MTV News sai do ar após 36 anos
A MTV News está saindo do ar 36 anos após sua criação. O cancelamento faz parte de uma grande reestruturação na empresa-mãe, Paramount Global. O que começou como um único programa em 1987 (“The Week in Rock”, apresentado pelo correspondente Kurt Loder) eventualmente se tornou um autêntico canal de notícias para a Geração X e os millennials mais velhos, que perceberam que a programação tradicional de TV nas redes abertas e na CNN não era suficiente. A MTV News havia sido criada para expandir a programação que definiu o canal MTV. Em 2017, a MTV News já havia reduzido e abandonando em grande parte a estratégia de competir com empresas como BuzzFeed e Vice, que passaram a disputar o mesmo público, mas na internet. Na época, a empresa disse que se concentraria em conteúdo de curta duração e vídeos, voltando às suas raízes. O formato mais recente focava em notícias e críticas de entretenimento e cultura pop. No entanto, em meio a uma grande agitação no setor de entretenimento e com a Paramount procurando reduzir custos, a MTV News foi considerada uma das peças que simplesmente não se encaixaram na estratégia do conglomerado. Até os concorrentes BuzzFeed e Vice também fecharam ou reduziram suas divisões de notícias nos últimos meses. No auge, além de cobrir cultura pop, a MTV News fazia parte da cultura, assim como seus correspondentes, especialmente Kurt Loder, o ex-jornalista da Rolling Stone que passou várias décadas na divisão de notícias da MTV e chegou a aparecer em episódios de programas como “Os Simpsons”, “That ’90s Show” e “Kenan & Kel”.
Gabriela Prioli está fora da CNN Brasil após três anos
Gabriela Prioli está fora da CNN Brasil. A comentarista anunciou neste terça-feira (24) que não faz mais parte do quadro de colaboradores do canal. A advogada – que entrou na casa em 2020 – teve uma rápida ascensão na emissora e comandou diversos programas por lá. De forma melancólica, Prioli se despediu do canal sem dar mais informações sobre qual serão seus próximos passos. “Tudo na vida tem começo, meio e fim”, disse através de seu Instagram. Ela relembrou sua promissora trajetória na emissora, elogiou os companheiros de bancada do “CNN Tonight!”, agradeceu pela oportunidade profissional e encerrou seu texto celebrando a chance de colocar o seu nome em um programa de televisão. “Pra finalizar com chave de ouro essa trajetória, eu ganhei de presente o “À Prioli”! Só dois anos após a minha estreia, três temporadas de um programa com meu nome, entrevistas densas e profundas e convidados muito especiais. E é assim, com esse céu azul, agradecida por todos aqueles que estiveram comigo nessa trajetória, especialmente ao Virgílio Abranches, que eu decidi me despedir da CNN Brasil”, finalizou. A CNN também se manifestou sobre o assunto e – sem mais delongas – disse que “tem muito orgulho de ter sido a primeira casa televisiva da apresentadora Gabriela Prioli”. E desejou boa sorte. A saída de Gabriela acontece pouco mais de um mês após a CNN Brasil iniciar cortes massivos, que levaram ao fechamento da sucursal do Rio de Janeiro e à demissão de medalhões como Boris Casoy, Sidney Rezende, Marcela Rahal e Isabella Faria, para ficar só nos apresentadores.
