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    CEO da Netflix vira presidente do Museu da Academia de Cinema dos EUA

    15 de setembro de 2020 /

    O executivo Ted Sarandos, co-CEO da Netflix, foi eleito presidente do conselho de curadores do Museu da Academia de Cinema dos EUA. Ainda em fase de construção, o museu deve ser aberto em abril de 2021 em Los Angeles, pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, tornando-se a primeira instituição do tipo nos EUA. “Ao crescer como amante do cinema, sempre desejei ter um lugar como o Museu da Academia – um lugar onde pudesse me perder na magia do cinema”, disse Sarandos em comunicado. “Me sinto honrado e inspirado em servir como presidente, ao lado do magnífico conselho de curadores e da equipe do museu, enquanto trabalhamos para nossa inauguração em abril de 2021”. A ironia não pode ser perdida de vista. O principal executivo da empresa que um dia foi vista como intrusa e sem lugar na Academia agora é presidente do maior empreendimento dessa mesma instituição. O conselho de curadores também contará com a produtora Miky Lee (de “Parasita”), eleita vice-presidente, e James Gianopulos, CEO da Paramount, eleito tesoureiro.

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    Cinemas do Rio não querem abrir sem pipoca

    15 de setembro de 2020 /

    As redes de cinema do Rio pretendem se reunir com a prefeitura da cidade no início da noite desta segunda-feira (15/9) com a intenção de convencer a gestão de Marcello Crivella a liberar a pipoca e o refrigerante junto do ingresso para os filmes. De acordo com Patrícia Cotta, executiva de marketing da rede Kinoplex, as bombonières chegam a representar 50% das receitas de um cinema. “Sem bombonières, não vamos reabrir”, disse a executiva da Kinoplex ao jornal O Globo. Para os representantes das redes que protestam, sem a venda de guloseimas, o negócio se torna economicamente inviável. Por conta disso, o Sindicato das Empresas Exibidoras do Estado do Rio publicou uma nota confirmando que as salas não reabrirão nesta semana devido à restrição ao comércio de alimentos. A polêmica é reveladora, por demonstrar que os filmes não são mais o principal negócio dos donos do cinema – ao contrário do streaming – e por revelar que a exigência de uso de máscaras de proteção durante as sessões não será levada a sério. Afinal, como se pode lutar por venda de pipoca e Coca-Cola e defender que as pessoas fiquem de máscara para consumi-los? A polêmica se resume numa questão simples. Se há exigência do uso de máscaras, da entrada aos assentos dos cinemas, não deveria haver sequer debate sobre consumo de alimentos ou bebidas dentro das salas. Mas não é o que diz Gilberto Leal, presidente do Sindicato dos Exibidores do Rio, que prefere comparar os cinemas às “praças de alimentação dos shoppings” e “bares e restaurantes”, que “estão recebendo frequentadores normalmente…”. Nesta defesa da pipoca, Leal não menciona nenhuma vez o uso obrigatório de máscara nos cinemas. Em vez de comemorar a reabertura após seis meses de paralisação do setor, graças ao avanço da conscientização sobre atitudes de higiene e prevenção contra a pandemia de coronavírus, as empresas exibidoras assumem preferir ficar mais tempo fechadas, porque teria faltado liberar a pipoca. Mas vale lembrar que a pandemia não acabou. Só no estado do Rio de Janeiro, 177 pessoas morreram de covid-19 nas últimas 24 horas. O número de mortes em 24 horas é o maior desde o dia 19 de agosto. Fica a dúvida, portanto, se as pessoas que se arriscarem em ir aos cinemas poderão se sentir seguras ao se fechar num espaço limitado com dezenas de desconhecidos sem máscaras para que os exibidores possam vender mais Coca, Pepsi ou Guaraná tamanho família.

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    Cinemas recebem autorização para reabrir no Rio de Janeiro

    14 de setembro de 2020 /

    A partir de desta segunda (14/9), os cinemas, teatros e salas de shows da cidade do Rio de Janeiro estão autorizados a retomar as atividades, com ocupação de até 50% da capacidade e espaço enter os assentos. x As medidas de segurança vão desde a proibição da venda e consumo de alimentos e bebidas nos estabelecimentos até venda de ingressos somente online ou caixas de auto atendimento. Os centros culturais e de lazer estão fechados desde março, quando foram impostas medidas restritivas e de isolamento social para conter a propagação da epidemia de covid-19. Os primeiros espaços a receber autorização para retomar suas atividades na cidade foram os museus, galerias e bibliotecas, permitidos desde o dia 1º, com a reserva de 4 metros quadrados por pessoa. Já reabriam o Museu do Amanhã e o Museu de Arte Moderna. Nesta fase de retomada, chamada de 6A, o comércio de rua, galerias e centros comerciais também tiveram o horário de funcionamento liberado. Continua proibido o estacionamento na orla marinha durante os fins de semana. Também estão vedados eventos sociais como casamentos, bodas, aniversários, formaturas, confraternizações, coquetéis, inaugurações, lançamentos, cerimônias oficiais e diplomáticas. Apenas casas de festas infantis estão liberadas, com restrição a um terço da capacidade e sem ultrapassar a regra de 4 metros quadrados por pessoa.

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    Estreias online: A polêmica de Lindinhas, o doc de Caetano e mais 10 lançamentos

