James McAvoy atua sem roteiro em trailer de suspense
A plataforma Peacock divulgou o trailer de “My Son”, que traz o ator James McAvoy (“X-Men: Apocalipse”) admitindo ter filmado sem roteiro nem dicas sobre como a história se desenvolvia. Ele foi mantido no escuro sobre o desenrolar da trama, enquanto os demais atores interpretaram as cenas na expectativa de sua reação a cada reviravolta. A trama gira em torno do desespero de McAvoy quando seu único filho desaparece e o acompanha até a cidade onde mora sua ex-mulher em busca de respostas. Com a vida do personagem envolta em mistério, tudo o que é captado pelas câmeras resulta do improviso dramático do ator. O elenco também destaca Claire Foy (“The Crown”) como a ex-mulher do personagem de McAvoy. A história, porém, não é original. O mesmo diretor, Christian Carion, filmou mistério idêntico em francês, com Guillaume Canet (“Rock’n Roll: Por Trás da Fama”) improvisando o papel. O filme foi lançado no Brasil em setembro de 2019 com o título “Meu Filho”. A versão em inglês, filmada na Escócia, teve desenvolvimento diverso da original por conta dos improvisos de um ator diferente. A estreia está marcada para 15 de setembro nos EUA. Mas como a Peacock é a última das plataformas de Hollywood indisponível no Brasil, não há previsão para o lançamento nacional.
Filmes online: Confira 12 lançamentos para ver em casa
A programação de estreias digitais não tem blockbusters, mas há um lançamento simultâneo com os cinemas. “Um Animal Amarelo”, de Felipe Bragança, conta a história de um cineasta brasileiro que, atormentado pelo passado escravocrata da família, se lança em viagem de autoconhecimento a Moçambique e a Portugal, levando o espectador a um jornada onde o tropicalismo encontra o realismo mágico. O filme teve boa repercussão em Portugal e conquistou cinco troféus no Festival de Gramado do ano passado. O resto da programação é um convite para “descobertas”. E uma das maiores é que “Tangerine” finalmente chegou ao streaming, disponibilizado com o titulo traduzido para “Tangerina” no MUBI. Primeiro longa-metragem a ser gravado inteiramente com um iPhone, a obra também se destaca pela temática inusitada. Acompanha quase em tempo real uma prostituta trangênero recém-saída da prisão, que parte em busca do namorado/cafetão após descobrir que ele foi infiel durante o tempo em que esteve encarcerada. O humor é adulto e contém violência, mas nunca deixa de surpreender, o que explica a fama de cult da produção. Além disso, a fotografia que explora cores berrantes serviu de cartão de visitas para o diretor Sean Baker sair do Festival de Sundance em 2015 com um contrato para realizar um filme “de verdade” em 35mm – nada menos que o fantástico “Projeto Flórida” (2017), ainda mais colorido, mas com crianças. Se “Tangerina” dá boas-vindas a um novo talento, “Lucky” se despede de outro, o grande Harry Dean Stanton, falecido em setembro de 2017, aos 91 anos, que é mais lembrado como o andarilho atormentado Travis Henderson, de “Paris, Texas” (1984), um dos filmes mais belos já feitos. “Lucky” foi seu último trabalho, um verdadeiro filme-testamento sobre um personagem muito parecido com ele mesmo, descobrindo os sinais da proximidade do fim, mas cercado de amigos, como o diretor David Lynch, que o dirigiu em “Twin Peaks” e participa do longa como ator, e Tom Skerritt, com quem contracenou em “Alien” (1979). Trata-se de um drama sobre a finitude, sobre aceitar a realidade como ela é, tanto em discussões dos próprios personagens quanto nas entrelinhas, mas sem nenhuma amargura. Fãs de adrenalina não precisam se desesperar por falta de opções. Há bons lançamentos entre o terror “Raízes Macabras”, que apresenta um exorcismo brujo não indicado para corações fracos, o