Jornalista da TV portuguesa é agredido por bolsonaristas em Brasília
O jornalista Nelson Garrone, correspondente da CNN de Portugal e da emissora portuguesa TVI, foi agredido por apoiadores de Jair Bolsonaro nesta sexta-feira (30/12), enquanto fazia uma reportagem no acampamento montado pelos autodeclarados “patriotas” no Quartel General do Exército, em Brasília. Ao saberem que ele era da imprensa, os manifestantes antidemocráticos o cercaram e lhe deram chutes. Tanto Garrone quanto o cinegrafista que o acompanhava foram derrubados. O jornalista contou que ficou com um ferimento no braço após o ataque e teve que sair do local escoltado pelo Exército. Garrone estava fazendo uma matéria para a CNN e para emissora TVI, que em Portugal fazem parte do mesmo grupo. De acordo com ele, o foco do seu trabalho era dar um panorama do clima político na chegada do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Souza, à posse de Luiz Inácio Lula da Silva no domingo (1/1). “Eu fui em uma missão de mostrar o que está acontecendo. Depois da live do presidente Bolsonaro, fui lá, cheguei, estava com um microfone da TVI e a única que pergunta que eu fiz foi: ‘O que está acontecendo? Pode me explicar o que está acontecendo?’. Só fiz essa pergunta e comecei a conversar com uma senhora e já não deu para ouvir a resposta dela. Começaram a gritar: ‘fora, fora, fora’, foi aquela: a imprensa manipula, comunista e tal”, declarou o Garrone ao Estadão. “Me deram uma voadora (uma espécie de chute), caí no chão, deram uma voadora no cinegrafista, que caiu no chão. O importante dessa história é que o pessoal do Exército estava lá e acolheu, protegeu a gente, a gente entrou em um carro e saiu escoltado. Rasgaram dois pneus e a gente teve que sair com dois pneus furados até conseguir trocar. O Exército agiu muito institucionalmente, protegeram a gente. Rolou gás de pimenta”, afirmou. O grupo bolsonarista está reunido no local desde quando o presidente perdeu a eleição, querendo mudar o resultado no grito e em protestos cada vez mais violentos. Em discurso golpista, pedem intervenção militar para impedir que Lula tome posse. Integrantes do acampamento promoveram um quebra-quebra em Brasília no dia 12 de dezembro e se envolveram num atentado terrorista, quando uma pessoa tentou explodir uma bomba nas imediações do aeroporto da cidade no último dia 24, véspera de Natal. Nesta sexta, na véspera do fim do mandato, Bolsonaro fez uma live nas redes sociais em que declarou que “nada justifica” o que chamou de “tentativa de ato terrorista” em Brasília, disse que “foi difícil” se manter calado por dois meses e reconheceu, pela primeira vez, que seu “opositor”, Lula, tomará posse a partir deste domingo, 1.º de janeiro. Por conta desse discurso, os bolsonaristas se dividiram entre decepção – e começaram a sair do acampamento – e delírio, afirmando que o discurso e a viagem feita por Bolsonaro para a Flórida, nos EUA, nesta sexta (30/12) faziam parte do plano, e que as Forças Armadas impediriam a posse dando um golpe de Estado nas próximas horas. “Eu tive esse cuidado de fazer só uma pergunta: ‘o que está acontecendo?’. Uma pergunta que é bem ampla, sem qualquer viés, sem adjetivar, nada. Tentei conversar. Eu nem dei destaque. Acabei de fazer um ao vivo, contei essa história no ar, mas são aquelas pessoas…”, disse o comentarista. Tanto a CNN Portugal quanto a CNN Brasil exibiram as cenas gravadas do ataque em seus noticiários. Jornalista da CNN Portugal é atacado por bolsonaristas em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília. Nelson Garrone chegou a ser derrubado. A violência só não foi maior por ter sido contida por soldados da Polícia do Exército, que precisaram usar spray de pimenta. pic.twitter.com/Kzmc9Zwgno — Renato Souza (@reporterenato) December 30, 2022 O jornalista Nelson Garrone, que estava a serviço da CNN Portugal e do também canal de televisão português TVI, foi agredido em um acampamento bolsonarista em Brasília #CNNBrasil360 pic.twitter.com/E8y3NKSfmN — CNN Brasil (@CNNBrasil) December 30, 2022
CNN Brasil não terminou de demitir jornalistas
As demissões na CNN Brasil ainda não chegaram ao fim. Nesta segunda (5/12), a diretora de jornalismo Valentina Menezes foi demitida ao retornar das férias. Ela se junta aos mais de 100 profissionais demitidos na semana passada, incluindo outro diretor de jornalismo, João Beltrão, e apresentadores como Boris Casoy, Monalisa Perrone, Gloria Vanique, Marcela Rahal e Sidney Rezende. A emissora fechou sua filial no Rio de Janeiro e anunciou uma “reestruturação” na grade de programação, eliminando alguns programas conhecidos. Com as demissões, os remanescentes foram realocados para novas funções. A jornalista Elisa Veeck, por exemplo, voltou de férias para assumir o “Live CNN” a partir desta segunda (5/12). Sua substituta durante as férias, Roberta Russo, foi uma das demitidas, o que levou à extinção do programa que apresentava, o noticiário “Expresso CNN”. Com isso, Elisa Veeck vai para o quinto noticiário em três anos, desde que ingressou na emissora no primeiro dia de operações no Brasil. Mas ao que tudo indica, a programação da emissora brasileira não está totalmente fechada e novas alterações podem estar por vir.