    11 de setembro de 2020 /

    A programação de estreias digitais do fim de semana está mergulhada em polêmica, graças a “Lindinhas” (Cuties). O filme não virou assunto porque a cineasta Maïmouna Doucouré foi uma das primeiras mulheres negras a vencer o prêmio de Melhor Direção no Festival de Sundance ou pelos elogios rasgados da crítica internacional – 88% de aprovação no Rotten Tomatoes – , mas por um equívoco calamitoso do marketing da Netflix. Um cartaz da plataforma sensualizou as personagens pré-adolescentes da produção e transformou a obra em vítima da guerra cultural. A Netflix assumiu o erro e pediu desculpas. Mas na guerra dos cruzados digitais, que não poupa nem “Frozen”, o filme virou apologista de pedofilia. Há campanhas ativas contra a produção na internet, que incentivam quem não o viu a dar “dislikes” e notas baixas em sites como o RT, IMDb e Metacritic, além de hashtags pedindo boicotes. A diretora contou que tem recebido até ameaças de morte. Tudo muito veloz e furioso. Só que, dependendo do ponto de vista, “Lindinhas” pode ser encarado como o posto do que o acusam, um drama que questiona a sexualização precoce das crianças, baseada na infância da própria diretora, além de refletir sobre a influência das mídias sociais na formação dos mais jovens. Se isso parece polêmico, lembrem-se das criancinhas que dançavam na boquinha da garrafa, imitando as tardes do “Domingo Legal”, de Gugu Liberato. Por curiosidade, o filme acabou sendo lançado no Brasil com o título original, “Mignonnes” em francês, após toda a confusão. Mas durante a divulgação inicial, ele ficou conhecido como “Lindinhas” no país. Mudar o título não muda o filme, só mostra que o marketing da Netflix não funciona mesmo como deveria. O outro destaque da semana também pode parecer polêmico para alguns. “Narciso em Férias” contesta negacionistas que dizem que no Brasil não houve ditadura e defendem a volta do AI-5 como panaceia para resolver todos os problemas do país. O AI-5 foi o instrumento de exceção utilizado pela ditadura para prender e esconder a prisão de Caetano Veloso e Gilberto Gil em 1968. O documentário, que teve première no Festival de Veneza, traz Caetano relembrando detalhes dos eventos traumáticos da época, quando os jornais foram proibidos de noticiar a sua detenção, motivada, como revela o filme, por fake news e pela violência arbitrária do regime. Confira abaixo mais detalhes destes e de outros lançamentos digitais, lembrando que a curadoria não inclui títulos clássicos (são muitos) e produções trash, que em outros tempos sairiam diretamente em DVD – como “Rogue”, pior filme da carreira de Megan Fox. Mignonnes | França | 2020 O filme é premiado, as críticas são positivas e até o governo da França incentiva as pessoas a vê-lo, mas quem não viu acredita que ele é horroroso, porque supostamente promove pedofilia. A obra acompanha o esforço de uma pré-adolescente para se integrar com a turma de garotas legais da sua escola. Tudo gira em torno da disputa de um concurso de dança. O problema é que a protagonista é uma menina negra muçulmana de 11 anos, criada numa família de imigrantes senegaleses no bairro mais pobre de Paris. O grupo de meninas a que ela se junta contrasta fortemente com os valores tradicionais de sua mãe e ela logo se influencia, agindo contra o que aprendeu. Ao retratar a dança das crianças, o filme também aborda a hiper sexualização das meninas nos dias de hoje. Infelizmente, o marketing da Netflix chutou o balde e enfatizou justamente o que a obra critica, sensualizando as protagonistas em seu cartaz. Isto disparou campanhas de ódio. Inspirado na infância da diretora Maïmouna Doucouré, o filme merece ser bastante comentado, mas é bom vê-lo também. Disponível na Netflix Narciso em Férias | Brasil | 2020 Dirigido por Renato Terra e Ricardo Calil (“Uma Noite em 67”), o documentário traz Caetano Veloso compartilhando suas memórias do cárcere e as canções que marcaram o período, quando foi preso com seu amigo Gilberto Gil em 1968 e posteriormente exilado do Brasil. Caetano relembra o período de arbitrariedade, refletindo a descoberta recente de documentos que mostram que sua prisão foi motivada por fake news. Paralelamente, ele toca as músicas que criou e que o ajudaram a superar o trauma de se ver preso sem saber porquê e sem direitos. Disponível na Globoplay Alice Júnior | Brasil | 2019 Premiado nos festivais do Rio, Brasília, Mix Brasil e exibido em Berlim, o filme de Gil Baroni (“O Amor de Catarina”) acompanha uma adolescente transexual que se muda com a família de Recife para o interior do país. Na nova cidade, mais conservadora, ela sofre preconceito dos colegas de escola e tem dificuldades para expressar a própria identidade de maneira livre. Mas logo vai se soltando e conquistando seu espaço, ajudando também o filme a se assumir mais comédia teen que melodrama de novela. A produção adota uma estética atual, ao apresentar a protagonista como YouTuber, e utiliza linguagem dessa mídia para dar à trama o tom alegre de um fábula moderna. Revelação do longa, Anne Celestino levou o prêmio de Melhor Atriz em Brasília por sua Alice. Disponível na Google Play, iTunes, Looke, Now, Oi Play, Vivo Play e YouTube Filmes #Alive | Coreia do Sul | 2020 Depois do blockbuster “Invasão Zumbi” e da impressionante série “Kingdom”, “#Alive” (#Saraitda) voltou a demonstrar o apelo do tema dos zumbis na Coreia do Sul. Primeiro filme a atrair 1 milhão de espectadores em sua estreia durante a pandemia de coronavírus – ainda em junho! – , a produção contou a seu favor com dois jovens astros muito populares no país, Yoo Ah-In (o protagonista de “Em Chamas”) e Park Shin-Hye (da série “Memórias de Alhambra”). Eles vivem sobreviventes ilhados em seus apartamentos quando zumbis tomam conta das ruas da cidade. Na trama com ecos da pandemia real, até descobrir Park Shin-Hye num prédio vizinho, o personagem de Yoo Ah-In credita estar sozinho em meio à horda de mortos-vivos. A descoberta faz os dois abandonarem suas quarentenas para tentarem um encontro arriscado num mundo tomado pelo contágio zumbi. Disponível na Netflix A Babá: Rainha da Morte | EUA | 2020 A sequência de “A Babá” traz de volta o elenco do divertido terrir de 2017 para assombrar novamente Cole (Judah Lewis), o sobrevivente do massacre original. Ele é convencido a deixar o estresse para trás e aproveitar um fim de semana distante de tudo. Só que os serial killers mortos no primeiro filme têm outros planos e retornam do além para outra tentativa de assassinar o adolescente. Novamente dirigido por McG, a continuação também traz de volta Robbie Amell, Bella Thorne, Emily Alyn Lind, Andrew Bachelor, Ken Marino, Hana Mae Lee, Leslie Bibb, Carl McDowell, Chris Wylde e, claro, Samara Weaving, que virou estrela após interpretar a Babá original. Desde então, ela fez “Casamento Sangrento” (Ready or Not) e “Bill & Ted: Encare a Música”. Na verdade, ficou tão famosa que, agora, retorna só numa pequena participação especial. Disponível na Netflix Vem com o Papai | EUA | 2019 Elijah Wood (“O Senhor dos Anéis”) revolve atender ao pedido do pai que mal conhece para visitá-lo em sua cabana distante, apenas para perceber que se meteu numa roubada. A comédia de terror é o primeiro filme dirigido pelo roteirista Ant Timpson, criador da franquia de horror “ABC da Morte”, e explora o clima sinistro com bastante humor negro. 87% de aprovação no Rotten Tomatoes. Disponível em iTunes, Looke, Google Play e Vivo Play Alerta Lobo | França | 2019 Thriller de ação militar que caiu nas graças da crítica, com 92% de aprovação no Rotten Tomatoes, o primeiro filme dirigido pelo quadrinista Antonin Baudry (“O Palácio Francês”) se passa num submarino durante os momentos tensos que aproximam a França de uma guerra nuclear. Melhor Som no prêmio César (o Oscar francês), a produção tem um impacto sonoro impressionante. Não por acaso, a narrativa destaca um especialista em acústica, que precisa interpretar os sinais de radar que podem representar a diferença entre a vida e o apocalipse no fundo do mar. Disponível em iTunes e YouTube Filmes A Violinista | Finlândia | 2018 Um acidente interrompe a carreira de uma violinista virtuosa. Conformada em dar aulas para jovens, ela se encanta ao encontrar um aluno prodígio, até que a paixão compartilhada pela música transforma o relacionamento numa atração intensa. Primeiro longa dirigido pelo ator Paavo Westerberg (que nos anos 1980 foi o Príncipe de “A Rainha da Neve”), foi selecionado para festivais e agradou a crítica internacional. Disponível em iTunes, Looke e Now Um Bilhete Para Longe Daqui | Reino Unido | 2017 Dona de casa e mãe de família em depressão profunda se vê sufocada em meio às tarefas domésticas diante do marido alheio, até largar tudo num impulso e embarcar num trem para Paris. A performance superlativa de Gemma Arterton, indicada ao BIFA (premiação indie do cinema britânico), é o grande destaque desse drama triste e doloroso. Disponível em iTunes, Looke, Google Play e Vivo Play Sangue de Pelicano | Alemanha | 2019 A premiada atriz alemã Nina Hoss vive uma treinadora de cavalos policiais que decide adotar uma menina de 5 anos muito traumatizada. Quando a menina mostra seu comportamento violento e antissocial, ela fica determinada a ajudá-la. A direção é de Katrin Gebbe (“Nada de Mau Pode Acontecer”). Disponível em iTunes, Google Play, Now, Vivo Play e YouTube Filmes O Segredo: Ouse Sonhar | EUA | 2020 Baseado no best-seller de Rhonda Byrne, um dos maiores fenômenos editorais da auto-ajuda, o filme traz Katie Holmes (“Brahms: Boneco do Mal II”) e Josh Lucas (“Ford vs Ferrari”) como protagonistas, ilustrando como a lei da atração e a força dos pensamentos podem influenciar os rumos de uma vida. Na trama, Katie Holmes é uma mãe viúva que tem uma nova chance de recomeçar ao ser pedida em casamento pelo personagem de Jerry O’Connell (“Carter”), mas o destino coloca em seu caminho um homem misterioso (Lucas), que a ensina a desejar mais. O filme é dirigido por Andy Tennant (“Caçador de Recompensas”), que também ajudou a roteirizar a adaptação, transformando a lição quase religiosa (porque baseada em fé) de “O Segredo” em drama romântico. Ou, segundo a crítica, numa grande perda de tempo – só 28% de aprovação no Rotten Tomatoes. Disponível em iTunes, Google Play, Looke, Now, Oi Play, Sky Play, Vivo Play e YouTube Filmes O Dilema das Redes | EUA | 2020 O novo documentário premiado de Jeff Orlowski (“Em Busca dos Corais”) reúne especialistas em tecnologia e profissionais da área para fazer um alerta: as redes sociais estão tendo um impacto devastador sobre a democracia e a humanidade. O filme chama atenção para questões importante da atualidade, como controle de informações, disseminação de fake news e manipulação cibernética, que faz com que brigar por mentiras seja mais importante que prestar atenção em problemas reais, além de fomentar cisões e isolamento cada vez maior entre as pessoas. Disponível na Netflix

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    Estreias online: 10 filmes para assistir em casa no fim de semana