disaster movie “O Impensável”, onde aparente terrorismo e ameaça ambiental se combinam em crise apocalíptica, e o thriller “Zona de Confronto”, em que policiais lutam por suas vidas cercados por uma turba cansada de racismo num bairro de imigrantes. A lista ainda inclui dois dramas esportivos que exigem atenção: “O Quinto Set”, sobre a luta contra os limites de um atleta em fim de carreira, e “Slalom – Até o Limite”, que aborda o abuso de técnicos sobre jovens influenciáveis. As duas produções são francesas e muito impactantes. Mas adolescentes podem preferir a maior bobagem da lista: “Ele é Demais”, atualização de um “clássico” da geração X para consumo da geração TikToker. Tão esquecível quanto um vídeo com dois minutos de dancinha, a comédia adolescente que inverte os gêneros de “Ela é Demais” (1999) não vai marcar época como o original. No máximo, vira um “guilty pleasure” para quem ficar curioso em ver como um elenco de celebridades virtuais lida com uma trama que é basicamente sobre os méritos da superficialidade e da falta de identidade própria. Confira abaixo estes e outros títulos (com os trailers) de uma dúzia de opções selecionadas entre os lançamentos das plataformas digitais nesta semana. Tangerina | EUA | Comédia (MUBI) Lucky | EUA | Drama (Reserva Imovision) Raízes Macabras | EUA | Terror (Netflix) O Inimaginável | Suécia | Thriller (Apple TV, Google Play, Looke, NOW, Vivo Play, YouTube Filmes) Zona de Confronto | Dinamarca | Thriller (Apple TV, Google Play, NOW, Sky Play, Vivo Play, YouTube Filmes) O Quinto Set | França | Drama (Netflix) Slalom – Até o Limite | França | Drama (Apple TV, Google Play, NOW, Vivo Play, YouTube Filmes) Um Animal Amarelo | Brasil, Portugal, Moçambique | Drama (Apple TV, Google Play, YouTube Filmes) Lina from Lima | Chile, Peru | Drama (MUBI) Um Ano em Nova York | EUA | Drama (Apple TV, Google Play, NOW, SKY Play, Vivo Play, YouTube Filmes) Ele é Demais | EUA | Comédia (Netflix) The Witcher: Lenda do Lobo | EUA | Animação (Netflix)
“Candyman” é destaque entre 10 estreias de cinema
O período de fechamento dos cinemas durante a pandemia causou acúmulo de títulos e a programação desta quinta (26/8) contém nada menos que 10 filmes em busca de público. Trata-se da maior quantidade de lançamentos desde março de 2010, quando o circuito foi paralisado, e coincide com a saída de cartaz de uma dezena de outros títulos. O terror “A Lenda de Candyman” e o infantil “Pedro Coelho 2 – O Fugitivo” tem a melhor distribuição, seguido pelo thriller “Infiltrado”. Dos três, a retomada da franquia clássica de horror dos anos 1990 causa maior impacto, graças à atualização temática e uma trama de viés social e racial – características da produção de Jordan Peele (diretor de “Corra!”, “Nós” e novo mestre do terror). “Pedro Coelho 2” aprimora o humor e a fofura do primeiro. E “Infiltrado” traz Jason Statham em ritmo de vingança, retomando sua antiga parceria com o diretor Guy Ritchie, que o transformou em ator em 1998. Dentre as estreias em circuito limitado há nada menos que cinco títulos brasileiros. O grande destaque cinéfilo é “Nuvem Rosa”, estreia da gaúcha Iuli Gerbase, que venceu o Grand Prix do Festival de Sofia, na Bulgária, e foi aclamada pela imprensa americana durante sua passagem pelo Festival de Sundance. O filme da filha do cineasta Carlos Gerbase (“Menos que Nada”) é uma ficção científica que antecipou as quarentenas causadas pelo coronavírus. Escrito em 2017 e filmado em 2019, sua trama acompanha um casal de desconhecidos que, após uma noite de sexo casual, acorda no dia seguinte sob lockdown, quando uma misteriosa nuvem rosa passa a cobrir o mundo, matando quem sai nas ruas. Com a sorte de estar numa casa bem abastecida de alimentos, eles passam