Elon Musk espalha fake news, posta apitos de cachorro e ataca a Apple no Twitter
Cinco dias depois de prometer ganhar a confiança dos usuários do Twitter com a defesa intransigente da verdade, Elon Musk parece ter surtado, a ponto de receber várias críticas por espalhar fake news e apitos de cachorro para racistas e extremistas. Seus posts das últimas horas foram refutados pela CNN, a Liga Anti-Difamação e até por seus seguidores na plataforma. E no meio disso ele encontrou tempo para atacar a Apple. O dia começou com um post mentiroso que visava a CNN. O homem mais rico do mundo postou uma reportagem falsa com logo da CNN que atribuía ao canal a acusação de que “Elon Musk poderia ameaçar a liberdade de expressão no Twitter ao literalmente permitir que as pessoas falem livremente”. A rede de notícias rebateu apontado que aquela “manchete nunca apareceu na CNN”. Fez ainda mais. Ironizando a fake news, a CNN criou uma arte que imita o alerta do Twitter sobre violação de regras referentes à desinformação, e colocou o selo de fake news no post de Musk. A ironia é ainda maior, porque o próprio Musk disse que não aceitaria mais contas de paródia no Twitter que não fossem claramente especificadas como tal. “Daqui em diante, qualquer usuário do Twitter envolvido em representação sem especificar claramente ‘paródia’ será permanentemente suspenso”, disse ele no começo do mês. Se o aviso fosse sério, Musk deveria ser permanentemente suspenso do Twitter, pois a fonte original da imagem era um site de paródia e não a própria CNN. A resposta de Musk para a polêmica foi escrever “Lmaoooo” (rindo muito) como comentário. Na sequência da fake news, Musk postou fotos de armas e latas de cerveja, que supostamente estavam na sua cabeceira, seguidos por um desenho de Pepe, o Sapo, um personagem de desenho animado que foi apropriado por supremacistas brancos para transmitir sentimentos racistas, antissemitas e pró-nazistas nos EUA. A sucessão de imagens gerou críticas da Liga Anti-Difamação. Oren Seagal, vice-presidente da organização que defende judeus nos EUA, apontou que o desenho serve de apito de cachorro para extremistas. “O fato de ele postá-lo neste momento de ódio crescente em sua plataforma é uma indicação que não está realmente levando a sério o assunto”, disse Segal ao site Deadline. Ele também acha difícil acreditar quando Musk finge ignorar o contexto do que está postando. “No contexto de uma plataforma em que vemos ódio crescente, racismo, anti-semitismo… Esses tuítes levantam sérias dúvidas sobre se ele se importa com essas questões”, concluiu. E ao entrar na tarde, Musk puxou briga com Tim Cook, CEO da Apple, acusando a empresa de querer censurar o Twitter, parando de investir em publicidade na plataforma. Não ficou nisso. Musk acusou Cook de até considerar tirar o aplicativo da Apple Store. E em seguida ele passou a fazer ataques contra a Apple. O dono do Twitter fechou o dia “produtivo” ameaçando publicar um dossiê sobre “supressão da liberdade de expressão”, supostamente expondo discussões da antiga diretoria da empresa sobre iniciativas para impedir a proliferação de fake news na plataforma, durante a pandemia. “O público merece saber o que realmente aconteceu…”, acrescentou, sem se preocupar com as consequências de atacar o próprio Twitter. Lmaoooo — Elon Musk (@elonmusk) November 28, 2022 My bedside table pic.twitter.com/sIdRYJcLTK — Elon Musk (@elonmusk) November 28, 2022 And there it is. The veil has totally lifted. Elon has gone full alt-right, 4chan, white power, Pepe the Frog hate symbolism. We all knew it…but now have the receipts to back it up 🧾 — HNDRX (@TheHndrx) November 28, 2022 What’s going on here @tim_cook? — Elon Musk (@elonmusk) November 28, 2022 Apple has also threatened to withhold Twitter from its App Store, but won’t tell us why — Elon Musk (@elonmusk) November 28, 2022 Did you know Apple puts a secret 30% tax on everything you buy through their App Store? https://t.co/LGkPZ4EYcz — Elon Musk (@elonmusk) November 28, 2022 pic.twitter.com/uKEY9mVujp — Elon Musk (@elonmusk) November 28, 2022 The Twitter Files on free speech suppression soon to be published on Twitter itself. The public deserves to know what really happened … — Elon Musk (@elonmusk) November 28, 2022