    4 de setembro de 2020 /

    O destaque da seleção digital da semana é um filme que tende a virar objeto de culto ou então despertar intensa irritação. Esquisito, mas poético, encantador, mas frustrante, profundo, mas impenetrável, assim é “Estou Pensando em Acabar com Tudo”, que, apesar desse título, pode parecer não acabar nunca. Basta dizer que se trata de uma obra de Charlie Kaufman, o roteirista malucão de “Quero Ser John Malkovich”, “Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças” e “Adaptação”, que virou diretor de cinema após vencer o Oscar e sempre dá o que falar com seus filmes. Bem ou mal, “Estou Pensando em Acabar com Tudo” encaixa-se perfeitamente na lista das obras estranhas do cineasta. Mas vale a pena? As críticas mais positivas que negativas indicam que sim, se você for um cinéfilo fã de surrealismo, considerando os 86% de aprovação no Rotten Tomatoes. A Netflix também oferece o oposto disso, uma comédia romântica extremamente convencional em “Amor Garantido” (50% no RT), mostrando que há opções para todos os gostos. Confira abaixo os trailers e mais detalhes dos lançamentos online, lembrando que a curadoria não inclui títulos clássicos (são muitos) e produções trash, que em outros tempos sairiam diretamente em DVD – só nesta semana foram disponibilizados mais dois lixões estrelados por Nicolas Cage, um deles com míseros 3% de aprovação no Rotten Tomatoes! Estou Pensando em Acabar com Tudo | EUA | 2020 O novo filme de Charlie Kaufman (vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Original por “Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças”) lembra as situações surreais das obras do cineasta, mas desta vez é baseada num romance, escrito por Iain Reid – disponível no Brasil. A trama explora a fragilidade da mente e os limites da solidão ao contar a história da namorada de Jake, que o acompanha em uma viagem para o interior para conhecer seus pais. Durante o trajeto, ela pensa em terminar a relação, mas ao chegar em seu destino começa a achar tudo muito estranho e a perceber que talvez seja tarde demais. O elenco destaca Jessie Buckley (“Judy: Muito Além do Arco-Íris”) como a namorada, que não tem nome na história, Jesse Plemons (“O Irlandês”) como Jake, e David Thewlis (“Mulher-Maravilha”) e Toni Collette (“Hereditário”) como os pais bizarros. Disponível na Netflix. Amor Garantido | EUA | 2020 A sumida Rachael Leigh Cook (“Ela É Demais”) retorna às comédias românticas como uma advogada que ajuda um cliente bonitão a processar um site de namoro por propaganda enganosa. O cliente é vivido por Damon Wayans Jr. (“Happy Endings”) e, quem diria, o diretor Mark Steven Johnson já foi conhecido por filmar heróis da Marvel – “Demolidor, o Homem Sem Medo” (2003) e “O Motoqueiro Fantasma” (2003). Disponível na Netflix. The Day Shall Come | EUA | 2020 O diretor Christopher Morris volta ao terreno do premiadíssimo “Quatro Leões” (2010) em sua nova sátira social, desta vez apontando suas câmeras para outro tipo de terrorismo, aquele criado por fantasias do FBI. A trama acompanha um pregador pobre de Miami que recebe uma oferta em dinheiro para evitar o despejo de sua família. Ele não faz ideia de que seu financiador trabalha para o FBI, e que pretende transformá-lo em um terrorista ao alimentar seus tresloucados sonhos revolucionários. A moral da história é que é mais fácil fabricar um falso terrorista que prender um verdadeiro. Mas nem tudo sai de acordo com os planos, nas reviravoltas de humor negro dessa história maluca, estrelada pelo estreante Marchánt Davis, Anna Kendrick (“A Escolha Perfeita”) e Denis O’Hare (“American Horror Story”). Disponível no iTunes. Breve Miragem de Sol | Brasil | 2019 Fabrício Boliveira venceu o prêmio de Melhor Ator no Festival do Rio pelo papel de Paulo, recém-divorciado que começa a trabalhar como taxista na noite do Rio de Janeiro. Similar a “Transeunte” (2010), do mesmo diretor, Eryck Rocha, o filme usa a premissa para observar pessoas aleatórias. A coleção de vinhetas resultante da troca de passageiros também remete a “Uma Noite Sobre a Terra” (1991), de Jim Jarmusch, mas a experiência documental de Rocha faz grande diferença na captação das imagens. Disponível na Globoplay. A Cidade dos Piratas | Brasil | 2019 A nova animação de Otto Guerra, diretor de “Wood & Stock: Sexo, Orégano e Rock’n’Roll” (2006) e “Até que a Sbórnia nos Separe” (2013), adapta a obra de Laerte Coutinho, mas, apesar do título, não se trata de uma produção sobre a tirinha “Piratas do Tietê”, criada pelo cartunista, mas sim inspirada pela vida e pela arte do artista. Isto fica claro logo na abertura, que se foca na transição de gênero de Laerte, e segue na temática da história, ao apresentar a reação conservadora contra uma suposta “ditadura gay” atual. Há também um discussão metalinguística sobre os bastidores da produção, com o próprio diretor transformado em desenho. O elenco de dubladores inclui Matheus Nachtergaele (“Trinta”) e Marco Ricca (“Chatô, o Rei do Brasil”) Disponível no iTunes, Google Play, Now, Vivo Play e YouTube Filmes. Os Espetaculares | Brasil | 2020 Comédia brasileira passada no universo dos stand ups. Paulo Mathias Jr. (“Doidas e Santas”) vive um humorista azarado que precisa entrar numa competição de grupos de humor para conseguir dinheiro e evitar a prisão. Ele acaba se juntando a Rafael Portugal (do “Porta dos Fundos”) e Luísa Périssé (do “Zorra”). A direção é de André Pellenz, de “Minha Mãe é uma Peça: O Filme” (2013) e “Detetives do Prédio Azul: O Filme” (2017). Disponível no iTunes, Google Play, Now, Sky Play, Vivo Play e YouTube Filmes. Fourteen | EUA | 2019 O drama indie escrito e dirigido por Dan Sallitt é uma lição sobre a amizade, e como a passagem do tempo pode mudar os laços e a visão que temos de velhos amigos. A trama acompanha duas grandes amigas de infância, que tem reações diferentes à vida adulta. Enquanto a mais genial e expansiva tem dificuldades de manter emprego, a mais tímida e focada segue firme em seu projeto de vida. Mas logo fica claro que o problema da primeira, cada vez mais disfuncional, pode ter raízes mais profundas que a imaturidade. Mesmo diante dos desafios, a outra resolve não abandoná-la. Disponível na Looke. Greed: A Indústria da Moda | Reino Unido | 2019 Comédia sobre o universo de opulência, mau gosto, falto de tato e exploração descarada dos podres de ricos, que teria sofrido censura do próprio estúdio. O filme traz Steve Coogan (“Philomena”) como um multimilionário inspirado pelo presidente do Arcadia Group, Sir Philip Green, e teria sofrido uma série de cortes para proteger as “relações corporativas” da Sony, devido a seu tema polêmico. A denúncia foi feita pelo diretor Michael Winterbottom (“O Assassino em Mim”) em entrevista publicada no jornal inglês The Guardian. A trama se passa durante uma festa grandiosa de seu protagonista, enquanto um jornalista investiga as condições de semi-escravidão dos funcionários das fábricas asiáticas responsáveis por tamanha riqueza. Disponível no iTunes, Google Play, Now e YouTube Filmes. Exterminador: Cavaleiros e Dragões | EUA | 2020 O supervilão “Exterminador” ganha sua primeira animação. Com muitas cenas de ação e violência inadequada para crianças, a adaptação da DC Comics compensa com sangue os diálogos típicos de história em quadrinhos. Disponível no iTunes. Showbiz Kids | EUA | 2020 Documentário sem firulas sobre o negócio de ser um ator mirim na indústria do entretenimento. O filme traz depoimentos de ex-estrelas infantis famosas, como Henry Thomas (“E.T.”), Milla Jovovich (“De Volta à Lagoa Azul”) e até o recém-falecido Cameron Boyce (“Descendentes”), para retratar os altos e baixos da profissão. Disponível na HBO Go.

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    Cinemas já começaram a reabrir no Brasil

    3 de setembro de 2020 /

    Os cinemas começam a reabrir lentamente no Brasil. Um decreto publicado na quinta (3/9) pelo governo do Distrito Federal já permite a abertura das salas em Brasília. Outras capitais, como Manaus, Fortaleza e Belém, também vem abrindo suas salas e já apresentam uma programação de filmes neste fim de semana. Além disso, Campinas, uma das cidades de maior população de São Paulo, também anunciou a retomada de eventos fechados, como cinema e teatro, a partir desta sexta-feira (4/9). A lista de cidades em que haverá sessões no fim de semana incluem ainda Valparaíso (GO), Várzea Grande (MT), Ananindeua (PA), São Gonçalo (RJ) e Sumaré (SP). Já os principais mercados, as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, que concentram a maior quantidade de salas do país, continuam fechados. Em todos os estabelecimentos abertos será obrigatório o uso de máscara por parte de funcionários e clientes, e os espaços devem oferecer produtos para higienização, como álcool em gel 70%, e realizar medidas de distanciamento e redução do fluxo de pessoas. A rede Cinépolis e a iniciativa #JuntosPeloCinema divulgaram vídeos sobre como serão os procedimentos na volta das sessões. Um dos primeiros filmes a entrar em cartaz com a reabertura é “Magnata do Crime”, comédia de gângsteres do diretor Guy Ritchie (“Aladdin”) estrelado por Matthew McConaughey (“Clube de Compra Dallas”) e grande elenco, programado para a maioria dos cinemas abertos em sessões de “pré-estreia” pagas – na prática, uma estreia convencional. Mas os cinemas também exibirão blockbusters clássicos, dentro do projeto De Volta para o Cinema, que começa nesta sexta onde houver salas abertas (saiba mais). Veja abaixo os vídeos sobre os cuidados tomados para a reabertura.

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    Estreias online: 15 filmes para ver em casa no fim de semana