os dias, os meses e até os anos presos um com o outro, acompanhando os efeitos da quarentena mundial forçada pela TV, videoconferência e redes sociais. Por coincidência, outro filme com título colorido também chama atenção na programação: “Um Animal Amarelo”, de Felipe Bragança, que venceu nada menos que cinco prêmios no Festival de Gramado do ano passado. Comparado ao clássico “Macunaíma” (1969) e bastante elogiado por críticos nacionais, acompanha a crise existencial de um cineasta que questiona como filmar num país que está perdendo sua identidade. E estas são apenas metade das opções. Confira abaixo a lista completa das estreias da semana, acompanhadas por seus respectivos trailers. À exceção dos três primeiros, os demais filmes só entram em cartaz nas maiores cidades. A Lenda de Candyman | EUA | Terror Pedro Coelho 2 – O Fugitivo | EUA | Infantil Infiltrado | EUA | Thriller Nuvem Rosa | Brasil | Sci-Fi Um Animal Amarelo | Brasil, Portugal, Moçambique | Drama Lamento | Brasil | Suspense Homem Onça | Brasil | Drama Encarcerados | Brasil | Documentário Edifício Gagarine | França | Drama A Candidata Perfeita | Arábia Saudita | Drama
Annette: Filme premiado no Festival de Cannes ganha último trailer da Amazon
A Amazon divulgou o último trailer de “Annette”, filme de Leos Carax (“Os Amantes de Pont Neuf”) que abriu o Festival de Cannes neste ano. A prévia destaca o estilo surreal do cineasta francês em cenas de visual impactante e muita música. “Annette” é o primeiro filme falado em inglês de Carax, que venceu o troféu de Melhor Direção em Cannes. Originalmente concebida como uma ópera rock pela banda Sparks, que assina a trilha sonora original, também premiada no festival francês, a trama acompanha um ator de “stand up” e uma cantora da fama internacional, que formam um casal cercado de glamour. Mas o nascimento de sua primeira filha, Annette, uma “menina misteriosa com um destino excepcional” altera o rumo de suas vidas. Adam Driver (“Star Wars: A Ascensão Skywalker”) e Marion Cotillard (“Aliados”) vivem o casal central. A estreia está marcada para esta sexta (6/8) em circuito limitado nos EUA e no dia 20 na plataforma Amazon Prime Video em todo o mundo.
Jean-Francois Stévenin (1944–2021)
O ator francês Jean-Francois Stévenin morreu nesta quarta (28/7) aos 77 anos, de causa não divulgada. Segundo informou seu filho, ele estava internado num hospital há alguns dias. Stévenin começou a carreira na virada dos anos 1970 trabalhando em clássicos da nouvelle vague, a maioria dirigidos por François Truffaut, como “O Garoto Selvagem” (1970), “Uma Jovem tão Bela Quanto Eu” (1972), “A Noite Americana” (1973) e “Na Idade da Inocência” (1976). Também filmou com Jacques Rivette obras icônicas como “Não me Toque” (1971), “Out 1: Spectre” (1972) e “Um Passeio por Paris” (1981). A experiência com os gênios a nouvelle vague o inspirou a se aventurar atrás das câmeras. Ele dirigiu três longas de forma bastante espaçada: “Passe Montagne” (1978), “Doubles Messieurs” (1986) e “Mischka” (2002). Todos se tornaram cultuados. A partir dos anos 1980, ele se tornou um coadjuvante bastante requisitado, estrelando muitos filmes franceses populares, que lhe garantiram uma carreira longeva. Entre os trabalhos mais marcantes de sua filmografia, destacam-se ainda “Um Quarto na Cidade” (1982), de Jacques Demy, “Meu Marido de Batom” (1986), de Bertrand Blier, “O Pacto dos Lobos” (2001), de Christophe Gans, e “Uma Passagem para a Vida” (2002), de Patrice Leconte, sem esquecer seu trabalho com o americano Jim Jarmusch em “Os Limites do Controle” (2006). Requisitadíssimo até o final da vida, ele deixa três filmes inéditos no circuito comercial, incluindo “Entre Nous”, que teve première no recente Festival de Cannes.