CNN Brasil passa a ser transmitida pela plataforma Prime Video, da Amazon
A CNN Brasil e a Amazon fecharam um acordo de parceria nesta terça-feira (25/10) para a inclusão do canal de notícias na plataforma Prime Video. Com isso, a CNN Brasil será o primeiro canal linear com transmissão 24 horas ao vivo do serviço. O contrato é de longo prazo e não acarreta custo adicional para os assinantes interessados em acessar a novidade. Ou seja, a CNN Brasil está dentro do preço básico do Prime Vide, em vez de integrar o serviço extra Prime Channels, que disponibiliza streamings como o Discovery+, Paramount+, Lionsgate+ e o Première, serviço de pay-per-view esportivo da Globo, com custos adicionais. A negociação foi rápida e teria começado no mês passado. Essa agilidade também se estende à disponibilização do sinal, que já entrou no ar na Prime Video, aproveitando o interesse do público em notícias das eleições presidenciais entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), que acontece no domingo (30/10). A inclusão do canal de notícia reflete uma busca por mais conteúdo ao vivo para a plataforma de streaming, que neste ano adquiriu os direitos da Copa do Brasil em licenciamento com a Globo – e negocia a renovação para 2023 – , além de possuir um pacote de jogos de basquete da NBA (Associação Nacional de Basquete, em inglês). Um detalhe curioso do negócio é que o acordo não afeta a transmissão dos principais programas da CNN Brasil pelo YouTube.
CNN+ é fechada menos de um mês após lançamento
A CNN anunciou nesta quinta-feira (21/4) o encerramento do CNN+, serviço de streaming da emissora nos Estados Unidos, que foi lançado há menos de um mês, em 29 de março. O desligamento oficial está marcado para o próximo dia 30. Em comunicado oficial, Chris Licht, novo CEO da CNN, informou que a decisão foi tomada pela nova cúpula de executivos da Warner Bros. Discovery, que vai revisar a estratégia de streaming do conglomerado. Há planos, inclusive, de juntar HBO Max e Discovery+ numa única plataforma. “À medida que nós nos tornamos a Warner Bros. Discovery, a CNN será mais forte como parte da estratégia de streaming da companhia, que vê as notícias como uma parte importante de uma oferta mais ampla e atraente, juntamente com conteúdo de esportes, entretenimento e produções de não ficção”, disse Licht no comunicado. “Tomamos a decisão de encerrar as operações da CNN+ e focar nosso investimento nas principais operações de coleta de notícias da CNN e na construção da CNN Digital. Esta não é uma decisão sobre qualidade; agradecemos todo o trabalho, ambição e criatividade investidos na construção da CNN+, uma organização com talento incrível e programação atraente. Agora, nossos clientes e a CNN serão mais bem atendidos com uma escolha de streaming mais simples”, encerrou o executivo. Com a decisão, Alex MacCallum, ex-diretor de programação, assume o comando da renomeada CNN Digital, e Andrew Morse, executivo que supervisionou a criação e lançamento da CNN+, deixa a companhia. Os funcionários do streaming também serão afastados. A WarnerMedia gastou cerca de US$ 300 milhões (R$ 1,3 bilhão) no lançamento do CNN+ e planejava gastar outras centenas de milhões a mais nos próximos anos. Os usuários que assinaram a plataforma neste breve período receberão reembolsos proporcionais por suas taxas. O lançamento da CNN+ foi a última mostra da desorganização da WarnerMedia, empresa criada em 2018 pela compra da Time Warner pela AT&T, e que foi extinta na negociação com o grupo Discovery para a criação da atual empresa Warner Bros. Discovery. Embora tenha feito o lançamento de uma nova plataforma de streaming no apagar das luzes, a WarnerMedia fechou várias iniciativas bem-sucedidas do conglomerado, após a AT&T assumir o controle, incluindo as plataformas DC Universe (adaptações de quadrinhos), Machinima (séries baseadas em games) e DramaFever (de doramas), entre outras, além de ter vendido a Crunchyroll (de animes) para a rival Funimation (da Sony). A dilapidação causou desvalorização e favoreceu a aquisição da Discovery, que comprou ações e assumiu o controle de uma empresa muito maior que ela mesma, a outrora poderosa Warner Bros, enquanto a AT&T veio a público admitir que nunca deveria ter enveredado pelo negócio do entretenimento.