    28 de agosto de 2020 /

    Da divertida comédia infantil “Aprendiz de Espiã”, com Dave Bautista, ao drama LGBTQIA+ “Matthias & Maxime”, lançamento do cineasta canadense Xavier Dolan, a programação de cinema digital desta sexta (28/8) reúne opções para todos os gostos. Ainda assim, vale destacar a originalidade da comédia criminal “Origens Secretas”, sobre um serial killer geek. Alguns dos filmes abaixo foram disponibilizados com exibição gratuita. Mas se os 15 títulos sugeridos não agradarem, ainda há mais 74 filmes gratuitos, distribuídos em quatro festivais online simultâneos neste fim de semana (saiba mais). Confira abaixo os trailers e mais detalhes da seleção digital, lembrando que a curadoria não inclui títulos clássicos (são muitos) e produções trash, que em outros tempos sairiam diretamente em DVD – como “A Ilha”, maior lixão da semana, com Nicolas Cage e 0% de aprovação no Rotten Tomatoes! Aprendiz de Espiã | EUA | 2020 A comédia do ator Dave Bautista (“Guardiões da Galáxia”) segue uma fórmula já explorada com sucesso por Arnold Schwarzenegger (“Um Tira no Jardim de Infância”), Jackie Chan (“Missão Quase Impossível”), Dwayne Johnson (“O Fada de Dentes”) e outros fortões em filmes com crianças. Bautista vive um agente da CIA que, durante uma tocaia, é flagrado por uma menina de 9 anos. Ele grava sua espionagem com um celular e negocia não colocar o vídeo no ar em troca de aulas para virar espiã. A precoce Chloe Coleman (de “Big Little Lies” e que também estará em “Avatar 2”) vive a garotinha que dá um baile no durão, até descobrir que ele não é tão insensível quanto tenta parecer. Sucesso digital nos EUA, o filme deve ganhar sequência. Disponível na Amazon. Quase uma Rockstar | EUA | 2020 O drama musical adolescente adapta o livro de mesmo nome, escrito por Matthew Quick, autor de “O Lado Bom da Vida”, e conta uma história edificante sobre como o poder da música é capaz de iluminar a escuridão. A protagonista, vivida por Auli’i Cravalho (revelada como voz de Moana no desenho da Disney), é uma otimista incorrigível, embora sua vida seja mais complicada do que aparenta. A jovem é uma estudante que tenta conciliar o trabalho, a vida e alguns segredos duros sempre com um sorriso no rosto, enquanto sonha entrar numa faculdade prestigiosa de música. Quando novos obstáculos aparecem, ela descobre que pode contar com a família que escolheu (os amigos) para superar os desafios. Dirigido por Brett Haley (“Por Lugares Incríveis” e “Corações Batendo Alto”), o filme é cheio de baladinhas pop, apesar de prometer rock (ou quase) no título. Disponível na Netflix. Origens Secretas | Espanha | 2020 Grande surpresa da Netflix, esta aventura criminal é diversão garantida para geeks de carteirinha. O longa do diretor David Galán Galindo (“Pixel Theory”) acompanha a caça a um serial killer que se inspira nas origens dos heróis da Marvel para matar suas vítimas. Os personagens ainda incluem uma delegada que faz cosplay nas horas de folga e um especialista em quadrinhos que é contratado como consultor da polícia. Pacto de Fuga | Chile | 2020 Drama emocionante de fuga de prisão, o filme é inspirado em um evento real de janeiro de 1990, quando 49 presos políticos chilenos escaparam por um túnel que levaram 18 meses para cavar. Apenas nove foram recapturados e a chamada “Operação Êxito” ridicularizou a já agonizante ditadura militar. Disponível na Amazon. Disponível na Netflix. Antígona | Canadá | 2019 Grande vencedor da premiação da Academia Canadense de Cinema (o Oscar canadense) deste ano, o filme de Sophie Deraspe (“The Seven Last Words”) é uma versão contemporânea da tragédia grega de Sófocles, com enfoque de realismo social. A Antígona canadense faz parte de uma família de refugiados que confronta as autoridades do país para honrar um de seus irmãos e ajudar o outro a escapar da prisão. Ao se ver encurralada por uma lei falha, ela passa a seguir seu próprio senso de justiça, enfrentando dificuldades inimagináveis. Disponível no Cinema Virtual. Matthias & Maxime | Canadá | 2020 O novo filme de Xavier Dolan (“É Apenas o Fim do Mundo”) ganha lançamento digital exclusivo pelo Mubi. A trama gira em torno de dois velhos amigos de infância, Matthias (Gabriel D’Almeida Freitas) e Maxime (interpretado pelo próprio Dolan), que são convidados a compartilhar um beijo para um curta-metragem. Deste beijo surge uma dúvida persistente, confrontando os dois com suas preferências, ameaçando a irmandade de seu círculo social e, eventualmente, mudando suas vidas, já que, até então, só se relacionavam com mulheres. Disponível no Mubi. Canções de Amor | Nova Zelândia | 2019 O musical romântico, embalado por hits do pop neozelandês, tem uma premissa comum a muitos dramas do gênero, em que a filha de um pai moribundo ouve impressionada a história de como ele conheceu e se apaixonou pela mãe dela nos anos 1970. Como curiosidade, a filha é vivida pela cantora Kimbra, em sua estreia como atriz. Já a intérprete da mãe, Rose McIver, era a estrela da série “iZombie”. Disponível no Cinema Virtual. Os Nossos Filhos | Bélgica | 2012 Inédito no circuito comercial brasileiro, a tragédia baseada em fatos reais examina os poderes opressivos dos laços familiares. Como milhões de outros casais, Mounir e Murielle se apaixonam e têm filhos. Mas, ao contrário de outros casais, eles aceitam renunciar à sua autonomia e concordam em viver com o pai adotivo de Mounir. A intérprete de Murielle, Émilie Dequenne (“A Garota do Armário”), foi premiada como Melhor Atriz da mostra Um Certo Olhar, do Festival de Cannes, por sua atuação fantástica. Disponível no Mubi. Tudo pela Arte | Reino Unido | 2020 Um carismático crítico de arte e sua esposa são contratados para roubar um quadro raro de um grande colecionador de pinturas. No entanto, a ganância e a insegurança fazem a missão sair do controle. O elenco destaca Claes Bang (o novo “Drácula”), Elizabeth Debicki (“Tenet”), Donald Sutherland (“Jogos Mortais”) e o cantor Mick Jagger. Disponível no iTunes. Pódio para Todos | Reino Unido | 2020 O documentário da dupla Ian Bonhôte e Peter Ettedgui (de “McQueen”) reflete sobre a importânica dos Jogos Paralímpicos e o seu impacto global na forma como vemos a deficiência, diversidade e excelência. Disponível na Netflix. Echo in the Canyon | EUA | 2020 Documentário que conta a história musical da região de Laurel Canyon, em Los Angeles, na metade dos anos 1960, quando a música folk foi incorporada ao rock por bandas como The Byrds, Buffalo Springfield e The Mamas & The Papas, criando o que ficou conhecido como “som da Califórnia”. Disponível no iTunes Coringa: Coloque um Sorriso no Rosto | EUA | 2020 Disponibilizado de graça pela Apple, o documentário reúne dezenas de entrevistas com quadrinistas, cineastas e astros do cinema que abordam as origens e a evolução do Coringa ao longo dos anos, até sua transformação no vilão dos quadrinhos mais celebrado de todos os tempos. Disponível no iTunes Deus | Chile | 2020 Documentário sobre a crise religiosa que abateu o Chile, realizado pelo coletivo Mapa Fílmico de un País (MAFI) na véspera da visita do Papa Francisco ao país em 2018. O pano de fundo são as acusações de pedofilia contra o bispo Juan Barros, além de debates sobre aborto e desigualdade social. O filme questiona a diferença entre o que prega a Igreja Católica e a realidade mundial. Disponível no iTunes, Google Play, Vivo Play, Sky Play e YouTube Films Amazônia: Sociedade Anônima | Brasil | 2020 O documentário de Estevão Ciavatta (“Santos Dumont”) mostra como, diante do fracasso do governo brasileiro em proteger a Amazônia, índios e ribeirinhos realizam uma união inédita, liderada pelo Cacique Juarez Saw Munduruku, para enfrentar as máfias de roubo de terras e desmatamento ilegal. Disponível no Globoplay Dentro da Minha Pele | Brasil | 2020 O documentário de Toni Venturi (“Estamos Juntos”) e Val Gomes acompanha nove pessoas comuns, com diferentes tons de pele negra, em seu cotidiano na cidade de São Paulo. Ao longo da exibição, eles compartilham situações de racismo, dos velados aos mais explícitos. Disponível no Globoplay

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    Fim de semana tem 4 festivais online com 74 filmes de graça

    28 de agosto de 2020 /

    Os cinéfilos vão se fartar neste fim de semana com a realização de quatro festivais online simultâneos, que disponibilizam a exibição gratuita de nada menos que 74 filmes. O Panorama Digital de Cinema Suíço reúne 14 longas, alguns deles premiados e imperdíveis, até o dia 6 de setembro na plataforma Sesc Digital. Entre os destaques, estão a cinebiografia “Bruno Manzer – A Voz da Floresta”, sobre o ativista ambiental do título, que rendeu a Sven Schelker o troféu de Melhor Ator na premiação da Academia de Cinema Suíço, e “No Meio do Horizonte”, de Joanne Giger, grande vencedor da Academia Suíça, com o equivalente ao Oscar do país nas categorias de Melhor Filme e Roteiro. O drama rural, passado nos anos 1970, acompanha a dissolução de uma família sob o olhar de um adolescente. Além dos longas, há dois programas dedicados à curtas, um deles para o público adulto e outro para crianças. Cada seleção traz cinco obras diferentes. Por sua vez, a Festa do Cinema Italiano leva 20 filmes à plataforma digital Looke até 10 de setembro, com apenas duas exceções, que só estarão disponíveis por 24 horas. Nove longas são inéditos no circuito cinematográfico nacional, como “Fortunata” (2017), em que Jasmine Trinca (premiada na mostra Um Certo Olhar, em Cannes) vive um casamento fracassado e cuida da filha de oito anos, enquanto sonha em ter seu próprio salão de beleza, e “Os Mosqueteiros do Rei” (2018), paródia de “Os Três Mosqueteiros” que se tornou um dos maiores sucessos recentes do cinema italiano. Mas os melhores títulos são filmes que tiveram passagens relâmpago pelos cinemas de arte e agora podem finalmente ser apreciados com calma pelos cinéfilos. Alguns são fundamentais, como o vencedor da mostra Horizontes do Festival de Veneza, “Nico, 1988” (2017), de Susanna Nicchiarelli, que registra o final da vida da cantora Nico (ex-Velvet Underground), e “Martin Eden” (2019), adaptação da obra homônima de Jack London que rendeu a Copa Volpi de Melhor Ator para Luca Marinelli no Festival de Veneza passado. Além destes, também merece atenção a animação “A Gata Cinderela”, que transporta a fábula “Cinderela” para uma ambientação noir futurista. Infelizmente, esta é uma das exceções, com disponibilidade restrita apenas ao dia 5 de setembro. Já a Mostra Mundo Árabe de Cinema apresenta 16 filmes sobre a cultura árabe, quatro deles inéditos no Brasil e o restante selecionado entre os destaques das edições anteriores, que ficarão disponíveis das 18h desta sexta até 13 de setembro. E de segunda (31/8) a 27 de setembro na plataforma digital do Sesc. Vale reparar que a maioria das produções são documentais, como “Gaza”, Garry Keane e Andrew McConnell, que foi o representante da Irlanda na busca por uma indicação ao Oscar de filme internacional em 2020. O filme registra Gaza como um lugar com esperança em meio ao conflito da região. Entre as ficções, o destaque é o inédito “O Dia em que Perdi Minha Sombra”, da cineasta sírio-francesa Soudade Kaadan, sobre uma mulher que tenta comprar gás no início da guerra na Síria e vê a tarefa cotidiana sair do controle em meio às incertezas da guerra civil. A seleção abre espaço até para documentários de cineastas brasileiros, como “Naila e o Levante”, de Julia Bacha, que retrata a participação das mulheres durante a Primeira Intifada, na Palestina, e como sua importância foi minimizada pela liderança masculina, e “Os Caminhos dos Mascates” de José Luis Mejias, sobre a migração árabe ao Brasil. Para completar, o evento vai mostrar a clássica Trilogia do Deserto, do tunisiano Nacer Khemir, composta pelos filmes “Andarilhos do Deserto” (1984), “O Colar Perdido da Pomba” (1991) e “Baba Aziz, o Príncipe que Contemplava Sua Alma” (2005) Para completar, o Festival Internacional de Cinema LGBTI, normalmente realizado em Brasília, exibirá sua 5ª edição de forma online e gratuita a partir das 18h desta sexta e poderão ser vistos até as 23h59 de domingo (30/8), à exceção de “Erik & Erika”, que terá apenas uma sessão, transmitido às 20h de sábado (29/8). Entre os destaques, encontram-se o australiano “52 Terças-feiras”, premiado no Festival de Berlim, sobre uma adolescente que começa a aprender sobre sexualidade no momento em que sua mãe revela planos de transição de gênero, a comédia uruguaia “Os Golfinhos Vão para o Leste”, premiada no Festival de Gravado, o documentário holandês “Galore”, que venceu vários prêmios de cinema LGBTQIA+ ao contar a história de uma famosa drag queen europeia, o espanhol “Por 80 Dias”, premiado no Festival de San Sebastian, sobre a descoberta da sexualidade na Terceira Idade, e o citado “Erik & Erika”, produção austríaca sobre a vida de Erika Schinegger, estrela do esqui dos anos 1970 que sofreu acusações de fraude quando seu segredo biológico veio à tona. A seleção também inclui curtas e media-metragens nacionais, entre eles “Quebramar”, de Cris Lyra, que venceu prêmios internacionais ao acompanhar jovens lésbicas numa praia deserta, e os documentários “Meu Corpo É Político”, de Alice Riff, “Que os Olhos Ruins Não Te Enxerguem”, de Roberto Maty, “MC Jess”, de Carla Villa-Lobos, “Terra sem Pecado”, de Marcelo Costa, e “Minha História É Outra”, de Mariana Campos. Veja abaixo onde acessar cada evento online. Panorama Digital de Cinema Suíço: http://www.sescsp.org.br/panoramasuico(saiba mais). Festa do Cinema Italiano: https://www.looke.com.br/movies/festa-do-cinema-italiano (saiba mais). Mostra Mundo Árabe de Cinema: https://www.youtube.com/channel/UCfmZ3RvF7GUiHcVFgW2FdJg, http://mundoarabe2020.icarabe.org/ e, a partir de segunda, em https://sesc.digital/categorias/cinema-e-video (saiba mais). Festival Internacional de Cinema LGBTI: https://www.votelgbt.org/flix (saiba mais).