“Um Lugar Silencioso – Parte II” ocupa 85% dos cinemas nesta quinta
Quatro filmes chegam aos cinemas nesta quinta (22/7). Mas para o público casual pode parecer que há apenas uma estreia, porque a exibição de “Um Lugar Silencioso – Parte II” toma conta de 85% das telas disponíveis. Trata-se de domínio de mercado superior ao demonstrado por “Viúva Negra”, que apesar de liderar as bilheterias há duas semanas será despejado de várias salas para dar lugar ao terror. A continuação do filme de 2018 desembarca no Brasil quase dois meses após ser exibida com sucesso nos EUA, quando iniciou a lenta retomada do mercado cinematográfico. Na época, quebrou vários recordes da pandemia, posteriormente superados por “Velozes e Furiosos 9” e “Viúva Negra”. Foi também recebido de braços abertos por críticos ansiosos por uma boa estreia, atingindo 91% de aprovação no Rotten Tomatoes. Um exagero compreensível diante da falta de opções. Mas o filme é inferior ao primeiro. John Krasinski, que volta à direção, chega a repetir o mesmo truque de edição várias vezes para apresentar ações simultâneas, numa abordagem de Hitchcock para iniciantes. A trama revela o destino da esposa (Emily Blunt) do personagem de Krasinski (falecido no primeiro filme) e seus filhos, que agora incluem um bebê, em fuga das criaturas que reagem ao menor barulho com força extrema. Em sua jornada, a família acaba cruzando com novos personagens, entre eles os vividos por Cillian Murphy (“Peaky Blinders”) e Djimon Hounsou (“Capitã Marvel”), em busca de refúgio. Mas o desfecho é menos satisfatório, provavelmente levando em conta os planos para entender a franquia em mais filmes. Os lançamentos do circuito limitado são dois dramas europeus e uma produção nacional, todos premiados. “Slalom – Até o Limite” aborda o tema polêmico do abuso e assédio de menor em esporte olímpico. Ainda que esquiadores disputem os Jogos de Inverno, a presença das Olimpíadas no noticiário deixa a produção francesa em evidência. E até lembra casos que aconteceram com ginastas brasileiras – em 2018, 40 atletas acusaram o ex-técnico da seleção brasileira de abuso sexual. Baseado em experiências da própria diretora Charlène Favier, que foi atleta antes de estrear no cinema, o longa foi selecionado para o cancelado Festival de Cannes do ano passado e premiado no Festival de Deauville. “Irmãos à Italiana” é o título esquisito de “Padrenostro” no Brasil. O longa do italiano Claudio Noce rendeu a Copa Volpi de Melhor Ator no Festival de Veneza passado para Pierfrancesco Favino, o Padrenostro, pai do menino protagonista do filme. Além da atuação, a fotografia também é notável, ao retratar a vida reclusa no campo de uma família alvo de atentados nos anos 1970. O foco da trama, porém, é a amizade repentina do filho com outro garoto que surge do nada, e que pode ser real, imaginário, amigo de verdade ou mal-intencionado. A programação se completa com “Música para Quando as Luzes se Apagam”. Filmado há quatro anos no Rio Grande do Sul, o longa foi premiado nos festivais do Rio, Brasília, Sheffield (Inglaterra) e Nyon (Suiça). Até hoje único longa dirigido por Ismael Caneppele (também ator, escritor e roteirista de “Os Famosos e os Duendes da Morte” e “Verlust”), apresenta-se como um híbrido documental sobre a vida de uma jovem real de Lageado, que se abre em reflexões identitárias para uma artista famosa (Julia Lemertz), quando esta chega ao local para produzir uma obra. Apesar da premissa, a filmagem foi toda à base de improvisos para câmeras ligadas o tempo inteiro, resultando num trabalho experimental que ganhou coesão na montagem. Veja abaixo os trailers de todas as estreias desta quinta nos cinemas. Um Lugar Silencioso – Parte II | EUA | Terror Slalom – Até o limite | França, Bélgica | Drama Irmãos à Italiana | Itália | Drama Música para Quando as Luzes se Apagam | Brasil | Drama