Presidente da CNN se demite por relacionamento com colega de trabalho
O presidente da rede CNN, Jeff Zucker, anunciou sua renúncia imediata ao cargo nesta quarta (2/2), após a descoberta de seu envolvimento com uma colega de trabalho durante uma investigação interna. O canal iniciou uma investigação após o âncora Chris Cuomo ser demitido e virar foco de acusações. Documentos mostraram que ele teria ajudado o seu irmão, o ex-governador de Nova York Andrew Cuomo, a responder denúncias de assédio sexual. Mas o próprio Chris Cuomo se tornou alvo de uma investigação na CNN após ter sido acusado de má conduta sexual, o que iniciou um efeito dominó. Durante a investigação, Zucker foi questionado por não ter informado um relacionamento romântico com a diretora de marketing Allison Gollust. Ele admitiu o erro e pediu demissão. Em mensagem para os funcionários da rede, Zucker contou que, durante o processo interno, “fui questionado sobre uma relação consensual com minha colega mais próxima, alguém com quem trabalho há mais de 20 anos”, disse ele. “Admiti que o relacionamento evoluiu nos últimos anos”, explicou. “Eles me pediram para revelar quando começou, mas eu não o fiz. Eu errei”. “Eu certamente gostaria que meu mandato aqui tivesse terminado de forma diferente”, continuou Zucker na mensagem. “Mas minha carreira (na rede) foi algo incrível. E eu aproveitei cada minuto dela”. À frente da rede global desde 2013, Zucker, de 56 anos, foi um dos executivos de mídia mais poderosos dos Estados Unidos. Ele veio para a CNN do NBCUniversal Television Group, onde atuava como diretor, tendo sido responsável por lançar o reality show “O Aprendiz”, que popularizou Donald Trump. Ironicamente, os dois se tornaram inimigos depois que o magnata do setor imobiliário virou Presidente e a CNN se tornou o alvo favorito dos seus ataques à imprensa. Em outro comunicado, Jason Kilar, presidente da WarnerMedia, empresa controladora da CNN, disse que “anunciará um plano de liderança interina em breve”. “Agradecemos a Jeff por suas contribuições nos últimos 9 anos”, completou Kilar. A liderança será interina porque a WarnerMedia está prestes a acabar, assim como o emprego de Kilar. A AT&T, proprietária dos ativos da Warner, negociou a empresa de mídia com a Discovery e o resultado da fusão será uma nova companhia, a Warner Bros. Discovery, que terá como chefe o atual CEO da Discovery, David Zaslav.
HBO Max estreia nos EUA com super-heróis, Harry Potter, Friends e… projetos adiados
A HBO Max finalmente foi lançada nesta quarta (27/5) nos EUA, reunindo todo o conteúdo da WarnerMedia, de filmes clássicos à séries recentes, numa única plataforma de streaming. Em síntese, trata-se do equivalente da Warner ao serviço Disney+ (Disney Plus). Prometendo 10 mil horas de conteúdo, o lançamento reúne num mesmo aplicativo a programação dos canais pagos HBO, TNT, TBS, TCM (Turner Classic Movies), TruTV e parte da rede The CW, dos canais de animação Cartoon Network, Rooster Teeth, Adult Swim e Crunchyroll, e também o catálogo da Warner Bros., New Line, Looney Tunes, CNN e DC Entertainment, além de produções da BBC e do Studio Ghibli (de animação japonesa), em acordos recentemente firmados. Isso significa a disponibilidade imediata de séries como “Game of Thrones”, “Big Little Lies”, “Doctor Who”, “The Alienist”, “Rick and Morty” e “Chernobyl”, junto de milhares de filmes, desde “O Mágico de Oz” e “Casablanca” até as franquias “Harry Potter”, os heróis da DC Comics, o universo “Invocação do Mal”, “Nasce uma Estrela” e “Coringa”, sem esquecer atrações clássicas da TV, como “Friends”, “O Rei do Pedaço” e “The Big Bang Theory”, e ainda conteúdo original. A maior dificuldade do lançamento foi providenciar essa parte original. A maioria das séries encomendadas teve a produção suspensa devido à pandemia do novo coronavírus e não ficaram prontas para a inauguração do serviço. Entre as poucas exceções, destaca-se “Love Life”, uma comédia romântica em formato de antologia estrelada por Anna Kendrick e com produção do cineasta Paul Feig – os dois trabalharam juntos no recente “Um Pequeno Favor”. Também conseguiram ser finalizados uma nova série animada dos “Looney Tunes” (a Turma do Pernalonga), um programa de variedades derivado de Vila Sésamo, chamado “The Not Too Late Show with Elmo”, e um reality de competição LGBTQIA+, “Legendary”. Diversos programas originais foram anunciadas nos últimos meses, incluindo novas atrações de super-heróis, como “Lanterna Verde” (Green Lantern) e “Liga da Justiça Sombria” (Justice League Dark), um derivado de “O Iluminado”, uma produção sci-fi de Ridley Scott (“Perdido em Marte”), “Dune: The Sisterhood”, que