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    Continuação de Shazam! anuncia título e novo integrante do elenco

    22 de agosto de 2020 /

    O painel da continuação de “Shazam!” foi um dos mais curtos da DC FanDome, com apenas seis minutos! Mesmo assim, revelou duas informações importantes. Primeiro, o título oficial. O filme será oficialmente chamado de “Shazam: Fury of the Gods” (Shazam: Fúria dos Deuses, na tradução literal). E, segundo, o comediante Sinbad se juntará ao elenco em um papel ainda não revelado. A participação rendeu várias brincadeiras envolvendo uma antiga “teoria de conspiração”. Muitas pessoas acreditam que Sinbad estrelou um filme chamado “Shazaam” nos anos 1990. Na verdade, confundem com “Kazaam”, estrelado por Shaquille O’Neal. O tal “Shazaam” nunca existiu, apesar da “lembrança coletiva” de sua produção. Sinbad aproveitou para dizer que, a partir de agora, todos acertarão quando falarem que ele está na franquia “Shazam”. Presente no painel, o diretor David F. Sandberg apenas acenou negativamente com a cabeça quando questionado se aquilo era sério. A sequência de “Shazam!” tem previsão de estreia para novembro de 2022.

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    Estreias online: 15 filmes para ver em casa neste fim de semana

    21 de agosto de 2020 /

    Da comédia genérica da Netflix “Missão Pijamas” ao documentário político “O Fórum”, selecionados 15 sugestões para quem procura diversão ligeira ou um programa cinéfilo mais profundo para ver em casa, sob as cobertas, neste fim de semana de muito frio no Sul e no Sudeste do Brasil. Confira abaixo os trailers e mais detalhes das sugestões da programação digital – lembrando que a curadoria não inclui títulos clássicos (são muitos) e produções trash, que em outros tempos sairiam diretamente em DVD. Missão Pijamas | EUA | 2020 Com uma história que lembra “Pequenos Espiões”, crianças precisam salvar os pais raptados por vilões. O elenco volta a reunir Malin Akerman e Joe Manganiello após “Rampage: Destruição Total”, a direção é de Trish Sie (“A Escolha Perfeita 3”) e o enredo mistura gêneros e clichês para contentar toda a família – menos, claro, o cinéfilo da casa. Disponível na Netflix. A Caçada | EUA | 2020 Thriller satírico que chegou a sofrer um ataque virulento do presidente Donald Trump no Twitter, “A Caçada” mostra uma dúzia de militantes da extrema direita americana que acordam em uma clareira e percebem que estão sendo caçados por milionários da esquerda liberal. Os alvos se consideram “pessoas comuns”, vítimas da “elite” na trama, numa metáfora pouco sutil, que transforma o discurso de coitadismo dos heterossexuais brancos americanos em sátira de terror. A premissa, porém, esgota-se rapidamente, conforme acabam figurantes famosos para o diretor Craig Zobel (“Obediência”) eliminar. Por sinal, o elenco traz vários astros de séries, como Betty Gilpin (“GLOW”), Emma Roberts (“American Horror Story”), Justin Hartley (“This Is Us”), Ike Barinholtz (“The Mindy Project”), Glenn Howerton (“It’s Always Sunny in Philadelphia”) e Hilary Swank (“Trust”). Todos brancos. Disponível na Google Play e Vivo Play. Chemical Hearts | EUA | 2020 A adaptação do livro “A Química que Há entre Nós”, de Krystal Sutherland, conta a história de Henry Page (Austin Abrams, de “Euphoria”), de 17 anos, que nunca se apaixonou, até que, no primeiro dia do último ano do ensino médio, ele conhece a estudante transferida Grace Town (Lili Reinhart, de “Riverdale”) e tudo começa a mudar. Grace e Henry são escolhidos para co-editar o jornal da escola, e ele é imediatamente atraído pela misteriosa personagem. Ao descobrir o segredo de partir o coração que mudou sua vida e a deixou traumatizada, andando com uma bengala, ele se apaixona por ela – ou pelo menos pela pessoa que pensa que ela é. Com apenas 57% de aprovação, o filme tem roteiro e direção de Richard Tanne, que anteriormente fez o romance “Michelle e Obama”, sobre o namoro do ex-Presidente Barack Obama e sua futura esposa. Disponível na Amazon. Seberg Contra Todos | EUA | 2020 Kristen Stewart (“As Panteras”) vive uma das atrizes mais icônicas da virada dos anos 1950 para os 1960: Jean Seberg, de clássicos como “Santa Joana” (1958), “Bom Dia, Tristeza” (1958) e “Acossado” (1960). Baseado em fatos reais, o filme acompanha a investigação ilegal do FBI sobre a atriz, quando ela se envolveu com os movimentos civis do final dos anos 1960. O envolvimento também era romântico, graças à sua ligação com o ativista Hakim Jamal, primo de Malcom X e líder do movimento black power – interpretado no longa por Anthony Mackie (o Falcão dos filmes da Marvel). Apesar de elogios à interpretação de Stewart, o roteiro foi considerado superficial e um desserviço às duas atrizes – intérprete e personagem – , rendendo apenas 35% de aprovação na média do Rotten Tomatoes. Disponível no iTunes. Ayka | Rússia | 2018 Drama deprimente sobre uma imigrante pobre e ilegal, capaz de abandonar seu bebê recém-nascido no hospital porque não tem como sustentá-lo nem com três empregos, como faxineira, limpadora de neve nas ruas e em um abatedouro de frangos. Agiotas a perseguem para pagar uma dívida antiga, enquanto ela sofre de remorso no frio de Moscou, precisando desesperadamente de dinheiro e lutando para se manter viva após complicações do pós-parto. A personagem é vivida por Samal Yeslyamova, revelada pelo diretor Sergei Dvortsevoy em seu filme anterior, o premiadíssimo “Tulpan”, junto de um elenco não profissional. Com “Ayka”, ela trocou a condição de amadora pela consagração como Melhor Atriz do Festival de Cannes. Disponível na Looke. A Prima Sofia | França | 2019 Produção premiada que chegou sem alarde ao catálogo da Netflix, o filme de Rebecca Zlotowski (“Grand Central”) acompanha Naima, uma jovem tímida de 16 anos que vive na famosa cidade de Cannes. Quando sua prima Sofia chega de Paris para o veraneio, com a sexualidade à flor da pele e uma atitude que poderia ser considerada promíscua, sua vida muda totalmente. Disponível na Netflix. Snu – A História de Amor que Mudou Portugal | Portugal | 2019 O longa retrata o relacionamento da editora dinamarquesa Snu Abecassis e do primeiro-ministro de Portugal Francisco Sá Carneiro, que era casado, nos anos 1970. A história de amor virou um escândalo político e teve um final trágico. Disponível no Cinema Virtual. Antônia – Uma Sinfonia | Holanda, Bélgica | 2018 Cinebiografia de Antonia Brico (1902-1989), a primeira mulher a reger, com sucesso, grandes orquestras – nada menos que as filarmônicas de Berlim e Nova York, na década de 1930. O filme aborda a juventude de Antonia e a dificuldade de ser aceita no universo dos maestros, até então exclusivamente masculino. Apesar de simplificações, filme de Maria Peters (“Sonny Boy”) venceu prêmios e teve críticas positivas. Disponível no iTunes, Google Play, Now, Vivo Play e YouTube Filmes. Meu Extraordinário Verão com Tess | Holanda, Alemanha | 2019 Premiado no Festival de Berlim e exibido na Mostra de São Paulo do ano passado, o filme se passa durante um período de férias na praia, em que o menino Sam conhece a Tess, uma menina sonhadora que mostra a ele como viver o presente pode ser melhor que reviver memórias do passado ou esperar por algo que ainda não que aconteceu. Disponível no Cinema Virtual. Crimes de Família | Argentina | 2020 Drama jurídico baseado em fatos reais, acompanha uma mãe que faz tudo para defender o filho, acusado de tentar matar a ex-esposa. A mãe é interpretada por Cecilia Roth, que ficou mundialmente conhecida por sua atuação em “Tudo Sobre Minha Mãe” (1999). Em meio ao drama central, a trama também aborda temas atuais como corrupção, diferenças de classes, abuso de drogas, violência contra mulher e direitos LGBTQIA+. Disponível na Netflix. Asako I & II | Japão | 2018 Com 15 filmes no currículo, incluindo curtas e documentários, o premiado cineasta Ryûsuke Hamaguchi finalmente chegou ao circuito brasileiro com seu “Asako I & II”, um drama romântico desconcertante. A trama acompanha a jovem Asako (Erika Karata) que, totalmente apaixonada, desmorona quando seu amado desaparece. Ela muda de cidade, sai de Osaka e vai morar em Tóquio para tentar reconstruir sua vida. Até que se espanta ao encontrar um rapaz que é idêntico a seu ex, mas tem outro nome e comportamento completamente diferente. Será que ela vai se deixar envolver pelo desconhecido, que é muito mais atencioso, mas não desperta nela a mesma paixão? Disponível na Looke, Now e Vivo Play. O Fim da Viagem, O Começo de Tudo | Japão | 2019 Considerado um dos maiores cineastas do J-horror, Kiyoshi Kurosawa também costuma fazer dramas serenos como este filme, exibido no Festival de Locarno e de uma delicadeza impressionante. A história se concentra numa repórter de um programa de variedades do Japão, que viaja com sua equipe ao Uzbequistão para uma matéria sobre um peixe lendário. Mas, como não conseguem encontrar o tal peixe, a equipe procura alguma coisa que possa ser interessante para não perder a viagem. Sem pauta, Yoko (a cantora Atsuko Maeda) decide conhecer os pontos turísticos do lugar, ao mesmo tempo que lida com a solidão, a saudade do namorado e uma forte insegurança, tendo em vista que em determinado momento ele deixa de retornar suas mensagens. Não parece muito? O filme tem 93% de aprovação no Rotten Tomatoes. Disponível na Looke e Vivo Play. O Fórum | Alemanha | 2020 O documentário sobre o Fórum Econômico de Davos mostra o impacto da pauta ambiental sobre as maiores lideranças mundiais, incluindo a reação de Donald Trump, a frustração generalizada e o completo despreparo de Jair Bolsonaro para participar de negociações e conversas sobre o tema. O presidente brasileiro é apresentado quase como um vilão cômico, em meio a imagens de queimadas na Amazônia. Paralelamente, a produção ainda encaixa entrevistas francas do fundador do Fórum, Klaus Martin Schwab, e discursos da jovem Greta Thunberg, que também respingam na imagem brasileira. Disponível no iTunes e Vivo Play. The Stand: How One Gesture Shook the World | EUA | 2020 O documentário explora a força de uma das imagens mais icônicas de nosso tempo, criada nas Olimpíadas de 1968, quando dois medalhistas afro-americanos resolveram protestar em silêncio, com a cabeça baixa e os punhos erguidos, durante a execução do hino nacional dos Estados Unidos. Mais de 50 anos depois, esse evento permanece profundamente inspirador, polêmico e até mesmo incompreendido como uma das declarações mais abertamente políticas da história dos esportes. Disponível no Now. Eduardo Galeano, Vagamundo | Brasil | 2020 O uruguaio Eduardo Galeano, morto em 2015, foi um dos maiores escritores latino-americanos. Cinco anos antes de sua morte, o autor de “As Veias Abertas da América Latina” recebeu o cineasta Felipe Nepomuceno em sua casa em Montevidéu para uma entrevista. Este é ponto de partida do documentário, que também traz depoimentos de amigos e artistas. Disponível no Now e Vivo Play.

