Acusações de semelhança
A cineasta Gabriela Lamas afirmou nesta semana que o curta belga “Eu Não Sou Um Robô”, vencedor do Oscar de Melhor Curta-Metragem, apresenta diversas semelhanças com um curta brasileiro homônimo dirigido por ela e lançado há quatro anos. O filme de Gabriela foi disponibilizado recentemente no YouTube.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, a diretora ressaltou que “Eu Não Sou Um Robô”, gravado em 2020 durante a pandemia de covid-19, possui cenas iniciais e diálogos semelhantes à produção belga. Ela explicou que, na época, também atuou como roteirista e atriz da obra.
Na história do curta brasileiro, a protagonista fica isolada em casa e passa a questionar a própria existência após falhar repetidamente em testes de Captcha, sistema digital que diferencia humanos de robôs. A personagem, interpretada pela própria Gabriela, inicia então uma conversa existencial com uma mosca. No final, ela corta um de seus dedos para testar sua humanidade.
Já no curta belga, também chamado “Eu Não Sou Um Robô”, lançado em 2024, a personagem principal enfrenta questionamentos similares após não conseguir passar pelos mesmos testes digitais. Ao contrário do filme brasileiro, porém, a protagonista se joga do terceiro andar de um prédio.
Contato com a produção belga
Após perceber as semelhanças, Gabriela procurou os realizadores do curta europeu para obter explicações. Em resposta, o produtor da Oak Motion Pictures afirmou que o roteiro da diretora Victoria Warmerdam havia sido escrito ainda em 2019, e que o lançamento do filme acabou atrasado em razão da pandemia.
“Tirando a ironia disso tudo, eu acho que é super possível que duas pessoas tenham tido uma ideia igual ao mesmo tempo”, ponderou Gabriela. “Mesmo sendo a diretora, eu consigo dizer que essa ideia de usar o Captcha e chamar o filme de ‘Eu Não Sou um Robô’ está ‘fácil de pegar’… Ali embaixo do Captcha, está escrito ‘eu não sou um robô’.”
O espaço segue aberto para posicionamentos, declarações e atualizações sobre o caso.