é derivada do universo sci-fi de “Duna”, uma série animada dos “Gremlins”, um revival de “Gossip Girl” e até um especial de reencontro do elenco de “Friends”, entre vários títulos mais, que não puderam começar a ser produzidos. Muitos outros ainda estão sendo anunciados, como a versão da “Liga da Justiça” do diretor Zack Snyder, oficializada há poucos dias. “Hoje temos o orgulho de apresentar a HBO Max – um sonho criado e alimentado por uma incrível equipe de executivos talentosos que dedicaram o último ano e meio a torná-la realidade para os consumidores em todo o país”, disse Bob Greenblatt, presidente da WarnerMedia Entertainment e da divisão D2C (direto ao consumidor), responsável pela HBO Max. “No entanto, este é apenas o começo de nossa jornada. Continuaremos a inovar e a desenvolver essa plataforma única que reúne a amada programação de toda a família WarnerMedia, além de preparar o caminho para as vozes criativas de amanhã”, completou, em comunicado, referindo-se veladamente aos projetos não finalizados. A falta de conteúdo original não foi a única crítica recebida pelo lançamento. Sobrou polêmica para o próprio nome da plataforma, que supostamente desvalorizaria a marca HBO ao misturar “Friends” e outros conteúdos de TV aberta num produto chamado HBO Max, ao mesmo tempo em que a própria HBO segue oferecendo os serviços HBO Now e HBO Go, o que tende a criar confusão. Mas o maior problema seria o preço salgado. Com assinaturas mensais de US$ 15, a plataforma se posiciona como a mais cara entre as pretendentes ao trono da Netflix. O valor é três vezes maior que o cobrado pela Apple TV+ (US$ 4,99 por mês) e mais que o dobro do valor da Disney+ (Disney Plus) (US$ 6,99). O jornal The New York Times já previu o fracasso da iniciativa, em reportagem publicada na terça (26/5), devido a esses detalhes, acrescentando ainda que o projeto foi feito para vender o acesso à internet rápida da AT&T nos EUA e apenas marginalmente rivalizar com a Netflix. Só que esqueceu, justamente, dos detalhes mais importantes. O combo de provedor e conteúdo corta custos, servindo realmente como atrativo para o negócio original da AT&T. Mas a HBO Max não é exatamente uma Quibi. A plataforma de conteúdos curtos para celular fracassou porque a pandemia ampliou o tempo disponível para “quarenteners” maratonarem séries e filmes em streaming. Conteúdo curto não é maratonável. Já a coleção completa de “Harry Potter”… os assinantes da Netflix, que sempre cobraram os filmes do bruxinho, que o digam. Ainda não há previsão para o lançamento do serviço no Brasil.
29 autores da Globo assinam manifesto contra Regina Duarte
Regina Duarte trocou mais de meio século de aplausos, obtidos por sua carreira como atriz televisiva, por vaias pelo desempenho à frente da secretária de Cultura do governo Bolsonaro. E tudo indica que se trata de caminho sem volta. Pelo menos na Globo, onde exerceu a maior parte de seus trabalhos como atriz, ela tem as portas fechadas. Sua entrevista polêmica para a CNN Brasil acabou com o prestígio que possuía entre os teledramaturgos da empresa. Ao todo, 29 autores de novelas e séries da emissora assinaram a nota de repúdio lançada na semana passada contra as declarações feitas pela atriz na semana passada. A carta divulgada no sábado (9/5) reuniu atores, cantores, intelectuais, produtores, diretores e também vários roteiristas. “Como artistas, formamos a maioria que repudia as palavras e as atitudes de Regina Duarte como Secretária de Cultura. Ela não nos representa”, diz trecho do texto assinado por nomes importantes da Globo, como Alcides Nogueira, Geraldo Carneiro, Bia Corrêa do Lago, Maria Adelaide Amaral, Lícia Manzo e Vincent Villari, responsáveis pelas novelas mais recentes da mãe de Gabriela Duarte na rede carioca. Por sinal, o número de artistas que assinaram o manifesto contra a entrevista da ex-atriz disparou. Lançado com 500 nomes, em poucos dias o abaixo-assinado recebeu 5 mil assinaturas de integrantes contrariados do setor cultural. Entre os ex-colegas de trabalho de Regina, assinam o documento Adriana Esteves, Alice Braga, Ana Lúcia Torre, Cauã Raymond, Malu Mader, Marcelo Serrado, Marieta Severo, Marisa Orth, Miguel Falabella, Monica Iozzi, Paulo Betti, Renata Sorrah, Selton Mello, Alinne Moraes, Andréa Beltrão, Camila Pitanga, Debora Bloch, Débora Falabella, Elisa Lucinda, Julia Lemmertz, Malu Mader, Marieta Severo, Patrícia Pillar, Regina Braga, Renata Sorrah, Vladimir Brichta e Zezé Motta, entre outros. Ela também tem sido criticada publicamente por atores famosos da Globo, como Fabio Assunção e até Lima Duarte, seu par na famosa novela “Roque Santero”, dos anos 1980.