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    Filmes: Queen & Slim é um dos 10 destaques digitais do fim de semana

    15 de agosto de 2020 /

    A Netflix tem uma nova superprodução, que reúne grandes estrelas e efeitos visuais caros, mas é um thriller indie que se destaca na programação digital do fim de semana. “Queen & Slim” é a dica desta sexta (14/8). Confira abaixo mais detalhes deste e de outro destaques digitais da programação, que reúne os 10 melhores títulos recém-disponibilizados no país – lembrando que a curadoria não inclui títulos clássicos (são muitos) e produções trash que, em outros tempos, sairiam diretamente em vídeo. Queen & Slim | EUA | 2019 O thriller mostra o que acontece quando um casal de namorados (Daniel Kaluuya, indicado ao Oscar por “Corra!” e Jodie Turner-Smith) é parado por uma pequena infração de trânsito e a situação sai de controle devido ao racismo do policial. O incidente é capturado em vídeo e se torna viral e, enquanto foge da polícia, o casal se torna um símbolo para os negros em todo o país. Refletindo as denuncias de racismo contra a polícia dos EUA, a produção em clima de “Thelma e Louise” marca a estreia no cinema da diretora Melina Matsoukas, após uma carreira de clipes premiados (de Rihanna e Beyoncé), e conta com 82% de aprovação no Rotten Tomatoes. Disponível em Apple TV, Google Play, Now, Vivo Play, Sky Play e YouTube Filmes. Power | EUA | 2020 Estrelado por Jamie Foxx (“Django Livre”), Joseph Gordon-Levitt (“500 Dias com Ela”) e Rodrigo Santoro (“Westworld”), o filme combina super-heróis/supervilões e thriller de ação policial, ao girar em torno do tráfico de uma nova droga sintética, altamente viciante, que dá superpoderes a seus usuários. Foxx vive um pai de família que sofreu uma grande perda e decide rastrear a linha de suprimentos da droga até encontrar o responsável pelo tráfico, papel de Santoro, enquanto Gordon-Levitt interpreta um policial cujo trabalho é tirar a droga das ruas. A direção é de Henry Joost e Nev Schulman, responsáveis pela série “Catfish” e por vários filmes da franquia “Atividade Paranormal”. Disponível na Netflix. Creepy | Japão | 2016 O novo suspense de Kiyoshi Kurosawa faz um estudo psicológico sobre deformidade em meio a um mistério de assassinatos em série. A trama gira em torno de um detetive que decide se aposentar após um caso traumático. Um ano depois, recebe o pedido de um colega para investigar o desaparecimento de uma família, que deixou como único membro e testemunha uma jovem garota. Mas o mistério se torna cada vez mais obscuro, a ponto do detetive negligenciar sua esposa, com quem se mudou para a casa ao lado de um vizinho sinistro. Muitas reviravoltas e choques se sucedem, numa trama premiada em festivais de cinema fantástico e com 90% de críticas positivas no Rotten Tomatoes. Disponível em Vivo Play e Looke. Western | Alemanha | 2017 O nacionalismo e o ódio contra estrangeiros alimenta o drama exibido em Cannes e premiado no circuito dos festivais. Escrito e dirigido por Valeska Grisebach, que foi consultora de roteiro do sucesso “Toni Erdmann” (2016), o filme acompanha, com abordagem semidocumental, um grupo de trabalhadores alemães, contratados para obras numa região rural da Bulgária. Sem entender a língua e vivendo choque cultural constante, eles se indispõem com os moradores locais, expondo preconceitos e a mentalidade hooligan das classes baixas. Tem impressionantes 92% de aprovação no Rotten Tomatoes. Disponível em Apple TV e Looke. Um Elefante Sentado Quieto | China | 2018 Premiado no Festival de Berlim de 2018, o primeiro e único longa do diretor Hu Bo tem 95% de aprovação no Rotten Tomatoes, apesar de suas quase quatro horas de duração. É longo. E lento. E sem sorrisos. Uma jornada deprimente pelas margens da vida na China moderna, seguindo múltiplos personagens em uma cidade industrial, todos vítimas do egoísmo de outras pessoas. O tom sombrio reflete o estado de espírito do próprio diretor, que se matou após terminar o longa, aos 29 anos de idade. “Um Elefante Sentado Quieto” é seu epitáfio. Disponível em Apple TV, Google Play, Now, Sky Play e YouTube Filmes. Tesnota | Rússia | 2018 Vencedor do prêmio da crítica no Festival de Cannes de 2018, este drama russo usa locações reais, elenco amador e câmera na mão – com muitos closes – para extrair o máximo de realismo possível de sua história de rapto, religião, choque cultural e diferenças geracionais. Com inclusão de cenas de tortura reais – registradas durante o aprisionamento de soldados russos por forças chechenas durante o massacre do Daguestão, em 1999 – , a estreia de Kantemir Balagov, então com 26 anos, é violenta, incômoda e muitas vezes revoltante. Mas encantou a crítica (87% no Rotten Tomatoes) e lançou a carreira de um dos cineastas jovens mais promissores da Rússia neste século. Disponível em Apple TV, Looke, Google Play, Vivo Play e YouTube Filmes. A Tenente de Cargil | Índia | 2020 A história da primeira mulher aviadora da Índia a voar numa zona de combate, durante a guerra de Cargil em 1999, tem sua dose de patriotismo, mas também é subversiva, ao considerar que a Índia mantém uma estrutura patriarcal e extremamente machista até os dias de hoje. Além de ser um drama feminista edificante, o filme de estreia de Sharan Sharma tem cenas aéreas belamente fotografadas para agradar aos fãs de “Top Gun”. Disponível na Netflix. O Príncipe Nigeriano | EUA, Nigéria | 2018 O título se refere ao golpe do “príncipe da Nigéria”, conhecido também como “Fraude nigeriana”, que consiste no envio de um e-mail em nome de um príncipe da Nigéria ou outro país da África, dizendo que você foi sido escolhido para receber uma herança, mas para isso precisa responder a mensagem com seus dados. O filme parte dessa premissa para contar a história fictícia de um adolescente americano, obrigado pela mãe a ir para a Nigéria, e que passa a ajudar o primo a dar golpes pela internet. Muito elogiado pela crítica, o filme é uma produção indie que acabou comprada pela Netflix e chega ao streaming dois anos após sua première no Festival de Tribeca. Disponível na Netflix. Boys State | EUA | 2019 O documentário vencedor do Festival de Sundance – e com 97% de aprovação no Rotten Tomatoes – acompanha um grupo de jovens do Texas que participam de um “acampamento político” — uma tradição local onde os jovens organizam-se em partidos e governos para simular a administração real de um Estado. A partir dessa premissa, os diretores Amanda McBaine e Jesse Moss analisam os desdobramentos das ações do grupo e lançam nova luz sobre as divisões políticas que já influenciam as novas gerações. Disponível na Apple TV+. Lorna Washington: Sobrevivendo a Supostas Perdas | Brasil | 2020 Ícone do transformismo na cena gay carioca, Lorna Washington fez história em boates que marcaram época no Rio de Janeiro. O documentário mostra este lado glamouroso, com o estilo irreverente e as performances que a popularizaram, mas também as lutas que a tornaram reconhecida como militante, contra o preconceito sexual e pela conscientização sobre HIV. Disponível em Now e Vivo Play.

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    Filmes online: Scooby-Doo é um dos 10 destaques digitais do fim de semana