Titane: Veja o trailer intenso do vencedor do Festival de Cannes 2021
A Altitude Films divulgou o pôster e o primeiro trailer de “Titane”, da cineasta francesa Julia Ducournau, que neste fim de semana venceu a Palma de Ouro como Melhor Filme do Festival de Cannes 2021. O filme radicaliza o estilo repulsivo de “Raw”, longa de estreia de Ducournau que deu muito o que falar ao ser lançado na seção Semana da Crítica de Cannes em 2016. A trama combina terror corporal, filme de serial killer feminina, fetiche sexual por carros e é estrelado pelo veterano Vincent Lindon (“O Valor de um Homem”) e a estreante Agathe Rousselle. “Titane” foi apenas o segundo longa dirigido por uma mulher a conquistar a Palma de Ouro. Antes dela, somente a neozelandesa Jane Campion tinha realizado a façanha, ao vencer em 1993 por “O Piano”. Já em cartaz na França, onde teve lançamento comercial um dia depois de sua première em Cannes, o filme vai chegar ao Brasil pela plataforma de streaming MUBI.
Novo “Space Jam” é principal estreia desta quinta nos cinemas
O híbrido animado “Space Jam: O Novo Legado” é o principal lançamento desta quinta (15/7) nos cinemas, ocupando 650 telas com a missão de manter o “legado” do primeiro filme, que marcou o encontro de Pernalonga com Michael Jordan na década de 1990. A história é praticamente a mesma, com LeBron James escalado para liderar um time formado pelos Looney Tunes num jogo de basquete espacial. Mudaram alguns detalhes – em vez de salvar o mundo, o objetivo agora é salvar vida do filho do atleta – e o visual dos desenhos, desta vez criado por CGI (animação computadorizada), refletindo a evolução tecnológica dos últimos 25 anos. Além disso, há mais sinergia em relação às propriedades da Warner. Mas o principal apelo da produção é assumidamente a nostalgia do original. O curioso é que, embora muitos lembrem de “Space Jam” de forma saudosa, o filme de 1996 não foi uma unanimidade crítica, com apenas 44% de aprovação no site Rotten Tomatoes. A continuação foi considerada ainda pior, abrindo com 38%, uma cotação muito ruim, que dificulta sua luta nas bilheterias contra o blockbuster “Viúva Negra”, que no último fim de semana se tornou o maior sucesso do cinema desde “Star Wars: A Ascensão Skywalker” em 2019. “Viúva Negra” ainda ocupa a maioria dos cinemas no Brasil, após um lançamento com o dobro de telas na quinta passada – 1,4 mil salas. Não só isso: “Velozes e Furiosos 9” também continua em cartaz e “Um Lugar Silencioso – Parte 2” entrou em pré-estreias. Refletindo a disputa por espaço, a semana tem apenas mais duas estreias: um documentário português sobre o choque cultural pós-Revolução dos Cravos nos anos 1970 e um drama francês carregado de metalinguagem, ambos em circuito limitado. Lançado no Festival de Cannes de 2019, “Sibyl” revela um set de filmagens pelo olhar de uma psicóloga ambiciosa, descortinando um triângulo entre um par romântico que já ficou junto na vida real e a diretora que namora o ator principal. O filme de Justine Triet tem como principal atrativo o excelente elenco formado por Virginie Efira (“Elle”), Adèle Exarchopoulos (“Azul É a Cor mais Quente”), Gaspard Ulliel (“Saint Laurent”) e Sandra Hüller (“Toni Erdmann”). Produzido no mesmo ano, “Prazer, Camaradas!” foi exibido no Festival de Londres de 2019. Confira abaixo os trailers dos três filmes que entram em cartaz no fim de semana. Space Jam – Um Novo Legado | EUA | Animação Sibyl | França | Drama Prazer, Camaradas! | Portugal | Documentário