Mais de 500 artistas assinam manifesto contra Regina Duarte: “Ela não nos representa”
Um grupo formado por mais de 500 artistas, intelectuais e produtores culturais divulgou um manifesto de repúdio à Regina Duarte, secretária nacional de Cultura do governo Jair Bolsonaro. O texto reuniu assinaturas de atores, cantores, compositores, escritores, roteiristas, cineastas, artistas plásticos, fotógrafos e dançarinos em reação à polêmica entrevista da ex-atriz para a CNN Brasil, em que ela justificou muito mal a ausência de manifestações oficiais por ocasião de mortes de artistas ilustres, minimizou a ditadura militar brasileira, a tortura praticada no período, a crise sanitária do coronavírus e teve um chilique, interrompendo a entrevista, quando a emissora mostrou um vídeo enviado pela atriz Maitê Proença pedindo soluções para a classe artística em meio à pandemia. O grupo de artistas declara que faz parte da maioria que defende a democracia e apoia a independência das instituições para fazer valer a Constituição de 1988, pede respeito aos mortos e àqueles que “lutam pela própria sobrevivência no país devastado pela pandemia e pela nefasta ineficiência do poder público”, acrescenta que “não tolera os crimes cometidos por qualquer governo, que repudia a corrupção e a tortura e que não deseja a volta da ditadura militar”. O manifesto, com assinaturas de muitos antigos colegas da atriz na Globo, segue dizendo que não aceita “os ataques reiterados à arte, à ciência e à imprensa, e que não admite a destruição do setor cultural ou qualquer ameaça à liberdade de expressão”. E conclui afirmando: “Ela não nos representa.” Confira aqui a lista dos signatários e leia abaixo a íntegra do texto: “Brasil, 08 de maio de 2020 Somos artistas brasileiros e fazemos parte da maioria de cidadãs e cidadãos que defende a democracia e apoia a independência das instituições para fazer valer a Constituição de 1988. Fazemos parte da maioria que entende a gravidade do momento que estamos vivendo e pedimos respeito aos mortos e àqueles que lutam pela própria sobrevivência no país devastado pela pandemia e pela nefasta ineficiência do poder público. Fazemos parte da maioria de brasileiros que não tolera os crimes cometidos por qualquer governo, que repudia a corrupção e a tortura e que não deseja a volta da ditadura militar. Fazemos parte da maioria que não aceita os ataques reiterados à arte, à ciência e à imprensa, e que não admite a destruição do setor cultural ou qualquer ameaça à liberdade de expressão. Como artistas, intelectuais e produtores culturais, formamos a maioria que repudia as palavras e as atitudes de Regina Duarte como Secretária de Cultura. Ela não nos representa.”
