Asner O curta-metragem é um dos últimos trabalhos do ator e dublador Ed Asner. Ele faleceu em agosto de 2021, aos 91 anos, na cidade de Los Angeles. A causa da morte não foi revelada. O ator ficou conhecido por seus papéis na televisão americana, especialmente como o editor jornalístico Lou Grant na lendária sitcom “Mary Tyler Moore” (1970) e em seu próprio programa derivado. Seus últimos trabalhos incluíam participações nas séries “Grace & Frankie” (2019) e “Cobra Kai” (2018).
Jean-Luc Godard será homenageado em Cannes com trailer de filme inédito
O Festival de Cannes prestará homenagem ao diretor francês Jean-Luc Godard, que faleceu aos 91 anos em setembro de 2022, com a exibição de três filmes do artista – incluindo na lista o trailer de um projeto inédito. Intitulado “Drôles de Guerres”, a produção de 20 minutos seria a prévia de um filme que Godard morreu sem realizar. Pela duração, virou um curta-metragem. “Jean-Luc Godard frequentemente transformava suas sinopses em filmes estéticos. ‘Drôles de Guerres’ segue essa tradição e permanecerá como sua ação final no cinema”, disse o festival. O festival de cinema de Cannes divulgou o texto que acompanha o curta-metragem, que indica qual era a intenção do diretor com o projeto. “Não confiar mais nos bilhões de ditados do alfabeto para devolver a liberdade às metamorfoses incessantes e às metáforas de uma verdadeira linguagem, voltando aos lugares de filmagens passadas e levando em consideração as histórias presentes”, diz o texto. O filme será exibido na presença do colaborador de longa data de Godard, o cineasta Fabrice Aragno, que trabalhou com o diretor em “Nossa Música” (2004), “Film Socialisme” (2010), “Os Três Desastres” (2013) e “Adeus à Linguagem” (2014). Godard recorreu ao suicídio assistido na Suíça, onde vivia desde os anos 1970, no dia 13 de setembro. Fontes próximas ao diretor falaram que “ele não estava doente, estava simplesmente exausto” e, por conta disso, decidiu dar fim à sua vida. O diretor deixou um legado imensurável para a história do cinema, tendo dirigido filmes importantíssimos que ajudaram a revolucionar o cinema francês, como “Acossado” (1960), “Viver a Vida” (1962) e “O Demônio das Onze Horas” (1965). A homenagem de Cannes também contará com a exibição de uma restauração em 4K de uma de suas obras mais icônicas, “O Desprezo”, em comemoração aos 60 anos do clássico estrelado por Brigitte Bardot em 1963, além do documentário “Godard par Godard”. As homenagens farão parte da seção de Cannes Clássicos, dedicada à preservação e apresentação de filmes clássicos, restaurados ou redescobertos, com o objetivo de destacar a importância da preservação da história do cinema. A categoria sempre exibe uma seleção de filmes notáveis, muitas vezes com cópias restauradas, além de documentários sobre o cinema e homenagens a diretores e personalidades importantes da indústria cinematográfica.