Atriz francesa acusa diretor de atirar celular em seu rosto
Os bastidores do Festival de Cannes ficaram agitados neste domingo com a informação de que a atriz Judith Chemla (“A Vida de uma Mulher” e “Camille Outra Vez”) não comparecerá a première de seu filme, “Mes Freres et Moi”, que estava prevista para segunda-feira (12/7). O motivo alegado é que o diretor do longa-metragem, Yohan Manca, que também é seu namorado, teria atirado um celular no rosto dela. Chemla denunciou o ataque na polícia. De acordo com o boletim de ocorrência, a situação aconteceu em Paris no dia 3 de julho. A revista americana Variety buscou mais detalhes e ouviu de fontes que Chemla e Manca começaram a discutir na rua na capital da França, quando o diretor “ficou violento” e “jogou um celular na cara” da atriz. O casal tem uma filha e estava junto há cinco anos. As fontes da Variety ainda informaram que Manca também cancelou seus planos de comparecer à première. Ele está atualmente em Paris cuidando da filha, enquanto Chemla participa de outro evento, o Festival de Avignon. “Mes Freres et Moi” faz parte da seleção da mostra Um Certo Olhar, principal seção paralela de Cannes. Em 2019, último ano em que o festival aconteceu, o vencedor desta mostra foi o filme “A Vida Invisível”, do diretor brasileiro Karim Aïnouz.
Catherine Deneuve se emociona ao voltar a Cannes após AVC
A atriz Catherine Deneuve, que desfila pelo tapete vermelho de Cannes desde os anos 1960, confessou que nunca ficou tão emocionada por participar o festival quando no sábado passado (10/7). Os motivos são a pandemia de coronavírus, que começa a ser superada, mas principalmente o AVC (acidente vascular cerebral) que ela sofreu em 2019. A icônica atriz de 77 anos veio promover a première de seu novo filme, “De Son Vivant”, dirigido pela francesa Emmanuelle Bercot, que foi exibido em sessão especial fora da competição principal. Ao final da projeção, ela foi aplaudida de pé por um longo tempo, o que a comoveu visivelmente. Desde o começo da pandemia, Deveneuve raramente apareceu em público e havia boatos sobre sequelas de seu derrame. Ela se recuperou longe dos holofotes e se mostrou aliviada por retomar a vida junto com o aparente final da pandemia. “Foi absolutamente extraordinário”, disse, sobre a recepção do público, durante a entrevista coletiva do filme. “Até o último minuto, estávamos nos perguntando se isso tudo iria realmente acontecer”, continuou. “Conheço Cannes há muito tempo. Cada vez é algo diferente. Mas acho que talvez nunca tenha ficado tão emocionada como ontem à noite, quando entrei no cinema e vi a forma como o público recebeu o filme e me recebeu”, completou. Veja abaixo a reação do público e da atriz ao final da projeção de “De Son Vivant” em Cannes. 👏 Très certainement un des moments forts de ce #Cannes2021 : standing ovation pour Catherine Deneuve et l'équipe de "De son vivant". pic.twitter.com/gamv1LyunP — CANAL+ (@canalplus) July 10, 2021 Living for this beautifully awkward moment of PDA. Love them. ❤️#Desonvivant #CatherineDeneuve #EmmanuelleBercot pic.twitter.com/e2W9m0njOD — ʙᴇʟʟᴀ⛱☀️⛵️ (@canyou_sonicme) July 10, 2021 How could you not love them? 😭🤧😭#Desonvivant #CatherineDeneuve #BenoitMagimel #EmmanuelleBercot #CeciledeFrance #Cannes2021 pic.twitter.com/XLrugl4APy — ʙᴇʟʟᴀ⛱☀️⛵️ (@canyou_sonicme) July 10, 2021