Famílias de Aldir Blanc, Rubens Fonseca e Moraes Moreira desmentem Regina Duarte
As famílias de Aldir Blanc, Rubens Fonseca e Moraes Moreira desmentiram a secretária especial da Cultura, Regina Duarte, que na quinta (7/5), em sua polêmica entrevista à CNN Brasil, disse que, apesar de não ter se manifestado em público, tinha se comunicado diretamente com as famílias de falecidos ilustres da cultura brasileira. Regina Duarte não teria feito nenhum contato com eles. Parentes das três personalidades receberam mensagens frias e institucionais por Whatsapp e Twitter de Milton da Luz Filho, assessor da Secretaria Especial da Cultura em Brasília. As comunicações não tinham a assinatura de Regina Duarte e teriam surpreendido pelo tom “institucional”, “apesar das palavras bonitas”, de acordo com o porta-voz da família de Aldir Blanc. “A família ficou estarrecida com as declarações dela (Regina Duarte) na entrevista”, acrescentou o porta-voz, em entrevista à BBC News Brasil. Regina vinha sendo cobrada por colegas de classe pelo silêncio da Secretaria não só sobre a morte de Blanc, mas também de outros nomes da cultura brasileira. Na entrevista à CNN, ela argumentou que, em vez de homenagens públicas, tinha optado por enviar mensagens privadas às famílias e não por “papel timbrado” da Secretaria Especial de Cultura. Assim como Bolsonaro já tinha dito que não era coveiro para se manifestar sobre as mortes de brasileiros pelo coronavírus, Regina afirmou na entrevista que não era “obituário”, ao ser cobrada pela falta de pronunciamentos sobre os falecimentos. “Será que eu vou ter que virar obituário? Quantas pessoas a gente está perdendo? Teve uma semana que foram três. Tem pessoas que eu não conheço. Aldir Blanc eu admiro, mas não conheci.” “O país está cultuando a memória deles, não precisa da Secretaria de Cultura. Pode ser que eu esteja errando, vou me corrigir. Não fiz por mal, peço desculpas, falei com as famílias, lamentei a perda… Nessa hora a pessoa que está mais constrangida pela perda é a família, e eu queria falar com elas diretamente, não por um papel timbrado da Secretaria”, justificou a ex-atriz. Em vários países, não só secretários de Cultura, mas presidentes e primeiros-ministros se manifestam publicamente diante de perdas importantes. O registro público também é uma satisfação para as famílias, além de deixar claro o reconhecimento aos grandes artistas. A opção de fazer isso de forma privada sugere o contrário, que se trata de um reconhecimento envergonhado, escondido, nunca às claras, como se houvesse perseguição do governo até na morte a certas personalidades da arte. A filha do cantor Moraes Moreira, Maria Cecilia Moraes, disse que considerou a mensagem privada inadequada. “Agradecemos toda e qualquer manifestação de solidariedade diante da perda de nosso pai. No entanto, nos causa estranheza, e até mesmo um certo desconforto, que essa manifestação nos tenha chegado através de uma mensagem de WhatsApp, enviada por seu assessor no privado”, comentou ao jornal Folha de S. Paulo. Para ela, “a secretária fala em nome de um cargo público e de uma secretaria de Cultura que tem por função representar institucionalmente a cultura brasileira”. “O que temos a dizer é sobre nossa perplexidade quanto à ausência de qualquer manifestação pública dessa secretaria em relação a essa perda, que não é somente pessoal e familiar, mas, acima de tudo, uma perda para a cultura do Brasil.” Ainda muito abalada com a morte do pai, uma das filhas de Blanc, Patricia, foi além, ao desabar à BBC News Brasil que, após assistir trechos da entrevista de Regina Duarte à CNN Brasil, ficou “enojada”. Aldir Blanc, que morreu de covid-19 na última segunda-feira (4/5), aos 73 anos, foi autor de mais de 500 canções, entre elas “O Bêbado e a Equilibrista”, que compôs com João Bosco e que ficou famosa na voz da cantora Elis Regina. A canção atingiu o topo das paradas em 1979 e ficou conhecida como o Hino da Anistia, em um momento em que o Brasil caminhava para pôr fim à ditadura militar. Repleta de referências e metáforas, é considerada um clássico da música brasileira. Na entrevista concedida à CNN Brasil de seu gabinete em Brasília, Regina também minimizou a ditadura militar brasileira, a tortura praticada no período e teve um chilique, interrompendo a entrevista, quando a emissora mostrou um vídeo enviado pela atriz Maitê Proença pedindo soluções para a classe artística em meio à pandemia do novo coronavírus. Nas redes sociais, vários artistas, alguns ex-colegas de Regina, criticaram fortemente suas declarações. Em compensação, o ex-comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, ficou “encantado” pela implosão ao vivo da ex-atriz. “Fiquei encantado com a Regina pela demonstração de humanismo, grandeza, perspicácia, inteligência, humildade, segurança, doçura e autoconfiança que nos transmitiu”, escreveu Villas Bôas no Twitter.