    7 de agosto de 2020 /

    Originalmente produzido para telas grandes, “Scooby! O Filme” é o título mais conhecido dentre os lançamentos digitais da semana. O longa seria o primeiro desenho do Scooby-Doo feito para o cinema e apostou em alguns atrativos, como revelar a origem da turma animada, desde o primeiro encontro de Scooby-Doo e Salsicha ainda crianças, além de trazer diversos personagens clássicos do estúdio Hanna-Barbera, como o Falcão Azul, o Capitão Caverna e o malvado favorito da “Corrida Maluca”, Dick Vigarista. O esforço criativo, com direito a repaginação visual dos personagens por computação gráfica, acabou sofrendo redirecionamento após a pandemia de coronavírus. Mas a locação digital permite uma opção que os cinemas brasileiros não costumam dar ao público: assistir a versão legendada. Afinal, os dubladores originais são astros famosos. Zac Efron (“Vizinhos”) dubla Fred, Amanda Seyfried (“Mamma Mia!”) faz Daphne, Will Forte (“O Último Cara na Terra”) interpreta Salsicha e Gina Rodriguez (“Jane the Virgin”) dá voz a Velma. Já Scooby continua a ter a voz do veterano Frank Welker. Ele foi o primeiro dublador de Fred, em 1969, mas desde 2002 assumiu o papel do cachorrão falante nas séries e DVDs animados da franquia. Como mostrará a versão mirim dos personagens, “Scooby!” ainda tem um time de famosinhos, com as participações de Iain Armitage (“Young Sheldon”) como o Salsicha criança, Mckenna Grace (“Annabelle 3: De Volta para Casa”) como a pequena Daphne, Pierce Gagnon (“Twin Peaks: O Retorno”) dando voz ao jovem Fred e Ariana Greenblatt (“A Irmã do Meio”) como a Velma mirim. Sem esquecer, claro, que a nova aventura envolve vários personagens clássicos das animações da Hanna-Barbera, com Mark Wahlberg (“Pai em Dose Dupla”) na dublagem do Falcão Azul, Ken Jeong (“Se Beber, Não Case”) como o Bionicão, Jason Issacs (“Star Trek: Discovery”) incorporando Dick Vigarista, Tracy Morgan (“30 Rock”) como o Capitão Caverna e Kiersey Clemons (“A Dama e o Vagabundo”) como sua parcerinha Dee Dee. Para os fãs da dublagem brasileira, o filme também traz netos do centenário Orlando Drummond, voz nacional do protagonista Scooby-Doo por mais de 30 anos, dublando Fred e o filhote Scooby. Mas vale avisar que, apesar desse investimento, a Warner não teve muitas dúvidas para se decidir pelo “rebaixamento” da animação. A troca dos cinemas pela internet foi informada rapidamente, nas primeiras semanas da pandemia. E a péssima cotação conquistada no Rotten Tomatoes ajuda a explicar porquê. Já na parte mais aplaudida da programação, o grande destaque é o russo “Uma Mulher Alta”, que entrou na lista da Pipoca Moderna de Melhores Filmes de 2019 (Leia a crítica) e chega com exclusividade ao Mubi com o título em inglês, “Beanpole”. Confira abaixo mais detalhes destes e de outros destaques digitais da programação, limitados a 10 filmes nesta semana – lembrando que a curadoria não inclui títulos clássicos (são muitos) e produções trash (como um dos piores filmes do ano passado, “O Fanático”, com John Travolta, ou “O Espelho”, com Nicolas Cage) que, em outros tempos, sairiam diretamente em vídeo. Scooby! O Filme | EUA | 2020 A origem da Turma do Scooby-Doo, o encontro entre Scooby e o Bionicão e a escalação de Dick Vigarista como vilão são os principais atrativos para os fãs dos desenhos clássicos da Hanna-Barbera. Há também o apelo do visual computadorizado, que soube renovar sem descaracterizar os personagens. Mas é bom avisar que o roteiro de Matt Lieberman (“Dr. Dolittle 4”) e a direção de Tony Cervone (“Scooby-Doo e Kiss: O Mistério do Rock and Roll”) desencantaram a crítica, rendendo cotação medíocre, de apenas 48% de aprovação ao longa no Rotten Tomatoes. Para desestimular um pouco mais, o lançamento está com preço nas alturas, sob a alegação de que se trata de PVOD e não VOD. A diferença entre as duas abreviaturas? Uns R$ 30 a mais. Disponível em Apple TV, Cinema Virtual, Google Play, Microsoft Store, Play Station Store, Sky Play, Uol Play, Vivo Play e YouTube Filmes. Dançarina Imperfeita | EUA | 2020 A comédia musical adolescente traz a atriz e cantora Sabrina Carpenter (“Garota Conhece o Mundo”) se esforçando para derrotar dançarinos em uma competição da escola. Ela precisa se dar bem na disputa para conseguir uma vaga na universidade dos seus sonhos. E para derrotar os melhores dançarinos da escola, ela forma uma equipe escolhida a dedo. A partir daí é só questão de detalhe. Um pequeno detalhe: aprender a dançar. Este enredo típico de Sessão da Tarde é bem amarrado pelo roteiro de Alison Peck (roteirista de “UglyDolls”) e pela direção de Laura Terruso (“Good Girls High”) e garante uma boa diversão para o público alvo. O elenco também inclui Keiynan Lonsdale (o Kid Flash de “The Flash”) e Drew Ray Tanner (o Fangs de “Riverdale”). Disponível na Netflix. Beanpole (Uma Mulher Alta) | Rússia | 2019 Premiado nos festivais de Cannes, Londres, Estocolmo, Torino, Montreal, etc. e candidato da Rússia ao Oscar, o drama narra a luta de duas mulheres para reconstruir suas vidas sobre os escombros de Leningrado, no final da 2ª Guerra Mundial, enquanto ainda estão abaladas pelos traumas do conflito. Com 91% de aprovação no Rotten Tomatoes, o segundo filme do jovem Kantemir Balagov (de “Tesnota”), de 29 anos, é uma obra-prima do moderno cinema europeu, perfeito da direção à interpretação – o papel da Mulher Alta do título consagrou Viktoria Miroshnichenko, indicada ao troféu de Melhor Atriz da Academia Europeia de Cinema. Disponível no Mubi. Não Mexa com Ela | Israel | 2019 O drama israelense tem 98% no Rotten Tomatoes com uma trama sob medida para os tempos de empoderamento feminino e movimento #MeToo. A história acompanha uma funcionária em ascensão numa grande empresa que, enquanto busca equilibrar o trabalho intenso com as tarefas de mãe de família, sofre assédio do patrão. O que começa com comentários sobre sua roupa e cabelo logo viram sugestões agressivas, mas a trama nunca perde de vista a autenticidade – o que a torna ainda mais perturbadora. Disponível no Now. As Invisíveis | França | 2018 Comédia francesa com temática social e um enfoque quase documental, acompanha assistentes sociais que, diante do fechamento de um abrigo feminino, fazem de tudo para conseguir reintegrar na sociedade as mulheres do local (ex-presidiárias, sem-teto e sem documentos), incluindo crimes como falsificação, roubos e muitas mentiras. Disponível em Now e Vivo Play. Giraffe | Alemanha/Dinamarca | 2019 A construção de um túnel para conectar a Dinamarca e a Alemanha reúne diversos personagens, desde a etnóloga, que chega para documentar as casas marcadas para demolição, até os trabalhadores imigrantes da construção e as famílias que deixarão suas casas, na qual moravam há gerações. Premiado em alguns festivais europeus, o drama de Anna Sofie Hartmann (“Limbo”) tem 100% no Rotten Tomatoes – mas são apenas cinco críticas avaliadas. Disponível no Mubi. Deerskin: Estilo Matador | França | 2019 O novo filme estranho do provocador Quentin Dupieux (“Rubber, O Pneu Assassino”) traz Jean Dujardin (“O Artista”) obcecado por sua jaqueta de couro, que passa a exercer uma influência maligna sobre ele, levando-o a cometer crimes. O absurdo da trama alimenta uma performance insana e o resultado é mais um filme cult do diretor francês, com participação de Adèle Haenel (“Retrato de uma Jovem em Chamas”) e 87% de aprovação no Rotten Tomatoes. Disponível em Apple TV e Looke. A Fotografia | EUA | 2020 Issa Rae (“Insecure”) e LaKeith Stanfield (“Atlanta”) vivem uma história de amor sensível, interligada por uma antiga fotografia da mãe da personagem de Rae. Este é o segundo drama romântico de Stella Meghie, que antes dirigiu “Tudo e Todas as Coisas” (2017). A diferença é que desta vez a diretora fez um filme para adultos e atingiu 74% no Rotten Tomatoes. Disponível na Apple TV. Unbreakable Kimmy Schmidt: Kimmy x Reverendo | EUA | 2020 O filme interativo, ao estilo de “Black Mirror: Bandersnatch”, permite aos espectadores fazer escolhas para os personagens durante a história, dando diferentes finais para a trajetória da protagonista. Além de interativa, a produção também serve de epílogo para ” Unbreakable Kimmy Schmidt”, uma das primeiras séries de comédia originais na Netflix, encerrada em janeiro passado. Entre os desfechos possíveis, o espectador poderá escolher se Kimmy (Ellie Kemper) terá um final feliz num casamento com um novo personagem, vivido por Daniel Radcliffe (o Harry Potter), ou embarcará numa aventura para salvar outras vítimas do Reverendo (Jon Hamm), responsável por mantê-la em cativeiro por vários anos. Os criadores da série, Robert Carlock e Tina Fey (ambos de “30 Rock”), escreveram o especial, descrito como “a maior aventura de Kimmy”. Disponível na Netflix. Antologia da Pandemia | Vários Países | 2020 Organizada pelo festival Fantaspoa, a produção reúne curtas de terror feitos por 13 diretores do Brasil, Argentina, Uruguai, Estados Unidos, Reino Unido e Chipre em suas próprias casas, em meio à pandemia de coronavírus. O tema é a realidade e o resultado é assustador. Disponível em Apple TV, Google Play, Now e YouTube Filmes.

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    High Life, com Robert Pattinson, encabeça dicas digitais do fim de semana