Annette: Veja uma cena do filme de abertura do Festival de Cannes
Filme de abertura do Festival de Cannes, “Annette” teve uma cena completa revelada, que mostra (“Star Wars: A Ascensão Skywalker”) e Marion Cotillard (“Aliados”) cantando o amor que sentem um pelo outro. “Annette” é o primeiro filme falado em inglês de Leos Carax (“Os Amantes de Pont Neuf”), que retornou a Cannes nove anos depois de apresentar seu filme anterior, “Holy Motors”, no festival. Originalmente concebida como uma ópera rock pela banda Sparks, que assina a trilha sonora original, a trama acompanha um ator de “stand up” e uma cantora da fama internacional, que formam um casal cercado de glamour. Mas o nascimento de sua primeira filha, Annette, uma “menina misteriosa com um destino excepcional” altera o rumo de suas vidas. O mais famoso festival de cinema do mundo começou na terça-feira (6/7), resgatando o glamour do cinema e movimentando a crítica internacional, que teceu muitos elogios à exibição do longa. A maioria dos críticos ponderou que o filme é divisivo, mas merece aplausos por sua originalidade e ousadia. A cotação no Rotten Tomatoes abriu com 86% de aprovação.
Filmes online: “Mortal Kombat” e as estreias do cinema em casa
“Mortal Kombat” é o principal lançamento online do fim de semana. A nova adaptação do videogame é bem mais violenta que as versões anteriores e deve agradar aos fãs do jogo por apresentar a origem dos personagens e da rivalidade entre Scorpion e Sub-Zero. Mas quem nunca jogou o game clássico pode ter dificuldades em se empolgar com a produção. Afinal, tem um diretor pouco experiente (o estreante Simon McQuoid) e vários atores secundários de séries de TV. Fãs de filmes de lutas e ação tem outra opção com a volta da franquia “Samurai X”, baseada no famoso mangá de Nobuhiro Watsuki. A Netflix está lançando o quarto “volume” da saga, “Samurai X: O Final”, que apesar do título é o penúltimo filme de Kenshin Himura. Quem perdeu os lançamentos anteriores já tem a dica do que maratonar no fim de semana, porque a obra simplesmente reviveu o cinema de samurais no Japão. As demais estreias são filmes de festivais, com destaque para a comédia política uruguaia “A Outra História do Mundo” e a porrada dramática LGBTQIAP+ francesa “Selvagens”. Fãs de rock ainda tem o documentário “Rockfield – A Fazenda do Rock” sobre um dos mais famosos estúdios de gravação do Reino Unido, que deu à luz clássicos de artistas tão diferentes quanto Black Sabbath e Oasis. Confira abaixo a seleção (com os trailers) das 10 melhores opções de filmes disponibilizadas em streaming nesta semana. Mortal Kombat | EUA | Fantasia (Apple TV, Google Play, Looke, NOW, SKY Play, Vivo Play, YouTube Filmes) Samurai X: O Final | Japão | Ação (Netflix) A Outra História do Mundo | Uruguai | Comédia (Google Play, YouTube Filmes) Selvagem | França | Drama (Reserva Imovision) Seguir em Frente | Bélgica, França | Drama (Reserva Imovision) Wander Darkly – Sem Rumo | EUA | Drama Sobrenatural (Apple TV, Looke, Google Play, Now, Vivo Play, YouTube Filmes) Ofélia | Reino Unido | Drama (Apple TV, Google Play, NOW, Vivo Play, YouTube Filmes) Love Sonia | Índia | Drama (Apple TV, Google Play, Looke, NOW, Vivo Play, YouTube Filmes) Um Divã na Tunísia | França, Tunísia | Comédia (Apple TV, Looke, NOW, Vivo Play) Rockfield – A Fazenda do Rock | EUA | Documentário (Apple TV, Google Play, NOW, Vivo Play)