    31 de julho de 2020 /

    Os lançamentos desta semana nos serviços de VOD (locação digital) e/ou por assinatura de streaming estão mais caprichados que o costume. Com a impossibilidade de chegarem aos cinemas, muitos títulos de qualidade agora estreiam diretamente em plataformas digitais. É o caso de “High Life”, o grande destaque da lista. O detalhe é que a sci-fi estrelada por Robert Pattinson (o novo Batman) não é a única obra do gênero disponibilizada neste fim de semana. Há mais duas ficções científicas de perfil de festival na relação de estreias. Elas servem tanto para entreter quanto para inspirar reflexões, características que também se estendem a várias outras opções do menu digital, repleto de filmes premiados e de lugares tão diversos quanto Índia, Finlândia, Moçambique e República Tcheca. Confira abaixo mais informações sobre os títulos da semana (dos últimos sete dias), todos inéditos nos cinemas brasileiros – lembrando que a curadoria não inclui títulos clássicos e produções baratas que, em outros tempos, sairiam diretamente em vídeo. High Life | França, Reino Unido | 2019 A primeira sci-fi – e primeiro filme em inglês – da celebrada cineasta francesa Claire Denis (“Bastardos” e “Minha Terra, África”) reúne Robert Pattinson (“Bom Comportamento”) e Juliette Binoche (“A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell”), imagens belíssimas e um clima de desesperança. Na trama, prisioneiros condenados à morte trocam suas sentenças por uma missão espacial suicida para colher energia perto de um buraco negro. Paralelamente, a médica da nave realiza uma experiência clandestina, testando obsessivamente a capacidade da tripulação para se reproduzir no espaço. Não demora e os prisioneiros confinados se rebelam diante de um destino sombrio que alimenta desentendimentos e descamba em violência. Premiado pela crítica no Festival de San Sebastian, tem 82% de aprovação na média do Rotten Tomatoes. Disponível em iTunes, Google Play, Looke, Now, Vivo Play e YouTube Filmes. Agora Estamos Sozinhos | EUA | 2018 Vencedor de um Prêmio Especial do Júri no Festival de Sundance 2018, o drama pós-apocalíptico traz Peter Dinklage (série “Game of Thrones”) e Elle Fanning (“Demônio de Neon”) como as últimas pessoas da Terra. A história se passa após uma catástrofe não identificada erradicar praticamente toda a população do mundo. Mas isso não incomoda um solitário sobrevivente, que se acha o homem mais sortudo do planeta por se livrar de todos os que o ridicularizavam, até que uma garota loirinha aparece viva na sua frente com a ameaça de sua companhia. A direção é de Reed Morano, premiada no Emmy 2017 pela série “The Handmaid’s Tale”. Disponível em iTunes, Google Play, Looke, Now, Vivo Play e YouTube Filmes. Submersos | Rússia | 2020 Os efeitos belíssimos são o principal atrativo desta sci-fi russa, que se passa num mundo onírico e surreal, habitado por pessoas que se encontram em coma. A trama utiliza elementos de “A Origem” e “Matrix”, e foi concebida por Nikita Argunov, um profissional de VFX que estreia na direção após produzir o filme russo de super-heróis “Os Guardiões”. Disponível em iTunes, Google Play, Now, Sky Play, Vivo Play e YouTube Filmes. Dogs Don’t Wear Pants | Finlândia | 2019 Premiado em várias competições internacionais de cinema fantástico e indicado a nove troféus Jussi (o Oscar finlandês), o filme de J.-P. Valkeapää (do também ótimo “They Have Escaped”) pode ser intenso demais para alguns espectadores. Mas fãs de filmes, digamos, “alternativos” já o consideram cult. A trama acompanha a relação sadomasoquista de um homem traumatizado com uma dominatrix, apresentada de forma perturbadora, mas também bem-humorada e até edificante (!), com 89% de aprovação no Rotten Tomatoes. Disponível no Mubi. Rede de Ódio | Polônia | 2020 Este drama polonês aborda assunto contemporâneo, que está nos noticiários atuais, inclusive no Brasil, onde muito se discute sobre um gabinete do ódio no governo Bolsonaro. A trama acompanha um jovem (Maciej Musialowski) especialista em criar campanhas de ódio nas redes sociais, que usa racismo, homofobia e xenofobia como armas para progredir na vida e, graças a este talento, começa a ganhar dinheiro com políticos. Claramente um sociopata, o personagem central aos poucos começa a levar seu comportamento agressivo para a vida real. O desenvolvimento se dá de forma lenta, mas o tema não pode ser mais urgente. O diretor Jan Komasa é o mesmo do excelente “Corpus Christi” (2019). Disponível na Netflix. Na Solidão da Noite | Índia | 2020 Suspense envolvente, ao estilo dos mistérios clássicos de “whodunit” de Agatha Christie, esta produção indiana destoa completamente dos tradicionais filmes de Bollywood. Na trama, um detetive policial investiga o assassinato de um político, tentando seguir as pistas e sua intuição para encontrar o culpado em meio à rede de mentiras da família da vítima. O enredo é especialmente indicado para gostou de “Entre Facas e Segredos”, de Rian Johnson, mesmo que não seja fã de cinema indiano. Disponível na Netflix. O Pássaro Pintado | República Tcheca, Eslováquia | 2019 O drama conta uma história conhecida dos cinéfilos, sobre um menino judeu que busca abrigo com estranhos durante a 2ª Guerra Mundial. Mas o diretor Václav Marhoul (“Tobruk”) surpreende pelo enfoque adulto, impactante ao extremo, e pelo contraste obtido pela beleza das imagens em preto e branco e o que elas registram: um horror sem meio tons. “O Pássaro Pintado” foi premiado no Festival de Veneza, venceu nove Leões Tchecos (o Oscar da República Tcheca) e ainda consagrou o cinematógrafo Vladimír Smutný, que conquistou vários troféus de Fotografia em festivais internacionais. No Rotten Tomatoes, o filme tem 81% de aprovação. Disponível em Cinema Virtual. A Escolha | Estônia | 2018 Depois de seis meses sem contato com a antiga namorada, Erik, um trabalhador da construção civil, recebe notícias surpreendentes: Moonika está prestes a entrar em trabalho de parto. Como ela diz que não está pronta para ser mãe, deixa para Erik decidir se quer ficar com a criança ou se a envia para adoção. Premiado em alguns festivais do Leste europeu, este drama foi a escolha da Estônia para representar o país na busca de uma vaga na categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira do Oscar de 2019. Disponível em Cinema Virtual. 100 Quilos de Estrelas | França | 2020 Comédia dramática adolescente que aborda a gordofobia de forma sensível, ao acompanhar uma garota que sonha em virar astronauta, mas que, apesar de ser um gênio em Ciências, não tem o porte físico da profissão, como lembram em sua escola, porque herdou a obesidade da família. Culpando a própria mãe, ela passa a odiar seu corpo e decide emagrecer com uma dieta radical, o que apenas a deixa doente. Internada numa clínica, conhece outras garotas com seus próprios problemas de autoestima e parte com elas numa jornada de aceitação, que envolve vencer um concurso e superar a aversão ao próprio corpo. Apesar de ser um filme-com-mensagem, a trama tem progressão natural e não soa forçada, além de evitar os clichês dos filmes adolescentes americanos. O fato de ser uma produção francesa faz grande diferença. Disponível em iTunes, Google Play, Now e Sky Play. Disponível na Netflix. A Barraca do Beijo 2 | EUA | 2020 A Netflix descobriu o filão das comédias românticas adolescentes com o primeiro filme de 2018 e tem produzido variações em série da mesma história. A sequência do primeiro sucesso segue a fórmula da sequência de “Para Todos os Garotos que Já Amei”, com a protagonista dividida entre o amor original e outro garoto da escola. A plataforma já encomendou até um terceiro capítulo dessa “novela” estrelada por Joey King, que foi indicada ao Emmy por “The Act” e aqui se coloca abaixo da crítica – a produção só tem 25% de aprovação no Rotten Tomatoes. Disponível na Netflix. É o Bicho | China | 2017 Animação chinesa sobre uma família que ganha um circo e uma caixa mágica de biscoitos. Como não conseguiu chegar nos cinemas americanas, acabou comprada pela Netflix, que, na falta de uma boa história para marketar, optou pelo velho chamariz da dublagem com astros famosos. O elenco de dubladores inclui o casal Emily Blunt e John Krasinski (de “Um Lugar Silencioso”), Sylvester Stallone (“Rambo”), Danny DeVito (“Dumbo”), Ian McKellen (“X-Men: Fênix Negra”) e Raven-Symoné (“A Casa da Raven”). Mas estes nomes “mágicos” não mudam o fato de que se trata de um desenho com 58% de aprovação no Rotten Tomatoes. Disponível na Netflix. Mundo Duplo | Hong Kong | 2020 Esta fantasia repleta de efeitos visuais mostra uma Terra paralela, dividida em 10 nações. Vendo uma nação vizinha se tornar cada vez mais poderosa, um Senhor da Guerra resolve organizar uma competição para encontrar os melhores guerreiros. O resultado é um mortal kombat com muito wire fu (kung fu voador) e até monstros gigantes. O diretor Teddy Chan tem alguns sucessos comerciais no currículo, como “Espião por Acidente” (2001), com Jackie Chan, e “Guarda Costas e Assassinos” (2009), mas nenhum deles é exatamente popular com a crítica. Já o ator principal, Henry Lau, apesar de canadense, é famosíssimo na Ásia, graças ao sucesso como cantor da banda de k-pop/mandopop Super Junior-M. Disponível na Netflix. Resgate | Moçambique | 2019 O primeiro filme moçambicano a entrar na Netflix é um drama urbano de gângsteres e venceu dois troféus na premiação da Academia Africana de Cinema (espécie de Oscar do continente). Com influência de produções americanas do gênero, conta a história de um jovem que, após sair da prisão, vê-se forçado a voltar ao mundo do crime. Disponível na Netflix. A Vingança de uma Mulher | Portugal | 2012 Baseado num conto do século 19 de Jules-Amédée Barbey d’Aurevilly (“A Última Amante”), o filme gira em torno de Roberto (Fernando Rodrigues), que uns dizem ser libertino, enquanto outros, que é misterioso. Na verdade, Roberto sente um tédio profundo, de quem já esgotou todos os prazeres da vida. Mas, uma noite, ele tem um encontro avassalador com uma mulher. A intérprete desta mulher, Rita Durão, ganhou vários prêmios do cinema português pelo papel. Já a diretora, Rita Azevedo Gomes, fez mais três longas depois deste filme de 2012, que os brasileiros poderão ver pela primeira vez via VOD. Disponível no Mubi. De Nuevo Otra Vez | Argentina | 2012 Mistura de documentário e ficção, acompanha a vida da atriz Romina Paula (“O Estudante”), enquanto lida com seu filho e sua mãe reais. Com o objetivo de retornar às suas raízes para descobrir quem é, a atriz transformada em diretora foi premiada no Festival de San Sebastián e conquistou 83% de aprovação no Rotten Tomatoes Disponível no Mubi. Citizen K | EUA | 2019 O novo documentário de Alex Gibney (vencedor do Oscar por “Um Táxi para a Escuridão”) conta a história de Mikhail Khodorkovsky, um dos homens mais ricos da Rússia, que após a eleição de Vladimir Putin foi obrigado a cumprir uma sentença de dez anos de prisão na Sibéria. Misturando um tom de denúncia e reportagem investigativa, “Citizen K” busca mostrar o que levou esse homem à prisão e porque ele se tornou um dos mais conhecidos militantes anti-Putin, enquanto expõe as camadas pouco democratas do regime pós-comunista. Disponível na Amazon Prime Video. Não Toque em Meu Companheiro | Brasil | 2020 O documentário de Maria Augusta Ramos (“O Processo”) mostra a mobilização de um grupo de 110 empregados da Caixa Econômica Federal ao longo de um ano, após serem demitidos injustamente em 1991. Disponível em Looke, Now e Vivo Play

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